Unilever, stakeholders e criação de valor compartilhado
1. Unilever, stakeholders e
criação de valor
compartilhado
Como a Unilever introduziu a responsabilidade social em sua governaça para
criação de valor compartilhado , reverteu sua imagem projetada
negativamente pelo Greenpeace e se tornou uma referência mundial em
boas práticas na cadeia produtiva.
Cristiana Menezes Fonseca Ramos e Mônica Lyra
UFRJ – Instituto de Economia
Turma EGS 22 – Março/2012
2. Teoria Stakeholder
Segundo estudo de Freeman e MCVEA, 2000, esta expressão foi usada
pela primeira vez no campo da Administração no Instituto de Pesquisa de
Stanford (Stanford Research Institute – SRI) em 1963. A idéia inicial era
designar “todos os grupos sem os quais a empresa deixaria de
existir”.
Fonte: FREEMAN, R. E.; McVEA, J. A stakeholder approach to strategic management. In: HITT, M.;
FREEMAN, E.; HARRISON, J. Handbook of strategic management. Oxford: Blackwell Publishing, 2000.
p. 189-207.
3. A empresa não deve pautar-se apenas no interesse
dos acionistas/proprietários porque ela está
situada dentro de um sistema maior
chamado sociedade, e por isso tem que
incorporar uma visão sociológica e política à sua
gestão.
Durante o processo de tomada de decisão de uma
empresa existem muitos componentes desta
sociedade na qual ela está inserida que devem ser
levados em consideração:
4. “Organismos governamentais, grupos políticos , ONGs, associações
de empresas, sindicatos, associações de consumidores, potenciais
empregados, potenciais clientes, as comunidades e até mesmo as
empresas competidoras”.
(FREEMAN,1984)
5. Valores são uma parte necessária e
explícita dos negócios.
O papel dos gestores é articular os sentimentos que estes valores criam e trazer,
continuamente para esse processo, os principais stakeholders.
É necessário clareza por parte dos gestores no como eles querem fazer negócio e,
mais especificamente, que tipo de relações eles querem e precisam criar em
conjunto com as partes interessadas para cumprir a finalidade da empresa.
Fonte:FREEMAN,R.E; WICKS, A.C; PARMAR,B. A stakeholder Theory and “The Corporate Objetive
Revisited”, Organization Science, vol.15, n°3, may-june – 2004 pp 364-369.
6. Valores Sustentáveis
Cultura corporativa ética - Companhias pautadas por princípios têm maior
probabilidade de conseguir que seus próprios negócios sejam rentáveis e
sustentáveis.
“A forma como se comunica, trabalha, se relaciona com os outros, toma
decisões e mantém coerência em suas ações constitui sua fonte duradoura de
vantagem competitiva.”
Fonte: SEIDMAN, D. A Vantagem dos Valores, Direto ao Ponto, HSM Management, São Paulo, Novembro-Dezembro, 2011, pp 21
7. Tipos de valores adotados na gestão
empresarial e seus resultados
Situacionais : as relações impulsionadas por valores situacionais envolvem cálculos
sobre o que está disponível aqui e agora. A preocupação é explorar oportunidades de
curto prazo e não a viver coerentemente com os princípios que sustentam o sucesso a
longo prazo.
Sustentáveis: estão vinculados ao que devemos fazer e não ao que podemos fazer e ,
por conseqüência, apóiam as relações ao longo do tempo. Transparência, integridade,
honestidade, verdade, responsabilidade compartilhada e esperança são valores que
nos conectam profundamente e formam uma fonte de motivação da liderança
inspiradora.
Fonte: SEIDMAN, D. A Vantagem dos Valores, Direto ao Ponto, HSM Management, São Paulo, Novembro-Dezembro, 2011, pp 21
8. Criação de valor compartilhado
“ ... A maioria das empresas continua presa a uma mentalidade de ‘responsabilidade
social’ na qual questões sociais estão na periferia, e não no centro. A solução está no
princípio do valor compartilhado, que envolve a geração de valor econômico de forma
a criar também valor para a sociedade (com o enfrentamento de suas necessidades e
desafios). É preciso reconectar o sucesso da empresa ao progresso social...”
