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LIQUIDOS BIOLÓGICOS
Docente: Danielle Pereira Costa Silva
Biomédica
Especialista em Hematologia e Hemoterapia
Especialista em Saúde Pública com ênfase em NASF e ESF
LÍQUIDO SINOVIAL
LIQUIDO SINOVIAL
- Filtrado do plasma
- Produzido pela membrana sinovial
- Função: lubrificar as faces articulares
moveis e transportar nutrientes para
cartilagem articular
- Diminui o choque de compressão que
ocorre durante atividades como caminhada
e corrida
LIQUIDO SINOVIAL
- Resultados laboratoriais das analises do
liquido sinovial podem ser usados para
determinar a origem patológica da artrite
- Contagem dos GBs, contagem diferencial,
bacterioscópico, cultura e exame de cristais
LIQUIDO SINOVIAL
- Coletado por punção aspirativa chamada de artrocentese
- Jejum de pelo menos 6 horas
- No processo inflamatório pode encontrar mais de 25 ml do liquido sinovial
- Não coagula, porem o fluido de uma doença pode conter fibrinogênio e coagular
1. Tubo com heparina para bacterioscopico e cultura
2. Tubo com heparina ou com EDTA para contagem de células
3. Tubo sem anticoagulantes para outros testes
4. Tubo com fluoreto de sódio para glicose
LIQUIDO SINOVIAL
LIQUIDO SINOVIAL
Valores normais do fluido sinovial
Volume <3,5 ml
Cor Incolor a amarelo-pálido
Aspecto Limpido
Viscosidade Capaz de formar um filamento de 4 a 6 cm de
comprimento
Leucocitos <200 células/ul
Neutrofilos < 25% do diferencial
Cristais Nenhum
LIQUIDO SINOVIAL
- Proteínas: 1,2 a 2,5 g/dl – ausência de proteínas de alto peso molecular
- Acido hialuronico: 1,7 a 4,0 mg/l
- Acido úrico: 2,5 a 7,2 mg/dl
- Glicose: 10% da glicemia
- Lipídeos: 30% do plasmático
LIQUIDO SINOVIAL
LIQUIDO SINOVIAL
- A cor torna-se amarela intensa na presença de derrames não inflamatórios e
inflamatórios e cor esverdeada com infecção bacteriana
- Em presença de sangue proveniente de artrite hemorrágica, deve ser
diferenciado do sangue de uma aspiração traumática – Distribuição desigual
do sangue
- Liquido leitoso pode ser observado quando cristais estão presentes
LIQUIDO SINOVIAL
- Glicose – valores baixos é indicativo de processo inflamatório ou séptico
- Proteína <3mg/dl – um terço do valor do soro
- Acido úrico
- Coloração de gram e cultura: Staphylococcus, Streptococcus, Neisseria, Haemophilus
LÍQUIDO ASCÍTICO
(PERITONEAL)
O QUE É LÍQUIDO ASCÍTICO?
• Refere-se ao líquido ascítico como sendo o líquido presente
em quantidade anormalmente aumentada na cavidade
abdominal.
• A composição do líquido ascítico pode variar de acordo com
a doença de base: Biles ou suco pancreático, sangue, plasma,
urina, linfa.
• Seu volume não ultrapassa os 50 mL em indivíduos normais e
seu aumento é designado Ascite.
CAUSAS DA ASCITE
- Insuficiencia cardíaca congestiva
- Cirrose hepática
- Hipoproteinemia
- Infecções
- Neoplasias
- Trauma
- Pancreatites
O QUE É LÍQUIDO ASCÍTICO?
Ascite ("barriga d´água" ou hidroperitônio)
COLETA DO LÍQUIDO ASCÍTICO - PARACENTESE
 Paciente é colocado em decúbito dorsal com esvaziamento prévio da bexiga
 Assepsia e anti-sepsia da região definida;
 Colocação do campo fenestrado com abertura no ponto central da linha imaginária
 É inserida a agulha através da pele do abdômen;
 Mediante a orientação de exame de imagem, a ponta da agulha é direcionada até o
líquido;
 Extrai uma amostra, ou uma quantidade maior, para promover um alivio da tensão.
