SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
VI - MODO DE PRODUÇÃO
BIOLÓGICO DE ANIMAIS E DE
PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL
BOVINOS, OVINOS, CAPRINOS E SUÍNOS
CONDIÇÕES PRELIMINARES A TER EM
CONTA:
A exploração deverá estar situada em zona de montanha, ou numa
zona não sujeita a fontes de contaminação ambientais;
A exploração terá de possuir uma área forrageira para os caprinos
ou ovinos de, pelo menos, 7,6 ha por cada 100 cabeças; tratando-se
de zonas de montanha, recomenda-se cerca de 20 ha por cada 100
cabeças;
É possível utilizar áreas de baldio para alimentar o rebanho, mas
não pode haver contacto com animais em modo de produção
convencional;
Os alojamentos deverão garantir uma área coberta de 1,5 m2 por
cada ovelha ou cabra, mais 0,35 m2 por cada anho ou cabrito; por
outro lado, os animais não poderão estar permanentemente
estabulados;
CONDIÇÕES PRELIMINARES A TER EM CONTA
(cont.):
O período de conversão de uma exploração está compreendido entre dois
e três anos; mas, dependendo dos antecedentes, este período pode ser
reduzido;
O período de conversão dos caprinos e ovinos é, normalmente, de seis
meses;
CONDIÇÕES PRELIMINARES A TER EM CONTA
(cont.):
Todo o sistema é supervisionado por organismos independentes
acreditados, para certificar a autenticidade e qualidade diferenciada
dos produtos;
A união europeia tem vindo a atribuir ajudas financeiras aos
operadores em MPB.
CONDIÇÕES PRELIMINARES A TER EM CONTA
(cont.):
Reforçar os mecanismos de defesa;
Evitar o stress e outras condições que favorecem o
aparecimento de doenças;
Encontrar um equilíbrio entre a atividade microbiana e a
fisiologia animal.
MANEIO
 Os animais a utilizar deverão estar adaptados às
principais condições ambientais do meio (temperatura,
pluviosidade, vegetação, topografia do terreno, etc.) e
demonstrar uma boa resistência sanitária.
AS CARACTERÍSTICAS DOS
ANIMAIS
 A prática tradicional do pastoreio de percurso permite
cumprir, sem qualquer transtorno para os criadores,
duas regras fundamentais do MPB:
ALIMENTAÇÃO
1. Utilização de alimentos biológicos, cultivados sem
emprego de fertilizantes, herbicidas ou fitofármacos,
nem sementes transgénicas (os baldios não têm
qualquer intervenção humana direta, para além do fogo);
2. O uso de concentrados terá de ser inferior a 40% da
matéria seca da dieta (os criadores de cabras e de ovelhas
aleitantes sempre puseram em prática esta norma).
 As necessidades alimentares das ovelhas e cabras variam
ao longo do seu ciclo produtivo (cobrição, gestação,
aleitamento).
 Na época de cobrição, e até às quinze semanas de
gestação, as necessidades alimentares são normais.
Porém, as últimas seis semanas de gestação são críticas
(Pacheco, 1986). E por várias razões:
a) A maior parte do crescimento da(s) futura(s) cria(s) ocorre
nesta fase;
b) A ingestão (apetite) da fêmea gestante diminui;
c) O consumo alimentar em pastoreio é menor, porque há
menos tempo de pastoreio, maiores dificuldades em
comer por causa da chuva e menor produção das
pastagens;
d) Uma alimentação deficiente neste período provoca
uma diminuição do peso da cria à nascença, menor
capacidade de sobrevivência, menor instinto maternal e
menor produção leiteira.
 A higiene dos alojamentos e utensílios do rebanho é outra
prática fundamental. Os alojamentos devem ser limpos e
desinfetados pelo menos duas vezes por ano com produtos
autorizados, como por exemplo cal viva.
SANIDADE
• A higiene das instalações obriga também ao controlo
dos roedores (com jaulas-tampa) assim como à
sanidade dos cães e gatos, visto poderem transmitir
diversas doenças ao homem e aos pequenos
ruminantes.
SANIDADE
 No MPB é proibida a utilização de medicamentos veterinários
alopáticos de síntese química ou antibióticos nos tratamentos
preventivos.
 Deve-se recorrer aos produtos fitoterapêuticos e homeopáticos,
os oligoelementos e os produtos constantes no anexo (parte C,
ponto 3 do regulamento (CE) 1804/1999), desde que os seus
efeitos terapêuticos sejam eficazes para a espécie animal e para
o problema a que o tratamento se destina.
Utilização de medicamentos
Utilização de
medicamento
s
Os tratamentos biológicos com
vacinas, realizados no âmbito de
campanhas obrigatórias, são
autorizados.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (18)