Fonte: PORTER,M.E; KRAMER, M.R. Valor Compartilhado – como Reinventar o Capitalismo – e Desencadear uma
Onde de Inovação e Crescimento, Harvard Bussines Rewiew, São Paulo, Janeiro de 2011, pp 16 – 32.
9. Três grandes saídas para a empresa criar
valor compartilhado segundo Porter :
Fonte: PORTER,M.E; KRAMER, M.R. Valor Compartilhado – como Reinventar o Capitalismo – e Desencadear uma Onde de Inovação e
Crescimento, Harvard Bussines Rewiew, São Paulo, Janeiro de 2011, pp 19 .
10. Caso Unilever
Em 2008, a Unilever virou um exemplo mundial de empresa com práticas
irresponsáveis. Naquela oportunidade o Greenpeace fez uma denúncia, através de
campanha publicitária, na qual informava que, por ser a maior compradora mundial
de óleo de palma, a Unilever, estava impulsionando a destruição das florestas da
Indonésia, levando espécies inteiras à extinção e acelerando o aquecimento global.
11. “Devastar florestas tropicais para fazer sabonetes e outros produtos é errado.
Você irá salvar as florestas agora, ou irá continuar destruindo-as?
98% das florestas estarão devastadas quando Azizah estiver com 25 anos.
Estas florestas são destruídas para fazer o óleo usado nos produtos Dove.
Fale com a Dove antes que seja tarde.”
12. “Temos que construir as
atividades de um jeito que
sustente nossas metas a
longo prazo.”
Píer Luigi Sigismondi
Diretor da cadeia de suprimentos da Unilever
13. Como a Unilever transformou uma crise com seus
stakeholders em um desafio para inovação e criação
de valor compartilhado
1- Plano de Sustentabilidade da Unilever – Elaborou um plano
alinhado com os objetivos acordados internacionalmente, Metas de
Desenvolvimento do Milênio e os compromissos internacionais sobre
mudança climática. Plano>Meta>indicador – tudo registrado e mensurado.
Relatório anual, checado externamente ( GRI A + ).
2 - Governança – Trouxe a RSC para dentro da gestão estratégica. Criou um
‘Comitê de Diretores para Responsabilidade e Reputação Corporativa’,
liderado diretamente pelo CEO da Unilever. Cada um dos elementos
principais do plano é liderado por um executivo responsável por atingir as
metas até as respectivas datas previstas. Este plano é revisto
trimestralmente.
.
14. • 3 – Revisão e consulta - Foi criado um grupo externo composto por
cinco especialistas em responsabilidade e sustentabilidade coorporativa
para instruir e criticar de forma contínua o andar da estratégia do
desenvolvimento sustentável da Unilever. A Unilever vai também
estabelecer mecanismos internacionais,em níveis nacional e regional, para
buscar opiniões de uma ampla gama de acionistas, e rever periodicamente o
Plano, levando em consideração suas observações e fatores externos.
Em 2010 pela primeira vez, a empresa lança
relatório A+, o mais alto nível de aplicação do
GRI - Global Reporting Initiative
Fonte:
http://www.unileversustentabilidade.com.br/
relatorios/todos-os-relatorios/relatorio-2010/
15. O Plano de Sustentabilidade da Unilever:
Espera alcançar três resultados significativos até 2020:
1. Ajudar mais de um bilhão de pessoas a tomar iniciativas para melhorar sua saúde
e bem-estar;
2. Vincular seu crescimento à redução do impacto ambiental, obtendo reduções
absolutas na vida útil do produto. Sua meta é reduzir pela metade a pegada
ambiental da fabricação e da utilização dos seus produtos;
3. Melhorar as condições de vida e trabalho de milhares de
pessoas que fazem parte da sua cadeia de fornecimento;
16. Como ela espera alcançar estas metas ?
1 - Melhorando a saúde e o bem-estar:
Saúde e Higiene
Nutrição
2 -Reduzir o impacto ambiental
Gases de efeito estufa
Água
Resíduos
Recurso Sustentável
3 - Melhorando as condições de vida e trabalho
Contribuindo para o Desenvolvimento Socioambiental
Pessoas
18. Reconceber produtos e mercados (Porter 2011)
Programas: Educação sanitária, melhorar a saúde bucal,
melhorar auto-estima e fornecer água potável.