 Coletar líquido para bioquímica, citometria, pesquisa de células neoplásicas, culturas;
 Retirar agulha no fim do procedimento.
COLETA DO LÍQUIDO ASCÍTICO
AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO
 ANAMNESE
- É relevante investigar: fatores de risco para doença hepática, história prévia de
neoplasia, insuficiência cardíaca e tuberculose.
 EXAME FÍSICO
- É necessário aproximadamente 1500ml de líquido ascítico para que a macicez móvel
seja detectada.
- Observação simples do líquido após a coleta
ANÁLISE DO LÍQUIDO ASCÍTICO
ETIOLOGIA ASPECTO DO LÍQUIDO
Cirrose hepática sem complicações Amarelo citrino
Infecções (peritonite bacteriana) Turvo
Neoplasia maligna Sanguinolento
Tuberculose Sanguinolento
Punção traumática Sanguinolento
Neoplasia Quiloso
Síndrome ictérica extravasamento bile ( ex.
perfuração vesícula biliar)
Cor escura não sanguinolenta
Análise Macroscópica
Etiologias prováveis de acordo com aspecto do líquido ascítico
AMOSTRA DO LÍQUIDO ASCÍTICO
 TIPOS DE AMOSTRA
ANÁLISE LABORATORIAL DO LÍQUIDO ASCÍTICO (LA)
 Investigação inicial do LA em ascite cirrótica não complicada:
 Celularidade total e diferencial, proteínas totais e albumina e gradiente de albumina
soro-ascite (GASA).
• Gradiente albumina sérica e albumina do liquido ascítico (GASA)
O GASA é a diferença entre a albumina do soro e a albumina do líquido ascítico, os
parâmetros devem ser colhidos no mesmo dia.
ANÁLISE LABORATORIAL DO LÍQUIDO ASCÍTICO (LA)
Albumina no soro = 3,8 mg/dL
Albumina no fluido = 1,2 mg/dL
Gradiente= 2,6
TRANSUDATO
Albumina no soro = 3,8 mg/dL
Albumina no fluido = 3,0 mg/dL
Gradiente= 0,8
EXSUDATO
ANÁLISE LABORATORIAL DO LÍQUIDO ASCÍTICO (LA)
 CITOLÓGICO:
A contagem de células com diferencial é um dos testes mais úteis realizado no líquido
ascítico, para avaliação de infecção.
O fluído ascítico normal contém menos de 500 leucócitos/uL e menos de 250
polimorfonucleares/uL.
Uma condição inflamatória pode causar uma contagem elevada de leucócitos e de
polimorfonucleares.
ANÁLISE LABORATORIAL DO LÍQUIDO ASCÍTICO (LA)
 BACTERIOSCOPIA PELO GRAM E CULTURA: usados com a finalidade de
detectar peritonites bacterianas.
Recomenda-se a coleta de cultura do líquido em frascos de hemocultura
Glicose: a concentração de glicose no líquido ascítico é similar ao soro, a menos que
esteja sendo consumida por células ou bactérias.
ANÁLISE LABORATORIAL DO LÍQUIDO ASCÍTICO (LA)
 DHL (Desidrogenase láctica): Niveis elevados em ascites malignas
 AMILASE
 PROTEINAS TOTAIS
 TESTES PARA TUBERCULOSE: a pesquisa direta de bacilo álcoolácido resistente
(BAAR)
 TRIGLICÉRIDES: a dosagem de triglicérides deve ser solicitada quando o líquido
ascítico for leitoso.
 BILIRRUBINA: deve ser pedida a dosagem de bilirrubina em pacientes com ascite de
cor marrom ou laranja escuro.
 CÉLULAS NEOPLÁSICAS
CURIOSIDADES
• Confiabilidade do exame: boa.
• Tempo gasto para obter o material: 5 a 20 minutos.
