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CGCFN-3124 OSTENSIVO
MANUAL DE
TRATAMENTO D’ÁGUA DE
FUZILEIROS NAVAIS
MARINHA DO BRASIL
COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
2009
OSTENSIVO CGCFN-3124
MANUAL DE TRATAMENTO D’ÁGUA
DE FUZILEIROS NAVAIS
MARINHA DO BRASIL
COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
2009
FINALIDADE: DIDÁTICA
1ª Edição
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - II - ORIGINAL
ATO DE APROVAÇÃO
APROVO, para emprego na MB, a publicação CGCFN-3124 - MANUAL DE
TRATAMENTO D’ÁGUA DE FUZILEIROS NAVAIS.
RIO DE JANEIRO, RJ.
Em 10 de fevereiro de 2009.
ALVARO AUGUSTO DIAS MONTEIRO
Almirante-de-Esquadra (FN)
Comandante-Geral
ASSINADO DIGITALMENTE
AUTENTICADO
PELO ORC
RUBRICA
Em_____/_____/_____ CARIMBO
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - III - ORIGINAL
ÍNDICE
PÁGINAS
Folha de Rosto ........................................................................................................ I
Ato de Aprovação ................................................................................................... II
Índice....................................................................................................................... III
Introdução ............................................................................................................... IV
CAPÍTULO 1 - FONTES D’ÁGUA
1.1 - Ciclo Hidrológico ........................................................................................... 1-1
1.2 - Tipos de Fontes D’Água................................................................................. 1-1
1.3 - Classificação da Águas................................................................................... 1-2
1.4 - Impurezas na Água ......................................................................................... 1-2
1.5 - Concentração de Impurezas Permitidas.......................................................... 1-4
1.6 - Doenças de Origem Hídrica............................................................................ 1-4
CAPÍTULO 2 - CARACTERÍSTICAS DA ÁGUA
2.1 - Generalidades ................................................................................................. 2-1
2.2 - Turvação ou Turbidez..................................................................................... 2-1
2.3 - Cor .................................................................................................................. 2-2
2.4 - Odor e Sabor................................................................................................... 2-2
2.5 - Valor do PH (Potencial Hidrogeniônico) ....................................................... 2-2
2.6 - Determinação do PH....................................................................................... 2-3
2.7 - Quantidade de Consumo................................................................................. 2-4
CAPÍTULO 3 - NOÇÕES SOBRE TRATAMENTO D’ÁGUA
3.1 - Conceitos ........................................................................................................ 3-1
3.2 - Substâncias Químicas Utilizadas no Tratamento D’Água.............................. 3-8
3.3 - Cloro ............................................................................................................... 3-9
3.4 - Melhoramentos de Fontes e de Pontos D’Água ............................................. 3-14
3.5 - Tratamento D’Água para Pequenas Unidades................................................ 3-20
CAPÍTULO 4 - EQUIPAMENTOS DE TRATAMENTO D’ÁGUA
4.1 - Equipamento de Tratamento D’Água 7-VT ................................................... 4-1
4.2 - Equipamento de Tratamento D’Água Diato-Útil 3-VT.................................. 4-8
4.3 - Equipamentos Suplementares ........................................................................ 4-16
4.4 - Equipamento de Osmose Reversa ................................................................. 4-22
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - IV - ORIGINAL
INTRODUÇÃO
1 - PROPÓSITO
Esta publicação tem o propósito de transmitir os conhecimentos teóricos e técnicos
atinentes ao tratamento e utilização d’água nas diversas condições de campanha.
2 - DESCRIÇÃO
Esta publicação está dividida em quatro capítulos. No capítulo 1 são abordados os
assuntos relativos às fontes d´água. O capítulo 2 descreve as características e
propriedades relativas a água. As noções sobre tratamento da água são apresentadas no
capítulo 3 e os equipamentos necessários para tratamento d´água no capítulo 4.
3 - CLASSIFICAÇÃO
Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA-411 - Manual de Publicações da
Marinha, como: Publicação da Marinha do Brasil, não controlada, ostensiva, didática e de
instrução.
4 - SUBSTITUIÇÃO
Esta publicação substitui o CIASC-11.1.3/002 - Manual de Tratamento D´Água.
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 1-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 1
FONTES D’ÁGUA
1.1 - CICLO HIDROLÓGICO
Toda a água da terra passa por um ciclo de transformações contínuas conhecido como
Ciclo Hidrológico.
As águas dos mares, lagos, pântanos, rios, vegetais ou outras superfícies hídricas, por
evaporação vão constituir as nuvens. As nuvens sob determinadas condições de
temperatura e pressão se condensam e caem sob a forma de chuva, neve e granizo. As
águas da chuva correm, parte na superfície da terra formando as águas de superfície
(rios, lagos etc.) e outra parte se infiltra na terra indo formar os lençóis d’água
subterrânea que poderão dar origem as nascentes, fontes e poços.
Assim pela ação da energia solar repete-se o “ciclo hidrológico”.
1.2 - TIPOS DE FONTES D’ÁGUA
Uma fonte de água é um local, um ponto natural de suprimento de água, grande o
bastante para suprir todas as necessidades de uma tropa em campanha e na qual a
qualidade da água seja tal que possa ser prontamente tratada.
Existem seis tipos de fontes de água naturais, a saber:
1.2.1 - Águas superficiais
As águas superficiais são todas as águas existentes na superfície da terra, com
exceção da água do mar. É a fonte de suprimento mais acessível sendo, porém, via de
regra, quase sempre de qualidade inferior, devido à grande quantidade de impurezas
em suspensão.
1.2.2 - Águas subterrâneas
As águas subterrâneas encontram-se abaixo da superfície, sob várias formações de
terreno, areia ou pedra. Sua distribuição depende principalmente das características
das formações geológicas e do clima da região onde se encontram.
1.2.3 - Água do mar
A água do mar, como uma fonte, é um tipo completamente diferente, não só por sua
composição, bem como por requerer métodos de tratamento distintos dos aplicados às
demais fontes d’água. Os processos de destilação aos quais necessita ser submetida
representam a maior desvantagem de seu uso, por envolverem altos custos.
1.2.4 - Sistemas municipais
Os sistemas municipais são fontes de água disponíveis e desenvolvidas por
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 1-2 - ORIGINAL
especialistas em suprimento de água, sendo uma das mais acessíveis fontes de água
que se pode encontrar.
1.2.5 - Chuva, neve e gelo
Em muitas regiões de grandes precipitações e grande escoamento de águas, a água da
chuva é a principal fonte para os habitantes. O gelo e a neve podem também ser
usados, mas como uma fonte de emergência e somente em determinadas áreas do
globo.
1.2.6 – Vegetação
A vegetação é uma fonte de água que pode ser usada como um expediente e somente
em caráter individual. A água poderá ser encontrada em alguns tipos de vegetais
dentre eles, coqueiros, plantas típicas de regiões desérticas, alguns tipos de cipós, etc.
1.3 - CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS
Para fins de consumo, as águas podem ser classificadas em quatro grupos: potável,
palatável, contaminada e poluída.
1.3.1 - Água potável
É a água que pode ser bebida e que possui um gosto agradável. Isto não significa que
seja uma água pura, que não contenha germes patogênicos, fragmentos de animais,
matéria orgânica ou mineral em dissolução, embora em quantidades mínimas, que
não afetem ao consumidor.
1.3.2 - Água palatável
É a que possui gosto agradável. Uma água palatável pode não ser potável, mas uma
fonte de água potável será sempre palatável.
1.3.3 - Água contaminada
É aquela que contém germes patogênicos ou substâncias que a tornem imprópria ao
consumo. As impurezas nela contida geralmente não podem ser verificadas pela
inspeção visual, pelo odor ou pelo sabor.
1.3.4 - Água poluída
É aquela que apresenta aspecto, sabor ou odor desagradáveis. Geralmente a água
poluída está contaminada, mas o inverso pode não acontecer.
1.4 - IMPUREZAS NA ÁGUA
A água é formada por uma parte de oxigênio e duas partes de hidrogênio,
representada pela fórmula química (H2O). Não existe na natureza água isenta de
qualquer impureza, em decorrência das substâncias nela incorporadas durante o
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 1-3 - ORIGINAL
“ciclo hidrológico”. A água que se precipita sob a forma de chuva, neve ou granizo
arrasta germes, poeira, substâncias químicas e outros materiais nela solúveis.
A água da chuva, portanto, não é pura, embora relativamente livre de minerais em
dissolução. A água que penetra na terra, à medida que se filtra no solo, perde muito
das impurezas que se encontram em suspensão. Entretanto, simultaneamente à
liberação de tais impurezas, em sua trajetória serão dissolvidos minerais e outras
substâncias químicas. A água subterrânea pode, portanto, ser límpida, mas não ser
pura e pode ainda conter germes patogênicos ou substâncias nocivas ao homem.
As impurezas encontradas em suspensão podem ser dos seguintes tipos:
- Minerais – areia, argila, silte (pequenas partículas de minerais diversos), etc.
- Orgânicos – bactérias, algas, protozoários, fungos, folhas, raízes, pequenos
animais etc.
- Resíduos sólidos domésticos e industriais.
As impurezas encontradas em dissolução podem ser dos seguintes tipos:
- Inorgânicas (sólidas) – chumbo, cobre, zinco, cálcio, magnésio, sódio, etc.;
- Minerais (ácidas) – ácido clorídrico, ácido sulfúrico, nítrico, etc; e
- Gases – oxigênio, gás carbônico, gás sulfúrico, cloro.
O quadro abaixo apresenta um resumo das impurezas existentes na água:
MICROORGANISMOS PATOGÊNICOS OU NÃO PATOGÊNICOS
Algas Produzem odor, cor, sabor ou turvação.
Sólidos em suspensão Produz turvação.
de cálcio e de Magnésio
Bicarbonato – produz alcalinidade e dureza.
Carbonato – produz alcalinidade e dureza.
Sulfato – produz dureza.
Cloreto – Produz dureza e corrói as caldeiras.
Sal
de sódio
Bicarbonato – produz alcalinidade.
Carbono – produz alcalinidade.
Sulfato – produz espumas nas caldeiras.
Cloreto – produz sabor de sal.
Fluoretos – produz manchas nos esmaltes dos dentes.
Ferro
Produz sabor ferruginoso. Forma água avermelhada.
Corrói os metais.
Manganês Torna a água negra ou pardacenta.
Vegetais mortos Causam acidez; produzem coloração nas águas.
Gases
Oxigênio – corrói os metais.
Anídrico carbônico – produz acidez; corrói os metais.
Ácido sulfídrico – produz acidez, odor desagradável, e
corrói os metais.
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 1-4 - ORIGINAL
1.5 - CONCENTRAÇÃO DE IMPUREZAS PERMITIDAS
A concentração de substâncias químicas existentes na água destinada para o uso militar
não deve exceder as seguintes quantidades:
- Nitrogênio – Nitrato .....................20,0 ppm
- Zinco e Cobre...............................15,0 ppm
- Ferro e Manganês.........................3,0 ppm
- Radioatividade..............................0,3 ppm
- Sulfatos.........................................250 ppm
- Cloretos ........................................3x10-4
cm/m2
1.6 - DOENÇAS DE ORIGEM HÍDRICA
1.6.1 - Generalidades
As doenças de origem hídrica são principalmente aquelas em que os organismos
produtores das doenças são eliminados dos doentes ou portadores por meio das fezes
ou da urina, sendo lançadas na água.
De todas as formas de poluição nas águas a decorrente dos dejetos humanos é a que
deve merecer a maior atenção por parte das autoridades sanitárias. Os excrementos
humanos (fezes) despejados na água são vetores transmissores de microorganismos
patogênicos causadores de doenças.
Os germes patogênicos de origem hídrica dividem-se em dois grupos:
- os que rapidamente são destruídos pela cloração tais como os que causam febre
tifóide, febre paratífica, cólera, desinteria bacilar, diarréia comum, hepatite, etc; e
- os que são resistentes ao cloro, tais como os que causam desinteria amebiana,
esquistossomose, etc.
As doenças de origem hídricas não se evidenciam tão logo tenha ocorrido a ingestão
de água contaminada. Os germes patogênicos necessitam de algum tempo para seu
desenvolvimento e multiplicação no organismo humano. O tempo decorrido entre a
ingestão da água contaminada e o aparecimento da doença chama-se de período de
incubação.
A ausência de determinados sintomas de doenças na população de uma determinada
região não significa que a água desta região esteja descontaminada. Tal ausência
pode ser decorrente do fato desta população estar imunizada.
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 1-5 - ORIGINAL
1.6.2 - Doenças causadas por germes eliminados pela cloração
a) Febre tifóide
A febre tifóide é uma doença intestinal que produz erupção de cor rósea na pele,
febre alta e evacuações freqüentes. O agente produtor da febre tifóide é uma
bactéria veiculada pela água, chamada “bacilo tífico”, que é rapidamente
destruído pela cloração padrão, realizada em campanha. O período de incubação
do bacilo é de 3 a 38 dias, sendo a média verificada entre sete a catorze dias. A
vacinação aplicada aos combatentes provê uma proteção considerável, embora
possa ser ineficiente, caso ocorra a ingestão de água com elevado grau de
contaminação.
Os germes patogênicos, eliminados pelo organismo com as evacuações intestinais,
contaminam toda água que entram em contato. Tais germes não se desenvolvam
na água, morrendo muitos deles em uma semana. Tanto mais fria esteja a água
em que se encontram, tanto maior será seu período de vida.
b) Febre paratífica
A febre paratífica é muito semelhante à febre tifóide. O homem fica imunizado
pela vacinação ou em decorrência das defesas orgânicas criadas em decorrência de
febre paratífica anteriormente contraída. Contudo, um homem imunizado contra a
febre tífica não está imunizado contra a febre paratífica e vice-versa. A incubação
do paratífico dura de um a dez dias, sendo a média de sete dias. Os germes são
rapidamente destruídos pelos métodos padrões de cloração utilizados em
campanha.
c) Cólera
A cólera é uma infecção intestinal que provoca vômitos, cólicas, evacuações
intestinais e colapso rápido, com temperatura subnormal. A água contaminada é
um vetor que freqüentemente dissemina essa doença e, provavelmente é a causa
principal de epidemias graves. Além disso, a cólera pode ser veiculada pelos
alimentos ou transmitida pelo contato direto. O micróbio é facilmente destruído
pela cloração da água.
Os microorganismos causadores da doença são eliminados do organismo com as
fezes. Tais microorganismos podem viver por várias semanas na água.
A incubação, embora seja geralmente de três dias, pode ocorrer em poucas horas
ou até em cinco dias. Cerca de 50% das pessoas que contraem a Cólera morrem. A
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 1-6 - ORIGINAL
cura da doença e a vacinação conferem certo grau de imunidade temporária.
Somente as medidas sanitárias proporcionam garantia de que não seja contraída.
d) Desinteria bacilar
A desinteria bacilar é uma infecção intestinal que produz freqüentes evacuações
muco-sanguinolentas. A exemplo das infecções tíficas, sua ocorrência é mais
freqüente nos lugares em que existem más condições sanitárias. É facilmente
destruída pela cloração. O período de incubação é de dois a três dias podendo
elevar-se para sete dias. Os germes resistem ao frio e podem permanecer vivos no
solo e nas roupas por alguns dias. Sua maior incidência é verificada em regiões de
climas tropicais e subtropicais.
e) Diarréia comum
Dá-se o nome de diarréia comum a numerosas doenças intestinais. As fezes,
geralmente, apresentam-se aquosas. As diarréias aparecem quando não existem
cuidados sanitários adequados com os alimentos e com a água. As epidemias
propagadas pela água têm maior disseminação, podendo perdurar no tempo, caso
faltem medidas de controle adequadas. Muitas infecções graves, ainda que
benignas, são diagnosticadas como diarréia.
f) Hepatite
A hepatite é caracterizada por febre, fadiga, dor de cabeça e descontrole
abdominal. A febre abranda após quinze dias, a bile poderá ser observada na
urina, surgindo, normalmente, a icterícia (síndrome caracterizada por excesso de
bilirrubina no sangue e deposição de pigmento biliar na pele e membranas
mucosas, do que resulta a coloração amarela apresentada pelo paciente). O
período de incubação varia de quinze a trinta e cinco dias. A forma de transmissão
ainda não foi determinada com precisão, tendo sido verificados casos de
contaminação por meio da ingestão de alimentos e da água.
1.6.3 - Doenças causadas por germes cloro-resistentes
a) Desinteria amebiana
É uma infecção intestinal que se assemelha a desinteria bacilar em muitos dos
seus sintomas, sendo produzida por um organismo chamado “endameba
histolítica”. Esta endameba é na verdade um animal muito pequeno, menor que
uma bactéria e que resiste a cloração comum. O período de incubação é
normalmente de três a quatro semanas, porém pode durar vários meses.
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 1-7 - ORIGINAL
Esta doença é propagada pelos cistos da ameba que se formam no intestino da
pessoa infectada e, são eliminados com as fezes. Os cistos são a própria ameba
revestida de uma membrana que a protege. Pela dissecação, a forma cística da
ameba é destruída em poucos minutos. Na água os cistos vivem por alguns dias
podendo durar semanas.
Os cistos podem ser removidos da água pela filtração a diatomito juntamente com
a cloração. A água que contenha cistos amebianos deve ser cuidadosamente
tratada, pois a cura da desinteria muitas vezes é difícil e demorada.
b) Esquistossomose
Esquistossomose é a doença causada por um pequeno parasita (esquistossomo)
que penetra através da pele, quando uma pessoa se banha, mergulha ou ingere
água contaminada.
O período de incubação para todos os tipos esquistossomos é de vários meses.
Existem três tipos de esquistossomos importantes, a saber: schistossoma mansoni;
schistossoma japonicum e schistossoma Haematebium.
O “schistossoma mansoni” é encontrado na África e no nordeste da América do
Sul. Ataca as últimas porções dos intestinos, produzindo ulcerações no reto. O
“schistossoma japonicum”, encontrado principalmente na China e no Japão, afeta
o intestino grosso e produz dolorosas hipertrofias no fígado e no baço. O
“schistossoma Haematebium”, encontrado principalmente na África, ataca a
bexiga e produz urinas sanguinolentas.
Todos os tipos de esquistossomos têm um ciclo de vida complicado. Os ovos do
parasita são eliminados pela urina e pelas fezes. Na água doce eles dão
nascimento a larvas móveis que não podem infectar o organismo do homem.
Depois que penetrarem em certos moluscos de água doce, tomam uma forma
chamada de “cercária”. As larvas morrem se não penetrarem em um hospedeiro
intermediário (molusco) dentro de vinte e quatro horas após o seu nascimento. Na
forma de cercária, os esquistossomos podem viver apenas trinta e seis horas na
água. Portanto uma água isenta de moluscos e que foi guardada por mais de trinta
e seis horas pode ser ingerida sem receios. As cercárias podem ser destruídas pela
cloração, devendo se efetuar a sedimentação, coagulação e filtração para um
perfeito tratamento.
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 2-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 2
CARACTERÍSTICAS DA ÁGUA
2.1 - GENERALIDADES
A água apresenta características ou propriedades diversas de acordo com as substâncias
que nela se encontram. Estas características e propriedades abrangem: turvação, cor,
sabor, odor, PH, gases e substâncias minerais dissolvidas.
2.2 - TURVAÇÃO OU TURBIDEZ
A turvação é o aspecto lamacento ou pouco límpido da água provocado pelas matérias
em suspensão. A água correndo na superfície carrega pequenas partículas, mantendo-as
em suspensão. A quantidade e o tamanho destas partículas são proporcionais à
velocidade da corrente da água. Dentre tais partículas figura a areia, a argila, as matérias
orgânicas, oriundas de vegetais decompostos ou de fezes de animais. À medida que a
velocidade da água diminui, as matérias começam ser depositadas, as maiores e depois
as menores. Quando a velocidade da água cessa, ficando tranqüila, todas as partículas se
depositam.
As partículas de argila, por serem finíssimas, se mantêm em suspensão por mais tempo
que outros materiais. Por vezes, são necessários meses para a completa deposição de
todas as partículas de argila.
Após chuvas copiosas (grande volume) as águas correntes ficam turvas, fruto da
quantidade de materiais arrastados pela alta velocidade. Os lagos e charcos, geralmente,
possuem águas subterrâneas mais claras que as superficiais, isto devido à filtração das
matérias em suspensão pelo solo.
Para a eliminação da turvação, utiliza-se, então o pré-tratamento e a filtração,
objetivando-se:
- tornar a água potável;
- eliminar as matérias em suspensão, que podem conter microorganismos;
- evitar a ingestão de água por elementos, que, com a continuidade do consumo,
poderão ser vítimas de diarréias, devido à irritação do intestino, causada pelas matérias
sólidas existentes na água; e
- forçar o homem a beber somente água tratada, apresentando-a com um aspecto
agradável, sem gosto, cor ou odor que as matérias orgânicas podem provocar.
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 2-2 - ORIGINAL
2.3 - COR
A coloração da água quase sempre é produzida por matérias corantes oriundas dos
vegetais em decomposição. Por esta razão, a água dos pântanos tem mais tendência para
ter cores mais fortes. A cor causada pela turvação ou pelas impurezas deve ser
distinguida a fim de possibilitar a determinação do método adequado para o tratamento
d’água.
2.4 - ODOR E SABOR
O gosto, assim como o odor, é decorrente da presença de algas, gases dissolvidos,
matérias orgânicas em decomposição e resíduos industriais. As substâncias minerais em
solução alteram o gosto da água, embora nem sempre seja possível distingui-las pelo
odor. Exemplo: cloreto de sódio.
2.5 - VALOR DO PH (POTENCIAL HIDROGENIÔNICO)
As substâncias minerais e químicas que a água arrasta e dilui, quando de sua passagem
através do solo, têm grande influência nos processos de depuração, dentre eles a
coagulação e a sedimentação. Tais substâncias são ácidas ou alcalinas. Como a água
pode conter minerais, ácidos ou alcalinos, é necessária a identificação de quais
substâncias existem em maior grau, posto que as impurezas podem afetar o pré-
tratamento e causar ação corrosiva.
O PH pode ser definido como a medida quantitativa da acidez ou alcalinidade da água.
Tem grande utilidade no cálculo das substâncias químicas que devem ser adicionadas à
água para uma boa coagulação, para controlar a corrosão e para descobrir se a água
contém substâncias tóxicas. Também afeta a atividade bactericida do cloro, pois a ação
bactericida diminui quando o PH aumenta.
A água com PH acima de 8, 0 tem sua ação desinfetante bastante reduzida.
2.5.1 - Representação gráfica
O PH é representado por uma escala numérica que varia de 0 a 14. O PH é
determinado, em campanha, por um comparador de cores (colorímetro) e é medido
em uma escala de 14 divisores. Esta escala abrange as condições de acidez e
alcalinidade, onde a acidez máxima é representada pelo PH = 0 e a alcalinidade
máxima pelo PH = 14. No ponto médio desta escala, isto é, PH = 7 a água é neutra,
ou seja, as substâncias ácidas e alcalinas se equilibram ou se anulam entre si.
0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 , 10, 11, 12, 13, 14
Ácido Neutro Alcalino
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 2-3 - ORIGINAL
O PH de uma água pode ser aumentado pela adição de substâncias alcalinas como o
carbonato de sódio ou diminuído pela adição de substâncias ácidas como, por
exemplo, o sulfato de alumínio (alume).
Como evidência de que um PH = 7 não significa pureza, apresentamos o PH de
alguns alimentos por meio da tabela a seguir. Nota-se que alguns alimentos são
ácidos.
Tabela do PH dos Alimentos
Abóbora 5,0 - 5,4
Azeitona 6,3 - 6,6
Banana 4,5 - 4,7
Batata 5,6 - 6,0
Batata doce 5,3 - 5,6
Biscoito 6,5 - 8,5
Cerveja 4,0 - 5,0
Ervilha 5,8 - 6,4
Espinafre 5,1 - 6,4
Feijão 5,0 - 6,0
Laranja 3,0 - 4,0
Leite de vaca 6,3 - 6,6
Limão 1,8 - 2,0
Lima 2,2 - 2,4
Maçã 2,9 - 3,3
Manteiga 6,1 - 6,4
Nabo 5,2 - 5,6
Pão branco 5,0 - 6,0
Pêra 3,6 - 4,0
Queijo 4,8 - 6,4
Vinagre 2,4 - 3,4
2.6 - DETERMINAÇÃO DO PH
2.6.1 - Método do colorímetro
Este método baseia-se no fato de certos compostos orgânicos mudarem de cor com a
variação do PH.