Levar o sabonete Lifeboy para novos mercados onde as
crianças possam lavar as mãos com ele pode reduzir em
25% a diarréia, 19% infecções respiratórias, 40%
absentismo nas escolas e 43% infecções oculares. Escovar
os dentes duas vezes por dia com creme dental com flúor
diminui as cáries em 50%. Foi desenvolvido um
purificador de água para ser vendido em áreas em
desenvolvimento.
20. Reconceber produtos e mercados (Porter 2011)
Programas: Melhorar a saúde cardíaca, reduzir os níveis de sal ,
gordura saturada, açucar e calorias, remover a gordura trans,
fornecer informações sobre alimentação saudável.
Novos produtos para um grupo de consumidores
( mercado ) cada vez mais exigente e ao mesmo tempo
promovendo educação alimentar para quem precisa.
22. Redefinir a produtividade na cadeia produtiva, reconceber novos
produtos e mercados, fomentar o desenvolvimento de cluster locais
( Porter 2111 )
Programas: ajudando pequenos produtores rurais e apoiando
microempresários ( projeto Shakit ). Futuro, unir pequenos
agricultores a rede de abastecimento global.
Capacitar pequenos agricultores aumenta a
produtividade e gera valor compartilhado. O projeto
Shakit gera renda para milhares de mulheres em área
rural na Índia (venda direta de produtos de higiêne ), e
expande o mercado da Unilever.
24. Criação de Valor Compartilhado (Porter 2011)
• Um local de trabalho com práticas justas e uma política de bem-
estar gera valor compartilhado para as pessoas e para a empresa
com diminuição de faltas, acidentes etc.
• Uma empresa que usa o mínimo de recursos naturais possíveis
impacta menos o meio ambiente e diminui os custos.
25. Gases Efeito Estufa
EX: Qual o impacto de CEE quando o consumidor bebe uma xícara de chá ?MATERIAS
PRIMAS+FABRICAÇÃO+TRANSPORTE+
USO DO CONSUMIDOR+ DESCARTE
26. Redefinir a produtividade na cadeia produtiva (Porter 2011)
• Programas : Reduzir GEE proveniente dos produtos para limpeza
de pele, dos produtos para cabelos, da lavagem de roupas, da
refrigeração, dos processos de fabricação e do transporte de
produtos.
Bom para os custos da empresa e para o meio-
ambiente, para a civilização.
27. Água
EX: água necessária para a lavagem de um cabelo com xampu.
ÁGUA USADA EM MATERIAS PRIMAS+ÁGUA QUE ADICIONAMOS AO PRODUTO+ ÁGUA UTILIZADA PELOS
CONSUMIDORES EM PAÍSES COM ESCASSEZ
28. Redefinir a produtividade na cadeia produtiva, reconceber novos
produtos e mercados, fomentar o desenvolvimento de cluster locais
( Porter 2111 )
Programas : Reduzir o uso de água na agricultura, no processo de
lavagem de roupas e no processo de fabricação da Unilever.
Na agricultura fortalece cluster locais, na fabricação cria
eficiência no uso de recursos naturais, reduz custos, na
lavagem de roupas cria produtos inovadores e acesso a
mercados com escassez de água ( metade da população
mundial ).
29. Resíduos
EX: utilização por consumidor - O RESÍDUO ASSOCIADO A UMA PORÇÃO DE SOPA
EMBALAGEM PRIMÁRIA+EMBALAGEM TRANSPORTE+SOBRA DE PRODUTOS-ÍNDICE NACIONAL
DOS MATERIAIS RECICLADOS E REUTILIZADOS/ESTIMATIVAS
30. Redefinir a produtividade na cadeia produtiva, reconceber novos
produtos e mercados( Porter 2111 )
Programas : reduzir, reutilizar e reciclar embalagens, reduzir os
resíduos de fabricação, cuidar dos resíduos de sachê e eliminar
PVC.