Mod.cf.066.expetativas
Mod.cf.066.expetativasMod.cf.066.expetativas
Mod.cf.066.expetativas
 
Mpb animal
Mpb animalMpb animal
Mpb animal
 
1 6.1
1 6.11 6.1
1 6.1
 
7
77
7
 
1 4 ii
1 4 ii1 4 ii
1 4 ii
 
X
XX
X
 
6
66
6
 
Mi 6 ii
Mi 6 iiMi 6 ii
Mi 6 ii
 
Manual.biohorta.coimbra
Manual.biohorta.coimbraManual.biohorta.coimbra
Manual.biohorta.coimbra
 
1 6.2 3
1 6.2 31 6.2 3
1 6.2 3
 
Apresentacao curso mpb_poise
Apresentacao curso mpb_poiseApresentacao curso mpb_poise
Apresentacao curso mpb_poise
 
I.1 MPB
I.1 MPBI.1 MPB
I.1 MPB
 
Diferencas entre ag convencional e mpb
Diferencas entre ag convencional e mpbDiferencas entre ag convencional e mpb
Diferencas entre ag convencional e mpb
 
Con
ConCon
Con
 
Agricultura biológica
Agricultura biológicaAgricultura biológica
Agricultura biológica
 
Mod I moodle
Mod I moodleMod I moodle
Mod I moodle
 
Agricultura biologica
Agricultura biologicaAgricultura biologica
Agricultura biologica
 
Modo de Produção Biológico de animais e de produtos de origem animal
Modo de Produção Biológico de animais e de produtos de origem animalModo de Produção Biológico de animais e de produtos de origem animal
Modo de Produção Biológico de animais e de produtos de origem animal
 

Semelhante a Peq

Ficha Técnica 5.2.pdf
Ficha Técnica 5.2.pdfFicha Técnica 5.2.pdf
Ficha Técnica 5.2.pdfRuiMota29
 
Produção de queijo cream cheese e legislação de leite orgânico eaf441
Produção de queijo cream cheese e legislação de leite orgânico eaf441Produção de queijo cream cheese e legislação de leite orgânico eaf441
Produção de queijo cream cheese e legislação de leite orgânico eaf441Alisson Rios
 
Uso do milheto como forrageira
Uso do milheto como forrageiraUso do milheto como forrageira
Uso do milheto como forrageiraPatricia Epifanio
 
Criacao organica de_aves
Criacao organica de_avesCriacao organica de_aves
Criacao organica de_avesJoyce Muzy
 
Aula - Sistemas de Cria+º+úo de Aves.pptx
Aula - Sistemas de Cria+º+úo de Aves.pptxAula - Sistemas de Cria+º+úo de Aves.pptx
Aula - Sistemas de Cria+º+úo de Aves.pptxMirianFernandes15
 
Alimentos Produzidos Organicamente
Alimentos Produzidos OrganicamenteAlimentos Produzidos Organicamente
Alimentos Produzidos OrganicamenteNatália Borges
 
Utilização de Pasto na Produção de Ovinos
Utilização de Pasto na Produção de OvinosUtilização de Pasto na Produção de Ovinos
Utilização de Pasto na Produção de OvinosRural Pecuária
 
O Espaço Rural no Brasil - 7º Ano (2018)
O Espaço Rural no Brasil - 7º Ano (2018)O Espaço Rural no Brasil - 7º Ano (2018)
O Espaço Rural no Brasil - 7º Ano (2018)Nefer19
 
08 AULA - PRINCIPAIS DOENÇAS DE ANIMAIS DE PRODUÇÃO.pdf
08 AULA - PRINCIPAIS DOENÇAS DE ANIMAIS DE PRODUÇÃO.pdf08 AULA - PRINCIPAIS DOENÇAS DE ANIMAIS DE PRODUÇÃO.pdf
08 AULA - PRINCIPAIS DOENÇAS DE ANIMAIS DE PRODUÇÃO.pdfWargney
 
Apresentação aquicultura para escoteiros
Apresentação aquicultura para escoteirosApresentação aquicultura para escoteiros
Apresentação aquicultura para escoteirosGabriel Fontes
 
