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VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
1º ANO
PROFESSORA MARINALVA
O que são as variedades linguística?
São ramificações naturais de uma língua que se
diferenciam da norma-padrão por convenções
sociais, momento histórico, contexto ou região em
que um falante insere-se.
As variações linguísticas diferenciam-se em quatros
grupos: sociais (diastráticas), regionais (diatópicas),
históricas (diacrônicas) e estilísticas (diafásicas).
VAMOS CONHECÊ-LAS!
Variedades sociais ou diastráticas
São as variedades linguísticas
que não dependem da região
em que o falante vive, mas sim
dos grupos sociais em que ele
se insere, ou seja, das pessoas
com quem ele convive. São as
variedades típicas de grandes
centros urbanos, já que as
pessoas dividem-se em grupos
em razão de interesses
comuns, como profissão,
classe social, nível de
escolaridade, esporte, tribos
urbanas, idade, gênero,
sexualidade, religião etc.
Há dois fatores que
contribuem para a
identificação das variedades
sociais:
• Gírias: palavras ou
expressões informais,
efêmeras e normalmente
ligadas ao público jovem.
• Jargão (termo
técnico): palavras ou
expressões típicas de
determinados ambientes
profissionais.
Variedades regionais, geográficas ou
diatópicas
São as variedades linguísticas que
sofrem forte influência do espaço
geográfico ocupado pelo falante.
Em um país com dimensões
continentais como o Brasil, elas
são extremamente ricas (tanto
em número quanto em
peculiaridades linguísticas).
Essas variantes são percebidas
por dois fatores:
• Sotaque: fenômeno fonético
(fonológico) em que pessoas
de uma determinada região
pronunciam certas palavras ou
fonemas de forma particular.
São exemplos a forma como
os goianos pronunciam o R ou
os cariocas pronunciam o S.
• Regionalismo: fenômeno
ligado ao léxico
(vocabulário) que consiste na
existência de palavras ou
expressões típicas de
determinada região.
Variedades históricas ou diacrônicas
São as variedades
linguísticas comumente
usadas no passado, mas
que caíram em desuso.
São percebidas por meio
dos arcaísmos – palavras
ou expressões que caíram
em desuso no decorrer do
tempo.
Essas variedades são
normalmente encontradas
em textos literários,
músicas ou documentos
antigos.
EX: Vossa mercê →
Vosmecê → Você → Cê
Variedades estilísticas ou diafásicas
São as variedades linguísticas que
surgem da adequação que o falante
faz de seu nível de linguagem ao
estilo exigido pelo texto ou pela
situação comunicativa. A crônica, por
exemplo, é um texto cujo estilo exige
uso de linguagem coloquial; a
dissertação, por sua vez, exige do
redator um estilo de escrita mais
formal. Portanto, caberá ao falante
ou redator dominar as diferentes
variantes a fim de adequá-las à
situação comunicativa (mais ou
menos formal) e ao estilo exigido
pelo texto.
Aqui entram as questões de
linguagem formal e informal,
adequação à norma-padrão ou
despreocupação com seu uso
Vamos exercitar?
1. Observe a imagem abaixo retirada do Facebook e responda as perguntas a seguir:
a) Que variedade linguística o
personagem da imagem acima
usou para se expressar:
linguagem culta ou coloquial?
b) Observando bem a imagem, diga
pelo menos dois motivos que
contribuem para que o
personagem fale dessa forma?
c) Esse jeito como o personagem
falou dá para o ouvinte/leitor
compreender? Por quê?
d) Essa linguagem usada por ele é
considerada “correta” ou
“errada”? Por quê?
e) Que efeito de sentido o sinal de
pontuação reticências atribui ao
texto?
2. Observe a charge e marque F falso ou V verdadeiro:
( )Pelo tipo de linguagem usada pelo aluno, o mesmo não consegue interagir com a
professora.
( )Evidenciamos o uso formal da linguagem, visto que os sujeitos são aluno e professora.
( )Expressões como “MANERO”, “TAMO”, “AÊ” devem ser banidos da língua em qualquer
situação.
( )A fala do aluno evidencia o uso coloquial da linguagem, especificamente a gíria,
motivado por diversos fatores.
( )Não há nenhum tipo de problema com a linguagem usada por aluno, podendo ser
utilizada também em trabalhos escolares, requerimentos...
3. Observe a charge abaixo e MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA
A linguagem da tirinha revela:
a) Pelo tipo de linguagem usada pelo Chico Bento, eles não conseguem se comunicar.
b) Evidenciamos um uso culto da linguagem, visto que eles personagens são estudante
e professora.
c) Expressões como “pruquê”, “num”, "arguma” devem ser banidos da língua em
qualquer situação.
d) A fala de Chico Bento faz o uso coloquial da linguagem, motivado por diversos
fatores (regional, escolaridade, idade, financeiro e etc.).
e) Não há nenhum tipo de problema com a linguagem usada por Chico Bento,
podendo ser utilizada também em trabalhos escolares, requerimentos...
4. Observe a imagem retirada do Facebook abaixo e marque V ou F nos parênteses:
( ) Pela linguagem utilizadas pelos
falantes eles não conseguem se
comunicar.
( ) Os fatores regional, escolar e social
influenciam o modo de falar dos
personagens acima.
( ) Esse modo de falar é totalmente
inaceitável em qualquer situação,
porque é linguagem matuta.
( ) Mesmo sendo linguagem matuta
cumpre sua função comunicativa.
