SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 18
Sócrates
Professor Msc Quizânior Oliveira
Sócrates(c.469-399a.C.)
nasceuemAtenas,que
emmeadosdoséculoV
a.C.tornou-sea
metrópoledacultura
grega.
 Da sua infância pouco se sabe para além de sua origem
pobre. Ele era filho de um escultor, Sofronisco, e uma
parteira, Fenarete, da qual Sócrates pegaria a ideia do
parto para sua forma de fazer filosofia.
 Homem feio, chamava atenção não só pela sua
inteligência, mas também pela estranheza de sua
figura e seus hábitos. Corpulento, olhos saltados,
vestes rotas e pés descalços, era considerado o homem
mais feio de Atenas.
 Costumava ficar horas mergulhado em seus
pensamentos. Quando não estava meditando solitário,
conversava com seus discípulos, procurando ajudá-los
na busca da verdade.
Sócrates(c.469-399
a.C.)nasceuemAtenas,
queemmeadosdo
séculoVa.C.tornou-se
ametrópoledacultura
grega.
 Costumava ficar horas mergulhado em seus
pensamentos. Quando não estava meditando solitário,
conversava com seus discípulos, procurando ajudá-los
na busca da verdade.
 Nessa época, teve início a segunda fase da filosofia
grega, conhecida como socrática ou antropológica, onde
Sócrates foi o principal filósofo desse período
da filosofia antiga. Nessa fase, os filósofos passaram a
se preocupar com os problemas relacionados ao
indivíduo e a organização da humanidade.
 Passaram a perguntar: O que é verdade? O que é o
bem? O que é a justiça? uma vez que na primeira fase
da filosofia grega a preocupação era com a origem do
mundo, fase que ficou conhecida como período pré-
socrático da filosofia.
RuínasdoOráculode
Delfos,templododeus
Apolo.Emsuaentrada,lia-
se"conhece-teatimesmo"
 Ruínas do Oráculo de Delfos, templo do deus Apolo. Em sua entrada, lia-se "conhece-te a ti mesmo"
PrincipaisIdeias
deSócrates
 Para Sócrates, existiam verdades universais, válidas
para toda a humanidade em qualquer espaço e tempo.
Para encontrá-las, era necessário refletir sobre elas.
Essa percepção da verdade como alcançável é um fator
de diferenciação entre Sócrates e os sofistas.
 O princípio da filosofia de Sócrates estava na frase
"Conhece-te a ti mesmo", um oráculo universal dado
pelo deus Apolo na mitologia grega. Antes de lançar-se
em busca de qualquer verdade, o homem precisa se
autoanalisar e reconhecer sua própria ignorância.
 O próprio Sócrates ao consultar o Oráculo de Delfos
recebeu a mensagem de que ele era o mais sábio entre
os gregos.
“Sóseiquenadasei.”
 Sócrates percebeu que ele era sábio porque, dentre os
sábios, era o único que julgava não saber e buscava o
verdadeiro conhecimento. Da afirmação de sua própria
ignorância faz surgir a célebre frase: Só sei que nada
sei.
 A partir desta ideia, é desenvolvido o Método Socrático.
O filósofo inicia uma discussão e conduz seu
interlocutor ao reconhecimento de sua própria
ignorância através do diálogo: é a primeira fase de seu
método, chamada de ironia ou refutação.
 Na segunda fase, a "maiêutica" (técnica de trazer à
luz), Sócrates solicita vários exemplos particulares do
que está sendo discutido.
A"técnicadetrazerà
luz”–amaiêutica.
 Por exemplo, ao ser questionado sobre a coragem, desenvolve
um diálogo com um general muito respeitado por sua atuação
em guerras. O general (Laques) lhe dá exemplos de atos
corajosos. Não satisfeito, Sócrates analisa esses casos com a
finalidade de descobrir o que é comum a todos eles.
 Esse algo comum poderia representar o conceito de coragem, a
essência dos atos heroicos, que existirá em qualquer ato
corajoso, independente das circunstâncias que o cercarem.
 A "técnica de trazer à luz" pressupõe uma crença de Sócrates,
segundo a qual a verdade está no próprio homem, mas ele não
pode atingi-la porque não só está envolto em falsas ideias, em
preconceitos, como está desprovido de métodos adequados.
 Derrubado esses obstáculos, chega-se ao conhecimento
verdadeiro, que Sócrates identifica como virtude, contraposta ao
vício, o qual se deve unicamente à ignorância.
AMortede
Sócrates
 Cercado de amigos e seguidores, em profunda tristeza, Sócrates
recebe o cálice com cicuta após condenação à morte
Sócrates,ocorruptorda
juventude
 Sócrates era uma figura célebre de Atenas. Por onde ia,
carregava consigo uma quantidade imensa de
seguidores e discípulos, sobretudo jovens.
 Em seus encontros com figuras respeitadas da polis
grega, por conta de seu método, acabava expondo e
irritando seus interlocutores.
 Esse comportamento deu a Sócrates inimigos entre as
figuras mais poderosas de Atenas. Em pouco tempo, o
filósofo foi acusado de corromper a juventude e atentar
