O documento descreve um ciclo de palestras sobre sexualidade ministrado por mestrandos da UNESP. Ele aborda temas como o que é sexualidade, sexo e educação sexual, além de descrever doenças sexualmente transmissíveis como AIDS, sífilis, gonorreia, HPV, herpes genital, hepatite B, candidíase, uretrite e tricomaníase. O documento fornece informações sobre sintomas, formas de transmissão e prevenção dessas doenças.
1. Ciclo de palestras:
Sexualidade é você!
. Adriana Rodrigues Zocca
• Mestranda em Educação Sexual da UNESP - Araraquara, SP.
• E-mail: adriana.zocca@gmail.com
• Natália Souza Nogueira.
• Mestranda em Educação Sexual da UNESP - Araraquara, SP.
• E-mail: nogueiranc@ig.com.br
• Alex Eduardo lemos
• Mestranda em Educação Sexual da UNESP - Araraquara, SP.
• Karina Fernandes
. Mestranda em Educação Sexual da UNESP - Araraquara, SP.
2. O que é sexualidade?
[..] inclui o sexo, a afetividade, o carinho, o prazer, o amor ou o
sentimento mútuo de bem querer, os gestos, a comunicação, o toque
e a intimidade. Inclui, também, os valores e as normas morais que
cada cultura elabora sobre o comportamento sexual (FIGUEIRÓ,
2004, p. 2).
O que é sexo?
O primeiro está relacionado diretamente ao ato sexual e à satisfação
da necessidade biológica de obter prazer sexual, necessidade essa
que todo ser humano, seja normal ou com necessidades
educacionais especiais, traz consigo desde que nasce (FIGUEIRÓ,
2004, p. 2).
3. Educação Sexual?
[...] tem a ver com o direito de toda pessoa de receber
informações sobre o corpo, a sexualidade e o
relacionamento sexual e, também, com o direito de ter
várias oportunidades para expressar sentimentos, rever
seus tabus, aprender, refletir e debater para formar sua
própria opinião, seus próprios valores sobre tudo que é
ligado ao sexo [...] a sexualidade faz parte de cada um de
nós e pode ser vivida com alegria, liberdade e
responsabilidade. Educar sexualmente é, também,
possibilitar ao indivíduo o direito a vivenciar o prazer.
(FIGUEIRÓ, 2004, p.15)
4. Ao caracterizar as questões da sexualidade humana,
referimo-nos a um processo de educação sexual que,
embora se concretize na personalidade individual, é
construído socialmente ao longo da vida. É através dele
que escolhemos e vivemos a nossa própria sexualidade; ao
mesmo tempo, no entanto, a ideologia em cada cultura dita
regras de normalidade com relação às questões da
sexualidade. As concepções, crenças pessoais e sentimentos
- frutos da educação sexual - influenciam as atitudes e as
ações com relação à manifestação da sexualidade das
pessoas (MAIA, 2001, p.36).
6. Deseducação sexual
Estamos falando de uma desconstrução, o que
seria isso, seria nos informarmos adequadamente e
reconstruir os nossos pensamentos sobre a
sexualidade e vê-la como algo que faz parte de
nossa vivencia assim como beber, comer, evacuar,
dormir...entendendo o porque dos preconceitos e
tabus.
10. Para que
possamos:
- Prevenir de doenças;
- Detectar aspectos
estranhos no corpo;
- Vivenciar a
sexualidade com
plenitude;
11. Com o sexo temos as DSTs [Doenças
Sexualmente Transmissíveis]...
- São conhecidas por doenças venéreas;
- Transmitidas essencialmente pelo contato
direto, mantido através de relações sexuais
onde o parceiro ou a parceira necessariamente
porta a doença, e indireto por meio do
compartilhamento de utensílios pessoais mal
higienizados (roupas íntimas), ou
manipulação indevida de objetos
contaminados (lâminas e seringas);
- Os principais agentes patogênicos são os vírus,
as bactérias e os fungos;
- Essas doenças acometem o público em sua
totalidade: através do discuido individual com
a saúde e a carência ou mesmo a falta de
programas educativos.
13. - Através das relações sexuais sem camisinha;
- Compartilhar seringas de pessoas desconhecidas;
- Pessoas que recebem transfusão de sangue não testado;
Assim, qualquer pessoa seja ela: casada,
solteira, jovem, adulto, rico ou pobre, pode
contrair uma DST!
14.
15. Para se prevenir, é
importante CONHECER...
