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Gestão das Adventícias
Proteção das Plantas
Módulo IV
INFESTANTES
Por definição, infestantes são “plantas herbáceas (ervas)
ou lenhosas (arbustos) que se desenvolvem onde não são
desejáveis do ponto de vista do interesse do homem…”
As infestantes apresentam, relativamente às culturas, uma
nocividade dupla:
 NOCIVIDADE DIRETA
 NOCIVIDADE INDIRETA
INFESTANTES
Nocividade direta:
 Competição pela água, espaço, nutrientes, ar e a luz;
 Diminuição do crescimento das plantas;
 Redução da quantidade e qualidade da produção;
 Aumento dos stocks de sementes, bolbos e rizomas,…
 Dificultam os tratamentos e algumas operações (vindima
mecânica, apanha da azeitona do chão)
 Etc.
INFESTANTES
Nocividade indireta:
 Hospedeiras de pragas (ácaros tetraniqídeos, pirale da vinha
e outros;
 Fomentam um ambiente húmido favorável ao
desenvolvimento das doenças;
 Agravam a frequência e intensidade das geadas primaveris;
 Poluição das águas.
INFESTANTES
Porém, reconhecem-se igualmente efeitos benéficos à presença de
infestantes durante todo o ciclo vegetativo ou em certos períodos do
ano:
 Proteção contra a erosão:
- arrastamento
- fragmentação por salpicos
INFESTANTES
 Melhor retenção das chuvas:
- permeabilidade / porosidade
- estrutura
 Redução do vigor das plantas
 Reservatório de auxiliares
 Fixação de azoto atmosférico
INFESTANTES
 Aumento de teor de fósforo
 Diminuição das perdas de azoto por lavagem
 Aumenta o teor de matéria orgânica
INFESTANTES
Para um adequado controlo da flora adventícia, é
primordial uma correta identificação das infestantes
presentes, em qualquer estado dos seu
desenvolvimento, bem como um conhecimento
aprofundado do seu ciclo e meio de conservação.
INFESTANTES
Natureza das infestantes:
Anuais (Outono/Inverno e Primavera/Verão)
Bianuais
Vivazes
Perenes
CICLO BIOLÓGICO
INFESTANTES
As infestantes dividem-se em quatro tipos biológicos definidos
pelo ciclo de vida, modo de reprodução e o tamanho das
espécies:
– Anuais – reproduzem-se por sementes e completam o
seu ciclo vegetativo em 1 ano. Vejamos as diferenças:
INFESTANTES
 as indiferentes - espécies suscetíveis de germinar, crescer e
florescer em qualquer estação. São aptas a germinar
imediatamente e desenvolvem assim várias gerações durante o
ano a partir do banco de sementes disponíveis no solo.
Ex.: calendula arvensis (erva vaqueira), poa annua (cabelo-de-
cão), sennecio vulgaris (tasneirinha).
INFESTANTES
 as outonais - aparecem cedo após as vindimas, por vezes em
abundância, e podem formar um tapete denso na primavera, na
ausência de lavouras de outono/inverno.
Ex.: geranium spp. (erva-de-são-roberto), torilis spp. (salsinha),
conyza spp. (avoadinha), picris echioides (raspa-saias), bromus
spp. (bromo-doce), lolium spp. (azevém).
INFESTANTES
 as invernais - germinam após as chuvas outonais.
Ex.: veronica spp. (verónicas), chamaemelum
fuscatum (margaça-de-inverno).
INFESTANTES
 as primaveris – revelam-se após os frios.
Ex.: polygonum spp. (sempre-noiva), chenopodium
spp. (catassol), anagallis arvensis (morrião).
INFESTANTES
 as estivais - implantam-se a partir de maio-junho. são as anuais
mais nocivas, porque o seu ciclo corresponde à época onde as
necessidades em água e azoto das culturas são as mais
importantes. A sua presença pode igualmente perturbar a
colheita.
