1. 2. SÓCRATES ( 470-399 a.C.).
3. • “Ele supõe saber alguma coisa e não sabe, enquanto
eu, senão sei, tampouco suponho saber. Parece que sou
um pouco mais sábio que ele exatamente por não supor
que saiba o que não sei” Sócrates
4. • Nascido em Atenas, Sócrates (470-399 a.C.)é
tradicionalmente considerado um marco divisor da
história da filosofia grega.• Conta-se que Sócrates fora
filho de um escultor e de uma parteira. Uma dupla
herança que, simbolicamente, o levou a esculpir uma
representação autêntica do homem, fazendo-o dar à luz
suas próprias idéias.• Sua intenção era unir o saber ao
fazer, a consciência intelectual à consciência prática ou
moral.
5. • Tanto quanto sofistas, Sócrates abandonou
preocupação dos filósofos pré-socráticos• em explicar a
natureza e se concentrou na problemática do homem.
6. Embora tenha sido, em sua época, confundido com os
sofistas,Sócrates travou uma polêmica profunda com
eles, pois procurava um fundamento último para as
interrogações humanas (O que é o bem?O que é a
virtude?O que é a justiça?)
7. • A pergunta fundamental que Sócrates tentava
responder era: o que é a essência do homem?• Ele
2. respondia dizendo que o homem é a sua alma,
entendendo-se “alma”, aqui, como a sede da razão, o
nosso eu consciente, que inclui a consciência intelectual e
a consciência moral, e que, portanto, distingue o ser
humano de todos os outros seres da natureza.
8. • O auto conhecimento era um dos pontos básicos da
filosofia socrática. “Conhece-te a ti mesmo”, frase inscrita
no Oráculo de Delfos, era recomendação básica feita por
Sócrates a seus discípulos
9. • Sua filosofia era desenvolvida mediante diálogos
críticos com seus interlocutores.• Esses diálogos podem
ser divididos em dois momentos básicos: a ironia e a
maiêutica.
10. • A ironia• Na linguagem cotidiana, a palavra ironia
tem um significado depreciativo, sarcástico ou de
zombaria.
11. • Mas não é esse o sentido da ironia socrática. No
grego, ironia quer dizer “interrogação”.• Seu objetivo
inicial era demolir, nos discípulos, o orgulho, a arrogância
e a presunção do saber.• A primeira virtude do sábio é
adquirir consciência• da própria ignorância. “Sei que nada
sei”, dizia Sócrates.
12. •Nesta fase do diálogo, a intenção fundamental de
Sócrates não era propriamente destruir o conteúdo das
respostas dadas pelos interlocutores,mas fazê-lo tomar
3. consciência profunda de suas próprias respostas, das
conseqüências que poderiam ser tiradas de suas
reflexões, muitas vezes repletas de conceitos vagos e
imprecisos.
13. A maiêutica• Libertos do orgulho da presunção de
que• tudo sabiam, os discípulos podiam então iniciar o
caminho da reconstrução de suas próprias idéias.• Nesta
segunda fase do diálogo, o objetivo de Sócrates era
ajudar seus discípulos conceberem suas próprias idéias.
14. • Sócrates não dava importância à condição
socioeconômica de seus discípulos. O que importava
eram as qualidades interiores, psicológicas, de cada
pessoa.
15. • Para a democracia ateniense, da qual não
participava a maioria da população (composta de
escravos, estrangeiros e mulheres), Sócrates foi
considerado subversivo, por representar uma ameaça
social.
16. No final do processo foi condenado a beber
cicuta(veneno extraído de uma planta).
17. • Diante de seus juízes, Sócrates• assumiu uma
postura viril, altaneira, imperturbável, de quem nada
teme.• Permanecia absolutamente em paz com sua
própria consciência.• Se alguém lhe perguntasse “Não te
envergonhas, Sócrates, de ter dedicado a vida a uma
4. atividade pela qual te condenam à morte?”,• ele
responderia:
18. • “estás enganado, se pensas que um homem de bem
deve ficar pensando, ao praticar seus atos, sobre as
possibilidades de vida e morte.• O homem de valor moral
deve considerar apenas, em seus atos, se eles são justos
ou injustos, corajosos ou covardes”.
19. • Assim, Sócrates concluiu suas últimas palavras:• “É
chegada a hora de partir. Eu para a morte; vós para a
vida. Quem segue melhor rumo? Isso é desconhecido de
todos, menos da divindade.”
20. • “Alguns filósofos ensinam filosofia,• enquanto
Sócrates viveu a filosofia.”• A morte de Sócrates, (1787) -
David