A adição de pequena quantidade de indicador à amostra e a comparação dela com
padrões coloridos possibilitam a rápida determinação do PH.
Os aparelhos utilizados na comparação colorimétrica são chamados colorímetros ou
comparadores de cores, sendo os mesmos usados na determinação do cloro residual.
2.6.2 - Reagentes e suas referidas faixas de PH
O quadro abaixo apresenta os reagentes químicos utilizados nos colorímetros para
determinar o PH de uma amostra, juntamente com as faixas de PH possíveis de
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 2-4 - ORIGINAL
serem determinados com o uso dos mesmos.
Faixas de PH
Reagentes
Mínima Máxima
Azul de Bromotimol 6,0 7,6
Vermelho de Fenol (Pheno Red) 6,8 8,2
Vermelho de Cresol 7,2 8,8
2.7 - QUANTIDADE DE CONSUMO
O volume de água necessário a um soldado em combate, nas marchas ou em
estacionamentos é apresentado na tabela abaixo:
CONDIÇÕES LITROS POR DIA OBSERVAÇÕES
2 litros
Para um período de três dias no
máximo de operação.
Combate
3 a 6 litros
Usados para beber e, com
economia, para cozinhar e na
higiene pessoal, para operações
com mais de três dias de duração.
8 litros
Suficiente para beber, cozinhar,
lavar os utensílios de cozinha e
lavar as mãos e o rosto.
Marcha ou estacionamentos
de pequena duração
20 litros
Deve permitir o banho e a
lavagem de roupa.
20 litros Não incluindo banho.
40 litros Incluindo banho ligeiro.
Estacionamento de grande
duração
60 litros Banho de imersão.
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 3-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 3
NOÇÕES SOBRE TRATAMENTO D’ÁGUA
3.1 - CONCEITOS
O tratamento d’água é o processo de remover ou destruir as impurezas presentes na
mesma, a fim de que se torne segura para consumo. A boa qualidade é resultante dos
seguintes processos de tratamento: sedimentação, coagulação, filtração e desinfecção.
3.1.1 - Sedimentação
A sedimentação simples é a deposição natural dos sólidos mais pesados que a água,
sem adição de coagulantes químicos.
Na água em movimento, os sólidos mais pesados se mantêm em suspensão,
depositando-se no fundo, assim que o movimento cessa.
O tempo necessário para clarificar a água pela sedimentação natural depende do
tamanho e da densidade das partículas em suspensão. As partículas mais volumosas
depositam-se em poucos minutos, enquanto as menores, como os grãos de argila,
podem se manter em suspensão por alguns dias. Dificilmente o processo de
sedimentação será utilizado para o tratamento da água, sem que seja associado a
outro processo.
3.1.2 - Coagulação
Mediante a adição de determinadas substâncias químicas à água, as matérias em
suspensão se aglomeram em partículas mais volumosas, depositando-se com maior
rapidez. Tal processo denomina-se coagulação.
No CFN, a substância utilizada no processo de coagulação é o sulfato duplo de
alumínio (alúmen comum). Este elemento químico reage com as substâncias
alcalinas presentes na água formando uma substância gelatinosa, insolúvel, que
aglutina as matérias e os microrganismos em suspensão.
3.1.3 - Floculação
O alúmen comum (sulfato duplo de alumínio) é o coagulante a ser aplicado à água,
nos tanques de pré-tratamento e pode ser adicionado continuamente por dispositivos
mecânicos existentes nas unidades portáteis ou pelo método do cesto químico.
Após a adição do coagulante, a água deve ser bem agitada. Uma substância
gelatinosa começa a se formar, sendo suas partículas tão pequenas que apresenta um
aspecto leitoso. Neste estado, o hidróxido insolúvel não clarifica nem se deposita. É
necessário continuar a agitação da água, porém de forma mais branda, até que as
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 3-2 - ORIGINAL
partículas se liguem formando partículas mais volumosas. Este processo chama-se
floculação, sendo as partículas maiores denominadas de flocos. A finalidade desta
operação é conseguir flocos pesados e, conseqüentemente, acelerar a sedimentação
das matérias em suspensão.
3.1.4 - PH ótimo
O valor do PH ótimo da água é aquele onde o floco é mais pesado e se forma mais
rapidamente. Como o PH ótimo varia com o grau de impureza da água, há
necessidade de determiná-lo, mediante um teste conhecido como o teste dos potes.
Tal teste consiste na colocação da água em quatro potes, sendo adicionadas em cada
um quantidades distintas do coagulante e da substância alcalina a serem utilizados
para ocorrer e apressar a coagulação. As amostras são agitadas, sendo os potes
observados para que se verifique em qual ocorrerá com maior rapidez a formação de
flocos e a sedimentação. O pote em cujo processo for apresentada maior rapidez será
o que contém a água com PH ótimo.
3.1.5 - Pré-tratamento
O pré-tratamento consiste numa clarificação parcial da água pela coagulação e
sedimentação, antes da filtração. O pré-tratamento reduz a quantidade dos sólidos em
suspensão na água a um nível uniformemente baixo, assegurando a produção ótima
de água, qualquer que seja a turvação da fonte. Um pré-tratamento adequado evitará
o entupimento rápido dos filtros.
Quando da realização do pré-tratamento por tanques, usualmente são instalados um
ou mais tanques entre a unidade portátil de tratamento e a motobomba instalada junto
à fonte de captação.
As substâncias químicas coagulantes são adicionadas à água “in natura” com ajuda
de um cesto químico suspenso na borda do tanque.
A água que entrará nos tanques deve passar pelo cesto químico para que possa
dissolver os coagulantes nele existentes. Dentro de trinta a sessenta minutos a água
pré-tratada estará em condições de ser submetida ao tratamento propriamente dito.
3.1.6 - Filtração
A filtração é o processo de remoção da matéria em suspensão na água, mediante sua
passagem através de algum material poroso. No tratamento da água, a filtração é o
processo básico para remoção de bactérias e outros materiais em suspensão.
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OSTENSIVO - 3-3 - ORIGINAL
3.1.7 - Tipos de filtros
O processo de tratamento por filtração utiliza filtros, sendo os dois mais conhecidos
o de areia e o de diatomito.
Os filtros de areia são mais usados em sistemas fixos, nos quais há necessidade do
tratamento de grandes volumes d’água (ex: estações de tratamento d’água).
Os filtros a diatomito, por serem portáteis, são os utilizados pelo CFN.
3.1.8 - Ensaio de floculação (teste de rotina)
A floculação é o processo de tratamento d’água pelo qual as partículas finamente
divididas, capazes de permanecer indefinidamente em suspensão, causadores de cor e
turbidez, indesejáveis em água para consumo, são combinadas ou aglomeradas, por
meios químicos, a partículas de tamanho e massa suficientemente grandes para
efetuar uma sedimentação rápida e a conseqüente clarificação da água.
O processo de floculação utiliza diferentes produtos químicos, ou combinações de
produtos, dependendo da natureza e das características da água a ser tratada. Os
produtos mais usados como floculantes são o sulfato de alumínio e o sulfato duplo de
alumínio e potássio (alúmen de potássio ou simplesmente alúmen). Para o ajuste do
PH são usados a soda cáustica ou carbonato de sódio.
A finalidade do ensaio de floculação é a determinação das quantidades adequadas de
produtos químicos necessários à obtenção de uma perfeita clarificação da água, em
condições ótimas de PH. O PH ótimo é aquele que corresponde a melhor floculação e
sedimentação dos flóculos (flocos). O valor ótimo varia substancialmente com a água
a ser tratada. O PH da água tratada por floculação deverá ser igual (ou muito
próximo) do PH ótimo determinado no ensaio de floculação, desde que as
quantidades de produtos químicos, calculadas no ensaio, tenham sido corretamente
adicionados. No tratamento d’água em instalações de pequeno porte, como é o caso
dos tanques utilizados em campanha (cerca de 12.000 L), utiliza-se o alúmen de
potássio como floculante e carbonato de sódio como corretor de PH.
a) Preparo de soluções padrão – equipamentos de análise de água (seqüência)
I) Solução de alúmen (1 ml contém 0,008g de alúmen)
- Utilize um frasco de solução de 125 ml; coloque um funil, com auxílio do
suporte.
- Abra a cápsula de alúmen, despeje o conteúdo diretamente no funil; tome
cuidado de esvaziar a cápsula o máximo que possa.
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OSTENSIVO - 3-4 - ORIGINAL
- Encha um dos vidros vazios do estojo de floculação com água potável limpa.
Despeje, cuidadosamente, a água no funil de forma a transferir o alúmen para
dentro do frasco e termine a operação lavando bem o funil e cápsula,
recolhendo a lavagem diretamente ao frasco.
- Depois que o alúmen tenha dissolvido inteiramente termine de encher o
frasco com água, até completar o volume da marca de aferição. Quando,
depois de algum tempo de uso, a solução acabar, despeje qualquer resto de
líquido ainda existente e lave o frasco, antes de utilizá-lo no preparo de uma
nova solução.
II) Solução de carbonato de sódio (1 ml contém 0,004g de Na2CO3 )
Prepare a solução padrão de carbonato de sódio, exatamente da mesma maneira
que a solução de alúmen, utilizando a cápsula de carbonato de sódio.
b) Procedimento para o ensaio
Encha os quatro vidros do estojo de floculação com a amostra de água a examinar,
até a marca da aferição (200 ml).
Empregue diferentes dosagens das soluções de alúmen em cada um dos quatro
frascos. Em uma primeira série de ensaios, faça adições equivalentes às
concentrações de alúmen em g/l, como indicadas na tabela abaixo, acrescentando
com a pipeta graduada os volumes correspondentes da solução padrão de alúmen.
Dosagem (g/l) Solução de alúmen (ml)
0,020
0,040
0,060
0,080
0,5
1,0
1,5
2,0
Coloque os frascos no estojo e agite durante dois minutos.
Leve o estojo à sombra, observe os frascos contra a luz e verifique a formação de
flocos. Determine o PH da água do frasco, no qual formam-se os flocos
satisfatórios. Considere satisfatórios os flocos que mais rápido arrastem a turvação
em suspensão, de modo que a água resultante por decantação se mostre
perfeitamente límpida e clara. Os flocos devem formar-se e serem visíveis a olho
nu, após minutos de terminada agitação dos frascos.
Se não conseguir, na primeira série de ensaios, flocos satisfatórios (isto é, com
perfeita clarificação da água em exame), repita o ensaio com novas porções de
água a examinar, esvazie os frascos e lave-os bem com a água a ser examinada.
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OSTENSIVO - 3-5 - ORIGINAL
Siga o mesmo procedimento da série anterior dos testes, porém utilizando novas
dosagens de alúmen, conforme o indicado na tabela a seguir.
Dosagem (g/l) Solução de alúmen (ml)
0,10
0,12
0,14
0,16
2,5
3,0
3,5
4,5
Se, ainda com esta série, não se obtiver floculação satisfatória, faça duas novas
séries de ensaios, adicionando as mesmas dosagens de alúmen e quantidades de
carbonato de sódio equivalentes à metade das respectivas dosagens de alúmen,
conforme indicado na tabela abaixo.
Dosagens (g/l) Solução padrão (ml)
alúmen Carbonato de
sódio
alúmen Carbonato de sódio
0,02
0,04
0,06
0,08
0,10
0,12
0,14
0,16
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
0,06
0,07
0,08
0,5
1.0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
0,5
1.0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
Selecione o frasco correspondente ao ensaio que apresentou melhor floculação. Se
mais de um ensaio apresentou resultados idênticos e de boa floculação, escolha
entre esses, aquele que corresponde às menores dosagens, ou seja, aquele deverá
fornecer o menor consumo de produtos químicos para tratamento, portanto, maior
economia de material. Determine o PH ótimo da água do frasco selecionado e
anote o resultado obtido e as dosagens empregadas de alúmen e carbonato de
sódio, como os valores ótimos para floculação.
Exemplo: Calcule as quantidades de alúmen e carbonato de sódio necessários para
o tratamento de 12.000 litros de água bruta, de acordo com os resultados do ensaio
de floculação, multiplicando a dosagem ótima em g/l por 12.000.
- Quantidade do produto (g) = dosagem (g/l) X 12.000.
Considere ainda que o ensaio de floculação indicou uma dosagem de produtos
químicos correspondente a 0,12 g/l de alúmen e 0,06 g/l de carbonato de sódio.
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OSTENSIVO - 3-6 - ORIGINAL
Resposta: As quantidades para tratamento de 12.000 litros serão:
Alúmen: 0,12 x 12.000 = 1400g
Carbonato de sódio: 0,06 x 12.000 = 720 g
c) Medidas das quantidades de produtos
A medida das quantidades de alúmen ou carbonato de sódio, quando não se dispõe
de uma balança, poderá ser feita com auxílio do copo graduado de 1.000 ml,
considerando-se o aumento de volume de líquido, indicado na escala do copo,
quando se adiciona o produto medido.
Desde que se considere que o alúmen pesa 60 % mais e o carbonato de sódio 140
% mais que a água, as quantidades serão calculadas multiplicando-se o aumento
do volume de líquido por 1,6 e 2,4 respectivamente.
Exemplo: 240 g de alúmen corresponderão a um aumento de nível de 150 ml (150
x 1,6 = 240). A tabela a seguir fornece valores correspondentes às dosagens de
alúmen e dados para medição das quantidades necessárias para 12.000 litros de
água.
Proceda a medição do alúmen da seguinte forma:
- Verifique a dosagem ótima de alúmen pela prova de floculação.
- Encha o copo graduado (Cl-Gl-P3), com água (potável) até a marca de 400ml.
- Verifique o nível que a água deve atingir para se obter a quantidade de alúmen
equivalente a dosagem requerida, de acordo com os dados da tabela 4.
- Junte cristais de alúmen até atingir o nível desejado. Neste ponto, todo o alúmen
deverá estar submerso.
- Para dosagens acima de 0,08g/l, faça duas medidas separadamente.
A seguir, a tabela apresenta as dosagens de alúmen e dados para medição das
quantidades necessárias para 12.000 litros de água.
Dosagens Quantidade
Aumento de nível
(ml)
Nível no copo
(ml)
-
0,02
0,04
0,06
0,08
-
240
480
720
960
Nível inicial
150
300
450
600
400
550
700
850
1.000
NOTA: Os dados desta tabela são apenas indicativos do procedimento para
tomada de quantidades de alúmen e foram determinadas considerando-se um
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 3-7 - ORIGINAL
multiplicador igual a 1,6, representativo da densidade aparente do produto
comercial típico. Para cada tipo de produto comercial usado na prática, deve-se
proceder à determinação prévia do respectivo multiplicador.
A medição do carbonato de sódio é feita da mesma maneira, utilizando-se os
dados da tabela a seguir, que apresenta as dosagens de carbonato de sódio e dados
para medição das quantidades necessárias para 12.000 litros de água.
Dosagens Quantidade Aumento de nível (ml)
Nível no copo
(ml)
-
0,01
0,02
0,03
0,04
-
120
240
360
480
Nível inicial
50
100
150
200
450
500
550
600
650
3.1.9 - Determinação da turbidez
a) Generalidades
A turbidez indica a quantidade de matéria em suspensão existente na água. É
definida na escala expressa pelo teor de sílica em ppm, referida a uma série de
padrões de turbidez.
Dois tipos de ensaios podem ser aplicados na determinação de turbidez de água:
- por comparação visual da amostra da água em exame, com solução padrão de
turbidez; e
- utilizando um artifício que permite medir diretamente a visibilidade por meio da
própria amostra, como, por exemplo, pelo emprego do copo graduado e com
uma mancha preta pintada no fundo, conforme será visto adiante (método
rápido) que fornece resultados apenas aproximados.
b) Procedimento
Para examinar baixas turvações, como os dos afluentes de um aparelho de
tratamento, ponha água no copo graduado de 1.000 ml até a altura de 850 ml e
coloque sobre o retângulo de plástico branco com uma mancha preta, no centro.
Se a mancha aparecer nitidamente tão preta como anteriormente, isto é sinal de
estar produzindo uma turvação inferior a 5 ppm. Uma turvação superior a 5 ppm
produzirá uma matiz leitosa ou acinzentada.
Como não é fornecido turbidímetro, para ser usado com as águas superficiais, o
copo medidor pode ser empregado para constatar a turbidez de uma água de
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 3-8 - ORIGINAL
superfície superior a 100 ppm; entre 100 e 50 ppm e inferior a 50 ppm proceda da
seguinte forma:
- encha o copo até a marca 500 ml;
- não sendo mais visível a mancha preta, a turvação é igual ou superior a 100 ppm;
- se o contorno da mancha ainda for visível, a turvação é inferior a 100 ppm;
- neste último caso, adicione mais água em exame, até o nível de 850 ml. se a
mancha deixar de ser visível, a turvação será superior a 50 ppm e inferior
a 100 ppm; e
- se a mancha permanecer visível, a turvação será inferior a 50 ppm.
3.2 - SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS UTILIZADAS NO TRATAMENTO D’ÁGUA
3.2.1 - Agentes químicos coagulantes
Os agentes químicos coagulantes mais comuns são: sulfato duplo de alumínio e
potássio, sulfato de alumínio, alúmen preto e alúmen amoniacal.
a) Sulfato duplo de alumínio e potássio
Também chamado de alúmen comum ou pedra ume, é um sal ácido, sendo
corrosivo para alguns metais. Apresenta-se em grande massa, granulada ou em pó,
sendo solúvel na água e de aplicação fácil, em pedra ou em solução. É o
coagulante preferido pelas unidades de engenharia de combate no tratamento
d’água.
b) Sulfato de alumínio
É o coagulante mais utilizado nas grandes instalações fixas de tratamento.
Apresenta-se na forma compacta, granular ou em pó. É um sal ácido e corrosivo
para a maior parte dos metais.
c) Alúmen preto
É o sulfato de alumínio que contém carvão ativado em quantidade de 2 a 5% do
seu peso. É um coagulante que, além de agir com essa propriedade, serve como
redutor do odor e sabor da água. Não existem doses calculadas para lançar-se à
água sulfato de alumínio e carvão ativado separadamente.
d) Alúmen amoniacal
Apresenta-se na forma compacta ou em cristais. É utilizado nas unidades móveis
ou portáteis de tratamento d’água. É menos solúvel que o alúmen comum e o
sulfato de alumínio. Sua composição química faz com que, ao ser colocado na
água, libere pequena quantidade de amônia, que favorece a ação do cloro.
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OSTENSIVO - 3-9 - ORIGINAL
3.2.2 - Substâncias químicas para ajustagem do PH
a) Carbonato de sódio
É um pó branco, bastante solúvel na água, usado quando a água não contém
alcalinidade suficiente para reagir com o coagulante. É utilizado para controle de
corrosão, ajustagem do PH e amaciante da água.
b) Cal
Cal viva (óxido de cálcio) e cal extinta (hidróxido de cálcio) podem ser usadas
para produzir a alcalinidade artificial, bem como abrandamento da água.
c) Ácido sulfúrico
As águas coloridas são às vezes tratadas pelo alúmen, num valor de PH baixo.
Utiliza-se o ácido sulfúrico para baixar o PH, a fim de eliminar o excesso de
alúmen.
3.2.3 - Substância filtrante
O diatomito é o composto resultante dos esqueletos de algas microscópicas,
chamadas diatomáceas, encontradas em depósitos marítimos que se elevam acima do
nível do mar. É o meio filtrante dos atuais filtros utilizados no CFN. É chamado
também de sílica diatomácea, terra diatomácea ou simplesmente sílica.
3.2.4 - Substância química para controle de odor e sabor
O carvão ativado absorve substâncias orgânicas, cloro, ácido sulfúrico, ferro, alguns
agentes químicos de guerra, remove a coloração, sem alterar o PH e as propriedades
químicas da água por ser completamente insolúvel nela. Pode ser utilizado antes,
durante ou após a coagulação, ou diretamente nos filtros.
3.3 - CLORO
3.3.1 - Generalidades
Quase que universalmente, o cloro é utilizado em várias formas para a esterilização
da água.
O cloro pode apresentar-se sob a forma de um gás de coloração amarelo-esverdeada,
sendo venenoso e duas vezes e meia mais pesado que o ar, tendo odor desagradável.
Pode apresentar-se na forma sólida (em pó ou granulado), combinado-se com outras
substâncias, podendo apresentar-se, ainda, na forma líquida.
Sob a forma elementar, o cloro gasoso é mantido liquefeito, sob pressão, em
cilindros metálicos. Pela diminuição de pressão, ele se gaseifica, sendo bastante
solúvel na água.
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OSTENSIVO - 3-10 - ORIGINAL
3.3.2 - Derivados do cloro
a) Hipoclorito de cálcio
É um derivado do cloro que é adicionado à água em soluções através de um
aparelho chamado hipoclorador. O hipoclorito contém cerca de 65% a 70% de
cloro ativo e é encontrado comercialmente sob as denominações de HTH,
SUPERCHLOR e PERCHLORON, sendo facilmente solúvel na água.
b) Oxicloreto de cálcio
É mais conhecido como cloreto de cálcio ou sal clorado, e tem uma taxa de cloro
ativo de 25% a 30%.
c) Hipoclorito de sódio
É liquido e tem 10% de cloro ativo. Este composto, assim como os demais, é
utilizado principalmente para pequenos abastecimentos de água, ficando o cloro
gasoso para os grandes volumes (Estações de Tratamento D’água).
3.3.3 - Cloração
Dentre os processos empregados na esterilização da água, o mais usado é a cloração.
Este processo consiste na adição do cloro ou dos seus derivados com a finalidade
principal de destruir microorganismos patogênicos.
Na esterilização da água pelo cloro usamos os seguintes termos:
a) Dosagem de cloro
É a quantidade de cloro que é adicionada à água para iniciar o processo de
desinfecção.
b) Cloro residual
Quantidade de cloro que permanece na água depois que a necessidade de todos os
agentes consumidores tenham sido satisfeitas. A taxa de cloro em campanha é de
1 ppm.
c) Necessidade de cloro
Quantidade de cloro que reage com os agentes consumidores do cloro, em
determinado tempo. É a diferença entre a dosagem de cloro e o cloro residual.
3.3.4 - Determinação do cloro
a) Métodos da ortotolidina
Este método é utilizado no controle do cloro nos pontos d’água. O aparelho
utilizado no teste é o colorímetro e o reativo é a ortotolidina.
A ortotolidina em presença do cloro produz uma substância de cor amarela que
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OSTENSIVO - 3-11 - ORIGINAL
será tanto mais intensa quanto maior for a quantidade de cloro existente na água.
b) Técnica
- Colocar no comparador o disco correto de cloro;
- Pôr em uma das cubetas, 10 ml de amostra a analisar e colocá-la no suporte do
lado esquerdo do comparador que corresponde às cores padrão;
- Em uma outra cubeta, colocar 0,5 ml da solução de ortotolidina e 10 ml da
amostra. Colocá-la no suporte do lado direito do comparador;
- Girar o disco até haver coincidência de cores; e
- Ler o valor obtido no disco.
Observação: se a cor estiver compreendida entre duas cores, intercalar o valor.
Exemplo: se estiver entre 0,6 ppm e 0,8 ppm o valor exato será 0,7 ppm.
3.3.5 - Cálculo da necessidade de cloro
a) Preparação da dosagem de cloro
O hipoclorito de cálcio (HTH) tem 65% de cloro livre na sua formação, portanto para
ter cinco gramas de cloro são necessárias 7,7 g de hipoclorito. Como o peso
específico do hipoclorito é de 1,525, as 7,7 g de hipoclorito tem o mesmo volume,
que é de 5,1 de água. Portanto, para medir cinco gramas de cloro deve-se adicionar
hipoclorito à água em um tubo de ensaio até deslocar um volume de 5,1 ml.