Reduzir, redesenhar, mudar materiais, dispensar o
supérfluo diminui custos matérias primas e diminui o
impacto do descarte.
Promove inovação no produto e aumenta a
produtividade.
32. Redefinir a produtividade na cadeia produtiva, reconceber novos
produtos e mercados, fomentar o desenvolvimento de cluster locais
( Porter 2111 )
Programas : óleo de palma, chá, soja, frutas, vegetais, cacau,
açucar, óleo de girassol, de canola, produtos lácteos, certificados
ou de fontes sustentáveis, ovos de galinhas criadas em liberdade e
todos os ingredientes do sorvete Bem&Jerry’s com certificação
fairtrade.
No programa do chá ( maior volume de compras da
Unilever – 12% da produção mundial ) já existe valor
compartilhado pois o aumento da produtividade
proporcionou ganhos para a Unilever e para os
produtores.
33. x
O tamanho do desafio para se implementar uma cadeia de suprimentos
responsável:
- 170 milhões de produtos vendidos por ano
- em 180 países
- 150 mil fornecedores de matéria prima
- 250 fábricas
É preciso quase 1,4 milhão de ovos de 125 mil galinhas criadas
sem gaiolas, para produzir os 30 milhões de potes de maionese
Hellman’s Light vendidos só na América do Norte.
35. No caso específico do óleo de palma
Consumo anual de 1,4 milhões de toneladas ou 3% de toda produção
anual.
Em 2011: mais da metade deste total veio de fornecedores
certificados;
Até 2015 a meta é estar usando apenas óleo de palma sustentável.
36. Substituindo enfrentamento por colaboração
Hoje é comum ver a Unilever trabalhando em colaboração com governos e ONGs a
fim de garantir que a cadeia de suprimentos esteja seguindo as melhores práticas.
“É impossível fazer isso tudo individualmente”
Píer Luigi Sigismondi – Diretor da cadeia de suprimentos da Unilever.
Hoje quando o Greenpeace expõe problemas em certos produtores de óleo de palma,
a Unilever reage cancelando contratos.
37. Unilever 2011
Exemplo mundial de responsabilidade na
cadeia de suprimento
Para a matéria “É difícil ser do bem –
mas vale a pena .” Harvard Bussiness
Review, de novembro de 2011, cinco
especialistas elegeram as cinco
empresas cujo sucesso dos negócios é
fundado em práticas responsáveis.
A Unilever foi escolhida por sua
responsabilidade na cadeia de
suprimento.
38. “Não será fácil cumprir estes compromissos do plano de
sustentabilidade da Unilever. Para alcançá-los, teremos
que trabalhar em parceria com governos,
ONGs, fornecedores e outros, para enfrentarmos os
grandes desafios que nos esperam.”
Paul Polman (CEO Unilever )
40. Anexos com o detalhamento dos programas desenvolvidos pela
Unilever para alcançar as metas do seu plano de sustentabilidade.
( Não apresentados durante nossa exposição oral )
41. Saúde e Higiene
1 - PROGRAMA DE EDUCAÇÃO SANITÁRIA - 130 milhões de pessoas desde
2002. Quando as crianças lavam as mãos com Lifebuoy a diarréia é reduzida em
25%, as infecções respiratórias agudas 19%, absentismo nas escolas 40% e
infecções oculares 43%
2 – MELHORAR A SAÚDE BUCAL- incentivar 50 mil pessoas a escovarem os
dentes duas vezes por dia com creme dental com flúor diminui a incidência de
carie em 50%
3 - MELHORAR A AUTO-ESTIMA através de programas educacionais- marca
Dove- meta é ajudar 15 mil jovens até 2015.
4 – FORNECER ÁGUA POTÁVEL – tornar disponível água potável para 500
milhões de pessoas até 2020, por meio do purificador de água Pureit.
42. Nutrição
1 - MELHORAR A SAÚDE CARDÍACA- ferramenta desenvolvida para os
consumidores poderem reduzir em 3 anos as idades cardíacas – MARCAS Flora e
Becel
2 – REDUZINDO OS NÍVEIS DE SAL – Já reduziram a quantidade de sal mas a
meta é até 2015 , reduzir mais 15 a 20%, em média, para cumprir a meta de 5
gramas de sal por dia.