Ex.: amaranthus spp (moncos-de-peru)., portulaca oleracea
(beldroega), solanum nigrum (erva-moira), digitaria sanguinalis
(milhã-digitada), setaria spp. (milhã-verde/pega-saias),
echinochloa crus-galli (milhã-pé-de-galo).
INFESTANTES
– Bianuais - reproduzem-se por sementes. Germinam na
primavera chegando ao estado de roseta, mas só
florescem na primavera seguinte completando o seu
ciclo em mais de 1 ano. Em vinhas e pomares, estas
espécies encontram-se muitas vezes na linha, sobretudo se
esta não é mobilizada.
Ex.: daucus carota (erva-coentrinha), lactuca serriola
(alface-brava-menor).
INFESTANTES
– Plurianuais – renovam durante vários anos as suas
partes aéreas a partir de gomos de substituição
implantados ao nível do solo. Têm, igualmente,
capacidade de regeneração e produzem sementes. O seu
desenvolvimento é rápido graças à utilização de reservas
acumuladas num importante sistema radicular.
Ex.: rumex spp. (azedas), malva sylvestris (malva-silvestre).
INFESTANTES
– Vivazes - reproduzem-se vegetativamente a partir
dum aparelho subterrâneo vivaz: rizoma, tubérculo,
estolho, bolbo. A maioria produz igualmente
sementes. Em culturas perenes, são as espécies mais
preocupantes quando se diminuem os trabalhos
mecânicos do solo.
INFESTANTES
– Vivazes (cont.)
Ex.: cirsium arvense (cardo-das-vinhas), convolvulus
arvensis (corriola), sonchus arvensis (), equisetum spp.
(cavalinha/pinheirinha), sorghum halepense (sorgo-
bravo), cynodon dactylon (grama), oxalis pes-caprae
(erva-pata).
INFESTANTES
MEIOS DE LUTA
A luta contra as infestantes começa antes da cultura. É
necessário eliminar as fontes de contaminação:
• Vento: plantar sebes;
• Limites das parcelas: ceifar as bordaduras ou deixar
uma faixa trabalhada e não semeada;
• Estrume: utilizar composto em vez de estrume;
• Semente: nunca deixar que as ervas daninhas criem
sementes.
É aconselhável provocar/induzir a germinação das sementes
antes da cultura e destruir as plantas em seguida – falsa
sementeira.
MEIOS DE LUTA
 Mobilização do solo em toda a superfície;
 Mobilização do solo na entrelinha, destroçamento
na linha;
 Mobilização do solo alternando com
destroçamento;
 Não mobilização do solo;
 Enrelvamento do solo.
MEIOS DE LUTA
Deve-se destruir as infestantes na cultura o mais cedo possível, recorrendo
a um dos seguintes métodos:
• Físicos;
• Térmicos;
• Biológicos;
• Químicos.
MEIOS DE LUTA
 Físicos:
- Mondas;
- Sachas;
- Lavouras;
- Corte;
- Encharcamento;
- Mulching;
(cascalho ; Palha; Serrim; plástico preto)
MEIOS DE LUTA
MONDA MECÂNICA
- entrelinha
MEIOS FÍSICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES
MEIOS FÍSICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES
MONDA MECÂNICA
- entrelinha
MONDA MECÂNICA
- linha
MEIOS FÍSICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES
MONDA MECÂNICA
- linha
MEIOS FÍSICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES
MONDA MECÂNICA
- linha
MEIOS FÍSICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES
DESTROÇADORES
MEIOS FÍSICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES
Escovas, tipo “girassol” (linha)
MEIOS FÍSICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES
Escovas, tipo “girassol” (linha)
MEIOS FÍSICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES
Escovas, tipo “girassol” (linha)
MEIOS FÍSICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES
MEIOS FÍSICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES
MEIOS FÍSICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES
 Térmicos:
Solarização;
Eletrocussão;
Ultra-sons;
Queima;
MEIOS DE LUTA
Monda térmica (linha)
MEIOS TÉRMICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES
Sideração;
Enrelvamento
MEIOS DE LUTA
 Biológicos:
 QUÍMICOS:
HERBICIDAS.
