SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
Baixar para ler offline
– –
U1 - Seção 1
Nossas reflexões iniciam-se sobre o pensamento sistêmico, com a discussão da noção de paradigma.
De alguma maneira, nas diferentes esferas do nosso cotidiano, podemos reconhecer a presença dos paradigmas,
presentes em múltiplos aspectos de nossas vidas, padrões ou visões de como deve ser o mundo e as regras necessárias
para que ele funcione.
Podemos dizer que em cada comunidade, povo, há um paradigma, uma forma de ver o mundo, que predomina, por
meio do qual as pessoas organizam seu cotidiano e criam explicações para os fenômenos da vida e da morte.
Para entendermos um pouco mais sobre paradigma, privilegiaremos os três períodos mais recentes da história do
mundo ocidental.
Para conhecer cada um deles, clique sobre os ícones a seguir.
Da Antiguidade até o fim da Idade Média.
Paradigma religioso
• A verdade existe em um plano superior, divino.
• O método é o aperfeiçoamento pessoal, enquanto a meditação é a dedicação religiosa.
• O conhecimento é sempre limitado, parcial, acessível a poucos e "iluminados".
• Conhecer é entrar em contato com o plano divino, é aproximar-se deste plano superior.
Do final da Idade Média até final da 1ª metade do séc. XX.
Paradigma científico / moderno
• A verdade está no mundo, regido por leis exatas, sendo possível um conhecimento total.
• Conhecer é ter a representação do mundo, um espelho da natureza, é ser especialista, saber tudo sobre algo.
• O conhecimento está acessível aquele que estuda as leis científicas.
• O método é o analítico, isto é, dividir em partes cada vez menores para compreender.
Início na 2ª metade do séc. XX, nos anos 1950 até atualidade.
Paradigma sistêmico
• A verdade absoluta não existe, o observador interfere no fenômeno observado.
• O conhecimento é construído na relação social e intermediado pela linguagem. Está acessível a quem se
dispuser ao diálogo, à intersubjetividade e à conversação.
• Conhecer é buscar compreender como os significados foram construídos. Não é possível um conhecimento
que seja uma representação, um espelho da natureza.
• O método é o dialógico, conversacional e reflexivo.
Para finalizarmos, é necessário lembrar que, embora em cada época um paradigma seja predominante, outros
podem estar e estão presentes concomitantemente. O pensamento sistêmico reconhece os antagonismos presentes
entre os paradigmas, busca um consenso das partes e a inclusão das diferenças na busca da superação dos dilemas.
U1 - Seção 2
O terapeuta era entendido como um observador externo ao sistema, e sua tarefa principal era detectar padrões
disfuncionais na família para prescrever modificações nas sequências interacionais e/ou nos padrões de hierarquia e
organizacionais das famílias.
Segundo Calil (1987, p. 30) pode-se dizer que Bateson, antropólogo e Jackson, psiquiatra, foram os primeiros a
desenvolver conceitos sistêmicos em relação ao comportamento humano, com a assistência e colaboração de Haley
e Weakland. Fonte: https://bit.ly/2m4dCvs. Acesso em: 3 jul. 2018.
1950 - 1970
Trabalhos pioneiros sobre o pensamento sistêmico, entre as décadas de 1950 a 1970, traziam raízes teóricas em
comum, assim como a visão sobre o papel do terapeuta.
O terapeuta era entendido como um observador externo ao sistema, e sua tarefa principal era detectar padrões
disfuncionais na família para prescrever modificações nas sequências interacionais e/ou nos padrões de hierarquia e
organizacionais das famílias.
Naquela época, os conceitos-chave para as terapias passaram dos modelos causais lineares e deterministas para um
modelo circular. Nesse sentido, a família passa a ser vista como um sistema cibernético, ou seja, um sintoma que faz
parte dos mecanismos de equilíbrio (homeostase), e o entendimento da patologia passa a ser seu e não do indivíduo
(COSTA, 2011).
Gregory Bateson separou-se do grupo de pesquisa no final dos anos 1960 e Jackson fundou o Mental Research
Institute (MRI), na mesma cidade de Palo Alto, que se tornaria internacionalmente famoso por seus trabalhos com
famílias. Ao mesmo tempo, em outros lugares dos EUA, diferentes profissionais, em alguns momentos
desconhecendo o trabalho de seus colegas, também começaram a atender famílias dentro dos referenciais que,
atualmente, chamamos de sistêmicos.
Destacamos três tipos de terapias, clique nos boxes a seguir e conheça-os.
Terapia Familiar Estratégica
Os princípios gerais da Terapia Familiar Estratégica são:
1) Terapia com foco no sintoma que é trazido como problema pela família (mesmo que observe outros
comportamentos que poderiam ser traduzidos como problema pela equipe, estes não serão, a princípio,
objetos de abordagem).
2) Tradução do sintoma em termos de comportamentos (se uma família diz que o filho é hiperativo, os
terapeutas procuram descobrir quais são as ações deste filho que o levaram a essa definição: “ele não para
