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CGCFN-60 OSTENSIVO
MANUAL DE
COMANDO E CONTROLE DOS
GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE
FUZILEIROS NAVAIS
MARINHA DO BRASIL
COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
2008
OSTENSIVO CGCFN-60
MANUAL DE COMANDO E CONTROLE DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE
FUZILEIROS NAVAIS
MARINHA DO BRASIL
COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
2008
FINALIDADE: BÁSICA
1ª Edição
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - II - ORIGINAL
ATO DE APROVAÇÃO
APROVO, para emprego na MB, a publicação CGCFN-60 - MANUAL DE
COMANDO E CONTROLE DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS
NAVAIS.
RIO DE JANEIRO, RJ.
Em 12 de novembro de 2008.
ALVARO AUGUSTO DIAS MONTEIRO
Almirante-de-Esquadra (FN)
Comandante-Geral
ASSINADO DIGITALMENTE
AUTENTICADO
PELO ORC
RUBRICA
Em_____/_____/_____ CARIMBO
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - III - ORIGINAL
ÍNDICE
PÁGINAS
Folha de Rosto ........................................................................................................ I
Ato de Aprovação ................................................................................................... II
Índice....................................................................................................................... III
Introdução ............................................................................................................... V
CAPÍTULO 1 - O GERENCIAMENTO DO CONHECIMENTO
1.1 - Introdução....................................................................................................... 1-1
1.2 - A Guerra na era do Conhecimento ................................................................. 1-1
1.3 - Conhecimento e a Guerra de Manobra ........................................................... 1-2
1.4 - Princípios de Gerenciamento do Conhecimento............................................. 1-3
1.5 - Superando a Incerteza e a Sobrecarga ............................................................ 1-5
1.6 - O Impacto da Informação no Ciclo Decisório................................................ 1-5
CAPÍTULO 2 - A NATUREZA E TEORIA DO COMANDO E CONTROLE
2.1 - O Comando..................................................................................................... 2-1
2.2 - O Controle ...................................................................................................... 2-1
2.3 - Relação entre Comando e Controle ................................................................ 2-1
2.4 - Princípios de Comando e Controle................................................................. 2-2
2.5 - Teoria do Comando e Controle....................................................................... 2-3
2.6 - O Comando e Controle na Guerra de Manobra.............................................. 2-14
CAPÍTULO 3 - SISTEMAS DE COMANDO E CONTROLE
3.1 - Definições....................................................................................................... 3-1
3.2 - Características dos Sistemas de Comando e Controle.................................... 3-2
3.3 - Requisitos ....................................................................................................... 3-4
3.4 - Subsistemas de um Sistema de Comando e Controle..................................... 3-5
3.5 - Sistema de Comando e Controle para o Apoio dos GptOpFuzNav................ 3-5
CAPÍTULO 4 - AGÊNCIAS DE COMANDO E CONTROLE
4.1 - Introdução....................................................................................................... 4-1
4.2 - Centro de Operações de Combate................................................................... 4-2
4.3 - Centro de Análise de Inteligência................................................................... 4-7
4.4 - Centro de Coordenação de Apoio de Fogo..................................................... 4-11
4.5 - Centro de Operações Logísticas ..................................................................... 4-13
4.6 - Coordenação das Agências de Comando e Controle do GptOpFuzNav ........ 4-14
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - IV - ORIGINAL
CAPÍTULO 5 - EQUIPAMENTOS E COMUNICAÇÕES
5.1 - Considerações Iniciais..................................................................................... 5-1
5.2 - Equipamentos de Apoio ao Comando e Controle........................................... 5-2
CAPÍTULO 6 - COMANDO E CONTROLE NOS GptOpFuzNav
6.1 - Considerações Iniciais..................................................................................... 6-1
6.2 - Responsabilidades Quanto ao Estabelecimento do Sistema de Comando e
Controle de um GptOpFuzNav ..................................................................... 6-1
6.3 - Princípios para o Estabelecimento do Sistema de Comando e Controle de
um GptOpFuzNav.......................................................................................... 6-2
6.4 - Comunicações nos GptOpFuzNav .................................................................. 6-2
6.5 - Inteligência nos GptOpFuzNav....................................................................... 6-3
6.6 - A Organização do Comando nos GptOpFuzNav............................................ 6-4
6.7 - Comando e Controle e a Guerra de Manobra nos GptOpFuzNav .................. 6-6
6.8 - Princípios de Comando e Controle para a Guerra de Manobra nos
GptOpFuzNav ................................................................................................ 6-7
6.9 - Comando e Controle e o Ciclo OODA nos GptOpFuzNav ............................ 6-8
6.10 - Comando e Controle nas Diversas Operações dos GptOpFuzNav ............... 6-9
CAPÍTULO 7 - A BATALHA DE COMANDO E CONTROLE
7.1 - Batalha de Comando e Controle ..................................................................... 7-1
7.2 - Elementos Componentes da Batalha de Comando e Controle........................ 7-1
7.3 - Aspectos da Batalha de Comando e Controle................................................. 7-4
7.4 - Guerra de Informação ..................................................................................... 7-5
CAPÍTULO 8 - MEDIDAS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE
8.1 - Considerações Iniciais..................................................................................... 8-1
8.2 - Principais Medidas de Coordenação e Controle ............................................. 8-1
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - V - ORIGINAL
INTRODUÇÃO
As constantes revisões que vêm sofrendo a arte da guerra, ao longo dos tempos, impõem
aos Chefes e Comandantes permanente atenção no sentido de garantir os aprimoramentos e as
atualizações das políticas e doutrinas militares, bem como dos recursos materiais para a
Defesa.
As diferenças entre as guerras antigas e os conflitos mais recentes não se evidenciam
apenas pelas máquinas de guerra, que dão visibilidade ao poder bélico, mas, também, pelas
características do funcionamento das estruturas das cadeias de comando, apoiadas em
sofisticada e complexa tecnologia de comando e controle.
Nos tempos modernos, as cadeias de comando das estruturas militares têm passado por
contínuas reestruturações, quer seja otimizando os processos decisórios para a formulação das
ordens, disponibilizando dados e informações em tempo real e apresentado-os adequadamente
aos que têm a responsabilidade pelas decisões, quer implementando sistemas de
comunicações por voz, dados e imagem, extremamente eficazes. Os resultados desses
aprimoramentos transformaram de tal forma as estruturas tradicionais das cadeias de comando
que essas passaram a figurar como elementos essenciais para o exercício do Comando e, por
sua vez, tornaram-se alvos preferenciais nos conflitos da atualidade.
Essa evolução trouxe, para o exercício do Comando, as seguintes características:
- as informações e as ordens atinentes aos conflitos e às operações decorrentes devem
fluir, de forma a atingir o destino, o mais próximo possível do tempo real;
- a massa de informações disponíveis para a tomada de decisão é enorme e de toda
ordem, tornando o processo decisório exaustivo e complexo;
- as decisões devem ser tomadas em prazos cada vez mais abreviados; e
- as informações sobre o desenvolvimento das ações chegam a quem cabe decidir, como
também, podem chegar, simultaneamente, a toda sociedade, devido à ação da mídia, cada vez
mais competente e ávida de notícias, fazendo com que as decisões, muitas vezes, sofram a
influência do julgamento quase instantâneo da opinião pública.
O Comando e Controle, na acepção mais ampla, é a ciência e a arte que trata do
funcionamento de uma cadeia de comando e envolve, basicamente, três componentes:
- a autoridade, legitimamente investida, apoiada por uma organização de onde emanam
as linhas de ação e para onde fluem as informações necessárias ao exercício do Comando;
- a sistemática de um processo decisório que permite a formulação de ordens estabelece
o fluxo de informações e assegura mecanismos destinados à garantia do cumprimento pleno
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - VI - ORIGINAL
das ordens; e
- a estrutura, incluindo pessoal, equipamento, doutrina e instalações, necessária para a
autoridade acompanhar o desenvolvimento das operações.
Entende-se por Sistema de Comando e Controle o conjunto de instalações,
equipamentos, comunicações, doutrina, procedimentos e pessoal essenciais para o
Comandante planejar, dirigir e controlar as ações de sua organização, para que se atinja uma
determinada finalidade.
A estrutura deve ser suficientemente flexível para absorver acréscimos, em função das
demandas presentes e dos aprimoramentos futuros. Abrange todo o pessoal, material e
recursos que possibilitam e garantem o desempenho de funções como: vigilância, detecção e
reconhecimento, processamento da informação, inteligência, apresentação de quadros
sintéticos para auxílio à decisão, comunicações, guerra eletrônica, criptologia, guerra de
comando e controle, guerra de informações e outros.
Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA-411 - Manual de Publicações da
Marinha como: Publicação da Marinha do Brasil (PMB), não controlada, ostensiva, básica e
manual.
Esta publicação substitui a CGCFN-1200 - Manual de Comando e Controle dos
Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais, 1ª edição, aprovada em 18 de outubro de 2005,
preservando seu conteúdo, que será adequado ao previsto no Plano de Desenvolvimento da
Série CGCFN (PDS-2008), quando de sua próxima revisão.
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 1-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 1
O GERENCIAMENTO DO CONHECIMENTO
1.1 - INTRODUÇÃO
O avanço tecnológico mudou a forma de se aplicar os Princípios de Guerra. Avanços
nas áreas de mobilidade, sistemas de armas, sensores e computação vão imprimindo um
ritmo maior no desenvolvimento das ações planejadas em operações militares e gerando
uma grande quantidade de informação.
Conhecimento, atualmente, é o elemento básico que enquadra e dirige os esforços em
todos os níveis decisórios. Sua importância não pode ser relevada.
A eficácia do Comando e Controle (C²) reside na capacidade de um Centro de Análise
de Inteligência (CAI) em transformar dados em conhecimento e na habilidade do
Comandante (Cmt) em absorver este conhecimento, determinar o que é importante e
tomar as decisões corretamente.
O Cmt deve entender e gerenciar o conhecimento de uma forma inteligente, criteriosa e
oportuna, caso contrário ficará sobrecarregado. Esta sobrecarga irá degradar a qualidade
de suas decisões, de seu Estado-Maior (EM), e de sua Força com um todo.
O processo de tomada de decisão e o controle da ação planejada, no cumprimento da
missão, dependem de um fluxo de conhecimentos confiáveis, oportunos e precisos,
tanto na vertical (Superior ↔Subordinado), quanto na horizontal (EM↔EM).
Assim, o Cmt deve estruturar seu Comando, Controle, Comunicações, Computação,
Inteligência e Interoperabilidade (C4
I2
) de forma a reduzir a sobrecarga de
conhecimento gerado, para o sucesso no cumprimento de sua missão.
De fato, tomar e implementar decisões de uma forma consistentemente rápida oferece
uma vantagem decisiva. O processo de tomada de decisão torna-se um processo onde o
tempo é um recurso fundamental para ampliar o ritmo das ações.
1.2 - A GUERRA NA ERA DO CONHECIMENTO
Em 1991 foi travada a chamada Guerra do Golfo. Desde o início dos combates ficou
evidenciada a importância da Inteligência e das armas inteligentes. Esta guerra foi
classificada como a primeira guerra da Era do Conhecimento. Foi o primeiro conflito
em que forças de combate foram posicionadas, mantidas, comandadas e controladas, em
grande parte por meio de comunicações via satélite.
Nesta guerra, o conhecimento passou a se rivalizar com as armas e a tática em
importância, mostrando que o inimigo tinha uma deficiência nos meios de C4
I2
, onde
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 1-2 - ORIGINAL
grandes quantidades de dados devem ser transmitidos e recebidos de muitas formas
distintas. Armas como os mísseis balísticos são muito mais baseadas em Inteligência do
que em volume de fogo, afinando muito mais a precisão e a seletividade. O
conhecimento é agora o recurso essencial de destrutividade nos conflitos armados e as
"estratégias do conhecimento" começam a influenciar o raciocínio militar.
As forças militares precisam de soldados bem treinados que usem o raciocínio e possam
lidar com a diversidade de situações que se apresentam durante o combate, tolerar
ambigüidades e usar corretamente a tecnologia a seu dispor, afinal, os sistemas de armas
foram criados para emprego por indivíduos com inteligência compatível ao seu uso.
Precisam, também, de pesquisadores, com e sem uniforme, dedicados ao estudo do
emprego das inovações tecnológicas, e do desenvolvimento de uma doutrina para o
conhecimento, objetivando vencer ou evitar guerras. A definição dos componentes, a
identificação das complexas inter-relações e os modelos de conhecimento a serem
criados juntamente com o resultado daquele estudo irão gerar as "estratégias do
conhecimento".
O arcabouço para a estratégia do conhecimento está baseado em quatro funções
realizadas sobre os dados: aquisição, processamento, distribuição seletiva e proteção.
Como características do conhecimento, pode-se citar que é inesgotável, pode ser
utilizado por ambos os lados de um conflito armado e, ao mesmo tempo, é não linear,
ou seja, um fragmento de conhecimento correto pode proporcionar imensa vantagem
tática ou estratégica. Isto mostra que a qualidade do conhecimento disponível em dado
momento pode representar um ponto de inflexão na guerra.
É importante deixar claro que a forma de guerra dominante não será aquela definida por
satélites, robôs ou armas inteligentes. O elemento comum que une todas estas
tecnologias não é material, é intangível e chama-se conhecimento. A maturidade da
guerra acontecerá quando estiverem maduras as estratégias de conhecimento e estas se
tornarem competitivas.
1.3 - CONHECIMENTO E A GUERRA DE MANOBRA
Conhecimento é um elemento de poder que influencia as interações diplomáticas e
políticas entre as nações, sendo de importância vital para o Sistema Nacional de Defesa.
O uso criativo da mídia permite a atuação no campo psicossocial, auxiliando na
consecução dos Objetivos Nacionais em todas as fases de um conflito. Este enfoque
acaba por influenciar as Operações Militares.
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 1-3 - ORIGINAL
O emprego da Guerra de Manobra e de Operações Combinadas inclui o uso do
conhecimento para impactar psicologicamente o Cmt inimigo. O Comandante aplica a
Guerra da Informação para desestabilizar os sistemas operacionais e de comunicação do
inimigo. As ações de Guerra da Informação têm a finalidade de destruir, desativar,
retardar ou confundir os Sistemas de Comando e Controle (SisC²) do inimigo pelo
ataque deliberado à sua lógica operacional.
Quando ativado um Teatro de Operações ou um Comando Combinado, seu Centro de
C4
I2
proverá as facilidades aos EM envolvidos no planejamento militar, na formulação e
emissão das ordens e no controle das operações militares. As Forças adjudicadas a esse
grande comando terão seus próprios centros de C4
I2
, que farão parte da estrutura do
SisC² decorrente.
1.4 - PRINCÍPIOS DE GERENCIAMENTO DO CONHECIMENTO
A incerteza é uma realidade da guerra aumentada pela sobrecarga de dados gerados com
os modernos meios tecnológicos. O Cmt tem que evitar a sobrecarga de conhecimentos
gerados, focando-se naqueles conhecimentos que transmitem sua influência sobre suas
forças e sobre o inimigo.
As ordens devem ser claras, precisas e concisas, de forma que os seus subordinados
depreendam, rapidamente, os efeitos desejados.
O gerenciamento do conhecimento é baseado em princípios que governam a sua
qualidade e o seu fluxo. Estes determinam a eficácia de uma estrutura de C².
A qualidade do conhecimento amplia a reação dos combatentes e de seu equipamento
ao reduzir a ambigüidade e as dúvidas, transmitindo, exatamente, a intenção do Cmt.
Um fluxo efetivo move o conhecimento de cima para baixo, unificando, para toda a
força, o foco do esforço; de baixo para cima, permitindo monitorar a execução da ação
planejada; e lateralmente, entre forças adjacentes, mantendo a unidade de
procedimentos.
Um conhecimento de qualidade deve ser:
- Oportuno - estar disponível no lugar certo e na hora certa. O estabelecimento de
procedimentos e os planejamentos do fluxo de conhecimentos, decisões oportunas e
sistemas automatizados são essenciais para que o conhecimento chegue ao destino a
tempo;
- Preciso - o conhecimento deve ser correto e expressar a situação real. Sistemas
automatizados coletam, transportam e processam conhecimentos com alta precisão,
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 1-4 - ORIGINAL
mas sem julgamento. Para melhorar a exatidão, os combatentes devem ser treinados
em quando e como inserir um julgamento de valor nos dados produzidos pelos
Sistemas de Inteligência;
- Completo - o atendimento aos requisitos críticos de Inteligência para o comando é
essencial para manter o foco do esforço e evitar sobrecarga do SisC²;
- Claro - o conhecimento deve ser imparcial, sem distorções e livre de ruídos ou
restrições;
- Utilizável - o método de apresentação deve ser compreendido e apoiar o usuário. A
tela de apresentação deverá conter, no mínimo, os termos usuais do Procedimento
Fonia, símbolos e outros formatos padronizados; e
- Relevante - o conhecimento deve ser conexo com a missão, às tarefas ou de interesse e
utilidade para o receptor.
O fluxo de conhecimento deve ser:
- Propriamente Posicionado - os conhecimentos que um Grupamento Operativo de
Fuzileiros Navais (GptOpFuzNav) necessita são, em sua maioria, previsíveis. Desta
forma, disponibilizar o conhecimento necessário antecipadamente, acelera o fluxo e
reduz a demanda e a sobrecarga dos canais de comunicações;
- Móvel - um fluxo confiável e seguro dever ser compatível com a mobilidade do
GptOpFuzNav e com o ritmo da Operação em curso. O fluxo de conhecimento deve
ser capaz de ser ajustado de imediato para suportar as mudanças de configuração da
tropa empregada, tanto na vertical quanto na horizontal;
- Acessível - todos os níveis de comando devem ser capazes de acessar os
conhecimentos necessários para apoiar o planejamento paralelo ou concorrente e o
cumprimento da missão. O envio de conhecimento de forma automática para o
receptor é sempre desejável, reduzindo o seu manuseio e aumentando a rapidez na
transmissão; e
- Integrado - o conhecimento é recebido de várias fontes e por diferentes meios e
formatos distintos. A integração do conhecimento é a composição lógica a partir de
múltiplas fontes em um sumário claro, preciso e completo. O objetivo é a redução do
fluxo ao mínimo necessário e a formatação da informação de maneira que possa ser
rapidamente assimilada pelo combatente, produzindo um entendimento comum da
situação. O conhecimento, apropriadamente integrado e apresentado, de forma
oportuna e no local exato, auxilia o Cmt ao reduzir a incerteza da guerra.
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 1-5 - ORIGINAL
1.5 - SUPERANDO A INCERTEZA E A SOBRECARGA
Dois fatores governam o nível de incerteza: a complexidade da missão e a quantidade de
conhecimento necessário para aumentar a certeza das decisões. Estes dois fatores são
diretamente proporcionais. Se o Cmt e seu EM tivessem disponíveis todo o
conhecimento necessário em um determinado momento da batalha, ainda sim, a neblina
e a fricção do combate estariam presentes porque seria humanamente impossível
absorver todo o conhecimento em um dado momento.
Assim, apenas uma fração da quantidade de conhecimento disponível durante o combate
pode ser obtida, enviada e processada pelo SisC², oportunamente. A incerteza do Cmt
pode ser reduzida por meio da utilização de um conhecimento profissional, treinamento
e experiência. É importante lembrar que a incerteza do inimigo é igual ou superior à
nossa.
Para reduzir sua demanda por conhecimentos, o Cmt utiliza os Conhecimentos Críticos.
Esta é uma ferramenta essencial utilizada pelo Cmt para preparar o espaço de batalha e
formar os alicerces para o sucesso no combate. Com a utilização desta ferramenta é
possível identificar as vulnerabilidades críticas do inimigo e de suas próprias forças,
influenciar nas decisões, estabelecer ações decisivas, criar vulnerabilidades nas forças
inimigas, atingindo a vitória ou evitando o fracasso.
Para assegurar a qualidade e o fluxo de informações, o Cmt canaliza recursos limitados
através dos seus Requisitos Críticos de Informação para o sucesso da missão do
GptOpFuzNav. Esses requisitos têm o propósito primário de evitar a geração de
informação irrelevante e a sobrecarga de informações. A quantidade de Requisitos
Críticos de Informação deve ser minimizada de forma a permitir o emprego dos
limitados meios de C4
I2
eficazmente.
1.6 - O IMPACTO DA INFORMAÇÃO NO CICLO DECISÓRIO
A Decisão é a contribuição mais importante do Cmt para o SisC2
. É um processo em
que o tempo é um fator crítico e que depende da qualidade e do fluxo de informações
críticas.
Durante o ciclo decisório, o Cmt monitora a execução ao coletar e processar as
informações críticas; sente a situação por meio de sua observação pessoal; processa as
informações críticas apoiado em seus conhecimentos; compara a situação corrente com
o estado desejado do cumprimento da missão; decide baseado em ferramentas manuais e
automáticas de apoio à decisão e implementa a sua decisão disseminando informações
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 1-6 - ORIGINAL
para os diversos escalões.
A informação dita a necessidade por decisões, gerando mais informações, criando um
ciclo. As decisões são baseadas na antecipação de eventos e são influenciadas por
fatores intangíveis como a situação individual e as habilidades profissionais do Cmt, na
sua experiência e na sua capacidade de medir e minimizar os riscos. Assim, o processo
de tomada de decisão pode ser visto como um intervalo limitado pela decisão mais
perfeita de um lado e pela decisão intuitiva do outro.
A decisão perfeita requer um estilo analítico e estrito de tomada de decisão. O EM
coleta toda a informação e, metodicamente, revê todos os aspectos da missão em
detalhes, elaborando cuidadosamente várias linhas de ação (LA). O Cmt analisa cada
uma delas e decide após um completo processo, observando a Adequabilidade,
Exeqüibilidade e Aceitabilidade de cada uma das LA. O risco é baixo, uma vez que o
Cmt pode executar todas a etapas do processo decisório detalhadamente.
A decisão intuitiva está no outro extremo do intervalo. Ela requer um estilo estrito,
rápido e altamente perspicaz de tomada de decisão. O EM coleta e revê apenas as
Informações Críticas. É um processo acelerado onde o Cmt deve se apoiar em suas
habilidades e seus conhecimentos profissionais, e na sua “intuição”, a fim de reconhecer
padrões em uma situação caótica. Hipóteses e seus riscos associados são formuladas e
melhoradas com as Informações Críticas. Uma decisão que pareça satisfatória para
aquela situação é empregada. Esta pode não ser a decisão perfeita, aumentando o risco,
uma vez que o Cmt estará lidando com elevado nível de incerteza.
Nenhum dos dois processos acima descritos pode ser inteiramente aplicado. O processo
decisório ocorre entre um e outro extremo. A diferença entre eles está no nível de risco
e na disponibilidade de tempo.
A Guerra de Manobra demanda que o Cmt e os Comandantes subordinados tomem boas
decisões baseadas em suas habilidades e experiências profissionais e nas suas
“intuições”.
As decisões ocorrem rapidamente de forma a manter um acelerado ciclo decisório. As
atividades mais rotineiras e que consomem tempo do EM são executadas ao mínimo
possível.
A fim de implantar um estilo direto de controle, o Cmt do GptOpFuzNav delega
autoridade ao permitir que os detalhes de suas decisões sejam consolidados e
implementados pelos Cmt das Forças Subordinadas. Portanto, o controle direto é
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 1-7 - ORIGINAL
essencial para a Guerra de Manobra e esta requer que os Cmt subordinados entendam e
apliquem o segundo tipo de processo decisório. O Cmt do GptOpFuzNav assegura-se
que os Cmt subordinados treinem, rotineiramente, para operar em um ambiente de
incerteza e aprendam e exercitem o processo intuitivo de tomada de decisão. O
resultado é um GptOpFuzNav capaz de reduzir o tempo de execução do processo
decisório e ampliar o ritmo das operações.
