O documento discute as variedades linguísticas, dividindo-as em quatro grupos: sociais, regionais, históricas e estilísticas. Explica que as variedades sociais dependem dos grupos com os quais o falante convive, enquanto as regionais sofrem influência do espaço geográfico. As históricas são encontradas em textos antigos e as estilísticas dependem do estilo e situação comunicativa.
2. O que são as variedades linguística?
São ramificações naturais de uma língua que se
diferenciam da norma-padrão por convenções
sociais, momento histórico, contexto ou região em
que um falante insere-se.
As variações linguísticas diferenciam-se em quatros
grupos: sociais (diastráticas), regionais (diatópicas),
históricas (diacrônicas) e estilísticas (diafásicas).
VAMOS CONHECÊ-LAS!
3. Variedades sociais ou diastráticas
São as variedades linguísticas
que não dependem da região
em que o falante vive, mas sim
dos grupos sociais em que ele
se insere, ou seja, das pessoas
com quem ele convive. São as
variedades típicas de grandes
centros urbanos, já que as
pessoas dividem-se em grupos
em razão de interesses
comuns, como profissão,
classe social, nível de
escolaridade, esporte, tribos
urbanas, idade, gênero,
sexualidade, religião etc.
Há dois fatores que
contribuem para a
identificação das variedades
sociais:
• Gírias: palavras ou
expressões informais,
efêmeras e normalmente
ligadas ao público jovem.
• Jargão (termo
técnico): palavras ou
expressões típicas de
determinados ambientes
profissionais.
4. Variedades regionais, geográficas ou
diatópicas
São as variedades linguísticas que
sofrem forte influência do espaço
geográfico ocupado pelo falante.
Em um país com dimensões
continentais como o Brasil, elas
são extremamente ricas (tanto
em número quanto em
peculiaridades linguísticas).
Essas variantes são percebidas
por dois fatores:
• Sotaque: fenômeno fonético
(fonológico) em que pessoas
de uma determinada região
pronunciam certas palavras ou
fonemas de forma particular.
São exemplos a forma como
os goianos pronunciam o R ou
os cariocas pronunciam o S.
• Regionalismo: fenômeno
ligado ao léxico
(vocabulário) que consiste na
existência de palavras ou
expressões típicas de
determinada região.
5. Variedades históricas ou diacrônicas
São as variedades
linguísticas comumente
usadas no passado, mas
que caíram em desuso.
São percebidas por meio
dos arcaísmos – palavras
ou expressões que caíram
em desuso no decorrer do
tempo.
Essas variedades são
normalmente encontradas
em textos literários,
músicas ou documentos
antigos.
EX: Vossa mercê →
Vosmecê → Você → Cê
6. Variedades estilísticas ou diafásicas
São as variedades linguísticas que
surgem da adequação que o falante
faz de seu nível de linguagem ao
estilo exigido pelo texto ou pela
situação comunicativa. A crônica, por
exemplo, é um texto cujo estilo exige
uso de linguagem coloquial; a
dissertação, por sua vez, exige do
redator um estilo de escrita mais
formal. Portanto, caberá ao falante
ou redator dominar as diferentes
variantes a fim de adequá-las à
situação comunicativa (mais ou
menos formal) e ao estilo exigido
pelo texto.
Aqui entram as questões de
linguagem formal e informal,
adequação à norma-padrão ou
despreocupação com seu uso
7. Vamos exercitar?
1. Observe a imagem abaixo retirada do Facebook e responda as perguntas a seguir:
a) Que variedade linguística o
personagem da imagem acima
usou para se expressar:
linguagem culta ou coloquial?
b) Observando bem a imagem, diga
pelo menos dois motivos que
contribuem para que o
personagem fale dessa forma?
c) Esse jeito como o personagem
falou dá para o ouvinte/leitor
compreender? Por quê?
d) Essa linguagem usada por ele é
considerada “correta” ou
“errada”? Por quê?
e) Que efeito de sentido o sinal de
pontuação reticências atribui ao
texto?
8. 2. Observe a charge e marque F falso ou V verdadeiro:
( )Pelo tipo de linguagem usada pelo aluno, o mesmo não consegue interagir com a
professora.
( )Evidenciamos o uso formal da linguagem, visto que os sujeitos são aluno e professora.
( )Expressões como “MANERO”, “TAMO”, “AÊ” devem ser banidos da língua em qualquer
situação.
( )A fala do aluno evidencia o uso coloquial da linguagem, especificamente a gíria,
motivado por diversos fatores.
( )Não há nenhum tipo de problema com a linguagem usada por aluno, podendo ser
utilizada também em trabalhos escolares, requerimentos...
9. 3. Observe a charge abaixo e MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA
A linguagem da tirinha revela:
a) Pelo tipo de linguagem usada pelo Chico Bento, eles não conseguem se comunicar.
b) Evidenciamos um uso culto da linguagem, visto que eles personagens são estudante
e professora.
c) Expressões como “pruquê”, “num”, "arguma” devem ser banidos da língua em
qualquer situação.
d) A fala de Chico Bento faz o uso coloquial da linguagem, motivado por diversos
fatores (regional, escolaridade, idade, financeiro e etc.).
e) Não há nenhum tipo de problema com a linguagem usada por Chico Bento,
podendo ser utilizada também em trabalhos escolares, requerimentos...
10. 4. Observe a imagem retirada do Facebook abaixo e marque V ou F nos parênteses:
( ) Pela linguagem utilizadas pelos
falantes eles não conseguem se
comunicar.
( ) Os fatores regional, escolar e social
influenciam o modo de falar dos
personagens acima.
( ) Esse modo de falar é totalmente
inaceitável em qualquer situação,
porque é linguagem matuta.
( ) Mesmo sendo linguagem matuta
cumpre sua função comunicativa.
( )Não devemos ter preconceitos com
exemplos de língua como essa acima,
pois há diversos motivos que explicam
esse modo de falar.