3 – REDUZINDO A GORDURA SATURADA – aumentando os níveis de gorduras
essenciais. Maioneses e margarinas com menos 33% de gordura saturada e uma
porção diária fornecendo 15% dos ácidos graxos essenciais recomendados
internacionalmente.
4 – REMOVER A GORDURA TRANS – até o final deste ano tos os produtos
serão livres de gordura trans.
43. 5 – REDUZIR AÇUCAR – Já reduziram o açúcar nos chás prontos e vão
reduzir mais 25% até 2020.
6 – REDUZIR CALORIAS – Até 2014 todos os sorvetes terão 110 calorias ou
menos por porção. 60% da produção atingirá esta meta até o final deste ano.
7 – FORNECER INFORMAÇÕES SOBRE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL –
todas as embalagens trarão informações nutricionais completas na
embalagem. Na parte frontal o valor energético por porção e a indicação dos
8 nutrientes essenciais. A porcentagem das Recomendações Diárias
Recomendadas (GDA) para os cinco nutrientes virá na parte de trás da
embalagem.
44. Gases de efeito estufa
1 – REDUZIR GEE PROVENIENTE DOS PRODUTOS PARA LIMPEZA DE PELE
E DOS PRODUTOS PARA CABELOS – até 2015 pretendem alcançar 200
milhões de consumidores com produtos e ferramentas que irão ajudá-los a reduzir
suas emisssões de GEE ao lavar roupas ou tomar banho. Querem chegar a 400
milhões até 2020.
2 – REDUZIR O GEE PROVENIENTE DA LAVAGEM DE ROUPAS –
Concentrando os líquidos e compactando os produtos em pó. Reformulando os
produtos para reduzir as emissões em 15% até o final deste ano. Incentivando os
consumidores a lavarem roupas em baixa temperatura e na dosagem correta em
70% das lavagens à máquina até 2010.
3 – REDUZIR O GEE DA REFRIGERAÇÃO – implantação de refrigeradores de
hidrocarbonetos, já tem 450.mil e mais 850 mil serão adquiridos até 2015.
45. 4 - REDUZIR O GEE PROVENIENTE DA FABRICAÇÃO - Até 2020 as emissões
de CO² nas fábricas serão iguais as de 2008 mas com volumes de produção muito
maiores. Redução de 63% por tonelada de produção e uma redução absoluta de
43% ( versus o patamar de 1995). Dobrar a utilização de energia renovável , para
40% da necessidade total até 2020. Até atingir 100%. O objetivo de todas as 250
fábricas é ter menos metade do impacto atual.
5 – REDUZIR O GEE DO TRANSPORTE – em 2020 as emissões de CO² da rede
logística será menor ou igual a de 2010 com volumes significativamente maiores.
Isso vai representar uma melhoria de 40% na produtividade de CO². Reduzindo a
quilometragem dos caminhões, veículos com emissões mais baixas, transporte
alternativos, e melhorando a eficiência energética dos armazens.
46. Água
1 – REDUZIR O USO DE ÁGUA NA AGRICULTURA – Desenvolvendo planos
com fornecedores e parceiros
2 – REDUZIR O USO DE ÁGUA NO PROCESSO DE LAVAGEM DE ROUPAS
Disponibilizando amplamente produtos de enxágüe fácil e detergente que
ofereça excelente limpeza. Meta 2020.
3 – REDUZIR O USO DA ÁGUA NO PROCESSO DE FABRICAÇÃO - Mesma
captação de água em 2020 igual a 2008. Redução de 78% por tonelada de
produção e 65% de redução absoluta(versus 1995). Todas as novas fábricas terão
como objetivo captar metade da água das fábricas atuais.
47. Resíduos
1 – REDUZIR EMBALAGEM – Até 2020 reduzir um terço do peso das embalagens.
Materiais mais leves, otimizando o design da estrutura e do material, eliminando
embalagens desnecessárias, produtos mais concentrados.