O treinamento deste tipo de processo irá aumentar a integração entre as forças e facilitar
a divulgação da intenção do Cmt.
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 2-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 2
A NATUREZA E TEORIA DO COMANDO E CONTROLE
2.1 - O COMANDO
Existem inúmeras definições para Comando, todas possuindo diversos pontos em
comum. Basicamente, pode-se entender o Comando como a autoridade decorrente de
leis e regulamentos, atribuída a um militar para coordenar e controlar uma tropa, em
qualquer nível, em razão de um posto e função.
Assim, o Comando faz parte da dimensão humana da natureza da guerra. O elemento
humano em comando possui um grande potencial para produzir atitudes criativas e
decisivas capazes de uma rápida adaptação às constantes mudanças de situação. Quando
este elemento não está corretamente capacitado, poderá tomar atitudes que limitem a
possibilidade de sucesso nas manobras militares. Quando corretamente capacitado,
possuirá a habilidade de avaliar uma situação, se antecipar ao curso dos acontecimentos,
determinar o que é crítico, tomar uma decisão e avaliar os risco decorrentes.
2.2 - O CONTROLE
O Controle é definido como o ato ou efeito de acompanhar a execução de qualquer
empreendimento, de forma a não permitir que ele se desvie do propósito estabelecido,
através da avaliação permanente e correlação das atividades desenvolvidas. A
autoridade de comando é estendida por meio do controle, para ligar a tomada de decisão
à execução.
2.3 - RELAÇÃO ENTRE COMANDO E CONTROLE
Comando e Controle (C²) é o exercício da autoridade e direção por um comandante,
sobre forças envolvidas no cumprimento de uma missão. O comandante usa o Controle
para estender sua autoridade, implementando-o por meio da organização do seu SisC². O
Comando é o exercício da autoridade e o Controle é a realimentação sobre os efeitos da
decisão tomada. Esta realimentação possibilita que: - o C² seja um processo cíclico e
contínuo e não uma seqüência de ações discretas; - o Comandante não fique fora do
sistema, tornando-se parte integralmente da complexa rede de influência. Este processo
deve ser baseado na cooperação, tornando-se dinâmico e interativo, com a participação
de todos, exercendo influência uns sobre os outros, tanto vertical quanto
horizontalmente.
A figura a seguir mostra a diferença entre a atual e a antiga visão de C².
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 2-2 - ORIGINAL
Visão antiga Visão atual
COMANDANTE COMANDANTE
FORÇAS SUBORDINADAS
FORÇAS SUBORDINADAS
Comando
Intenção
Orientação
Feedback
(realimentação)
&
Avaliação
(via C )
2
Controle
Comando
Fig 2.1 - Comando e Controle
Pela antiga visão, o comando e o controle operavam, de forma rígida, em um único
sentido, ou seja, na direção do subordinado. O entendimento era de que se alguém
estava no “comando”, deveria estar também no “controle”. Aqueles que estavam “no
controle” ditavam ordens para os que estavam “sob controle” e estes deveriam responder
rápida e precisamente. Atualmente, essa inter-relação tornou-se mais dinâmica. No
combate moderno, deve-se aceitar que o controle não é a única finalidade do C². A
guerra nos tempos atuais exige que o subordinado reaja de acordo com o propósito do
superior, em um ambiente de incertezas e desordem, sem perder a iniciativa.
2.4 - PRINCÍPIOS DE COMANDO E CONTROLE
O C² é influenciado por muitos fatores, como a natureza da guerra, a incerteza, o tempo
e os sentimentos dos seres humanos. Nos dias atuais, não tem sido possível antecipar
quando e onde surgirá a próxima crise, por isso, o C² deve estar preparado para
funcionar em qualquer ambiente.
Aprimoramentos tecnológicos em mobilidade, alcance, letalidade e coleta de dados
continuam a comprimir tempo e espaço, forçando os ritmos operacionais e criando
grande demanda por Inteligência. Além disso, as forças militares podem se mover mais
rápido, cobrindo distâncias cada vez maiores e engajando o inimigo cada vez mais
longe, resultando em uma grande dispersão dessas forças. O resultado são situações
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 2-3 - ORIGINAL
instáveis e uma maior ênfase em C².
Atualmente, a tecnologia assume um papel preponderante no C², contudo, esta mesma
tecnologia possui limitações e produz certos riscos. Por isto, é um erro pensar que a
tecnologia pode resolver todos os problemas de C², pois sempre surgem complicações,
efeitos colaterais ou aparecem contramedidas, sem se falar no perigo de um volume
excessivo de dados. As instalações de C² se tornam cada vez mais vulneráveis, não só
fisicamente como também estão passíveis de sofrerem interferências, monitoração e
penetrações. Ao utilizar a tecnologia, deve-se evitar a ilusão de poder alcançar a certeza
e a precisão na guerra.
Comunicações Implícitas - a cooperação é essencial em qualquer operação militar.
Devido à necessidade de se buscar minimizar o uso de medidas de controle restritivas e
de instruções excessivamente detalhadas para os subordinados, tem-se que encontrar
uma forma de gerar cooperação. Uma das formas de se conseguir isto é por meio do
incentivo ao uso de comunicações implícitas com os subordinados. Este tipo de
comunicação é fruto do compartilhamento de um entendimento comum a respeito de
determinada situação. Este entendimento comum gera o sentimento de equipe, a
confiança mútua e permite a harmonia das ações. Essa habilidade, no entanto, não surge
automaticamente. Ela, normalmente, decorre da constante participação da mesma equipe
em inúmeros exercícios e adestramentos.
2.5 - TEORIA DO COMANDO E CONTROLE
Como o campo de batalha se caracteriza pela incerteza entre as forças em confronto, a
aplicação efetiva do poder de combate exige decisões oportunas, coordenação
permanente entre os diversos escalões empregados e conhecimento a respeito do
inimigo e da área de operações, bem como a faculdade de transmitir e receber tais
dados, além de ordens e instruções.
Estas necessidades são tão antigas quanto a arte da guerra, variando seu valor com o
nível de desenvolvimento tecnológico e doutrinário, aliados às circunstâncias históricas
das épocas consideradas.
Nos dias atuais, a elevada tecnologia, a alta letalidade dos armamentos e o ritmo veloz
das operações vêm demandando uma constante otimização das atividades de C4
I2
,
integrados de forma sistêmica e apoiados em meios eletrônicos de elevada capacidade.
Serão apresentadas a seguir considerações básicas sobre os aspectos teóricos
relacionados à atividade de C².
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 2-4 - ORIGINAL
2.5.1 - O Ciclo de Boyd
O Ciclo de Boyd é o ponto de partida para o estudo da teoria do C². Este ciclo
representa o próprio processo de comando e controle ao demonstrar que em combate
as ações são desenvolvidas na seqüência - Observação – Orientação – Decisão –
Ação (OODA) - de uma forma cíclica conforme mostra a figura abaixo.
Fig 2.2 - Ciclo de Boyd
Na primeira etapa do ciclo, o comando observa a ocorrência de uma mudança no
curso dos ações de combate; na segunda, o comandante e seu EM orientam-se acerca
dos novos acontecimentos, formando uma imagem mental atualizada da situação
tática; na terceira etapa, chega-se à decisão da conduta a ser desenvolvida; e na
última, são implementadas as ações decorrentes da decisão tomada, voltando-se à
etapa da observação para um novo ciclo.
A realização de um ciclo de menor duração por nossas forças, sempre
comparativamente ao inimigo, fará com que este não consiga concluir
adequadamente seu próprio ciclo, pois a sua orientação será prejudicada, e/ou sua
conduta se tornará inoportuna ou inapropriada, fruto da alteração provocada por
nossas forças na situação inicial.
O ritmo e a velocidade constituem os elementos básicos para o funcionamento eficaz
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 2-5 - ORIGINAL
de um sistema de C², pois eles conferem rapidez ao Ciclo de Boyd. É importante
diferenciar ritmo de velocidade. O ritmo está associado à rapidez em relação ao
tempo, enquanto velocidade associa rapidez ao espaço físico. Neste sentido, um
eficaz sistema de vigilância e alerta permite que o comando observe mais
rapidamente as alterações da situação de combate, um EM adestrado orienta-se em
pouco tempo e oferece ao comandante elementos atualizados e suficientes para uma
rápida tomada de decisão. Estas três primeiras etapas do ciclo OODA conferem ritmo
ao processo de C².
Após a decisão, a força deve ser ágil ao colocar em prática o que foi decidido. Nesta
etapa, existe uma ênfase maior à velocidade, para que nossa força apresente uma
situação inusitada ao inimigo, antes que ele faça o mesmo conosco.
A rapidez no exercício das atividades de C² é essencial para se ter um ciclo OODA
mais eficiente que o do Inimigo e, assim, obter-se uma vantagem tática. Isto pode ser
conseguido aumentando-se a rapidez:
- da coleta de dados pelo sistema de Inteligência;
- de tramitação de mensagens pelo sistema de comunicações;
- do processamento e análise de conhecimento pelas Agências de C²;
- da coordenação das ações entre as Agências de C²;
- do processo de tomada de decisão e de planejamento; e
- da disseminação das ordens e dos conhecimentos operacionais obtidos.
Uma das ferramentas capaz de aumentar a rapidez das tarefas acima é a Informática.
Postos de Comando (PC) informatizados, ligados por redes de dados locais e
conectados com outros escalões por rádio (usando meios digitais para a comunicação
de dados), são capazes de otimizar o ciclo OODA.
Um sistema de comunicações eficiente e confiável, com moderado fluxo de
mensagens, também contribui para a rapidez do ciclo OODA. Por outro lado, um
sistema de comunicações saturado, ou com contatos intermitentes ou interrompidos,
poderá paralisar este ciclo.
A dinâmica do Ciclo de Boyd reside, portanto, em gerar ritmo e velocidade às ações,
um fator decisivo da vitória na guerra e essencial para um eficiente C². No ciclo de
Boyd, a fase da orientação exerce uma grande influência sobre o ciclo como um
todo, sendo, portanto, uma etapa crítica do processo decisório. É na fase da
orientação que o Comandante cria a imagem mental sobre a situação. Sem
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 2-6 - ORIGINAL
orientação, não há comando e, conseqüentemente, controle.
2.5.2 - Teoria da imagem
Como os seres humanos entendem mais facilmente determinado assunto, quando
montam um quadro mental sobre ele, deve-se sempre procurar apresentar nossas
informações e/ou estimativas sob a forma de imagens e não somente de textos. No
Ciclo de Boyd, como mencionado, a geração da imagem corresponde à fase da
orientação. A imagem não deve ser apresentada baseada apenas nos fatos da
situação, mas, também, na interpretação destes fatos, levando-se em consideração a
apreciação sobre eles, a intuição, os julgamentos, etc. Isto refletirá o adestramento, as
concepções e as experiências passadas. Por outro lado, se o propósito é o de
preservar nossas ações e surpreender o inimigo, deve-se sempre tentar formar uma
imagem falsa na mente deste ou, pelo menos, criar uma imagem confusa. Medidas de
contra-inteligência e despistamento são usadas para atingir este propósito, por
exemplo.
Quanto mais alto o escalão, maior a dependência do que é transmitido pelos escalões
subordinados; quanto mais baixo, maior a dependência de nossas próprias
observações. Isto pode gerar alguns problemas:
- ao observar-se uma situação, tem-se uma apreciação intuitiva sobre o nível de
incerteza e age-se de acordo com ela. Quando se recebe a situação de alguém,
usualmente perde-se aquela intuição ou tem-se dificuldade em fazer um quadro de
juízo. Em ambientes de alta tecnologia, onde o conhecimento chega rapidamente e
de formas diferentes, isto é particularmente perigoso;
- normalmente, há mais facilidade para se entender uma observação do que transmitir
nosso entendimento sobre ela;
- todo o conhecimento, ao ser transmitido, sofre um processo de distorção; e
- o próprio conhecimento, ao transitar através dos diferentes níveis, sofre certo atraso
até chegar ao destinatário final, o que pode ser crítico se quer gerar ritmo no SisC².
Em geral, necessita-se, qualquer que seja o escalão considerado, de três diferentes
tipos de imagens:
- imagem aproximada da situação, fruto da observação pessoal e experiência. Com
ela, o Comandante pode entender o que os subordinados estão vivenciando;
- imagem geral da situação, de modo a permitir ao Comandante ajustar e/ou
organizar suas forças, identificar os desdobramentos e avaliar as diferenças entre o
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 2-7 - ORIGINAL
presente e o futuro desejado;
- a terceira imagem consiste em olhar para a situação através dos olhos do inimigo.
Tenta-se deduzir suas ações ou mesmo suas intenções.
Dependendo do nível, as três imagens podem ser geradas simultaneamente, tanto
para uma esquadra de tiro (ET) como para um piloto de ataque. Altos escalões, no
entanto, possuem dificuldade em conciliar a necessidade tanto por uma imagem
aproximada como por uma geral. A primeira pode ser satisfeita pela observação
pessoal junto às unidades em contato, enquanto a segunda é satisfeita nos postos de
comando.
2.5.3 - A hierarquia do conhecimento
Na conceituação aqui apresentada, tem sido feita referência ao termo conhecimento
de modo genérico, abrangendo todas as maneiras de descrição ou representação de
algum fato, indo desde um dado até uma apreciação sobre certo assunto.
Conhecimento é tudo aquilo passível de percepção, apreensão e análise pela mente
humana. Contudo, sabe-se que existem quatro importantes classes de conhecimento
que influenciam o C². São elas:
a) Dado
É qualquer representação de um fato ou de situação que não decorra do emprego
da metodologia para a produção do estudo de inteligência. É a classe mais básica
de conhecimento, compreendendo qualquer representação de um fato ou situação,
antes de sofrer uma avaliação. Exemplos: sinais de rádio captados por um sensor,
transmissão de dados por computador, equipamento capturado, etc.
b) Informe
É a narração de um fato ou situação, passado ou presente, à qual foi aplicada a
técnica de avaliação de dados. Assim, o Informe é um Dado que recebeu um juízo
de valor quanto à sua credibilidade. Por exemplo, um relatório de situação é um
informe.
c) Estudo
É a representação de um fato ou de uma situação, real ou hipotético, produzido em
uma Agência de C² mediante a aplicação de uma metodologia própria. São
divididos em três espécies: Informação, Estimativa e Apreciação.
d) Conhecimento operacional
É o fato ou situação de interesse imediato para o planejamento e a execução de
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OSTENSIVO - 2-8 - ORIGINAL
uma operação, com alcance limitado no tempo e no espaço, especificamente
aqueles referentes às características da Área de Operações (AOp) e à Situação
Militar do Inimigo.
Algumas vezes, a diferença entre as classes não é muita clara, especialmente entre
dado, informe e informação. Entretanto, o que importa são as influências que o
conteúdo dessas classes de conhecimento podem trazer para a condução de nossas
operações, de modo a oferecer ao comandante uma idéia clara da situação e
assessorá-lo nas decisões.
Em vista do exposto, fica clara a preponderância das informações, apreciações e
estimativas sobre os informes e dados. Assim, não é objetivo do C² o processamento
e difusão de uma vasta quantidade de dados e informes, pois se corre o risco de
sobrecarregar o processo decisório. O objetivo é gerar informações e estimativas que
levem a um entendimento do problema militar, apresentando-as de maneira a facilitar
sua assimilação e difusão, ou seja, através de imagens.
2.5.4 - O espectro do Comando e Controle
Sendo a incerteza um fato comum na guerra, procura-se resolver este problema de
dois modos: perseguindo a certeza como base para um efetivo C²; ou aceitando a
incerteza como inevitável e aprendendo a operar a despeito dela.
A primeira solução implica em um poderoso e altamente eficiente aparato de C²,
resultando em um sistema detalhado e altamente desenvolvido tecnologicamente. O
detalhamento leva o sistema a ser coercitivo, formal, centralizado, lento na resposta a
qualquer tipo de mudança da situação e a inibir a iniciativa. O fluxo de informações
vem do topo para a base da organização e a disciplina e a coordenação são impostas
pelos altos escalões. Apesar da desconfiança não ser uma característica inerente do
sistema, ela ocorre com freqüência.
Na segunda solução, o sistema, ao aceitar a incerteza da guerra, procura reduzir o
nível de certeza de que se necessita. Isto é feito pela atribuição de tarefas pelo efeito
desejado, não se limitando à iniciativa do subordinado, e dando-se ênfase ao efeito
desejado do superior. A unidade de esforço não é produto de imposição, mas da
cooperação espontânea de todos. A iniciativa não é apenas maior, ela é parte
integrante do sistema e a disciplina imposta é reforçada pela auto-disciplina.
Entretanto, tal tipo de comando e controle requer um alto grau de liderança em todos
os níveis, além de instrução e adestramento.
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No segundo sistema, os planos tendem a ser simples e flexíveis. A descentralização é
uma regra, assim como a informalidade. O sistema se adapta a novas situações com
mais rapidez e o tempo para tomada de decisões é menor, o que significa acelerar o
ritmo do Ciclo de Boyd.
Na prática, nenhum comandante se baseará, inteiramente, em um ou outro tipo de C².
O tipo adequado depende de vários fatores, como o inimigo, tarefas, qualidade de
nossas tropas, etc. Contudo, isto não quer dizer que os dois tipos sejam equivalentes
e meramente fator de uma opção pessoal. O tipo detalhado é apropriado para tarefas
repetitivas, mas não para ações militares em ambientes de fricção, incerteza e
violência.
Podemos resumir a aplicabilidade dos dois conceitos através da seguinte figura:
CONTROLE PELO
EFEITO DESEJADO
COMANDO E CONTROLE
CONTROLE
DETALHADO
1. ASSUME QUE A GUERRA É:
- Probabilística; e
- Imprevisível.
2. ACEITA A DESORDEM E A
INCERTEZA
3. DESCENTRALIZADO
4. ESPONTANEIDADE
5. INFORMAL
6. AUTO-DISCIPLINA
7. COOPERAÇÃO
8. FLUXO DE INFORMAÇÃO
EM TODAS AS DIREÇÕES
9. INTERATIVO
10. LIDERANÇA
11. DELEGAÇÃO
12. BUSCA SOLUÇÕES
SATISFATÓRIAS
13. ARTE DA GUERRA
1. ASSUME QUE A GUERRA É:
- Determinística; e
- Previsível.
2. PROCURA A ORDEM E A
CERTEZA
3. CENTRALIZADO
4. COERÇÃO
5. FORMAL
6. DISCIPLINA IMPOSTA
7. NÃO INTERATIVO
8. INFORMAÇÕES DO TOPO
PARA BAIXO
9. OBEDIÊNCIA
10. AUTORITARISMO
11. IMPOSIÇÃO
12. BUSCA SOLUÇÕES
ÓTIMAS
13. CIÊNCIA DA GUERRA
Fig 2.3 - O espectro do Comando e Controle
2.5.5 - Teoria da organização
A organização é uma importante ferramenta no C². O modo como se organizam
nossas forças pode facilitar ou complicar nossas ações.
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OSTENSIVO - 2-10 - ORIGINAL
Ao se organizar nossas forças por tarefas em elementos subordinados e ao especificar
suas tarefas, organiza-se também nossa missão em partes gerenciais. Assim, a
organização deve refletir a organização conceitual do plano concebido.
Entretanto, o quê a organização deve fazer por nós?
Primeiro, estabelecer a cadeia de comando e as relações de comando e apoio no
interior da força, atribuindo responsabilidades e autoridade por toda a força, dentro
da esfera de influência de cada comandante.
Segundo, deve estabelecer unidade de comando, o que significa que qualquer ordem
recebida é responsabilidade de um único comandante. Da mesma forma, um
comandante recebe ordens de um só superior. Além disso, o comandante deve ter
acesso a todos os recursos necessários ao cumprimento da ordem recebida.
A organização também serve para prover fontes de identificação social para seus
membros. Por exemplo: os soldados da ET se sentem, primeiramente, como
membros da ET, depois como membros do Grupo de Combate (GC), depois como do
Pelotão (Pel), etc.
O Comandante e seu EM, junto com seus subordinados imediatos, constituem uma
equipe integrada, coesa e comprometida com o cumprimento de sua missão.
A organização funciona melhor quando seus membros pensam, neles mesmos, como
pertencendo a um ou mais grupos com altos níveis de lealdade, cooperação e
comprometimento com a tarefa do grupo. Esses grupos devem agir como um
organismo simples, caracterizado pela cooperação, influência recíproca,
comunicação vertical e lateral, e realimentação contínua. Seus membros executam
tarefas diferentes, mas sempre com vistas à consecução da tarefa da equipe.
Os comandantes devem sempre ser membros de duas equipes: em uma como mais
antigo e em outra como subordinado.
Como se sabe, a organização não deve sobrecarregar o comandante com um grande
número de subordinados ou atividades. Contudo, diminuir a amplitude de controle,
ou seja, o número de subordinados imediatos, significa uma organização mais
vertical, tornando o fluxo de informações ou a realimentação mais lenta. Por sua vez,
se procura tornar a organização mais horizontal, aumenta-se a amplitude de controle,
o que requer maior habilidade dos subordinados diretos. Finalmente, a organização
deve ser aplicada também às informações. A informação, normalmente, flui
verticalmente através da cadeia de comando, mas não deve estar restrita por esta
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 2-11 - ORIGINAL
cadeia. Ela deve fluir para os lados e também na diagonal - entre um pelotão e uma
companhia adjacente, por exemplo. Deve fluir de maneira informal e extra-
oficialmente - entre indivíduos, de acordo com relações pessoais - assim como de
acordo com os canais estabelecidos oficialmente. Estes canais informais completam
os formais e são importantes para a formação do “espírito de equipe”.
2.5.6 - Teoria da comunicação
Em geral, organizações eficazes e eficientes são caracterizadas por intensas e
espontâneas comunicações, ou seja, livre e entusiástica partilha das informações por
toda a organização. Além disso, comunicação possui também uma função social,
estreitando os laços no interior da organização e fortalecendo a cooperação, a
confiança e o entendimento mútuos.
Na visão tradicional da comunicação, o subordinado deve suprir o superior com
informações sobre a situação e este deve suprir o subordinado com decisões e
instruções. Esta forma linear de comunicação pode ser consistente para uma forma
detalhada de comando e controle, mas não para um sistema baseado em tarefas por
efeito desejado, que requer comunicações interativas, caracterizadas por uma
contínua realimentação. É esta realimentação que permite aperfeiçoar e confirmar
entendimentos mútuos, tanto verticalmente quanto horizontalmente, tornando a
organização menos vulnerável a um corte de comunicações.
Além dos modos tradicionais de comunicação, pessoas podem se comunicar de modo
implícito, o que significa atingir entendimento mútuo e cooperação com um mínimo
de informações sendo transmitidas. Para isso, é preciso uma estreita ligação entre
comunicações implícitas e confiança mútua, o que ocorre como conseqüência de
imagens ou impressões que cada indivíduo guarda na memória, após repartir as
mesmas experiências da mesma maneira.
É claro que esse sistema terá uma certa dose de redundância. Contudo, se concisão é
uma virtude, a redundância, algumas vezes, também pode ser. Ela pode aumentar a
clareza do significado e ajudar no caso de problemas no sistema de comunicações.
Assim, comunicações efetivas exibem um equilíbrio entre concisão e redundância e,
em geral, quanto maior o entendimento implícito, menor será a necessidade de
redundância na organização.