Hipoclorito de cálcio 65%
65 g – 100 hipoclorito
5 g – x x = 5 x 100 = 7,7 g
65
b) Deslocamento
Se 1,525g equivale ao peso específico de 1ml de cloro, 7,7g de cloro (5g de cloro
ativo) equivalerão a um deslocamento de:
7,7 – x x = 7,7 x 1 x = 5ml
1,525 – 1 1,525
c) Seqüência das ações
- Enche-se uma proveta com água destilada até a marca de 10 ml;
- Adiciona-se cuidadosamente o hipoclorito de cálcio em pó até que o nível da
água atinja a 15 ml agitando sempre;
- Lança-se esta solução num caneco graduado e adiciona-se água até completar
um litro. Esta é a solução padrão para teste, com 5.000 ppm de cloro;
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- Lança-se 1 ml da solução padrão em um litro da água a ser tratada obtendo-se
uma concentração de cinco ppm de cloro na água bruta. Agita-se essa amostra e
aguarda-se trinta minutos; e
- Utilizando-se o colorímetro, com o disco e o reagente indicado, verifique o cloro
residual da água a ser tratada.
d) Conclusão
A dosagem de cloro será igual a 5 ppm menos a dosagem de cloro residual
determinada acima.
e) Exemplo
Foi colocada inicialmente, na água bruta, uma dosagem de 5 ppm. Ao fim do teste
observou-se uma dosagem de cloro residual igual a 2 ppm. Conclui-se, então, que
3 ppm foram consumidos na destruição dos germes (5 ppm – 2 ppm = 3 ppm).
Portanto, sendo 3 ppm a necessidade, deve-se clorar a água a ser tratada com 4
ppm de modo que sobre 1 ppm de cloro no tanque de distribuição.
f) Cálculo da necessidade de cloro
I) Preparação das dosagens padrão (ver tabela abaixo)
- Escolhe-se na coluna respectiva (1) a concentração desejada em partes por
milhão (ppm);
- Coloca-se 10ml de água destilada no frasco medidor;
- Coloca-se hipoclorito de cálcio até adicionar o volume da coluna (2) aos 10
ml de água no frasco e agita-se a solução até torná-la homogênea.
Exemplo:
Para 4 ppm: 10 ml de água + 4,0 ml de hipoclorito = 14 ml de solução.
Adiciona-se a água destilada a essa solução até completar um litro. Tem-se
assim um litro de água com a dosagem padrão para fazer a concentração no
teste.
Quantidade de hipoclorito de
cálcio – nacional
Quantidade de
cloro contido
(1)
Concentração para
a dosagem padrão
(ppm) (mg/l)
(2)
Volume (ml)
(3)
Peso (g)
(4)
Peso (g)
5 5,1 7,7 5
4 4,0 6,0 4
3 3.0 4,6 3
2 2.0 3,1 2
1 1,0 1,6 1
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OSTENSIVO - 3-13 - ORIGINAL
II) Dosagem na amostra a ser tratada
Retira-se 1 ml da dosagem padrão para a concentração desejada e dissolve-se
em 1 litro de água a ser tratada. Aguarda-se trinta minutos e efetua-se o teste
de cloro residual.
III) Determinação da necessidade de cloro
Diminui-se o resultado acima (cloro residual) da concentração escolhida
inicialmente (coluna 1) obtendo-se a necessidade do cloro.
IV) Cloração (ver tabela a abaixo)
Acrescenta-se uma unidade ao resultado anterior (necessidade de cloro) e
obtém-se a concentração com que a água será clorada no equipamento 7-VT
ou 3-VT.
Quantidade de hipoclorito
de cálcio nacional
Quantidade de
cloro contido
(1)
Concentração para
esterilizar 12.000
litros no 7 VT
(2)
Volume (ml)
(3)
Peso (g)
(4)
Peso (g)
5 61 92 60
4 48 74 48
3 36 55 36
2 25 36 24
1 12 18 12
3.3.6 - Prova da demanda de cloro
a) Equipamento de análise de água Mod MIL MU – 3
O cloro não neutraliza as substâncias tóxicas que se encontram na água.
Entretanto, ele pode revelar a presença de certos agentes químicos de guerra que
reagem rapidamente com o cloro e aumentam imediatamente as necessidades de
cloro na água. Quando a dosagem de cloro de 6,0 ppm não deixa um resíduo de 1
ppm, após contato de dois minutos, algum agente químico de guerra pode estar
presente. A prova se efetua do seguinte modo:
- Encha o cantil com água até a 2 a 3 cm da boca;
- Meça a quantidade de agente de cloração com auxílio da cápsula de medida,
tomando como referência a marca gravada, junte-o à água do cantil e agite por 2
a 3 minutos;
- Cinco minutos após a dissolução, verifique o teor de cloro residual, utilizando o
comparador de cores (colorímetro);
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OSTENSIVO - 3-14 - ORIGINAL
- O resultado do ensaio será considerado positivo quando se encontrar um teor do
cloro residual inferior a 1 ppm, significando que a necessidade de cloro é maior
que 5 ppm; e
- O resultado do ensaio será negativo quando o cloro residual for maior que 1
ppm.
3.3.7 - Comprimidos de cloro para tratamento d’água
a) Indicação e modo de usar
Usam-se os comprimidos de clorin de acordo com as dosagens indicadas:
- para reservatórios e cisternas, usa-se um comprimido de 10.000 para cada 10.000
litros d’água;
- para caixas e poços, usa-se clorin 1000 para cada 1000 litros d’água; e
- para garrafões, potes e latas usa-se clorin 1 para cada litro d’água (cantil).
Colocam-se os comprimidos dentro da água a tratar e em poucos minutos eles se
dissolvem, tornando a água cristalina e sem o desagradável cheiro ou gosto de
cloro.
3.4 - MELHORAMENTOS DE FONTES E DE PONTOS D’ÁGUA
3.4.1 - Melhoramentos de fontes d’água
a) Generalidades
I) Objetivos
O melhoramento de uma fonte d’água consiste em qualquer trabalho que
resulte em aumento da produção de água ou melhore sua qualidade, ou ainda
que a torne mais rapidamente apta ao tratamento.
II) Melhoramento
Ao melhorar uma fonte utilizamos represas, galerias e outros artifícios para
aumentar a quantidade e melhorar a qualidade.
III) Precauções
Devem ser evitados melhoramentos complicados; a simplicidade dá resultados
mais rápidos. Monte um ralo na entrada de todas as mangueiras ou canos de
tomadas d’água, seja qual for a limpidez da fonte. Para um ponto de aspiração
ou tomada d’água, escolha um ponto em que a água seja tão profunda e límpida
quanto possível. O ralo da mangueira de sucção deve ser colocado dez
centímetros abaixo do nível da água.
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 3-15 - ORIGINAL
b) Fontes de água superficiais
Para um suprimento d’água normal em campanha, a água superficial é o tipo mais
acessível de fonte d’água. Vários métodos de construção de tomadas de água no
interior de fontes superficiais são representados em seguida:
I) Pedras ou estacas
Se a correnteza não é rápida e a água é suficientemente profunda, uma tomada
provisória pode ser preparada colocando-se o ralo de sucção sobre uma pedra.
Isto evitará entupimento do ralo. Se a fonte a ser utilizada, (rio, riacho ou lago)
for rasa, a mangueira de sucção pode ser presa em um poste ou estaca.
II) Cova
Quando a corrente for tão rasa que não seja coberta por no mínimo dez
centímetros de água, deve-se fazer uma cova no leito da corrente e pousar o
ralo sobre uma pedra. Se o fundo do rio for de lodo ou argila, enche-se a cova
com cascalho para impedir a entrada de lama no equipamento de tratamento
d’água.
Fig 3.1 - Cova
III) Represas
O nível d’água de pequenas correntes pode ser elevado o suficiente para cobrir
o ralo construindo-se uma represa. Nas correntes muito rápidas pode ser feita
uma “falsa represa” lateral que protege o ralo sem represar a corrente.
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 3-16 - ORIGINAL
Fig 3.2 - Falsa represa
IV) Bóias
Feitas de troncos de madeiras, latas fechadas ou tonéis de combustíveis.
Fig 3.3 - Bóia de tronco de madeira
3.4.2 - Melhoramentos de um ponto d’água
Os melhoramentos em ponto d’água são feitos gradualmente, de modo a aumentar a
quantidade e melhorar a qualidade da água, bem como a eficiência das instalações de
tratamento e distribuição. Um melhoramento gradativo serve para evitar
estrangulamento e outras falhas que podem ocorrer após a instalação de ponto
d’água. Os objetivos a alcançar são:
- aumentar a produção de água potável;
- melhorar a qualidade de água produzida;
- diminuir os problemas de distribuição;
- diminuir as necessidades de manutenção;
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 3-17 - ORIGINAL
- aumentar a segurança; e
- melhorar as condições de operação do ponto d’água.
Um planejamento adequado é essencial para um melhoramento progressivo do ponto
d’água e deverá estar colocado, calcado e amarrado, aos dados do reconhecimento. A
eliminação das dificuldades que limitam as operações devem ter prioridade sobre
problemas de menor importância.
a) Drenagem
A importância da drenagem adequada não pode ser menosprezada, pois, devido à
água que se perde no filtro, aos escapamentos dos tanques e aos derrames por
ocasião da distribuição, a área de operação de um ponto d’água se mantém
constantemente úmida e lamacenta.
b) Suporte e plataformas
Nos pontos da frente, normalmente os tanques são armados sobre plataformas
colocadas no solo. Elas mantêm os tanques afastados da umidade e permitem a
circulação do ar por baixo, evitando que os tanques apodreçam.
Fig 3.4 - Plataforma alta
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 3-18 - ORIGINAL
c) Instalações para armazenagem
As instalações para armazenagem, com capacidade suficiente para guardar a
quantidade de água necessária para o consumo de um dia, aumentarão a eficiência
da distribuição, por meio da eliminação de longas esperas nos pontos d’água pelos
consumidores. Para armazenagem, poderá ser feita uma escavação, forrada com
uma lona. A terra resultante da escavação deve ser compactada em volta, para
evitar poluição das águas superficiais. Uma lona suplementar deve ser colocada
sobre a escavação para servir de cobertura protetora para a água armazenada.
Fig 3.5 - Instalação para armazenagem improvisada
d) Variante de circulação e desvio
Quando os pontos d’água forem situados ao longo de estradas com tráfego intenso
deve-se dispor de instalações para carregamento das viaturas dos consumidores,
sem interferir com o tráfego normal. O desvio a ser feito na estrada dependerá do
porte do ponto d’água e da mão de obra disponível. Atenção especial deve ser
dada à drenagem deste desvio.
e) Sinalização
A sinalização do tráfego, indicando o caminho para o ponto d’água, fica a cargo
da Equipe de Tratamento D’Água. Os sinais devem ser bem visíveis aos
motoristas e permitir que as viaturas possam circular com o mínimo de
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 3-19 - ORIGINAL
cruzamentos, devendo ser fabricados com metal e armazenados com os
equipamentos de tratamento d’água para uso em campanha.
f) Distribuidores
Um distribuidor do ponto d’água serve para fornecer água sob pressão, de uma
saída suficiente alta, para servir às viaturas cisternas. Comumente, é constituído
por um cano de 2 polegadas preso a uma viga vertical que o suporta. Pode-se
instalar uma série de distribuidores ligados a uma instalação subterrânea. A saída
mais satisfatória para os distribuidores é um pedaço curto de mangueira de
descarga tendo na ponta um bico de segurança, que serve para ficar suspenso a
fim de evitar contaminação.
g) Camuflagem
A melhor maneira de reduzir as possibilidades de um ataque inimigo é negar
informações concernentes à localização dos pontos d’água. Isto pode ser feito pela
eficiente cobertura e mascaramento ou pelo uso das redes de camuflagem para
encobrir as linhas e formas do equipamento. As redes são particularmente
aplicáveis a unidades móveis de purificação d’água, onde a cobertura natural for
precária. Se possível, áreas de estacionamento, variantes de circulação, desvio,
bem como todas as instalações de distribuição, devem ser cuidadosamente
camufladas.
h) Instalações sanitárias
Devem estar localizadas a um mínimo de cem metros a jusante da fonte d’água.
Tais instalações não devem contaminar o nível do lençol d’água subterrânea nem
locais cuja drenagem possa vir a contaminar a fonte d’água.
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 3-20 - ORIGINAL
Fig 3.6 - Esboço de um ponto d’água com melhoramentos
3.5 - TRATAMENTO D’ÁGUA PARA PEQUENAS UNIDADES
3.5.1 - Generalidades
O suprimento e o tratamento d’água, na sua forma mais simples, consiste no emprego
isolado de regras de esterilização da água do cantil, adicionando pílulas de
substâncias esterilizantes ou fervendo-o por no mínimo vinte minutos.
3.5.2 - Saco lyster
a) Características
O saco lyster é um saco de lona destinado basicamente ao armazenamento de
água. Pesa, aproximadamente, oito quilos quando vazio, tendo capacidade
aproximada para 136 litros de água (36 galões quando cheio até dez centímetros
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 3-21 - ORIGINAL
da borda). Pode ser revestido de borracha para uso em climas frios ou de um
material poroso para uso em climas quentes e secos. Possui quatro torneiras na
parte inferior, um anel de metal com quatro ilhoses em sua parte superior para
poder ser pendurado, sendo dotado de uma tampa.
b) Emprego
É utilizado para, além de esterilizar a água, quando da indisponibilidade de outro
equipamento de tratamento de água, servir como depósito e meio de distribuição
da água depurada.
c) Utilização
Para a esterilização da água do saco lyster, deve-se proceder da seguinte maneira:
- suspender o saco no tripé apropriado ou de outro modo e enchê-lo até dez
centímetros da borda;
- retirar uma pequena quantidade de água de uma das torneiras e apará-las num
caneco de cantil. quebrar uma ampola de hipoclorito de cálcio e colocar o
produto no caneco. juntar água até dois terços do caneco;
- pôr a solução de hipoclorito de cálcio no saco e mexer bem com vara limpa, para
que o hipoclorito se dissolva bem na água.
- depois de 10 minutos, pelo menos, abrir as torneiras e deixar escapar uma
pequena quantidade de água.
- fazer então os testes para verificar a presença do cloro livre na água.
3.5.3 - Teste do cloro
O cloro residual pode ser determinado pelo colorímetro. Neste caso será verificado o
valor do cloro residual, que deverá ser de 1 ppm após dez minutos de contato.
Antes de entregar a água ao consumo, deixá-la em repouso depois da prova, por vinte
minutos, ou seja, um total de trinta minutos após a adição do hipoclorito.
Havendo a suspeita de cisto amebiano ou esquistossomose deve-se aumentar a taxa
de cloro para 2 ppm.
3.5.4 - Esterilização no cantil
A água pode ser purificada nos cantis mediante a colocação de comprimidos
individuais de purificação de água (Halozona). Como os comprimidos são fornecidos
na dosagem de 4 a 8 mg, a quantidade a ser utilizada em um cantil é variável.
- sendo a água aparentemente clara, usa-se 1 comprimido de 8 mg ou 2 de 4 mg.
- se a água for turva, emprega-se 2 comprimidos de 8 mg ou 4 de 4 mg.
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 3-22 - ORIGINAL
Depois da colocação dos comprimidos na água devem ser aguardados 30 minutos, no
mínimo, para que a água possa ser bebida. Caso haja suspeita da presença de
esquistossomos ou de cistos amebianos, devem ser empregados, no mínimo, 4
comprimidos de 4 mg ou 2 de 8 mg.
3.5.5 - Fervura
Se nem o hipoclorito de cálcio ou iodo ou halazona estiverem disponíveis, a água
poderá ser purificada pela fervura durante trinta minutos. Este método não deve ser
feito individualmente pelo combatente, devendo a água ser fervida sob supervisão e
em grandes quantidades, e então distribuídas à tropa.
3.5.6 - Adição de sal
Os combatentes submetidos a atividades físicas intensas ou prolongadas no tempo,
quer durante a instrução ou o adestramento, quer em combate, perdem ponderável
quantidade de sal pela transpiração. Tal perda pode ser compensada se a tropa beber
água que contenha cerca de 0,1% de sal comum. Esta água pode ser preparada,
juntando-se 450 gramas de sal comum a 380 litros de água, ou 136 gramas de sal
comum a 136 litros de água (Saco Lyster).
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 4-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 4
EQUIPAMENTOS DE TRATAMENTO D’ÁGUA
4.1 - EQUIPAMENTO DE TRATAMENTO D’ÁGUA 7-VT
O Equipamento de Tratamento de Água Diato-Útil Modelo 7-VT de 12.000 litros/hora é
de fabricação nacional e, devidamente instalado junto a uma fonte d’água natural, tem
condições para convertê-la em água potável.
Seu principal trabalho consiste em filtrar e desinfetar a água com a utilização do cloro,
sendo ainda empregada a sílica diatomácia como elemento filtrante.
O Equipamento de Tratamento D’Água 7-VT é constituído de:
- conjunto de sucção, recalque e tratamento;
- diato-filtro; e
- tambor de recobrimento.
O equipamento auxiliar é constituído, por sua vez, pelas mangueiras (sucção, descarga e
recobrimento), ferramentas, ralos, tanques e juntas.
4.1.1 - Conjunto de sucção, recalque e tratamento
a) Motor
Observar inciso 4.3.10 deste manual.
b) Bomba
A bomba utilizada é do tipo centrífuga, com vazão horária de 12.000 litros por
hora; altura manométrica: 40 metros; sucção máxima: 6 metros; a gaxeta da
bomba não deve ser apertada em demasia a fim de evitar o super aquecimento do
eixo e o desgaste do mesmo, devendo-se sempre deixar que pingue um pouco de
água que servirá para lubrificar e resfriar, pois a rotação é muito alta.
c) Válvula
Os números citados entre parênteses após alguns componentes referem-se à
Fig 4.1
Válvula nº 1 (2 posições):
- FL (filtrar ou retrolavagem);
- R (Recobrimento);
- Registro geral da bomba (8);
- Registro geral do dosador de sílica auxiliar (6);
- Registro geral do hipoclorador (7);
- Registro de saída do hipoclorito (4);
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 4-2 - ORIGINAL
- Registro de saída da sílica auxiliar (5); e
- Entrada para o recobrimento (válvula 1 na posição R).
d) Hipocloradores
São aparelhos destinados à aplicação do cloro, por meio de hipoclorito de cálcio
ou hipoclorito de sódio, no tratamento da água. Os hipocloradores usam como
energia o movimento da água impulsionada pela própria bomba, sendo que a
solução química é misturada à corrente de água por um sistema hidrodinâmico de
pressão conhecido como “Sistema Venturi”. O rotâmetro regula a dosagem de
cloro.
A preparação da solução de hipoclorito de cálcio é feita num recipiente
separadamente e na concentração desejada. Deve-se deixar que o material
insolúvel se decante e colocar a solução clarificada no depósito plástico do
equipamento.
O hipoclorito de sódio poderá ser preparado diretamente no depósito plástico, uma
vez que o mesmo se encontra na forma líquida.
e) Diatomácia auxiliar
O dispositivo de lançamento de sílica auxiliar permite recompletar o bolo filtrante.
Auxilia-se a filtragem dosando-se certa quantidade de sílica no fluxo de água pré-
tratada.
4.1.2 - Diato-filtro
a) Componentes (Fig 4.1)
- Válvula de duas posições (2)
• 2L – Retrolavagem;
• LRF - Recobrimento, Filtração e Lavagem;
- Válvula de três posições (3): R, F e L;
- Válvula descompressora (10), possui duas posições: aberta para a saída de ar e
fechada;
- Válvula de descarga (11), possui duas posições: aberta para lavagem e fechada;
- Câmara superior (depósito de água tratada);
- Câmara inferior (água bruta); e
- Dois manômetros (A e B) de 7 kg/cm2
(um para cada câmara).
4.1.3 - Tambor de recobrimento
O tambor de recobrimento tem capacidade para 200 litros e é empregado na
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 4-3 - ORIGINAL
preparação da diatomácia para a operação de recobrimento.
4.1.4 - Instruções preliminares à operação
A Fig 4.1 mostra como devem ser ligados entre si os diversos terminais das
tubulações, por meio das mangueiras fornecidas. Essas ligações são realizadas por
meio de juntas rápidas, que são apertadas com chaves adequadas, fornecidas com o
equipamento.
A disposição indicada na Fig permite mostrar a frente do equipamento, onde estão
todos os meios de operação e controle, perfeitamente acessível.
Para o transporte manual do equipamento devem-se utilizar os pegadores, peças
tubulares que se introduzem na estrutura tubular do conjunto a que fazem parte.
Cada estrutura possui quatro pegadores, que devem ser utilizados por quatro homens,
para facilitar o transporte e locação do equipamento. Uma vez locados, os pegadores
devem ser introduzidos na estrutura tubular, a fim de não causar incidentes.
Antes de se ligarem os bocais metálicos das mangueiras às extremidades adequadas
do equipamento, deve-se verificar com cuidado:
- se as braçadeiras estão apertadas e nos devidos lugares; e
- se todas as juntas rápidas (peças fêmeas) possuem juntas de borracha para vedação
de mangueiras.
Uma vez feita a ligação da mangueira com a extremidade da tubulação adequada,
aperta-se a junta com a mão, até encontrar-se resistência, então, utiliza-se a chave
apropriada para o aperto final.
4.1.5 - Operações
a) Recobrimento
Esta é a operação inicial, em que uma pequena camada de material filtrante é
depositada sobre as sete velas do filtro (câmara inferior), pela circulação da
diatomácia em suspensão na água através do aparelho.
Deve-se colocar no tambor de recobrimento, cuja capacidade é de 200 litros, 2
litros de diatomácia.
A seguir, enche-se o tambor com água razoavelmente limpa (pré-tratada), até dez
centímetros da borda do tambor, agitando-se bem a água.
Seqüência de operações:
- colocar as válvulas 1, 2, 3, na posição (r), e fechar todos os registros;
- retirar o ar da bomba e dar a partida no motor, abrindo lentamente o registro 8
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 4-4 - ORIGINAL
(principal);
- observar pelo visor do filtro o processamento do recobrimento das velas;
- manter a mangueira imersa no tambor para agitar a diatomácia; e
- aproximadamente após cinco minutos, a água deverá estar clarificada.
b) Filtragem
Esta operação inicia-se logo após o recobrimento, sem interrupção do fluxo: há
somente uma inversão do ponto de sucção, do tambor de recobrimento para o
tanque de pré -tratamento, executando-se as seguintes operações:
Coloca-se a válvula 1 na posição F até encher o tambor de recobrimento com a
água filtrada.
Em seguida, coloca-se a válvula 3 na posição F (filtragem).
O equipamento de tratamento d’água a diatomito tem condições de reter cerca de
90% de bactérias e sólidos causadores de turvação, bem como os cistos amebianos
e cercárias de esquistossomos.
c) Cloração
Coloca-se no recipiente de plástico a solução de cloro.
Abrindo-se um pouco o registro 7, extrai-se o ar no extrator, abaixo do registro 4;
feito isto, abre-se os registros 4 e 6.
Regula-se o dosador de cloro conforme residual requerido.
Mantém-se sempre o depósito com solução.
d) Diatomácia
Abre-se todo o registro 6 e 9 para abastecer o depósito; estando cheio, fecha-se o
9 e coloca-se a sílica, na quantidade de 1,5 litro, agitando bem.
Extrai-se o ar pelo extrator situado na parte inferior do registro 5. Feito isto, faz-se
a dosagem pelo registro 5.
e) Lavagem
Quando o manômetro da parte inferior indica 3,5 kg/cm2
, é chegada a hora de
efetuar-se a lavagem do filtro.
Coloca-se a válvula 3, situada no diato-filtro, na posição L (lavagem), deixando
que nos manômetros A e B as pressões se igualem, até atingir 4 kg/cm2
no
máximo.
Fecha-se o registro 8.
Abrem-se simultaneamente as válvulas 10 (válvula descompressora) e válvula 11
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 4-5 - ORIGINAL
(válvula de descarga).
Deixa-se esgotar toda a água do filtro, abre-se o registro 8 (principal), para
arrastar alguma sujeira localizada na tubulação, e em seguida deve-se fechá-lo,
fechando-se em seguida as válvulas 10 e 11.
Reinicia-se neste ponto o ciclo de recobrimento e, em seguida, a filtragem.