quieto”, “conversa com os colegas o tempo todo”, “não presta atenção em nada”, “não deixa espaço para os
demais”).
Terapia Familiar Estrutural
Em resumo, o terapeuta da Terapia Familiar Estrutural é orientado para a estrutura que busca:
1) Identificar e tipificar as fronteiras entre os subsistemas: existentes, inexistentes, existentes e definidas,
permeáveis ou impermeáveis.
2) Reorganizar a localização espacial da família durante as sessões, proporcionando uma experiência que
“perturba” a estruturação com que estão acostumados, buscando um rearranjo que continue após a terapia.
3) Redefinir as regras de funcionamento e poder dentro do sistema familiar.
4) Fortalecer o subsistema conjugal e parental.
Terapêutica de Milão
Os principais pontos do trabalho da Terapêutica de Milão são:
1) Atendendo famílias com pacientes esquizofrênicos, descobriram um padrão de interação que denominaram
de paradoxo, inspirados da Teoria do Duplo Vínculo de Bateson (elas buscavam tratamento, mas queriam
manter sua homeostase, a qual, por sua vez, fazia parte da gênese do problema).
2) Era uma terapia breve, em média 10 sessões quinzenais ou mensais.
3) Trabalham em grupo (time): o terapeuta – ou uma dupla, de preferência mista, um homem e uma mulher –
atendiam a família, e o resto do grupo observava atrás do espelho unidirecional.
4) Depois de um tempo, o(s) terapeuta(s) saia(m) da sala e discutia(m) o caso com o restante da equipe,
criava(m) hipóteses sobre a família e estabelecia(m) as diretrizes a serem passadas para a família. O(s)
terapeuta(s) retornava(m) à sala de terapia e comunicava(m) à família as ideias do grupo, e prescrições a
serem seguidas.
5) Não viam os sintomas como patologias isoladas, mas como algo importante para que a família mantivesse
sua homeostase.
Após a abordagem dos principais pontos dos três tipos de terapias destacadas nesta webaula,
podemos agora refletir sobre como ocorre a comunicação de cada escola terapêutica familiar sistêmica.
U1 - Seção 3
Os processos reflexivos e as práticas narrativas são escolas que prezam pela exibilização dos olhares ou dos pontos de
vista. Essas escolas consideram que o mundo é construído pelas pessoas que o constituem e têm como essencial a
postura de cooperação e colaboração, mantendo uma atitude de curiosidade legítima ou de “não saber” nas interações
e conexões com os sistemas familiares e redes sociais.
A terapia narrativa (ou abordagens ou práticas narrativas) assume que é impossível um conhecimento pleno e
universal das pessoas e do mundo em que vivemos. Só podemos ter acesso ao que experimentamos e às histórias ou
narrativas que contamos ou que nos são contadas a respeito do vivido.
As abordagens narrativas são mais do que técnicas, são maneiras diferentes de ver as pessoas e o mundo que as cerca.
De uma noção de um problema interno, individual, passamos para um conceito a partir do qual os problemas estão
nas histórias que dominam nossas vidas.
Após ter se dedicado a desconstrução do problema e a sua externalização, o terapeuta narrativo pode continuar a
conversação, pesquisando habilidades, capacidades e recursos da pessoa, em geral, pouco utilizados, mas que podem
ser recorridos no enfrentamento do problema externalizado.
O processo reflexivo leva em consideração que sempre enxergamos as coisas por um ponto de vista, destacando um
determinado contexto e não nos atentando a todo o resto. Considera ainda que duas pessoas podem descrever de
forma diferente a mesma imagem e isto pode levá-las a diferentes construções sobre aquele aspecto do mundo.
As terapias de família inspiradas nos processos reflexivos tendem a ser breves e o número de sessões pode variar. A
frequência entre as sessões pode ser semanal, quinzenal ou até mesmo mensal.
O entrevistador busca desconstruir as várias queixas (entender como cada um chegou aquele significado) e construir
um problema comum, consensual para o grupo atendido, sendo este o foco inicial da conversação terapêutica. Sugere-
se ainda que as reflexões sejam em forma de um diálogo e que nelas sejam incluídas mais perguntas do que afirmações.
Ao terminar sua fala, a equipe reflexiva volta para a postura de observador reflexivo. O entrevistador habitualmente
retoma a sessão com uma pergunta direta: gostariam de comentar e/ou falar mais sobre alguma coisa que ouviram? E
após todos terem se colocado e discutido suas ideias (se houver), o entrevistador pode apresentar suas reflexões para
a discussão.
Processos reflexivos e terapias narrativas podem ser considerados como posturas e abordagens complementares, os
quais farão parte da bagagem do profissional sistêmico.
Nesse contexto, o terapeuta sistêmico tem o papel de articular conversações, de mediar conflitos e de estimular as
pessoas envolvidas com o problema para que encontrem novos significados e novas narrativas não deficitárias.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a WEBAULAS - Terapia Familiar Sistêmica - Cap 1.pdf