Apenas como curiosidade, estudos demonstraram que, nos dias de hoje, os seres
humanos se comunicam mais, quando face a face, primeiro por gestos; em segundo,
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OSTENSIVO - 2-12 - ORIGINAL
pelo tom ou inflexão da voz; e, por último, pelas palavras que proferem.
2.5.7 - Teoria do gerenciamento da informação
Como um sistema de comando e controle eficiente e eficaz está sempre voltado para
obter a informação certa, para a pessoa certa e no tempo certo, o gerenciamento das
informações é crucial para isto ser possível.
Este gerenciamento pode ser enquadrado em dois princípios básicos:
- por pressão; e
- por demanda.
No gerenciamento por pressão, a informação é pressionada desde a fonte até o
utilizador, seja porque a mesma se tornou disponível ou de acordo com uma agenda
ou esquema. As vantagens deste princípio são:
- o comandante não necessita solicitar a informação; e
- a informação, geralmente, chega no tempo certo.
O desafio é antecipar as informações que o comandante necessitará. E o perigo é
sobrecarregar o fluxo de informações.
Ao contrário, o princípio de gerenciamento por demanda não está baseado na
habilidade de antecipar necessidades por informações. Ele permanece inativo até que
surja um pedido, cabendo ao usuário gerar as necessidades. Caso a informação esteja
disponível, a demanda pode ser rapidamente satisfeita. Se não estiver, desencadeará
uma sucessão de pedidos até atingir o nível apropriado para a coleta, o que pode
levar algum tempo, o que é uma desvantagem. Uma resposta pode ser o uso de
métodos de coleta diretamente subordinados ao comandante.
O princípio da demanda pode ajudar a direcionar os recursos para as tarefas críticas,
obtendo informações específicas e tão somente elas. Isto pode ser um fator de força
tanto como um fator de fraqueza. Pode ser de força, porque o fluxo de informações
visa satisfazer determinados requisitos. Contudo, como podem haver requisitos não
delineados pelo comandante, eles não serão satisfeitos. Isto é um fator de fraqueza.
Outro aspecto no gerenciamento das informações é como elas são transmitidas.
Primeiro, elas podem ser radiodifundidas para qualquer equipamento que esteja
sintonizado, o que aumenta a velocidade de disseminação das informações. Por outro
lado, a radiodifusão pode trazer os seguintes óbices:
- como é transmitida para diferentes níveis de necessidades, pode não atender
determinado comandante;
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OSTENSIVO - 2-13 - ORIGINAL
- seu uso indiscriminado pode acarretar sobrecarga de informações ou sobrecarga na
própria rede de difusão; e
- está sujeita a interferências, escutas ou monitoração.
A alternativa é a transmissão ponto a ponto, na qual a informação é transmitida para
específicos usuários (mensageiro ou transmissão de dados por meio magnético ou
meio físico). As vantagens são claras, assim como as desvantagens:
- pode aumentar o tempo de disseminação; e
- aumentam as chances de distorções.
Na prática, os diferentes aspectos do gerenciamento da informação estão longe de
serem incompatíveis, pois, combinados adequadamente, eles podem se completar no
interior do mesmo sistema de C².
2.5.8 - Teoria da decisão
O propósito principal de um sistema de C² é aumentar a capacidade de um
comandante em tomar decisões. Entretanto, sendo a incerteza e a premência de
tempo características da guerra, todas as decisões devem ser tomadas em face destes
dois fatores.
Pode-se tentar reduzir a incerteza através de um maior volume de informações. No
entanto, isto pode aumentar o tempo para a decisão. Além disso, não importa o
volume das informações, mas, sim, suas qualidades e que elas cheguem no tempo
certo.
São dois os processos de tomada de decisão:
- o analítico; e
- o intuitivo.
O processo analítico compara diferentes soluções, segundo alguns critérios,
procurando identificar a melhor delas. Normalmente, é um processo metódico e
consome tempo. Teoricamente, o poder da razão suplanta a experiência.
O outro processo de decisão, chamado de intuitivo, rejeita o aspecto computacional
do método analítico, baseando-se na experiência do comandante em reconhecer os
elementos chaves do problema, identificar padrões de comportamento e poder chegar
a uma decisão satisfatória.
O processo intuitivo objetiva obter, o mais rápido possível, uma solução que resolva
o problema, ao invés de obter uma solução ótima, como o processo analítico procura
fazer. A razão para isto é que o processo intuitivo baseia-se no fato de que a guerra é
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 2-14 - ORIGINAL
mais uma arte do que uma ciência, não havendo resposta completamente certa para
um dado problema. Assim, o julgamento, fruto da experiência, adestramento,
instrução, reflexão, gerará uma resposta adequada, não sendo necessárias várias
opções. O resultado final é economia de tempo e aumento do ritmo no processo
decisório. Caso seja possível, o comandante poderá, mais tarde, avaliar sua decisão,
aperfeiçoando-a e aproximando-a da solução ótima.
Cada um dos processos possui vantagens e desvantagens. O melhor processo
dependerá da situação. O analítico é apropriado para decisões pré-hostilidades,
quando o fator tempo não é crucial e as informações podem ser coletadas, ou no caso
de aquisições de material. Para decisões táticas ou operacionais, o processo intuitivo
será um poderoso fator na busca de uma decisão adequada e criativa.
Na verdade, há uma grande interação entre os dois processos, pois mesmo que seja
adotado o processo intuitivo, o analítico serve como uma base para a tomada de
decisão.
2.6 - O COMANDO E CONTROLE NA GUERRA DE MANOBRA
Após a análise da natureza do comando e controle, e de suas teorias básicas, pode-se
abordar os desafios para se obter um eficiente sistema de comando e controle.
Resumidamente, os desafios que se apresentam a um sistema composto por pessoas e
informações, e cercado por incertezas e instabilidade são:
- lidar com incerteza e tempo;
- funcionar através de um largo espectro de conflitos e ambientes;
- ser aplicável, tanto na guerra quanto na paz;
- aumentar a habilidade para gerar um ritmo de ação maior do que o do inimigo,
permitindo ajustes rápidos e explorando oportunidades;
- permitir a busca rápida de dados, de maneira precisa e seletiva, evitando sobrecarga de
informações;
- ajudar na identificação de vulnerabilidades críticas e centros-de-gravidade (amigos ou
inimigos);
- facilitar a tomada de decisão, apesar das incertezas, e permitir modificações,
monitorando a execução, sem tolher a iniciativa do subordinado; e
- permitir a rápida difusão de instruções, de maneira clara e concisa.
Com tudo isto em mente, segue-se a abordagem dos fatores que modelam o C² na
Guerra de Manobra.
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 2-15 - ORIGINAL
2.6.1 - Atribuição de tarefa pelo efeito desejado
Os SisC² devem ser baseados na atribuição de tarefas pelo efeito desejado, pois elas
são o cerne da Guerra de Manobra. Apesar de se ter visto que o método de C² a ser
empregado depende dos requisitos da situação, conclui-se também que, para ações
militares, um sistema de C² baseado em tarefas pelo efeito desejado é mais
apropriado do que um sistema detalhado e centralizador.
Assim, o comandante poderá fazer frente às incertezas e ao ritmo do combate em
melhores condições, aproveitando oportunidades inesperadas e aumentando a
velocidade de sua tomada de decisão.
Através da tarefa pelo efeito desejado, o comandante influencia seus subordinados,
orientando-os de maneira ampla, com ordens simples e concisas, sem tolher a
iniciativa ou liberdade do subordinado. Medidas de controle devem ser estabelecidas
no grau mínimo necessário para prover coordenação.
A razão das tarefas pelo efeito desejado não é aumentar a capacidade de exercitar o
comando e controle, mas, sim, diminuir o grau de comando e controle de que se
necessita.
2.6.2 - Iniciativa na execução
Fator básico nas tarefas pelo efeito desejado, a iniciativa nos escalões subordinados
deve ser incentivada e cobrada. Deve-se entender e aceitar que onde há autoridade,
qualquer que seja o nível, existe também responsabilidade.
Na Guerra de Manobra, os comandantes devem agir mais de acordo com a situação
do que sob ordens do superior, o que não significa que ele não deva observar as
orientações recebidas e, em especial, o efeito desejado do superior. Isto requer
entendimento sobre a situação, disciplina e responsabilidade.
Por sua vez, o superior, ao delegar autoridade, não está isento de responsabilidade.
Ele deve acompanhar as ações de seus subordinados, exercendo a necessária
coordenação entre seus subordinados e forças amigas.
Vale lembrar que, às vezes, o subordinado toma decisões inesperadas, impondo aos
superiores a consciência de aceitar incertezas quanto às ações deles, ressaltando,
assim, a necessidade de flexibilidade do sistema de comando e controle.
2.6.3 - Efeito desejado do comandante
A compreensão do efeito desejado do comandante é fundamental para se obter
unidade de esforços, coesão e um sistema de C² eficaz e eficiente. Como se viu, as
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 2-16 - ORIGINAL
tarefas podem sofrer alterações ou se tornar obsoletas, mas o efeito desejado do
superior será mais duradouro. Entendê-lo permitirá ao comandante exercer a
iniciativa e cumprir sua missão.
2.6.4 - Confiança mútua
Comando e controle demanda confiança mútua entre todos os comandantes, estados-
maiores e escalões subordinados - confiança na habilidade e julgamento dos
subordinados, pares e superiores.
O superior deve acreditar que seus subordinados sejam capazes de cumprir suas
tarefas, com um mínimo de supervisão, em consonância com seu efeito desejado,
mantendo-o informado dos desdobramentos da situação e fazendo a necessária
coordenação.
Os subordinados, por outro lado, devem confiar que seus superiores proverão uma
orientação segura e os apoiarão com lealdade e de maneira integral, mesmo quando
cometerem enganos.
Obtém-se confiança ao demonstrar competência, senso de responsabilidade, lealdade
e auto-disciplina, sendo fundamental este último aspecto, pois a disciplina militar é o
pilar da autoridade de comando.
2.6.5 - Entendimento e comunicações implícitas
Os ingredientes finais para o efetivo cumprimento de tarefas pelo efeito desejado são
o entendimento e as comunicações implícitas, aspectos fundamentais para
cooperação e coordenação na Guerra de Manobra.
Contudo, entendimento e comunicações implícitas não ocorrem automaticamente.
São produto de valores comuns e adestramento contínuo, como ocorre com um time
de futebol. Ganhar este estado de efetividade tem significativas implicações para a
doutrina, instrução e adestramento. Sem ele, aumenta-se o atrito da guerra, pode-se
tornar o processo lento ou mesmo paralisá-lo.
O entendimento implícito, entre superior e subordinado, sobre determinada situação,
permite que eles diminuam o atrito e o tempo para decisões, explorem a flexibilidade
e a rapidez, mantendo a iniciativa e a unidade de esforço.
2.6.6 - Tomada de decisão
Os comandantes devem ser capazes de adotar e combinar os vários aspectos relativos
tanto à tomada de decisão intuitiva quanto à analítica. Entretanto, em razão da
incerteza e da falta de tempo, a decisão intuitiva deverá ser enfatizada no campo de
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 2-17 - ORIGINAL
batalha e os líderes devem ser preparados no desenvolvimento da capacidade desse
tipo de decisão.
A visão intuitiva é coerente com a idéia de que não existe solução perfeita e que
todos os combatentes são capazes de fazer um bom julgamento.
Os seguintes aspectos devem ser considerados pelos comandantes, no caso da
tomada de decisão:
- desde que a guerra é um choque de vontades, toda tomada de decisão deve levar em
conta que o inimigo tentará impor sua vontade, da mesma forma que seus
oponentes também o tentarão;
- aquele que tomar e implementar decisões mais rápido, terá uma enorme vantagem;
- uma decisão militar não é um produto matemático, pois requer intuição e análise
para reconhecer a essência de um problema, além de criatividade para obter uma
solução prática;
- tendo em vista que a incerteza e a instabilidade são fatores comuns no combate e
que não existe solução perfeita no campo de batalha, deve-se adotar uma solução
com certo grau de risco e implementá-la mais rápido do que o inimigo; e
- quanto mais baixo o escalão, mais rápido e direto é o processo de decisão.
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 3-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 3
SISTEMAS DE COMANDO E CONTROLE
3.1 - DEFINIÇÕES
Um SisC² é um conjunto de instalações, de equipamentos e de comunicações, regido
por princípios, normas, processos e operado por pessoal especializado e utilizados em
operações militares com o objetivo de contribuir para uma atuação eficiente das forças
envolvidas em combate. Esse objetivo é alcançado através da estruturação de um
modelo de processamento das operações militares, com destaque para os processos de
tomada de decisão, os quais englobam desde a definição desta até o controle da sua
execução, passando pela sua divulgação correta. O SisC² confere ao Comandante a
capacidade de executar as atividades de C4
I2
.
O SisC² caracteriza-se por apresentar, além da arquitetura complexa, um alto grau da
avaliação subjetiva da mente humana. Esta subjetividade é composta de processos
mentais ainda não totalmente mapeados, muitas vezes intuitivos (o grande número de
possíveis soluções-saídas para um mesmo problema-entrada, é uma conseqüência desse
fato). Resumidamente, um SisC² deve responder às seguintes perguntas relacionadas ao
processo de busca e tratamento da informação pertinente à decisão:
- como o Sistema obtém e processa os dados sobre o ambiente (relevo, vegetação,
hidrografia, clima, inimigo, população e aspectos econômicos e sociais na região, etc)?
– (ver Bloco 1 da Figura 3.1);
- como o Sistema processa os dados de sensores (radares, satélites e conhecimentos
vindos da análise de inteligência)? – (ver Blocos 2, 3 e 4 da Figura 3.1);
- como o Sistema processa todos os conhecimentos obtidos até então e os disponibiliza
para o tomador de decisão? – (ver Blocos 4 e 5 da Figura 3.1);
- como a decisão é repassada aos sistemas autores? – (ver Blocos 5 e 6 da Figura 3.1); e
- como o sistema acompanha as ações desencadeadas e os resultados das mesmas sobre
o ambiente? – (ver Blocos 1, 2 e 6 da Figura 3.1 - basicamente a função controle).
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 3-2 - ORIGINAL
1 - Ambiente
2 - Análise de
Inteligência
3 - Sensoriamento
4 - Processamento
5 - Decisão
6 - Decisões de Nível
Estratégico-Operacional
7 - Atuação
8 - Decisões de Nível
Tático
Fig 3.1 - Processo de busca e tratamento da informação pertinente à decisão
3.2 - CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE COMANDO E CONTROLE
Para que o SisC² funcione efetivamente, com um contínuo fluxo e processamento das
informações de combate, ele deve operar de acordo com as seguintes características:
3.2.1 - Confiabilidade
Garantia, aos usuários do sistema, da certeza de que as ordens emanadas do
comandante e a realimentação de seus efeitos pelas suas forças subordinadas sejam
transmitidas e recebidas pelos destinatários. Um sistema confiável deve estar
disponível quando necessário e funcionar com um baixo índice de falhas e erros. A
confiança nos SisC² é conseguida por meio do emprego de equipamentos e
procedimentos padronizados, do emprego de um eficaz sistema de apoio logístico e
do estabelecimento das necessárias redundâncias, de medidas de proteção eletrônica
e de proteções contra vírus de computador.
3.2.2 - Segurança
Os SisC² devem prover a segurança necessária para garantir ao usuário que o que for
transmitido chegue ao conhecimento somente das pessoas autorizadas. A segurança é
conseguida por meio do emprego de medidas de proteção em todos os níveis, de
sistemas de criptografia, técnicas de segurança na transmissão e através do
adestramento nos procedimentos de segurança.
3.2.3 - Continuidade
Certeza de que não haverá interrupção nas ligações ou que elas serão prontamente
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 3-3 - ORIGINAL
restabelecidas em casos fortuitos. A continuidade do funcionamento de um SisC² é
conseguida por meio da dispersão e proteção de seus principais centros, da
multiplicação dos métodos de comunicações e do emprego de medidas de segurança
da informação.
3.2.4 - Flexibilidade
Capacidade do SisC² ser utilizado de formas diversas e em diferentes tipos de
operações, além de poder adaptar-se, de imediato, às novas situações, sem queda da
eficiência. A flexibilidade é necessária para permitir o eficaz exercício do comando e
controle nos diversos tipos de operações e ambientes Ela pode ser conseguida por
meio de um planejamento adequado da estrutura e do emprego do SisC² e pela
previsão e emprego de sistemas móveis e portáteis.
3.2.5 - Interoperabilidade
É a capacidade de sistemas, unidades ou forças operarem integradas de forma
eficiente. Para garantir a interoperabilidade deve-se assegurar que as informações
possam tramitar entre todos os comandos e forças envolvidas na operação. Ela pode
ser conseguida por meio do uso de equipamentos compatíveis entre si e
intercambiáveis e pela padronização de procedimentos, terminologia, mentalidade,
doutrina, planejamento e adestramento.
3.2.6 - Compatibilidade
É a capacidade de dois ou mais itens ou componentes de um equipamento ou
material existirem ou funcionarem em um mesmo sistema ou ambiente sem
interferência mútua. A compatibilidade diferencia-se da interoperabilidade, como por
exemplo: num sistema de comunicações, os equipamentos são compatíveis quando
todos são capazes de transmitir e receber dados entre si. Por outro lado, quando as
tropas utilizando estes equipamentos são capazes de entender e de transmitir dados
de forma precisa, organizada e objetiva através da rede, então há interoperabilidade.
3.2.7 - Mobilidade
O processamento e o fluxo vertical e horizontal da informação precisa ser contínuo
para apoiar o deslocamento e o emprego das forças em combate. Os comandos em
todos os níveis precisam dispor de SisC² que possuam um grau de mobilidade que
lhes permita acompanhar o movimento de suas forças sem prejuízo da qualidade do
fluxo de informações.
3.2.8 - Reatividade
O SisC² deve estar apto a reagir instantaneamente às demandas de informações do
comando. A reatividade é garantida por meio do emprego de equipamentos
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 3-4 - ORIGINAL
confiáveis, sistemas redundantes e procedimentos de transmissão e processamento da
informação rápidos e seguros.
3.2.9 - Sobrevivência
Um SisC² deve ser capaz de continuar provendo os serviços essenciais, independente
das ações inimigas. Isto é conseguido através de:
- treinamento de pessoal, permitindo executar-se as substituições que se fizerem
necessárias;
- dispersão no terreno das instalações de C² essenciais, evitando a concentração
excessiva;
- mobilidade dos meios de C²; e
- redundância das instalações de C² essenciais, das redes de comunicações e dos
bancos de dados.
3.2.10 - Orientado ao usuário
O SisC² deve ser de fácil utilização para o Cmt e demais usuários. Ele deve facilitar
o cumprimento da missão, não se tornando um obstáculo.
3.3 - REQUISITOS
O C4
I2
tem por finalidade o apoio integrado ao processo de comando e controle no
preparo e emprego operacional de uma Força desde o tempo de paz até sua mudança
para a estrutura de emprego real. Para tal, este deve propiciar a integração entre os
diferentes sistemas já existentes e absorver com facilidade a incorporação de outros.
São inúmeros os requisitos a serem atendidos por um eficiente SisC². Dentre eles, pode-
se citar:
- prover facilidade de adaptação às mudanças de situação tática, devendo ser formado
por componentes independentes e interoperáveis, com características complementares;
- permitir flexibilidade de configuração, possibilitando a exclusão e inclusão de
módulos de forma simples;
- possibilitar o fluxo de inteligência de forma oportuna e segura, devendo, para isso,
prever alternativas de forma a garantir que o conhecimento chegará ao destinatário;
- permitir a operação em movimento e a continuidade do C² das operações, durante
mudanças de posição, sem diminuir a eficiência dos serviços.
- permitir a integração ao SisC² dos escalões superiores, vizinhos e subordinados, e de
elementos de combate, de apoio ao combate e de apoio de serviço ao combate;
- possuir confiabilidade e recursos de segurança que assegurem a integridade do sistema
contra invasões, interceptações ou interferências;
- permitir o gerenciamento de dados e acesso ao conhecimento em diversos níveis,
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 3-5 - ORIGINAL
utilizando-se de bancos de dados facilmente atualizáveis no decorrer das operações; e
- atender ao maior número possível de assinantes fixos e móveis com transmissão de
voz, dados e imagens estáticas.
Em um SisC², além de todos os tempos de processamento serem críticos, os requisitos
acima listados levarão, certamente, a uma busca do maior grau de automação possível.
Por outro lado, deve-se ressaltar que não é possível, pelo menos num horizonte
próximo, abrir-se mão da capacidade de avaliação subjetiva humana citada
anteriormente, o que leva para a necessidade de um correto balanceamento entre
recursos humanos e materiais.
3.4 - SUBSISTEMAS DE UM SISTEMA DE COMANDO E CONTROLE
Um SisC² pode possuir diversos subsistemas, de acordo com o nível ou escalão a que se
destina. Deve-se considerar a existência de, no mínimo, dois subsistemas por escalão.
3.4.1 - Subsistema de captação de dados
Composto de todo e qualquer tipo de sensor disponível (tropas em contato, aviação,
veículos aéreos não tripulados (VANT), frações de reconhecimento, radares, meios
de vigilância terrestre, unidades de guerra eletrônica, observadores avançados ou
aéreos, equipamentos meteorológicos, satélites e quaisquer outros disponíveis) capaz
de produzir conhecimento para o sistema, incluindo-se, também, os obtidos por meio
do escalão superior ou por forças amigas. Podem ser apoiados por Módulos de
Telemática (MT), destinados a permitir o fluxo de Inteligência, necessário ao
funcionamento mais eficiente do SisC².
3.4.2 - Subsistema de processamento de conhecimentos
Composto por elementos que irão agrupar, selecionar e processar os conhecimentos
provenientes do Subsistema de Captação. Poderá operar equipamentos que possuam
um Software de C², destinado a permitir maior rapidez no tratamento dos
conhecimentos necessários ao processo decisório e ao controle da execução das
decisões tomadas.
3.5 - SISTEMA DE COMANDO E CONTROLE PARA O APOIO DOS GptOpFuzNav
Um SisC² para apoio aos GptOpFuzNav deve ser estruturado de forma a atender grande
número de atividades a serem desempenhadas, bem como as peculiaridades inerentes a
estes grupamentos.
A figura 3.2 mostra uma forma de se organizar as funções de C² em um GptOpFuzNav,
agrupando-as em uma “célula de C4
I2
”.
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 3-6 - ORIGINAL
SENSOR
SENSOR SENSOR
SENSOR
Chefe da célula de C I
4 2
Representante
de segurança
das operações
Outros
representantes
Centro de
Análise de
Inteligência
Representante
das operações
psicológicas
das operações
SIAL
Representante
de assuntos civis
Representante de
Diversôes/Despistamento
Representante de
Guerra Eletrônica
Fig 3.2 - Exemplo de organização das funções de C² em um GptOpFuzNav
Neste arranjo, em forma de “Célula de C4
I2
”, o subsistema composto pelos sensores
alimenta o Centro de Análise de Inteligência (CAI) e Centro Controlador de Inteligência
de Sinais (CeCoIS). Estes mantêm uma ininterrupta análise dos dados obtidos e
procurará produzir e manter atualizada uma “representação” mais fiel possível do que
está acontecendo no “campo de batalha”. Esta imagem contemplará conhecimentos
sobre o Inimigo, as próprias forças e o ambiente operacional e servirá de base para o
trabalho de todos os demais componentes da célula de C4
I2
, compondo o subsistema de
processamento de Inteligência que, interagindo com o Centro de Operações de Combate
(COC) do GptOpFuzNav, proporá ao seu Comandante ações com o propósito de impor
ao inimigo um ritmo superior à sua capacidade de resposta.