4.1.6 - Recomendações gerais
Quando o equipamento for recolhido, deve-se esvaziar o tambor de recobrimento,
fazendo-se passar toda a água filtrada no filtro em retrolavagem, e esvaziar o tanque
de sílica auxiliar lavando-o sem deixar resíduos.
As mangueiras devem ser guardadas limpas e esvaziadas. Não se coloca graxa nas
mangueiras, pois isso as danifica. Passa-se uma solução de glicerina líquida e neutra
com álcool. Devem-se retirar as juntas de borracha e guardá-las na caixa de
ferramentas que acompanha o equipamento.
Para outro tipo de manutenção deve-se usar as ferramentas que acompanham o
equipamento com instruções para emprego apropriado. Nunca se deve empregar
ferramentas inadequadas, pois danificarão as peças.
A vida e a eficiência do equipamento residem na lavagem dos elementos filtrantes
após a filtragem.
Antes de se guardar o equipamento, os alimentadores de sílica auxiliar, de filtragem e
o hipoclorador devem ser lavados, fazendo-se circular água limpa no interior dos
mesmos a fim de evitar futuros entupimentos.
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 4-6 - ORIGINAL
Fig 4.1 - Montagem do Equipamento de Tratamento d´Água 7-VT
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 4-7 - ORIGINAL
Fig 4.2 - Princípio de funcionamento
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 4-8 - ORIGINAL
4.2 - EQUIPAMENTO DE TRATAMENTO D’ÁGUA DIATO-ÚTIL 3–VT
O Equipamento Portátil de Tratamento d’Água Diato-Útil, modelo 3-VT, de fabricação
nacional, tem capacidade para tratar 4.500 l/h de água, e é constituído pelo equipamento
propriamente dito; duas motobombas auxiliares com mangueiras de captação e
distribuição; tanques SANSUY de vinil verde com capacidade de 12.000 litros, 10.000
litros e 1.000 litros de água e caixa de ferramentas.
4.2.1 - Constituição
a) Diato-filtro
Equipamento compacto, que apresenta em sua estrutura um filtro a diatomito com
três velas transportáveis e uma mangueira de descarga de duas polegadas de
diâmetro e dez metros de comprimento.
b) Tambor de recobrimento
Com capacidade para 50 litros de água, é o responsável pela mistura da sílica
diatomácea com água para a confecção do bolo filtrante;
c) Conjunto sucção-recalque e tratamento (CSRT)
Composto de mangueiras, tubulações de metal, registros e válvula de duas vias
(filtragem – recobrimento).
d) Equipagem da motobomba do conjunto sucção-recalque e tratamento
Composta de uma motobomba com vazão de 6.000 l/h e duas mangueiras de 1 ½
polegada de diâmetro e dez metros de comprimento.
e) Motobombas auxiliares
Duas motobombas com vazão de 6000 l/h e quatro mangueiras de captação e
distribuição de 1 ½ polegada de diâmetro e 25 m de comprimento.
f) Tanques SANSUY de vinil verde
Tanques de formato circular, com armação de ferro estabilizada com um cabo de
aço, com capacidades de 12000, 10000 e 1000 litros.
g) Caixa de Ferramentas
Acondiciona as ferramentas utilizadas na montagem e reparo do equipamento
(alicate, juntas de borracha para vedação das mangueiras, chave de grifa, cola e
pedaços de vinil para colagem dos tanques, etc.).
Observação: Os três primeiros itens fazem parte de uma mesma estrutura metálica
(gaiola), sendo o último item solto, interligado ao CSRT pelas duas mangueiras de
1 ½ polegada de diâmetro e dez metros de comprimento.
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 4-9 - ORIGINAL
Fig 4.3 - Vista frontal
Fig 4.4 - Vista superior
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 4-10 - ORIGINAL
Fig 4.5 - Filtro 3-VT
Fig 4.6 - Filtro de Carvão Ativado
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Fig 4.7 - Equipagem da Motobomba
4.2.2 - Seqüência de montagem do equipamento
As ligações das partes componentes do equipamento que permitem o fluxo d’água no
processo de tratamento são realizadas através de mangueiras de 1 ½ polegada. Estas
mangueiras estão providas de união do tipo metálica, cuja função é facilitar o
acoplamento com o equipamento.
Como no equipamento 7–VT, cada estrutura possui quatro pegadores, que devem ser
utilizados por quatro homens, para facilitar o transporte e locação do equipamento.
Estes artefatos são peças tubulares que se introduzem na estrutura metálica do
equipamento. Uma vez locados, os pegadores devem ser introduzidos na estrutura
tubular, para não causar transtornos.
a) Instalação da moto-bomba de captação
Consiste na montagem da motobomba e suas mangueiras na margem da fonte de
água. Nesta etapa, deve-se “escorvar” a moto bomba (retirar o ar do sistema), para
o enchimento do tanque de pré-tratamento;
b) Montagem do tanque de pré-tratamento
Consiste na montagem do primeiro tanque para acondicionar água “in natura” e
produtos químicos para se efetuar a coagulação;
c) Instalação do equipamento propriamente dito (Diato-Filtro)
d) Montagem do tanque de água tratada
Consiste na montagem do segundo tanque para acondicionamento de água
filtrada;
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 4-12 - ORIGINAL
e) Instalação da moto-bomba de distribuição
Consiste na montagem da moto-bomba de distribuição e suas mangueiras para
efetuar-se a distribuição à Unidade distribuidora.
Observações: Ao ligar as mangueiras ao equipamento, deve-se verificar com
cuidado:
- se as conexões estão bem apertadas e nos devidos lugares; e
- se todas as conexões possuem juntas de vedação.
Uma vez feita a ligação da mangueira com a extremidade da tubulação adequada,
aperta-se a união com as mãos, até encontrar resistência, para então utilizar-se da
chave apropriada para o aperto final.
4.2.3 - Operação
a) Recobrimento
Após a instalação das partes componentes do conjunto do equipamento, enche-se
o tambor de recobrimento, cuja capacidade é de 50 litros, com água do tanque de
pré-tratamento; em seguida, adiciona-se 0,5 litro de sílica diatomácea.
Seqüência de operações:
- colocar as válvulas 1 e 2 na posição R, fechando-se todos os registros;
- retirar o ar da bomba e dar a partida no motor, abrindo-se lentamente o registro
principal;
- observar pelo visor do filtro o processamento do recobrimento das velas; e
- aproximadamente após cinco minutos, a água deverá estar clarificada.
Antes de começar a operação, deve-se certificar de não haver ar na mangueira de
sucção ligada ao tanque de pré-tratamento. O ar existente deverá ser retirado para
não prejudicar a operação na filtragem.
b) Filtragem
Assim como no equipamento 7-VT, esta operação inicia-se logo após o
recobrimento sem interrupção do fluxo: há somente uma inversão do ponto de
sucção, do tambor de recobrimento para o tanque de pré-tratamento, da seguinte
forma:
- coloca-se a válvula 1 na posição L até encher o tambor de recobrimento com
água filtrada; e
- em seguida, coloca-se a válvula 2 na posição F.
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 4-13 - ORIGINAL
c) Cloração
O processo de cloração pouco se diferencia do feito com o equipamento 7-VT,
observando-se a seguinte seqüência:
- coloca-se no recipiente de plástico a solução de cloro na concentração desejada,
completando-se com água;
- abre-se um pouco o registro 4;
- abre-se o registro 5;
- regula-se o dosador de cloro conforme residual requerido; e
- deve-se manter sempre o depósito com solução.
d) Lavagem
A operação é idêntica ao equipamento 7-VT, observando-se apenas os números
dos registros e das válvulas, como abaixo:
- quando o manômetro da parte inferior indicar 3,5 kg/cm2
, é chegada a hora de
efetuar a lavagem do filtro;
- coloca-se a válvula 2 situada no diato-filtro na posição L (lavagem), deixando
que nos manômetros A e B as pressões se igualem, até atingir 4 kg/cm2
no
máximo;
- fecha-se o registro 3;
- abrem-se simultaneamente as válvulas 7 e 11;
- deixa-se esgotar toda a água do filtro, abrindo o registro 3, para arrastar alguma
sujeira localizada na tubulação; em seguida, deve-se fechá-lo; e
- reinicia-se neste ponto o ciclo de recobrimento e, logo após, a filtragem.
Obs: antes de iniciar a lavagem, fecham-se os registros 5 e 4, nesta seqüência.
4.2.4 - Manutenção
A manutenção preventiva é a forma mais fácil e mais barata de manutenção. Para que
não haja solução de continuidade no processo, devem ser feitos registros constantes e
regulares de todas as seqüências de manutenção levadas a efeito do equipamento.
Deve-se utilizar sempre o combustível e lubrificante adequados, preferencialmente
os indicados pelo fabricante. Os cuidados apropriados dispensados ao equipamento
terão como resultado uma vida útil mais longa do mesmo, melhor desempenho e
operação mais econômica.
a) Recomendações
- devem-se executar diariamente as verificações no equipamento e quanto à
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 4-14 - ORIGINAL
operacionalidade dos instrumentos;
- quanto à motobomba, devem-se executar as instruções contidas no artigo 4.2;
- devem-se utilizar peças originais; e
- se for necessário desmontar o equipamento ou algum conjunto dele, utilizar
juntas e contrapinos novos na remontagem.
b) Procedimentos básicos para substituições
- coloque juntas as ferramentas que serão necessárias para o serviço;
- tenha à mão um caderno de anotações, para registrar as informações relativas ao
serviço;
- encha um recipiente com solução de limpeza para lavar as peças;
- prepare um lugar adequado para as peças e os recipientes;
- disponha em ordem as peças desmontadas;
- observe todas as porcas e parafusos junto com seu respectivo conjunto, para se
assegurar de que não serão montados incorretamente; e
- antes da desmontagem determine corretamente qual é o conjunto com problema.
Nunca remova peças sem necessidade.
Fig 4.8 - Conjunto Diato-Útil 3 – VT
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 4-15 - ORIGINAL
Fig 4.9 - Montagem do Equipamento 3 - VT
OSTENSIVO CGCFN-3124
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4.3 - EQUIPAMENTOS SUPLEMENTARES
4.3.1 - Introdução
Para instalação e funcionamento dos pontos d’água são necessários não somente os
equipamentos de tratamento d’água (unidade portátil), mas também os seguintes
equipamentos suplementares: tanques de armazenagem, mangueiras, válvulas,
tubulações, ferramentas, cestos químicos, ralos e bombas centrífugas.
4.3.2 - Tanques de armazenagem
São reservatórios portáteis destinados ao armazenamento de água tratada para o
consumo e também para a realização do pré-tratamento. São fáceis de armar e
desarmar, podendo ser transportados em viaturas.
a) Acessórios do tanque
I) Hastes de ferro
Têm a função de manter o tanque na posição vertical e no formato circular.
II) Tapetes
São construídos do mesmo material do tanque e com maior diâmetro que o
mesmo. Sua função é proteger o tanque de objetos perfurantes existentes no solo.
III) Cobertura
Empregada para proteger a água armazenada no tanque.
b) Armação do tanque
- escolha um local relativamente liso e nivelado. remova pedras, raízes e outros
materiais que possam perfurar o tanque;
- cave um buraco no solo com as seguintes dimensões (aproximadamente): 0,50m
de diâmetro, e 0,15 m de profundidade. este buraco tem a finalidade de facilitar
o esvaziamento e a limpeza do tanque;
- coloque o tapete centralizado sobre o buraco e centralize o tanque sobre o tapete;
- monte o tanque; e
- coloque a cobertura.
c) Desmontagem do tanque
Deve ser feita a operação inversa à armação do tanque.
d) Cuidados
- não deixar o tanque secar diretamente ao sol. Quando em serviço, procurar
manter o tanque cheio;
- evitar pisar nos tanques com sapatos ou botas;
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 4-17 - ORIGINAL
- proteger os tanques contra objetos que possam furá-los; e
- utilizar a solução de álcool com glicerina, na base de 3x1, para conservação e
limpeza dos tanques.
4.3.3 - Mangueiras
As mangueiras utilizadas no suprimento de água são de dois tipos: mangueiras de
sucção e mangueiras de descarga.
a) Mangueira de sucção
Estas mangueiras são feitas de borracha grossa e lona de plástico revestido, tendo
o interior reforçado com metal para evitar a diminuição da sua vazão. As
extremidades da mangueira são de latão, tendo uma união fêmea, uma luva e uma
reentrância para arruela de vedação.
b) Mangueiras de descarga
Na descarga são utilizadas as mangueiras de lona revestidas interiormente por
borracha. As mangueiras de borracha ou as de plástico reforçadas poderão ser
utilizadas como mangueira de descarga.
c) Uso e conservação das mangueiras
- a mangueira de sucção é empregada em todas as canalizações de sucção da
bomba, podendo também ser empregada como mangueira de descarga;
- a mangueira de lona é somente usada para descarga;
- nunca guarde a mangueira suja de areia ou lama; e
- ao transportar as mangueiras não as arraste no chão ou bata em superfícies firmes.
Fig 4.10 - Mangueiras
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 4-18 - ORIGINAL
4.3.4 - Válvulas
As válvulas são utilizadas nos diferentes estágios dos equipamentos de tratamento de
água, para auxiliar nas manobras a serem executadas pelos operadores. As válvulas
são de gaxetas e fechamento rápido.
Fig 4.11 - Válvulas
4.3.5 - Tubulações
Similares às utilizadas nas instalações hidráulicas em geral.
4.3.6 - Ferramentas
São utilizadas desde a instalação até o recolhimento de um ponto d’água. Após o uso,
devem ser guardadas no local apropriado.
a) Ferramentas utilizadas na instalação
Pás, picaretas, foices, facões de mato e enxadas.
b) Ferramentas utilizadas na preparação e manutenção do equipamento
Chaves de fenda, jogo de chaves de boca ajustáveis, chaves para fixação de
mangueira, alicates, calibradores de platinado e vela, martelo e canivete de
engenharia, dentre outras.
4.3.7 - Cestos Químicos
São de forma cilíndrica, construídos de material inoxidável e servem para adicionar
os coagulantes químicos diretamente no tanque.
4.3.8 - Ralos
Servem para evitar a sucção de materiais sólidos existentes nas fontes d’água.
4.3.9 - Bombas Centrífugas
São máquinas destinadas a elevar ou impelir a água ou outros líquidos, com a
finalidade de distribuí-los ou armazená-los.
Na sua forma mais simples, a bomba centrífuga consiste em uma caixa fechada que
se comunica com os tubos de aspiração e de saída e em cujo interior gira um
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 4-19 - ORIGINAL
impulsor dotado de pás curvas.
a) Manutenção
O motor e a bomba devem ser cuidadosamente lubrificados de acordo com as
respectivas cartas-guia ou instruções contidas nos manuais que acompanham o
equipamento.
b) Cuidados
- nunca opere a motobomba sem água na câmara de escorvamento;
- procure localizar a bomba com a altura o mais próximo possível do nível da
água para diminuir o máximo a linha de sucção. Isto permitirá que a bomba
movimente maior volume de água. Não exceda o limite de desnível máximo
previsto para a bomba;
- nunca opere a moto bomba sem o ralo na mangueira de sucção. Coloque o ralo
sempre completamente mergulhado no líquido;
- depois de bombear água com areia ou lama, faça a bomba trabalhar por dois ou
três minutos com água limpa antes de fazê-la parar;
- a mangueira de sucção deve ir da bomba para a água de maneira uniforme, sem
fazer dobras ou curvas, para evitar que se formem bolsas de ar;
- toda canalização de sucção deve ter um diâmetro igual à abertura da sucção do
corpo da bomba;
- a velocidade de funcionamento deve ser mantida em baixa rotação para reduzir a
manutenção; e
- ao recolher a moto bomba por mais de uma semana, drene-a com o motor
funcionando em baixa rotação.
4.3.10 - motores
a) Generalidades
Os motores utilizados atualmente no tratamento d’água pelo CFN e pelo
Exército Brasileiro (EB) são:
- Motor a diesel, de marca AGRALE, modelo M73; e
- Motor a diesel, de marca YANMAR, modelos L40AE / L48AE de 1 cilindro a
4 tempos.
b) Refrigeração
Esses motores possuem dois tipos de refrigeração:
I) Refrigeração principal (externa)
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 4-20 - ORIGINAL
É a refrigeração a ar, que consiste no funcionamento do motor em área
arejada, para que o ar em contato com o cabeçote (parte do motor onde
acontece a explosão do combustível sobre o cilindro, dando movimento e
força ao motor) o refrigere; e
II) Refrigeração secundária (interna)
Consiste na utilização do óleo no motor, com a dupla finalidade de
lubrificação e arrefecimento.
c) Sistema de Lubrificação
A lubrificação é do tipo salpico com nível constante.
d) Regras Básicas para o Funcionamento
- verifique se não há nenhuma pessoa a sua retaguarda no momento de puxar a
corda de partida;
- mantenha o local de funcionamento sempre bem ventilado;
- nunca coloque combustível no tanque durante o funcionamento, há perigo de
explosão;
- conserve o motor limpo. a obstrução do sistema de resfriamento prejudica
seriamente o funcionamento. Mantenha as alhetas do bloco do cabeçote em
perfeitas condições de limpeza;
- coloque óleo no cárter com o motor nivelado. Retire a tampa de entrada de óleo
e encha até a boca com óleo SAE-30;
- verifique se o orifício da tampa do tanque está desobstruído;
- encha o tanque usando combustível limpo, de boa qualidade;
- não utilize combustível que tenha sido guardado por muito tempo;
- antes de dar a partida:
ƒverifique os parafusos e as porcas e se o motor gira livremente;
ƒverifique se há parafusos e porcas de fixação soltos;
ƒvire a alavanca de descompressão na direção de descompressão;
ƒao girar várias vezes a partida retrátil, procure ouvir se há ruídos anormais;
ƒabra a torneira de drenagem e deixe correr uma pequena quantidade de
combustível, visto que no fundo se acumulam água e outros contaminantes;
ƒuse o óleo lubrificante especificado. Nunca misture óleos de diferentes
marcas;
ƒabasteça com óleo lubrificante até o orifício de enchimento (com o motor na
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 4-21 - ORIGINAL
posição horizontal); e
ƒverifique se o óleo atingiu todas as peças do motor.
I) Para dar a partida:
- vire a torneira de combustível para “o” (aberto);
- coloque o botão de controle em partida e aperte o botão;
- acelere o motor ao máximo;
- abaixe a alavanca de descompressão; e
- puxe para fora o cabo de partida retrátil.
II) Para parada do motor:
- vire o botão de controle de rotação para a posição de baixa velocidade;
- desacelere o motor ao máximo;
- deixe o motor funcionando sem carga por cerca de cinco minutos;
- vire o botão de controle da rotação para “parada”;
- deixe o motor esfriar antes de fazê-lo parar;
- ponha a alavanca da torneira de combustível de volta em “s” (fechado); e
- puxe o cabo de partida retrátil lentamente para fora até sentir resistência.
III) Quanto ao óleo lubrificante:
- use o óleo lubrificante especificado;
- nunca misture marcas diferentes de óleo lubrificante;
- abasteça com óleo até o orifício de enchimento, com o motor em posição
horizontal;
- vire o botão de controle da velocidade para “stop”;
- retire o plug e esvazie o cárter, de preferência com o motor quente;
- tenha certeza de que o óleo atingiu todas as peças do motor; e
- troque o óleo a cada 60 horas de funcionamento.
IV) Quando o motor tiver que ficar inoperante por um período superior a trinta
dias, deixe que funcione até queimar todo o combustível existente no tanque,
esvaziando totalmente a bomba d’água.
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 4-22 - ORIGINAL
Fig 4.12 - Instalação e montagem do ponto d’água
4.4 - EQUIPAMENTO DE OSMOSE REVERSA
As características e demais dados referentes ao processo de osmose reversa e ao
equipamento de Osmose Reversa Modelo BP-S/6 LP, fabricado pela empresa italiana
Idromar Internacional, em uso no CFN, serão apresentadas a seguir.
4.4.1 - Processo de osmose reversa
O fenômeno de osmose ocorre quando, colocando-se soluções de concentrações
diferentes, separadas por uma membrana semipermeável, a água da solução menos
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 4-23 - ORIGINAL
concentrada flui, naturalmente, através da membrana, para a solução mais
concentrada, até atingir o equilíbrio osmótico. Neste ponto, o nível do líquido da
solução mais concentrada estará acima do nível correspondente à coluna da solução
mais diluída. Esta diferença de coluna denomina-se pressão osmótica.
O processo de osmose reversa é obtido pela aplicação de uma pressão superior à
pressão osmótica do lado da solução mais concentrada, o que força o fluxo através da
membrana semipermeável, permitindo obter solução pura do outro lado.
4.4.2 - Principais aplicações do sistema de osmose reversa
- dessalinização de água para uso humano e industrial;
- dessalinização de água salobra;
- dessalinização de água do mar;
- tratamento de água para uso industrial;
- água desmineralizada para alimentação de caldeiras;
- água desmineralizada ultra pura para lavagem de microcircuitos na indústria
eletrônica;
- tratamento de efluentes industriais;
- recuperação de água de indústrias de bebidas;
- tratamento de água para uso farmacêutico/industrial;
- água para injetáveis;
- água para enxágüe final de vidros/ampolas;
- diálises; e
- limpeza e lavagem de frascos.
4.4.3 - Características técnicas do equipamento
- fluxo de água a ser tratada: 3570 l/h;
- fluxo de água dessalinizada (tratada): 1000 l/h;
- salinidade da água não tratada: máxima de 8000 mg/l;
- salinidade da água após ser tratada: inferior a 3 mg/l;
- pressão na entrada da água não tratada: 2,5 bar;
- pressão de trabalho da bomba: 13,7 bar;
- pressão da água após ser tratada: 0,8 bar;
- pressão da água rejeitada: 1,2 bar;
- consumo de energia elétrica: 4 kw;
- voltagem: 220 v;
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 4-24 - ORIGINAL
- freqüência: 60 hz;
- fases: 3; e
- temperatura de trabalho da água: máxima de 35ºC.
4.4.4 - Composição do equipamento
- um filtro de areia;
- um filtro de polipropileno com 5 micra, na entrada da água a ser tratada;
- uma bomba centrífuga vertical, de aço inoxidável, com capacidade de 4000 l/h e
potência instalada de 4 Kw;
- quatro membranas para osmose reversa, do tipo espiral, feitas de TFC, modelo LP
4040, diâmetro 4" e comprimento 40";
- tubulação feita em aço inoxidável, soldada eletricamente, completa, com válvulas
para interceptação, regulagem e controle no circuito de alta pressão;
- tubulação em PVC rígido, do tipo PN 10, para os circuitos de baixa pressão;
- válvula solenóide de fechamento da entrada de água;
- chaves de pressão e contatos na alimentação dos circuitos de baixa pressão;
- chave de pressão e contatos na alimentação no circuito de descarga da água
rejeitada;
- medidor de quantidade da água rejeitada;
- medidor de quantidade da água dessalinizada (tratada);
- manômetros de controle de pressão na saída dos circuitos de água produzida e da
água rejeitada;
- manômetro de controle da pressão no circuito de entrada de água;
- quadro de apresentação do sistema.
- alarmes de mau funcionamento;
- estrutura de aço inoxidável, onde estão montados os componentes do equipamento;
- alças metálicas para helitransporte.
4.4.5 - Informações gerais
- Deve-se ler, atentamente, o manual do equipamento, antes de colocá-lo em
funcionamento;
- O fabricante alterou o circuito hidráulico do equipamento entregue ao CFN,
instalando tubos de borracha que atuam como absorvedores de choques, normais
durante os deslocamentos; e
- Há necessidade de canalizações entre os tanques, viaturas ou reboques-cisterna e o
OSTENSIVO CGCFN-3124
OSTENSIVO - 4-25 - ORIGINAL
equipamento, tanto para a água a ser tratada, como para a água produzida. As
conexões na entrada e na saída do equipamento são de 2".
4.4.6 - Lavagem inicial do equipamento
Esta operação é muito importante para uma correta lavagem inicial do circuito
hidráulico e dos pré-filtros, o que vai possibilitar que a água a ser utilizada na
produção esteja limpa, uma vez que a água estagnada no equipamento é descarregada
por essa lavagem inicial.