• Preparação do paciente: Jejum de sólidos e de líquidos, durante pelo
menos 12 horas. O paciente deverá esvaziar sua bexiga imediatamente antes
do exame.
• Tempo necessário para obter resultados: 24 a 72 horas.
• Técnica usada: É possível determinar a causa da ascite, analisando-se a
composição química do líquido.
LÍQUIDO PLEURAL
 O espaço entre os folhetos pleurais é preenchido por um ultrafiltrado de plasma,
denominado LÍQUIDO PLEURAL
 A função principal é a lubrificação da superfície pleural, facilitando os movimentos
respiratórios.
 No corpo possui entre 1 a 20 ml de líquido pleural e apresenta baixa concentração
de proteínas e células.
LIQUIDO PLEURAL
LIQUIDO PLEURAL
A camada exterior ou pleura
parietal cobre a parede torácica
e o diafragma enquanto a
camada interior ou pleura
visceral adere ao pulmão e às
cisuras interlobares.
LIQUIDO PLEURAL - TORACOCENTESE
 As principais proteínas encontradas são a albumina, as globulinas e o fibrinogênio e os
principais tipos celulares são os monócitos, os linfócitos e as células mesoteliais.
 O líquido pleural é renovado continuamente por meio de um balanço de forças entre a
pressão hidrostática e a osmótica da microcirculação e do espaço pleural
 A etiologia do acúmulo de líquido na cavidade pleural pode ter origem na pleura, nos
pulmões e, ainda, causas extrapulmonares.
 São muitas as patologias que podem resultar em um derrame pleural, destacando-se nos
adultos a insuficiência, cardíaca congestiva, neoplasias primárias ou metastáticas,
pneumonia, tuberculose e embolia pulmonar; enquanto, nas crianças, a principal é a
pneumonia
LIQUIDO PLEURAL
Derrames pleurais são acúmulos de líquido dentro do espaço pleural, ocorre por diversas
causas.
 Transudatos : límpidos, amarelo-claros e não se coagulam espontaneamente;
 Exsudatos: podem ser hemorrágicos, turvos ou purulentos e freqüentemente se
coagulam devido à presença de fibrinogênio.
LIQUIDO PLEURAL
- São derrames, de origem não inflamatória, que ocorrem como um aumento da
formação do ultrafiltrado de plasma pela membrana pleural resultante de um
desequilíbrio da pressão hidrostática ou osmótica
- A maioria dos transudatos ocorre em condições clinicamente aparentes, como
insuficiência cardíaca congestiva, cirrose com ascite e nefrose
TRANSUDATOS
- Se desenvolvem como consequência de uma doença infecciosa, inflamatória ou
neoplásica, como pneumonia, tuberculose e câncer, as quais aumentam a
permeabilidade capilar e permitem que moléculas de alto peso molecular entrem na
cavidade pleural
- O diagnóstico diferencial dos exsudatos é mais extenso e comumente necessita de
outras análises para determinar a causa
EXSUDATOS
DERRAME PLEURAL
ANALISE LABORATORIAL - COLETA
- As amostras de líquido pleural são colhidas por meio de uma técnica cirúrgica
chamada TORACOCENTESE, a qual é de responsabilidade do médico
requisitante
- Para acessar a cavidade pleural com segurança, é necessário que haja uma quantidade
mínima de líquido no espaço pleural, devendo ser analisada por uma radiografia com
o paciente em decúbito lateral
- A toracocentese é contraindicada em casos de alterações na coagulação sanguínea e
quando existem lesões de pele, como queimaduras por radioterapia, herpes zoster e
piodermite, por conta dos riscos de infecção e sangramento cutâneo
ANALISE LABORATORIAL - COLETA
- As amostras devem ser coletadas em três tubos para as análises microbiológicas,
citológicas e bioquímicas
- O tubo destinado à análise citológica deve conter EDTA ou heparina (1-2 gotas em
5mL)
- O tubo destinado para bioquímica não deve conter anticoagulante.
- Caso a amostra seja coletada em apenas um tubo, ela deve ser destinada
primeiramente para análises microbiológicas, em seguida para análises citológicas e,
após, para análises bioquímicas.