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 4-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 4
AGÊNCIAS DE COMANDO E CONTROLE
4.1 - INTRODUÇÃO
A principal instalação de C² de um GptOpFuzNav é o Posto de Comando (PC), cuja
abordagem será detalhada no CGCFN-4201 – Manual do Batalhão de Comando e Controle.
Em cada componente do GptOpFuzNav há um PC próprio, o qual possui pessoal, material e
instalações específicas para a atividade de C². Nos escalões subordinados ao Componente de
Combate Terrestre (CCT) pode haver, também, outros PC, principalmente nos comandos das
Unidades. O PC de um GptOpFuzNav é composto de:
- Centro de Comando (CCmdo);
- Centro de Operações de Combate (COC);
- Centro de Operações Logísticas (COL);
- Centro de Coordenação de Apoio de Fogo (CCAF);
- Centro de Análise de Inteligência (CAI);
- Centro Controlador de Inteligência de Sinais (CeCoIS); e
- Centro de Mensagens (CMsg).
No COC, além da Seção de Operações, está localizada a Seção de Inteligência. Também
faz parte do mesmo o Estado-Maior (EM) especial e os Oficiais de Ligação (OLig).
O CCmdo é o local onde o Cmt permanece, recebendo a assessoria dos três centros
(COC, CCAF e COL). Em operações de escalão Brigada Anfíbia (BAnf) ou inferior,
restringe-se, normalmente, à barraca do Cmt ou, nos PC móveis, à sua viatura. No
Ccmdo, ficam o Cmt, o Chefe do Estado-Maior (ou Imediato), o Assistente, o Ajudante
de Ordens e os auxiliares pessoais do Cmt.
As Seções de Recursos Humanos e a de Logística exercem suas atividades no COL.
Saliente-se que Pessoal é uma função logística, o que é mais uma justificativa para a
união física das duas seções.
O Centro de Mensagens apóia as atividades do PC como um todo e, por esta razão, não
se encontra inserido fisicamente em nenhum dos centros, constituindo-se num espaço
físico próprio. No CMsg, é feito o controle de todo o Sistema de Comunicações, tanto
das redes internas quanto das redes externas. Contudo, para se acelerar o processo de
trâmite de mensagens, algumas redes são instaladas dentro do COC, do CCAF o do
COL e do CAI. Um sistema de comunicações por fio pode ser estabelecido internamente
no PC para ligar os diversos centros.
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 4-2 - ORIGINAL
O Oficial de Operações é responsável por integrar o COC e o COL do seu escalão. Isto
facilita o acesso do Cmt ao conhecimento e à assessoria do EM. Assim, ao invés do Cmt
receber dados isolados, transmitidos individualmente por especialistas em áreas
específicas, este poderá ter acesso ao conhecimento como um todo, sendo produzida
uma visão integrada do espaço de batalha. Isto poupa tempo e facilita o processo de
tomada de decisão.
A estrutura do COC, CCAF, COL e CAI é estabelecida para não sobrecarregar o
Comando com um volume excessivo de informações, o que poderia atrapalhar o
processo de tomada de decisão. O Comando deve receber conhecimento, não dados. O
conhecimento deve chegar ao Comando de forma integrada, coerente e objetiva, útil e
oportuna, permitindo acelerar a execução do ciclo de Boyd (OODA).
Além disso, o EM especial e os OLig formam uma Equipe Multidisciplinar, capaz de
assessorar tanto a área de Operações quanto a área de Inteligência.
A característica básica das Agências componentes do PC é serem Organizações por
Tarefa, sendo a sua composição dependente da Missão, Inimigo, Terreno, Meios e
Tempo disponível. Normalmente, o EM receberá vários apoios externos que reforçarão
estas Agências.
As Agências componentes do PC serão examinadas de forma mais detalhada, mais
adiante.
4.2 - CENTRO DE OPERAÇÕES DE COMBATE
Numa operação de guerra, é natural que o COC se transforme no centro das atenções do
PC, principalmente devido ao caráter eminentemente tático dos GptOpFuzNav.
A quantidade de conhecimentos disponíveis e que chegam durante um combate, graças
à tecnologia computacional, obrigou os componentes do EM a uma maior integração e a
uma proximidade física que permitisse a rápida troca de idéias para uma melhor
compreensão das constantes mudanças no espaço de batalha.
Devido à proximidade de suas atividades, a Seção de Operações e a Seção de
Inteligência passaram a ser aglutinadas num mesmo espaço físico, denominado Centro
de Operações de Combate.
O COC é estabelecido nos diversos escalões de um Grupamento Operativo para permitir
o exercício centralizado do Comando e Controle de todas as ações táticas e operacionais
conduzidas pelo seu Cmt. Cada unidade subordinada estabelece, ao seu nível, um COC,
sendo este o ponto terminal das redes táticas, de reconhecimento, de vigilância e de
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 4-3 - ORIGINAL
Inteligência.
Tradicionalmente, o Oficial de Operações realiza a supervisão geral do COC, em
coordenação com o Oficial de Inteligência.
Considerando as fases de uma Operação Anfíbia (OpAnf), o COC é estabelecido na fase
de Planejamento, uma vez que nesta fase já há uma reunião de Oficiais e Agências
trabalhando em conjunto.
4.2.1 - Tarefas do COC
O propósito primordial do COC é o constante e tempestivo assessoramento ao Cmt.
Aos componentes do COC são atribuídas, normalmente, as seguintes tarefas:
- monitorar e registrar as ações táticas e operacionais do GptOpFuzNav;
- receber e registrar relatórios operacionais dos elementos subordinados;
- manter cartas de situação das forças amigas e da Situação Militar do Inimigo (SMI)
constantemente atualizadas;
- preparar e encaminhar relatórios operacionais ao Cmt e, se for o caso, ao
Comandante Imediatamente Superior (COMIMSUP);
- estabelecer canais de comunicação para o tráfego de relatórios táticos e
operacionais;
- estabelecer um fluxo de ordens e decisões táticas do Comando para os elementos
subordinados e, quando determinado, para os Comandos superiores;
- acompanhar o desenrolar do combate e reportar os eventos mais significativos para
o Cmt e demais agências do PC;
- assessorar o Cmt acerca das operações futuras; e
- assessorar o CCAF quanto às ações táticas planejadas, localização de tropas amigas
e necessidades de Apoio de Fogo (ApF).
O COC deve possuir ligação direta com as unidades subordinadas e com o Comando
superior. Além da ligação rádio, o COC deve buscar, ainda, um segundo tipo de
canal alternativo de comunicações, via dados ou mesmo mensageiro, por exemplo.
No COC do Comando do GptOpFuzNav haverá um CAI, o qual centralizará a
atividade de Inteligência no âmbito do GptOpFuzNav. Os COC dos demais
componentes e unidades subordinadas não possuirão CAI, apenas Seção de
Inteligência. Excepcionalmente, poderá ser montado um segundo CAI no CCT
quando o GptOpFuzNav for nível BAnf ou em operações com grande número de
Equipes de Inteligência envolvidas.
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 4-4 - ORIGINAL
4.2.2 - Pessoal do COC
Compõe o COC:
- Oficial de Operações e militares da Seção de Operações;
- Oficial de Inteligência e militares da Seção de Inteligência (apoiados, quando for o
caso, por um CAI);
- Oficiais e auxiliares do EM especial; e
- Radio-operadores das redes Tática, de Informações (Info) e de Reconhecimento
(Recon).
O Oficial de Operações é o responsável pelas ações no COC, independente de sua
antiguidade. A ele estará subordinado o COC. Os Oficiais de Operações e de
Inteligência devem trabalhar em coordenação e cooperação.
4.2.3 - O COC e a Seção de Inteligência
As operações de Inteligência realizadas no âmbito do GptOpFuzNav deverão se
pautar na idéia de manobra e no Conceito da Operação em Terra. Para tanto, cabe ao
Oficial de Inteligência verificar junto à Seção de Operações a atualização e
pertinência dos Objetivos de Inteligência e dos Conhecimentos Necessários (CN).
Deve, portanto, haver uma estreita coordenação entre as operações de inteligência e
as operações táticas. Os conhecimentos produzidos pela Seção de Inteligência
deverão ser reportados, o mais breve possível, para a Seção de Operações.
Contudo, o responsável pela atividade de Inteligência no âmbito do GptOpFuzNav é
o Cmt. Portanto, o Oficial de Inteligência tem acesso direto ao Comando do
GptOpFuzNav, a quem cabe ter a última palavra sobre os Objetivos de Inteligência e
os CN.
Apesar de num cenário tático não ser desejável a compartimentação dos
conhecimentos operacionais, é possível que, em algumas hipóteses, os
conhecimentos sejam divulgados somente aos militares que tenham “necessidade de
conhecer”. Isto ocorrerá, normalmente, em relação a conhecimentos que:
- possuam profunda importância estratégica;
- possam afetar a Segurança Nacional; e
- abordem determinados aspectos da contra-inteligência, principalmente nas
operações de contra-espionagem.
Nestes casos, é admissível que estes conhecimentos não sejam transmitidos ao
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 4-5 - ORIGINAL
Oficial de Operações, somente ao Cmt.
A Seção de Inteligência, apesar de estar fisicamente próxima ao COC, terá
organização de cartas, arquivos, croquis e materiais próprios. Nos COC com maior
vulto e quantidade de pessoal, poderá instalar-se em compartimento adjacente, com a
finalidade de melhor controlar a compartimentação do conhecimento.
Além de comandar as operações de inteligência, cabe também à Seção de
Inteligência desenvolver as atividades de contra-inteligência, as quais também
deverão ser coordenadas com a Seção de Operações, principalmente quanto às
operações de despistamento e dissimulação, as quais devem estar coordenadas com a
idéia de manobra. É aceitável, contudo, que as operações de contra-espionagem
sejam desenvolvidas de forma isolada, sem coordenação com o resto do COC.
Um aspecto importante a ser considerado é a disseminação do conhecimento. O
Oficial de Inteligência deverá manter um fluxo constante e oportuno de
conhecimentos para:
- as agências de inteligência do escalão superior;
- o Comando;
- o CCAF e o COL;
- a célula de planejamento futuro; e
- as Seções de Inteligência dos Componentes subordinados.
Quando autorizado pelo escalão superior e pelo Cmt do GptOpFuzNav, o Oficial de
Inteligência poderá se ligar diretamente à Agências de Inteligência externas ao
GptOpFuzNav para troca de conhecimentos.
4.2.4 - O Estado-Maior Especial
O EM Especial anteriormente ficava subordinado diretamente ao Cmt da operação,
que acabava assoberbado com grande quantidade de dados que, muitas das vezes, o
afastavam das grandes decisões táticas para ocupar o seu tempo com o micro-
gerenciamento. Assim, numa organização mais moderna, o EM Especial fica
subordinado ao Oficial de Operações e ao Oficial de Inteligência, provendo
assessoria ao COC. Somente quando solicitados pelo Cmt ou pelo Oficial de
Operações proverão o seu assessoramento diretamente ao Comando. Cabe ao Oficial
de Inteligência e ao Oficial de Operações consolidar a assessoria fornecida pelo EM
Especial e passá-la ao Comando ou aos demais Centros do PC.
Os Oficiais do EM Especial provêm assessoria especializada ao PC, principalmente
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 4-6 - ORIGINAL
quanto ao emprego das Armas de Apoio ou sobre assuntos específicos do
conhecimento militar. O EM Especial também serve como elemento de ligação do
Escalão com outras Unidades, órgãos ou agências. Os Oficiais do EM Especial
podem ter auxiliares diretos, normalmente Sargentos.
São exemplos de Oficiais do EM Especial: Oficial de Assuntos Civis, Oficial de
Blindados, Oficial de Carros de Combate, Oficial do CAI, Oficial de Comunicações,
Oficial de Comunicação Social, Oficial de Defesa Anticarro, Oficial de Defesa
Química, Biológica e Nuclear (QBN), Oficial de Desembarque, Oficial de
Engenharia, Oficial de Guerra Eletrônica (GE), Oficial de Operações Especiais,
Oficial de Operações Psicológicas, Oficial de Reconhecimento, Oficial de Viaturas
Anfíbias e Oficial de Vigilância Eletrônica.
Existem outros Oficiais do EM Especial que não fazem parte do COC, podendo fazer
parte do CCAF: Oficial de Ligação com a Artilharia (OLigArt), Oficial de Ligação
do Fogo Naval (OLiFoNa), Cmt do Pelotão de Morteiro 81mm (PelMrt81mm) e
Oficial de Ligação de Aviação (OLigAv). Porém, estes oficiais deverão apoiar tanto
o CCAF quanto o COC, fornecendo o assessoramento técnico necessário ao Oficial
de Inteligência e Oficial de Operações.
Alguns dos Oficiais do EM Especial poderão assessorar também o COL em tarefas
específicas, como, por exemplo, o Oficial de Engenharia quanto ao tratamento de
água e o Oficial de Comunicações quanto ao ressuprimento das baterias dos
equipamentos de comunicação.
Havendo necessidade, um Oficial pode acumular mais de uma assessoria (ex: Oficial
de Operações Especiais e Reconhecimento). Determinadas assessorias podem ser
desmembradas devido às suas particularidades. Como exemplo, poderemos ter o
OLigAv Asa Fixa, OLigAv Asa Rotativa e OLigAv FAB.
O EM Especial provê assessoria tanto ao Oficial de Inteligência quanto ao Oficial de
Operações. Contudo, em determinadas áreas, devido às suas particularidades, os
oficiais do CAI, GE, Reconhecimento e Vigilância Eletrônica estarão ligadas
diretamente à Seção de Inteligência, apoiando o Oficial de Operações somente
subsidiariamente.
4.2.5 - Célula de Planejamento Futuro
A fluidez do combate moderno é caracterizada pelo permanente relacionamento entre
cada episódio passado, presente e futuro, resultando em um continuum em
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 4-7 - ORIGINAL
permanente evolução e fazendo com que a situação se altere a cada momento,
apresentando-se diferente daquela para a qual o plano inicial foi concebido. Além
disto, outra característica relacionada à fluidez do combate é a flutuação do ritmo e
intensidade do conflito, variando de períodos de intensa atividade bélica para fases
em que as atividades se limitam à busca de conhecimentos, ressuprimentos e
reorganização da força. Estas características do combate demandam que o SisC² da
Força esteja habilitado a prover ao comandante a capacidade de gerenciar a condução
de eventos futuros, modelando, a seu favor, os acontecimentos do campo de batalha.
A célula de planejamento futuro é organizada, normalmente, com oficiais do EM
geral e especial, com o propósito de conduzir o planejamento das operações futuras.
Nos momentos em que as operações correntes estiverem atravessando uma fase de
baixa intensidade do combate, a célula contará com os titulares das seções do EM,
ficando seus ajudantes encarregados de supervisionar as ações em andamento. Caso
contrário, a situação se inverterá, com os ajudantes sendo encarregados de planejar as
ações futuras. O comandante, que orientará a referida célula quanto aos limites a
serem considerados no planejamento futuro, aprovará o plano concebido que será
então repassado para o COC.
4.3 - CENTRO DE ANÁLISE DE INTELIGÊNCIA
O CAI é empregado para prover o apoio de Inteligência Operacional à Seção de
Inteligência do GptOpFuzNav no tocante à SMI. Este órgão integra o Componente de
Comando (CteC) do GptOpFuzNav.
4.3.1 - Tarefas
Compete ao CAI propiciar ao Cmt do GptOpFuzNav uma visão global da SMI, de
modo a garantir que ele tenha conhecimentos atualizados para interferir na manobra,
quando assim julgar oportuno. São também tarefas do CAI, em uma operação:
- reunir todo o conhecimento sobre o inimigo disponível em Banco de Dados, nas
diretivas dos escalões superiores e em fontes disponíveis para consulta;
- auxiliar na preparação das Estimativas Preliminares de Inteligência (EPI) e na
Estimativa de Inteligência da Seção de Inteligência do GptOpFuzNav, apoiado no
tocante à SMI;
- auxiliar na determinação dos CN e na preparação do Plano de Busca e do Plano de
Inteligência do GptOpFuzNav;
- auxiliar na preparação do Plano de Reconhecimento e Vigilância em coordenação
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 4-8 - ORIGINAL
com a Seção de Operações do GptOpFuzNav;
- supervisionar os trabalhos da Seção de Informações sobre Alvos (SIAL),
principalmente quanto à confecção da Lista de Alvos;
- preparar o estudo da Ordem de Batalha do inimigo;
- coordenar o emprego e as ações das Equipes de Operações de Inteligência,
supervisionando o esforço de busca;
- reunir e integrar os conhecimentos operacionais obtidos relativos à SMI;
- realizar a análise e a interpretação dos conhecimentos obtidos, produzindo
conhecimentos operacionais a partir dos dados coletados;
- comparar os conhecimentos operacionais obtidos com os existentes em seus Bancos
de Dados, buscando a sua confirmação;
- sintetizar os conhecimentos operacionais obtidos, apresentando-os ao Oficial de
Inteligência do GptOpFuzNav sob a forma de Relatórios Periódicos de Inteligência
e de Sumários de Inteligência, mantendo um fluxo constante e atualizado de
conhecimentos operacionais sobre a SMI;
- planejar o emprego das Medidas de Apoio de Guerra Eletrônica (MAGE);
- coordenar a obtenção de CN com as Forças Amigas; e
- prover o apoio de comunicações para a disseminação dos conhecimentos
operacionais para as unidades subordinadas ao GptOpFuzNav. Este apoio englobará
não só a parte da SMI, mas todo o conhecimento produzido pela Seção de
Inteligência apoiada.
Caso necessário, o CAI também poderá apoiar com meios e pessoal para a
disseminação de conhecimentos operacionais para o COMIMSUP.
4.3.2 - Ativação do CAI
O CAI será ativado, preferencialmente, antes do início do planejamento. Desta
forma, tão logo se decidida pelo emprego de um GptOpFuzNav para a solução de um
Problema Militar, o Cmt deste GptOpFuzNav e o seu EM possuirão conhecimentos
operacionais mínimos para dar início ao Processo de Planejamento Militar (PPM).
É possível, também, que ao longo do planejamento se conclua serem necessários
mais conhecimentos para que se possa chegar a uma decisão. Esta necessidade será
constatada, principalmente, quando forem formuladas Hipóteses Básicas. Neste caso,
caberá ao CAI assessorar quanto à pertinência de se organizar uma Operação de
Inteligência específica para se levantar os CN. Estas operações poderão se consistir
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 4-9 - ORIGINAL
em:
- obtenção de imagens por satélite;
- emprego de equipes de operações especiais;
- emprego de postos MAGE ou outros meios de GE;
- reconhecimento aéreo;
- utilização de VANT.
- infiltração de agentes de inteligência; e
- recrutamento de elementos pertencentes a organizações Extra-MB que disponham
de tais conhecimentos.
Ao se planejar operações de inteligência, deve-se dar preferência às operações que
possuam o menor risco de quebra do sigilo da operação principal.
4.3.3 - Composição e organização
O CAI é uma Organização por Tarefas, nucleada pelo Batalhão de Comando e
Controle (BtlCmdoCt). Sua composição básica é:
- Encarregado do CAI;
- Analista-Supervisor;
- Analista de Inteligência;
- Encarregado de Coordenação das Operações de Inteligência;
- Auxiliar de Disseminação; e
- Operador de Banco de Dados.
A composição acima será fornecida, normalmente, pelo BtlCmdoCt. Além desta
composição básica, o CAI poderá receber reforços (especialistas), oriundos de OM
da MB ou mesmo Extra-MB. A composição básica poderá, dependendo do vulto da
operação, receber os seguintes acréscimos:
- Auxiliar do CAI;
- um ou mais Analistas (de Inteligência ou de outras áreas específicas);
- Auxiliar do Encarregado de Coordenação das Operações de Inteligência; e
- um ou mais Operadores de Banco de Dados.
O CAI será reforçado por equipes de especialistas, de acordo com os fatores da
decisão (Missão, Inimigo, Terreno, Meios e Tempo disponível). São equipes que,
normalmente, poderão reforçar o CAI:
- SIAL;
- Equipe de Interrogadores e Tradutores;
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 4-10 - ORIGINAL
- Equipes de Ligação das Agências de Operações de Inteligência;
- Equipe de Observadores Aéreos;
- Equipe de Análise de Imagem; e
- Equipe de Informações Técnicas.
Comporão a Equipe de Interrogadores e Tradutores militares ou civis com
proficiência nas línguas faladas na AOp. Preferencialmente, será selecionado para
esta função pessoal que já tenha trabalhado ou viajado para o país ou região onde
será realizada a operação.
O CAI ficará subordinado diretamente ao Oficial de Inteligência do GptOpFuzNav
apoiado, integrando o CteC. A função de Encarregado do CAI será exercida,
normalmente, pelo Oficial de Inteligência do BtlCmdoCt, dependendo do nível do
GptOpFuzNav. Contudo, o Cmt do GptOpFuzNav poderá designar outro Oficial para
ser Encarregado do CAI. Neste caso, o Oficial de Inteligência do BtlCmdoCt, ou seu
substituto, exercerá a função de Ajudante do Encarregado do CAI. O Oficial de
Inteligência do GptOpFuzNav não deverá acumular as funções de encarregado da
Seção de Inteligência e Encarregado do CAI.
A Seção de Inteligência do GptOpFuzNav e o CAI ficarão localizados fisicamente
juntos, no COC do PC do GptOpFuzNav.
Estando separados fisicamente o Comando do GptOpFuzNav e o Comando do CCT,
o CAI ficará subordinado diretamente àquele. As Seções de Inteligência dos
Componentes serão apoiadas pelo CAI, que ficará centralizado, contudo, no CteC.
Em operações de maior vulto, poderá haver um pequeno destacamento do CAI no
CCT, que será responsável pela ligação entre ambos, além de prover um limitado
apoio de análise ao CCT.
4.3.4 - Responsabilidades
O Cmt do GptOpFuzNav é o responsável pelo emprego do CAI e pelas ações de
Inteligência Operacional na operação, desde a fase do planejamento.
Cabe ao Oficial de Inteligência do GptOpFuzNav supervisionar o emprego do CAI,
integrar os conhecimentos produzidos pelo CAI relativos à SMI com os
conhecimentos sobre as Características da AOp e assessorar o Cmt do GptOpFuzNav
quanto à atividade de Inteligência Operacional e Contra-Inteligência.
Quando houver, caberá ao Ajudante do Oficial de Inteligência o levantamento dos
conhecimentos relativos às Características da AOp, podendo haver, ainda, um Oficial
OSTENSIVO CGCFN-60
OSTENSIVO - 4-11 - ORIGINAL
de Contra-inteligência.
4.4 - CENTRO DE COORDENAÇÃO DE APOIO DE FOGO
O CCAF é a agência através da qual o Cmt do GptOpFuzNav planeja o emprego e
coordena as armas de apoio. O CCAF é estabelecido em todos os níveis do
GptOpFuzNav, até o escalão Batalhão, todos eles com as mesmas atribuições gerais.
Nos CCAF do Comando do GptOpFuzNav, do CCT e do Componente de Combate
Aéreo (CteCA) são estabelecidas instalações e fornecidos pessoal e equipamentos para
atender à coordenação das complexas necessidades de ApF. No escalão batalhão, o
CCAF, normalmente, tem atribuições menores no planejamento e na coordenação dos
fogos de apoio. No caso do Componente de Apoio de Serviços ao Combate (CASC), em
regra, não há necessidade de se montar um CCAF, havendo, contudo, um Oficial com
esta função dentro do COC do componente, o qual se ligará aos demais CCAF.
A Coordenação do ApF é o emprego integrado dos fogos aéreo, de artilharia, de
morteiro e naval em apoio a uma idéia de manobra. Inclui, também, o desencadeamento
de fogos convencionais e não convencionais, lançados por plataformas convencionais,
por foguetes e mísseis.
