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ACIDENTES COM ANIMAIS
PEÇONHENTOS
Profª. Mª. Michelly Siqueira Cavalcante
 Acidentes ofídicos;
 Acidentes aracnídeos;
 Acidentes escorpiônicos;
“Os acidentes por animais peçonhentos no Brasil
não são conhecidos em sua magnitude devido à
insuficiência de dados coletados, consequente à
subnotificação ou à informação colhida com
omissões. Todavia, em algumas localidades e
regiões do Pais, sua ocorrência é tão frequente, em
certas épocas do ano, que chegam a constituir
problema de saúde pública”
(BRASIL, 1992).
 São considerados um problema de saúde pública
no Brasil, em virtude do elevado número de
pessoas envolvidas anualmente, e também pela
gravidade e complicações que podem apresentar.
O QUE SÃO ANIMAIS PEÇONHENTOS?
 São aqueles que produzem substâncias tóxicas
que podem ser injetadas diretamente em outros
organismos, graças a presença de um aparelho
inoculador.
 São aqueles que possuem como mecanismo de
defesa a peçonha (veneno) que, dependendo da
situação em que se encontram, são utilizadas em
defesa própria ou para a preservação de sua
espécie. Quando se sentem ameaçados por outro
animal ou até mesmo pelo homem, utilizam-na
para se defenderem.
 Possuem em comum o fato de produzir veneno.
 As glândulas de veneno ou peçonha desses
animais ligam-se com dentes ocos, ferrões ou
aguilhões.
 São exemplos de animais peçonhentos as
serpentes, aranhas, escorpiões, vespas, abelhas,
marimbondos e formigas.
ATENÇÃO
 Identificar o animal causador do acidente é
procedimento importante na medida em que
possibilita a dispensa imediata da maioria dos
pacientes picados por serpentes não
peçonhentas;
 Viabiliza o reconhecimento das espécies de
importância médica em âmbito regional;
 É medida auxiliar na indicação mais precisa do
soro a ser administrado.
ACIDENTES OFÍDICOS
 No Brasil, a fauna ofídica de interesse médico está
representada pelos gêneros:
 Bothrops (incluindo Bothriopsis e Porthidium);
 Crotalus;
 Lachesis;
 Micrurus.
ACIDENTE OFÍDICO BOTRÓPICO
 Corresponde o acidente de maior importância
epidemiológica no país, pois é responsável por
cerca de 90% dos envenenamentos.
 B. jararaca;
 B. jararacucussu;
 B. atrox, etc.
SINAIS E SINTOMAS
Pequena mordida na pele (pode parecer um ponto
pequeno e descolorido);
Infecção e necrose na região da picada;
Dor e inchaço, pode ser de desenvolvimento lento, na
área da mordida;
Pulso rápido e respiração difícil;
Fraqueza;
Dificuldade visual;
Náusea e vômitos .
 Cianose;
 Diarréia;
 Redução da pressão arterial;
 Dores musculares;
 Paciente obnubilado (sonolento):
 Visão dupla ou turva;
 Parestesia (formigamento e dormência local).
PRIMEIROS SOCORROS
 Manter a vítima calma e deitada.
 Localizar a marca da mordedura e limpar o local com
água e sabão.
 Cobrir com um pano limpo.
 Remover anéis, pulseiras e outros objetos que possam
garrotear, em caso de inchaço do membro afetado.
 Evitar que a vítima se movimente para não favorecer a
absorção do veneno.
 Tentar manter a área afetada no mesmo nível do
coração ou, se possível, abaixo dele.
 Hidratar à vítima;
 Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais
próximo, para receber o soro antiofídico.
 Se possível, levar o animal para que seja identificado e
para que a vítima receba o soro específico.
 O soro só deve ser aplicado em ambientes
hospitalares, riscos de reações alérgicas (choque
anafilático).
 A via de administração é a EV (na impossibilidade
dessa via, pode ser utilizada a SC);
O QUE NÃO FAZER?
 Não fazer torniquete, isto impede a circulação do
sangue e pode causar necrose local.
 Não cortar o local da ferida, para fazer 'sangria'.
 Não aplicar folhas, pó de café ou terra sobre a
ferida, poderá provocar infecção.