2 - REUTILIZAR EMBALAGEM – fornecendo refis
3 – RECICLAR EMBALAGEM – estabelecer parcerias para aumentar a reciclagem,
5% em 2015 e 15% em 2020. Utilizar materiais que se adequam as instalações de
tratamento final de resíduos e até 2020 aumentar o material reciclavel das
embalgens até o limite máximo.
4 – REDUZIR OS RESÍDUOS DA FABRICAÇÃO – a quantidade de resíduos
envidos para eliminação em 2020 será igual a 2008. Uma redução de 80% por
tonelada e 70% de uma redução absoluta( 1995).
5 – CUIDAR DOS RESÍDUOS DE SACHE – modelo de negócio sustentável para
manipulação do fluxo de resíduos dos saches.
6 – ELIMINAR PVC – Eliminar todo o PVC de todas as embalagens até o final deste
ano.
48. Fontes sustentáveis
1 – ÓLEO DE PALMA - ATÉ 2015 TODO ELE VIRÁ DE FONTES
SUSTENTÁVEIS CERTIFICADAS
2 – PAPEL E PAPELÃO SUSTENTÁVEL – ATÉ 2015, 75% DO PAPEL E
PAPELÃO PARA EMBALAGENS VIRÃO DE FLORESTAS MANEJADAS DE
FORMA SUSTENTÁVEL OU MATERIAIS RECICLADOS. SERÁ 100% EM
2020.
3 – SOJA SUSTENTÁVEL – TODA A SOJA SERÁ PRODUZIDA DE FORMA
SUSTENTÁVEL ATÉ 2014, E O ÓLEO DE SOJA ATÉ 2020.
4 – CHÁ SUSTENTÁVEL – ATÉ 2015 OS CHÁS DA LIPTON
PROVENIENTES DE FONTES CERTIFICADAS Rainforest Alliance Certified.
ATÉ 2020, 100% DOS CHÁS DA UNILEVER SUSTENTÁVEIS, ATÉ A
GRANEL
5 – FRUTAS E VEGETAIS SUSTENTÁVEIS – 100% DAS FRUTAS VIRÃO
DE FONTES SUSTENTÁVEIS ATÉ 2015. 50% DOS 13 VEGETAIS QUE
USAM ( INCLUINDO ERVAS) VIRÃO DE FONTES SUSTENTÁVEIS ATÉ
2012. ATÉ 2015 ESTA TAXA SERÁ DE 100%. REPRESENTANDO 80% DO
VOLUME GLOBAL DA UNILEVER
49. 6 – CACAU SUSTENTÁVEL – O CACAU DO SORVETE MAGNUN VIRÁ DE
FONTES SUSTENTÁVEIS ATÉ 2015 E TODOS OS DERIVADOS SO CACAU
SERÃO OBTIDOS DE FORMA SUSTENTÁVEL ATÉ 2020.
7 – AÇUCAR, ÓLEO DE GIRASSOL, ÓLEO DE CANOLA E PRODUTOS
LÁCTEOS SUSTENTÁVEIS – TODAS ESTAS MATÉRIAS PRIMAS SERÃO
OBTIDAS DE FORMA SUSTENTÁVEL ATÉ 2020
8 – FAIRTRADE DO SORVETE BEM&JERRY’S – TODOS OS
INGREDIENTES DESTE PRODUTO QUE PODEM SER OBTIDOS ATRAVÉS
DE FAIRTRADE SERÃO CERTIFICADOS ATÉ 2013.
9 – OVOS DE GALINHAS CRIADAS EM LIBERDADE(FORA DE GAIOLAS) –
NOSSO OBJETIVO É UTILIZAR SOMENTE OVOS DE GALINHAS CRIADAS
EM LIBERDADE
50. Contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico
1 – AJUDANDO PEQUENOS AGRICULTORES – unir 50 mil na sua rede de
abastecimento. Ajudar a melhorar as prática agrículas para torná-las capazes de
competir no mercado global.