AAC-Estacao-de-monta.pdf - MANEJO REPRODUTIVO
AAC-Estacao-de-monta.pdf - MANEJO REPRODUTIVOAAC-Estacao-de-monta.pdf - MANEJO REPRODUTIVO
AAC-Estacao-de-monta.pdf - MANEJO REPRODUTIVOJussara Telma dos Santos
 
O Espaço Rural no Brasil - 7º Ano (2017)
O Espaço Rural no Brasil - 7º Ano (2017)O Espaço Rural no Brasil - 7º Ano (2017)
O Espaço Rural no Brasil - 7º Ano (2017)Nefer19
 
manejo-do-pastejo-de-areas-dependentes-de-chuva.
manejo-do-pastejo-de-areas-dependentes-de-chuva.manejo-do-pastejo-de-areas-dependentes-de-chuva.
manejo-do-pastejo-de-areas-dependentes-de-chuva.Siluana
 

Semelhante a Peq (20)

Ficha Técnica 5.2.pdf
Ficha Técnica 5.2.pdfFicha Técnica 5.2.pdf
Ficha Técnica 5.2.pdf
 
Produção de queijo cream cheese e legislação de leite orgânico eaf441
Produção de queijo cream cheese e legislação de leite orgânico eaf441Produção de queijo cream cheese e legislação de leite orgânico eaf441
Produção de queijo cream cheese e legislação de leite orgânico eaf441
 
Uso do milheto como forrageira
Uso do milheto como forrageiraUso do milheto como forrageira
Uso do milheto como forrageira
 
Forragicultura aula1
Forragicultura aula1Forragicultura aula1
Forragicultura aula1
 
Criacao organica de_aves
Criacao organica de_avesCriacao organica de_aves
Criacao organica de_aves
 
Aula - Sistemas de Cria+º+úo de Aves.pptx
Aula - Sistemas de Cria+º+úo de Aves.pptxAula - Sistemas de Cria+º+úo de Aves.pptx
Aula - Sistemas de Cria+º+úo de Aves.pptx
 
Alimentos Produzidos Organicamente
Alimentos Produzidos OrganicamenteAlimentos Produzidos Organicamente
Alimentos Produzidos Organicamente
 
Girassol: Biodiesel / torta
Girassol: Biodiesel / tortaGirassol: Biodiesel / torta
Girassol: Biodiesel / torta
 
Avicultura
AviculturaAvicultura
Avicultura
 
Utilização de Pasto na Produção de Ovinos
Utilização de Pasto na Produção de OvinosUtilização de Pasto na Produção de Ovinos
Utilização de Pasto na Produção de Ovinos
 
O Espaço Rural no Brasil - 7º Ano (2018)
O Espaço Rural no Brasil - 7º Ano (2018)O Espaço Rural no Brasil - 7º Ano (2018)
O Espaço Rural no Brasil - 7º Ano (2018)
 
08 AULA - PRINCIPAIS DOENÇAS DE ANIMAIS DE PRODUÇÃO.pdf
08 AULA - PRINCIPAIS DOENÇAS DE ANIMAIS DE PRODUÇÃO.pdf08 AULA - PRINCIPAIS DOENÇAS DE ANIMAIS DE PRODUÇÃO.pdf
08 AULA - PRINCIPAIS DOENÇAS DE ANIMAIS DE PRODUÇÃO.pdf
 
Manejo alimentar de peixes98 (1)
Manejo alimentar de peixes98 (1)Manejo alimentar de peixes98 (1)
Manejo alimentar de peixes98 (1)
 
Afigranja
AfigranjaAfigranja
Afigranja
 
Apresentação aquicultura para escoteiros
Apresentação aquicultura para escoteirosApresentação aquicultura para escoteiros
Apresentação aquicultura para escoteiros
 
Instalaçoes corte
Instalaçoes corteInstalaçoes corte
Instalaçoes corte
 
AAC-Estacao-de-monta.pdf - MANEJO REPRODUTIVO
AAC-Estacao-de-monta.pdf - MANEJO REPRODUTIVOAAC-Estacao-de-monta.pdf - MANEJO REPRODUTIVO
AAC-Estacao-de-monta.pdf - MANEJO REPRODUTIVO
 
O Espaço Rural no Brasil - 7º Ano (2017)
O Espaço Rural no Brasil - 7º Ano (2017)O Espaço Rural no Brasil - 7º Ano (2017)
O Espaço Rural no Brasil - 7º Ano (2017)
 
manejo-do-pastejo-de-areas-dependentes-de-chuva.
manejo-do-pastejo-de-areas-dependentes-de-chuva.manejo-do-pastejo-de-areas-dependentes-de-chuva.
manejo-do-pastejo-de-areas-dependentes-de-chuva.
 