A AÇÃO DO VENENO PODE PROVOCAR AS
SEGUINTES REAÇÕES:
 Proteolítica: necrose tecidual (morte do tecido
lesado) devido à decomposição das proteínas.
 Neurotóxica: ação no sistema nervoso causando
queda palpebral; formigamento no local afetado,
alterações de consciência e perturbações visuais.
 Hemolítica: destruição das hemácias no sangue.
 Coagulante: causa deficiência na coagulação
sanguínea.
COMO EVITAR ACIDENTES
 Usar botas. Isto evita até 80% dos acidentes, pois
as cobras picam do joelho para baixo. Mas antes
de calçá-las verificar se dentro não há cobras,
aranhas e outros animais peçonhentos.
 Proteger as mãos. Não enfiar as mãos em tocas,
cupinzeiros, ocos de troncos etc. Usar um pedaço
de madeira para verificar se não há animais. Usar
luvas de couro nas atividades rurais e
jardinagem.
 Tampar as frestas e buracos das paredes e
assoalhos.
 Controlar o número de roedores e baratas. A
maioria das cobras alimentam-se de roedores.
Aranhas e escorpiões se alimentam de baratas.
 Manter sempre limpos os terrenos, quintais e
plantações evita atrais estes predadores.
 Conservar o meio ambiente. O desmatamentos e
queimadas, além de destruir a natureza, provocam
mudanças de hábitos dos animais que se refugiam
em celeiros ou mesmo dentro de casas. Também
não se deve matar as cobras, pois elas contribuem
com o equilíbrio ecológico.
 Evitar trepadeiras muito encostadas a casa,
folhagens entrando pelo telhado ou pelo teto.
 Não tocar nas serpentes, mesmos mortas, pois por
descuido ou inabilidade há riscos de ferimentos nas
presas venenosas.
 Avaliar bem o local onde montar equipamentos ou
fazer piqueniques.
ACIDENTES COM ARANHAS
 Aranha armadeira;
 Aranha marrom;
 Viúva negra.
ARANHA ARMADEIRA
 Dor imediata e intensa;
 Poucos sinais visíveis na picada;
 Região sul e sudeste;
 As crianças podem apresentar agitação, náuseas,
vômitos e diminuição da pressão arterial.
ARANHA MARROM
 A picada é pouco dolorosa;
 Algumas horas depois surge uma lesão endurecida
e escura, podendo evoluir para uma ferida
necrosada e de cicatrização difícil;
VIÚVA NEGRA
 Encontrada no litoral nordestino (beira mar);
 Causa dor, contrações musculares, sudorese e
alterações no sistema cárdiovascular.
 O diagnóstico é baseado na presença dos sinais e
sintomas;
 O tratamento consiste basicamente na
administração de analgésicos;
 A prevenção sempre será a melhor opção.
PRIMEIROS SOCORROS
 Lavar o local com água e sabão;
 Procurar assistência médica;
 Não realizar esforços;
 Manter o membro atingido em posição mais
elevada;
 Não aplicar torniquetes, nem muito menos tentar
sugar o veneno através da sangria da região;
 Se possível, levar o animal agressor para facilitar o
diagnóstico;
PREVENÇÃO
• AFASTAR CAMAS DE PAREDES E EVITAR
PENDURAR ROUPAS FORA DE ARMÁRIOS;
• LIMPAR MÓVEIS, CORTINAS, QUADROS,
CANTOS DE PAREDES, ETC.
• COMBATER A PROLIFERAÇÃO DE INSETOS E
NÃO COLOCAR AS MÃOS OU PÉS EM BURACOS,
CUMPIZEROS, MONTE DE PEDRAS OU LENHA,
ETC.
ATENÇÃO
O tempo, em caso de acidentes
envolvendo animais peçonhentos,
principalmente os ofídicos, é
um fator determinante para a boa
evolução dos casos, para evitar
riscos de complicações e até
mesmos o óbito.
ACIDENTES COM ESCORPIÕES
 No Brasil, todas as espécies de escorpiões
peçonhentos pertencem ao gênero Tityus. Esses
animais podem causar desde acidentes leves até
levar à morte.
 Esses animais utilizam o ferrão, localizado na sua
cauda, para injetar o veneno.
 De hábitos noturnos, os escorpiões geralmente
são encontrados durante o dia escondidos embaixo
de pedras, entulhos e cascas de árvores. São
animais carnívoros que se alimentam
principalmente de insetos e apresentam a grande
capacidade de ficarem meses sem comida e água.