contra os deuses gregos.
Éahoradeirmos:euparaa
morte,vósparaasvossas
vidas;quemteráamelhor
sorte?Sóosdeusessabem.
 Seu julgamento foi realizado em duas partes. Na
primeira, a votação sobre sua culpa ou inocência teve
uma margem apertada a favor de sua condenação (280
a 220).
 Posteriormente, Sócrates propõe como pena alternativa
o pagamento de uma multa. Essa pena é amplamente
recusada e a condenação é a favor da pena capital (360
a 141).
 Sócrates aceita o julgamento e despede-se com a frase:
É a hora de irmos: eu para a morte, vós para as vossas
vidas; quem terá a melhor sorte? Só os deuses sabem.
Olegadode
Sócrates
 Sócrates não deixou obra escrita, achava mais eficiente o
intercâmbio de ideias, mediante perguntas e respostas
entre duas pessoas e acreditava que a escrita enrijecia o
pensamento.
 São quatro as fontes básicas para o conhecimento de
Sócrates: o filósofo Platão, seu discípulo, em cujos Diálogos
o mestre figura sempre como personagem central.
 A segunda fonte é o historiador Xenofonte, amigo e
frequentador assíduo das reuniões que Sócrates
participava.
 O dramaturgo Aristófanes cita Sócrates como personagem
em algumas de suas comédias, mas sempre o ridiculariza.
 A última fonte de Sócrates é Aristóteles, discípulo de
Platão, e que nasceu 15 anos após a morte de Sócrates.
Essas fontes nem sempre são coerentes entre si.
“Sóseiquenada
sei”
 A célebre frase atribuída a Sócrates gera um intenso
debate e levanta muita curiosidade acerca de seu
significado. Como Sócrates não deixou escritos, é
impossível precisar se o filósofo proferiu, realmente,
essa frase.
 É certo que “só sei que nada sei” vai ao encontro de sua
filosofia. A frase, compreendida como algo bom, resume
da importância dada por ele ao pensamento crítico, à
incerteza e à tomada de consciência da própria
ignorância.
 Saber que não sabe não é um “defeito”, mas a base para o abandono
da opinião (doxa) e a busca pelo conhecimento verdadeiro
(epistéme), objetivo da filosofia.
Porqueatomadade
consciênciada
ignorânciaéimportante
nabuscapelo
conhecimento?
 Para Sócrates, o conhecimento verdadeiro surgia do
abandono do senso comum e da opinião. O caráter
particular das opiniões se opõe a universalidade do
conhecimento.
 Assim, todo aquele que sustenta conhecimento em
opiniões, se satisfaz como um falso saber e se afasta da
verdade. O filósofo compreende que é necessário
questionar as certezas, as opiniões e os pré-conceitos.
 Assim, criou um modo baseado em perguntas críticas
que expõem as incoerências da doxa, fazendo com que
as falsas certezas sejam abandonadas e haja a tomada
de consciência do "não-saber", da própria ignorância.
Porqueatomadade
consciênciadaignorânciaé
importantenabuscapelo
conhecimento?
A partir dessa conscientização, o indivíduo está pronto para
buscar, em si mesmo, novas respostas que o conduzirá à
verdade. Esse movimento foi chamado de "método socrático".
 No método socrático, a ironia é responsável pela tomada de
consciência da própria ignorância e a maiêutica (parto da
ideia) é a busca pelo conceito, ou pela verdade. Assim, a
frase "só sei que nada sei" representa uma sabedoria
semelhante à alcançada após o primeiro movimento do
método socrático (a ironia). Para o filósofo, saber que não se
sabe é preferível a saber mal.
 Ainda que seja pouca coisa: não acredito saber aquilo que
não sei.
Qualahistóriapor
trásdafrase“só
seiquenadasei”?
 A frase é uma resposta de Sócrates à mensagem do
oráculo de Apolo dada a seu amigo Querofonte em
Delfos, que afirmou que ele era o mais sábio entre os
homens gregos.
 O filósofo teria questionado essa condição de mais
sábio, quando na sociedade grega, havia diversas
autoridades reconhecidas por seus saberes.
 Assim, devotou sua vida a investigar o que era ser
sábio e o verdadeiro conhecimento. Para isso,
questionou as autoridades gregas e demonstrou que o
que era compreendido como sabedoria, não passava de
meras opiniões sustentadas pelo senso comum.
Qualahistóriaportrás
dafrase“sóseiquenada
sei”?
 Esse comportamento de Sócrates, rendeu-lhe inimigos entre os poderosos de
Atenas, muitas vezes expostos ao ridículo pela ironia socrática.
 O descontentamento e o repúdio à figura de Sócrates nos meios
mais influentes da política ateniense culminaram em seu
julgamento e condenação à morte. Após sua sentença ser definida,
o filósofo inda deixa mais uma lição:
 Mas eis a hora de partir: eu para morte, vós para a vida. Quem de
nós segue o melhor rumo ninguém o sabe, exceto os deuses.
(Platão, Apologia de Sócrates)
Bibliografia:
 https://www.todamateria.com.br/socrates/
 Acesso em 21 de junho de 2022