ANALISE LABORATORIAL –
TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO
- É recomendado que a análise citológica do líquido pleural seja iniciada
imediatamente após a coleta, no entanto, caso não seja possível, a amostra pode ser
refrigerada entre 2 °C e 8 °C durante 24 horas
- Amostras coaguladas, envelhecidas ou sem correta identificação devem ser rejeitadas
para as análises citológicas
ANALISE LABORATORIAL –
PREPARO DA AMOSTRA
- Na realização da contagem global de células, o setor de citologia deve utilizar a
amostra de líquido pleural fresca, não centrifugada e devidamente homogeneizada
- Enquanto para a contagem diferencial de leucócitos deve-se utilizar o sedimento
obtido por centrifugação em baixa rotação seguido de ressuspensão em solução
salina.
- Esse procedimento melhora sensivelmente a aderência das células na lâmina e a
qualidade da preparação.
- Uma alíquota do líquido pleural deve ser identificada e armazenada em geladeira
durante 30 dias para eventual realização de outras dosagens.
ANALISE LABORATORIAL –
EXAME FISICO
- A visualização de cor e aspecto deve ser realizada antes e após a centrifugação da
amostra, pois essas características auxiliam na identificação da etiologia do derrame.
ANALISE LABORATORIAL –
CONTAGEM GLOBAL DE CELULAS
- Diferenciação da amostra entre transudato e exsudato
- Os tipos celulares que podem ser encontrados no líquido pleural são os eritrócitos e
as células nucleadas, que incluem leucócitos e células mesoteliais
- As células nucleadas são contadas nos quatro quadrantes externos da câmara de
Neubauer
- Algumas amostras podem ser contadas sem a realização de diluição e, nesse caso, o
fator de conversão para microlitros é 2,5.
- A contagem de eritrócitos pode ser igualmente realizada em câmara de Neubauer,
porém, a área de contagem é a parte central. O procedimento de contagem de
eritrócitos varia de acordo com a celularidade da amostra
ANALISE LABORATORIAL –
CONTAGEM DIFERENCIAL DE LEUCÓCITOS
- A confecção da lâmina para a realização da contagem diferencial de leucócitos é
realizada rotineiramente em câmara de suta ou em citocentrífuga, utilizando o
sedimento obtido da centrifugação ressuspenso em salina
- Após a secagem da lâmina, ela deve ser corada pela coloração de May Grünwald-
Giemsa
ANALISE LABORATORIAL –
TRANSUDATO X EXSUDATO
ANALISE LABORATORIAL
CONTROLE DE
QUALIDADE EM
LIQUIDOS BIOLÓGICOS
LIQUIDOS BIOLÓGICOS
- O sistema de qualidade está relacionado a toda a politica do laboratório, processos,
procedimentos e recursos necessários para atingir a qualidade dos ensaios
- Fatores pré-analíticos
- Fatores analíticos
- Fatores pós-analíticos
Controle interno de qualidade x Controle externo de qualidade
LIQUIDOS BIOLÓGICOS
- Estudos indicam os percentuais de erros no Laboratório :
- Variam de 0,5 a 2,3 % dos exames realizados.
- Fase Pré-Analítica : 71 %
- Fase Analítica: 18%
- Fase Pós-Analítica: 11%
Fonte: PNCQ/SBAC
CONTROLE DE QUALIDADE
Sr. J.L.K, 55 anos realizou exames no LAC em julho 2012. Seu médico suspeitava de
Diabetes e Dislipidemias. Os resultados foram:
Glicemia: 91,0 mg/dl ( V.N 70 a 99 mg/dl)
Colesterol total : 230,0 mg/dl ( V.N. até 200 mg/dl)
Triglicerideos : 460,0 mg/dl ( V.N. até 150 mg/dl)
O médico assistente liga ao LAC, e questiona :
Como o Lab pode concluir que esses exames estão corretos? Meu paciente tem todos
os sintomas de Diabetes ?
