2. O QUE SÃO ANIMAIS PEÇONHENTOS
ANIMAIS PEÇONHENTOS: Animais que
possuem ferrões ou dentes para injetar a
peçonha (toxina – ou composto de
toxinas) a fim de alterar o metabolismo de
outro animal, com finalidade de defesa
ou para alimentação.
ARANHAS, SERPENTES, ESCORPIÕES,
ABELHAS
2
3. DADOS DE ACIDENTES COM ANIMAIS
PEÇONHENTOS NO BRASIL e REGIAO NORTE
Segundo dados do Ministério da Saúde, a incidência em 2016 foi:
3
*Fonte: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/abril/28/2-Incidencia_AnimaisPeconhentos_2000_2016.pdf
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/abril/28/3-Obitos_AnimaisPeconhentos_2000_2016.pdf
MÉDIA Brasil
• 83 a cada 100.000 hab.
• Com 726 óbitos;
• Regiões SE e NE com mais
mortes.
REGIÃO NORTE
• 85,3 a cada
100.000 hab.
• Com 46 óbitos
AMAZONAS
•53,6 a cada
100.000
hab.
• Com16
óbitos
4. Acidentes com cobra: Maioria dos acidentes ocorre na área rural e em
homens entre 15 e 49 anos.
Acidentes com escorpião: maior incidência urbana. Mais representativo dentre
os animais peçonhentos. Teve crescimento de mais de 71% entre 2010 e 2014;
No Amazonas, os acidentes com esses animais são bastante comuns. Depois das
cobras, os escorpiões ocupam o segundo lugar em número de registros de casos
(2.472, de 2007 a 2015), seguido das aranhas (1.396, nesse mesmo período)(Graça
Alecrim – Pres. Do HDTM – J.A Crítica (08.08.2016)
4
DADOS DE ACIDENTES COM ANIMAIS
PEÇONHENTOS NO BRASIL e REGIAO NORTE
6. ACIDENTES OFÍDICOS NO AMAZONAS
O Amazonas registra em torno de dois mil casos de
acidentes com serpentes por ano.
90% do total são causados por
jararacas(SURUCUCURANA);
Municípios com a maior taxa de incidência são
Manaus, São Gabriel da Cachoeira, Borba e Alvarães.
De 2007 a 2015, foram notificados 14.232 casos no
Estado e, desses, 91 foram a óbito.
6
FONTE: http://www.acritica.com/channels/governo/news/terca-feira-amazonas-registra-em-torno-de-dois-mil-casos-de-acidentes-com-serpentes-por-ano
7. 7
No Períodos das chuvas há incremento no número dos acidentes – animais
buscam proximidade com as residências;
No interior, atividades extrativistas estão mais relacionadas a acidentes
“Manaus é uma cidade grande que produz muito lixo e tem uma área
urbana desorganizada. Isso atrai roedores e, consequentemente, as cobras
que se alimentam desses animais, por isso há registro de muitos casos na
capital”.
**De acordo com o coordenador das pesquisas dessa área, na Fundação de Medicina
Tropical (FMT-HVD), Wuelton Monteiro, em entrevista para o Jornal A Crítica do dia em
08-ago-2016;
ACIDENTES OFÍDICOS NO AMAZONAS
8. Principal característica de cobra
peçonhenta:
A identificação da serpente causadora do acidente ofídico
pode ser muito importante para orientar a conduta médica e a
prescrição do soro mais conveniente.
Se a serpente tiver um orifício entre os olhos e a fossa nasal, a
denominada fosseta loreal, trata-se de uma serpente
peçonhenta.
8
9. ACIDENTES COM COBRAS – Típos mais
frequentes na Amazônia
9
Bothrops sp.: conhecida
popularmente como surucucurana,
jararaca ou surucucu. Causam a
maioria dos acidentes na Amazônia e
também na região de Manaus e
municípios vizinhos.
Os triângulos do padrão do colorido do
corpo destas serpentes têm o vértice
voltado para cima.
As duas serpentes mais freqüentemente encontradas em nosso
meio são dos gêneros:
11. ACIDENTE BOTRÓPICO(Jararaca):11
Em 40% das vezes levam a
complicações no local da picada.
o veneno botrópico tem ação
proteolítica, coagulante e
hemorrágica.
PRINCIPAIS SINTOMAS:
DOR, EDEMA LOCAL, RUBOR E
SANGRAMENTO
12. ACIDENTE LAQUÉTICO: (Surucucu Pico-
de-jaca)
12
Lachesis sp.: uma só espécie
é conhecida e é
popularmente chamada de
surucucu ou surucucu-pico-
de-jaca. São de hábitos
umbrófilos e raramente se
afastam muito da mata.
