Aula proposta para alunos do segundo ano do Ensino Médio, acerca do preconceito linguístico em mídias sociais, a fim de conscientizá-los para maior visão de mundo e criticidade.
3. Julgamento depreciativo contra variedades
linguísticas. Segundo Marta Scherre, o
preconceito linguístico é o “julgamento
depreciativo, desrespeitoso, jocoso e,
consequentemente, humilhante da fala do
outro ou da própria fala”.
4. Variaçãolinguística
As quatro (4) modalidades que explicam a variação
linguísticasão:
✖Variaçãohistórica;
✖Variaçãosocial;
✖Variaçãoestilística;
✖Variaçãogeográfica.
13. Discursospolíticos
Discurso Dilma
Rousseff sobre o
Zika vírus:
“E, agora, eu queria
destacar uma questão, que é
uma questão que está
afetando o Brasil inteiro,
que é a questão da vigilância
sanitária: gente, é o vírus
Aedes aegypti [que ela
pronuncia “aegipsi”], com
as suas diferentes modalidades: chikungunya, Zika vírus. Nós
temos de tratar a questão do Zika vírus com muita seriedade”.
(Transcrição retirada da internet)
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15. O senhor defende a legalização da maconha. Já
teve alguma experiência pessoal com a droga?
Não fumo. Nunca fumei nem cigarro. Mas defendo a
legalização com regulação, como acontece com o
álcool e o tabaco. É papel, sim, de um candidato a
presidente falar sobre essas coisas. O governo
precisa tratar desse tema de forma adulta, não
policialesca. Minha primeira recomendação é: não
use drogas psicoativas. A segunda é: se usar, que
seja o menos possível para não causar problemas
de saúde ou no trabalho.
(Trecho de entrevista disponível em: http://vejasp.abril.com.br/blogs/terraco-paulistano/2014/08/eduardo-jorge-
nao-fumo-maconha/)
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18. Primeiramente...
Formado em Direito, Temer herdou o hábito de fazer citações em latim. A mais
célebre foi a que abria a carta que dirigiu a Dilma no fim do ano passado, na qual
reclamava de ser um “vice decorativo”: verba volant, scripta manent, que significa
“as palavras voam, os escritos permanecem”. Na semana passada, concluiu seu
discurso com a língua romana ao explicar o objetivo de seu governo:
— Vocês sabem que religião vem do latim religio, religare, portanto, você, quando é
religioso, você está fazendo uma religação. E o que nós queremos fazer agora, com o
Brasil, é um ato religioso, é um ato de religação.
O professor de Língua Portuguesa e colunista do GLOBO Sérgio Nogueira afirma
que não se pode avaliar como certa ou errada a forma de Temer discursar, mas sim
como “pomposa” e “semierudita”. Quanto a Dilma, comenta que usava uma
linguagem coloquial, “beirando o muito popular”.
— Temer enche sua fala de mesóclises, que está em desuso. É uma linguagem formal,
um claro contraponto a Dilma, que usava uma linguagem coloquial. Temer, ao
contrário, às vezes chega à raia do formalismo e essa diferença salta aos olhos —
compara o professor.
(Reportagem disponível em: http://oglobo.globo.com/brasil/linguagem-coloquial-de-dilma-substituida-pelo-estilo-formal-do-interino-
19353421)
22. AVOZDAJUVENTUDE
✖ Você já reparou como seus colegas falam? E
como você mesmo fala?
✖ Vocês utilizam que tipo de linguagem? Há
diferenças entre falar entre amigos, famílias e
professores? Por quê?
✖ O assunto que é falado importa para o jeito que
vocês falam? Explique.
✖ Se você pudesse fazer um protesto que tipo de
linguagem você usaria?
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26.
27. ADITADURAMILITARNOBRASIL(1964-1985)
✖ O que você sabe sobre a Ditadura
Militar?
✖ Você conhece alguém que viveu nessa
época? Se sim, quem?
✖ Você acha que os protestos atuais tem
a ver com os protestos de 1964?
✖ As mídias sociais melhoraram o modo
de se reivindicar e protestar? Por quê?