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aristóteles
AristótelesAristóteles
AristótelesDeaaSouza
 
Introdução à Filosofia - Os Pré-socráticos, Os Sofistas e Sócrates
Introdução à Filosofia - Os Pré-socráticos, Os Sofistas e SócratesIntrodução à Filosofia - Os Pré-socráticos, Os Sofistas e Sócrates
Introdução à Filosofia - Os Pré-socráticos, Os Sofistas e SócratesDiego Sampaio
 
Pré-Socráticos - Os Primeiros Filósofos
Pré-Socráticos - Os Primeiros FilósofosPré-Socráticos - Os Primeiros Filósofos
Pré-Socráticos - Os Primeiros FilósofosBruno Carrasco
 
Para que serve a filosofia
Para que serve a filosofiaPara que serve a filosofia
Para que serve a filosofiasuperego
 
O surgimento da filosofia
O surgimento da filosofiaO surgimento da filosofia
O surgimento da filosofiaAlison Nunes
 
Filosofia contemporânea
Filosofia contemporâneaFilosofia contemporânea
Filosofia contemporâneaLucas Sousa
 
Aula de filosofia antiga parmênides de eléia
Aula de filosofia antiga parmênides de eléiaAula de filosofia antiga parmênides de eléia
Aula de filosofia antiga parmênides de eléiaLeandro Nazareth Souto
 
3 ética em aristóteles
3 ética em aristóteles3 ética em aristóteles
3 ética em aristótelesErica Frau
 
Períodos históricos da filosofia
Períodos históricos da filosofiaPeríodos históricos da filosofia
Períodos históricos da filosofiaTarabai
 