Pode chegar a 5mts.
Os desenhos triangulares do
corpo destas serpentes têm o
vértice voltado para baixo.
http://tudosobrebichinhos.com.br/surucucu-cobra-mais-
venenosa/
13. ACIDENTE LAQUÉTICO (Surucucu Pico-
de-jaca)
13
O veneno laquético tem ação proteolítica,
coagulante, hemorrágica e neurotóxica
(vagal);
Mais letal – 3 x mais que o brotrópico;
PRINCIPAIS SINTOMAS:
Dor, edema local e ascendente, formação
de bolhas, hemorragia local e sistêmica,
diarreia, dor abdominal, bradicardia,
sudorese,hipotensão.
15. Acidentes com picada de aranha
Acidentes causados por aranhas são normais. Nem todas as
aranhas são peçonhentas e a grande maioria não causa
maiores problemas
A gravidade do acidentes está associada à intensidade e
complexidade da sua peçonha (veneno).
Os 3 gêneros de aranha peçonhentas com maior incidência
de acidentes mais graves no Brasil e também no Amazonas
são:
Aranha-marrom (Loxosceles)
Armadeira (Phoneutria)
Viúva-negra (Latrodectus)
15
16. 16 Pouco
agressiva.
Dentro de
residências(sap
atos e gavetas)
e nos jardins
(embaixo de
folhas e cascas
de árvore)
A picada é pouco
dolorosa. Uma lesão
endurecida e escura
horas após o
acidente, pode
evoluir para ferida
com necrose de
difícil cicatrização.
mal-estar, cefaléia e
febre. Casos graves
podem evoluir para
um quadro de
insuficiência renal
aguda. Raramente
pode levar à morte.
42% dos acidentes
com aranhas no
Brasil.
ARMADEIRA
AGRESSIVA
Caçadoras,
com atividade
noturna.
Abrigam-se em
jardins,
palmeiras e
entre folhas de
bananeira.
dor imediata e
intensa,. Casos
graves apresentam
agitação, náuseas,
vômitos e
diminuição da FC,
raramente leva à
morte
Após picada, a
vítima sente pouca
dor local, mas a dor
evolui para sensação
de queimadura 15 a
60 minutos após a
picada.
VIÚVA NEGRA
Só pica se
apertada.
Noturnas, faz
teia irregular em
arbustos,
gramíneas,
cascas de
coco, canaletas
de chuva
Sua peçonha ataca
o sistema nervoso
provocando dores
musculares muito
intensas, suor,
náuseas, dor de
cabeça, dores
abdominais e
alterações
cardiorrespiratórias.
ARANHA
MARRON
18. ACIDENTES COM ESCORPIÃO
Maiorr incidência urbana. Teve crescimento de mais de
71% entre 2010 e 2014;
As picadas atingem predominantemente os membros
superiores, 65% das quais acometendo mão e antebraço.
Os principais agentes de importância médica são: T.
serrulatus, responsável por acidentes de maior gravidade,
T. bahiensis e T. stigmurus.
No Amazonas, os acidentes com esses animais são bastante
comuns. Depois das cobras, os escorpiões ocupam o segundo
lugar em número de registros de casos (2.472, de 2007 a 2015),
seguido das aranhas (1.396, nesse mesmo período)(Graça
Alecrim – Pres. Do HDTM – J.A Crítica (08.08.2016)
18
19. Principais da região norte
19
Nome Popular: Escorpião Preto, Preto da Amazônia.
Nome Científico: Tityus cambridgei
Identificação: tem tronco e pernas escuros, quase negros.
Comprimento de aproximadaemente 8,5cm.
Distribuição Geográfica: Região Amazônica.
Quadro Clínico: Dor local, ferroadas, queimação, hiperemia, edema.
Podem ocorrer efeitos sistêmicos cardiovasculares, respiratórios e
neurológicos.
Nome Popular:Escorpião
Nome Científico: Tityus metuendus
Identificação: tronco vermelho-escuro, quase negro com manchas
confluentes amarelo-avermelhadas, patas com manchas amareladas;
cauda da mesma cor do tronco. Comprimento de 6 a 7cm.
Distribuição Geográfica: Amazonas, Acre e Pará.
Quadro Clínico: Dor local, ferroadas, queimação, hiperemia, edema.
Podem ocorrer efeitos sistêmicos cardiovasculares, respiratórios e
neurológicos.