RESPOSTA DO LABORATÓRIO
ESTE LABORATORIO
CONTROLA A QUALIDADE
DE SEUS PROCESSOS
ANALÍTICOS !
J.Huskir
“A qualidade não ocorre
por acaso. Ela é o
resultadode um esforço
inteligente.
OBRIGADA!

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  • 1. LIQUIDOS BIOLÓGICOS Docente: Danielle Pereira Costa Silva Biomédica Especialista em Hematologia e Hemoterapia Especialista em Saúde Pública com ênfase em NASF e ESF
  • 3. LIQUIDO SINOVIAL - Filtrado do plasma - Produzido pela membrana sinovial - Função: lubrificar as faces articulares moveis e transportar nutrientes para cartilagem articular - Diminui o choque de compressão que ocorre durante atividades como caminhada e corrida
  • 4. LIQUIDO SINOVIAL - Resultados laboratoriais das analises do liquido sinovial podem ser usados para determinar a origem patológica da artrite - Contagem dos GBs, contagem diferencial, bacterioscópico, cultura e exame de cristais
  • 5. LIQUIDO SINOVIAL - Coletado por punção aspirativa chamada de artrocentese - Jejum de pelo menos 6 horas - No processo inflamatório pode encontrar mais de 25 ml do liquido sinovial - Não coagula, porem o fluido de uma doença pode conter fibrinogênio e coagular 1. Tubo com heparina para bacterioscopico e cultura 2. Tubo com heparina ou com EDTA para contagem de células 3. Tubo sem anticoagulantes para outros testes 4. Tubo com fluoreto de sódio para glicose
  • 7. LIQUIDO SINOVIAL Valores normais do fluido sinovial Volume <3,5 ml Cor Incolor a amarelo-pálido Aspecto Limpido Viscosidade Capaz de formar um filamento de 4 a 6 cm de comprimento Leucocitos <200 células/ul Neutrofilos < 25% do diferencial Cristais Nenhum
  • 8. LIQUIDO SINOVIAL - Proteínas: 1,2 a 2,5 g/dl – ausência de proteínas de alto peso molecular - Acido hialuronico: 1,7 a 4,0 mg/l - Acido úrico: 2,5 a 7,2 mg/dl - Glicose: 10% da glicemia - Lipídeos: 30% do plasmático
  • 10. LIQUIDO SINOVIAL - A cor torna-se amarela intensa na presença de derrames não inflamatórios e inflamatórios e cor esverdeada com infecção bacteriana - Em presença de sangue proveniente de artrite hemorrágica, deve ser diferenciado do sangue de uma aspiração traumática – Distribuição desigual do sangue - Liquido leitoso pode ser observado quando cristais estão presentes
  • 11. LIQUIDO SINOVIAL - Glicose – valores baixos é indicativo de processo inflamatório ou séptico - Proteína <3mg/dl – um terço do valor do soro - Acido úrico - Coloração de gram e cultura: Staphylococcus, Streptococcus, Neisseria, Haemophilus
  • 13. O QUE É LÍQUIDO ASCÍTICO? • Refere-se ao líquido ascítico como sendo o líquido presente em quantidade anormalmente aumentada na cavidade abdominal. • A composição do líquido ascítico pode variar de acordo com a doença de base: Biles ou suco pancreático, sangue, plasma, urina, linfa. • Seu volume não ultrapassa os 50 mL em indivíduos normais e seu aumento é designado Ascite.
  • 14. CAUSAS DA ASCITE - Insuficiencia cardíaca congestiva - Cirrose hepática - Hipoproteinemia - Infecções - Neoplasias - Trauma - Pancreatites
  • 15. O QUE É LÍQUIDO ASCÍTICO?
