O documento discute a importância da igualdade de gênero na gestão de talentos e como a Dianova Portugal implementou um plano de igualdade entre seus 33 funcionários, 17 mulheres e 16 homens. O plano estruturou ações em nove áreas como recrutamento, carreira e conciliação entre vida profissional e familiar. A Dianova reserva vagas para o gênero subrepresentado em cursos de formação para contribuir para a diminuição de assimetrias de gênero na sociedade.
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Artigo gestao talentos caso dianova_2012
1. ARTIGO CONTRIBUÍDO
Marta Santos, Responsável área de Gestão de Pessoas
Dianova Portugal
A IGUALDADE DE GÉNERO COMO FERRAMENTA DE TRABALHO NA GESTÃO DE TALENTOS
• O CASO DA DIANOVA PORTUGAL JUNTO DOS SEUS 33 COLABORADORES
Num mundo em mudança e em constante evolução, todas as Organizações públicas ou
privadas, com ou sem fins lucrativos, devem direcionar os seus esforços para a atracção e
retenção de Talentos. Contar com os melhores é mais do que nunca uma necessidade
estratégica.
Neste contexto, as Organizações através da sua área de Gestão de Pessoas, necessitam de
abordar a gestão de Talentos com criatividade e flexibilidade, procurando soluções “out of the
box” que permitam ter os seus quadros motivados e comprometidos com a missão da
Organização.
E neste âmbito, a adopção de estratégias que visem a eliminação de desigualdades entre
homens e mulheres no seio das Organizações contribuirá não só para o bem-estar de quem
nelas trabalha, como também para um aumento da produtividade e consequente
competitividade, pois só considerando a totalidade dos seus Talentos (sejam eles mulheres ou
homens), as Organizações estarão a trabalhar na sua máxima força.
A igualdade entre homens e mulheres constitui um dos princípios fundamentais da carta
magna das Nações Unidas, de todos os convénios internacionais, tratados europeus, assim
como da maioria das constituições nacionais. Contudo, a mera declaração formal da Igualdade
entre mulheres e homens tem-se mostrado insuficiente para garantir a efectiva igualdade por
diversas razões de índole social, económica, cultural e política.
Na prática, as discriminações subsistem, com mais ou menos intensidade de acordo com cada
país, em áreas como a política, acesso a cargos de decisão, níveis salariais, acesso a empregos
diversificados. A incorporação dos valores de Igualdade e Diversidade de forma transversal em
toda a Organização impulsiona uma estratégia integradora de todas as pessoas ao mesmo
tempo que potencia um crescimento rentável e sustentável da própria Organização.
Reconhecendo como objectivo estratégico o desenvolvimento de relações laborais baseadas
na Igualdade, na não discriminação e no respeito pela diversidade, a Dianova Portugal
2. (Organização publicamente reconhecida como Instituição Particular de Solidariedade Social,
Associação de Utilidade Pública e Organização Não-Governamental para o Desenvolvimento)
procedeu a um diagnóstico organizacional no âmbito da Igualdade e Conciliação e à
elaboração e implementação do respectivo Plano (entre Outubro e Agosto de 2012) junto dos
seus 33 Colaboradores e colaboradoras (17 mulheres e 16 homens).
O Plano para a Igualdade na Dianova encontra-se estruturado em 9 áreas de intervenção:
Estratégia, Missão e Valores, Recrutamento e Selecção, Aprendizagem ao Longo da Vida,
Gestão de Carreiras, Diálogo Social e Participação dos Trabalhadores, Respeito pela Dignidade
humana, Comunicação e Linguagem, Conciliação entre a Vida Familiar e Profissional e
Maternidade e Paternidade que estão concretizadas em acções, como por exemplo, a
implementação de um sistema de avaliação de competências, a criação de manuais sobre o
uso de uma linguagem inclusiva ou de direitos parentais, ou ainda, a inclusão de acções de
formação em igualdade de género e não discriminação no Plano de Formação Anual, às quais
se associaram indicadores de resultado, bem como a responsabilidade pela sua execução.
Apesar do Plano para a Igualdade ter sido projectado para implementação no seio da
Organização, foram adicionalmente definidas medidas que têm como público-alvo os
beneficiários dos nossos programas tais como Clientes/Utentes, Estagiários/as,
Colaboradores/as em programa de inserção, entre outros.