O emprego das armas anticarro (AC), antiaéreas e do Pelotão de Metralhadoras Pesadas
(PelMtrP) não é atribuição do CCAF e, sim, do próprio COC.
O CCAF do Comando do GptOpFuzNav ligar-se-á ao Centro de Coordenação das
Armas de Apoio (CCAA) da Força-Tarefa Anfíbia (ForTarAnf), nos casos em que este
for estabelecido.
Caberá ao Cmt do GptOpFuzNav indicar o oficial Coordenador de ApF (CAF) o qual,
preferencialmente, será oriundo do Batalhão de Artilharia de Fuzileiros Navais
(BtlArtFuzNav). O CAF será o encarregado do CCAF.
Caberá ao Oficial de Operações supervisionar os trabalhos do CAF e do CCAF.
O CCAF deverá ligar-se ao COC para apoiar pelos fogos a idéia de manobra e para
passar conhecimentos sobre os alvos. Deverá ligar-se ao COL para solucionar os
problemas logísticos das armas de ApF.
4.4.1 - Tarefas do CCAF
São tarefas do CCAF:
- recomendar ataques aos alvos que tenham maiores possibilidades de interferir com
a operação;
- integrar e coordenar os pedidos e o planejamento de fogos das unidades
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CGCFN-60 - Manual de Comando e Controle dos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais

  • 1. CGCFN-60 OSTENSIVO MANUAL DE COMANDO E CONTROLE DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS MARINHA DO BRASIL COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS 2008
  • 2. OSTENSIVO CGCFN-60 MANUAL DE COMANDO E CONTROLE DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS MARINHA DO BRASIL COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS 2008 FINALIDADE: BÁSICA 1ª Edição
  • 3. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - II - ORIGINAL ATO DE APROVAÇÃO APROVO, para emprego na MB, a publicação CGCFN-60 - MANUAL DE COMANDO E CONTROLE DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS. RIO DE JANEIRO, RJ. Em 12 de novembro de 2008. ALVARO AUGUSTO DIAS MONTEIRO Almirante-de-Esquadra (FN) Comandante-Geral ASSINADO DIGITALMENTE AUTENTICADO PELO ORC RUBRICA Em_____/_____/_____ CARIMBO
  • 4. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - III - ORIGINAL ÍNDICE PÁGINAS Folha de Rosto ........................................................................................................ I Ato de Aprovação ................................................................................................... II Índice....................................................................................................................... III Introdução ............................................................................................................... V CAPÍTULO 1 - O GERENCIAMENTO DO CONHECIMENTO 1.1 - Introdução....................................................................................................... 1-1 1.2 - A Guerra na era do Conhecimento ................................................................. 1-1 1.3 - Conhecimento e a Guerra de Manobra ........................................................... 1-2 1.4 - Princípios de Gerenciamento do Conhecimento............................................. 1-3 1.5 - Superando a Incerteza e a Sobrecarga ............................................................ 1-5 1.6 - O Impacto da Informação no Ciclo Decisório................................................ 1-5 CAPÍTULO 2 - A NATUREZA E TEORIA DO COMANDO E CONTROLE 2.1 - O Comando..................................................................................................... 2-1 2.2 - O Controle ...................................................................................................... 2-1 2.3 - Relação entre Comando e Controle ................................................................ 2-1 2.4 - Princípios de Comando e Controle................................................................. 2-2 2.5 - Teoria do Comando e Controle....................................................................... 2-3 2.6 - O Comando e Controle na Guerra de Manobra.............................................. 2-14 CAPÍTULO 3 - SISTEMAS DE COMANDO E CONTROLE 3.1 - Definições....................................................................................................... 3-1 3.2 - Características dos Sistemas de Comando e Controle.................................... 3-2 3.3 - Requisitos ....................................................................................................... 3-4 3.4 - Subsistemas de um Sistema de Comando e Controle..................................... 3-5 3.5 - Sistema de Comando e Controle para o Apoio dos GptOpFuzNav................ 3-5 CAPÍTULO 4 - AGÊNCIAS DE COMANDO E CONTROLE 4.1 - Introdução....................................................................................................... 4-1 4.2 - Centro de Operações de Combate................................................................... 4-2 4.3 - Centro de Análise de Inteligência................................................................... 4-7 4.4 - Centro de Coordenação de Apoio de Fogo..................................................... 4-11 4.5 - Centro de Operações Logísticas ..................................................................... 4-13 4.6 - Coordenação das Agências de Comando e Controle do GptOpFuzNav ........ 4-14
  • 5. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - IV - ORIGINAL CAPÍTULO 5 - EQUIPAMENTOS E COMUNICAÇÕES 5.1 - Considerações Iniciais..................................................................................... 5-1 5.2 - Equipamentos de Apoio ao Comando e Controle........................................... 5-2 CAPÍTULO 6 - COMANDO E CONTROLE NOS GptOpFuzNav 6.1 - Considerações Iniciais..................................................................................... 6-1 6.2 - Responsabilidades Quanto ao Estabelecimento do Sistema de Comando e Controle de um GptOpFuzNav ..................................................................... 6-1 6.3 - Princípios para o Estabelecimento do Sistema de Comando e Controle de um GptOpFuzNav.......................................................................................... 6-2 6.4 - Comunicações nos GptOpFuzNav .................................................................. 6-2 6.5 - Inteligência nos GptOpFuzNav....................................................................... 6-3 6.6 - A Organização do Comando nos GptOpFuzNav............................................ 6-4 6.7 - Comando e Controle e a Guerra de Manobra nos GptOpFuzNav .................. 6-6 6.8 - Princípios de Comando e Controle para a Guerra de Manobra nos GptOpFuzNav ................................................................................................ 6-7 6.9 - Comando e Controle e o Ciclo OODA nos GptOpFuzNav ............................ 6-8 6.10 - Comando e Controle nas Diversas Operações dos GptOpFuzNav ............... 6-9 CAPÍTULO 7 - A BATALHA DE COMANDO E CONTROLE 7.1 - Batalha de Comando e Controle ..................................................................... 7-1 7.2 - Elementos Componentes da Batalha de Comando e Controle........................ 7-1 7.3 - Aspectos da Batalha de Comando e Controle................................................. 7-4 7.4 - Guerra de Informação ..................................................................................... 7-5 CAPÍTULO 8 - MEDIDAS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE 8.1 - Considerações Iniciais..................................................................................... 8-1 8.2 - Principais Medidas de Coordenação e Controle ............................................. 8-1
  • 6. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - V - ORIGINAL INTRODUÇÃO As constantes revisões que vêm sofrendo a arte da guerra, ao longo dos tempos, impõem aos Chefes e Comandantes permanente atenção no sentido de garantir os aprimoramentos e as atualizações das políticas e doutrinas militares, bem como dos recursos materiais para a Defesa. As diferenças entre as guerras antigas e os conflitos mais recentes não se evidenciam apenas pelas máquinas de guerra, que dão visibilidade ao poder bélico, mas, também, pelas características do funcionamento das estruturas das cadeias de comando, apoiadas em sofisticada e complexa tecnologia de comando e controle. Nos tempos modernos, as cadeias de comando das estruturas militares têm passado por contínuas reestruturações, quer seja otimizando os processos decisórios para a formulação das ordens, disponibilizando dados e informações em tempo real e apresentado-os adequadamente aos que têm a responsabilidade pelas decisões, quer implementando sistemas de comunicações por voz, dados e imagem, extremamente eficazes. Os resultados desses aprimoramentos transformaram de tal forma as estruturas tradicionais das cadeias de comando que essas passaram a figurar como elementos essenciais para o exercício do Comando e, por sua vez, tornaram-se alvos preferenciais nos conflitos da atualidade. Essa evolução trouxe, para o exercício do Comando, as seguintes características: - as informações e as ordens atinentes aos conflitos e às operações decorrentes devem fluir, de forma a atingir o destino, o mais próximo possível do tempo real; - a massa de informações disponíveis para a tomada de decisão é enorme e de toda ordem, tornando o processo decisório exaustivo e complexo; - as decisões devem ser tomadas em prazos cada vez mais abreviados; e - as informações sobre o desenvolvimento das ações chegam a quem cabe decidir, como também, podem chegar, simultaneamente, a toda sociedade, devido à ação da mídia, cada vez mais competente e ávida de notícias, fazendo com que as decisões, muitas vezes, sofram a influência do julgamento quase instantâneo da opinião pública. O Comando e Controle, na acepção mais ampla, é a ciência e a arte que trata do funcionamento de uma cadeia de comando e envolve, basicamente, três componentes: - a autoridade, legitimamente investida, apoiada por uma organização de onde emanam as linhas de ação e para onde fluem as informações necessárias ao exercício do Comando; - a sistemática de um processo decisório que permite a formulação de ordens estabelece o fluxo de informações e assegura mecanismos destinados à garantia do cumprimento pleno
  • 7. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - VI - ORIGINAL das ordens; e - a estrutura, incluindo pessoal, equipamento, doutrina e instalações, necessária para a autoridade acompanhar o desenvolvimento das operações. Entende-se por Sistema de Comando e Controle o conjunto de instalações, equipamentos, comunicações, doutrina, procedimentos e pessoal essenciais para o Comandante planejar, dirigir e controlar as ações de sua organização, para que se atinja uma determinada finalidade. A estrutura deve ser suficientemente flexível para absorver acréscimos, em função das demandas presentes e dos aprimoramentos futuros. Abrange todo o pessoal, material e recursos que possibilitam e garantem o desempenho de funções como: vigilância, detecção e reconhecimento, processamento da informação, inteligência, apresentação de quadros sintéticos para auxílio à decisão, comunicações, guerra eletrônica, criptologia, guerra de comando e controle, guerra de informações e outros. Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA-411 - Manual de Publicações da Marinha como: Publicação da Marinha do Brasil (PMB), não controlada, ostensiva, básica e manual. Esta publicação substitui a CGCFN-1200 - Manual de Comando e Controle dos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais, 1ª edição, aprovada em 18 de outubro de 2005, preservando seu conteúdo, que será adequado ao previsto no Plano de Desenvolvimento da Série CGCFN (PDS-2008), quando de sua próxima revisão.
  • 8. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 1-1 - ORIGINAL CAPÍTULO 1 O GERENCIAMENTO DO CONHECIMENTO 1.1 - INTRODUÇÃO O avanço tecnológico mudou a forma de se aplicar os Princípios de Guerra. Avanços nas áreas de mobilidade, sistemas de armas, sensores e computação vão imprimindo um ritmo maior no desenvolvimento das ações planejadas em operações militares e gerando uma grande quantidade de informação. Conhecimento, atualmente, é o elemento básico que enquadra e dirige os esforços em todos os níveis decisórios. Sua importância não pode ser relevada. A eficácia do Comando e Controle (C²) reside na capacidade de um Centro de Análise de Inteligência (CAI) em transformar dados em conhecimento e na habilidade do Comandante (Cmt) em absorver este conhecimento, determinar o que é importante e tomar as decisões corretamente. O Cmt deve entender e gerenciar o conhecimento de uma forma inteligente, criteriosa e oportuna, caso contrário ficará sobrecarregado. Esta sobrecarga irá degradar a qualidade de suas decisões, de seu Estado-Maior (EM), e de sua Força com um todo. O processo de tomada de decisão e o controle da ação planejada, no cumprimento da missão, dependem de um fluxo de conhecimentos confiáveis, oportunos e precisos, tanto na vertical (Superior ↔Subordinado), quanto na horizontal (EM↔EM). Assim, o Cmt deve estruturar seu Comando, Controle, Comunicações, Computação, Inteligência e Interoperabilidade (C4 I2 ) de forma a reduzir a sobrecarga de conhecimento gerado, para o sucesso no cumprimento de sua missão. De fato, tomar e implementar decisões de uma forma consistentemente rápida oferece uma vantagem decisiva. O processo de tomada de decisão torna-se um processo onde o tempo é um recurso fundamental para ampliar o ritmo das ações. 1.2 - A GUERRA NA ERA DO CONHECIMENTO Em 1991 foi travada a chamada Guerra do Golfo. Desde o início dos combates ficou evidenciada a importância da Inteligência e das armas inteligentes. Esta guerra foi classificada como a primeira guerra da Era do Conhecimento. Foi o primeiro conflito em que forças de combate foram posicionadas, mantidas, comandadas e controladas, em grande parte por meio de comunicações via satélite. Nesta guerra, o conhecimento passou a se rivalizar com as armas e a tática em importância, mostrando que o inimigo tinha uma deficiência nos meios de C4 I2 , onde
  • 9. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 1-2 - ORIGINAL grandes quantidades de dados devem ser transmitidos e recebidos de muitas formas distintas. Armas como os mísseis balísticos são muito mais baseadas em Inteligência do que em volume de fogo, afinando muito mais a precisão e a seletividade. O conhecimento é agora o recurso essencial de destrutividade nos conflitos armados e as "estratégias do conhecimento" começam a influenciar o raciocínio militar. As forças militares precisam de soldados bem treinados que usem o raciocínio e possam lidar com a diversidade de situações que se apresentam durante o combate, tolerar ambigüidades e usar corretamente a tecnologia a seu dispor, afinal, os sistemas de armas foram criados para emprego por indivíduos com inteligência compatível ao seu uso. Precisam, também, de pesquisadores, com e sem uniforme, dedicados ao estudo do emprego das inovações tecnológicas, e do desenvolvimento de uma doutrina para o conhecimento, objetivando vencer ou evitar guerras. A definição dos componentes, a identificação das complexas inter-relações e os modelos de conhecimento a serem criados juntamente com o resultado daquele estudo irão gerar as "estratégias do conhecimento". O arcabouço para a estratégia do conhecimento está baseado em quatro funções realizadas sobre os dados: aquisição, processamento, distribuição seletiva e proteção. Como características do conhecimento, pode-se citar que é inesgotável, pode ser utilizado por ambos os lados de um conflito armado e, ao mesmo tempo, é não linear, ou seja, um fragmento de conhecimento correto pode proporcionar imensa vantagem tática ou estratégica. Isto mostra que a qualidade do conhecimento disponível em dado momento pode representar um ponto de inflexão na guerra. É importante deixar claro que a forma de guerra dominante não será aquela definida por satélites, robôs ou armas inteligentes. O elemento comum que une todas estas tecnologias não é material, é intangível e chama-se conhecimento. A maturidade da guerra acontecerá quando estiverem maduras as estratégias de conhecimento e estas se tornarem competitivas. 1.3 - CONHECIMENTO E A GUERRA DE MANOBRA Conhecimento é um elemento de poder que influencia as interações diplomáticas e políticas entre as nações, sendo de importância vital para o Sistema Nacional de Defesa. O uso criativo da mídia permite a atuação no campo psicossocial, auxiliando na consecução dos Objetivos Nacionais em todas as fases de um conflito. Este enfoque acaba por influenciar as Operações Militares.
  • 10. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 1-3 - ORIGINAL O emprego da Guerra de Manobra e de Operações Combinadas inclui o uso do conhecimento para impactar psicologicamente o Cmt inimigo. O Comandante aplica a Guerra da Informação para desestabilizar os sistemas operacionais e de comunicação do inimigo. As ações de Guerra da Informação têm a finalidade de destruir, desativar, retardar ou confundir os Sistemas de Comando e Controle (SisC²) do inimigo pelo ataque deliberado à sua lógica operacional. Quando ativado um Teatro de Operações ou um Comando Combinado, seu Centro de C4 I2 proverá as facilidades aos EM envolvidos no planejamento militar, na formulação e emissão das ordens e no controle das operações militares. As Forças adjudicadas a esse grande comando terão seus próprios centros de C4 I2 , que farão parte da estrutura do SisC² decorrente. 1.4 - PRINCÍPIOS DE GERENCIAMENTO DO CONHECIMENTO A incerteza é uma realidade da guerra aumentada pela sobrecarga de dados gerados com os modernos meios tecnológicos. O Cmt tem que evitar a sobrecarga de conhecimentos gerados, focando-se naqueles conhecimentos que transmitem sua influência sobre suas forças e sobre o inimigo. As ordens devem ser claras, precisas e concisas, de forma que os seus subordinados depreendam, rapidamente, os efeitos desejados. O gerenciamento do conhecimento é baseado em princípios que governam a sua qualidade e o seu fluxo. Estes determinam a eficácia de uma estrutura de C². A qualidade do conhecimento amplia a reação dos combatentes e de seu equipamento ao reduzir a ambigüidade e as dúvidas, transmitindo, exatamente, a intenção do Cmt. Um fluxo efetivo move o conhecimento de cima para baixo, unificando, para toda a força, o foco do esforço; de baixo para cima, permitindo monitorar a execução da ação planejada; e lateralmente, entre forças adjacentes, mantendo a unidade de procedimentos. Um conhecimento de qualidade deve ser: - Oportuno - estar disponível no lugar certo e na hora certa. O estabelecimento de procedimentos e os planejamentos do fluxo de conhecimentos, decisões oportunas e sistemas automatizados são essenciais para que o conhecimento chegue ao destino a tempo; - Preciso - o conhecimento deve ser correto e expressar a situação real. Sistemas automatizados coletam, transportam e processam conhecimentos com alta precisão,
  • 11. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 1-4 - ORIGINAL mas sem julgamento. Para melhorar a exatidão, os combatentes devem ser treinados em quando e como inserir um julgamento de valor nos dados produzidos pelos Sistemas de Inteligência; - Completo - o atendimento aos requisitos críticos de Inteligência para o comando é essencial para manter o foco do esforço e evitar sobrecarga do SisC²; - Claro - o conhecimento deve ser imparcial, sem distorções e livre de ruídos ou restrições; - Utilizável - o método de apresentação deve ser compreendido e apoiar o usuário. A tela de apresentação deverá conter, no mínimo, os termos usuais do Procedimento Fonia, símbolos e outros formatos padronizados; e - Relevante - o conhecimento deve ser conexo com a missão, às tarefas ou de interesse e utilidade para o receptor. O fluxo de conhecimento deve ser: - Propriamente Posicionado - os conhecimentos que um Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais (GptOpFuzNav) necessita são, em sua maioria, previsíveis. Desta forma, disponibilizar o conhecimento necessário antecipadamente, acelera o fluxo e reduz a demanda e a sobrecarga dos canais de comunicações; - Móvel - um fluxo confiável e seguro dever ser compatível com a mobilidade do GptOpFuzNav e com o ritmo da Operação em curso. O fluxo de conhecimento deve ser capaz de ser ajustado de imediato para suportar as mudanças de configuração da tropa empregada, tanto na vertical quanto na horizontal; - Acessível - todos os níveis de comando devem ser capazes de acessar os conhecimentos necessários para apoiar o planejamento paralelo ou concorrente e o cumprimento da missão. O envio de conhecimento de forma automática para o receptor é sempre desejável, reduzindo o seu manuseio e aumentando a rapidez na transmissão; e - Integrado - o conhecimento é recebido de várias fontes e por diferentes meios e formatos distintos. A integração do conhecimento é a composição lógica a partir de múltiplas fontes em um sumário claro, preciso e completo. O objetivo é a redução do fluxo ao mínimo necessário e a formatação da informação de maneira que possa ser rapidamente assimilada pelo combatente, produzindo um entendimento comum da situação. O conhecimento, apropriadamente integrado e apresentado, de forma oportuna e no local exato, auxilia o Cmt ao reduzir a incerteza da guerra.
  • 12. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 1-5 - ORIGINAL 1.5 - SUPERANDO A INCERTEZA E A SOBRECARGA Dois fatores governam o nível de incerteza: a complexidade da missão e a quantidade de conhecimento necessário para aumentar a certeza das decisões. Estes dois fatores são diretamente proporcionais. Se o Cmt e seu EM tivessem disponíveis todo o conhecimento necessário em um determinado momento da batalha, ainda sim, a neblina e a fricção do combate estariam presentes porque seria humanamente impossível absorver todo o conhecimento em um dado momento. Assim, apenas uma fração da quantidade de conhecimento disponível durante o combate pode ser obtida, enviada e processada pelo SisC², oportunamente. A incerteza do Cmt pode ser reduzida por meio da utilização de um conhecimento profissional, treinamento e experiência. É importante lembrar que a incerteza do inimigo é igual ou superior à nossa. Para reduzir sua demanda por conhecimentos, o Cmt utiliza os Conhecimentos Críticos. Esta é uma ferramenta essencial utilizada pelo Cmt para preparar o espaço de batalha e formar os alicerces para o sucesso no combate. Com a utilização desta ferramenta é possível identificar as vulnerabilidades críticas do inimigo e de suas próprias forças, influenciar nas decisões, estabelecer ações decisivas, criar vulnerabilidades nas forças inimigas, atingindo a vitória ou evitando o fracasso. Para assegurar a qualidade e o fluxo de informações, o Cmt canaliza recursos limitados através dos seus Requisitos Críticos de Informação para o sucesso da missão do GptOpFuzNav. Esses requisitos têm o propósito primário de evitar a geração de informação irrelevante e a sobrecarga de informações. A quantidade de Requisitos Críticos de Informação deve ser minimizada de forma a permitir o emprego dos limitados meios de C4 I2 eficazmente. 1.6 - O IMPACTO DA INFORMAÇÃO NO CICLO DECISÓRIO A Decisão é a contribuição mais importante do Cmt para o SisC2 . É um processo em que o tempo é um fator crítico e que depende da qualidade e do fluxo de informações críticas. Durante o ciclo decisório, o Cmt monitora a execução ao coletar e processar as informações críticas; sente a situação por meio de sua observação pessoal; processa as informações críticas apoiado em seus conhecimentos; compara a situação corrente com o estado desejado do cumprimento da missão; decide baseado em ferramentas manuais e automáticas de apoio à decisão e implementa a sua decisão disseminando informações
  • 13. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 1-6 - ORIGINAL para os diversos escalões. A informação dita a necessidade por decisões, gerando mais informações, criando um ciclo. As decisões são baseadas na antecipação de eventos e são influenciadas por fatores intangíveis como a situação individual e as habilidades profissionais do Cmt, na sua experiência e na sua capacidade de medir e minimizar os riscos. Assim, o processo de tomada de decisão pode ser visto como um intervalo limitado pela decisão mais perfeita de um lado e pela decisão intuitiva do outro. A decisão perfeita requer um estilo analítico e estrito de tomada de decisão. O EM coleta toda a informação e, metodicamente, revê todos os aspectos da missão em detalhes, elaborando cuidadosamente várias linhas de ação (LA). O Cmt analisa cada uma delas e decide após um completo processo, observando a Adequabilidade, Exeqüibilidade e Aceitabilidade de cada uma das LA. O risco é baixo, uma vez que o Cmt pode executar todas a etapas do processo decisório detalhadamente. A decisão intuitiva está no outro extremo do intervalo. Ela requer um estilo estrito, rápido e altamente perspicaz de tomada de decisão. O EM coleta e revê apenas as Informações Críticas. É um processo acelerado onde o Cmt deve se apoiar em suas habilidades e seus conhecimentos profissionais, e na sua “intuição”, a fim de reconhecer padrões em uma situação caótica. Hipóteses e seus riscos associados são formuladas e melhoradas com as Informações Críticas. Uma decisão que pareça satisfatória para aquela situação é empregada. Esta pode não ser a decisão perfeita, aumentando o risco, uma vez que o Cmt estará lidando com elevado nível de incerteza. Nenhum dos dois processos acima descritos pode ser inteiramente aplicado. O processo decisório ocorre entre um e outro extremo. A diferença entre eles está no nível de risco e na disponibilidade de tempo. A Guerra de Manobra demanda que o Cmt e os Comandantes subordinados tomem boas decisões baseadas em suas habilidades e experiências profissionais e nas suas “intuições”. As decisões ocorrem rapidamente de forma a manter um acelerado ciclo decisório. As atividades mais rotineiras e que consomem tempo do EM são executadas ao mínimo possível. A fim de implantar um estilo direto de controle, o Cmt do GptOpFuzNav delega autoridade ao permitir que os detalhes de suas decisões sejam consolidados e implementados pelos Cmt das Forças Subordinadas. Portanto, o controle direto é
  • 14. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 1-7 - ORIGINAL essencial para a Guerra de Manobra e esta requer que os Cmt subordinados entendam e apliquem o segundo tipo de processo decisório. O Cmt do GptOpFuzNav assegura-se que os Cmt subordinados treinem, rotineiramente, para operar em um ambiente de incerteza e aprendam e exercitem o processo intuitivo de tomada de decisão. O resultado é um GptOpFuzNav capaz de reduzir o tempo de execução do processo decisório e ampliar o ritmo das operações. O treinamento deste tipo de processo irá aumentar a integração entre as forças e facilitar a divulgação da intenção do Cmt.