Platão
PlatãoPlatão
Platãorafael
 
2. sócrates, sofistas, platão e aristóteles
2. sócrates, sofistas, platão e aristóteles2. sócrates, sofistas, platão e aristóteles
2. sócrates, sofistas, platão e aristótelesTiago Kestering Pereira
 
Principais períodos da história da filosofia
Principais períodos da história da filosofiaPrincipais períodos da história da filosofia
Principais períodos da história da filosofiaAldenei Barros
 

Mais procurados (20)

Aristóteles
AristótelesAristóteles
Aristóteles
 
Introdução à Filosofia - Os Pré-socráticos, Os Sofistas e Sócrates
Introdução à Filosofia - Os Pré-socráticos, Os Sofistas e SócratesIntrodução à Filosofia - Os Pré-socráticos, Os Sofistas e Sócrates
Introdução à Filosofia - Os Pré-socráticos, Os Sofistas e Sócrates
 
Sócrates
SócratesSócrates
Sócrates
 
Aula 03 - Sócrates e o Nascimento da Filosofia
Aula 03 - Sócrates e o Nascimento da FilosofiaAula 03 - Sócrates e o Nascimento da Filosofia
Aula 03 - Sócrates e o Nascimento da Filosofia
 
O que é Filosofia?
O que é Filosofia?O que é Filosofia?
O que é Filosofia?
 
Pré-Socráticos - Os Primeiros Filósofos
Pré-Socráticos - Os Primeiros FilósofosPré-Socráticos - Os Primeiros Filósofos
Pré-Socráticos - Os Primeiros Filósofos
 
Sócrates: Vida e obra
Sócrates: Vida e obraSócrates: Vida e obra
Sócrates: Vida e obra
 
Introdução à filosofia
Introdução à filosofiaIntrodução à filosofia
Introdução à filosofia
 
Epicuro
EpicuroEpicuro
Epicuro
 
Para que serve a filosofia
Para que serve a filosofiaPara que serve a filosofia
Para que serve a filosofia
 
O surgimento da filosofia
O surgimento da filosofiaO surgimento da filosofia
O surgimento da filosofia
 
Filosofia contemporânea
Filosofia contemporâneaFilosofia contemporânea
Filosofia contemporânea
 
Aula de filosofia antiga parmênides de eléia
Aula de filosofia antiga parmênides de eléiaAula de filosofia antiga parmênides de eléia
Aula de filosofia antiga parmênides de eléia
 
3 ética em aristóteles
3 ética em aristóteles3 ética em aristóteles
3 ética em aristóteles
 
Ética Aristóteles
Ética AristótelesÉtica Aristóteles
Ética Aristóteles
 
Períodos históricos da filosofia
Períodos históricos da filosofiaPeríodos históricos da filosofia
Períodos históricos da filosofia
 
Platão
PlatãoPlatão
Platão
 
2. sócrates, sofistas, platão e aristóteles
2. sócrates, sofistas, platão e aristóteles2. sócrates, sofistas, platão e aristóteles
2. sócrates, sofistas, platão e aristóteles
 
Principais períodos da história da filosofia
Principais períodos da história da filosofiaPrincipais períodos da história da filosofia
Principais períodos da história da filosofia
 
Platão e a teoria das ideias
Platão e a teoria das ideiasPlatão e a teoria das ideias
Platão e a teoria das ideias
 

Semelhante a Sócrates, o filósofo que só sabia que nada sabia

Consciência da ignorância em sócrtaes
Consciência da ignorância em sócrtaesConsciência da ignorância em sócrtaes
Consciência da ignorância em sócrtaesmauriciocolenghifilho
 
Filosofia 02 - Sócrates, Platão e Aristóteles
Filosofia 02 - Sócrates, Platão e  AristótelesFilosofia 02 - Sócrates, Platão e  Aristóteles
Filosofia 02 - Sócrates, Platão e AristótelesDiego Bian Filo Moreira
 