“GASÓLEO” “SAL”
MEIOS DE LUTA

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Iv.4

  • 1. Gestão das Adventícias Proteção das Plantas Módulo IV
  • 2. INFESTANTES Por definição, infestantes são “plantas herbáceas (ervas) ou lenhosas (arbustos) que se desenvolvem onde não são desejáveis do ponto de vista do interesse do homem…”
  • 3. As infestantes apresentam, relativamente às culturas, uma nocividade dupla:  NOCIVIDADE DIRETA  NOCIVIDADE INDIRETA INFESTANTES
  • 4. Nocividade direta:  Competição pela água, espaço, nutrientes, ar e a luz;  Diminuição do crescimento das plantas;  Redução da quantidade e qualidade da produção;  Aumento dos stocks de sementes, bolbos e rizomas,…  Dificultam os tratamentos e algumas operações (vindima mecânica, apanha da azeitona do chão)  Etc. INFESTANTES
  • 5. Nocividade indireta:  Hospedeiras de pragas (ácaros tetraniqídeos, pirale da vinha e outros;  Fomentam um ambiente húmido favorável ao desenvolvimento das doenças;  Agravam a frequência e intensidade das geadas primaveris;  Poluição das águas. INFESTANTES
  • 6. Porém, reconhecem-se igualmente efeitos benéficos à presença de infestantes durante todo o ciclo vegetativo ou em certos períodos do ano:  Proteção contra a erosão: - arrastamento - fragmentação por salpicos INFESTANTES
  • 7.  Melhor retenção das chuvas: - permeabilidade / porosidade - estrutura  Redução do vigor das plantas  Reservatório de auxiliares  Fixação de azoto atmosférico INFESTANTES
  • 8.  Aumento de teor de fósforo  Diminuição das perdas de azoto por lavagem  Aumenta o teor de matéria orgânica INFESTANTES
  • 9. Para um adequado controlo da flora adventícia, é primordial uma correta identificação das infestantes presentes, em qualquer estado dos seu desenvolvimento, bem como um conhecimento aprofundado do seu ciclo e meio de conservação. INFESTANTES
  • 10. Natureza das infestantes: Anuais (Outono/Inverno e Primavera/Verão) Bianuais Vivazes Perenes
  • 12. As infestantes dividem-se em quatro tipos biológicos definidos pelo ciclo de vida, modo de reprodução e o tamanho das espécies: – Anuais – reproduzem-se por sementes e completam o seu ciclo vegetativo em 1 ano. Vejamos as diferenças: INFESTANTES
  • 13.  as indiferentes - espécies suscetíveis de germinar, crescer e florescer em qualquer estação. São aptas a germinar imediatamente e desenvolvem assim várias gerações durante o ano a partir do banco de sementes disponíveis no solo. Ex.: calendula arvensis (erva vaqueira), poa annua (cabelo-de- cão), sennecio vulgaris (tasneirinha). INFESTANTES
  • 14.  as outonais - aparecem cedo após as vindimas, por vezes em abundância, e podem formar um tapete denso na primavera, na ausência de lavouras de outono/inverno. Ex.: geranium spp. (erva-de-são-roberto), torilis spp. (salsinha), conyza spp. (avoadinha), picris echioides (raspa-saias), bromus spp. (bromo-doce), lolium spp. (azevém). INFESTANTES
  • 15.  as invernais - germinam após as chuvas outonais. Ex.: veronica spp. (verónicas), chamaemelum fuscatum (margaça-de-inverno). INFESTANTES
  • 16.  as primaveris – revelam-se após os frios. Ex.: polygonum spp. (sempre-noiva), chenopodium spp. (catassol), anagallis arvensis (morrião). INFESTANTES
  • 17.  as estivais - implantam-se a partir de maio-junho. são as anuais mais nocivas, porque o seu ciclo corresponde à época onde as necessidades em água e azoto das culturas são as mais importantes. A sua presença pode igualmente perturbar a colheita. Ex.: amaranthus spp (moncos-de-peru)., portulaca oleracea (beldroega), solanum nigrum (erva-moira), digitaria sanguinalis (milhã-digitada), setaria spp. (milhã-verde/pega-saias), echinochloa crus-galli (milhã-pé-de-galo). INFESTANTES