( )Não devemos ter preconceitos com
exemplos de língua como essa acima,
pois há diversos motivos que explicam
esse modo de falar.

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Variedades linguísticas e suas características

  • 2. O que são as variedades linguística? São ramificações naturais de uma língua que se diferenciam da norma-padrão por convenções sociais, momento histórico, contexto ou região em que um falante insere-se. As variações linguísticas diferenciam-se em quatros grupos: sociais (diastráticas), regionais (diatópicas), históricas (diacrônicas) e estilísticas (diafásicas). VAMOS CONHECÊ-LAS!
  • 3. Variedades sociais ou diastráticas São as variedades linguísticas que não dependem da região em que o falante vive, mas sim dos grupos sociais em que ele se insere, ou seja, das pessoas com quem ele convive. São as variedades típicas de grandes centros urbanos, já que as pessoas dividem-se em grupos em razão de interesses comuns, como profissão, classe social, nível de escolaridade, esporte, tribos urbanas, idade, gênero, sexualidade, religião etc. Há dois fatores que contribuem para a identificação das variedades sociais: • Gírias: palavras ou expressões informais, efêmeras e normalmente ligadas ao público jovem. • Jargão (termo técnico): palavras ou expressões típicas de determinados ambientes profissionais.
  • 4. Variedades regionais, geográficas ou diatópicas São as variedades linguísticas que sofrem forte influência do espaço geográfico ocupado pelo falante. Em um país com dimensões continentais como o Brasil, elas são extremamente ricas (tanto em número quanto em peculiaridades linguísticas). Essas variantes são percebidas por dois fatores: • Sotaque: fenômeno fonético (fonológico) em que pessoas de uma determinada região pronunciam certas palavras ou fonemas de forma particular. São exemplos a forma como os goianos pronunciam o R ou os cariocas pronunciam o S. • Regionalismo: fenômeno ligado ao léxico (vocabulário) que consiste na existência de palavras ou expressões típicas de determinada região.
  • 5. Variedades históricas ou diacrônicas São as variedades linguísticas comumente usadas no passado, mas que caíram em desuso. São percebidas por meio dos arcaísmos – palavras ou expressões que caíram em desuso no decorrer do tempo. Essas variedades são normalmente encontradas em textos literários, músicas ou documentos antigos. EX: Vossa mercê → Vosmecê → Você → Cê
  • 6. Variedades estilísticas ou diafásicas São as variedades linguísticas que surgem da adequação que o falante faz de seu nível de linguagem ao estilo exigido pelo texto ou pela situação comunicativa. A crônica, por exemplo, é um texto cujo estilo exige uso de linguagem coloquial; a dissertação, por sua vez, exige do redator um estilo de escrita mais formal. Portanto, caberá ao falante ou redator dominar as diferentes variantes a fim de adequá-las à situação comunicativa (mais ou menos formal) e ao estilo exigido pelo texto. Aqui entram as questões de linguagem formal e informal, adequação à norma-padrão ou despreocupação com seu uso
  • 7. Vamos exercitar? 1. Observe a imagem abaixo retirada do Facebook e responda as perguntas a seguir: a) Que variedade linguística o personagem da imagem acima usou para se expressar: linguagem culta ou coloquial? b) Observando bem a imagem, diga pelo menos dois motivos que contribuem para que o personagem fale dessa forma? c) Esse jeito como o personagem falou dá para o ouvinte/leitor compreender? Por quê? d) Essa linguagem usada por ele é considerada “correta” ou “errada”? Por quê? e) Que efeito de sentido o sinal de pontuação reticências atribui ao texto?
  • 8. 2. Observe a charge e marque F falso ou V verdadeiro: ( )Pelo tipo de linguagem usada pelo aluno, o mesmo não consegue interagir com a professora. ( )Evidenciamos o uso formal da linguagem, visto que os sujeitos são aluno e professora. ( )Expressões como “MANERO”, “TAMO”, “AÊ” devem ser banidos da língua em qualquer situação. ( )A fala do aluno evidencia o uso coloquial da linguagem, especificamente a gíria, motivado por diversos fatores. ( )Não há nenhum tipo de problema com a linguagem usada por aluno, podendo ser utilizada também em trabalhos escolares, requerimentos...
  • 9. 3. Observe a charge abaixo e MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA A linguagem da tirinha revela: a) Pelo tipo de linguagem usada pelo Chico Bento, eles não conseguem se comunicar. b) Evidenciamos um uso culto da linguagem, visto que eles personagens são estudante e professora. c) Expressões como “pruquê”, “num”, "arguma” devem ser banidos da língua em qualquer situação. d) A fala de Chico Bento faz o uso coloquial da linguagem, motivado por diversos fatores (regional, escolaridade, idade, financeiro e etc.). e) Não há nenhum tipo de problema com a linguagem usada por Chico Bento, podendo ser utilizada também em trabalhos escolares, requerimentos...
  • 10. 4. Observe a imagem retirada do Facebook abaixo e marque V ou F nos parênteses: ( ) Pela linguagem utilizadas pelos falantes eles não conseguem se comunicar. ( ) Os fatores regional, escolar e social influenciam o modo de falar dos personagens acima. ( ) Esse modo de falar é totalmente inaceitável em qualquer situação, porque é linguagem matuta. ( ) Mesmo sendo linguagem matuta cumpre sua função comunicativa. ( )Não devemos ter preconceitos com exemplos de língua como essa acima, pois há diversos motivos que explicam esse modo de falar.