As Doenças Sexualmente Transmissíveis
16. AIDS
• Corresponde ao estágio avançado da doença que ataca o
sistema imunológico;
• A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, como também é
chamada, é causada pelo HIV;
• O vírus ataca as células de defesa do nosso corpo, assim o
organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, de um
simples resfriado a infecções mais graves;
• O tratamento dessas doenças fica prejudicado;
• Hoje existemmedicamentos para controlar a doença;
• Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar
ainda mais a sobrevida da pessoa;
• Por isso, é recomendado pelo Ministério da Saúde fazer o
teste se passou por alguma situação de risco e usar sempre o
preservativo.
18. DINÂMICA
Jogo da Aids Antes de começar o jogo, escolha um
participante e entregue-lhe o cartão tendo atrás as letras
PU, e explique que ele não deverá participar do jogo,
colocando-se de lado assim que o mesmo começar.
Distribua para os participantes (20 no máximo), cartões
brancos, do tamanho de meia folha de papel ofício, sendo
que atrás de três cartões estará a letra C, atrás de outro
cartão estarão as letras PU e atrás de um terceiro cartão
estará a letra A. Os participantes terão 1 (um) minuto para
colherem autógrafos dos demais em seu cartão. Após, o
coordenador pede que aquele que estiver com a letra A se
apresente, informando que o mesmo está com Aids.
19. Em seguida pede que aqueles que possuam o autógrafo dele
se apresentem, pois todos estão contaminados, já que isso
significa que mantiveram relação sexual com o mesmo.
Prosseguindo, pede que os que tiverem autógrafos dos
colegas contaminados, também se juntem ao grupo, pois
estão igualmente contaminados. Na seqüência, solicita que
se destaquem os que estiverem com a letra C, significando
que usam a camisinha para se protegerem, mas como ela
não é cem por cento segura, voltam ao grupo contaminado.
Finalmente, aponta para o participante que sobrou, que está
com as letras PU, ou seja, o que possui parceiro único, e,
portanto, está livre da Aids (levando-se em consideração
que seu parceiro também o tem como único). Após o
término do jogo deve ser realizada ampla conversa sobre
sexo seguro e parceiro único.
20. SÍFILIS
• A infecção ocorre em três estágios, sendo que os sintomas se
manifestam principalmente nas duas primeiras. Isso pode fazer com
que na terceira etapa, que pode ser assintomática, o indivíduo tenha
a falsa impressão de que não tem mais a doença;
• A infecção pode também ser congênita (quando é transmitida das
mães para os fetos) e pode causar más-formações;
• Sintomas: feridas nos órgãos genitais, na boca, inchaços nos
linfonodos (ínguas) da virilha;
• As feridas nos órgãos genitais são chamadas de cancros, têm
formato arredondado e firme, não doem, não ardem, não coçam e
delas não vaza pus;
• Se a doença não for tratada, podem surgir manchas em várias partes
do corpo, como nas mãos e pés, e queda de cabelos;
• Em estágio avançado, pode causar cegueira, demência e, dentre
outros problemas graves, até levar à morte.
23. GONORRÉIA
• Provoca a inflamação da uretra (canal urinário);
• Pode alastrar-se para outros órgãos e causar
complicações como: artrite, meningite e problemas
cardíacos.
• Tratamento: realizado com antibióticos;
• Ao longo do tempo, as populações de microorganismos
adquirem resistência e os antibióticos se tornam
ineficazes.
26. HPV
• É a doença sexualmente transmissível mais comum do
mundo;
• Há mais de 100 tipos;
• Vários desses tipos podem infectar os órgãos genitais, a
garganta e o ânus;
• As verrugas comuns de pele também são causadas por
HPVs;
• É assintomático, ás vezes não percebemos que temos a
doença;
• Ela surge com verrugas nos órgãos genitais e colo do
útero.
28. - Os tipos de vírus causadores do câncer de colo de útero são distintos
daqueles causadores das verrugas;
- Também é importante notar que essas verrugas podem surgir semanas
ou até mesmo meses após a contaminação, ao passo que o câncer pode
se desenvolver anos após a contaminação;
- Uma complicação grave decorrente do câncer de colo de útero, é que
seus efeitos e sintomas só passam a ser visíveis após um período de
tempo considerável, quando o câncer já se encontra em estágio
avançado. Por isso, é necessário que as mulheres façam exames
regulares.