  • 16. Ascite ("barriga d´água" ou hidroperitônio)
  • 17. COLETA DO LÍQUIDO ASCÍTICO - PARACENTESE  Paciente é colocado em decúbito dorsal com esvaziamento prévio da bexiga  Assepsia e anti-sepsia da região definida;  Colocação do campo fenestrado com abertura no ponto central da linha imaginária  É inserida a agulha através da pele do abdômen;  Mediante a orientação de exame de imagem, a ponta da agulha é direcionada até o líquido;  Extrai uma amostra, ou uma quantidade maior, para promover um alivio da tensão.  Coletar líquido para bioquímica, citometria, pesquisa de células neoplásicas, culturas;  Retirar agulha no fim do procedimento.
  • 18. COLETA DO LÍQUIDO ASCÍTICO
  • 19. AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO  ANAMNESE - É relevante investigar: fatores de risco para doença hepática, história prévia de neoplasia, insuficiência cardíaca e tuberculose.  EXAME FÍSICO - É necessário aproximadamente 1500ml de líquido ascítico para que a macicez móvel seja detectada. - Observação simples do líquido após a coleta
  • 20. ANÁLISE DO LÍQUIDO ASCÍTICO ETIOLOGIA ASPECTO DO LÍQUIDO Cirrose hepática sem complicações Amarelo citrino Infecções (peritonite bacteriana) Turvo Neoplasia maligna Sanguinolento Tuberculose Sanguinolento Punção traumática Sanguinolento Neoplasia Quiloso Síndrome ictérica extravasamento bile ( ex. perfuração vesícula biliar) Cor escura não sanguinolenta Análise Macroscópica Etiologias prováveis de acordo com aspecto do líquido ascítico
  • 21. AMOSTRA DO LÍQUIDO ASCÍTICO  TIPOS DE AMOSTRA
  • 22. ANÁLISE LABORATORIAL DO LÍQUIDO ASCÍTICO (LA)  Investigação inicial do LA em ascite cirrótica não complicada:  Celularidade total e diferencial, proteínas totais e albumina e gradiente de albumina soro-ascite (GASA). • Gradiente albumina sérica e albumina do liquido ascítico (GASA) O GASA é a diferença entre a albumina do soro e a albumina do líquido ascítico, os parâmetros devem ser colhidos no mesmo dia.
  • 23. ANÁLISE LABORATORIAL DO LÍQUIDO ASCÍTICO (LA) Albumina no soro = 3,8 mg/dL Albumina no fluido = 1,2 mg/dL Gradiente= 2,6 TRANSUDATO Albumina no soro = 3,8 mg/dL Albumina no fluido = 3,0 mg/dL Gradiente= 0,8 EXSUDATO
  • 24. ANÁLISE LABORATORIAL DO LÍQUIDO ASCÍTICO (LA)  CITOLÓGICO: A contagem de células com diferencial é um dos testes mais úteis realizado no líquido ascítico, para avaliação de infecção. O fluído ascítico normal contém menos de 500 leucócitos/uL e menos de 250 polimorfonucleares/uL. Uma condição inflamatória pode causar uma contagem elevada de leucócitos e de polimorfonucleares.
  • 25. ANÁLISE LABORATORIAL DO LÍQUIDO ASCÍTICO (LA)  BACTERIOSCOPIA PELO GRAM E CULTURA: usados com a finalidade de detectar peritonites bacterianas. Recomenda-se a coleta de cultura do líquido em frascos de hemocultura Glicose: a concentração de glicose no líquido ascítico é similar ao soro, a menos que esteja sendo consumida por células ou bactérias.
  • 26. ANÁLISE LABORATORIAL DO LÍQUIDO ASCÍTICO (LA)  DHL (Desidrogenase láctica): Niveis elevados em ascites malignas  AMILASE  PROTEINAS TOTAIS  TESTES PARA TUBERCULOSE: a pesquisa direta de bacilo álcoolácido resistente (BAAR)  TRIGLICÉRIDES: a dosagem de triglicérides deve ser solicitada quando o líquido ascítico for leitoso.  BILIRRUBINA: deve ser pedida a dosagem de bilirrubina em pacientes com ascite de cor marrom ou laranja escuro.  CÉLULAS NEOPLÁSICAS
  • 27. CURIOSIDADES • Confiabilidade do exame: boa. • Tempo gasto para obter o material: 5 a 20 minutos. • Preparação do paciente: Jejum de sólidos e de líquidos, durante pelo menos 12 horas. O paciente deverá esvaziar sua bexiga imediatamente antes do exame. • Tempo necessário para obter resultados: 24 a 72 horas. • Técnica usada: É possível determinar a causa da ascite, analisando-se a composição química do líquido.