  • 15. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 2-1 - ORIGINAL CAPÍTULO 2 A NATUREZA E TEORIA DO COMANDO E CONTROLE 2.1 - O COMANDO Existem inúmeras definições para Comando, todas possuindo diversos pontos em comum. Basicamente, pode-se entender o Comando como a autoridade decorrente de leis e regulamentos, atribuída a um militar para coordenar e controlar uma tropa, em qualquer nível, em razão de um posto e função. Assim, o Comando faz parte da dimensão humana da natureza da guerra. O elemento humano em comando possui um grande potencial para produzir atitudes criativas e decisivas capazes de uma rápida adaptação às constantes mudanças de situação. Quando este elemento não está corretamente capacitado, poderá tomar atitudes que limitem a possibilidade de sucesso nas manobras militares. Quando corretamente capacitado, possuirá a habilidade de avaliar uma situação, se antecipar ao curso dos acontecimentos, determinar o que é crítico, tomar uma decisão e avaliar os risco decorrentes. 2.2 - O CONTROLE O Controle é definido como o ato ou efeito de acompanhar a execução de qualquer empreendimento, de forma a não permitir que ele se desvie do propósito estabelecido, através da avaliação permanente e correlação das atividades desenvolvidas. A autoridade de comando é estendida por meio do controle, para ligar a tomada de decisão à execução. 2.3 - RELAÇÃO ENTRE COMANDO E CONTROLE Comando e Controle (C²) é o exercício da autoridade e direção por um comandante, sobre forças envolvidas no cumprimento de uma missão. O comandante usa o Controle para estender sua autoridade, implementando-o por meio da organização do seu SisC². O Comando é o exercício da autoridade e o Controle é a realimentação sobre os efeitos da decisão tomada. Esta realimentação possibilita que: - o C² seja um processo cíclico e contínuo e não uma seqüência de ações discretas; - o Comandante não fique fora do sistema, tornando-se parte integralmente da complexa rede de influência. Este processo deve ser baseado na cooperação, tornando-se dinâmico e interativo, com a participação de todos, exercendo influência uns sobre os outros, tanto vertical quanto horizontalmente. A figura a seguir mostra a diferença entre a atual e a antiga visão de C².
  • 16. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 2-2 - ORIGINAL Visão antiga Visão atual COMANDANTE COMANDANTE FORÇAS SUBORDINADAS FORÇAS SUBORDINADAS Comando Intenção Orientação Feedback (realimentação) & Avaliação (via C ) 2 Controle Comando Fig 2.1 - Comando e Controle Pela antiga visão, o comando e o controle operavam, de forma rígida, em um único sentido, ou seja, na direção do subordinado. O entendimento era de que se alguém estava no “comando”, deveria estar também no “controle”. Aqueles que estavam “no controle” ditavam ordens para os que estavam “sob controle” e estes deveriam responder rápida e precisamente. Atualmente, essa inter-relação tornou-se mais dinâmica. No combate moderno, deve-se aceitar que o controle não é a única finalidade do C². A guerra nos tempos atuais exige que o subordinado reaja de acordo com o propósito do superior, em um ambiente de incertezas e desordem, sem perder a iniciativa. 2.4 - PRINCÍPIOS DE COMANDO E CONTROLE O C² é influenciado por muitos fatores, como a natureza da guerra, a incerteza, o tempo e os sentimentos dos seres humanos. Nos dias atuais, não tem sido possível antecipar quando e onde surgirá a próxima crise, por isso, o C² deve estar preparado para funcionar em qualquer ambiente. Aprimoramentos tecnológicos em mobilidade, alcance, letalidade e coleta de dados continuam a comprimir tempo e espaço, forçando os ritmos operacionais e criando grande demanda por Inteligência. Além disso, as forças militares podem se mover mais rápido, cobrindo distâncias cada vez maiores e engajando o inimigo cada vez mais longe, resultando em uma grande dispersão dessas forças. O resultado são situações
  • 17. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 2-3 - ORIGINAL instáveis e uma maior ênfase em C². Atualmente, a tecnologia assume um papel preponderante no C², contudo, esta mesma tecnologia possui limitações e produz certos riscos. Por isto, é um erro pensar que a tecnologia pode resolver todos os problemas de C², pois sempre surgem complicações, efeitos colaterais ou aparecem contramedidas, sem se falar no perigo de um volume excessivo de dados. As instalações de C² se tornam cada vez mais vulneráveis, não só fisicamente como também estão passíveis de sofrerem interferências, monitoração e penetrações. Ao utilizar a tecnologia, deve-se evitar a ilusão de poder alcançar a certeza e a precisão na guerra. Comunicações Implícitas - a cooperação é essencial em qualquer operação militar. Devido à necessidade de se buscar minimizar o uso de medidas de controle restritivas e de instruções excessivamente detalhadas para os subordinados, tem-se que encontrar uma forma de gerar cooperação. Uma das formas de se conseguir isto é por meio do incentivo ao uso de comunicações implícitas com os subordinados. Este tipo de comunicação é fruto do compartilhamento de um entendimento comum a respeito de determinada situação. Este entendimento comum gera o sentimento de equipe, a confiança mútua e permite a harmonia das ações. Essa habilidade, no entanto, não surge automaticamente. Ela, normalmente, decorre da constante participação da mesma equipe em inúmeros exercícios e adestramentos. 2.5 - TEORIA DO COMANDO E CONTROLE Como o campo de batalha se caracteriza pela incerteza entre as forças em confronto, a aplicação efetiva do poder de combate exige decisões oportunas, coordenação permanente entre os diversos escalões empregados e conhecimento a respeito do inimigo e da área de operações, bem como a faculdade de transmitir e receber tais dados, além de ordens e instruções. Estas necessidades são tão antigas quanto a arte da guerra, variando seu valor com o nível de desenvolvimento tecnológico e doutrinário, aliados às circunstâncias históricas das épocas consideradas. Nos dias atuais, a elevada tecnologia, a alta letalidade dos armamentos e o ritmo veloz das operações vêm demandando uma constante otimização das atividades de C4 I2 , integrados de forma sistêmica e apoiados em meios eletrônicos de elevada capacidade. Serão apresentadas a seguir considerações básicas sobre os aspectos teóricos relacionados à atividade de C².
  • 18. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 2-4 - ORIGINAL 2.5.1 - O Ciclo de Boyd O Ciclo de Boyd é o ponto de partida para o estudo da teoria do C². Este ciclo representa o próprio processo de comando e controle ao demonstrar que em combate as ações são desenvolvidas na seqüência - Observação – Orientação – Decisão – Ação (OODA) - de uma forma cíclica conforme mostra a figura abaixo. Fig 2.2 - Ciclo de Boyd Na primeira etapa do ciclo, o comando observa a ocorrência de uma mudança no curso dos ações de combate; na segunda, o comandante e seu EM orientam-se acerca dos novos acontecimentos, formando uma imagem mental atualizada da situação tática; na terceira etapa, chega-se à decisão da conduta a ser desenvolvida; e na última, são implementadas as ações decorrentes da decisão tomada, voltando-se à etapa da observação para um novo ciclo. A realização de um ciclo de menor duração por nossas forças, sempre comparativamente ao inimigo, fará com que este não consiga concluir adequadamente seu próprio ciclo, pois a sua orientação será prejudicada, e/ou sua conduta se tornará inoportuna ou inapropriada, fruto da alteração provocada por nossas forças na situação inicial. O ritmo e a velocidade constituem os elementos básicos para o funcionamento eficaz
  • 19. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 2-5 - ORIGINAL de um sistema de C², pois eles conferem rapidez ao Ciclo de Boyd. É importante diferenciar ritmo de velocidade. O ritmo está associado à rapidez em relação ao tempo, enquanto velocidade associa rapidez ao espaço físico. Neste sentido, um eficaz sistema de vigilância e alerta permite que o comando observe mais rapidamente as alterações da situação de combate, um EM adestrado orienta-se em pouco tempo e oferece ao comandante elementos atualizados e suficientes para uma rápida tomada de decisão. Estas três primeiras etapas do ciclo OODA conferem ritmo ao processo de C². Após a decisão, a força deve ser ágil ao colocar em prática o que foi decidido. Nesta etapa, existe uma ênfase maior à velocidade, para que nossa força apresente uma situação inusitada ao inimigo, antes que ele faça o mesmo conosco. A rapidez no exercício das atividades de C² é essencial para se ter um ciclo OODA mais eficiente que o do Inimigo e, assim, obter-se uma vantagem tática. Isto pode ser conseguido aumentando-se a rapidez: - da coleta de dados pelo sistema de Inteligência; - de tramitação de mensagens pelo sistema de comunicações; - do processamento e análise de conhecimento pelas Agências de C²; - da coordenação das ações entre as Agências de C²; - do processo de tomada de decisão e de planejamento; e - da disseminação das ordens e dos conhecimentos operacionais obtidos. Uma das ferramentas capaz de aumentar a rapidez das tarefas acima é a Informática. Postos de Comando (PC) informatizados, ligados por redes de dados locais e conectados com outros escalões por rádio (usando meios digitais para a comunicação de dados), são capazes de otimizar o ciclo OODA. Um sistema de comunicações eficiente e confiável, com moderado fluxo de mensagens, também contribui para a rapidez do ciclo OODA. Por outro lado, um sistema de comunicações saturado, ou com contatos intermitentes ou interrompidos, poderá paralisar este ciclo. A dinâmica do Ciclo de Boyd reside, portanto, em gerar ritmo e velocidade às ações, um fator decisivo da vitória na guerra e essencial para um eficiente C². No ciclo de Boyd, a fase da orientação exerce uma grande influência sobre o ciclo como um todo, sendo, portanto, uma etapa crítica do processo decisório. É na fase da orientação que o Comandante cria a imagem mental sobre a situação. Sem
  • 20. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 2-6 - ORIGINAL orientação, não há comando e, conseqüentemente, controle. 2.5.2 - Teoria da imagem Como os seres humanos entendem mais facilmente determinado assunto, quando montam um quadro mental sobre ele, deve-se sempre procurar apresentar nossas informações e/ou estimativas sob a forma de imagens e não somente de textos. No Ciclo de Boyd, como mencionado, a geração da imagem corresponde à fase da orientação. A imagem não deve ser apresentada baseada apenas nos fatos da situação, mas, também, na interpretação destes fatos, levando-se em consideração a apreciação sobre eles, a intuição, os julgamentos, etc. Isto refletirá o adestramento, as concepções e as experiências passadas. Por outro lado, se o propósito é o de preservar nossas ações e surpreender o inimigo, deve-se sempre tentar formar uma imagem falsa na mente deste ou, pelo menos, criar uma imagem confusa. Medidas de contra-inteligência e despistamento são usadas para atingir este propósito, por exemplo. Quanto mais alto o escalão, maior a dependência do que é transmitido pelos escalões subordinados; quanto mais baixo, maior a dependência de nossas próprias observações. Isto pode gerar alguns problemas: - ao observar-se uma situação, tem-se uma apreciação intuitiva sobre o nível de incerteza e age-se de acordo com ela. Quando se recebe a situação de alguém, usualmente perde-se aquela intuição ou tem-se dificuldade em fazer um quadro de juízo. Em ambientes de alta tecnologia, onde o conhecimento chega rapidamente e de formas diferentes, isto é particularmente perigoso; - normalmente, há mais facilidade para se entender uma observação do que transmitir nosso entendimento sobre ela; - todo o conhecimento, ao ser transmitido, sofre um processo de distorção; e - o próprio conhecimento, ao transitar através dos diferentes níveis, sofre certo atraso até chegar ao destinatário final, o que pode ser crítico se quer gerar ritmo no SisC². Em geral, necessita-se, qualquer que seja o escalão considerado, de três diferentes tipos de imagens: - imagem aproximada da situação, fruto da observação pessoal e experiência. Com ela, o Comandante pode entender o que os subordinados estão vivenciando; - imagem geral da situação, de modo a permitir ao Comandante ajustar e/ou organizar suas forças, identificar os desdobramentos e avaliar as diferenças entre o
  • 21. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 2-7 - ORIGINAL presente e o futuro desejado; - a terceira imagem consiste em olhar para a situação através dos olhos do inimigo. Tenta-se deduzir suas ações ou mesmo suas intenções. Dependendo do nível, as três imagens podem ser geradas simultaneamente, tanto para uma esquadra de tiro (ET) como para um piloto de ataque. Altos escalões, no entanto, possuem dificuldade em conciliar a necessidade tanto por uma imagem aproximada como por uma geral. A primeira pode ser satisfeita pela observação pessoal junto às unidades em contato, enquanto a segunda é satisfeita nos postos de comando. 2.5.3 - A hierarquia do conhecimento Na conceituação aqui apresentada, tem sido feita referência ao termo conhecimento de modo genérico, abrangendo todas as maneiras de descrição ou representação de algum fato, indo desde um dado até uma apreciação sobre certo assunto. Conhecimento é tudo aquilo passível de percepção, apreensão e análise pela mente humana. Contudo, sabe-se que existem quatro importantes classes de conhecimento que influenciam o C². São elas: a) Dado É qualquer representação de um fato ou de situação que não decorra do emprego da metodologia para a produção do estudo de inteligência. É a classe mais básica de conhecimento, compreendendo qualquer representação de um fato ou situação, antes de sofrer uma avaliação. Exemplos: sinais de rádio captados por um sensor, transmissão de dados por computador, equipamento capturado, etc. b) Informe É a narração de um fato ou situação, passado ou presente, à qual foi aplicada a técnica de avaliação de dados. Assim, o Informe é um Dado que recebeu um juízo de valor quanto à sua credibilidade. Por exemplo, um relatório de situação é um informe. c) Estudo É a representação de um fato ou de uma situação, real ou hipotético, produzido em uma Agência de C² mediante a aplicação de uma metodologia própria. São divididos em três espécies: Informação, Estimativa e Apreciação. d) Conhecimento operacional É o fato ou situação de interesse imediato para o planejamento e a execução de
  • 22. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 2-8 - ORIGINAL uma operação, com alcance limitado no tempo e no espaço, especificamente aqueles referentes às características da Área de Operações (AOp) e à Situação Militar do Inimigo. Algumas vezes, a diferença entre as classes não é muita clara, especialmente entre dado, informe e informação. Entretanto, o que importa são as influências que o conteúdo dessas classes de conhecimento podem trazer para a condução de nossas operações, de modo a oferecer ao comandante uma idéia clara da situação e assessorá-lo nas decisões. Em vista do exposto, fica clara a preponderância das informações, apreciações e estimativas sobre os informes e dados. Assim, não é objetivo do C² o processamento e difusão de uma vasta quantidade de dados e informes, pois se corre o risco de sobrecarregar o processo decisório. O objetivo é gerar informações e estimativas que levem a um entendimento do problema militar, apresentando-as de maneira a facilitar sua assimilação e difusão, ou seja, através de imagens. 2.5.4 - O espectro do Comando e Controle Sendo a incerteza um fato comum na guerra, procura-se resolver este problema de dois modos: perseguindo a certeza como base para um efetivo C²; ou aceitando a incerteza como inevitável e aprendendo a operar a despeito dela. A primeira solução implica em um poderoso e altamente eficiente aparato de C², resultando em um sistema detalhado e altamente desenvolvido tecnologicamente. O detalhamento leva o sistema a ser coercitivo, formal, centralizado, lento na resposta a qualquer tipo de mudança da situação e a inibir a iniciativa. O fluxo de informações vem do topo para a base da organização e a disciplina e a coordenação são impostas pelos altos escalões. Apesar da desconfiança não ser uma característica inerente do sistema, ela ocorre com freqüência. Na segunda solução, o sistema, ao aceitar a incerteza da guerra, procura reduzir o nível de certeza de que se necessita. Isto é feito pela atribuição de tarefas pelo efeito desejado, não se limitando à iniciativa do subordinado, e dando-se ênfase ao efeito desejado do superior. A unidade de esforço não é produto de imposição, mas da cooperação espontânea de todos. A iniciativa não é apenas maior, ela é parte integrante do sistema e a disciplina imposta é reforçada pela auto-disciplina. Entretanto, tal tipo de comando e controle requer um alto grau de liderança em todos os níveis, além de instrução e adestramento.
  • 23. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 2-9 - ORIGINAL No segundo sistema, os planos tendem a ser simples e flexíveis. A descentralização é uma regra, assim como a informalidade. O sistema se adapta a novas situações com mais rapidez e o tempo para tomada de decisões é menor, o que significa acelerar o ritmo do Ciclo de Boyd. Na prática, nenhum comandante se baseará, inteiramente, em um ou outro tipo de C². O tipo adequado depende de vários fatores, como o inimigo, tarefas, qualidade de nossas tropas, etc. Contudo, isto não quer dizer que os dois tipos sejam equivalentes e meramente fator de uma opção pessoal. O tipo detalhado é apropriado para tarefas repetitivas, mas não para ações militares em ambientes de fricção, incerteza e violência. Podemos resumir a aplicabilidade dos dois conceitos através da seguinte figura: CONTROLE PELO EFEITO DESEJADO COMANDO E CONTROLE CONTROLE DETALHADO 1. ASSUME QUE A GUERRA É: - Probabilística; e - Imprevisível. 2. ACEITA A DESORDEM E A INCERTEZA 3. DESCENTRALIZADO 4. ESPONTANEIDADE 5. INFORMAL 6. AUTO-DISCIPLINA 7. COOPERAÇÃO 8. FLUXO DE INFORMAÇÃO EM TODAS AS DIREÇÕES 9. INTERATIVO 10. LIDERANÇA 11. DELEGAÇÃO 12. BUSCA SOLUÇÕES SATISFATÓRIAS 13. ARTE DA GUERRA 1. ASSUME QUE A GUERRA É: - Determinística; e - Previsível. 2. PROCURA A ORDEM E A CERTEZA 3. CENTRALIZADO 4. COERÇÃO 5. FORMAL 6. DISCIPLINA IMPOSTA 7. NÃO INTERATIVO 8. INFORMAÇÕES DO TOPO PARA BAIXO 9. OBEDIÊNCIA 10. AUTORITARISMO 11. IMPOSIÇÃO 12. BUSCA SOLUÇÕES ÓTIMAS 13. CIÊNCIA DA GUERRA Fig 2.3 - O espectro do Comando e Controle 2.5.5 - Teoria da organização A organização é uma importante ferramenta no C². O modo como se organizam nossas forças pode facilitar ou complicar nossas ações.