Apresentação Cati Leite
Apresentação   Cati LeiteApresentação   Cati Leite
Apresentação Cati Leite
 

Mais de Consultua Ensino e Formação Profissional, Lda

Mais de Consultua Ensino e Formação Profissional, Lda (20)

Mviii cots intervenção tecnico-pedagógica do formador
Mviii cots intervenção tecnico-pedagógica do formadorMviii cots intervenção tecnico-pedagógica do formador
Mviii cots intervenção tecnico-pedagógica do formador
 
Mviii cots intervenção tecnico-pedagógica do formador
Mviii cots intervenção tecnico-pedagógica do formadorMviii cots intervenção tecnico-pedagógica do formador
Mviii cots intervenção tecnico-pedagógica do formador
 
4 produtos fitofarmaceuticos
4 produtos fitofarmaceuticos4 produtos fitofarmaceuticos
4 produtos fitofarmaceuticos
 
Introd
IntrodIntrod
Introd
 
Modulo i pf
Modulo i  pfModulo i  pf
Modulo i pf
 
Manual acolhimento
Manual acolhimentoManual acolhimento
Manual acolhimento
 
Ii.4
Ii.4Ii.4
Ii.4
 
Ii.3
Ii.3Ii.3
Ii.3
 
Mi 4 parte ii_01-mpb-2021
Mi 4 parte ii_01-mpb-2021Mi 4 parte ii_01-mpb-2021
Mi 4 parte ii_01-mpb-2021
 
apresentacao_curso_MPB_FNF
apresentacao_curso_MPB_FNFapresentacao_curso_MPB_FNF
apresentacao_curso_MPB_FNF
 
Manual acolhimento
Manual acolhimentoManual acolhimento
Manual acolhimento
 
Metodologia avaliacao de rega de pivot 2021-10
Metodologia avaliacao de rega de pivot  2021-10Metodologia avaliacao de rega de pivot  2021-10
Metodologia avaliacao de rega de pivot 2021-10
 
Metodologia avaliacao de rega de aspersão 2021-11
Metodologia avaliacao de rega de aspersão   2021-11Metodologia avaliacao de rega de aspersão   2021-11
Metodologia avaliacao de rega de aspersão 2021-11
 
09 11 2021 auditoria da rega localizada
09 11 2021 auditoria da rega localizada09 11 2021 auditoria da rega localizada
09 11 2021 auditoria da rega localizada
 
09 11 2021 auditoria da rega localizada
09 11 2021 auditoria da rega localizada09 11 2021 auditoria da rega localizada
09 11 2021 auditoria da rega localizada
 
Ii.4 avaliacao sistema de rega geral uniformidade de rega apresentacao de 8 11
Ii.4 avaliacao sistema de rega geral uniformidade de rega apresentacao de 8 11Ii.4 avaliacao sistema de rega geral uniformidade de rega apresentacao de 8 11
Ii.4 avaliacao sistema de rega geral uniformidade de rega apresentacao de 8 11
 
Ii.4 avaliacao sistema de rega geral eficiência de aplicacao apresentacao de ...
Ii.4 avaliacao sistema de rega geral eficiência de aplicacao apresentacao de ...Ii.4 avaliacao sistema de rega geral eficiência de aplicacao apresentacao de ...
Ii.4 avaliacao sistema de rega geral eficiência de aplicacao apresentacao de ...
 
Ii.3 tecnicas de medicao de pressao apresentação 2021
Ii.3 tecnicas de medicao de pressao apresentação 2021Ii.3 tecnicas de medicao de pressao apresentação 2021
Ii.3 tecnicas de medicao de pressao apresentação 2021
 
Avaliação sistema de rega aspersão
Avaliação sistema de rega aspersãoAvaliação sistema de rega aspersão
Avaliação sistema de rega aspersão
 
Avaliação da rega localizada
Avaliação da rega localizadaAvaliação da rega localizada
Avaliação da rega localizada
 