AULA INTRODUTORIA T.DA PERSONALIDADE 2022 .pptx
AULA INTRODUTORIA T.DA PERSONALIDADE 2022 .pptxAULA INTRODUTORIA T.DA PERSONALIDADE 2022 .pptx
AULA INTRODUTORIA T.DA PERSONALIDADE 2022 .pptxAndraRibeiroSouza
 
Psicodrama e dinamica_de_grupo
Psicodrama e dinamica_de_grupoPsicodrama e dinamica_de_grupo
Psicodrama e dinamica_de_grupoIvo Fonseca
 
Palestra a terapia cognitivo comportamental
Palestra   a terapia cognitivo comportamentalPalestra   a terapia cognitivo comportamental
Palestra a terapia cognitivo comportamentalErika Barreto
 
Dinâmica de grupo blogg
Dinâmica de grupo bloggDinâmica de grupo blogg
Dinâmica de grupo bloggJosé Nkosi
 
Fundamentos do comportamento em Grupo.pptx
Fundamentos do comportamento em Grupo.pptxFundamentos do comportamento em Grupo.pptx
Fundamentos do comportamento em Grupo.pptxpsicologoantoniocast
 
Terapia Cognitivo-Comportamental
Terapia Cognitivo-ComportamentalTerapia Cognitivo-Comportamental
Terapia Cognitivo-ComportamentalArlei AJ
 
Apostila de programaçao neurolinguistica lair ribeiro - pnl(2)
Apostila de programaçao neurolinguistica   lair ribeiro - pnl(2)Apostila de programaçao neurolinguistica   lair ribeiro - pnl(2)
Apostila de programaçao neurolinguistica lair ribeiro - pnl(2)vanessa_campinas
 
Aula Funcionalismo.pdf
Aula Funcionalismo.pdfAula Funcionalismo.pdf
Aula Funcionalismo.pdfKellyBatista20
 
Terapias Cognitivas- compoortamentais
Terapias Cognitivas- compoortamentaisTerapias Cognitivas- compoortamentais
Terapias Cognitivas- compoortamentaisRodrigo Abreu
 
PSICOLOGIA APRENDIZAGEM E DA AVALIAÇÃO.pptx
PSICOLOGIA APRENDIZAGEM E DA AVALIAÇÃO.pptxPSICOLOGIA APRENDIZAGEM E DA AVALIAÇÃO.pptx
PSICOLOGIA APRENDIZAGEM E DA AVALIAÇÃO.pptxAndraRibeiroSouza
 

Semelhante a WEBAULAS - Terapia Familiar Sistêmica - Cap 1.pdf (20)

AULA INTRODUTORIA T.DA PERSONALIDADE 2022 .pptx
AULA INTRODUTORIA T.DA PERSONALIDADE 2022 .pptxAULA INTRODUTORIA T.DA PERSONALIDADE 2022 .pptx
AULA INTRODUTORIA T.DA PERSONALIDADE 2022 .pptx
 