A operação abaixo deve ser executada sempre que o equipamento for colocado em
funcionamento:
- colocar a chave geral (general switch) do equipamento na posição ligada. a
lâmpada acenderá;
- colocar a válvula v1 na posição entrada da água (intake);
- colocar a válvula v2 na posição descarga (discharge);
- colocar as válvulas vbp do filtro de areia na posição de serviço (service position);
- fechar a válvula vrg1 e colocar a válvula vp na posição de produção (production
position); e
- acionar o circuito hidráulico de baixa pressão utilizando o controle seletor da
bomba de baixa pressão.
Esta operação executa a descarga da água estagnada na tubulação desde a entrada da
água até a saída dos filtros. Ela deve ser executada durante dois minutos. Após este
tempo, deve-se desligar a bomba de alimentação, desligando o seletor.
4.4.7 - Produção
Após realizar a operação de lavagem inicial, deve-se proceder como a seguir, para a
fase de produção:
- certificar-se de que todas as válvulas de saída do equipamento estão abertas;
- certificar-se de que a válvula reguladora de pressão (vrp) está completamente aberta
(deve-se movimentá-la no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio);
- colocar a válvula v2 na posição de produção (production);
- coloque a válvula vrg2 na posição de descarga (discharge);
- fechar a válvula vrg1 e colocar a válvula vp na posição de produção (production).
assim, todas as válvulas estarão na posição correta para iniciar a produção.
- pressionar o botão verde para iniciar a produção, somente a bomba de baixa pressão
(pbp) funcionará. Quando a pressão no manômetro m2 estiver sobre o marcador
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  • 1. CGCFN-3124 OSTENSIVO MANUAL DE TRATAMENTO D’ÁGUA DE FUZILEIROS NAVAIS MARINHA DO BRASIL COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS 2009
  • 2. OSTENSIVO CGCFN-3124 MANUAL DE TRATAMENTO D’ÁGUA DE FUZILEIROS NAVAIS MARINHA DO BRASIL COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS 2009 FINALIDADE: DIDÁTICA 1ª Edição
  • 3. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - II - ORIGINAL ATO DE APROVAÇÃO APROVO, para emprego na MB, a publicação CGCFN-3124 - MANUAL DE TRATAMENTO D’ÁGUA DE FUZILEIROS NAVAIS. RIO DE JANEIRO, RJ. Em 10 de fevereiro de 2009. ALVARO AUGUSTO DIAS MONTEIRO Almirante-de-Esquadra (FN) Comandante-Geral ASSINADO DIGITALMENTE AUTENTICADO PELO ORC RUBRICA Em_____/_____/_____ CARIMBO
  • 4. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - III - ORIGINAL ÍNDICE PÁGINAS Folha de Rosto ........................................................................................................ I Ato de Aprovação ................................................................................................... II Índice....................................................................................................................... III Introdução ............................................................................................................... IV CAPÍTULO 1 - FONTES D’ÁGUA 1.1 - Ciclo Hidrológico ........................................................................................... 1-1 1.2 - Tipos de Fontes D’Água................................................................................. 1-1 1.3 - Classificação da Águas................................................................................... 1-2 1.4 - Impurezas na Água ......................................................................................... 1-2 1.5 - Concentração de Impurezas Permitidas.......................................................... 1-4 1.6 - Doenças de Origem Hídrica............................................................................ 1-4 CAPÍTULO 2 - CARACTERÍSTICAS DA ÁGUA 2.1 - Generalidades ................................................................................................. 2-1 2.2 - Turvação ou Turbidez..................................................................................... 2-1 2.3 - Cor .................................................................................................................. 2-2 2.4 - Odor e Sabor................................................................................................... 2-2 2.5 - Valor do PH (Potencial Hidrogeniônico) ....................................................... 2-2 2.6 - Determinação do PH....................................................................................... 2-3 2.7 - Quantidade de Consumo................................................................................. 2-4 CAPÍTULO 3 - NOÇÕES SOBRE TRATAMENTO D’ÁGUA 3.1 - Conceitos ........................................................................................................ 3-1 3.2 - Substâncias Químicas Utilizadas no Tratamento D’Água.............................. 3-8 3.3 - Cloro ............................................................................................................... 3-9 3.4 - Melhoramentos de Fontes e de Pontos D’Água ............................................. 3-14 3.5 - Tratamento D’Água para Pequenas Unidades................................................ 3-20 CAPÍTULO 4 - EQUIPAMENTOS DE TRATAMENTO D’ÁGUA 4.1 - Equipamento de Tratamento D’Água 7-VT ................................................... 4-1 4.2 - Equipamento de Tratamento D’Água Diato-Útil 3-VT.................................. 4-8 4.3 - Equipamentos Suplementares ........................................................................ 4-16 4.4 - Equipamento de Osmose Reversa ................................................................. 4-22
  • 5. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - IV - ORIGINAL INTRODUÇÃO 1 - PROPÓSITO Esta publicação tem o propósito de transmitir os conhecimentos teóricos e técnicos atinentes ao tratamento e utilização d’água nas diversas condições de campanha. 2 - DESCRIÇÃO Esta publicação está dividida em quatro capítulos. No capítulo 1 são abordados os assuntos relativos às fontes d´água. O capítulo 2 descreve as características e propriedades relativas a água. As noções sobre tratamento da água são apresentadas no capítulo 3 e os equipamentos necessários para tratamento d´água no capítulo 4. 3 - CLASSIFICAÇÃO Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA-411 - Manual de Publicações da Marinha, como: Publicação da Marinha do Brasil, não controlada, ostensiva, didática e de instrução. 4 - SUBSTITUIÇÃO Esta publicação substitui o CIASC-11.1.3/002 - Manual de Tratamento D´Água.
  • 6. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 1-1 - ORIGINAL CAPÍTULO 1 FONTES D’ÁGUA 1.1 - CICLO HIDROLÓGICO Toda a água da terra passa por um ciclo de transformações contínuas conhecido como Ciclo Hidrológico. As águas dos mares, lagos, pântanos, rios, vegetais ou outras superfícies hídricas, por evaporação vão constituir as nuvens. As nuvens sob determinadas condições de temperatura e pressão se condensam e caem sob a forma de chuva, neve e granizo. As águas da chuva correm, parte na superfície da terra formando as águas de superfície (rios, lagos etc.) e outra parte se infiltra na terra indo formar os lençóis d’água subterrânea que poderão dar origem as nascentes, fontes e poços. Assim pela ação da energia solar repete-se o “ciclo hidrológico”. 1.2 - TIPOS DE FONTES D’ÁGUA Uma fonte de água é um local, um ponto natural de suprimento de água, grande o bastante para suprir todas as necessidades de uma tropa em campanha e na qual a qualidade da água seja tal que possa ser prontamente tratada. Existem seis tipos de fontes de água naturais, a saber: 1.2.1 - Águas superficiais As águas superficiais são todas as águas existentes na superfície da terra, com exceção da água do mar. É a fonte de suprimento mais acessível sendo, porém, via de regra, quase sempre de qualidade inferior, devido à grande quantidade de impurezas em suspensão. 1.2.2 - Águas subterrâneas As águas subterrâneas encontram-se abaixo da superfície, sob várias formações de terreno, areia ou pedra. Sua distribuição depende principalmente das características das formações geológicas e do clima da região onde se encontram. 1.2.3 - Água do mar A água do mar, como uma fonte, é um tipo completamente diferente, não só por sua composição, bem como por requerer métodos de tratamento distintos dos aplicados às demais fontes d’água. Os processos de destilação aos quais necessita ser submetida representam a maior desvantagem de seu uso, por envolverem altos custos. 1.2.4 - Sistemas municipais Os sistemas municipais são fontes de água disponíveis e desenvolvidas por
  • 7. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 1-2 - ORIGINAL especialistas em suprimento de água, sendo uma das mais acessíveis fontes de água que se pode encontrar. 1.2.5 - Chuva, neve e gelo Em muitas regiões de grandes precipitações e grande escoamento de águas, a água da chuva é a principal fonte para os habitantes. O gelo e a neve podem também ser usados, mas como uma fonte de emergência e somente em determinadas áreas do globo. 1.2.6 – Vegetação A vegetação é uma fonte de água que pode ser usada como um expediente e somente em caráter individual. A água poderá ser encontrada em alguns tipos de vegetais dentre eles, coqueiros, plantas típicas de regiões desérticas, alguns tipos de cipós, etc. 1.3 - CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS Para fins de consumo, as águas podem ser classificadas em quatro grupos: potável, palatável, contaminada e poluída. 1.3.1 - Água potável É a água que pode ser bebida e que possui um gosto agradável. Isto não significa que seja uma água pura, que não contenha germes patogênicos, fragmentos de animais, matéria orgânica ou mineral em dissolução, embora em quantidades mínimas, que não afetem ao consumidor. 1.3.2 - Água palatável É a que possui gosto agradável. Uma água palatável pode não ser potável, mas uma fonte de água potável será sempre palatável. 1.3.3 - Água contaminada É aquela que contém germes patogênicos ou substâncias que a tornem imprópria ao consumo. As impurezas nela contida geralmente não podem ser verificadas pela inspeção visual, pelo odor ou pelo sabor. 1.3.4 - Água poluída É aquela que apresenta aspecto, sabor ou odor desagradáveis. Geralmente a água poluída está contaminada, mas o inverso pode não acontecer. 1.4 - IMPUREZAS NA ÁGUA A água é formada por uma parte de oxigênio e duas partes de hidrogênio, representada pela fórmula química (H2O). Não existe na natureza água isenta de qualquer impureza, em decorrência das substâncias nela incorporadas durante o
  • 8. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 1-3 - ORIGINAL “ciclo hidrológico”. A água que se precipita sob a forma de chuva, neve ou granizo arrasta germes, poeira, substâncias químicas e outros materiais nela solúveis. A água da chuva, portanto, não é pura, embora relativamente livre de minerais em dissolução. A água que penetra na terra, à medida que se filtra no solo, perde muito das impurezas que se encontram em suspensão. Entretanto, simultaneamente à liberação de tais impurezas, em sua trajetória serão dissolvidos minerais e outras substâncias químicas. A água subterrânea pode, portanto, ser límpida, mas não ser pura e pode ainda conter germes patogênicos ou substâncias nocivas ao homem. As impurezas encontradas em suspensão podem ser dos seguintes tipos: - Minerais – areia, argila, silte (pequenas partículas de minerais diversos), etc. - Orgânicos – bactérias, algas, protozoários, fungos, folhas, raízes, pequenos animais etc. - Resíduos sólidos domésticos e industriais. As impurezas encontradas em dissolução podem ser dos seguintes tipos: - Inorgânicas (sólidas) – chumbo, cobre, zinco, cálcio, magnésio, sódio, etc.; - Minerais (ácidas) – ácido clorídrico, ácido sulfúrico, nítrico, etc; e - Gases – oxigênio, gás carbônico, gás sulfúrico, cloro. O quadro abaixo apresenta um resumo das impurezas existentes na água: MICROORGANISMOS PATOGÊNICOS OU NÃO PATOGÊNICOS Algas Produzem odor, cor, sabor ou turvação. Sólidos em suspensão Produz turvação. de cálcio e de Magnésio Bicarbonato – produz alcalinidade e dureza. Carbonato – produz alcalinidade e dureza. Sulfato – produz dureza. Cloreto – Produz dureza e corrói as caldeiras. Sal de sódio Bicarbonato – produz alcalinidade. Carbono – produz alcalinidade. Sulfato – produz espumas nas caldeiras. Cloreto – produz sabor de sal. Fluoretos – produz manchas nos esmaltes dos dentes. Ferro Produz sabor ferruginoso. Forma água avermelhada. Corrói os metais. Manganês Torna a água negra ou pardacenta. Vegetais mortos Causam acidez; produzem coloração nas águas. Gases Oxigênio – corrói os metais. Anídrico carbônico – produz acidez; corrói os metais. Ácido sulfídrico – produz acidez, odor desagradável, e corrói os metais.
  • 9. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 1-4 - ORIGINAL 1.5 - CONCENTRAÇÃO DE IMPUREZAS PERMITIDAS A concentração de substâncias químicas existentes na água destinada para o uso militar não deve exceder as seguintes quantidades: - Nitrogênio – Nitrato .....................20,0 ppm - Zinco e Cobre...............................15,0 ppm - Ferro e Manganês.........................3,0 ppm - Radioatividade..............................0,3 ppm - Sulfatos.........................................250 ppm - Cloretos ........................................3x10-4 cm/m2 1.6 - DOENÇAS DE ORIGEM HÍDRICA 1.6.1 - Generalidades As doenças de origem hídrica são principalmente aquelas em que os organismos produtores das doenças são eliminados dos doentes ou portadores por meio das fezes ou da urina, sendo lançadas na água. De todas as formas de poluição nas águas a decorrente dos dejetos humanos é a que deve merecer a maior atenção por parte das autoridades sanitárias. Os excrementos humanos (fezes) despejados na água são vetores transmissores de microorganismos patogênicos causadores de doenças. Os germes patogênicos de origem hídrica dividem-se em dois grupos: - os que rapidamente são destruídos pela cloração tais como os que causam febre tifóide, febre paratífica, cólera, desinteria bacilar, diarréia comum, hepatite, etc; e - os que são resistentes ao cloro, tais como os que causam desinteria amebiana, esquistossomose, etc. As doenças de origem hídricas não se evidenciam tão logo tenha ocorrido a ingestão de água contaminada. Os germes patogênicos necessitam de algum tempo para seu desenvolvimento e multiplicação no organismo humano. O tempo decorrido entre a ingestão da água contaminada e o aparecimento da doença chama-se de período de incubação. A ausência de determinados sintomas de doenças na população de uma determinada região não significa que a água desta região esteja descontaminada. Tal ausência pode ser decorrente do fato desta população estar imunizada.
  • 10. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 1-5 - ORIGINAL 1.6.2 - Doenças causadas por germes eliminados pela cloração a) Febre tifóide A febre tifóide é uma doença intestinal que produz erupção de cor rósea na pele, febre alta e evacuações freqüentes. O agente produtor da febre tifóide é uma bactéria veiculada pela água, chamada “bacilo tífico”, que é rapidamente destruído pela cloração padrão, realizada em campanha. O período de incubação do bacilo é de 3 a 38 dias, sendo a média verificada entre sete a catorze dias. A vacinação aplicada aos combatentes provê uma proteção considerável, embora possa ser ineficiente, caso ocorra a ingestão de água com elevado grau de contaminação. Os germes patogênicos, eliminados pelo organismo com as evacuações intestinais, contaminam toda água que entram em contato. Tais germes não se desenvolvam na água, morrendo muitos deles em uma semana. Tanto mais fria esteja a água em que se encontram, tanto maior será seu período de vida. b) Febre paratífica A febre paratífica é muito semelhante à febre tifóide. O homem fica imunizado pela vacinação ou em decorrência das defesas orgânicas criadas em decorrência de febre paratífica anteriormente contraída. Contudo, um homem imunizado contra a febre tífica não está imunizado contra a febre paratífica e vice-versa. A incubação do paratífico dura de um a dez dias, sendo a média de sete dias. Os germes são rapidamente destruídos pelos métodos padrões de cloração utilizados em campanha. c) Cólera A cólera é uma infecção intestinal que provoca vômitos, cólicas, evacuações intestinais e colapso rápido, com temperatura subnormal. A água contaminada é um vetor que freqüentemente dissemina essa doença e, provavelmente é a causa principal de epidemias graves. Além disso, a cólera pode ser veiculada pelos alimentos ou transmitida pelo contato direto. O micróbio é facilmente destruído pela cloração da água. Os microorganismos causadores da doença são eliminados do organismo com as fezes. Tais microorganismos podem viver por várias semanas na água. A incubação, embora seja geralmente de três dias, pode ocorrer em poucas horas ou até em cinco dias. Cerca de 50% das pessoas que contraem a Cólera morrem. A
  • 11. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 1-6 - ORIGINAL cura da doença e a vacinação conferem certo grau de imunidade temporária. Somente as medidas sanitárias proporcionam garantia de que não seja contraída. d) Desinteria bacilar A desinteria bacilar é uma infecção intestinal que produz freqüentes evacuações muco-sanguinolentas. A exemplo das infecções tíficas, sua ocorrência é mais freqüente nos lugares em que existem más condições sanitárias. É facilmente destruída pela cloração. O período de incubação é de dois a três dias podendo elevar-se para sete dias. Os germes resistem ao frio e podem permanecer vivos no solo e nas roupas por alguns dias. Sua maior incidência é verificada em regiões de climas tropicais e subtropicais. e) Diarréia comum Dá-se o nome de diarréia comum a numerosas doenças intestinais. As fezes, geralmente, apresentam-se aquosas. As diarréias aparecem quando não existem cuidados sanitários adequados com os alimentos e com a água. As epidemias propagadas pela água têm maior disseminação, podendo perdurar no tempo, caso faltem medidas de controle adequadas. Muitas infecções graves, ainda que benignas, são diagnosticadas como diarréia. f) Hepatite A hepatite é caracterizada por febre, fadiga, dor de cabeça e descontrole abdominal. A febre abranda após quinze dias, a bile poderá ser observada na urina, surgindo, normalmente, a icterícia (síndrome caracterizada por excesso de bilirrubina no sangue e deposição de pigmento biliar na pele e membranas mucosas, do que resulta a coloração amarela apresentada pelo paciente). O período de incubação varia de quinze a trinta e cinco dias. A forma de transmissão ainda não foi determinada com precisão, tendo sido verificados casos de contaminação por meio da ingestão de alimentos e da água. 1.6.3 - Doenças causadas por germes cloro-resistentes a) Desinteria amebiana É uma infecção intestinal que se assemelha a desinteria bacilar em muitos dos seus sintomas, sendo produzida por um organismo chamado “endameba histolítica”. Esta endameba é na verdade um animal muito pequeno, menor que uma bactéria e que resiste a cloração comum. O período de incubação é normalmente de três a quatro semanas, porém pode durar vários meses.
  • 12. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 1-7 - ORIGINAL Esta doença é propagada pelos cistos da ameba que se formam no intestino da pessoa infectada e, são eliminados com as fezes. Os cistos são a própria ameba revestida de uma membrana que a protege. Pela dissecação, a forma cística da ameba é destruída em poucos minutos. Na água os cistos vivem por alguns dias podendo durar semanas. Os cistos podem ser removidos da água pela filtração a diatomito juntamente com a cloração. A água que contenha cistos amebianos deve ser cuidadosamente tratada, pois a cura da desinteria muitas vezes é difícil e demorada. b) Esquistossomose Esquistossomose é a doença causada por um pequeno parasita (esquistossomo) que penetra através da pele, quando uma pessoa se banha, mergulha ou ingere água contaminada. O período de incubação para todos os tipos esquistossomos é de vários meses. Existem três tipos de esquistossomos importantes, a saber: schistossoma mansoni; schistossoma japonicum e schistossoma Haematebium. O “schistossoma mansoni” é encontrado na África e no nordeste da América do Sul. Ataca as últimas porções dos intestinos, produzindo ulcerações no reto. O “schistossoma japonicum”, encontrado principalmente na China e no Japão, afeta o intestino grosso e produz dolorosas hipertrofias no fígado e no baço. O “schistossoma Haematebium”, encontrado principalmente na África, ataca a bexiga e produz urinas sanguinolentas. Todos os tipos de esquistossomos têm um ciclo de vida complicado. Os ovos do parasita são eliminados pela urina e pelas fezes. Na água doce eles dão nascimento a larvas móveis que não podem infectar o organismo do homem. Depois que penetrarem em certos moluscos de água doce, tomam uma forma chamada de “cercária”. As larvas morrem se não penetrarem em um hospedeiro intermediário (molusco) dentro de vinte e quatro horas após o seu nascimento. Na forma de cercária, os esquistossomos podem viver apenas trinta e seis horas na água. Portanto uma água isenta de moluscos e que foi guardada por mais de trinta e seis horas pode ser ingerida sem receios. As cercárias podem ser destruídas pela cloração, devendo se efetuar a sedimentação, coagulação e filtração para um perfeito tratamento.
  • 13. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 2-1 - ORIGINAL CAPÍTULO 2 CARACTERÍSTICAS DA ÁGUA 2.1 - GENERALIDADES A água apresenta características ou propriedades diversas de acordo com as substâncias que nela se encontram. Estas características e propriedades abrangem: turvação, cor, sabor, odor, PH, gases e substâncias minerais dissolvidas. 2.2 - TURVAÇÃO OU TURBIDEZ A turvação é o aspecto lamacento ou pouco límpido da água provocado pelas matérias em suspensão. A água correndo na superfície carrega pequenas partículas, mantendo-as em suspensão. A quantidade e o tamanho destas partículas são proporcionais à velocidade da corrente da água. Dentre tais partículas figura a areia, a argila, as matérias orgânicas, oriundas de vegetais decompostos ou de fezes de animais. À medida que a velocidade da água diminui, as matérias começam ser depositadas, as maiores e depois as menores. Quando a velocidade da água cessa, ficando tranqüila, todas as partículas se depositam. As partículas de argila, por serem finíssimas, se mantêm em suspensão por mais tempo que outros materiais. Por vezes, são necessários meses para a completa deposição de todas as partículas de argila. Após chuvas copiosas (grande volume) as águas correntes ficam turvas, fruto da quantidade de materiais arrastados pela alta velocidade. Os lagos e charcos, geralmente, possuem águas subterrâneas mais claras que as superficiais, isto devido à filtração das matérias em suspensão pelo solo. Para a eliminação da turvação, utiliza-se, então o pré-tratamento e a filtração, objetivando-se: - tornar a água potável; - eliminar as matérias em suspensão, que podem conter microorganismos; - evitar a ingestão de água por elementos, que, com a continuidade do consumo, poderão ser vítimas de diarréias, devido à irritação do intestino, causada pelas matérias sólidas existentes na água; e - forçar o homem a beber somente água tratada, apresentando-a com um aspecto agradável, sem gosto, cor ou odor que as matérias orgânicas podem provocar.