Peq

  • 1. VI - MODO DE PRODUÇÃO BIOLÓGICO DE ANIMAIS E DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL BOVINOS, OVINOS, CAPRINOS E SUÍNOS
  • 2. CONDIÇÕES PRELIMINARES A TER EM CONTA: A exploração deverá estar situada em zona de montanha, ou numa zona não sujeita a fontes de contaminação ambientais; A exploração terá de possuir uma área forrageira para os caprinos ou ovinos de, pelo menos, 7,6 ha por cada 100 cabeças; tratando-se de zonas de montanha, recomenda-se cerca de 20 ha por cada 100 cabeças;
  • 3. É possível utilizar áreas de baldio para alimentar o rebanho, mas não pode haver contacto com animais em modo de produção convencional; Os alojamentos deverão garantir uma área coberta de 1,5 m2 por cada ovelha ou cabra, mais 0,35 m2 por cada anho ou cabrito; por outro lado, os animais não poderão estar permanentemente estabulados; CONDIÇÕES PRELIMINARES A TER EM CONTA (cont.):
  • 4. O período de conversão de uma exploração está compreendido entre dois e três anos; mas, dependendo dos antecedentes, este período pode ser reduzido; O período de conversão dos caprinos e ovinos é, normalmente, de seis meses; CONDIÇÕES PRELIMINARES A TER EM CONTA (cont.):
  • 5. Todo o sistema é supervisionado por organismos independentes acreditados, para certificar a autenticidade e qualidade diferenciada dos produtos; A união europeia tem vindo a atribuir ajudas financeiras aos operadores em MPB. CONDIÇÕES PRELIMINARES A TER EM CONTA (cont.):
  • 6. Reforçar os mecanismos de defesa; Evitar o stress e outras condições que favorecem o aparecimento de doenças; Encontrar um equilíbrio entre a atividade microbiana e a fisiologia animal. MANEIO
  • 7.  Os animais a utilizar deverão estar adaptados às principais condições ambientais do meio (temperatura, pluviosidade, vegetação, topografia do terreno, etc.) e demonstrar uma boa resistência sanitária. AS CARACTERÍSTICAS DOS ANIMAIS
  • 8.  A prática tradicional do pastoreio de percurso permite cumprir, sem qualquer transtorno para os criadores, duas regras fundamentais do MPB: ALIMENTAÇÃO
  • 9. 1. Utilização de alimentos biológicos, cultivados sem emprego de fertilizantes, herbicidas ou fitofármacos, nem sementes transgénicas (os baldios não têm qualquer intervenção humana direta, para além do fogo); 2. O uso de concentrados terá de ser inferior a 40% da matéria seca da dieta (os criadores de cabras e de ovelhas aleitantes sempre puseram em prática esta norma).
  • 10.  As necessidades alimentares das ovelhas e cabras variam ao longo do seu ciclo produtivo (cobrição, gestação, aleitamento).  Na época de cobrição, e até às quinze semanas de gestação, as necessidades alimentares são normais. Porém, as últimas seis semanas de gestação são críticas (Pacheco, 1986). E por várias razões:
  • 11. a) A maior parte do crescimento da(s) futura(s) cria(s) ocorre nesta fase; b) A ingestão (apetite) da fêmea gestante diminui; c) O consumo alimentar em pastoreio é menor, porque há menos tempo de pastoreio, maiores dificuldades em comer por causa da chuva e menor produção das pastagens;
  • 12. d) Uma alimentação deficiente neste período provoca uma diminuição do peso da cria à nascença, menor capacidade de sobrevivência, menor instinto maternal e menor produção leiteira.
  • 13.  A higiene dos alojamentos e utensílios do rebanho é outra prática fundamental. Os alojamentos devem ser limpos e desinfetados pelo menos duas vezes por ano com produtos autorizados, como por exemplo cal viva. SANIDADE
  • 14. • A higiene das instalações obriga também ao controlo dos roedores (com jaulas-tampa) assim como à sanidade dos cães e gatos, visto poderem transmitir diversas doenças ao homem e aos pequenos ruminantes. SANIDADE
  • 15.  No MPB é proibida a utilização de medicamentos veterinários alopáticos de síntese química ou antibióticos nos tratamentos preventivos.  Deve-se recorrer aos produtos fitoterapêuticos e homeopáticos, os oligoelementos e os produtos constantes no anexo (parte C, ponto 3 do regulamento (CE) 1804/1999), desde que os seus efeitos terapêuticos sejam eficazes para a espécie animal e para o problema a que o tratamento se destina. Utilização de medicamentos
  • 16. Utilização de medicamento s Os tratamentos biológicos com vacinas, realizados no âmbito de campanhas obrigatórias, são autorizados.