Texto 1
Texto 1Texto 1
Texto 1
 
Introdução ao Estudo do Indivíduo nos Grupos
Introdução ao Estudo do Indivíduo nos GruposIntrodução ao Estudo do Indivíduo nos Grupos
Introdução ao Estudo do Indivíduo nos Grupos
 
Grupoterapias
GrupoterapiasGrupoterapias
Grupoterapias
 
carl rogers.pptx
carl rogers.pptxcarl rogers.pptx
carl rogers.pptx
 
Psicodrama e dinamica_de_grupo
Psicodrama e dinamica_de_grupoPsicodrama e dinamica_de_grupo
Psicodrama e dinamica_de_grupo
 
Palestra a terapia cognitivo comportamental
Palestra   a terapia cognitivo comportamentalPalestra   a terapia cognitivo comportamental
Palestra a terapia cognitivo comportamental
 
O outro interiorizado
O outro interiorizadoO outro interiorizado
O outro interiorizado
 
Dinâmica de grupo blogg
Dinâmica de grupo bloggDinâmica de grupo blogg
Dinâmica de grupo blogg
 
Neurolinguística
NeurolinguísticaNeurolinguística
Neurolinguística
 
Fundamentos do comportamento em Grupo.pptx
Fundamentos do comportamento em Grupo.pptxFundamentos do comportamento em Grupo.pptx
Fundamentos do comportamento em Grupo.pptx
 
Terapia Cognitivo-Comportamental
Terapia Cognitivo-ComportamentalTerapia Cognitivo-Comportamental
Terapia Cognitivo-Comportamental
 
Escola de milão
Escola de milãoEscola de milão
Escola de milão
 
Apostila de programaçao neurolinguistica lair ribeiro - pnl(2)
Apostila de programaçao neurolinguistica   lair ribeiro - pnl(2)Apostila de programaçao neurolinguistica   lair ribeiro - pnl(2)
Apostila de programaçao neurolinguistica lair ribeiro - pnl(2)
 
Psicopatologia
PsicopatologiaPsicopatologia
Psicopatologia
 
Psicologia Aplicada
Psicologia AplicadaPsicologia Aplicada
Psicologia Aplicada
 
Aula Funcionalismo.pdf
Aula Funcionalismo.pdfAula Funcionalismo.pdf
Aula Funcionalismo.pdf
 
Terapias Cognitivas- compoortamentais
Terapias Cognitivas- compoortamentaisTerapias Cognitivas- compoortamentais
Terapias Cognitivas- compoortamentais
 
PSICOLOGIA APRENDIZAGEM E DA AVALIAÇÃO.pptx
PSICOLOGIA APRENDIZAGEM E DA AVALIAÇÃO.pptxPSICOLOGIA APRENDIZAGEM E DA AVALIAÇÃO.pptx
PSICOLOGIA APRENDIZAGEM E DA AVALIAÇÃO.pptx
 
Teoria e técnica de dinâmica de grupo
Teoria e técnica de dinâmica de grupoTeoria e técnica de dinâmica de grupo
Teoria e técnica de dinâmica de grupo
 

Último

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfÁcidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfJonathasAureliano1
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfIvoneSantos45
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 

Último (20)

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfÁcidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 