História da Filosofia
História da FilosofiaHistória da Filosofia
História da FilosofiaO Camaleão
 
Primeiros anos filosofia1442011175447
Primeiros anos   filosofia1442011175447Primeiros anos   filosofia1442011175447
Primeiros anos filosofia1442011175447Marcos Silveira
 
Primeiros anos filosofia1442011175447
Primeiros anos   filosofia1442011175447Primeiros anos   filosofia1442011175447
Primeiros anos filosofia1442011175447Marcos Silveira
 
O conhecimento na Grécia antiga
O conhecimento na Grécia antigaO conhecimento na Grécia antiga
O conhecimento na Grécia antigaMary Alvarenga
 
História da Filosofia dos Pré Socráticos ao Helenismo
História da Filosofia   dos Pré Socráticos ao HelenismoHistória da Filosofia   dos Pré Socráticos ao Helenismo
História da Filosofia dos Pré Socráticos ao HelenismoLucio Oliveira
 
filosofia-socrates.doc
 filosofia-socrates.doc filosofia-socrates.doc
filosofia-socrates.docPatty Nery
 
Sócrates, platão e os sofistas
Sócrates, platão e os sofistasSócrates, platão e os sofistas
Sócrates, platão e os sofistasElisama Lopes
 
Cap 3 os mestres do pensamento - postar
Cap 3   os mestres do pensamento - postarCap 3   os mestres do pensamento - postar
Cap 3 os mestres do pensamento - postarJosé Ferreira Júnior
 
Filosofia Grega Clássica ao Helenismo-Prof.Altair Aguilar.
Filosofia Grega Clássica ao Helenismo-Prof.Altair Aguilar.Filosofia Grega Clássica ao Helenismo-Prof.Altair Aguilar.
Filosofia Grega Clássica ao Helenismo-Prof.Altair Aguilar.Altair Moisés Aguilar
 
Uma breve historia da filosofia nigel warburton
Uma breve historia da filosofia   nigel warburtonUma breve historia da filosofia   nigel warburton
Uma breve historia da filosofia nigel warburtonsol65
 
Capítulo 13 em busca da verdade
Capítulo 13   em busca da verdadeCapítulo 13   em busca da verdade
Capítulo 13 em busca da verdadeEdirlene Fraga
 
Filosofia Grega Clássica ao Helenismo
Filosofia Grega Clássica ao HelenismoFilosofia Grega Clássica ao Helenismo
Filosofia Grega Clássica ao HelenismoCarson Souza
 
Sofistas e socrates
Sofistas e socratesSofistas e socrates
Sofistas e socratesUNESC
 

Semelhante a Sócrates, o filósofo que só sabia que nada sabia (20)

Consciência da ignorância em sócrtaes
Consciência da ignorância em sócrtaesConsciência da ignorância em sócrtaes
Consciência da ignorância em sócrtaes
 
Textosiv
TextosivTextosiv
Textosiv
 
Filosofia 02 - Sócrates, Platão e Aristóteles
Filosofia 02 - Sócrates, Platão e  AristótelesFilosofia 02 - Sócrates, Platão e  Aristóteles
Filosofia 02 - Sócrates, Platão e Aristóteles
 
História da Filosofia
História da FilosofiaHistória da Filosofia
História da Filosofia
 
Primeiros anos filosofia1442011175447
Primeiros anos   filosofia1442011175447Primeiros anos   filosofia1442011175447
Primeiros anos filosofia1442011175447
 
Filósofos socráticos
Filósofos socráticos Filósofos socráticos
Filósofos socráticos
 
Primeiros anos filosofia1442011175447
Primeiros anos   filosofia1442011175447Primeiros anos   filosofia1442011175447
Primeiros anos filosofia1442011175447
 
O conhecimento na Grécia antiga
O conhecimento na Grécia antigaO conhecimento na Grécia antiga
O conhecimento na Grécia antiga
 