  • 14. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 2-2 - ORIGINAL 2.3 - COR A coloração da água quase sempre é produzida por matérias corantes oriundas dos vegetais em decomposição. Por esta razão, a água dos pântanos tem mais tendência para ter cores mais fortes. A cor causada pela turvação ou pelas impurezas deve ser distinguida a fim de possibilitar a determinação do método adequado para o tratamento d’água. 2.4 - ODOR E SABOR O gosto, assim como o odor, é decorrente da presença de algas, gases dissolvidos, matérias orgânicas em decomposição e resíduos industriais. As substâncias minerais em solução alteram o gosto da água, embora nem sempre seja possível distingui-las pelo odor. Exemplo: cloreto de sódio. 2.5 - VALOR DO PH (POTENCIAL HIDROGENIÔNICO) As substâncias minerais e químicas que a água arrasta e dilui, quando de sua passagem através do solo, têm grande influência nos processos de depuração, dentre eles a coagulação e a sedimentação. Tais substâncias são ácidas ou alcalinas. Como a água pode conter minerais, ácidos ou alcalinos, é necessária a identificação de quais substâncias existem em maior grau, posto que as impurezas podem afetar o pré- tratamento e causar ação corrosiva. O PH pode ser definido como a medida quantitativa da acidez ou alcalinidade da água. Tem grande utilidade no cálculo das substâncias químicas que devem ser adicionadas à água para uma boa coagulação, para controlar a corrosão e para descobrir se a água contém substâncias tóxicas. Também afeta a atividade bactericida do cloro, pois a ação bactericida diminui quando o PH aumenta. A água com PH acima de 8, 0 tem sua ação desinfetante bastante reduzida. 2.5.1 - Representação gráfica O PH é representado por uma escala numérica que varia de 0 a 14. O PH é determinado, em campanha, por um comparador de cores (colorímetro) e é medido em uma escala de 14 divisores. Esta escala abrange as condições de acidez e alcalinidade, onde a acidez máxima é representada pelo PH = 0 e a alcalinidade máxima pelo PH = 14. No ponto médio desta escala, isto é, PH = 7 a água é neutra, ou seja, as substâncias ácidas e alcalinas se equilibram ou se anulam entre si. 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 , 10, 11, 12, 13, 14 Ácido Neutro Alcalino
  • 15. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 2-3 - ORIGINAL O PH de uma água pode ser aumentado pela adição de substâncias alcalinas como o carbonato de sódio ou diminuído pela adição de substâncias ácidas como, por exemplo, o sulfato de alumínio (alume). Como evidência de que um PH = 7 não significa pureza, apresentamos o PH de alguns alimentos por meio da tabela a seguir. Nota-se que alguns alimentos são ácidos. Tabela do PH dos Alimentos Abóbora 5,0 - 5,4 Azeitona 6,3 - 6,6 Banana 4,5 - 4,7 Batata 5,6 - 6,0 Batata doce 5,3 - 5,6 Biscoito 6,5 - 8,5 Cerveja 4,0 - 5,0 Ervilha 5,8 - 6,4 Espinafre 5,1 - 6,4 Feijão 5,0 - 6,0 Laranja 3,0 - 4,0 Leite de vaca 6,3 - 6,6 Limão 1,8 - 2,0 Lima 2,2 - 2,4 Maçã 2,9 - 3,3 Manteiga 6,1 - 6,4 Nabo 5,2 - 5,6 Pão branco 5,0 - 6,0 Pêra 3,6 - 4,0 Queijo 4,8 - 6,4 Vinagre 2,4 - 3,4 2.6 - DETERMINAÇÃO DO PH 2.6.1 - Método do colorímetro Este método baseia-se no fato de certos compostos orgânicos mudarem de cor com a variação do PH. A adição de pequena quantidade de indicador à amostra e a comparação dela com padrões coloridos possibilitam a rápida determinação do PH. Os aparelhos utilizados na comparação colorimétrica são chamados colorímetros ou comparadores de cores, sendo os mesmos usados na determinação do cloro residual. 2.6.2 - Reagentes e suas referidas faixas de PH O quadro abaixo apresenta os reagentes químicos utilizados nos colorímetros para determinar o PH de uma amostra, juntamente com as faixas de PH possíveis de
  • 16. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 2-4 - ORIGINAL serem determinados com o uso dos mesmos. Faixas de PH Reagentes Mínima Máxima Azul de Bromotimol 6,0 7,6 Vermelho de Fenol (Pheno Red) 6,8 8,2 Vermelho de Cresol 7,2 8,8 2.7 - QUANTIDADE DE CONSUMO O volume de água necessário a um soldado em combate, nas marchas ou em estacionamentos é apresentado na tabela abaixo: CONDIÇÕES LITROS POR DIA OBSERVAÇÕES 2 litros Para um período de três dias no máximo de operação. Combate 3 a 6 litros Usados para beber e, com economia, para cozinhar e na higiene pessoal, para operações com mais de três dias de duração. 8 litros Suficiente para beber, cozinhar, lavar os utensílios de cozinha e lavar as mãos e o rosto. Marcha ou estacionamentos de pequena duração 20 litros Deve permitir o banho e a lavagem de roupa. 20 litros Não incluindo banho. 40 litros Incluindo banho ligeiro. Estacionamento de grande duração 60 litros Banho de imersão.
  • 17. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 3-1 - ORIGINAL CAPÍTULO 3 NOÇÕES SOBRE TRATAMENTO D’ÁGUA 3.1 - CONCEITOS O tratamento d’água é o processo de remover ou destruir as impurezas presentes na mesma, a fim de que se torne segura para consumo. A boa qualidade é resultante dos seguintes processos de tratamento: sedimentação, coagulação, filtração e desinfecção. 3.1.1 - Sedimentação A sedimentação simples é a deposição natural dos sólidos mais pesados que a água, sem adição de coagulantes químicos. Na água em movimento, os sólidos mais pesados se mantêm em suspensão, depositando-se no fundo, assim que o movimento cessa. O tempo necessário para clarificar a água pela sedimentação natural depende do tamanho e da densidade das partículas em suspensão. As partículas mais volumosas depositam-se em poucos minutos, enquanto as menores, como os grãos de argila, podem se manter em suspensão por alguns dias. Dificilmente o processo de sedimentação será utilizado para o tratamento da água, sem que seja associado a outro processo. 3.1.2 - Coagulação Mediante a adição de determinadas substâncias químicas à água, as matérias em suspensão se aglomeram em partículas mais volumosas, depositando-se com maior rapidez. Tal processo denomina-se coagulação. No CFN, a substância utilizada no processo de coagulação é o sulfato duplo de alumínio (alúmen comum). Este elemento químico reage com as substâncias alcalinas presentes na água formando uma substância gelatinosa, insolúvel, que aglutina as matérias e os microrganismos em suspensão. 3.1.3 - Floculação O alúmen comum (sulfato duplo de alumínio) é o coagulante a ser aplicado à água, nos tanques de pré-tratamento e pode ser adicionado continuamente por dispositivos mecânicos existentes nas unidades portáteis ou pelo método do cesto químico. Após a adição do coagulante, a água deve ser bem agitada. Uma substância gelatinosa começa a se formar, sendo suas partículas tão pequenas que apresenta um aspecto leitoso. Neste estado, o hidróxido insolúvel não clarifica nem se deposita. É necessário continuar a agitação da água, porém de forma mais branda, até que as
  • 18. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 3-2 - ORIGINAL partículas se liguem formando partículas mais volumosas. Este processo chama-se floculação, sendo as partículas maiores denominadas de flocos. A finalidade desta operação é conseguir flocos pesados e, conseqüentemente, acelerar a sedimentação das matérias em suspensão. 3.1.4 - PH ótimo O valor do PH ótimo da água é aquele onde o floco é mais pesado e se forma mais rapidamente. Como o PH ótimo varia com o grau de impureza da água, há necessidade de determiná-lo, mediante um teste conhecido como o teste dos potes. Tal teste consiste na colocação da água em quatro potes, sendo adicionadas em cada um quantidades distintas do coagulante e da substância alcalina a serem utilizados para ocorrer e apressar a coagulação. As amostras são agitadas, sendo os potes observados para que se verifique em qual ocorrerá com maior rapidez a formação de flocos e a sedimentação. O pote em cujo processo for apresentada maior rapidez será o que contém a água com PH ótimo. 3.1.5 - Pré-tratamento O pré-tratamento consiste numa clarificação parcial da água pela coagulação e sedimentação, antes da filtração. O pré-tratamento reduz a quantidade dos sólidos em suspensão na água a um nível uniformemente baixo, assegurando a produção ótima de água, qualquer que seja a turvação da fonte. Um pré-tratamento adequado evitará o entupimento rápido dos filtros. Quando da realização do pré-tratamento por tanques, usualmente são instalados um ou mais tanques entre a unidade portátil de tratamento e a motobomba instalada junto à fonte de captação. As substâncias químicas coagulantes são adicionadas à água “in natura” com ajuda de um cesto químico suspenso na borda do tanque. A água que entrará nos tanques deve passar pelo cesto químico para que possa dissolver os coagulantes nele existentes. Dentro de trinta a sessenta minutos a água pré-tratada estará em condições de ser submetida ao tratamento propriamente dito. 3.1.6 - Filtração A filtração é o processo de remoção da matéria em suspensão na água, mediante sua passagem através de algum material poroso. No tratamento da água, a filtração é o processo básico para remoção de bactérias e outros materiais em suspensão.
  • 19. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 3-3 - ORIGINAL 3.1.7 - Tipos de filtros O processo de tratamento por filtração utiliza filtros, sendo os dois mais conhecidos o de areia e o de diatomito. Os filtros de areia são mais usados em sistemas fixos, nos quais há necessidade do tratamento de grandes volumes d’água (ex: estações de tratamento d’água). Os filtros a diatomito, por serem portáteis, são os utilizados pelo CFN. 3.1.8 - Ensaio de floculação (teste de rotina) A floculação é o processo de tratamento d’água pelo qual as partículas finamente divididas, capazes de permanecer indefinidamente em suspensão, causadores de cor e turbidez, indesejáveis em água para consumo, são combinadas ou aglomeradas, por meios químicos, a partículas de tamanho e massa suficientemente grandes para efetuar uma sedimentação rápida e a conseqüente clarificação da água. O processo de floculação utiliza diferentes produtos químicos, ou combinações de produtos, dependendo da natureza e das características da água a ser tratada. Os produtos mais usados como floculantes são o sulfato de alumínio e o sulfato duplo de alumínio e potássio (alúmen de potássio ou simplesmente alúmen). Para o ajuste do PH são usados a soda cáustica ou carbonato de sódio. A finalidade do ensaio de floculação é a determinação das quantidades adequadas de produtos químicos necessários à obtenção de uma perfeita clarificação da água, em condições ótimas de PH. O PH ótimo é aquele que corresponde a melhor floculação e sedimentação dos flóculos (flocos). O valor ótimo varia substancialmente com a água a ser tratada. O PH da água tratada por floculação deverá ser igual (ou muito próximo) do PH ótimo determinado no ensaio de floculação, desde que as quantidades de produtos químicos, calculadas no ensaio, tenham sido corretamente adicionados. No tratamento d’água em instalações de pequeno porte, como é o caso dos tanques utilizados em campanha (cerca de 12.000 L), utiliza-se o alúmen de potássio como floculante e carbonato de sódio como corretor de PH. a) Preparo de soluções padrão – equipamentos de análise de água (seqüência) I) Solução de alúmen (1 ml contém 0,008g de alúmen) - Utilize um frasco de solução de 125 ml; coloque um funil, com auxílio do suporte. - Abra a cápsula de alúmen, despeje o conteúdo diretamente no funil; tome cuidado de esvaziar a cápsula o máximo que possa.
  • 20. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 3-4 - ORIGINAL - Encha um dos vidros vazios do estojo de floculação com água potável limpa. Despeje, cuidadosamente, a água no funil de forma a transferir o alúmen para dentro do frasco e termine a operação lavando bem o funil e cápsula, recolhendo a lavagem diretamente ao frasco. - Depois que o alúmen tenha dissolvido inteiramente termine de encher o frasco com água, até completar o volume da marca de aferição. Quando, depois de algum tempo de uso, a solução acabar, despeje qualquer resto de líquido ainda existente e lave o frasco, antes de utilizá-lo no preparo de uma nova solução. II) Solução de carbonato de sódio (1 ml contém 0,004g de Na2CO3 ) Prepare a solução padrão de carbonato de sódio, exatamente da mesma maneira que a solução de alúmen, utilizando a cápsula de carbonato de sódio. b) Procedimento para o ensaio Encha os quatro vidros do estojo de floculação com a amostra de água a examinar, até a marca da aferição (200 ml). Empregue diferentes dosagens das soluções de alúmen em cada um dos quatro frascos. Em uma primeira série de ensaios, faça adições equivalentes às concentrações de alúmen em g/l, como indicadas na tabela abaixo, acrescentando com a pipeta graduada os volumes correspondentes da solução padrão de alúmen. Dosagem (g/l) Solução de alúmen (ml) 0,020 0,040 0,060 0,080 0,5 1,0 1,5 2,0 Coloque os frascos no estojo e agite durante dois minutos. Leve o estojo à sombra, observe os frascos contra a luz e verifique a formação de flocos. Determine o PH da água do frasco, no qual formam-se os flocos satisfatórios. Considere satisfatórios os flocos que mais rápido arrastem a turvação em suspensão, de modo que a água resultante por decantação se mostre perfeitamente límpida e clara. Os flocos devem formar-se e serem visíveis a olho nu, após minutos de terminada agitação dos frascos. Se não conseguir, na primeira série de ensaios, flocos satisfatórios (isto é, com perfeita clarificação da água em exame), repita o ensaio com novas porções de água a examinar, esvazie os frascos e lave-os bem com a água a ser examinada.
  • 21. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 3-5 - ORIGINAL Siga o mesmo procedimento da série anterior dos testes, porém utilizando novas dosagens de alúmen, conforme o indicado na tabela a seguir. Dosagem (g/l) Solução de alúmen (ml) 0,10 0,12 0,14 0,16 2,5 3,0 3,5 4,5 Se, ainda com esta série, não se obtiver floculação satisfatória, faça duas novas séries de ensaios, adicionando as mesmas dosagens de alúmen e quantidades de carbonato de sódio equivalentes à metade das respectivas dosagens de alúmen, conforme indicado na tabela abaixo. Dosagens (g/l) Solução padrão (ml) alúmen Carbonato de sódio alúmen Carbonato de sódio 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,5 1.0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 0,5 1.0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 Selecione o frasco correspondente ao ensaio que apresentou melhor floculação. Se mais de um ensaio apresentou resultados idênticos e de boa floculação, escolha entre esses, aquele que corresponde às menores dosagens, ou seja, aquele deverá fornecer o menor consumo de produtos químicos para tratamento, portanto, maior economia de material. Determine o PH ótimo da água do frasco selecionado e anote o resultado obtido e as dosagens empregadas de alúmen e carbonato de sódio, como os valores ótimos para floculação. Exemplo: Calcule as quantidades de alúmen e carbonato de sódio necessários para o tratamento de 12.000 litros de água bruta, de acordo com os resultados do ensaio de floculação, multiplicando a dosagem ótima em g/l por 12.000. - Quantidade do produto (g) = dosagem (g/l) X 12.000. Considere ainda que o ensaio de floculação indicou uma dosagem de produtos químicos correspondente a 0,12 g/l de alúmen e 0,06 g/l de carbonato de sódio.
  • 22. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 3-6 - ORIGINAL Resposta: As quantidades para tratamento de 12.000 litros serão: Alúmen: 0,12 x 12.000 = 1400g Carbonato de sódio: 0,06 x 12.000 = 720 g c) Medidas das quantidades de produtos A medida das quantidades de alúmen ou carbonato de sódio, quando não se dispõe de uma balança, poderá ser feita com auxílio do copo graduado de 1.000 ml, considerando-se o aumento de volume de líquido, indicado na escala do copo, quando se adiciona o produto medido. Desde que se considere que o alúmen pesa 60 % mais e o carbonato de sódio 140 % mais que a água, as quantidades serão calculadas multiplicando-se o aumento do volume de líquido por 1,6 e 2,4 respectivamente. Exemplo: 240 g de alúmen corresponderão a um aumento de nível de 150 ml (150 x 1,6 = 240). A tabela a seguir fornece valores correspondentes às dosagens de alúmen e dados para medição das quantidades necessárias para 12.000 litros de água. Proceda a medição do alúmen da seguinte forma: - Verifique a dosagem ótima de alúmen pela prova de floculação. - Encha o copo graduado (Cl-Gl-P3), com água (potável) até a marca de 400ml. - Verifique o nível que a água deve atingir para se obter a quantidade de alúmen equivalente a dosagem requerida, de acordo com os dados da tabela 4. - Junte cristais de alúmen até atingir o nível desejado. Neste ponto, todo o alúmen deverá estar submerso. - Para dosagens acima de 0,08g/l, faça duas medidas separadamente. A seguir, a tabela apresenta as dosagens de alúmen e dados para medição das quantidades necessárias para 12.000 litros de água. Dosagens Quantidade Aumento de nível (ml) Nível no copo (ml) - 0,02 0,04 0,06 0,08 - 240 480 720 960 Nível inicial 150 300 450 600 400 550 700 850 1.000 NOTA: Os dados desta tabela são apenas indicativos do procedimento para tomada de quantidades de alúmen e foram determinadas considerando-se um
  • 23. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 3-7 - ORIGINAL multiplicador igual a 1,6, representativo da densidade aparente do produto comercial típico. Para cada tipo de produto comercial usado na prática, deve-se proceder à determinação prévia do respectivo multiplicador. A medição do carbonato de sódio é feita da mesma maneira, utilizando-se os dados da tabela a seguir, que apresenta as dosagens de carbonato de sódio e dados para medição das quantidades necessárias para 12.000 litros de água. Dosagens Quantidade Aumento de nível (ml) Nível no copo (ml) - 0,01 0,02 0,03 0,04 - 120 240 360 480 Nível inicial 50 100 150 200 450 500 550 600 650 3.1.9 - Determinação da turbidez a) Generalidades A turbidez indica a quantidade de matéria em suspensão existente na água. É definida na escala expressa pelo teor de sílica em ppm, referida a uma série de padrões de turbidez. Dois tipos de ensaios podem ser aplicados na determinação de turbidez de água: - por comparação visual da amostra da água em exame, com solução padrão de turbidez; e - utilizando um artifício que permite medir diretamente a visibilidade por meio da própria amostra, como, por exemplo, pelo emprego do copo graduado e com uma mancha preta pintada no fundo, conforme será visto adiante (método rápido) que fornece resultados apenas aproximados. b) Procedimento Para examinar baixas turvações, como os dos afluentes de um aparelho de tratamento, ponha água no copo graduado de 1.000 ml até a altura de 850 ml e coloque sobre o retângulo de plástico branco com uma mancha preta, no centro. Se a mancha aparecer nitidamente tão preta como anteriormente, isto é sinal de estar produzindo uma turvação inferior a 5 ppm. Uma turvação superior a 5 ppm produzirá uma matiz leitosa ou acinzentada. Como não é fornecido turbidímetro, para ser usado com as águas superficiais, o copo medidor pode ser empregado para constatar a turbidez de uma água de
  • 24. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 3-8 - ORIGINAL superfície superior a 100 ppm; entre 100 e 50 ppm e inferior a 50 ppm proceda da seguinte forma: - encha o copo até a marca 500 ml; - não sendo mais visível a mancha preta, a turvação é igual ou superior a 100 ppm; - se o contorno da mancha ainda for visível, a turvação é inferior a 100 ppm; - neste último caso, adicione mais água em exame, até o nível de 850 ml. se a mancha deixar de ser visível, a turvação será superior a 50 ppm e inferior a 100 ppm; e - se a mancha permanecer visível, a turvação será inferior a 50 ppm. 3.2 - SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS UTILIZADAS NO TRATAMENTO D’ÁGUA 3.2.1 - Agentes químicos coagulantes Os agentes químicos coagulantes mais comuns são: sulfato duplo de alumínio e potássio, sulfato de alumínio, alúmen preto e alúmen amoniacal. a) Sulfato duplo de alumínio e potássio Também chamado de alúmen comum ou pedra ume, é um sal ácido, sendo corrosivo para alguns metais. Apresenta-se em grande massa, granulada ou em pó, sendo solúvel na água e de aplicação fácil, em pedra ou em solução. É o coagulante preferido pelas unidades de engenharia de combate no tratamento d’água. b) Sulfato de alumínio É o coagulante mais utilizado nas grandes instalações fixas de tratamento. Apresenta-se na forma compacta, granular ou em pó. É um sal ácido e corrosivo para a maior parte dos metais. c) Alúmen preto É o sulfato de alumínio que contém carvão ativado em quantidade de 2 a 5% do seu peso. É um coagulante que, além de agir com essa propriedade, serve como redutor do odor e sabor da água. Não existem doses calculadas para lançar-se à água sulfato de alumínio e carvão ativado separadamente. d) Alúmen amoniacal Apresenta-se na forma compacta ou em cristais. É utilizado nas unidades móveis ou portáteis de tratamento d’água. É menos solúvel que o alúmen comum e o sulfato de alumínio. Sua composição química faz com que, ao ser colocado na água, libere pequena quantidade de amônia, que favorece a ação do cloro.
  • 25. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 3-9 - ORIGINAL 3.2.2 - Substâncias químicas para ajustagem do PH a) Carbonato de sódio É um pó branco, bastante solúvel na água, usado quando a água não contém alcalinidade suficiente para reagir com o coagulante. É utilizado para controle de corrosão, ajustagem do PH e amaciante da água. b) Cal Cal viva (óxido de cálcio) e cal extinta (hidróxido de cálcio) podem ser usadas para produzir a alcalinidade artificial, bem como abrandamento da água. c) Ácido sulfúrico As águas coloridas são às vezes tratadas pelo alúmen, num valor de PH baixo. Utiliza-se o ácido sulfúrico para baixar o PH, a fim de eliminar o excesso de alúmen. 3.2.3 - Substância filtrante O diatomito é o composto resultante dos esqueletos de algas microscópicas, chamadas diatomáceas, encontradas em depósitos marítimos que se elevam acima do nível do mar. É o meio filtrante dos atuais filtros utilizados no CFN. É chamado também de sílica diatomácea, terra diatomácea ou simplesmente sílica. 3.2.4 - Substância química para controle de odor e sabor O carvão ativado absorve substâncias orgânicas, cloro, ácido sulfúrico, ferro, alguns agentes químicos de guerra, remove a coloração, sem alterar o PH e as propriedades químicas da água por ser completamente insolúvel nela. Pode ser utilizado antes, durante ou após a coagulação, ou diretamente nos filtros. 3.3 - CLORO 3.3.1 - Generalidades Quase que universalmente, o cloro é utilizado em várias formas para a esterilização da água. O cloro pode apresentar-se sob a forma de um gás de coloração amarelo-esverdeada, sendo venenoso e duas vezes e meia mais pesado que o ar, tendo odor desagradável. Pode apresentar-se na forma sólida (em pó ou granulado), combinado-se com outras substâncias, podendo apresentar-se, ainda, na forma líquida. Sob a forma elementar, o cloro gasoso é mantido liquefeito, sob pressão, em cilindros metálicos. Pela diminuição de pressão, ele se gaseifica, sendo bastante solúvel na água.