WEBAULAS - Terapia Familiar Sistêmica - Cap 1.pdf

  • 1. – – U1 - Seção 1 Nossas reflexões iniciam-se sobre o pensamento sistêmico, com a discussão da noção de paradigma. De alguma maneira, nas diferentes esferas do nosso cotidiano, podemos reconhecer a presença dos paradigmas, presentes em múltiplos aspectos de nossas vidas, padrões ou visões de como deve ser o mundo e as regras necessárias para que ele funcione. Podemos dizer que em cada comunidade, povo, há um paradigma, uma forma de ver o mundo, que predomina, por meio do qual as pessoas organizam seu cotidiano e criam explicações para os fenômenos da vida e da morte. Para entendermos um pouco mais sobre paradigma, privilegiaremos os três períodos mais recentes da história do mundo ocidental. Para conhecer cada um deles, clique sobre os ícones a seguir. Da Antiguidade até o fim da Idade Média. Paradigma religioso • A verdade existe em um plano superior, divino. • O método é o aperfeiçoamento pessoal, enquanto a meditação é a dedicação religiosa. • O conhecimento é sempre limitado, parcial, acessível a poucos e "iluminados". • Conhecer é entrar em contato com o plano divino, é aproximar-se deste plano superior. Do final da Idade Média até final da 1ª metade do séc. XX. Paradigma científico / moderno • A verdade está no mundo, regido por leis exatas, sendo possível um conhecimento total. • Conhecer é ter a representação do mundo, um espelho da natureza, é ser especialista, saber tudo sobre algo. • O conhecimento está acessível aquele que estuda as leis científicas. • O método é o analítico, isto é, dividir em partes cada vez menores para compreender. Início na 2ª metade do séc. XX, nos anos 1950 até atualidade. Paradigma sistêmico • A verdade absoluta não existe, o observador interfere no fenômeno observado. • O conhecimento é construído na relação social e intermediado pela linguagem. Está acessível a quem se dispuser ao diálogo, à intersubjetividade e à conversação. • Conhecer é buscar compreender como os significados foram construídos. Não é possível um conhecimento que seja uma representação, um espelho da natureza. • O método é o dialógico, conversacional e reflexivo. Para finalizarmos, é necessário lembrar que, embora em cada época um paradigma seja predominante, outros podem estar e estão presentes concomitantemente. O pensamento sistêmico reconhece os antagonismos presentes entre os paradigmas, busca um consenso das partes e a inclusão das diferenças na busca da superação dos dilemas. U1 - Seção 2 O terapeuta era entendido como um observador externo ao sistema, e sua tarefa principal era detectar padrões disfuncionais na família para prescrever modificações nas sequências interacionais e/ou nos padrões de hierarquia e organizacionais das famílias. Segundo Calil (1987, p. 30) pode-se dizer que Bateson, antropólogo e Jackson, psiquiatra, foram os primeiros a desenvolver conceitos sistêmicos em relação ao comportamento humano, com a assistência e colaboração de Haley e Weakland. Fonte: https://bit.ly/2m4dCvs. Acesso em: 3 jul. 2018.
  • 2. 1950 - 1970 Trabalhos pioneiros sobre o pensamento sistêmico, entre as décadas de 1950 a 1970, traziam raízes teóricas em comum, assim como a visão sobre o papel do terapeuta. O terapeuta era entendido como um observador externo ao sistema, e sua tarefa principal era detectar padrões disfuncionais na família para prescrever modificações nas sequências interacionais e/ou nos padrões de hierarquia e organizacionais das famílias. Naquela época, os conceitos-chave para as terapias passaram dos modelos causais lineares e deterministas para um modelo circular. Nesse sentido, a família passa a ser vista como um sistema cibernético, ou seja, um sintoma que faz parte dos mecanismos de equilíbrio (homeostase), e o entendimento da patologia passa a ser seu e não do indivíduo (COSTA, 2011). Gregory Bateson separou-se do grupo de pesquisa no final dos anos 1960 e Jackson fundou o Mental Research Institute (MRI), na mesma cidade de Palo Alto, que se tornaria internacionalmente famoso por seus trabalhos com famílias. Ao mesmo tempo, em outros lugares dos EUA, diferentes profissionais, em alguns momentos desconhecendo o trabalho de seus colegas, também começaram a atender famílias dentro dos referenciais que, atualmente, chamamos de sistêmicos. Destacamos três tipos de terapias, clique nos boxes a seguir e conheça-os. Terapia Familiar Estratégica Os princípios gerais da Terapia Familiar Estratégica são: 1) Terapia com foco no sintoma que é trazido como problema pela família (mesmo que observe outros comportamentos que poderiam ser traduzidos como problema pela equipe, estes não serão, a princípio, objetos de abordagem). 