29. Atualmente, estou vivendo uma aventura grandiosa! São tantas
experiências de conhecimento, relacionamento, medo, luta, raiva e
esperança… Coisas incríveis que jamais imaginei viver dentro da
minha escola.
Nosso bordão é “Ocupar e resistir”. Ocupar nossa escola e resistir a
um governo que manipula as pessoas, sonega informações e não
ajuda a construir um país melhor pra se viver. A nova geração, da
qual faço parte, não luta somente por uma educação de qualidade.
Mas, sim, contra tudo de errado – que não é pouca coisa. Mas, a
gente decidiu começar por aquilo que está mais perto da gente, que
afeta diretamente a nossa vida.
Acredito que nós, como cidadãos, não podemos nunca nos calar
diante de algo e lutar pelo que acreditamos, persistindo sempre.
Mesmo quando nos deparamos com repressão, bombas de gás
lacrimogênio, balas de borracha e força física e moral – aconteceu
quando fomos pra rua. Mas, o lance é que quando o ideal é forte não
há quem derrube.
30. Nem o Governo. Nem a polícia. Nem a violência.
Mas, sabe, para mim, o pior mesmo foi quando vi que uma
pequena parte da população tentou reprimir os nossos protestos.
Aconteceu, por exemplo, na manifestação do dia 3 de dezembro.
Pessoas rasgaram nossos cartazes e tentaram nos tirar da rua à
força.
Ônibus, motos e carros ficavam avançando na nossa direção –
parecia que queriam e que iam passar por cima da gente. Fiquei
bem triste. Mas, logo pensei: a única explicação para essas
pessoas reagirem dessa maneira é a falta de informação. Elas não
sabem o que está realmente acontecendo nas escolas, são
manipuladas pela tevê, enganadas pelos políticos… Só pode ser
por isso.
E pensar assim me deu força pra seguir na luta, porque só quem
sabe o que realmente está rolando nas escolas ocupadas somos
nós, estudantes, professores, funcionários e apoiadores. Gente
que está acompanhando essa história de perto, de verdade. Por
isso, nossa missão é explicar.
31. Reorganizar foi o nome que o governo deu para o ato de tentar
mostrar que se preocupa com a educação, o que sabemos não que
não é verdade. Se realmente houvesse preocupação, haveria
investimento. E o mais importante: o governo deve consultar e
escutar sempre a opinião da população - e não apenas ir
decretando leis e esperar que acatemos calados.
A maneira que nós, alunos, encontramos para que fôssemos
ouvidos foi ocupar as escolas. E estamos com mais cultura e
educação do que se estivéssemos seguindo o currículo antiquado
do Estado. Temos aula de física e até de música. Estamos
organizando saraus, dinâmicas de grupo, conversas sobre
assuntos variados, palestras, capoeira e tantas outras coisas que
jamais pensei em vivenciar dentro da escola.
É uma experiência linda! Temos construído um certo carinho
entre nós. Sem dúvida, estamos mais unidos, como uma família.
Claro que discordamos em várias coisas. Mas, depois da
discussão, juntos, nos resolvemos – por meio de conversas e
assembleias diárias, nas quais todos podem expor suas opiniões.
32. Juntos cuidamos da escola, que agora se tornou uma segunda
casa. Cozinhamos, limpamos, organizamos e, acima de tudo,
adquirimos conhecimentos. Ah, e também nos divertimos, até
porque somos jovens e necessitamos disso! Rir é a melhor forma
de estarmos bem - e nisso somos bons :)
Se tudo der certo continuaremos nas escolas onde escolhemos
estar (e parece que deu certo, né?). Mas, as nossas escolas nunca
mais serão as mesmas, até porque nós não somos mais os
mesmos.
Nós mudamos e estamos fazendo a diferença nas nossas escolas.
Fizemos história, porque estamos fazendo a nossa revolução. Não
ficaremos quietos, lutaremos por mudanças, pra que o país seja
melhor. E que tudo isso deixe uma lição para todos: ocupe,
persista e resista pelo que você acredita.
✖Vitória de J. Monteiro Leite, 16 anos, é aluna da
escola Dona Ana Rosa de Araújo
✖ Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2015/12/11/opinion/1449840924_860395.html