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Hospital Felício Rocho
Cirurgia Vascular
Arterialização venosa como opção para
preservação do membro
Daniel Mendes Pinto
Angiologia e Cirurgia Vascular
Hospital Felício Rocho
Belo Horizonte – MG
43o Congresso Brasileiro de Angiologia e de
Cirurgia Vascular – Recife – 2019
Hospital Felício Rocho
Cirurgia Vascular
INTRODUÇÃO
• 1902. San Martin (Espanha) Jaboulay (França): desvio
de fluxo para o sistema venoso
• 1912: Halsted e Vaughan (USA)
• Cirurgia abandonada devido a resultados incertos
• 1977, Sheil: valvulotomia
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Hospital Felício Rocho
Cirurgia Vascular
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• 59 casos
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Cirurgia Vascular
Seleção de pacientes
Isquemia crítica ameaçadora ao membro e
sem opções para reconstrução arterial:
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• Tentativa de recanalização endovascular
sem sucesso.
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Cirurgia Vascular
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Hospital Felício Rocho
Cirurgia Vascular
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• Artéria poplítea à v. safena magna ex situ à veia tibial posterior
• Devalvulação retrógrada com valvulótomo LeMaitre
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• Artéria poplítea à v. safena magna
• Valvulotomia retrógrada e ligadura de ramos
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• Valvulotomia anterógrada com fio-guia e balão
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Cirurgia Vascular
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• 15 artigos 1996 – 2016
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• Taxa de salvamento de membro em um ano: 75% (IC: 0,70 – 0,81)
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CONCLUSÃO
• Resultados da arterialização não devem ser comparados com o bypass ou
angioplastia.
• Resultados devem ser comparados a prostaciclinas, simpatectomia ou o
tratamento conservador.
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Arterialização Venosa

  • 1. Hospital Felício Rocho Cirurgia Vascular Arterialização venosa como opção para preservação do membro Daniel Mendes Pinto Angiologia e Cirurgia Vascular Hospital Felício Rocho Belo Horizonte – MG 43o Congresso Brasileiro de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Recife – 2019
  • 2. Hospital Felício Rocho Cirurgia Vascular INTRODUÇÃO • 1902. San Martin (Espanha) Jaboulay (França): desvio de fluxo para o sistema venoso • 1912: Halsted e Vaughan (USA) • Cirurgia abandonada devido a resultados incertos • 1977, Sheil: valvulotomia • 1984, Lengua (Peru): arterialização de veias dos pés
  • 3. Hospital Felício Rocho Cirurgia Vascular Lengua F et al. J Vasc Bras 2010 • 59 casos • 1 óbito • 46 sucesso para cicatrização – 76% • Patência primária do bypass: 8 meses, seguimento médio de 4 anos
  • 4. Hospital Felício Rocho Cirurgia Vascular Seleção de pacientes Isquemia crítica ameaçadora ao membro e sem opções para reconstrução arterial: • Ausência de artérias no pé para anastomose distal. • Tentativa de recanalização endovascular sem sucesso. • Necrose limitada ao ante-pé.
  • 5. Hospital Felício Rocho Cirurgia Vascular ARTERIALIZAÇÃO VENOSA TÉCNICAS CIRÚRGICAS • Arterialização venosa superficial • Arterialização venosa profunda • Técnicas híbridas: valvulotomia endovascular
  • 6. Hospital Felício Rocho Cirurgia Vascular ARTERIALIZAÇÃO VENOSA SUPERFICIAL • Artéria poplítea à veia safena magna à arco venoso superficial • Valvulotomia: valvulótomos LeMaitre, Mills Houlind et al, Diabet Foot & Ankle 2013 10 pacientes 7 amputações 3 salvamentos de membro
  • 7. Hospital Felício Rocho Cirurgia Vascular ARTERIALIZAÇÃO VENOSA SUPERFICIAL • Artéria poplítea à veia safena magna à arco venoso superficial • Valvulotomia: valvulótomos LeMaitre, Mills Busato et al. J Vasc Br 2010 18 pacientes Salvamento de membro: 10 (55,6%) Seguimento 23 meses (7 – 33 meses)
  • 8. Hospital Felício Rocho Cirurgia Vascular ARTERIALIZAÇÃO VENOSA PROFUNDA Artéria poplítea à veia safena magna à veia tibial posterior
  • 9. Hospital Felício Rocho Cirurgia Vascular Artéria poplítea à veia tibial posterior Veia safena magna devalvulada ex situ Devalvulação retrógrada com valvulótomo LeMaitre
  • 10. Hospital Felício Rocho Cirurgia Vascular Arterialização venosa profunda Out/2017 Jul/2018 9 meses
  • 11. Hospital Felício Rocho Cirurgia Vascular ARTERIALIZAÇÃO VENOSA TÉCNICAS HÍBRIDAS • Artéria poplítea à veia safena magna àdevalvulação endovascular (fio-guia 0,035”, cateter ou balões) àdevalvulação assistida por ultrassom • Artéria poplítea à veia tibial posterior Comunicação A-V por via endovascular (Kum S et al, JEVT 2017)
  • 12. Hospital Felício Rocho Cirurgia Vascular Arterialização venosa híbrida: • Artéria poplítea à v. safena magna ex situ à veia tibial posterior • Devalvulação retrógrada com valvulótomo LeMaitre • Devalvulação anterógrada: fio-guia 0,035”, balão 3 e 4 mm de diâmetro
  • 13. Hospital Felício Rocho Cirurgia Vascular Mulher, 37 anos, diabética Nov-2018 Mai-2019 6 meses
  • 14. Hospital Felício Rocho Cirurgia Vascular Arterialização venosa híbrida • Artéria poplítea à v. safena magna • Valvulotomia retrógrada e ligadura de ramos guiada por ultrassom • Valvulotomia anterógrada com fio-guia e balão
  • 15. Hospital Felício Rocho Cirurgia Vascular Nov-2017 Set-2018 10 meses Arterialização venosa, valvulotomia endovascular guiada por ultrassom Jul-2019 20 meses
  • 16. Hospital Felício Rocho Cirurgia Vascular RESULTADOS Arterialização venosa: 6 casos Arterialização venosa superficial 2 • Poplítea – VSM – arco venoso dorsal Arterialização venosa profunda 2 • Poplítea – VSM – v. tibial posterior Técnica híbrida 2 • Poplítea – VSM – valvulotomia endovascular 1 salvamento de membro 1 amputação/óbito 1 salvamento de membro 1 amputação 2 salvamento de membro
  • 17. Hospital Felício Rocho Cirurgia Vascular • 15 artigos 1996 – 2016 • 768 pacientes • Qualidade: baixa a moderada • Várias técnicas cirúrgicas • Taxa de salvamento de membro em um ano: 75% (IC: 0,70 – 0,81)
  • 18. Hospital Felício Rocho Cirurgia Vascular Venous arterialisation – Systematic review and Meta- Analysis. Schreve et al. EJVES 2016
  • 19. Hospital Felício Rocho Cirurgia Vascular CONCLUSÃO • Resultados da arterialização não devem ser comparados com o bypass ou angioplastia. • Resultados devem ser comparados a prostaciclinas, simpatectomia ou o tratamento conservador. • Cicatrização é mais lenta que a revascularização arterial. • Técnica operatória melhorou com as opções endovasculares. • Arterialização venosa é uma alternativa válida para preservação do membro.