2 – APOIANDO MICROEMPRESÁRIOS – Shakti, operação de venda porta-a-
porta na India gera trabalho para as comunidades pobres. 45mil pessoas em 2010
para meta de 75 mil em 2015. Sistemas semelhantes estão sendo implantados em
Bangladesh, Sri Lanka e Vietnã.
3 – DESAFIOS FUTUROS – A ambição da Unilever é unir pequenos agricultores a
rede de abastecimento global. Para este fim iniciaram um programa com a Oxfam
no Azerbaijão e em seguida irão atuar na África subsaariana.
51. Pessoas > Metas:
1 - Reduzir as doenças e os acidentes de trabalho. Até 2020 reduzirão a
taxa de freqüência de acidentes registrados nas fábricas e escritórios em até 50%,
comparado com o ano de 2008.
2 – Melhorar a saúde e a nutrição dos funcionários. Programa Lamplighter,
melhora nutrição, capacidade física e resistência mental dos funcionários. Já
funciona em 38 países e impacta mais de 35mil pessoas.
3 – DIMINUIR O NÚMERO DE VIAGENS – Instalações avançadas de vídeo
conferência para facilitar a comunicação e diminuir as viagens. A rede já abrange
30 países.
4 – REDUZIR O CONSUMO DE ENERGIA NOS ESCRITÓRIOS – Até 2020 vão
reduzir pela metade a energia elétrica (kWh) gasta por ocupante nos escritórios em
21 países de maior abrangência, comparado com 2010.
5 – REDUZIR LIXO PRODUZIDO NOS ESCRITÓRIOS – Nos escritórios
localizados em 21 países onde tem maior abrangência: 90% do lixo será será
reutilizado, reciclado ou recuperado até 2015 e , até 2017 não haverá mais lixo
para ser enviado aos aterros. O consumo por pessoa de papel será reduzido em
30%. Até 2015,quando for admissível e legalmente possível, eliminaremos o uso
de papel no faturamento, relatorios financeiros etc.
6 – ADQUIRIR MATERIAIS DE ESCRITÓRIO DE FONTES SUSTENTÁVEIS –
Todo o papel, até 2013, virá de fontes certificadas ou recicladas.
52. Fontes:
- DEARD, A.;HORNIK,R. É difícil ser do bem , Harvard Bussines Reveiw, São Paulo,
Novembro,2011, pp 48-55.
- Greenpeace x Dove -
http://www.greenpeace.org/international/en/campaigns/forests/asia-pacific/dove-palmoil-action
- FREEMAN,R.E. Strategic Management: A stakeholder approach. Boston: Pitman, 1984.
- FREEMAN, R. E.; McVEA, J. - A stakeholder approach to strategic management. In: HITT, M.;
FREEMAN, E.; HARRISON, J. Handbook of strategic management. Oxford: Blackwell Publishing,
2000.
- FREEMAN,R.E; WICKS, A.C; PARMAR,B. A stakeholder Theory and “The Corporate Objetive
Revisited”, Organization Science, vol.15, n°3, may-june , 2004.
- SEIDMAN, D.- A Vantagem dos Valores, Direto ao Ponto, HSM Management, São Paulo,
Novembro-Dezembro, 2011, pp 21e 22.
- PORTER, M. & KRAMER, M. – Strategy & Society: The link between Competitive Advantage and
Corporate Social Responsibility – Harvard Business Review (2006)
- PORTER M. & KRAMER, M. – The Competitive Advantage of Corporate Philanthropy – Harvard
Business Review (2002)
- PORTER,M.E; KRAMER, M.R. Valor Compartilhado – como Reinventar o Capitalismo – e
Desencadear uma Onde de Inovação e Crescimento, Harvard Bussines Rewiew, São Paulo, Janeiro
de 2011, pp 16 – 32.
- PORTER, M.E. A estratégia e a responsabilidade social , HSM Global, Agosto, 2008 (“Strategy
and Society” (Harvard Business Review, Dec. 2006); “The Competitive Advantage of Corporate
Philanthropy” (Harvard Business Review, Dec. 2002); “What is Strategy?” (Harvard Business
Review, Nov/Dec 1996); CompetitiveAdvantage (Free Press, 1980); and The Competitive
Advantage of Nations (Free Press, 1990).