  • 26. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 3-10 - ORIGINAL 3.3.2 - Derivados do cloro a) Hipoclorito de cálcio É um derivado do cloro que é adicionado à água em soluções através de um aparelho chamado hipoclorador. O hipoclorito contém cerca de 65% a 70% de cloro ativo e é encontrado comercialmente sob as denominações de HTH, SUPERCHLOR e PERCHLORON, sendo facilmente solúvel na água. b) Oxicloreto de cálcio É mais conhecido como cloreto de cálcio ou sal clorado, e tem uma taxa de cloro ativo de 25% a 30%. c) Hipoclorito de sódio É liquido e tem 10% de cloro ativo. Este composto, assim como os demais, é utilizado principalmente para pequenos abastecimentos de água, ficando o cloro gasoso para os grandes volumes (Estações de Tratamento D’água). 3.3.3 - Cloração Dentre os processos empregados na esterilização da água, o mais usado é a cloração. Este processo consiste na adição do cloro ou dos seus derivados com a finalidade principal de destruir microorganismos patogênicos. Na esterilização da água pelo cloro usamos os seguintes termos: a) Dosagem de cloro É a quantidade de cloro que é adicionada à água para iniciar o processo de desinfecção. b) Cloro residual Quantidade de cloro que permanece na água depois que a necessidade de todos os agentes consumidores tenham sido satisfeitas. A taxa de cloro em campanha é de 1 ppm. c) Necessidade de cloro Quantidade de cloro que reage com os agentes consumidores do cloro, em determinado tempo. É a diferença entre a dosagem de cloro e o cloro residual. 3.3.4 - Determinação do cloro a) Métodos da ortotolidina Este método é utilizado no controle do cloro nos pontos d’água. O aparelho utilizado no teste é o colorímetro e o reativo é a ortotolidina. A ortotolidina em presença do cloro produz uma substância de cor amarela que
  • 27. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 3-11 - ORIGINAL será tanto mais intensa quanto maior for a quantidade de cloro existente na água. b) Técnica - Colocar no comparador o disco correto de cloro; - Pôr em uma das cubetas, 10 ml de amostra a analisar e colocá-la no suporte do lado esquerdo do comparador que corresponde às cores padrão; - Em uma outra cubeta, colocar 0,5 ml da solução de ortotolidina e 10 ml da amostra. Colocá-la no suporte do lado direito do comparador; - Girar o disco até haver coincidência de cores; e - Ler o valor obtido no disco. Observação: se a cor estiver compreendida entre duas cores, intercalar o valor. Exemplo: se estiver entre 0,6 ppm e 0,8 ppm o valor exato será 0,7 ppm. 3.3.5 - Cálculo da necessidade de cloro a) Preparação da dosagem de cloro O hipoclorito de cálcio (HTH) tem 65% de cloro livre na sua formação, portanto para ter cinco gramas de cloro são necessárias 7,7 g de hipoclorito. Como o peso específico do hipoclorito é de 1,525, as 7,7 g de hipoclorito tem o mesmo volume, que é de 5,1 de água. Portanto, para medir cinco gramas de cloro deve-se adicionar hipoclorito à água em um tubo de ensaio até deslocar um volume de 5,1 ml. Hipoclorito de cálcio 65% 65 g – 100 hipoclorito 5 g – x x = 5 x 100 = 7,7 g 65 b) Deslocamento Se 1,525g equivale ao peso específico de 1ml de cloro, 7,7g de cloro (5g de cloro ativo) equivalerão a um deslocamento de: 7,7 – x x = 7,7 x 1 x = 5ml 1,525 – 1 1,525 c) Seqüência das ações - Enche-se uma proveta com água destilada até a marca de 10 ml; - Adiciona-se cuidadosamente o hipoclorito de cálcio em pó até que o nível da água atinja a 15 ml agitando sempre; - Lança-se esta solução num caneco graduado e adiciona-se água até completar um litro. Esta é a solução padrão para teste, com 5.000 ppm de cloro;
  • 28. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 3-12 - ORIGINAL - Lança-se 1 ml da solução padrão em um litro da água a ser tratada obtendo-se uma concentração de cinco ppm de cloro na água bruta. Agita-se essa amostra e aguarda-se trinta minutos; e - Utilizando-se o colorímetro, com o disco e o reagente indicado, verifique o cloro residual da água a ser tratada. d) Conclusão A dosagem de cloro será igual a 5 ppm menos a dosagem de cloro residual determinada acima. e) Exemplo Foi colocada inicialmente, na água bruta, uma dosagem de 5 ppm. Ao fim do teste observou-se uma dosagem de cloro residual igual a 2 ppm. Conclui-se, então, que 3 ppm foram consumidos na destruição dos germes (5 ppm – 2 ppm = 3 ppm). Portanto, sendo 3 ppm a necessidade, deve-se clorar a água a ser tratada com 4 ppm de modo que sobre 1 ppm de cloro no tanque de distribuição. f) Cálculo da necessidade de cloro I) Preparação das dosagens padrão (ver tabela abaixo) - Escolhe-se na coluna respectiva (1) a concentração desejada em partes por milhão (ppm); - Coloca-se 10ml de água destilada no frasco medidor; - Coloca-se hipoclorito de cálcio até adicionar o volume da coluna (2) aos 10 ml de água no frasco e agita-se a solução até torná-la homogênea. Exemplo: Para 4 ppm: 10 ml de água + 4,0 ml de hipoclorito = 14 ml de solução. Adiciona-se a água destilada a essa solução até completar um litro. Tem-se assim um litro de água com a dosagem padrão para fazer a concentração no teste. Quantidade de hipoclorito de cálcio – nacional Quantidade de cloro contido (1) Concentração para a dosagem padrão (ppm) (mg/l) (2) Volume (ml) (3) Peso (g) (4) Peso (g) 5 5,1 7,7 5 4 4,0 6,0 4 3 3.0 4,6 3 2 2.0 3,1 2 1 1,0 1,6 1
  • 29. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 3-13 - ORIGINAL II) Dosagem na amostra a ser tratada Retira-se 1 ml da dosagem padrão para a concentração desejada e dissolve-se em 1 litro de água a ser tratada. Aguarda-se trinta minutos e efetua-se o teste de cloro residual. III) Determinação da necessidade de cloro Diminui-se o resultado acima (cloro residual) da concentração escolhida inicialmente (coluna 1) obtendo-se a necessidade do cloro. IV) Cloração (ver tabela a abaixo) Acrescenta-se uma unidade ao resultado anterior (necessidade de cloro) e obtém-se a concentração com que a água será clorada no equipamento 7-VT ou 3-VT. Quantidade de hipoclorito de cálcio nacional Quantidade de cloro contido (1) Concentração para esterilizar 12.000 litros no 7 VT (2) Volume (ml) (3) Peso (g) (4) Peso (g) 5 61 92 60 4 48 74 48 3 36 55 36 2 25 36 24 1 12 18 12 3.3.6 - Prova da demanda de cloro a) Equipamento de análise de água Mod MIL MU – 3 O cloro não neutraliza as substâncias tóxicas que se encontram na água. Entretanto, ele pode revelar a presença de certos agentes químicos de guerra que reagem rapidamente com o cloro e aumentam imediatamente as necessidades de cloro na água. Quando a dosagem de cloro de 6,0 ppm não deixa um resíduo de 1 ppm, após contato de dois minutos, algum agente químico de guerra pode estar presente. A prova se efetua do seguinte modo: - Encha o cantil com água até a 2 a 3 cm da boca; - Meça a quantidade de agente de cloração com auxílio da cápsula de medida, tomando como referência a marca gravada, junte-o à água do cantil e agite por 2 a 3 minutos; - Cinco minutos após a dissolução, verifique o teor de cloro residual, utilizando o comparador de cores (colorímetro);
  • 30. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 3-14 - ORIGINAL - O resultado do ensaio será considerado positivo quando se encontrar um teor do cloro residual inferior a 1 ppm, significando que a necessidade de cloro é maior que 5 ppm; e - O resultado do ensaio será negativo quando o cloro residual for maior que 1 ppm. 3.3.7 - Comprimidos de cloro para tratamento d’água a) Indicação e modo de usar Usam-se os comprimidos de clorin de acordo com as dosagens indicadas: - para reservatórios e cisternas, usa-se um comprimido de 10.000 para cada 10.000 litros d’água; - para caixas e poços, usa-se clorin 1000 para cada 1000 litros d’água; e - para garrafões, potes e latas usa-se clorin 1 para cada litro d’água (cantil). Colocam-se os comprimidos dentro da água a tratar e em poucos minutos eles se dissolvem, tornando a água cristalina e sem o desagradável cheiro ou gosto de cloro. 3.4 - MELHORAMENTOS DE FONTES E DE PONTOS D’ÁGUA 3.4.1 - Melhoramentos de fontes d’água a) Generalidades I) Objetivos O melhoramento de uma fonte d’água consiste em qualquer trabalho que resulte em aumento da produção de água ou melhore sua qualidade, ou ainda que a torne mais rapidamente apta ao tratamento. II) Melhoramento Ao melhorar uma fonte utilizamos represas, galerias e outros artifícios para aumentar a quantidade e melhorar a qualidade. III) Precauções Devem ser evitados melhoramentos complicados; a simplicidade dá resultados mais rápidos. Monte um ralo na entrada de todas as mangueiras ou canos de tomadas d’água, seja qual for a limpidez da fonte. Para um ponto de aspiração ou tomada d’água, escolha um ponto em que a água seja tão profunda e límpida quanto possível. O ralo da mangueira de sucção deve ser colocado dez centímetros abaixo do nível da água.
  • 31. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 3-15 - ORIGINAL b) Fontes de água superficiais Para um suprimento d’água normal em campanha, a água superficial é o tipo mais acessível de fonte d’água. Vários métodos de construção de tomadas de água no interior de fontes superficiais são representados em seguida: I) Pedras ou estacas Se a correnteza não é rápida e a água é suficientemente profunda, uma tomada provisória pode ser preparada colocando-se o ralo de sucção sobre uma pedra. Isto evitará entupimento do ralo. Se a fonte a ser utilizada, (rio, riacho ou lago) for rasa, a mangueira de sucção pode ser presa em um poste ou estaca. II) Cova Quando a corrente for tão rasa que não seja coberta por no mínimo dez centímetros de água, deve-se fazer uma cova no leito da corrente e pousar o ralo sobre uma pedra. Se o fundo do rio for de lodo ou argila, enche-se a cova com cascalho para impedir a entrada de lama no equipamento de tratamento d’água. Fig 3.1 - Cova III) Represas O nível d’água de pequenas correntes pode ser elevado o suficiente para cobrir o ralo construindo-se uma represa. Nas correntes muito rápidas pode ser feita uma “falsa represa” lateral que protege o ralo sem represar a corrente.
  • 32. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 3-16 - ORIGINAL Fig 3.2 - Falsa represa IV) Bóias Feitas de troncos de madeiras, latas fechadas ou tonéis de combustíveis. Fig 3.3 - Bóia de tronco de madeira 3.4.2 - Melhoramentos de um ponto d’água Os melhoramentos em ponto d’água são feitos gradualmente, de modo a aumentar a quantidade e melhorar a qualidade da água, bem como a eficiência das instalações de tratamento e distribuição. Um melhoramento gradativo serve para evitar estrangulamento e outras falhas que podem ocorrer após a instalação de ponto d’água. Os objetivos a alcançar são: - aumentar a produção de água potável; - melhorar a qualidade de água produzida; - diminuir os problemas de distribuição; - diminuir as necessidades de manutenção;
  • 33. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 3-17 - ORIGINAL - aumentar a segurança; e - melhorar as condições de operação do ponto d’água. Um planejamento adequado é essencial para um melhoramento progressivo do ponto d’água e deverá estar colocado, calcado e amarrado, aos dados do reconhecimento. A eliminação das dificuldades que limitam as operações devem ter prioridade sobre problemas de menor importância. a) Drenagem A importância da drenagem adequada não pode ser menosprezada, pois, devido à água que se perde no filtro, aos escapamentos dos tanques e aos derrames por ocasião da distribuição, a área de operação de um ponto d’água se mantém constantemente úmida e lamacenta. b) Suporte e plataformas Nos pontos da frente, normalmente os tanques são armados sobre plataformas colocadas no solo. Elas mantêm os tanques afastados da umidade e permitem a circulação do ar por baixo, evitando que os tanques apodreçam. Fig 3.4 - Plataforma alta
  • 34. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 3-18 - ORIGINAL c) Instalações para armazenagem As instalações para armazenagem, com capacidade suficiente para guardar a quantidade de água necessária para o consumo de um dia, aumentarão a eficiência da distribuição, por meio da eliminação de longas esperas nos pontos d’água pelos consumidores. Para armazenagem, poderá ser feita uma escavação, forrada com uma lona. A terra resultante da escavação deve ser compactada em volta, para evitar poluição das águas superficiais. Uma lona suplementar deve ser colocada sobre a escavação para servir de cobertura protetora para a água armazenada. Fig 3.5 - Instalação para armazenagem improvisada d) Variante de circulação e desvio Quando os pontos d’água forem situados ao longo de estradas com tráfego intenso deve-se dispor de instalações para carregamento das viaturas dos consumidores, sem interferir com o tráfego normal. O desvio a ser feito na estrada dependerá do porte do ponto d’água e da mão de obra disponível. Atenção especial deve ser dada à drenagem deste desvio. e) Sinalização A sinalização do tráfego, indicando o caminho para o ponto d’água, fica a cargo da Equipe de Tratamento D’Água. Os sinais devem ser bem visíveis aos motoristas e permitir que as viaturas possam circular com o mínimo de
  • 35. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 3-19 - ORIGINAL cruzamentos, devendo ser fabricados com metal e armazenados com os equipamentos de tratamento d’água para uso em campanha. f) Distribuidores Um distribuidor do ponto d’água serve para fornecer água sob pressão, de uma saída suficiente alta, para servir às viaturas cisternas. Comumente, é constituído por um cano de 2 polegadas preso a uma viga vertical que o suporta. Pode-se instalar uma série de distribuidores ligados a uma instalação subterrânea. A saída mais satisfatória para os distribuidores é um pedaço curto de mangueira de descarga tendo na ponta um bico de segurança, que serve para ficar suspenso a fim de evitar contaminação. g) Camuflagem A melhor maneira de reduzir as possibilidades de um ataque inimigo é negar informações concernentes à localização dos pontos d’água. Isto pode ser feito pela eficiente cobertura e mascaramento ou pelo uso das redes de camuflagem para encobrir as linhas e formas do equipamento. As redes são particularmente aplicáveis a unidades móveis de purificação d’água, onde a cobertura natural for precária. Se possível, áreas de estacionamento, variantes de circulação, desvio, bem como todas as instalações de distribuição, devem ser cuidadosamente camufladas. h) Instalações sanitárias Devem estar localizadas a um mínimo de cem metros a jusante da fonte d’água. Tais instalações não devem contaminar o nível do lençol d’água subterrânea nem locais cuja drenagem possa vir a contaminar a fonte d’água.
  • 36. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 3-20 - ORIGINAL Fig 3.6 - Esboço de um ponto d’água com melhoramentos 3.5 - TRATAMENTO D’ÁGUA PARA PEQUENAS UNIDADES 3.5.1 - Generalidades O suprimento e o tratamento d’água, na sua forma mais simples, consiste no emprego isolado de regras de esterilização da água do cantil, adicionando pílulas de substâncias esterilizantes ou fervendo-o por no mínimo vinte minutos. 3.5.2 - Saco lyster a) Características O saco lyster é um saco de lona destinado basicamente ao armazenamento de água. Pesa, aproximadamente, oito quilos quando vazio, tendo capacidade aproximada para 136 litros de água (36 galões quando cheio até dez centímetros
  • 37. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 3-21 - ORIGINAL da borda). Pode ser revestido de borracha para uso em climas frios ou de um material poroso para uso em climas quentes e secos. Possui quatro torneiras na parte inferior, um anel de metal com quatro ilhoses em sua parte superior para poder ser pendurado, sendo dotado de uma tampa. b) Emprego É utilizado para, além de esterilizar a água, quando da indisponibilidade de outro equipamento de tratamento de água, servir como depósito e meio de distribuição da água depurada. c) Utilização Para a esterilização da água do saco lyster, deve-se proceder da seguinte maneira: - suspender o saco no tripé apropriado ou de outro modo e enchê-lo até dez centímetros da borda; - retirar uma pequena quantidade de água de uma das torneiras e apará-las num caneco de cantil. quebrar uma ampola de hipoclorito de cálcio e colocar o produto no caneco. juntar água até dois terços do caneco; - pôr a solução de hipoclorito de cálcio no saco e mexer bem com vara limpa, para que o hipoclorito se dissolva bem na água. - depois de 10 minutos, pelo menos, abrir as torneiras e deixar escapar uma pequena quantidade de água. - fazer então os testes para verificar a presença do cloro livre na água. 3.5.3 - Teste do cloro O cloro residual pode ser determinado pelo colorímetro. Neste caso será verificado o valor do cloro residual, que deverá ser de 1 ppm após dez minutos de contato. Antes de entregar a água ao consumo, deixá-la em repouso depois da prova, por vinte minutos, ou seja, um total de trinta minutos após a adição do hipoclorito. Havendo a suspeita de cisto amebiano ou esquistossomose deve-se aumentar a taxa de cloro para 2 ppm. 3.5.4 - Esterilização no cantil A água pode ser purificada nos cantis mediante a colocação de comprimidos individuais de purificação de água (Halozona). Como os comprimidos são fornecidos na dosagem de 4 a 8 mg, a quantidade a ser utilizada em um cantil é variável. - sendo a água aparentemente clara, usa-se 1 comprimido de 8 mg ou 2 de 4 mg. - se a água for turva, emprega-se 2 comprimidos de 8 mg ou 4 de 4 mg.
  • 38. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 3-22 - ORIGINAL Depois da colocação dos comprimidos na água devem ser aguardados 30 minutos, no mínimo, para que a água possa ser bebida. Caso haja suspeita da presença de esquistossomos ou de cistos amebianos, devem ser empregados, no mínimo, 4 comprimidos de 4 mg ou 2 de 8 mg. 3.5.5 - Fervura Se nem o hipoclorito de cálcio ou iodo ou halazona estiverem disponíveis, a água poderá ser purificada pela fervura durante trinta minutos. Este método não deve ser feito individualmente pelo combatente, devendo a água ser fervida sob supervisão e em grandes quantidades, e então distribuídas à tropa. 3.5.6 - Adição de sal Os combatentes submetidos a atividades físicas intensas ou prolongadas no tempo, quer durante a instrução ou o adestramento, quer em combate, perdem ponderável quantidade de sal pela transpiração. Tal perda pode ser compensada se a tropa beber água que contenha cerca de 0,1% de sal comum. Esta água pode ser preparada, juntando-se 450 gramas de sal comum a 380 litros de água, ou 136 gramas de sal comum a 136 litros de água (Saco Lyster).
  • 39. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-1 - ORIGINAL CAPÍTULO 4 EQUIPAMENTOS DE TRATAMENTO D’ÁGUA 4.1 - EQUIPAMENTO DE TRATAMENTO D’ÁGUA 7-VT O Equipamento de Tratamento de Água Diato-Útil Modelo 7-VT de 12.000 litros/hora é de fabricação nacional e, devidamente instalado junto a uma fonte d’água natural, tem condições para convertê-la em água potável. Seu principal trabalho consiste em filtrar e desinfetar a água com a utilização do cloro, sendo ainda empregada a sílica diatomácia como elemento filtrante. O Equipamento de Tratamento D’Água 7-VT é constituído de: - conjunto de sucção, recalque e tratamento; - diato-filtro; e - tambor de recobrimento. O equipamento auxiliar é constituído, por sua vez, pelas mangueiras (sucção, descarga e recobrimento), ferramentas, ralos, tanques e juntas. 4.1.1 - Conjunto de sucção, recalque e tratamento a) Motor Observar inciso 4.3.10 deste manual. b) Bomba A bomba utilizada é do tipo centrífuga, com vazão horária de 12.000 litros por hora; altura manométrica: 40 metros; sucção máxima: 6 metros; a gaxeta da bomba não deve ser apertada em demasia a fim de evitar o super aquecimento do eixo e o desgaste do mesmo, devendo-se sempre deixar que pingue um pouco de água que servirá para lubrificar e resfriar, pois a rotação é muito alta. c) Válvula Os números citados entre parênteses após alguns componentes referem-se à Fig 4.1 Válvula nº 1 (2 posições): - FL (filtrar ou retrolavagem); - R (Recobrimento); - Registro geral da bomba (8); - Registro geral do dosador de sílica auxiliar (6); - Registro geral do hipoclorador (7); - Registro de saída do hipoclorito (4);
  • 40. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-2 - ORIGINAL - Registro de saída da sílica auxiliar (5); e - Entrada para o recobrimento (válvula 1 na posição R). d) Hipocloradores São aparelhos destinados à aplicação do cloro, por meio de hipoclorito de cálcio ou hipoclorito de sódio, no tratamento da água. Os hipocloradores usam como energia o movimento da água impulsionada pela própria bomba, sendo que a solução química é misturada à corrente de água por um sistema hidrodinâmico de pressão conhecido como “Sistema Venturi”. O rotâmetro regula a dosagem de cloro. A preparação da solução de hipoclorito de cálcio é feita num recipiente separadamente e na concentração desejada. Deve-se deixar que o material insolúvel se decante e colocar a solução clarificada no depósito plástico do equipamento. O hipoclorito de sódio poderá ser preparado diretamente no depósito plástico, uma vez que o mesmo se encontra na forma líquida. e) Diatomácia auxiliar O dispositivo de lançamento de sílica auxiliar permite recompletar o bolo filtrante. Auxilia-se a filtragem dosando-se certa quantidade de sílica no fluxo de água pré- tratada. 4.1.2 - Diato-filtro a) Componentes (Fig 4.1) - Válvula de duas posições (2) • 2L – Retrolavagem; • LRF - Recobrimento, Filtração e Lavagem; - Válvula de três posições (3): R, F e L; - Válvula descompressora (10), possui duas posições: aberta para a saída de ar e fechada; - Válvula de descarga (11), possui duas posições: aberta para lavagem e fechada; - Câmara superior (depósito de água tratada); - Câmara inferior (água bruta); e - Dois manômetros (A e B) de 7 kg/cm2 (um para cada câmara). 4.1.3 - Tambor de recobrimento O tambor de recobrimento tem capacidade para 200 litros e é empregado na
  • 41. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-3 - ORIGINAL preparação da diatomácia para a operação de recobrimento. 4.1.4 - Instruções preliminares à operação A Fig 4.1 mostra como devem ser ligados entre si os diversos terminais das tubulações, por meio das mangueiras fornecidas. Essas ligações são realizadas por meio de juntas rápidas, que são apertadas com chaves adequadas, fornecidas com o equipamento. A disposição indicada na Fig permite mostrar a frente do equipamento, onde estão todos os meios de operação e controle, perfeitamente acessível. Para o transporte manual do equipamento devem-se utilizar os pegadores, peças tubulares que se introduzem na estrutura tubular do conjunto a que fazem parte. Cada estrutura possui quatro pegadores, que devem ser utilizados por quatro homens, para facilitar o transporte e locação do equipamento. Uma vez locados, os pegadores devem ser introduzidos na estrutura tubular, a fim de não causar incidentes. Antes de se ligarem os bocais metálicos das mangueiras às extremidades adequadas do equipamento, deve-se verificar com cuidado: - se as braçadeiras estão apertadas e nos devidos lugares; e - se todas as juntas rápidas (peças fêmeas) possuem juntas de borracha para vedação de mangueiras. Uma vez feita a ligação da mangueira com a extremidade da tubulação adequada, aperta-se a junta com a mão, até encontrar-se resistência, então, utiliza-se a chave apropriada para o aperto final. 4.1.5 - Operações a) Recobrimento Esta é a operação inicial, em que uma pequena camada de material filtrante é depositada sobre as sete velas do filtro (câmara inferior), pela circulação da diatomácia em suspensão na água através do aparelho. Deve-se colocar no tambor de recobrimento, cuja capacidade é de 200 litros, 2 litros de diatomácia. A seguir, enche-se o tambor com água razoavelmente limpa (pré-tratada), até dez centímetros da borda do tambor, agitando-se bem a água. Seqüência de operações: - colocar as válvulas 1, 2, 3, na posição (r), e fechar todos os registros; - retirar o ar da bomba e dar a partida no motor, abrindo lentamente o registro 8
  • 42. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-4 - ORIGINAL (principal); - observar pelo visor do filtro o processamento do recobrimento das velas; - manter a mangueira imersa no tambor para agitar a diatomácia; e - aproximadamente após cinco minutos, a água deverá estar clarificada. b) Filtragem Esta operação inicia-se logo após o recobrimento, sem interrupção do fluxo: há somente uma inversão do ponto de sucção, do tambor de recobrimento para o tanque de pré -tratamento, executando-se as seguintes operações: Coloca-se a válvula 1 na posição F até encher o tambor de recobrimento com a água filtrada. Em seguida, coloca-se a válvula 3 na posição F (filtragem). O equipamento de tratamento d’água a diatomito tem condições de reter cerca de 90% de bactérias e sólidos causadores de turvação, bem como os cistos amebianos e cercárias de esquistossomos. c) Cloração Coloca-se no recipiente de plástico a solução de cloro. Abrindo-se um pouco o registro 7, extrai-se o ar no extrator, abaixo do registro 4; feito isto, abre-se os registros 4 e 6. Regula-se o dosador de cloro conforme residual requerido. Mantém-se sempre o depósito com solução. d) Diatomácia Abre-se todo o registro 6 e 9 para abastecer o depósito; estando cheio, fecha-se o 9 e coloca-se a sílica, na quantidade de 1,5 litro, agitando bem. Extrai-se o ar pelo extrator situado na parte inferior do registro 5. Feito isto, faz-se a dosagem pelo registro 5. e) Lavagem Quando o manômetro da parte inferior indica 3,5 kg/cm2 , é chegada a hora de efetuar-se a lavagem do filtro. Coloca-se a válvula 3, situada no diato-filtro, na posição L (lavagem), deixando que nos manômetros A e B as pressões se igualem, até atingir 4 kg/cm2 no máximo. Fecha-se o registro 8. Abrem-se simultaneamente as válvulas 10 (válvula descompressora) e válvula 11
  • 43. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-5 - ORIGINAL (válvula de descarga). Deixa-se esgotar toda a água do filtro, abre-se o registro 8 (principal), para arrastar alguma sujeira localizada na tubulação, e em seguida deve-se fechá-lo, fechando-se em seguida as válvulas 10 e 11. Reinicia-se neste ponto o ciclo de recobrimento e, em seguida, a filtragem. 4.1.6 - Recomendações gerais Quando o equipamento for recolhido, deve-se esvaziar o tambor de recobrimento, fazendo-se passar toda a água filtrada no filtro em retrolavagem, e esvaziar o tanque de sílica auxiliar lavando-o sem deixar resíduos. As mangueiras devem ser guardadas limpas e esvaziadas. Não se coloca graxa nas mangueiras, pois isso as danifica. Passa-se uma solução de glicerina líquida e neutra com álcool. Devem-se retirar as juntas de borracha e guardá-las na caixa de ferramentas que acompanha o equipamento. Para outro tipo de manutenção deve-se usar as ferramentas que acompanham o equipamento com instruções para emprego apropriado. Nunca se deve empregar ferramentas inadequadas, pois danificarão as peças. A vida e a eficiência do equipamento residem na lavagem dos elementos filtrantes após a filtragem. Antes de se guardar o equipamento, os alimentadores de sílica auxiliar, de filtragem e o hipoclorador devem ser lavados, fazendo-se circular água limpa no interior dos mesmos a fim de evitar futuros entupimentos.