20. CARACTERÍSTICAS DO ACIDENTE
ESCORPIÔNICO
20
A picada causa dor no local atingido e apresenta evolução
na maioria dos casos.
PRINCIPAIS SINTOMAS:
DORES FORTES, QUEDA DA TEMPERATURA CORPORAL, SUOR INTENSO,
AUMENTO DA PA, ENJÔO, VÔMITOS
As crianças podem ter manifestações graves – maior mortalidade
abaixo de 14 anos.
Em caso de picada, recomenda-se fazer compressas mornas e
utilizar analgésicos para aliviar a dor até o acidentado chegar a um
serviço de saúde. O atendimento médico irá determinar se a vítima
precisa ou não receber soro.
22. CONDUTA DE PRIMEIROS SOCORROS:
Contatar serviço de socorro urgente informando o tipo de
acidente e tipo de animal, para orientações, ou
Ou se estiver em área rural sem comunicação, remover a
vítima com urgência para o posto de atendimento médico
mais próximo;
Se possível fotograr ou se o animal estiver morto, colocar em
um recipiente para que seja levado para o serviço de saúde;
22
23. 23
Manter a vítima calma, evitando esforços físicos;
CHECAR SINAIS VITAIS – verificar pulsação e se há alguma
dificuldade respiratória ou hemorragia em gengivas e nariz;
Remover roupas e jóiás proximos do local afetado;
Lavar o local do ferimento com água limpa e sabão;
Imobilizar a área afetada, se possível apoiado em pano
limpo.
Se possível manter o local do ferimento abaixo da linha do
coração;
Observar o paciente atentamente até receber auxílio
especializado
CONDUTA DE PRIMEIROS SOCORROS:
24. O QUE NÃO FAZER!!!!
Tentar tracar localmente – mesmo ferimentos
aparentemente leves podem se agravar em algumas horas
Não fazer perfurações ou cortes no local da picada
Não fazer torniquete ou garrote
Não “chupar” no local do ferimento
Não colocar unguentos ou qualquer outra substância sobre
o ferimento
Não oferecer nenhum tipo de bebida alcoolica para a
vítima
24
25. Medidas de prevenção
Uso de sapatos fechados, preferencialmente botas, ao andar pela área rural, trilhas
e floresta;
Uso de luvas de couro e outros ao mexer com folhas, lenha, entulhos;
Verificar sapatos e roupas antes de vestir;
Evitar acúmulo de entulhos e lixo próximo da residência;
Evitar infestações por roedores;
Dedetizar residências
SE AVISTAR COBRAS, EVITAR QUALQUER APROXIMAÇÃO. CHAMAR OS BOMBEIROS
PARA REMOÇÃO. Mesmo as não peçonhentas podem causar ferimentos graves –
por infecção bacteriana;
25
26. BERNARDE, Dr. Paulo Sérgio. Acidentes Ofídicos. Publicação do Laboratório de Herpetologia – Centro Multidisciplinar –
Campos Floresta – Universidade Federal do Acre – UFAC. Rio Branco, 2009. Disponível para consulta em:
http://www.herpetofauna.com.br/acidentesofidicos.htm
Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos. 2ª. ed. - Brasília: Fundação Nacional de
Saúde, 2001. Disponível para consulta em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/manu_peconhentos.pdf
Cartilha sobre animais peçonhentos. Fundação Ezequiel Dias. Belo Horizonte, março de 2014 - 5ª edição. Disponível em:
http://www.funed.mg.gov.br/wp-content/uploads/2010/03/cartilha.pdf
PINHO, F.M.O.; PEREIRA, I.D. Ofidismo.Artigo de revisão. Rev. Assoc. Med. Bras. vol.47 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2001.
Disponível para consulta em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302001000100026#notas
WALDEZ, Fabiano; VOGT,Richard C...Aspectos ecológicos e epidemiológicos de acidentes ofídicos em comunidades
ribeirinhas do baixo rio Purus, Amazonas, Brasil. Acta Amaz. vol.39 no.3 Manaus Sept. 2009. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0044-59672009000300025&lang=pt
https://www.institutobutanta.com.br/como-tratar-picadas-de-animais-peconhentos
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/maio/20/Informe-Epidemiol--gico-animais-pe--onhentos---.pdf
http://www.acritica.com/channels/governo/news/terca-feira-amazonas-registra-em-torno-de-dois-mil-casos-de-acidentes-
com-serpentes-por-ano
http://fuiacampar.com.br/primeiros-socorros-para-picadas-de-aranhas-peconhentas/
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