2. INFESTANTES
Por definição, infestantes são “plantas herbáceas (ervas)
ou lenhosas (arbustos) que se desenvolvem onde não são
desejáveis do ponto de vista do interesse do homem…”
3. As infestantes apresentam, relativamente às culturas, uma
nocividade dupla:
NOCIVIDADE DIRETA
NOCIVIDADE INDIRETA
INFESTANTES
4. Nocividade direta:
Competição pela água, espaço, nutrientes, ar e a luz;
Diminuição do crescimento das plantas;
Redução da quantidade e qualidade da produção;
Aumento dos stocks de sementes, bolbos e rizomas,…
Dificultam os tratamentos e algumas operações (vindima
mecânica, apanha da azeitona do chão)
Etc.
INFESTANTES
5. Nocividade indireta:
Hospedeiras de pragas (ácaros tetraniqídeos, pirale da vinha
e outros;
Fomentam um ambiente húmido favorável ao
desenvolvimento das doenças;
Agravam a frequência e intensidade das geadas primaveris;
Poluição das águas.
INFESTANTES
6. Porém, reconhecem-se igualmente efeitos benéficos à presença de
infestantes durante todo o ciclo vegetativo ou em certos períodos do
ano:
Proteção contra a erosão:
- arrastamento
- fragmentação por salpicos
INFESTANTES
7. Melhor retenção das chuvas:
- permeabilidade / porosidade
- estrutura
Redução do vigor das plantas
Reservatório de auxiliares
Fixação de azoto atmosférico
INFESTANTES
8. Aumento de teor de fósforo
Diminuição das perdas de azoto por lavagem
Aumenta o teor de matéria orgânica
INFESTANTES
9. Para um adequado controlo da flora adventícia, é
primordial uma correta identificação das infestantes
presentes, em qualquer estado dos seu
desenvolvimento, bem como um conhecimento
aprofundado do seu ciclo e meio de conservação.
INFESTANTES
12. As infestantes dividem-se em quatro tipos biológicos definidos
pelo ciclo de vida, modo de reprodução e o tamanho das
espécies:
– Anuais – reproduzem-se por sementes e completam o
seu ciclo vegetativo em 1 ano. Vejamos as diferenças:
INFESTANTES
13. as indiferentes - espécies suscetíveis de germinar, crescer e
florescer em qualquer estação. São aptas a germinar
imediatamente e desenvolvem assim várias gerações durante o
ano a partir do banco de sementes disponíveis no solo.
Ex.: calendula arvensis (erva vaqueira), poa annua (cabelo-de-
cão), sennecio vulgaris (tasneirinha).
INFESTANTES
14. as outonais - aparecem cedo após as vindimas, por vezes em
abundância, e podem formar um tapete denso na primavera, na
ausência de lavouras de outono/inverno.
Ex.: geranium spp. (erva-de-são-roberto), torilis spp. (salsinha),
conyza spp. (avoadinha), picris echioides (raspa-saias), bromus
spp. (bromo-doce), lolium spp. (azevém).
INFESTANTES
15. as invernais - germinam após as chuvas outonais.
Ex.: veronica spp. (verónicas), chamaemelum
fuscatum (margaça-de-inverno).
INFESTANTES
16. as primaveris – revelam-se após os frios.
Ex.: polygonum spp. (sempre-noiva), chenopodium
spp. (catassol), anagallis arvensis (morrião).
INFESTANTES
17. as estivais - implantam-se a partir de maio-junho. são as anuais
mais nocivas, porque o seu ciclo corresponde à época onde as
necessidades em água e azoto das culturas são as mais
importantes. A sua presença pode igualmente perturbar a
colheita.
Ex.: amaranthus spp (moncos-de-peru)., portulaca oleracea
(beldroega), solanum nigrum (erva-moira), digitaria sanguinalis
(milhã-digitada), setaria spp. (milhã-verde/pega-saias),
echinochloa crus-galli (milhã-pé-de-galo).
INFESTANTES
18. – Bianuais - reproduzem-se por sementes. Germinam na
primavera chegando ao estado de roseta, mas só
florescem na primavera seguinte completando o seu
ciclo em mais de 1 ano. Em vinhas e pomares, estas
espécies encontram-se muitas vezes na linha, sobretudo se
esta não é mobilizada.
Ex.: daucus carota (erva-coentrinha), lactuca serriola
(alface-brava-menor).
INFESTANTES
19. – Plurianuais – renovam durante vários anos as suas
partes aéreas a partir de gomos de substituição
implantados ao nível do solo. Têm, igualmente,
capacidade de regeneração e produzem sementes. O seu
desenvolvimento é rápido graças à utilização de reservas
acumuladas num importante sistema radicular.
Ex.: rumex spp. (azedas), malva sylvestris (malva-silvestre).
INFESTANTES
20. – Vivazes - reproduzem-se vegetativamente a partir
dum aparelho subterrâneo vivaz: rizoma, tubérculo,
estolho, bolbo. A maioria produz igualmente
sementes. Em culturas perenes, são as espécies mais
preocupantes quando se diminuem os trabalhos
mecânicos do solo.
INFESTANTES
22. MEIOS DE LUTA
A luta contra as infestantes começa antes da cultura. É
necessário eliminar as fontes de contaminação:
• Vento: plantar sebes;
• Limites das parcelas: ceifar as bordaduras ou deixar
uma faixa trabalhada e não semeada;
• Estrume: utilizar composto em vez de estrume;
23. • Semente: nunca deixar que as ervas daninhas criem
sementes.
É aconselhável provocar/induzir a germinação das sementes
antes da cultura e destruir as plantas em seguida – falsa
sementeira.
MEIOS DE LUTA
24. Mobilização do solo em toda a superfície;
Mobilização do solo na entrelinha, destroçamento
na linha;
Mobilização do solo alternando com
destroçamento;
Não mobilização do solo;
Enrelvamento do solo.
MEIOS DE LUTA
25. Deve-se destruir as infestantes na cultura o mais cedo possível, recorrendo
a um dos seguintes métodos:
• Físicos;
• Térmicos;
• Biológicos;
• Químicos.
MEIOS DE LUTA