 De uma maneira geral, a grande maioria não
apresenta nenhum risco para o homem, uma vez
que o veneno só é capaz de matar pequenos
animais.
 No Brasil, apenas espécies pertencentes ao
gênero Tityus estão relacionadas com acidentes,
dentre elas, três destacam-se como de maior
importância médica:
 Tityus serrulatus;
 Tityus bahiensis;
 Tityus stigmurus.
TITYUS SERRULATUS
 É a maior causadora de acidentes, sendo
considerada o escorpião mais venenoso da
América do Sul.
 Geralmente é encontrada solitária embaixo de
cascas de árvores e em cupinzeiros.
 Caracteriza-se por apresentar coloração amarelo-
clara, com manchas escuras sobre o tronco e no
fim da cauda.
T. BAHIENSIS
 Apresenta coloração marrom-escura, sendo que
as patas e pedipalpos apresentam algumas
manchas de coloração mais escura. Gosta de ficar
sob pedras e troncos, podendo ser encontrada em
locais que apresentam acúmulo de lixo.
T. STIGMURUS
 Apresenta coloração amarelo-escura, com uma
faixa longitudinal mais escura na região mediana
do cefalotórax e um triângulo negro na cabeça.
Avistados principalmente em cupinzeiros, esses
animais são encontrados na região Nordeste do
país.
 Os acidentes podem ser classificados em leves,
moderados e graves.
 Os acidentes leves causam praticamente dor e
inchaço.
 Os acidentes moderados, apresentam dor local
intensa associada a sintomas como sudorese,
agitação, náuseas, hipertensão, vômitos e
taquicardia.
 Já os graves apresentam vômitos frequentes,
náuseas, sudorese profunda, agitação,
hipertensão, tremores, espasmos, paralisias,
convulsões, edema pulmonar agudo, coma, entre
outros sintomas.
 Caso seja picado por um escorpião, procure
imediatamente um médico e, se possível, leve o
animal, para que seja feita a identificação. O
tratamento geralmente consiste no alívio da dor
(anestésico) e na administração de soro
antiescorpiônico.
Acidentes com animais peçonhentos no Brasil

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Acidentes com animais peçonhentos no Brasil

  • 1. ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS Profª. Mª. Michelly Siqueira Cavalcante
  • 2.  Acidentes ofídicos;  Acidentes aracnídeos;  Acidentes escorpiônicos;
  • 3. “Os acidentes por animais peçonhentos no Brasil não são conhecidos em sua magnitude devido à insuficiência de dados coletados, consequente à subnotificação ou à informação colhida com omissões. Todavia, em algumas localidades e regiões do Pais, sua ocorrência é tão frequente, em certas épocas do ano, que chegam a constituir problema de saúde pública” (BRASIL, 1992).
  • 4.  São considerados um problema de saúde pública no Brasil, em virtude do elevado número de pessoas envolvidas anualmente, e também pela gravidade e complicações que podem apresentar.
  • 5. O QUE SÃO ANIMAIS PEÇONHENTOS?  São aqueles que produzem substâncias tóxicas que podem ser injetadas diretamente em outros organismos, graças a presença de um aparelho inoculador.  São aqueles que possuem como mecanismo de defesa a peçonha (veneno) que, dependendo da situação em que se encontram, são utilizadas em defesa própria ou para a preservação de sua espécie. Quando se sentem ameaçados por outro animal ou até mesmo pelo homem, utilizam-na para se defenderem.
  • 6.  Possuem em comum o fato de produzir veneno.  As glândulas de veneno ou peçonha desses animais ligam-se com dentes ocos, ferrões ou aguilhões.  São exemplos de animais peçonhentos as serpentes, aranhas, escorpiões, vespas, abelhas, marimbondos e formigas.
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  • 8. ATENÇÃO  Identificar o animal causador do acidente é procedimento importante na medida em que possibilita a dispensa imediata da maioria dos pacientes picados por serpentes não peçonhentas;  Viabiliza o reconhecimento das espécies de importância médica em âmbito regional;  É medida auxiliar na indicação mais precisa do soro a ser administrado.