  • 44. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-6 - ORIGINAL Fig 4.1 - Montagem do Equipamento de Tratamento d´Água 7-VT
  • 45. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-7 - ORIGINAL Fig 4.2 - Princípio de funcionamento
  • 46. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-8 - ORIGINAL 4.2 - EQUIPAMENTO DE TRATAMENTO D’ÁGUA DIATO-ÚTIL 3–VT O Equipamento Portátil de Tratamento d’Água Diato-Útil, modelo 3-VT, de fabricação nacional, tem capacidade para tratar 4.500 l/h de água, e é constituído pelo equipamento propriamente dito; duas motobombas auxiliares com mangueiras de captação e distribuição; tanques SANSUY de vinil verde com capacidade de 12.000 litros, 10.000 litros e 1.000 litros de água e caixa de ferramentas. 4.2.1 - Constituição a) Diato-filtro Equipamento compacto, que apresenta em sua estrutura um filtro a diatomito com três velas transportáveis e uma mangueira de descarga de duas polegadas de diâmetro e dez metros de comprimento. b) Tambor de recobrimento Com capacidade para 50 litros de água, é o responsável pela mistura da sílica diatomácea com água para a confecção do bolo filtrante; c) Conjunto sucção-recalque e tratamento (CSRT) Composto de mangueiras, tubulações de metal, registros e válvula de duas vias (filtragem – recobrimento). d) Equipagem da motobomba do conjunto sucção-recalque e tratamento Composta de uma motobomba com vazão de 6.000 l/h e duas mangueiras de 1 ½ polegada de diâmetro e dez metros de comprimento. e) Motobombas auxiliares Duas motobombas com vazão de 6000 l/h e quatro mangueiras de captação e distribuição de 1 ½ polegada de diâmetro e 25 m de comprimento. f) Tanques SANSUY de vinil verde Tanques de formato circular, com armação de ferro estabilizada com um cabo de aço, com capacidades de 12000, 10000 e 1000 litros. g) Caixa de Ferramentas Acondiciona as ferramentas utilizadas na montagem e reparo do equipamento (alicate, juntas de borracha para vedação das mangueiras, chave de grifa, cola e pedaços de vinil para colagem dos tanques, etc.). Observação: Os três primeiros itens fazem parte de uma mesma estrutura metálica (gaiola), sendo o último item solto, interligado ao CSRT pelas duas mangueiras de 1 ½ polegada de diâmetro e dez metros de comprimento.
  • 47. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-9 - ORIGINAL Fig 4.3 - Vista frontal Fig 4.4 - Vista superior
  • 48. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-10 - ORIGINAL Fig 4.5 - Filtro 3-VT Fig 4.6 - Filtro de Carvão Ativado
  • 49. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-11 - ORIGINAL Fig 4.7 - Equipagem da Motobomba 4.2.2 - Seqüência de montagem do equipamento As ligações das partes componentes do equipamento que permitem o fluxo d’água no processo de tratamento são realizadas através de mangueiras de 1 ½ polegada. Estas mangueiras estão providas de união do tipo metálica, cuja função é facilitar o acoplamento com o equipamento. Como no equipamento 7–VT, cada estrutura possui quatro pegadores, que devem ser utilizados por quatro homens, para facilitar o transporte e locação do equipamento. Estes artefatos são peças tubulares que se introduzem na estrutura metálica do equipamento. Uma vez locados, os pegadores devem ser introduzidos na estrutura tubular, para não causar transtornos. a) Instalação da moto-bomba de captação Consiste na montagem da motobomba e suas mangueiras na margem da fonte de água. Nesta etapa, deve-se “escorvar” a moto bomba (retirar o ar do sistema), para o enchimento do tanque de pré-tratamento; b) Montagem do tanque de pré-tratamento Consiste na montagem do primeiro tanque para acondicionar água “in natura” e produtos químicos para se efetuar a coagulação; c) Instalação do equipamento propriamente dito (Diato-Filtro) d) Montagem do tanque de água tratada Consiste na montagem do segundo tanque para acondicionamento de água filtrada;
  • 50. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-12 - ORIGINAL e) Instalação da moto-bomba de distribuição Consiste na montagem da moto-bomba de distribuição e suas mangueiras para efetuar-se a distribuição à Unidade distribuidora. Observações: Ao ligar as mangueiras ao equipamento, deve-se verificar com cuidado: - se as conexões estão bem apertadas e nos devidos lugares; e - se todas as conexões possuem juntas de vedação. Uma vez feita a ligação da mangueira com a extremidade da tubulação adequada, aperta-se a união com as mãos, até encontrar resistência, para então utilizar-se da chave apropriada para o aperto final. 4.2.3 - Operação a) Recobrimento Após a instalação das partes componentes do conjunto do equipamento, enche-se o tambor de recobrimento, cuja capacidade é de 50 litros, com água do tanque de pré-tratamento; em seguida, adiciona-se 0,5 litro de sílica diatomácea. Seqüência de operações: - colocar as válvulas 1 e 2 na posição R, fechando-se todos os registros; - retirar o ar da bomba e dar a partida no motor, abrindo-se lentamente o registro principal; - observar pelo visor do filtro o processamento do recobrimento das velas; e - aproximadamente após cinco minutos, a água deverá estar clarificada. Antes de começar a operação, deve-se certificar de não haver ar na mangueira de sucção ligada ao tanque de pré-tratamento. O ar existente deverá ser retirado para não prejudicar a operação na filtragem. b) Filtragem Assim como no equipamento 7-VT, esta operação inicia-se logo após o recobrimento sem interrupção do fluxo: há somente uma inversão do ponto de sucção, do tambor de recobrimento para o tanque de pré-tratamento, da seguinte forma: - coloca-se a válvula 1 na posição L até encher o tambor de recobrimento com água filtrada; e - em seguida, coloca-se a válvula 2 na posição F.
  • 51. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-13 - ORIGINAL c) Cloração O processo de cloração pouco se diferencia do feito com o equipamento 7-VT, observando-se a seguinte seqüência: - coloca-se no recipiente de plástico a solução de cloro na concentração desejada, completando-se com água; - abre-se um pouco o registro 4; - abre-se o registro 5; - regula-se o dosador de cloro conforme residual requerido; e - deve-se manter sempre o depósito com solução. d) Lavagem A operação é idêntica ao equipamento 7-VT, observando-se apenas os números dos registros e das válvulas, como abaixo: - quando o manômetro da parte inferior indicar 3,5 kg/cm2 , é chegada a hora de efetuar a lavagem do filtro; - coloca-se a válvula 2 situada no diato-filtro na posição L (lavagem), deixando que nos manômetros A e B as pressões se igualem, até atingir 4 kg/cm2 no máximo; - fecha-se o registro 3; - abrem-se simultaneamente as válvulas 7 e 11; - deixa-se esgotar toda a água do filtro, abrindo o registro 3, para arrastar alguma sujeira localizada na tubulação; em seguida, deve-se fechá-lo; e - reinicia-se neste ponto o ciclo de recobrimento e, logo após, a filtragem. Obs: antes de iniciar a lavagem, fecham-se os registros 5 e 4, nesta seqüência. 4.2.4 - Manutenção A manutenção preventiva é a forma mais fácil e mais barata de manutenção. Para que não haja solução de continuidade no processo, devem ser feitos registros constantes e regulares de todas as seqüências de manutenção levadas a efeito do equipamento. Deve-se utilizar sempre o combustível e lubrificante adequados, preferencialmente os indicados pelo fabricante. Os cuidados apropriados dispensados ao equipamento terão como resultado uma vida útil mais longa do mesmo, melhor desempenho e operação mais econômica. a) Recomendações - devem-se executar diariamente as verificações no equipamento e quanto à
  • 52. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-14 - ORIGINAL operacionalidade dos instrumentos; - quanto à motobomba, devem-se executar as instruções contidas no artigo 4.2; - devem-se utilizar peças originais; e - se for necessário desmontar o equipamento ou algum conjunto dele, utilizar juntas e contrapinos novos na remontagem. b) Procedimentos básicos para substituições - coloque juntas as ferramentas que serão necessárias para o serviço; - tenha à mão um caderno de anotações, para registrar as informações relativas ao serviço; - encha um recipiente com solução de limpeza para lavar as peças; - prepare um lugar adequado para as peças e os recipientes; - disponha em ordem as peças desmontadas; - observe todas as porcas e parafusos junto com seu respectivo conjunto, para se assegurar de que não serão montados incorretamente; e - antes da desmontagem determine corretamente qual é o conjunto com problema. Nunca remova peças sem necessidade. Fig 4.8 - Conjunto Diato-Útil 3 – VT
  • 53. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-15 - ORIGINAL Fig 4.9 - Montagem do Equipamento 3 - VT
  • 54. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-16 - ORIGINAL 4.3 - EQUIPAMENTOS SUPLEMENTARES 4.3.1 - Introdução Para instalação e funcionamento dos pontos d’água são necessários não somente os equipamentos de tratamento d’água (unidade portátil), mas também os seguintes equipamentos suplementares: tanques de armazenagem, mangueiras, válvulas, tubulações, ferramentas, cestos químicos, ralos e bombas centrífugas. 4.3.2 - Tanques de armazenagem São reservatórios portáteis destinados ao armazenamento de água tratada para o consumo e também para a realização do pré-tratamento. São fáceis de armar e desarmar, podendo ser transportados em viaturas. a) Acessórios do tanque I) Hastes de ferro Têm a função de manter o tanque na posição vertical e no formato circular. II) Tapetes São construídos do mesmo material do tanque e com maior diâmetro que o mesmo. Sua função é proteger o tanque de objetos perfurantes existentes no solo. III) Cobertura Empregada para proteger a água armazenada no tanque. b) Armação do tanque - escolha um local relativamente liso e nivelado. remova pedras, raízes e outros materiais que possam perfurar o tanque; - cave um buraco no solo com as seguintes dimensões (aproximadamente): 0,50m de diâmetro, e 0,15 m de profundidade. este buraco tem a finalidade de facilitar o esvaziamento e a limpeza do tanque; - coloque o tapete centralizado sobre o buraco e centralize o tanque sobre o tapete; - monte o tanque; e - coloque a cobertura. c) Desmontagem do tanque Deve ser feita a operação inversa à armação do tanque. d) Cuidados - não deixar o tanque secar diretamente ao sol. Quando em serviço, procurar manter o tanque cheio; - evitar pisar nos tanques com sapatos ou botas;
  • 55. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-17 - ORIGINAL - proteger os tanques contra objetos que possam furá-los; e - utilizar a solução de álcool com glicerina, na base de 3x1, para conservação e limpeza dos tanques. 4.3.3 - Mangueiras As mangueiras utilizadas no suprimento de água são de dois tipos: mangueiras de sucção e mangueiras de descarga. a) Mangueira de sucção Estas mangueiras são feitas de borracha grossa e lona de plástico revestido, tendo o interior reforçado com metal para evitar a diminuição da sua vazão. As extremidades da mangueira são de latão, tendo uma união fêmea, uma luva e uma reentrância para arruela de vedação. b) Mangueiras de descarga Na descarga são utilizadas as mangueiras de lona revestidas interiormente por borracha. As mangueiras de borracha ou as de plástico reforçadas poderão ser utilizadas como mangueira de descarga. c) Uso e conservação das mangueiras - a mangueira de sucção é empregada em todas as canalizações de sucção da bomba, podendo também ser empregada como mangueira de descarga; - a mangueira de lona é somente usada para descarga; - nunca guarde a mangueira suja de areia ou lama; e - ao transportar as mangueiras não as arraste no chão ou bata em superfícies firmes. Fig 4.10 - Mangueiras
  • 56. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-18 - ORIGINAL 4.3.4 - Válvulas As válvulas são utilizadas nos diferentes estágios dos equipamentos de tratamento de água, para auxiliar nas manobras a serem executadas pelos operadores. As válvulas são de gaxetas e fechamento rápido. Fig 4.11 - Válvulas 4.3.5 - Tubulações Similares às utilizadas nas instalações hidráulicas em geral. 4.3.6 - Ferramentas São utilizadas desde a instalação até o recolhimento de um ponto d’água. Após o uso, devem ser guardadas no local apropriado. a) Ferramentas utilizadas na instalação Pás, picaretas, foices, facões de mato e enxadas. b) Ferramentas utilizadas na preparação e manutenção do equipamento Chaves de fenda, jogo de chaves de boca ajustáveis, chaves para fixação de mangueira, alicates, calibradores de platinado e vela, martelo e canivete de engenharia, dentre outras. 4.3.7 - Cestos Químicos São de forma cilíndrica, construídos de material inoxidável e servem para adicionar os coagulantes químicos diretamente no tanque. 4.3.8 - Ralos Servem para evitar a sucção de materiais sólidos existentes nas fontes d’água. 4.3.9 - Bombas Centrífugas São máquinas destinadas a elevar ou impelir a água ou outros líquidos, com a finalidade de distribuí-los ou armazená-los. Na sua forma mais simples, a bomba centrífuga consiste em uma caixa fechada que se comunica com os tubos de aspiração e de saída e em cujo interior gira um
  • 57. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-19 - ORIGINAL impulsor dotado de pás curvas. a) Manutenção O motor e a bomba devem ser cuidadosamente lubrificados de acordo com as respectivas cartas-guia ou instruções contidas nos manuais que acompanham o equipamento. b) Cuidados - nunca opere a motobomba sem água na câmara de escorvamento; - procure localizar a bomba com a altura o mais próximo possível do nível da água para diminuir o máximo a linha de sucção. Isto permitirá que a bomba movimente maior volume de água. Não exceda o limite de desnível máximo previsto para a bomba; - nunca opere a moto bomba sem o ralo na mangueira de sucção. Coloque o ralo sempre completamente mergulhado no líquido; - depois de bombear água com areia ou lama, faça a bomba trabalhar por dois ou três minutos com água limpa antes de fazê-la parar; - a mangueira de sucção deve ir da bomba para a água de maneira uniforme, sem fazer dobras ou curvas, para evitar que se formem bolsas de ar; - toda canalização de sucção deve ter um diâmetro igual à abertura da sucção do corpo da bomba; - a velocidade de funcionamento deve ser mantida em baixa rotação para reduzir a manutenção; e - ao recolher a moto bomba por mais de uma semana, drene-a com o motor funcionando em baixa rotação. 4.3.10 - motores a) Generalidades Os motores utilizados atualmente no tratamento d’água pelo CFN e pelo Exército Brasileiro (EB) são: - Motor a diesel, de marca AGRALE, modelo M73; e - Motor a diesel, de marca YANMAR, modelos L40AE / L48AE de 1 cilindro a 4 tempos. b) Refrigeração Esses motores possuem dois tipos de refrigeração: I) Refrigeração principal (externa)
  • 58. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-20 - ORIGINAL É a refrigeração a ar, que consiste no funcionamento do motor em área arejada, para que o ar em contato com o cabeçote (parte do motor onde acontece a explosão do combustível sobre o cilindro, dando movimento e força ao motor) o refrigere; e II) Refrigeração secundária (interna) Consiste na utilização do óleo no motor, com a dupla finalidade de lubrificação e arrefecimento. c) Sistema de Lubrificação A lubrificação é do tipo salpico com nível constante. d) Regras Básicas para o Funcionamento - verifique se não há nenhuma pessoa a sua retaguarda no momento de puxar a corda de partida; - mantenha o local de funcionamento sempre bem ventilado; - nunca coloque combustível no tanque durante o funcionamento, há perigo de explosão; - conserve o motor limpo. a obstrução do sistema de resfriamento prejudica seriamente o funcionamento. Mantenha as alhetas do bloco do cabeçote em perfeitas condições de limpeza; - coloque óleo no cárter com o motor nivelado. Retire a tampa de entrada de óleo e encha até a boca com óleo SAE-30; - verifique se o orifício da tampa do tanque está desobstruído; - encha o tanque usando combustível limpo, de boa qualidade; - não utilize combustível que tenha sido guardado por muito tempo; - antes de dar a partida: ƒverifique os parafusos e as porcas e se o motor gira livremente; ƒverifique se há parafusos e porcas de fixação soltos; ƒvire a alavanca de descompressão na direção de descompressão; ƒao girar várias vezes a partida retrátil, procure ouvir se há ruídos anormais; ƒabra a torneira de drenagem e deixe correr uma pequena quantidade de combustível, visto que no fundo se acumulam água e outros contaminantes; ƒuse o óleo lubrificante especificado. Nunca misture óleos de diferentes marcas; ƒabasteça com óleo lubrificante até o orifício de enchimento (com o motor na
  • 59. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-21 - ORIGINAL posição horizontal); e ƒverifique se o óleo atingiu todas as peças do motor. I) Para dar a partida: - vire a torneira de combustível para “o” (aberto); - coloque o botão de controle em partida e aperte o botão; - acelere o motor ao máximo; - abaixe a alavanca de descompressão; e - puxe para fora o cabo de partida retrátil. II) Para parada do motor: - vire o botão de controle de rotação para a posição de baixa velocidade; - desacelere o motor ao máximo; - deixe o motor funcionando sem carga por cerca de cinco minutos; - vire o botão de controle da rotação para “parada”; - deixe o motor esfriar antes de fazê-lo parar; - ponha a alavanca da torneira de combustível de volta em “s” (fechado); e - puxe o cabo de partida retrátil lentamente para fora até sentir resistência. III) Quanto ao óleo lubrificante: - use o óleo lubrificante especificado; - nunca misture marcas diferentes de óleo lubrificante; - abasteça com óleo até o orifício de enchimento, com o motor em posição horizontal; - vire o botão de controle da velocidade para “stop”; - retire o plug e esvazie o cárter, de preferência com o motor quente; - tenha certeza de que o óleo atingiu todas as peças do motor; e - troque o óleo a cada 60 horas de funcionamento. IV) Quando o motor tiver que ficar inoperante por um período superior a trinta dias, deixe que funcione até queimar todo o combustível existente no tanque, esvaziando totalmente a bomba d’água.
  • 60. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-22 - ORIGINAL Fig 4.12 - Instalação e montagem do ponto d’água 4.4 - EQUIPAMENTO DE OSMOSE REVERSA As características e demais dados referentes ao processo de osmose reversa e ao equipamento de Osmose Reversa Modelo BP-S/6 LP, fabricado pela empresa italiana Idromar Internacional, em uso no CFN, serão apresentadas a seguir. 4.4.1 - Processo de osmose reversa O fenômeno de osmose ocorre quando, colocando-se soluções de concentrações diferentes, separadas por uma membrana semipermeável, a água da solução menos
  • 61. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-23 - ORIGINAL concentrada flui, naturalmente, através da membrana, para a solução mais concentrada, até atingir o equilíbrio osmótico. Neste ponto, o nível do líquido da solução mais concentrada estará acima do nível correspondente à coluna da solução mais diluída. Esta diferença de coluna denomina-se pressão osmótica. O processo de osmose reversa é obtido pela aplicação de uma pressão superior à pressão osmótica do lado da solução mais concentrada, o que força o fluxo através da membrana semipermeável, permitindo obter solução pura do outro lado. 4.4.2 - Principais aplicações do sistema de osmose reversa - dessalinização de água para uso humano e industrial; - dessalinização de água salobra; - dessalinização de água do mar; - tratamento de água para uso industrial; - água desmineralizada para alimentação de caldeiras; - água desmineralizada ultra pura para lavagem de microcircuitos na indústria eletrônica; - tratamento de efluentes industriais; - recuperação de água de indústrias de bebidas; - tratamento de água para uso farmacêutico/industrial; - água para injetáveis; - água para enxágüe final de vidros/ampolas; - diálises; e - limpeza e lavagem de frascos. 4.4.3 - Características técnicas do equipamento - fluxo de água a ser tratada: 3570 l/h; - fluxo de água dessalinizada (tratada): 1000 l/h; - salinidade da água não tratada: máxima de 8000 mg/l; - salinidade da água após ser tratada: inferior a 3 mg/l; - pressão na entrada da água não tratada: 2,5 bar; - pressão de trabalho da bomba: 13,7 bar; - pressão da água após ser tratada: 0,8 bar; - pressão da água rejeitada: 1,2 bar; - consumo de energia elétrica: 4 kw; - voltagem: 220 v;
  • 62. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-24 - ORIGINAL - freqüência: 60 hz; - fases: 3; e - temperatura de trabalho da água: máxima de 35ºC. 4.4.4 - Composição do equipamento - um filtro de areia; - um filtro de polipropileno com 5 micra, na entrada da água a ser tratada; - uma bomba centrífuga vertical, de aço inoxidável, com capacidade de 4000 l/h e potência instalada de 4 Kw; - quatro membranas para osmose reversa, do tipo espiral, feitas de TFC, modelo LP 4040, diâmetro 4" e comprimento 40"; - tubulação feita em aço inoxidável, soldada eletricamente, completa, com válvulas para interceptação, regulagem e controle no circuito de alta pressão; - tubulação em PVC rígido, do tipo PN 10, para os circuitos de baixa pressão; - válvula solenóide de fechamento da entrada de água; - chaves de pressão e contatos na alimentação dos circuitos de baixa pressão; - chave de pressão e contatos na alimentação no circuito de descarga da água rejeitada; - medidor de quantidade da água rejeitada; - medidor de quantidade da água dessalinizada (tratada); - manômetros de controle de pressão na saída dos circuitos de água produzida e da água rejeitada; - manômetro de controle da pressão no circuito de entrada de água; - quadro de apresentação do sistema. - alarmes de mau funcionamento; - estrutura de aço inoxidável, onde estão montados os componentes do equipamento; - alças metálicas para helitransporte. 4.4.5 - Informações gerais - Deve-se ler, atentamente, o manual do equipamento, antes de colocá-lo em funcionamento; - O fabricante alterou o circuito hidráulico do equipamento entregue ao CFN, instalando tubos de borracha que atuam como absorvedores de choques, normais durante os deslocamentos; e - Há necessidade de canalizações entre os tanques, viaturas ou reboques-cisterna e o
  • 63. OSTENSIVO CGCFN-3124 OSTENSIVO - 4-25 - ORIGINAL equipamento, tanto para a água a ser tratada, como para a água produzida. As conexões na entrada e na saída do equipamento são de 2". 4.4.6 - Lavagem inicial do equipamento Esta operação é muito importante para uma correta lavagem inicial do circuito hidráulico e dos pré-filtros, o que vai possibilitar que a água a ser utilizada na produção esteja limpa, uma vez que a água estagnada no equipamento é descarregada por essa lavagem inicial. A operação abaixo deve ser executada sempre que o equipamento for colocado em funcionamento: - colocar a chave geral (general switch) do equipamento na posição ligada. a lâmpada acenderá; - colocar a válvula v1 na posição entrada da água (intake); - colocar a válvula v2 na posição descarga (discharge); - colocar as válvulas vbp do filtro de areia na posição de serviço (service position); - fechar a válvula vrg1 e colocar a válvula vp na posição de produção (production position); e - acionar o circuito hidráulico de baixa pressão utilizando o controle seletor da bomba de baixa pressão. Esta operação executa a descarga da água estagnada na tubulação desde a entrada da água até a saída dos filtros. Ela deve ser executada durante dois minutos. Após este tempo, deve-se desligar a bomba de alimentação, desligando o seletor. 4.4.7 - Produção Após realizar a operação de lavagem inicial, deve-se proceder como a seguir, para a fase de produção: - certificar-se de que todas as válvulas de saída do equipamento estão abertas; - certificar-se de que a válvula reguladora de pressão (vrp) está completamente aberta (deve-se movimentá-la no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio); - colocar a válvula v2 na posição de produção (production); - coloque a válvula vrg2 na posição de descarga (discharge); - fechar a válvula vrg1 e colocar a válvula vp na posição de produção (production). assim, todas as válvulas estarão na posição correta para iniciar a produção. - pressionar o botão verde para iniciar a produção, somente a bomba de baixa pressão (pbp) funcionará. Quando a pressão no manômetro m2 estiver sobre o marcador