História da Filosofia dos Pré Socráticos ao Helenismo
História da Filosofia   dos Pré Socráticos ao HelenismoHistória da Filosofia   dos Pré Socráticos ao Helenismo
História da Filosofia dos Pré Socráticos ao Helenismo
 
filosofia-socrates.doc
 filosofia-socrates.doc filosofia-socrates.doc
filosofia-socrates.doc
 
RESUMO SOCRATES
RESUMO SOCRATES RESUMO SOCRATES
RESUMO SOCRATES
 
Sócrates, platão e os sofistas
Sócrates, platão e os sofistasSócrates, platão e os sofistas
Sócrates, platão e os sofistas
 
Cap 3 os mestres do pensamento - postar
Cap 3   os mestres do pensamento - postarCap 3   os mestres do pensamento - postar
Cap 3 os mestres do pensamento - postar
 
Filosofia Grega Clássica ao Helenismo-Prof.Altair Aguilar.
Filosofia Grega Clássica ao Helenismo-Prof.Altair Aguilar.Filosofia Grega Clássica ao Helenismo-Prof.Altair Aguilar.
Filosofia Grega Clássica ao Helenismo-Prof.Altair Aguilar.
 
Uma breve historia da filosofia nigel warburton
Uma breve historia da filosofia   nigel warburtonUma breve historia da filosofia   nigel warburton
Uma breve historia da filosofia nigel warburton
 
Capítulo 13 em busca da verdade
Capítulo 13   em busca da verdadeCapítulo 13   em busca da verdade
Capítulo 13 em busca da verdade
 
Filosofia Grega Clássica ao Helenismo
Filosofia Grega Clássica ao HelenismoFilosofia Grega Clássica ao Helenismo
Filosofia Grega Clássica ao Helenismo
 
Sócrates
SócratesSócrates
Sócrates
 
Sofistas e socrates
Sofistas e socratesSofistas e socrates
Sofistas e socrates
 
Felicidade 2
Felicidade 2Felicidade 2
Felicidade 2
 

Último

DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 

Último (20)

DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 

Sócrates, o filósofo que só sabia que nada sabia

  • 2.
  • 3. Sócrates(c.469-399a.C.) nasceuemAtenas,que emmeadosdoséculoV a.C.tornou-sea metrópoledacultura grega.  Da sua infância pouco se sabe para além de sua origem pobre. Ele era filho de um escultor, Sofronisco, e uma parteira, Fenarete, da qual Sócrates pegaria a ideia do parto para sua forma de fazer filosofia.  Homem feio, chamava atenção não só pela sua inteligência, mas também pela estranheza de sua figura e seus hábitos. Corpulento, olhos saltados, vestes rotas e pés descalços, era considerado o homem mais feio de Atenas.  Costumava ficar horas mergulhado em seus pensamentos. Quando não estava meditando solitário, conversava com seus discípulos, procurando ajudá-los na busca da verdade.
  • 4. Sócrates(c.469-399 a.C.)nasceuemAtenas, queemmeadosdo séculoVa.C.tornou-se ametrópoledacultura grega.  Costumava ficar horas mergulhado em seus pensamentos. Quando não estava meditando solitário, conversava com seus discípulos, procurando ajudá-los na busca da verdade.  Nessa época, teve início a segunda fase da filosofia grega, conhecida como socrática ou antropológica, onde Sócrates foi o principal filósofo desse período da filosofia antiga. Nessa fase, os filósofos passaram a se preocupar com os problemas relacionados ao indivíduo e a organização da humanidade.  Passaram a perguntar: O que é verdade? O que é o bem? O que é a justiça? uma vez que na primeira fase da filosofia grega a preocupação era com a origem do mundo, fase que ficou conhecida como período pré- socrático da filosofia.
  • 5. RuínasdoOráculode Delfos,templododeus Apolo.Emsuaentrada,lia- se"conhece-teatimesmo"  Ruínas do Oráculo de Delfos, templo do deus Apolo. Em sua entrada, lia-se "conhece-te a ti mesmo"
  • 6. PrincipaisIdeias deSócrates  Para Sócrates, existiam verdades universais, válidas para toda a humanidade em qualquer espaço e tempo. Para encontrá-las, era necessário refletir sobre elas. Essa percepção da verdade como alcançável é um fator de diferenciação entre Sócrates e os sofistas.  O princípio da filosofia de Sócrates estava na frase "Conhece-te a ti mesmo", um oráculo universal dado pelo deus Apolo na mitologia grega. Antes de lançar-se em busca de qualquer verdade, o homem precisa se autoanalisar e reconhecer sua própria ignorância.  O próprio Sócrates ao consultar o Oráculo de Delfos recebeu a mensagem de que ele era o mais sábio entre os gregos.
  • 7. “Sóseiquenadasei.”  Sócrates percebeu que ele era sábio porque, dentre os sábios, era o único que julgava não saber e buscava o verdadeiro conhecimento. Da afirmação de sua própria ignorância faz surgir a célebre frase: Só sei que nada sei.  A partir desta ideia, é desenvolvido o Método Socrático. O filósofo inicia uma discussão e conduz seu interlocutor ao reconhecimento de sua própria ignorância através do diálogo: é a primeira fase de seu método, chamada de ironia ou refutação.  Na segunda fase, a "maiêutica" (técnica de trazer à luz), Sócrates solicita vários exemplos particulares do que está sendo discutido.
  • 8. A"técnicadetrazerà luz”–amaiêutica.  Por exemplo, ao ser questionado sobre a coragem, desenvolve um diálogo com um general muito respeitado por sua atuação em guerras. O general (Laques) lhe dá exemplos de atos corajosos. Não satisfeito, Sócrates analisa esses casos com a finalidade de descobrir o que é comum a todos eles.  Esse algo comum poderia representar o conceito de coragem, a essência dos atos heroicos, que existirá em qualquer ato corajoso, independente das circunstâncias que o cercarem.  A "técnica de trazer à luz" pressupõe uma crença de Sócrates, segundo a qual a verdade está no próprio homem, mas ele não pode atingi-la porque não só está envolto em falsas ideias, em preconceitos, como está desprovido de métodos adequados.  Derrubado esses obstáculos, chega-se ao conhecimento verdadeiro, que Sócrates identifica como virtude, contraposta ao vício, o qual se deve unicamente à ignorância.
  • 9. AMortede Sócrates  Cercado de amigos e seguidores, em profunda tristeza, Sócrates recebe o cálice com cicuta após condenação à morte
  • 10. Sócrates,ocorruptorda juventude  Sócrates era uma figura célebre de Atenas. Por onde ia, carregava consigo uma quantidade imensa de seguidores e discípulos, sobretudo jovens.  Em seus encontros com figuras respeitadas da polis grega, por conta de seu método, acabava expondo e irritando seus interlocutores.  Esse comportamento deu a Sócrates inimigos entre as figuras mais poderosas de Atenas. Em pouco tempo, o filósofo foi acusado de corromper a juventude e atentar contra os deuses gregos.