  • 9. ACIDENTES OFÍDICOS  No Brasil, a fauna ofídica de interesse médico está representada pelos gêneros:  Bothrops (incluindo Bothriopsis e Porthidium);  Crotalus;  Lachesis;  Micrurus.
  • 10. ACIDENTE OFÍDICO BOTRÓPICO  Corresponde o acidente de maior importância epidemiológica no país, pois é responsável por cerca de 90% dos envenenamentos.  B. jararaca;  B. jararacucussu;  B. atrox, etc.
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  • 12. SINAIS E SINTOMAS Pequena mordida na pele (pode parecer um ponto pequeno e descolorido); Infecção e necrose na região da picada; Dor e inchaço, pode ser de desenvolvimento lento, na área da mordida; Pulso rápido e respiração difícil; Fraqueza; Dificuldade visual; Náusea e vômitos .
  • 13.  Cianose;  Diarréia;  Redução da pressão arterial;  Dores musculares;  Paciente obnubilado (sonolento):  Visão dupla ou turva;  Parestesia (formigamento e dormência local).
  • 14. PRIMEIROS SOCORROS  Manter a vítima calma e deitada.  Localizar a marca da mordedura e limpar o local com água e sabão.  Cobrir com um pano limpo.  Remover anéis, pulseiras e outros objetos que possam garrotear, em caso de inchaço do membro afetado.  Evitar que a vítima se movimente para não favorecer a absorção do veneno.  Tentar manter a área afetada no mesmo nível do coração ou, se possível, abaixo dele.  Hidratar à vítima;  Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para receber o soro antiofídico.  Se possível, levar o animal para que seja identificado e para que a vítima receba o soro específico.
  • 15.  O soro só deve ser aplicado em ambientes hospitalares, riscos de reações alérgicas (choque anafilático).  A via de administração é a EV (na impossibilidade dessa via, pode ser utilizada a SC);
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  • 17. O QUE NÃO FAZER?  Não fazer torniquete, isto impede a circulação do sangue e pode causar necrose local.  Não cortar o local da ferida, para fazer 'sangria'.  Não aplicar folhas, pó de café ou terra sobre a ferida, poderá provocar infecção.
  • 18. A AÇÃO DO VENENO PODE PROVOCAR AS SEGUINTES REAÇÕES:  Proteolítica: necrose tecidual (morte do tecido lesado) devido à decomposição das proteínas.  Neurotóxica: ação no sistema nervoso causando queda palpebral; formigamento no local afetado, alterações de consciência e perturbações visuais.  Hemolítica: destruição das hemácias no sangue.  Coagulante: causa deficiência na coagulação sanguínea.
  • 19. COMO EVITAR ACIDENTES  Usar botas. Isto evita até 80% dos acidentes, pois as cobras picam do joelho para baixo. Mas antes de calçá-las verificar se dentro não há cobras, aranhas e outros animais peçonhentos.  Proteger as mãos. Não enfiar as mãos em tocas, cupinzeiros, ocos de troncos etc. Usar um pedaço de madeira para verificar se não há animais. Usar luvas de couro nas atividades rurais e jardinagem.  Tampar as frestas e buracos das paredes e assoalhos.
  • 20.  Controlar o número de roedores e baratas. A maioria das cobras alimentam-se de roedores. Aranhas e escorpiões se alimentam de baratas.  Manter sempre limpos os terrenos, quintais e plantações evita atrais estes predadores.  Conservar o meio ambiente. O desmatamentos e queimadas, além de destruir a natureza, provocam mudanças de hábitos dos animais que se refugiam em celeiros ou mesmo dentro de casas. Também não se deve matar as cobras, pois elas contribuem com o equilíbrio ecológico.
  • 21.  Evitar trepadeiras muito encostadas a casa, folhagens entrando pelo telhado ou pelo teto.  Não tocar nas serpentes, mesmos mortas, pois por descuido ou inabilidade há riscos de ferimentos nas presas venenosas.  Avaliar bem o local onde montar equipamentos ou fazer piqueniques.
  • 22. ACIDENTES COM ARANHAS  Aranha armadeira;  Aranha marrom;  Viúva negra.
  • 23. ARANHA ARMADEIRA  Dor imediata e intensa;  Poucos sinais visíveis na picada;  Região sul e sudeste;  As crianças podem apresentar agitação, náuseas, vômitos e diminuição da pressão arterial.