  • 29.  O espaço entre os folhetos pleurais é preenchido por um ultrafiltrado de plasma, denominado LÍQUIDO PLEURAL  A função principal é a lubrificação da superfície pleural, facilitando os movimentos respiratórios.  No corpo possui entre 1 a 20 ml de líquido pleural e apresenta baixa concentração de proteínas e células. LIQUIDO PLEURAL
  • 30. LIQUIDO PLEURAL A camada exterior ou pleura parietal cobre a parede torácica e o diafragma enquanto a camada interior ou pleura visceral adere ao pulmão e às cisuras interlobares.
  • 31. LIQUIDO PLEURAL - TORACOCENTESE
  • 32.  As principais proteínas encontradas são a albumina, as globulinas e o fibrinogênio e os principais tipos celulares são os monócitos, os linfócitos e as células mesoteliais.  O líquido pleural é renovado continuamente por meio de um balanço de forças entre a pressão hidrostática e a osmótica da microcirculação e do espaço pleural  A etiologia do acúmulo de líquido na cavidade pleural pode ter origem na pleura, nos pulmões e, ainda, causas extrapulmonares.  São muitas as patologias que podem resultar em um derrame pleural, destacando-se nos adultos a insuficiência, cardíaca congestiva, neoplasias primárias ou metastáticas, pneumonia, tuberculose e embolia pulmonar; enquanto, nas crianças, a principal é a pneumonia LIQUIDO PLEURAL
  • 33. Derrames pleurais são acúmulos de líquido dentro do espaço pleural, ocorre por diversas causas.  Transudatos : límpidos, amarelo-claros e não se coagulam espontaneamente;  Exsudatos: podem ser hemorrágicos, turvos ou purulentos e freqüentemente se coagulam devido à presença de fibrinogênio. LIQUIDO PLEURAL
  • 34. - São derrames, de origem não inflamatória, que ocorrem como um aumento da formação do ultrafiltrado de plasma pela membrana pleural resultante de um desequilíbrio da pressão hidrostática ou osmótica - A maioria dos transudatos ocorre em condições clinicamente aparentes, como insuficiência cardíaca congestiva, cirrose com ascite e nefrose TRANSUDATOS
  • 35. - Se desenvolvem como consequência de uma doença infecciosa, inflamatória ou neoplásica, como pneumonia, tuberculose e câncer, as quais aumentam a permeabilidade capilar e permitem que moléculas de alto peso molecular entrem na cavidade pleural - O diagnóstico diferencial dos exsudatos é mais extenso e comumente necessita de outras análises para determinar a causa EXSUDATOS
  • 37. ANALISE LABORATORIAL - COLETA - As amostras de líquido pleural são colhidas por meio de uma técnica cirúrgica chamada TORACOCENTESE, a qual é de responsabilidade do médico requisitante - Para acessar a cavidade pleural com segurança, é necessário que haja uma quantidade mínima de líquido no espaço pleural, devendo ser analisada por uma radiografia com o paciente em decúbito lateral - A toracocentese é contraindicada em casos de alterações na coagulação sanguínea e quando existem lesões de pele, como queimaduras por radioterapia, herpes zoster e piodermite, por conta dos riscos de infecção e sangramento cutâneo
  • 38. ANALISE LABORATORIAL - COLETA - As amostras devem ser coletadas em três tubos para as análises microbiológicas, citológicas e bioquímicas - O tubo destinado à análise citológica deve conter EDTA ou heparina (1-2 gotas em 5mL) - O tubo destinado para bioquímica não deve conter anticoagulante. - Caso a amostra seja coletada em apenas um tubo, ela deve ser destinada primeiramente para análises microbiológicas, em seguida para análises citológicas e, após, para análises bioquímicas.