É de salientar que na formação co-financiada pelo FSE e Estado Português, a Dianova reserva
vagas para o género sub-representado nas áreas de formação/ educação, desenvolvendo
acções de sensibilização em Igualdade integradas nos +150 cursos que ministra (através do
Centro de Formação Dianova, acreditado DGERT e CCPFC), esperando deste modo contribuir
proactivamente para a diminuição de assimetrias entre os géneros na sociedade.
Marta Santos | Responsável pela Gestão de Pessoas na Dianova Portugal
Licenciada em Psicologia das Organizações e do Trabalho, pela Universidade Lusófona de Humanidades
e Tecnologia, iniciou a sua carreira profissional como consultora na Orel Serviços,Lda, empresa de
consultoria, em Outubro de 2004,na área da formação profissional desenvolvendo a sua actividade no
âmbito dos projectos inPME e PME, tendo mais tarde sido Responsável de formação. Em Novembro de
2006, ingressa na SDO Consultoria, na unidade de negócio Consultoria de Gestão e Desenvolvimento
Organizacional, como Consultora de Recursos Humanos, onde para além da Definição de Perfis
Funcionais; Qualificação de Funções; Elaboração de Modelo de Competência e Avaliação de
Desempenho e Levantamento de Processos, ministrou centenas de horas de formação em áreas
comportamentais e técnicas. Em Janeiro de 2008, entra para a Sony Portugal, Lda, como Human
Resources Specialist, intervindo na área de recrutamento e selecção, gestão da formação, gestão de
seguros, comunicação interna, desenvolvimento organizacional e dando apoio na gestão administrativa
e processamento salarial. Em Março de 2012, assume funções de Responsável pela Gestão de Pessoas
na Dianova, executando tarefas e procedimentos técnicos-administrativos relacionados com as diversas
actividades da área de Desenvolvimento Organizacional e Recursos Humanos.
-FIM-
_____________
3. Sobre a Dianova
A Dianova Portugal – Intervenção em Toxicodependências e Desenvolvimento Social é publicamente
reconhecida como Instituição Particular de Solidariedade Social, Associação de Utilidade Pública e
Organização Não-Governamental para o Desenvolvimento, com sede na Quinta das Lapas, Monte
Redondo Torres Vedras. Tem as suas áreas de intervenção licenciadas e protocoladas pelo Instituto da
Droga e Toxicodependência (IDT, IP) – actual SICAD, Instituto da Segurança Social (ISS, IP), Instituto de
Emprego e Formação Profissional (IEFP), Direcção-Geral do Emprego e Relações no Trabalho (DGERT) e
Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD-MNE).
Disponibilizamos actualmente os seguintes recursos: Centro de Formação (acreditado pela DGERT),
Comunidade Terapêutica (a 1ª em Portugal com Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001:2008
certificado pela SGS – ICS desde 2005), Empresa de Inserção Viveiros Floricultura, Centro de Apoio
Psicossocial +Saúde e Apartamento de Reinserção Social.
Tendo por missão desenvolver acções e programas que contribuam activamente para a autonomia
pessoal e o progresso social, alicerçada nos valores de Solidariedade • Compromisso • Tolerância •
Internacionalidade, a nossa visão fundamenta-se na convicção de que, com a ajuda adequada, cada
pessoa pode encontrar em si mesma os recursos para alcançar o seu desenvolvimento pessoal e
integração social.
Toda a nossa intervenção assenta em quatro pilares de diferenciação: Profissionalismo e Competência,
Inovação e Qualidade, Eficácia no Tratamento e Reinserção e Ética e Responsabilidade Social.
Somos membro e parceiros da rede Dianova com Estatuto Consultivo Especial junto do Conselho
Económico e Social das Nações Unidas (ECOSOC/UN), do Vienna NGO Committee on Narcotic Drugs
(VNGOC), do Instituto Português de Corporate Governance (IPCG); da REDE Nacional de
Responsabilidade Social das Organizações RSO PT; da European Federation of Therapeutic
Communities (EFTC), em Relações Operativas com a UNESCO, entre outras afiliações e protocolos, e
ainda Coordenadora Nacional das campanhas European Action On Drugs e Access City Award da
Comissão Europeia – DG Justiça (EC – DG JUST).
Fruto do nosso desenvolvimento organizacional e cooperação, eis o nosso Impacto Social no quinquénio
2007-2011 nas múltiplas áreas de intervenção: beneficiámos 21.838 Pessoas (crianças, jovens, adultos
e idosos).