  • 24. ARANHA MARROM  A picada é pouco dolorosa;  Algumas horas depois surge uma lesão endurecida e escura, podendo evoluir para uma ferida necrosada e de cicatrização difícil;
  • 25. VIÚVA NEGRA  Encontrada no litoral nordestino (beira mar);  Causa dor, contrações musculares, sudorese e alterações no sistema cárdiovascular.
  • 26.  O diagnóstico é baseado na presença dos sinais e sintomas;  O tratamento consiste basicamente na administração de analgésicos;  A prevenção sempre será a melhor opção.
  • 27. PRIMEIROS SOCORROS  Lavar o local com água e sabão;  Procurar assistência médica;  Não realizar esforços;  Manter o membro atingido em posição mais elevada;  Não aplicar torniquetes, nem muito menos tentar sugar o veneno através da sangria da região;
  • 28.  Se possível, levar o animal agressor para facilitar o diagnóstico; PREVENÇÃO • AFASTAR CAMAS DE PAREDES E EVITAR PENDURAR ROUPAS FORA DE ARMÁRIOS; • LIMPAR MÓVEIS, CORTINAS, QUADROS, CANTOS DE PAREDES, ETC. • COMBATER A PROLIFERAÇÃO DE INSETOS E NÃO COLOCAR AS MÃOS OU PÉS EM BURACOS, CUMPIZEROS, MONTE DE PEDRAS OU LENHA, ETC.
  • 29. ATENÇÃO O tempo, em caso de acidentes envolvendo animais peçonhentos, principalmente os ofídicos, é um fator determinante para a boa evolução dos casos, para evitar riscos de complicações e até mesmos o óbito.
  • 30. ACIDENTES COM ESCORPIÕES  No Brasil, todas as espécies de escorpiões peçonhentos pertencem ao gênero Tityus. Esses animais podem causar desde acidentes leves até levar à morte.  Esses animais utilizam o ferrão, localizado na sua cauda, para injetar o veneno.
  • 31.  De hábitos noturnos, os escorpiões geralmente são encontrados durante o dia escondidos embaixo de pedras, entulhos e cascas de árvores. São animais carnívoros que se alimentam principalmente de insetos e apresentam a grande capacidade de ficarem meses sem comida e água.  De uma maneira geral, a grande maioria não apresenta nenhum risco para o homem, uma vez que o veneno só é capaz de matar pequenos animais.
  • 32.  No Brasil, apenas espécies pertencentes ao gênero Tityus estão relacionadas com acidentes, dentre elas, três destacam-se como de maior importância médica:  Tityus serrulatus;  Tityus bahiensis;  Tityus stigmurus.
  • 33. TITYUS SERRULATUS  É a maior causadora de acidentes, sendo considerada o escorpião mais venenoso da América do Sul.  Geralmente é encontrada solitária embaixo de cascas de árvores e em cupinzeiros.  Caracteriza-se por apresentar coloração amarelo- clara, com manchas escuras sobre o tronco e no fim da cauda.
  • 34. T. BAHIENSIS  Apresenta coloração marrom-escura, sendo que as patas e pedipalpos apresentam algumas manchas de coloração mais escura. Gosta de ficar sob pedras e troncos, podendo ser encontrada em locais que apresentam acúmulo de lixo.
  • 35. T. STIGMURUS  Apresenta coloração amarelo-escura, com uma faixa longitudinal mais escura na região mediana do cefalotórax e um triângulo negro na cabeça. Avistados principalmente em cupinzeiros, esses animais são encontrados na região Nordeste do país.
  • 36.  Os acidentes podem ser classificados em leves, moderados e graves.  Os acidentes leves causam praticamente dor e inchaço.  Os acidentes moderados, apresentam dor local intensa associada a sintomas como sudorese, agitação, náuseas, hipertensão, vômitos e taquicardia.  Já os graves apresentam vômitos frequentes, náuseas, sudorese profunda, agitação, hipertensão, tremores, espasmos, paralisias, convulsões, edema pulmonar agudo, coma, entre outros sintomas.
  • 37.  Caso seja picado por um escorpião, procure imediatamente um médico e, se possível, leve o animal, para que seja feita a identificação. O tratamento geralmente consiste no alívio da dor (anestésico) e na administração de soro antiescorpiônico.