2) Tradução do sintoma em termos de comportamentos (se uma família diz que o filho é hiperativo, os terapeutas procuram descobrir quais são as ações deste filho que o levaram a essa definição: “ele não para quieto”, “conversa com os colegas o tempo todo”, “não presta atenção em nada”, “não deixa espaço para os demais”). Terapia Familiar Estrutural Em resumo, o terapeuta da Terapia Familiar Estrutural é orientado para a estrutura que busca: 1) Identificar e tipificar as fronteiras entre os subsistemas: existentes, inexistentes, existentes e definidas, permeáveis ou impermeáveis. 2) Reorganizar a localização espacial da família durante as sessões, proporcionando uma experiência que “perturba” a estruturação com que estão acostumados, buscando um rearranjo que continue após a terapia. 3) Redefinir as regras de funcionamento e poder dentro do sistema familiar. 4) Fortalecer o subsistema conjugal e parental. Terapêutica de Milão Os principais pontos do trabalho da Terapêutica de Milão são: 1) Atendendo famílias com pacientes esquizofrênicos, descobriram um padrão de interação que denominaram de paradoxo, inspirados da Teoria do Duplo Vínculo de Bateson (elas buscavam tratamento, mas queriam manter sua homeostase, a qual, por sua vez, fazia parte da gênese do problema). 2) Era uma terapia breve, em média 10 sessões quinzenais ou mensais. 3) Trabalham em grupo (time): o terapeuta – ou uma dupla, de preferência mista, um homem e uma mulher – atendiam a família, e o resto do grupo observava atrás do espelho unidirecional. 4) Depois de um tempo, o(s) terapeuta(s) saia(m) da sala e discutia(m) o caso com o restante da equipe, criava(m) hipóteses sobre a família e estabelecia(m) as diretrizes a serem passadas para a família. O(s) terapeuta(s) retornava(m) à sala de terapia e comunicava(m) à família as ideias do grupo, e prescrições a serem seguidas. 5) Não viam os sintomas como patologias isoladas, mas como algo importante para que a família mantivesse sua homeostase.
  • 3. Após a abordagem dos principais pontos dos três tipos de terapias destacadas nesta webaula, podemos agora refletir sobre como ocorre a comunicação de cada escola terapêutica familiar sistêmica. U1 - Seção 3 Os processos reflexivos e as práticas narrativas são escolas que prezam pela exibilização dos olhares ou dos pontos de vista. Essas escolas consideram que o mundo é construído pelas pessoas que o constituem e têm como essencial a postura de cooperação e colaboração, mantendo uma atitude de curiosidade legítima ou de “não saber” nas interações e conexões com os sistemas familiares e redes sociais. A terapia narrativa (ou abordagens ou práticas narrativas) assume que é impossível um conhecimento pleno e universal das pessoas e do mundo em que vivemos. Só podemos ter acesso ao que experimentamos e às histórias ou narrativas que contamos ou que nos são contadas a respeito do vivido. As abordagens narrativas são mais do que técnicas, são maneiras diferentes de ver as pessoas e o mundo que as cerca. De uma noção de um problema interno, individual, passamos para um conceito a partir do qual os problemas estão nas histórias que dominam nossas vidas. Após ter se dedicado a desconstrução do problema e a sua externalização, o terapeuta narrativo pode continuar a conversação, pesquisando habilidades, capacidades e recursos da pessoa, em geral, pouco utilizados, mas que podem ser recorridos no enfrentamento do problema externalizado. O processo reflexivo leva em consideração que sempre enxergamos as coisas por um ponto de vista, destacando um determinado contexto e não nos atentando a todo o resto. Considera ainda que duas pessoas podem descrever de forma diferente a mesma imagem e isto pode levá-las a diferentes construções sobre aquele aspecto do mundo. As terapias de família inspiradas nos processos reflexivos tendem a ser breves e o número de sessões pode variar. A frequência entre as sessões pode ser semanal, quinzenal ou até mesmo mensal. O entrevistador busca desconstruir as várias queixas (entender como cada um chegou aquele significado) e construir um problema comum, consensual para o grupo atendido, sendo este o foco inicial da conversação terapêutica. Sugere- se ainda que as reflexões sejam em forma de um diálogo e que nelas sejam incluídas mais perguntas do que afirmações. Ao terminar sua fala, a equipe reflexiva volta para a postura de observador reflexivo. O entrevistador habitualmente retoma a sessão com uma pergunta direta: gostariam de comentar e/ou falar mais sobre alguma coisa que ouviram? E após todos terem se colocado e discutido suas ideias (se houver), o entrevistador pode apresentar suas reflexões para a discussão. Processos reflexivos e terapias narrativas podem ser considerados como posturas e abordagens complementares, os quais farão parte da bagagem do profissional sistêmico. Nesse contexto, o terapeuta sistêmico tem o papel de articular conversações, de mediar conflitos e de estimular as pessoas envolvidas com o problema para que encontrem novos significados e novas narrativas não deficitárias.