- Tratamento: não existe tratamento para se eliminar o vírus (espera-se
que o sistema imunitário faça isso), porém, pode se tratar alguns dos
sintomas da infecção, por exemplo, podem-se remover as verrugas (que
inclusive podem desaparecer naturalmente) e se pode diagnosticar o
câncer cedo, com testes como o Papanicolau, para que seja mais fácil
tratá-lo. Basicamente, o teste de Papanicolau tem o objetivo de detectar
alterações celulares no colo uterino, que poderão se tornar cânceres,
caso não sejam tratados adequadamente.
29.
30. - Atualmente já existem vacinas contra o HPV, que
devem ser administradas em três doses,
preferencialmente antes de o indivíduo começar a
praticar relações sexuais;
- Entretanto, os efeitos das vacinas só poderão ser
avaliados com maior confiabilidade daqui a
alguns anos (quanto tempo o indivíduo
permanece imunizado, qual é a eficiência e etc.);
- E a partir do ano que vem vai estar disponível
para meninas acima de 10 anos.
31. HERPES GENITAL
• Sintomas: bolhas que se rompem e geram feridas nos
órgãos genitais;
• Normalmente essas feridas somem, mas podem
reaparecer de tempos em tempos caso o indivíduo seja
exposto a algum fator capaz de diminuir sua imunidade
(exposição ao sol, esforço exagerado, estresse e
ansiedade, uso prolongado de antibióticos e outros);
• Tratamento: sem cura definitiva, mas se tenta tratar as
feridas.
34. HEPATITE B
• Causador: O Vírus da hepatite B, que pode ser
encontrado no sangue, leite materno e esperma;
• São inflamações no fígado, que podem se tornar crônicas
e até mesmo levar ao surgimento de cirrose e tumores;
• Na maioria dos casos os indivíduos acometidos não
apresentam sintomas;
• Sintomas: febres, vômitos, icterícia (pele e olhos
amarelados), urina mais escura e fezes claras;
• Tratamento: feito com medicamentos específicos, sendo
importante destacar que, durante o período de
tratamento o indivíduo não deve consumir bebidas
alcoólicas. No que tange à prevenção, há vacina contra o
HBV, que deve ser tomada em três doses.
37. CANDIDÍASE
• É uma infecção por fungos da membrana mucosa da boca e
da língua;
• Causada por formas de um fungo chamado Candida;
• Uma pequena quantidade desses fungos vive na sua boca a
maior parte do tempo;
• Geralmente é controlada pelo sistema imunológico e
outros tipos de germes que também vivem normalmente
na boca;
• Porém, quando o sistema imunológico está enfraquecido, o
fungo pode crescer, provocando feridas (lesões) na boca e
na língua. Os seguintes fatores podem aumentar as chances
de contrair candidíase: Tomar medicamentos esteroides E
Ter AIDS ou uma infecção por HIV, entre outros...
38. • A candidíase também pode se manifestar como infecções
na vagina;
• As pessoas que têm diabetes e tiveram níveis altos de
glicose no sangue têm maior probabilidade de ter
candidíase oral porque o açúcar em excesso na saliva atua
como um alimento para a Cândida;
• Tomar altas doses de antibióticos ou tomar antibióticos
por muito tempo também aumenta o risco de candidíase
oral;
• Os antibióticos matam algumas das bactérias saudáveis
que mantêm o crescimento da Cândida controlado;
• As pessoas com dentaduras que não encaixam direito
também têm maior probabilidade de ter candidíase.
42. URETRITE
• Atinge tanto homens como mulheres;
• Ela se desenvolve através de infecções na
região da uretra;
• Em casos mais graves, a doença pode
avançar para uma gonorreia.
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44. TRICOMANÍASE
• Em geral, é responsável por um odor desagradável na região
vaginal na mulher;
• Os sintomas mais comuns é a presença de edema na vagina,
manchas avermelhadas na vulva, leucorréia (corrimento
branco-amarelado), prurido intenso, cervicite e dor ao urinar;
• Nos homens a infecção geralmente é assintomática,
aparecendo às vezes uretrite com corrimento purulento,
ligeira dor durante a micção e inflamação na próstata;
• Infecções crônicas podem permanecer latentes durante anos
transformando o homem em um vetor;
• Nos casos mais graves, tanto para homens como para
mulheres o Trichomonas impede o ato sexual;
• Além disto, pode diminuir a vitalidade dos espermatozóides,
reduzindo a chance de concepção durante esses períodos.