  • 11. Éahoradeirmos:euparaa morte,vósparaasvossas vidas;quemteráamelhor sorte?Sóosdeusessabem.  Seu julgamento foi realizado em duas partes. Na primeira, a votação sobre sua culpa ou inocência teve uma margem apertada a favor de sua condenação (280 a 220).  Posteriormente, Sócrates propõe como pena alternativa o pagamento de uma multa. Essa pena é amplamente recusada e a condenação é a favor da pena capital (360 a 141).  Sócrates aceita o julgamento e despede-se com a frase: É a hora de irmos: eu para a morte, vós para as vossas vidas; quem terá a melhor sorte? Só os deuses sabem.
  • 12. Olegadode Sócrates  Sócrates não deixou obra escrita, achava mais eficiente o intercâmbio de ideias, mediante perguntas e respostas entre duas pessoas e acreditava que a escrita enrijecia o pensamento.  São quatro as fontes básicas para o conhecimento de Sócrates: o filósofo Platão, seu discípulo, em cujos Diálogos o mestre figura sempre como personagem central.  A segunda fonte é o historiador Xenofonte, amigo e frequentador assíduo das reuniões que Sócrates participava.  O dramaturgo Aristófanes cita Sócrates como personagem em algumas de suas comédias, mas sempre o ridiculariza.  A última fonte de Sócrates é Aristóteles, discípulo de Platão, e que nasceu 15 anos após a morte de Sócrates. Essas fontes nem sempre são coerentes entre si.
  • 13. “Sóseiquenada sei”  A célebre frase atribuída a Sócrates gera um intenso debate e levanta muita curiosidade acerca de seu significado. Como Sócrates não deixou escritos, é impossível precisar se o filósofo proferiu, realmente, essa frase.  É certo que “só sei que nada sei” vai ao encontro de sua filosofia. A frase, compreendida como algo bom, resume da importância dada por ele ao pensamento crítico, à incerteza e à tomada de consciência da própria ignorância.  Saber que não sabe não é um “defeito”, mas a base para o abandono da opinião (doxa) e a busca pelo conhecimento verdadeiro (epistéme), objetivo da filosofia.
  • 14. Porqueatomadade consciênciada ignorânciaéimportante nabuscapelo conhecimento?  Para Sócrates, o conhecimento verdadeiro surgia do abandono do senso comum e da opinião. O caráter particular das opiniões se opõe a universalidade do conhecimento.  Assim, todo aquele que sustenta conhecimento em opiniões, se satisfaz como um falso saber e se afasta da verdade. O filósofo compreende que é necessário questionar as certezas, as opiniões e os pré-conceitos.  Assim, criou um modo baseado em perguntas críticas que expõem as incoerências da doxa, fazendo com que as falsas certezas sejam abandonadas e haja a tomada de consciência do "não-saber", da própria ignorância.
  • 15. Porqueatomadade consciênciadaignorânciaé importantenabuscapelo conhecimento? A partir dessa conscientização, o indivíduo está pronto para buscar, em si mesmo, novas respostas que o conduzirá à verdade. Esse movimento foi chamado de "método socrático".  No método socrático, a ironia é responsável pela tomada de consciência da própria ignorância e a maiêutica (parto da ideia) é a busca pelo conceito, ou pela verdade. Assim, a frase "só sei que nada sei" representa uma sabedoria semelhante à alcançada após o primeiro movimento do método socrático (a ironia). Para o filósofo, saber que não se sabe é preferível a saber mal.  Ainda que seja pouca coisa: não acredito saber aquilo que não sei.
  • 16. Qualahistóriapor trásdafrase“só seiquenadasei”?  A frase é uma resposta de Sócrates à mensagem do oráculo de Apolo dada a seu amigo Querofonte em Delfos, que afirmou que ele era o mais sábio entre os homens gregos.  O filósofo teria questionado essa condição de mais sábio, quando na sociedade grega, havia diversas autoridades reconhecidas por seus saberes.  Assim, devotou sua vida a investigar o que era ser sábio e o verdadeiro conhecimento. Para isso, questionou as autoridades gregas e demonstrou que o que era compreendido como sabedoria, não passava de meras opiniões sustentadas pelo senso comum.
  • 17. Qualahistóriaportrás dafrase“sóseiquenada sei”?  Esse comportamento de Sócrates, rendeu-lhe inimigos entre os poderosos de Atenas, muitas vezes expostos ao ridículo pela ironia socrática.  O descontentamento e o repúdio à figura de Sócrates nos meios mais influentes da política ateniense culminaram em seu julgamento e condenação à morte. Após sua sentença ser definida, o filósofo inda deixa mais uma lição:  Mas eis a hora de partir: eu para morte, vós para a vida. Quem de nós segue o melhor rumo ninguém o sabe, exceto os deuses. (Platão, Apologia de Sócrates)