  • 18. – Bianuais - reproduzem-se por sementes. Germinam na primavera chegando ao estado de roseta, mas só florescem na primavera seguinte completando o seu ciclo em mais de 1 ano. Em vinhas e pomares, estas espécies encontram-se muitas vezes na linha, sobretudo se esta não é mobilizada. Ex.: daucus carota (erva-coentrinha), lactuca serriola (alface-brava-menor). INFESTANTES
  • 19. – Plurianuais – renovam durante vários anos as suas partes aéreas a partir de gomos de substituição implantados ao nível do solo. Têm, igualmente, capacidade de regeneração e produzem sementes. O seu desenvolvimento é rápido graças à utilização de reservas acumuladas num importante sistema radicular. Ex.: rumex spp. (azedas), malva sylvestris (malva-silvestre). INFESTANTES
  • 20. – Vivazes - reproduzem-se vegetativamente a partir dum aparelho subterrâneo vivaz: rizoma, tubérculo, estolho, bolbo. A maioria produz igualmente sementes. Em culturas perenes, são as espécies mais preocupantes quando se diminuem os trabalhos mecânicos do solo. INFESTANTES
  • 21. – Vivazes (cont.) Ex.: cirsium arvense (cardo-das-vinhas), convolvulus arvensis (corriola), sonchus arvensis (), equisetum spp. (cavalinha/pinheirinha), sorghum halepense (sorgo- bravo), cynodon dactylon (grama), oxalis pes-caprae (erva-pata). INFESTANTES
  • 22. MEIOS DE LUTA A luta contra as infestantes começa antes da cultura. É necessário eliminar as fontes de contaminação: • Vento: plantar sebes; • Limites das parcelas: ceifar as bordaduras ou deixar uma faixa trabalhada e não semeada; • Estrume: utilizar composto em vez de estrume;
  • 23. • Semente: nunca deixar que as ervas daninhas criem sementes. É aconselhável provocar/induzir a germinação das sementes antes da cultura e destruir as plantas em seguida – falsa sementeira. MEIOS DE LUTA
  • 24.  Mobilização do solo em toda a superfície;  Mobilização do solo na entrelinha, destroçamento na linha;  Mobilização do solo alternando com destroçamento;  Não mobilização do solo;  Enrelvamento do solo. MEIOS DE LUTA
  • 25. Deve-se destruir as infestantes na cultura o mais cedo possível, recorrendo a um dos seguintes métodos: • Físicos; • Térmicos; • Biológicos; • Químicos. MEIOS DE LUTA
  • 26.  Físicos: - Mondas; - Sachas; - Lavouras; - Corte; - Encharcamento; - Mulching; (cascalho ; Palha; Serrim; plástico preto) MEIOS DE LUTA
  • 27. MONDA MECÂNICA - entrelinha MEIOS FÍSICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES
  • 28. MEIOS FÍSICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES MONDA MECÂNICA - entrelinha
  • 29. MONDA MECÂNICA - linha MEIOS FÍSICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES
  • 30. MONDA MECÂNICA - linha MEIOS FÍSICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES
  • 31. MONDA MECÂNICA - linha MEIOS FÍSICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES
  • 32. DESTROÇADORES MEIOS FÍSICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES
  • 33. Escovas, tipo “girassol” (linha) MEIOS FÍSICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES
  • 34. Escovas, tipo “girassol” (linha) MEIOS FÍSICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES
  • 35. Escovas, tipo “girassol” (linha) MEIOS FÍSICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES
  • 36. MEIOS FÍSICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES
  • 37. MEIOS FÍSICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES
  • 39. Monda térmica (linha) MEIOS TÉRMICOS DE CONTROLO DAS INFESTANTES