  • 39. ANALISE LABORATORIAL – TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO - É recomendado que a análise citológica do líquido pleural seja iniciada imediatamente após a coleta, no entanto, caso não seja possível, a amostra pode ser refrigerada entre 2 °C e 8 °C durante 24 horas - Amostras coaguladas, envelhecidas ou sem correta identificação devem ser rejeitadas para as análises citológicas
  • 40. ANALISE LABORATORIAL – PREPARO DA AMOSTRA - Na realização da contagem global de células, o setor de citologia deve utilizar a amostra de líquido pleural fresca, não centrifugada e devidamente homogeneizada - Enquanto para a contagem diferencial de leucócitos deve-se utilizar o sedimento obtido por centrifugação em baixa rotação seguido de ressuspensão em solução salina. - Esse procedimento melhora sensivelmente a aderência das células na lâmina e a qualidade da preparação. - Uma alíquota do líquido pleural deve ser identificada e armazenada em geladeira durante 30 dias para eventual realização de outras dosagens.
  • 41. ANALISE LABORATORIAL – EXAME FISICO - A visualização de cor e aspecto deve ser realizada antes e após a centrifugação da amostra, pois essas características auxiliam na identificação da etiologia do derrame.
  • 42. ANALISE LABORATORIAL – CONTAGEM GLOBAL DE CELULAS - Diferenciação da amostra entre transudato e exsudato - Os tipos celulares que podem ser encontrados no líquido pleural são os eritrócitos e as células nucleadas, que incluem leucócitos e células mesoteliais - As células nucleadas são contadas nos quatro quadrantes externos da câmara de Neubauer - Algumas amostras podem ser contadas sem a realização de diluição e, nesse caso, o fator de conversão para microlitros é 2,5. - A contagem de eritrócitos pode ser igualmente realizada em câmara de Neubauer, porém, a área de contagem é a parte central. O procedimento de contagem de eritrócitos varia de acordo com a celularidade da amostra
  • 43. ANALISE LABORATORIAL – CONTAGEM DIFERENCIAL DE LEUCÓCITOS - A confecção da lâmina para a realização da contagem diferencial de leucócitos é realizada rotineiramente em câmara de suta ou em citocentrífuga, utilizando o sedimento obtido da centrifugação ressuspenso em salina - Após a secagem da lâmina, ela deve ser corada pela coloração de May Grünwald- Giemsa
  • 47. LIQUIDOS BIOLÓGICOS - O sistema de qualidade está relacionado a toda a politica do laboratório, processos, procedimentos e recursos necessários para atingir a qualidade dos ensaios - Fatores pré-analíticos - Fatores analíticos - Fatores pós-analíticos Controle interno de qualidade x Controle externo de qualidade
  • 48. LIQUIDOS BIOLÓGICOS - Estudos indicam os percentuais de erros no Laboratório : - Variam de 0,5 a 2,3 % dos exames realizados. - Fase Pré-Analítica : 71 % - Fase Analítica: 18% - Fase Pós-Analítica: 11% Fonte: PNCQ/SBAC
  • 49. CONTROLE DE QUALIDADE Sr. J.L.K, 55 anos realizou exames no LAC em julho 2012. Seu médico suspeitava de Diabetes e Dislipidemias. Os resultados foram: Glicemia: 91,0 mg/dl ( V.N 70 a 99 mg/dl) Colesterol total : 230,0 mg/dl ( V.N. até 200 mg/dl) Triglicerideos : 460,0 mg/dl ( V.N. até 150 mg/dl) O médico assistente liga ao LAC, e questiona : Como o Lab pode concluir que esses exames estão corretos? Meu paciente tem todos os sintomas de Diabetes ?
  • 50. RESPOSTA DO LABORATÓRIO ESTE LABORATORIO CONTROLA A QUALIDADE DE SEUS PROCESSOS ANALÍTICOS !
  • 51. J.Huskir “A qualidade não ocorre por acaso. Ela é o resultadode um esforço inteligente.