  • 24. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 2-10 - ORIGINAL Ao se organizar nossas forças por tarefas em elementos subordinados e ao especificar suas tarefas, organiza-se também nossa missão em partes gerenciais. Assim, a organização deve refletir a organização conceitual do plano concebido. Entretanto, o quê a organização deve fazer por nós? Primeiro, estabelecer a cadeia de comando e as relações de comando e apoio no interior da força, atribuindo responsabilidades e autoridade por toda a força, dentro da esfera de influência de cada comandante. Segundo, deve estabelecer unidade de comando, o que significa que qualquer ordem recebida é responsabilidade de um único comandante. Da mesma forma, um comandante recebe ordens de um só superior. Além disso, o comandante deve ter acesso a todos os recursos necessários ao cumprimento da ordem recebida. A organização também serve para prover fontes de identificação social para seus membros. Por exemplo: os soldados da ET se sentem, primeiramente, como membros da ET, depois como membros do Grupo de Combate (GC), depois como do Pelotão (Pel), etc. O Comandante e seu EM, junto com seus subordinados imediatos, constituem uma equipe integrada, coesa e comprometida com o cumprimento de sua missão. A organização funciona melhor quando seus membros pensam, neles mesmos, como pertencendo a um ou mais grupos com altos níveis de lealdade, cooperação e comprometimento com a tarefa do grupo. Esses grupos devem agir como um organismo simples, caracterizado pela cooperação, influência recíproca, comunicação vertical e lateral, e realimentação contínua. Seus membros executam tarefas diferentes, mas sempre com vistas à consecução da tarefa da equipe. Os comandantes devem sempre ser membros de duas equipes: em uma como mais antigo e em outra como subordinado. Como se sabe, a organização não deve sobrecarregar o comandante com um grande número de subordinados ou atividades. Contudo, diminuir a amplitude de controle, ou seja, o número de subordinados imediatos, significa uma organização mais vertical, tornando o fluxo de informações ou a realimentação mais lenta. Por sua vez, se procura tornar a organização mais horizontal, aumenta-se a amplitude de controle, o que requer maior habilidade dos subordinados diretos. Finalmente, a organização deve ser aplicada também às informações. A informação, normalmente, flui verticalmente através da cadeia de comando, mas não deve estar restrita por esta
  • 25. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 2-11 - ORIGINAL cadeia. Ela deve fluir para os lados e também na diagonal - entre um pelotão e uma companhia adjacente, por exemplo. Deve fluir de maneira informal e extra- oficialmente - entre indivíduos, de acordo com relações pessoais - assim como de acordo com os canais estabelecidos oficialmente. Estes canais informais completam os formais e são importantes para a formação do “espírito de equipe”. 2.5.6 - Teoria da comunicação Em geral, organizações eficazes e eficientes são caracterizadas por intensas e espontâneas comunicações, ou seja, livre e entusiástica partilha das informações por toda a organização. Além disso, comunicação possui também uma função social, estreitando os laços no interior da organização e fortalecendo a cooperação, a confiança e o entendimento mútuos. Na visão tradicional da comunicação, o subordinado deve suprir o superior com informações sobre a situação e este deve suprir o subordinado com decisões e instruções. Esta forma linear de comunicação pode ser consistente para uma forma detalhada de comando e controle, mas não para um sistema baseado em tarefas por efeito desejado, que requer comunicações interativas, caracterizadas por uma contínua realimentação. É esta realimentação que permite aperfeiçoar e confirmar entendimentos mútuos, tanto verticalmente quanto horizontalmente, tornando a organização menos vulnerável a um corte de comunicações. Além dos modos tradicionais de comunicação, pessoas podem se comunicar de modo implícito, o que significa atingir entendimento mútuo e cooperação com um mínimo de informações sendo transmitidas. Para isso, é preciso uma estreita ligação entre comunicações implícitas e confiança mútua, o que ocorre como conseqüência de imagens ou impressões que cada indivíduo guarda na memória, após repartir as mesmas experiências da mesma maneira. É claro que esse sistema terá uma certa dose de redundância. Contudo, se concisão é uma virtude, a redundância, algumas vezes, também pode ser. Ela pode aumentar a clareza do significado e ajudar no caso de problemas no sistema de comunicações. Assim, comunicações efetivas exibem um equilíbrio entre concisão e redundância e, em geral, quanto maior o entendimento implícito, menor será a necessidade de redundância na organização. Apenas como curiosidade, estudos demonstraram que, nos dias de hoje, os seres humanos se comunicam mais, quando face a face, primeiro por gestos; em segundo,
  • 26. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 2-12 - ORIGINAL pelo tom ou inflexão da voz; e, por último, pelas palavras que proferem. 2.5.7 - Teoria do gerenciamento da informação Como um sistema de comando e controle eficiente e eficaz está sempre voltado para obter a informação certa, para a pessoa certa e no tempo certo, o gerenciamento das informações é crucial para isto ser possível. Este gerenciamento pode ser enquadrado em dois princípios básicos: - por pressão; e - por demanda. No gerenciamento por pressão, a informação é pressionada desde a fonte até o utilizador, seja porque a mesma se tornou disponível ou de acordo com uma agenda ou esquema. As vantagens deste princípio são: - o comandante não necessita solicitar a informação; e - a informação, geralmente, chega no tempo certo. O desafio é antecipar as informações que o comandante necessitará. E o perigo é sobrecarregar o fluxo de informações. Ao contrário, o princípio de gerenciamento por demanda não está baseado na habilidade de antecipar necessidades por informações. Ele permanece inativo até que surja um pedido, cabendo ao usuário gerar as necessidades. Caso a informação esteja disponível, a demanda pode ser rapidamente satisfeita. Se não estiver, desencadeará uma sucessão de pedidos até atingir o nível apropriado para a coleta, o que pode levar algum tempo, o que é uma desvantagem. Uma resposta pode ser o uso de métodos de coleta diretamente subordinados ao comandante. O princípio da demanda pode ajudar a direcionar os recursos para as tarefas críticas, obtendo informações específicas e tão somente elas. Isto pode ser um fator de força tanto como um fator de fraqueza. Pode ser de força, porque o fluxo de informações visa satisfazer determinados requisitos. Contudo, como podem haver requisitos não delineados pelo comandante, eles não serão satisfeitos. Isto é um fator de fraqueza. Outro aspecto no gerenciamento das informações é como elas são transmitidas. Primeiro, elas podem ser radiodifundidas para qualquer equipamento que esteja sintonizado, o que aumenta a velocidade de disseminação das informações. Por outro lado, a radiodifusão pode trazer os seguintes óbices: - como é transmitida para diferentes níveis de necessidades, pode não atender determinado comandante;
  • 27. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 2-13 - ORIGINAL - seu uso indiscriminado pode acarretar sobrecarga de informações ou sobrecarga na própria rede de difusão; e - está sujeita a interferências, escutas ou monitoração. A alternativa é a transmissão ponto a ponto, na qual a informação é transmitida para específicos usuários (mensageiro ou transmissão de dados por meio magnético ou meio físico). As vantagens são claras, assim como as desvantagens: - pode aumentar o tempo de disseminação; e - aumentam as chances de distorções. Na prática, os diferentes aspectos do gerenciamento da informação estão longe de serem incompatíveis, pois, combinados adequadamente, eles podem se completar no interior do mesmo sistema de C². 2.5.8 - Teoria da decisão O propósito principal de um sistema de C² é aumentar a capacidade de um comandante em tomar decisões. Entretanto, sendo a incerteza e a premência de tempo características da guerra, todas as decisões devem ser tomadas em face destes dois fatores. Pode-se tentar reduzir a incerteza através de um maior volume de informações. No entanto, isto pode aumentar o tempo para a decisão. Além disso, não importa o volume das informações, mas, sim, suas qualidades e que elas cheguem no tempo certo. São dois os processos de tomada de decisão: - o analítico; e - o intuitivo. O processo analítico compara diferentes soluções, segundo alguns critérios, procurando identificar a melhor delas. Normalmente, é um processo metódico e consome tempo. Teoricamente, o poder da razão suplanta a experiência. O outro processo de decisão, chamado de intuitivo, rejeita o aspecto computacional do método analítico, baseando-se na experiência do comandante em reconhecer os elementos chaves do problema, identificar padrões de comportamento e poder chegar a uma decisão satisfatória. O processo intuitivo objetiva obter, o mais rápido possível, uma solução que resolva o problema, ao invés de obter uma solução ótima, como o processo analítico procura fazer. A razão para isto é que o processo intuitivo baseia-se no fato de que a guerra é
  • 28. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 2-14 - ORIGINAL mais uma arte do que uma ciência, não havendo resposta completamente certa para um dado problema. Assim, o julgamento, fruto da experiência, adestramento, instrução, reflexão, gerará uma resposta adequada, não sendo necessárias várias opções. O resultado final é economia de tempo e aumento do ritmo no processo decisório. Caso seja possível, o comandante poderá, mais tarde, avaliar sua decisão, aperfeiçoando-a e aproximando-a da solução ótima. Cada um dos processos possui vantagens e desvantagens. O melhor processo dependerá da situação. O analítico é apropriado para decisões pré-hostilidades, quando o fator tempo não é crucial e as informações podem ser coletadas, ou no caso de aquisições de material. Para decisões táticas ou operacionais, o processo intuitivo será um poderoso fator na busca de uma decisão adequada e criativa. Na verdade, há uma grande interação entre os dois processos, pois mesmo que seja adotado o processo intuitivo, o analítico serve como uma base para a tomada de decisão. 2.6 - O COMANDO E CONTROLE NA GUERRA DE MANOBRA Após a análise da natureza do comando e controle, e de suas teorias básicas, pode-se abordar os desafios para se obter um eficiente sistema de comando e controle. Resumidamente, os desafios que se apresentam a um sistema composto por pessoas e informações, e cercado por incertezas e instabilidade são: - lidar com incerteza e tempo; - funcionar através de um largo espectro de conflitos e ambientes; - ser aplicável, tanto na guerra quanto na paz; - aumentar a habilidade para gerar um ritmo de ação maior do que o do inimigo, permitindo ajustes rápidos e explorando oportunidades; - permitir a busca rápida de dados, de maneira precisa e seletiva, evitando sobrecarga de informações; - ajudar na identificação de vulnerabilidades críticas e centros-de-gravidade (amigos ou inimigos); - facilitar a tomada de decisão, apesar das incertezas, e permitir modificações, monitorando a execução, sem tolher a iniciativa do subordinado; e - permitir a rápida difusão de instruções, de maneira clara e concisa. Com tudo isto em mente, segue-se a abordagem dos fatores que modelam o C² na Guerra de Manobra.
  • 29. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 2-15 - ORIGINAL 2.6.1 - Atribuição de tarefa pelo efeito desejado Os SisC² devem ser baseados na atribuição de tarefas pelo efeito desejado, pois elas são o cerne da Guerra de Manobra. Apesar de se ter visto que o método de C² a ser empregado depende dos requisitos da situação, conclui-se também que, para ações militares, um sistema de C² baseado em tarefas pelo efeito desejado é mais apropriado do que um sistema detalhado e centralizador. Assim, o comandante poderá fazer frente às incertezas e ao ritmo do combate em melhores condições, aproveitando oportunidades inesperadas e aumentando a velocidade de sua tomada de decisão. Através da tarefa pelo efeito desejado, o comandante influencia seus subordinados, orientando-os de maneira ampla, com ordens simples e concisas, sem tolher a iniciativa ou liberdade do subordinado. Medidas de controle devem ser estabelecidas no grau mínimo necessário para prover coordenação. A razão das tarefas pelo efeito desejado não é aumentar a capacidade de exercitar o comando e controle, mas, sim, diminuir o grau de comando e controle de que se necessita. 2.6.2 - Iniciativa na execução Fator básico nas tarefas pelo efeito desejado, a iniciativa nos escalões subordinados deve ser incentivada e cobrada. Deve-se entender e aceitar que onde há autoridade, qualquer que seja o nível, existe também responsabilidade. Na Guerra de Manobra, os comandantes devem agir mais de acordo com a situação do que sob ordens do superior, o que não significa que ele não deva observar as orientações recebidas e, em especial, o efeito desejado do superior. Isto requer entendimento sobre a situação, disciplina e responsabilidade. Por sua vez, o superior, ao delegar autoridade, não está isento de responsabilidade. Ele deve acompanhar as ações de seus subordinados, exercendo a necessária coordenação entre seus subordinados e forças amigas. Vale lembrar que, às vezes, o subordinado toma decisões inesperadas, impondo aos superiores a consciência de aceitar incertezas quanto às ações deles, ressaltando, assim, a necessidade de flexibilidade do sistema de comando e controle. 2.6.3 - Efeito desejado do comandante A compreensão do efeito desejado do comandante é fundamental para se obter unidade de esforços, coesão e um sistema de C² eficaz e eficiente. Como se viu, as
  • 30. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 2-16 - ORIGINAL tarefas podem sofrer alterações ou se tornar obsoletas, mas o efeito desejado do superior será mais duradouro. Entendê-lo permitirá ao comandante exercer a iniciativa e cumprir sua missão. 2.6.4 - Confiança mútua Comando e controle demanda confiança mútua entre todos os comandantes, estados- maiores e escalões subordinados - confiança na habilidade e julgamento dos subordinados, pares e superiores. O superior deve acreditar que seus subordinados sejam capazes de cumprir suas tarefas, com um mínimo de supervisão, em consonância com seu efeito desejado, mantendo-o informado dos desdobramentos da situação e fazendo a necessária coordenação. Os subordinados, por outro lado, devem confiar que seus superiores proverão uma orientação segura e os apoiarão com lealdade e de maneira integral, mesmo quando cometerem enganos. Obtém-se confiança ao demonstrar competência, senso de responsabilidade, lealdade e auto-disciplina, sendo fundamental este último aspecto, pois a disciplina militar é o pilar da autoridade de comando. 2.6.5 - Entendimento e comunicações implícitas Os ingredientes finais para o efetivo cumprimento de tarefas pelo efeito desejado são o entendimento e as comunicações implícitas, aspectos fundamentais para cooperação e coordenação na Guerra de Manobra. Contudo, entendimento e comunicações implícitas não ocorrem automaticamente. São produto de valores comuns e adestramento contínuo, como ocorre com um time de futebol. Ganhar este estado de efetividade tem significativas implicações para a doutrina, instrução e adestramento. Sem ele, aumenta-se o atrito da guerra, pode-se tornar o processo lento ou mesmo paralisá-lo. O entendimento implícito, entre superior e subordinado, sobre determinada situação, permite que eles diminuam o atrito e o tempo para decisões, explorem a flexibilidade e a rapidez, mantendo a iniciativa e a unidade de esforço. 2.6.6 - Tomada de decisão Os comandantes devem ser capazes de adotar e combinar os vários aspectos relativos tanto à tomada de decisão intuitiva quanto à analítica. Entretanto, em razão da incerteza e da falta de tempo, a decisão intuitiva deverá ser enfatizada no campo de
  • 31. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 2-17 - ORIGINAL batalha e os líderes devem ser preparados no desenvolvimento da capacidade desse tipo de decisão. A visão intuitiva é coerente com a idéia de que não existe solução perfeita e que todos os combatentes são capazes de fazer um bom julgamento. Os seguintes aspectos devem ser considerados pelos comandantes, no caso da tomada de decisão: - desde que a guerra é um choque de vontades, toda tomada de decisão deve levar em conta que o inimigo tentará impor sua vontade, da mesma forma que seus oponentes também o tentarão; - aquele que tomar e implementar decisões mais rápido, terá uma enorme vantagem; - uma decisão militar não é um produto matemático, pois requer intuição e análise para reconhecer a essência de um problema, além de criatividade para obter uma solução prática; - tendo em vista que a incerteza e a instabilidade são fatores comuns no combate e que não existe solução perfeita no campo de batalha, deve-se adotar uma solução com certo grau de risco e implementá-la mais rápido do que o inimigo; e - quanto mais baixo o escalão, mais rápido e direto é o processo de decisão.
  • 32. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 3-1 - ORIGINAL CAPÍTULO 3 SISTEMAS DE COMANDO E CONTROLE 3.1 - DEFINIÇÕES Um SisC² é um conjunto de instalações, de equipamentos e de comunicações, regido por princípios, normas, processos e operado por pessoal especializado e utilizados em operações militares com o objetivo de contribuir para uma atuação eficiente das forças envolvidas em combate. Esse objetivo é alcançado através da estruturação de um modelo de processamento das operações militares, com destaque para os processos de tomada de decisão, os quais englobam desde a definição desta até o controle da sua execução, passando pela sua divulgação correta. O SisC² confere ao Comandante a capacidade de executar as atividades de C4 I2 . O SisC² caracteriza-se por apresentar, além da arquitetura complexa, um alto grau da avaliação subjetiva da mente humana. Esta subjetividade é composta de processos mentais ainda não totalmente mapeados, muitas vezes intuitivos (o grande número de possíveis soluções-saídas para um mesmo problema-entrada, é uma conseqüência desse fato). Resumidamente, um SisC² deve responder às seguintes perguntas relacionadas ao processo de busca e tratamento da informação pertinente à decisão: - como o Sistema obtém e processa os dados sobre o ambiente (relevo, vegetação, hidrografia, clima, inimigo, população e aspectos econômicos e sociais na região, etc)? – (ver Bloco 1 da Figura 3.1); - como o Sistema processa os dados de sensores (radares, satélites e conhecimentos vindos da análise de inteligência)? – (ver Blocos 2, 3 e 4 da Figura 3.1); - como o Sistema processa todos os conhecimentos obtidos até então e os disponibiliza para o tomador de decisão? – (ver Blocos 4 e 5 da Figura 3.1); - como a decisão é repassada aos sistemas autores? – (ver Blocos 5 e 6 da Figura 3.1); e - como o sistema acompanha as ações desencadeadas e os resultados das mesmas sobre o ambiente? – (ver Blocos 1, 2 e 6 da Figura 3.1 - basicamente a função controle).
  • 33. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 3-2 - ORIGINAL 1 - Ambiente 2 - Análise de Inteligência 3 - Sensoriamento 4 - Processamento 5 - Decisão 6 - Decisões de Nível Estratégico-Operacional 7 - Atuação 8 - Decisões de Nível Tático Fig 3.1 - Processo de busca e tratamento da informação pertinente à decisão 3.2 - CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE COMANDO E CONTROLE Para que o SisC² funcione efetivamente, com um contínuo fluxo e processamento das informações de combate, ele deve operar de acordo com as seguintes características: 3.2.1 - Confiabilidade Garantia, aos usuários do sistema, da certeza de que as ordens emanadas do comandante e a realimentação de seus efeitos pelas suas forças subordinadas sejam transmitidas e recebidas pelos destinatários. Um sistema confiável deve estar disponível quando necessário e funcionar com um baixo índice de falhas e erros. A confiança nos SisC² é conseguida por meio do emprego de equipamentos e procedimentos padronizados, do emprego de um eficaz sistema de apoio logístico e do estabelecimento das necessárias redundâncias, de medidas de proteção eletrônica e de proteções contra vírus de computador. 3.2.2 - Segurança Os SisC² devem prover a segurança necessária para garantir ao usuário que o que for transmitido chegue ao conhecimento somente das pessoas autorizadas. A segurança é conseguida por meio do emprego de medidas de proteção em todos os níveis, de sistemas de criptografia, técnicas de segurança na transmissão e através do adestramento nos procedimentos de segurança. 3.2.3 - Continuidade Certeza de que não haverá interrupção nas ligações ou que elas serão prontamente
  • 34. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 3-3 - ORIGINAL restabelecidas em casos fortuitos. A continuidade do funcionamento de um SisC² é conseguida por meio da dispersão e proteção de seus principais centros, da multiplicação dos métodos de comunicações e do emprego de medidas de segurança da informação. 3.2.4 - Flexibilidade Capacidade do SisC² ser utilizado de formas diversas e em diferentes tipos de operações, além de poder adaptar-se, de imediato, às novas situações, sem queda da eficiência. A flexibilidade é necessária para permitir o eficaz exercício do comando e controle nos diversos tipos de operações e ambientes Ela pode ser conseguida por meio de um planejamento adequado da estrutura e do emprego do SisC² e pela previsão e emprego de sistemas móveis e portáteis. 3.2.5 - Interoperabilidade É a capacidade de sistemas, unidades ou forças operarem integradas de forma eficiente. Para garantir a interoperabilidade deve-se assegurar que as informações possam tramitar entre todos os comandos e forças envolvidas na operação. Ela pode ser conseguida por meio do uso de equipamentos compatíveis entre si e intercambiáveis e pela padronização de procedimentos, terminologia, mentalidade, doutrina, planejamento e adestramento. 3.2.6 - Compatibilidade É a capacidade de dois ou mais itens ou componentes de um equipamento ou material existirem ou funcionarem em um mesmo sistema ou ambiente sem interferência mútua. A compatibilidade diferencia-se da interoperabilidade, como por exemplo: num sistema de comunicações, os equipamentos são compatíveis quando todos são capazes de transmitir e receber dados entre si. Por outro lado, quando as tropas utilizando estes equipamentos são capazes de entender e de transmitir dados de forma precisa, organizada e objetiva através da rede, então há interoperabilidade. 3.2.7 - Mobilidade O processamento e o fluxo vertical e horizontal da informação precisa ser contínuo para apoiar o deslocamento e o emprego das forças em combate. Os comandos em todos os níveis precisam dispor de SisC² que possuam um grau de mobilidade que lhes permita acompanhar o movimento de suas forças sem prejuízo da qualidade do fluxo de informações. 3.2.8 - Reatividade O SisC² deve estar apto a reagir instantaneamente às demandas de informações do comando. A reatividade é garantida por meio do emprego de equipamentos
  • 35. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 3-4 - ORIGINAL confiáveis, sistemas redundantes e procedimentos de transmissão e processamento da informação rápidos e seguros. 3.2.9 - Sobrevivência Um SisC² deve ser capaz de continuar provendo os serviços essenciais, independente das ações inimigas. Isto é conseguido através de: - treinamento de pessoal, permitindo executar-se as substituições que se fizerem necessárias; - dispersão no terreno das instalações de C² essenciais, evitando a concentração excessiva; - mobilidade dos meios de C²; e - redundância das instalações de C² essenciais, das redes de comunicações e dos bancos de dados. 3.2.10 - Orientado ao usuário O SisC² deve ser de fácil utilização para o Cmt e demais usuários. Ele deve facilitar o cumprimento da missão, não se tornando um obstáculo. 3.3 - REQUISITOS O C4 I2 tem por finalidade o apoio integrado ao processo de comando e controle no preparo e emprego operacional de uma Força desde o tempo de paz até sua mudança para a estrutura de emprego real. Para tal, este deve propiciar a integração entre os diferentes sistemas já existentes e absorver com facilidade a incorporação de outros. São inúmeros os requisitos a serem atendidos por um eficiente SisC². Dentre eles, pode- se citar: - prover facilidade de adaptação às mudanças de situação tática, devendo ser formado por componentes independentes e interoperáveis, com características complementares; - permitir flexibilidade de configuração, possibilitando a exclusão e inclusão de módulos de forma simples; - possibilitar o fluxo de inteligência de forma oportuna e segura, devendo, para isso, prever alternativas de forma a garantir que o conhecimento chegará ao destinatário; - permitir a operação em movimento e a continuidade do C² das operações, durante mudanças de posição, sem diminuir a eficiência dos serviços. - permitir a integração ao SisC² dos escalões superiores, vizinhos e subordinados, e de elementos de combate, de apoio ao combate e de apoio de serviço ao combate; - possuir confiabilidade e recursos de segurança que assegurem a integridade do sistema contra invasões, interceptações ou interferências; - permitir o gerenciamento de dados e acesso ao conhecimento em diversos níveis,
  • 36. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 3-5 - ORIGINAL utilizando-se de bancos de dados facilmente atualizáveis no decorrer das operações; e - atender ao maior número possível de assinantes fixos e móveis com transmissão de voz, dados e imagens estáticas. Em um SisC², além de todos os tempos de processamento serem críticos, os requisitos acima listados levarão, certamente, a uma busca do maior grau de automação possível. Por outro lado, deve-se ressaltar que não é possível, pelo menos num horizonte próximo, abrir-se mão da capacidade de avaliação subjetiva humana citada anteriormente, o que leva para a necessidade de um correto balanceamento entre recursos humanos e materiais. 3.4 - SUBSISTEMAS DE UM SISTEMA DE COMANDO E CONTROLE Um SisC² pode possuir diversos subsistemas, de acordo com o nível ou escalão a que se destina. Deve-se considerar a existência de, no mínimo, dois subsistemas por escalão. 3.4.1 - Subsistema de captação de dados Composto de todo e qualquer tipo de sensor disponível (tropas em contato, aviação, veículos aéreos não tripulados (VANT), frações de reconhecimento, radares, meios de vigilância terrestre, unidades de guerra eletrônica, observadores avançados ou aéreos, equipamentos meteorológicos, satélites e quaisquer outros disponíveis) capaz de produzir conhecimento para o sistema, incluindo-se, também, os obtidos por meio do escalão superior ou por forças amigas. Podem ser apoiados por Módulos de Telemática (MT), destinados a permitir o fluxo de Inteligência, necessário ao funcionamento mais eficiente do SisC². 3.4.2 - Subsistema de processamento de conhecimentos Composto por elementos que irão agrupar, selecionar e processar os conhecimentos provenientes do Subsistema de Captação. Poderá operar equipamentos que possuam um Software de C², destinado a permitir maior rapidez no tratamento dos conhecimentos necessários ao processo decisório e ao controle da execução das decisões tomadas. 3.5 - SISTEMA DE COMANDO E CONTROLE PARA O APOIO DOS GptOpFuzNav Um SisC² para apoio aos GptOpFuzNav deve ser estruturado de forma a atender grande número de atividades a serem desempenhadas, bem como as peculiaridades inerentes a estes grupamentos. A figura 3.2 mostra uma forma de se organizar as funções de C² em um GptOpFuzNav, agrupando-as em uma “célula de C4 I2 ”.
  • 37. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 3-6 - ORIGINAL SENSOR SENSOR SENSOR SENSOR Chefe da célula de C I 4 2 Representante de segurança das operações Outros representantes Centro de Análise de Inteligência Representante das operações psicológicas das operações SIAL Representante de assuntos civis Representante de Diversôes/Despistamento Representante de Guerra Eletrônica Fig 3.2 - Exemplo de organização das funções de C² em um GptOpFuzNav Neste arranjo, em forma de “Célula de C4 I2 ”, o subsistema composto pelos sensores alimenta o Centro de Análise de Inteligência (CAI) e Centro Controlador de Inteligência de Sinais (CeCoIS). Estes mantêm uma ininterrupta análise dos dados obtidos e procurará produzir e manter atualizada uma “representação” mais fiel possível do que está acontecendo no “campo de batalha”. Esta imagem contemplará conhecimentos sobre o Inimigo, as próprias forças e o ambiente operacional e servirá de base para o trabalho de todos os demais componentes da célula de C4 I2 , compondo o subsistema de processamento de Inteligência que, interagindo com o Centro de Operações de Combate (COC) do GptOpFuzNav, proporá ao seu Comandante ações com o propósito de impor ao inimigo um ritmo superior à sua capacidade de resposta.
  • 38. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 4-1 - ORIGINAL CAPÍTULO 4 AGÊNCIAS DE COMANDO E CONTROLE 4.1 - INTRODUÇÃO A principal instalação de C² de um GptOpFuzNav é o Posto de Comando (PC), cuja abordagem será detalhada no CGCFN-4201 – Manual do Batalhão de Comando e Controle. Em cada componente do GptOpFuzNav há um PC próprio, o qual possui pessoal, material e instalações específicas para a atividade de C². Nos escalões subordinados ao Componente de Combate Terrestre (CCT) pode haver, também, outros PC, principalmente nos comandos das Unidades. O PC de um GptOpFuzNav é composto de: - Centro de Comando (CCmdo); - Centro de Operações de Combate (COC); - Centro de Operações Logísticas (COL); - Centro de Coordenação de Apoio de Fogo (CCAF); - Centro de Análise de Inteligência (CAI); - Centro Controlador de Inteligência de Sinais (CeCoIS); e - Centro de Mensagens (CMsg). No COC, além da Seção de Operações, está localizada a Seção de Inteligência. Também faz parte do mesmo o Estado-Maior (EM) especial e os Oficiais de Ligação (OLig). O CCmdo é o local onde o Cmt permanece, recebendo a assessoria dos três centros (COC, CCAF e COL). Em operações de escalão Brigada Anfíbia (BAnf) ou inferior, restringe-se, normalmente, à barraca do Cmt ou, nos PC móveis, à sua viatura. No Ccmdo, ficam o Cmt, o Chefe do Estado-Maior (ou Imediato), o Assistente, o Ajudante de Ordens e os auxiliares pessoais do Cmt. As Seções de Recursos Humanos e a de Logística exercem suas atividades no COL. Saliente-se que Pessoal é uma função logística, o que é mais uma justificativa para a união física das duas seções. O Centro de Mensagens apóia as atividades do PC como um todo e, por esta razão, não se encontra inserido fisicamente em nenhum dos centros, constituindo-se num espaço físico próprio. No CMsg, é feito o controle de todo o Sistema de Comunicações, tanto das redes internas quanto das redes externas. Contudo, para se acelerar o processo de trâmite de mensagens, algumas redes são instaladas dentro do COC, do CCAF o do COL e do CAI. Um sistema de comunicações por fio pode ser estabelecido internamente no PC para ligar os diversos centros.
  • 39. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 4-2 - ORIGINAL O Oficial de Operações é responsável por integrar o COC e o COL do seu escalão. Isto facilita o acesso do Cmt ao conhecimento e à assessoria do EM. Assim, ao invés do Cmt receber dados isolados, transmitidos individualmente por especialistas em áreas específicas, este poderá ter acesso ao conhecimento como um todo, sendo produzida uma visão integrada do espaço de batalha. Isto poupa tempo e facilita o processo de tomada de decisão. A estrutura do COC, CCAF, COL e CAI é estabelecida para não sobrecarregar o Comando com um volume excessivo de informações, o que poderia atrapalhar o processo de tomada de decisão. O Comando deve receber conhecimento, não dados. O conhecimento deve chegar ao Comando de forma integrada, coerente e objetiva, útil e oportuna, permitindo acelerar a execução do ciclo de Boyd (OODA). Além disso, o EM especial e os OLig formam uma Equipe Multidisciplinar, capaz de assessorar tanto a área de Operações quanto a área de Inteligência. A característica básica das Agências componentes do PC é serem Organizações por Tarefa, sendo a sua composição dependente da Missão, Inimigo, Terreno, Meios e Tempo disponível. Normalmente, o EM receberá vários apoios externos que reforçarão estas Agências. As Agências componentes do PC serão examinadas de forma mais detalhada, mais adiante. 4.2 - CENTRO DE OPERAÇÕES DE COMBATE Numa operação de guerra, é natural que o COC se transforme no centro das atenções do PC, principalmente devido ao caráter eminentemente tático dos GptOpFuzNav. A quantidade de conhecimentos disponíveis e que chegam durante um combate, graças à tecnologia computacional, obrigou os componentes do EM a uma maior integração e a uma proximidade física que permitisse a rápida troca de idéias para uma melhor compreensão das constantes mudanças no espaço de batalha. Devido à proximidade de suas atividades, a Seção de Operações e a Seção de Inteligência passaram a ser aglutinadas num mesmo espaço físico, denominado Centro de Operações de Combate. O COC é estabelecido nos diversos escalões de um Grupamento Operativo para permitir o exercício centralizado do Comando e Controle de todas as ações táticas e operacionais conduzidas pelo seu Cmt. Cada unidade subordinada estabelece, ao seu nível, um COC, sendo este o ponto terminal das redes táticas, de reconhecimento, de vigilância e de
  • 40. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 4-3 - ORIGINAL Inteligência. Tradicionalmente, o Oficial de Operações realiza a supervisão geral do COC, em coordenação com o Oficial de Inteligência. Considerando as fases de uma Operação Anfíbia (OpAnf), o COC é estabelecido na fase de Planejamento, uma vez que nesta fase já há uma reunião de Oficiais e Agências trabalhando em conjunto. 4.2.1 - Tarefas do COC O propósito primordial do COC é o constante e tempestivo assessoramento ao Cmt. Aos componentes do COC são atribuídas, normalmente, as seguintes tarefas: - monitorar e registrar as ações táticas e operacionais do GptOpFuzNav; - receber e registrar relatórios operacionais dos elementos subordinados; - manter cartas de situação das forças amigas e da Situação Militar do Inimigo (SMI) constantemente atualizadas; - preparar e encaminhar relatórios operacionais ao Cmt e, se for o caso, ao Comandante Imediatamente Superior (COMIMSUP); - estabelecer canais de comunicação para o tráfego de relatórios táticos e operacionais; - estabelecer um fluxo de ordens e decisões táticas do Comando para os elementos subordinados e, quando determinado, para os Comandos superiores; - acompanhar o desenrolar do combate e reportar os eventos mais significativos para o Cmt e demais agências do PC; - assessorar o Cmt acerca das operações futuras; e - assessorar o CCAF quanto às ações táticas planejadas, localização de tropas amigas e necessidades de Apoio de Fogo (ApF). O COC deve possuir ligação direta com as unidades subordinadas e com o Comando superior. Além da ligação rádio, o COC deve buscar, ainda, um segundo tipo de canal alternativo de comunicações, via dados ou mesmo mensageiro, por exemplo. No COC do Comando do GptOpFuzNav haverá um CAI, o qual centralizará a atividade de Inteligência no âmbito do GptOpFuzNav. Os COC dos demais componentes e unidades subordinadas não possuirão CAI, apenas Seção de Inteligência. Excepcionalmente, poderá ser montado um segundo CAI no CCT quando o GptOpFuzNav for nível BAnf ou em operações com grande número de Equipes de Inteligência envolvidas.
  • 41. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 4-4 - ORIGINAL 4.2.2 - Pessoal do COC Compõe o COC: - Oficial de Operações e militares da Seção de Operações; - Oficial de Inteligência e militares da Seção de Inteligência (apoiados, quando for o caso, por um CAI); - Oficiais e auxiliares do EM especial; e - Radio-operadores das redes Tática, de Informações (Info) e de Reconhecimento (Recon). O Oficial de Operações é o responsável pelas ações no COC, independente de sua antiguidade. A ele estará subordinado o COC. Os Oficiais de Operações e de Inteligência devem trabalhar em coordenação e cooperação. 4.2.3 - O COC e a Seção de Inteligência As operações de Inteligência realizadas no âmbito do GptOpFuzNav deverão se pautar na idéia de manobra e no Conceito da Operação em Terra. Para tanto, cabe ao Oficial de Inteligência verificar junto à Seção de Operações a atualização e pertinência dos Objetivos de Inteligência e dos Conhecimentos Necessários (CN). Deve, portanto, haver uma estreita coordenação entre as operações de inteligência e as operações táticas. Os conhecimentos produzidos pela Seção de Inteligência deverão ser reportados, o mais breve possível, para a Seção de Operações. Contudo, o responsável pela atividade de Inteligência no âmbito do GptOpFuzNav é o Cmt. Portanto, o Oficial de Inteligência tem acesso direto ao Comando do GptOpFuzNav, a quem cabe ter a última palavra sobre os Objetivos de Inteligência e os CN. Apesar de num cenário tático não ser desejável a compartimentação dos conhecimentos operacionais, é possível que, em algumas hipóteses, os conhecimentos sejam divulgados somente aos militares que tenham “necessidade de conhecer”. Isto ocorrerá, normalmente, em relação a conhecimentos que: - possuam profunda importância estratégica; - possam afetar a Segurança Nacional; e - abordem determinados aspectos da contra-inteligência, principalmente nas operações de contra-espionagem. Nestes casos, é admissível que estes conhecimentos não sejam transmitidos ao
  • 42. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 4-5 - ORIGINAL Oficial de Operações, somente ao Cmt. A Seção de Inteligência, apesar de estar fisicamente próxima ao COC, terá organização de cartas, arquivos, croquis e materiais próprios. Nos COC com maior vulto e quantidade de pessoal, poderá instalar-se em compartimento adjacente, com a finalidade de melhor controlar a compartimentação do conhecimento. Além de comandar as operações de inteligência, cabe também à Seção de Inteligência desenvolver as atividades de contra-inteligência, as quais também deverão ser coordenadas com a Seção de Operações, principalmente quanto às operações de despistamento e dissimulação, as quais devem estar coordenadas com a idéia de manobra. É aceitável, contudo, que as operações de contra-espionagem sejam desenvolvidas de forma isolada, sem coordenação com o resto do COC. Um aspecto importante a ser considerado é a disseminação do conhecimento. O Oficial de Inteligência deverá manter um fluxo constante e oportuno de conhecimentos para: - as agências de inteligência do escalão superior; - o Comando; - o CCAF e o COL; - a célula de planejamento futuro; e - as Seções de Inteligência dos Componentes subordinados. Quando autorizado pelo escalão superior e pelo Cmt do GptOpFuzNav, o Oficial de Inteligência poderá se ligar diretamente à Agências de Inteligência externas ao GptOpFuzNav para troca de conhecimentos. 4.2.4 - O Estado-Maior Especial O EM Especial anteriormente ficava subordinado diretamente ao Cmt da operação, que acabava assoberbado com grande quantidade de dados que, muitas das vezes, o afastavam das grandes decisões táticas para ocupar o seu tempo com o micro- gerenciamento. Assim, numa organização mais moderna, o EM Especial fica subordinado ao Oficial de Operações e ao Oficial de Inteligência, provendo assessoria ao COC. Somente quando solicitados pelo Cmt ou pelo Oficial de Operações proverão o seu assessoramento diretamente ao Comando. Cabe ao Oficial de Inteligência e ao Oficial de Operações consolidar a assessoria fornecida pelo EM Especial e passá-la ao Comando ou aos demais Centros do PC. Os Oficiais do EM Especial provêm assessoria especializada ao PC, principalmente
  • 43. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 4-6 - ORIGINAL quanto ao emprego das Armas de Apoio ou sobre assuntos específicos do conhecimento militar. O EM Especial também serve como elemento de ligação do Escalão com outras Unidades, órgãos ou agências. Os Oficiais do EM Especial podem ter auxiliares diretos, normalmente Sargentos. São exemplos de Oficiais do EM Especial: Oficial de Assuntos Civis, Oficial de Blindados, Oficial de Carros de Combate, Oficial do CAI, Oficial de Comunicações, Oficial de Comunicação Social, Oficial de Defesa Anticarro, Oficial de Defesa Química, Biológica e Nuclear (QBN), Oficial de Desembarque, Oficial de Engenharia, Oficial de Guerra Eletrônica (GE), Oficial de Operações Especiais, Oficial de Operações Psicológicas, Oficial de Reconhecimento, Oficial de Viaturas Anfíbias e Oficial de Vigilância Eletrônica. Existem outros Oficiais do EM Especial que não fazem parte do COC, podendo fazer parte do CCAF: Oficial de Ligação com a Artilharia (OLigArt), Oficial de Ligação do Fogo Naval (OLiFoNa), Cmt do Pelotão de Morteiro 81mm (PelMrt81mm) e Oficial de Ligação de Aviação (OLigAv). Porém, estes oficiais deverão apoiar tanto o CCAF quanto o COC, fornecendo o assessoramento técnico necessário ao Oficial de Inteligência e Oficial de Operações. Alguns dos Oficiais do EM Especial poderão assessorar também o COL em tarefas específicas, como, por exemplo, o Oficial de Engenharia quanto ao tratamento de água e o Oficial de Comunicações quanto ao ressuprimento das baterias dos equipamentos de comunicação. Havendo necessidade, um Oficial pode acumular mais de uma assessoria (ex: Oficial de Operações Especiais e Reconhecimento). Determinadas assessorias podem ser desmembradas devido às suas particularidades. Como exemplo, poderemos ter o OLigAv Asa Fixa, OLigAv Asa Rotativa e OLigAv FAB. O EM Especial provê assessoria tanto ao Oficial de Inteligência quanto ao Oficial de Operações. Contudo, em determinadas áreas, devido às suas particularidades, os oficiais do CAI, GE, Reconhecimento e Vigilância Eletrônica estarão ligadas diretamente à Seção de Inteligência, apoiando o Oficial de Operações somente subsidiariamente. 4.2.5 - Célula de Planejamento Futuro A fluidez do combate moderno é caracterizada pelo permanente relacionamento entre cada episódio passado, presente e futuro, resultando em um continuum em
  • 44. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 4-7 - ORIGINAL permanente evolução e fazendo com que a situação se altere a cada momento, apresentando-se diferente daquela para a qual o plano inicial foi concebido. Além disto, outra característica relacionada à fluidez do combate é a flutuação do ritmo e intensidade do conflito, variando de períodos de intensa atividade bélica para fases em que as atividades se limitam à busca de conhecimentos, ressuprimentos e reorganização da força. Estas características do combate demandam que o SisC² da Força esteja habilitado a prover ao comandante a capacidade de gerenciar a condução de eventos futuros, modelando, a seu favor, os acontecimentos do campo de batalha. A célula de planejamento futuro é organizada, normalmente, com oficiais do EM geral e especial, com o propósito de conduzir o planejamento das operações futuras. Nos momentos em que as operações correntes estiverem atravessando uma fase de baixa intensidade do combate, a célula contará com os titulares das seções do EM, ficando seus ajudantes encarregados de supervisionar as ações em andamento. Caso contrário, a situação se inverterá, com os ajudantes sendo encarregados de planejar as ações futuras. O comandante, que orientará a referida célula quanto aos limites a serem considerados no planejamento futuro, aprovará o plano concebido que será então repassado para o COC. 4.3 - CENTRO DE ANÁLISE DE INTELIGÊNCIA O CAI é empregado para prover o apoio de Inteligência Operacional à Seção de Inteligência do GptOpFuzNav no tocante à SMI. Este órgão integra o Componente de Comando (CteC) do GptOpFuzNav. 4.3.1 - Tarefas Compete ao CAI propiciar ao Cmt do GptOpFuzNav uma visão global da SMI, de modo a garantir que ele tenha conhecimentos atualizados para interferir na manobra, quando assim julgar oportuno. São também tarefas do CAI, em uma operação: - reunir todo o conhecimento sobre o inimigo disponível em Banco de Dados, nas diretivas dos escalões superiores e em fontes disponíveis para consulta; - auxiliar na preparação das Estimativas Preliminares de Inteligência (EPI) e na Estimativa de Inteligência da Seção de Inteligência do GptOpFuzNav, apoiado no tocante à SMI; - auxiliar na determinação dos CN e na preparação do Plano de Busca e do Plano de Inteligência do GptOpFuzNav; - auxiliar na preparação do Plano de Reconhecimento e Vigilância em coordenação
  • 45. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 4-8 - ORIGINAL com a Seção de Operações do GptOpFuzNav; - supervisionar os trabalhos da Seção de Informações sobre Alvos (SIAL), principalmente quanto à confecção da Lista de Alvos; - preparar o estudo da Ordem de Batalha do inimigo; - coordenar o emprego e as ações das Equipes de Operações de Inteligência, supervisionando o esforço de busca; - reunir e integrar os conhecimentos operacionais obtidos relativos à SMI; - realizar a análise e a interpretação dos conhecimentos obtidos, produzindo conhecimentos operacionais a partir dos dados coletados; - comparar os conhecimentos operacionais obtidos com os existentes em seus Bancos de Dados, buscando a sua confirmação; - sintetizar os conhecimentos operacionais obtidos, apresentando-os ao Oficial de Inteligência do GptOpFuzNav sob a forma de Relatórios Periódicos de Inteligência e de Sumários de Inteligência, mantendo um fluxo constante e atualizado de conhecimentos operacionais sobre a SMI; - planejar o emprego das Medidas de Apoio de Guerra Eletrônica (MAGE); - coordenar a obtenção de CN com as Forças Amigas; e - prover o apoio de comunicações para a disseminação dos conhecimentos operacionais para as unidades subordinadas ao GptOpFuzNav. Este apoio englobará não só a parte da SMI, mas todo o conhecimento produzido pela Seção de Inteligência apoiada. Caso necessário, o CAI também poderá apoiar com meios e pessoal para a disseminação de conhecimentos operacionais para o COMIMSUP. 4.3.2 - Ativação do CAI O CAI será ativado, preferencialmente, antes do início do planejamento. Desta forma, tão logo se decidida pelo emprego de um GptOpFuzNav para a solução de um Problema Militar, o Cmt deste GptOpFuzNav e o seu EM possuirão conhecimentos operacionais mínimos para dar início ao Processo de Planejamento Militar (PPM). É possível, também, que ao longo do planejamento se conclua serem necessários mais conhecimentos para que se possa chegar a uma decisão. Esta necessidade será constatada, principalmente, quando forem formuladas Hipóteses Básicas. Neste caso, caberá ao CAI assessorar quanto à pertinência de se organizar uma Operação de Inteligência específica para se levantar os CN. Estas operações poderão se consistir
  • 46. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 4-9 - ORIGINAL em: - obtenção de imagens por satélite; - emprego de equipes de operações especiais; - emprego de postos MAGE ou outros meios de GE; - reconhecimento aéreo; - utilização de VANT. - infiltração de agentes de inteligência; e - recrutamento de elementos pertencentes a organizações Extra-MB que disponham de tais conhecimentos. Ao se planejar operações de inteligência, deve-se dar preferência às operações que possuam o menor risco de quebra do sigilo da operação principal. 4.3.3 - Composição e organização O CAI é uma Organização por Tarefas, nucleada pelo Batalhão de Comando e Controle (BtlCmdoCt). Sua composição básica é: - Encarregado do CAI; - Analista-Supervisor; - Analista de Inteligência; - Encarregado de Coordenação das Operações de Inteligência; - Auxiliar de Disseminação; e - Operador de Banco de Dados. A composição acima será fornecida, normalmente, pelo BtlCmdoCt. Além desta composição básica, o CAI poderá receber reforços (especialistas), oriundos de OM da MB ou mesmo Extra-MB. A composição básica poderá, dependendo do vulto da operação, receber os seguintes acréscimos: - Auxiliar do CAI; - um ou mais Analistas (de Inteligência ou de outras áreas específicas); - Auxiliar do Encarregado de Coordenação das Operações de Inteligência; e - um ou mais Operadores de Banco de Dados. O CAI será reforçado por equipes de especialistas, de acordo com os fatores da decisão (Missão, Inimigo, Terreno, Meios e Tempo disponível). São equipes que, normalmente, poderão reforçar o CAI: - SIAL; - Equipe de Interrogadores e Tradutores;
  • 47. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 4-10 - ORIGINAL - Equipes de Ligação das Agências de Operações de Inteligência; - Equipe de Observadores Aéreos; - Equipe de Análise de Imagem; e - Equipe de Informações Técnicas. Comporão a Equipe de Interrogadores e Tradutores militares ou civis com proficiência nas línguas faladas na AOp. Preferencialmente, será selecionado para esta função pessoal que já tenha trabalhado ou viajado para o país ou região onde será realizada a operação. O CAI ficará subordinado diretamente ao Oficial de Inteligência do GptOpFuzNav apoiado, integrando o CteC. A função de Encarregado do CAI será exercida, normalmente, pelo Oficial de Inteligência do BtlCmdoCt, dependendo do nível do GptOpFuzNav. Contudo, o Cmt do GptOpFuzNav poderá designar outro Oficial para ser Encarregado do CAI. Neste caso, o Oficial de Inteligência do BtlCmdoCt, ou seu substituto, exercerá a função de Ajudante do Encarregado do CAI. O Oficial de Inteligência do GptOpFuzNav não deverá acumular as funções de encarregado da Seção de Inteligência e Encarregado do CAI. A Seção de Inteligência do GptOpFuzNav e o CAI ficarão localizados fisicamente juntos, no COC do PC do GptOpFuzNav. Estando separados fisicamente o Comando do GptOpFuzNav e o Comando do CCT, o CAI ficará subordinado diretamente àquele. As Seções de Inteligência dos Componentes serão apoiadas pelo CAI, que ficará centralizado, contudo, no CteC. Em operações de maior vulto, poderá haver um pequeno destacamento do CAI no CCT, que será responsável pela ligação entre ambos, além de prover um limitado apoio de análise ao CCT. 4.3.4 - Responsabilidades O Cmt do GptOpFuzNav é o responsável pelo emprego do CAI e pelas ações de Inteligência Operacional na operação, desde a fase do planejamento. Cabe ao Oficial de Inteligência do GptOpFuzNav supervisionar o emprego do CAI, integrar os conhecimentos produzidos pelo CAI relativos à SMI com os conhecimentos sobre as Características da AOp e assessorar o Cmt do GptOpFuzNav quanto à atividade de Inteligência Operacional e Contra-Inteligência. Quando houver, caberá ao Ajudante do Oficial de Inteligência o levantamento dos conhecimentos relativos às Características da AOp, podendo haver, ainda, um Oficial
  • 48. OSTENSIVO CGCFN-60 OSTENSIVO - 4-11 - ORIGINAL de Contra-inteligência. 4.4 - CENTRO DE COORDENAÇÃO DE APOIO DE FOGO O CCAF é a agência através da qual o Cmt do GptOpFuzNav planeja o emprego e coordena as armas de apoio. O CCAF é estabelecido em todos os níveis do GptOpFuzNav, até o escalão Batalhão, todos eles com as mesmas atribuições gerais. Nos CCAF do Comando do GptOpFuzNav, do CCT e do Componente de Combate Aéreo (CteCA) são estabelecidas instalações e fornecidos pessoal e equipamentos para atender à coordenação das complexas necessidades de ApF. No escalão batalhão, o CCAF, normalmente, tem atribuições menores no planejamento e na coordenação dos fogos de apoio. No caso do Componente de Apoio de Serviços ao Combate (CASC), em regra, não há necessidade de se montar um CCAF, havendo, contudo, um Oficial com esta função dentro do COC do componente, o qual se ligará aos demais CCAF. A Coordenação do ApF é o emprego integrado dos fogos aéreo, de artilharia, de morteiro e naval em apoio a uma idéia de manobra. Inclui, também, o desencadeamento de fogos convencionais e não convencionais, lançados por plataformas convencionais, por foguetes e mísseis. O emprego das armas anticarro (AC), antiaéreas e do Pelotão de Metralhadoras Pesadas (PelMtrP) não é atribuição do CCAF e, sim, do próprio COC. O CCAF do Comando do GptOpFuzNav ligar-se-á ao Centro de Coordenação das Armas de Apoio (CCAA) da Força-Tarefa Anfíbia (ForTarAnf), nos casos em que este for estabelecido. Caberá ao Cmt do GptOpFuzNav indicar o oficial Coordenador de ApF (CAF) o qual, preferencialmente, será oriundo do Batalhão de Artilharia de Fuzileiros Navais (BtlArtFuzNav). O CAF será o encarregado do CCAF. Caberá ao Oficial de Operações supervisionar os trabalhos do CAF e do CCAF. O CCAF deverá ligar-se ao COC para apoiar pelos fogos a idéia de manobra e para passar conhecimentos sobre os alvos. Deverá ligar-se ao COL para solucionar os problemas logísticos das armas de ApF. 4.4.1 - Tarefas do CCAF São tarefas do CCAF: - recomendar ataques aos alvos que tenham maiores possibilidades de interferir com a operação; - integrar e coordenar os pedidos e o planejamento de fogos das unidades