O documento descreve diferentes tipos de organismos auxiliares que ajudam no controle biológico de pragas em ecossistemas agrários, incluindo aves, insetos e ácaros. Ele discute as características morfológicas, hábitos alimentares e medidas para promover a presença destes organismos.
3. 3
Modalidades de luta biológica
• Auxiliares – Insectos, bactérias, vírus... Que se alimentam
ou desenvolvem à custa de outros seres vivos que se
comportam como inimigos das culturas.
4. 4
Em luta biológica considera-se
• Limitação natural: Ocorre na natureza, sendo fomentada por
medidas culturais adequadas.
• Tratamento biológico: Introdução de agente biológico para
reduzir ou anular a actividade do inimigo (Bioinsecticidas).
• Luta biológica clássica: Introdução de espécies de insectos
que é necessário importar, estudar, multiplicar e
experimentar para avaliar a sua eficácia e a viabilidade
económica da sua utilização.
6. 6
• Predadores – Capturam presas (pragas) matando-as e ingerindo-
as ou sugando o seu conteúdo. Os adultos podem ter o mesmo
tipo de alimentação que os jovens ou ingerir néctares, meladas ou
pólen.
Orius Ácaro
predador
Ninfa de
Crisopa
Stethorus
7. 7
• Parasitoides - Vivem em contacto com o hospedeiro, quer à
superfície (ectoparasitóides), quer no seu interior
(endoparasitóides). A disseminação é feita pela fêmea que
deposita os seus ovos na proximidade, à superfície ou no
interior do hospedeiro.
9. ACTIVIDADE
A maioria destes organismos auxiliares têm uma actividade
biológica mais activa a partir de maio, quando os níveis
populacionais dos fitófagos são mais elevados. Daí que as
aplicações dos produtos fitofarmacêuticos antes desse período
sejam menos prejudiciais, ou até inócuas, para os organismos
auxiliares, ao contrário do que sucede com as aplicações em
plena vegetação.
71. I –VERTEBRADOS AUXILIARES
RESENHA HISTÓRICA
- Há muitos séculos que se conhece a participação de alguns vertebrados na limitação
natural de algumas pragas
- No livro “aves de S. Victor” manuscrito pelos frades do convento de Lorvão, séc.XII
é referida a poupa como se alimentando de insetos, aracnídeos, lagartixas e
outros animais de pequeno porte
- Importância das aves na limitação de insetos nas florestas foi reconhecida pelas
autoridades suíças, em 1355,que decretaram as aves como inimigos das pragas
- Em 1355 Diogo Ferreira refere-se ao regime alimentar de diversa aves
- Em 1762 foi introduzida com sucesso a ave Acridotheres tristis em Mauritius
proveniente da Índia para combater o gafanhoto vermelho (Nomadacris
septentasciata)
72. RESENHA HISTÓRICA
- Em Portugal 1894- 95, Gomes Ramalho refere a importância das aves
insectívoras nos montados de azinho no combate de Totrix viridana
- Em 1907, 11 de Março, foi publicado no Diário do Governo a “ Convenção
Internacional Para a Proteção das Aves Úteis à Agricultura”
- O aparecimento de produtos fitofarmaceuticos levou o homem a considerar
que o problema dos inimigos das culturas esquecendo a fauna auxiliar
-No entanto o aparecimento de efeitos secundários com o incremento da sua
aplicação levou a considerar outros modos de proteção em que a fauna
auxiliar passa a ter cada vez maior importância
73. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
1 - Chapim Real e Chapim Azul
Ordem: Passeriforme
Família : Paridae
74. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
1 - Chapim Real e Chapim Azul
Ordem: Passeriforme
Família : Paridae
1.1 Aspectos de morfologia
Chapim Real dorso: verde azeitona
cabeça
pescoço negros
garganta
peito
Chapim Azul parte superior : verde azeitona
cabeça
pescoço azuis
75. 1.2 Nidificação
-cavidades de árvores macieira
cerejeira
oliveira
-muros de pedra solta
1.3 Habitat em ecossistemas
pomares de macieira
pomares de pereira
pomares de cerejeira
vinhas
quintais
76. 1.4 Actividade auxiliar
- lagartas de lepidópteros – bichados
- lagartas mineiras ( lithocoletis s.p.p )
- pulgão lanígero
1.5 Medidas que contribuem para a sua presença em ecossistema
- manutenção de árvores com cavidades
- manutenção de muros pedra solta
- instalação de ninhos artificiais
77. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
2- Pisco de Peito Ruivo (Erithacus rubecula)
Ordem: Passeriforme
Família :Turdidae
78. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
2- Pisco de Peito Ruivo (Erithacus rubecula)
Ordem: Passeriforme
Família :Turdidae
2.1 Aspectos de morfologia
- garganta e peito ruivos
- comprimento cerca de14cm
2.2 Habitat em ecossistemas
hortas pomares: macieira, pereira e citrinos
jardins quartéis: maracujaleiros, bananeiras
latadas : videiras
- Sempre próximo do solo - estratos inferiores
79. 2.3 Actividade auxiliar
- larvas e crisálidas hibernantes – na folhagem em decomposição
- insectos em geral – formigas
curculionídeos e carabídeos
miriápodes
2.4 Medidas que contribuem para a sua presença em ecossistemas
agrários
- manutenção dos muros de pedra solta
-presença de arbustos nas bordaduras da parcela: sabugueiro
azevinho
pilriteiro
silvas (proporcionam locais de refúgio, descanso e dormida )
80. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
3-Toutinegra de Cabeça Preta (Sylvia melanocephala)
Ordem: Passeriforme
Família : Silvidae
81. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
3-Toutinegra de Cabeça Preta (Sylvia melanocephala)
Ordem: Passeriforme
Família : Silvidae
3.1 Aspetos de morfologia
- fácil identificação – “capuz” preto azeviche com anel vermelho
- comprimento – cerca de 12cm
3.2 Nidificação
- silvados
- outras sebes
3.3 Habitat em agrossistemas
- olivais
-silvados
82. 3.4 Actividade auxiliar
- cochonilha negra da oliveira
- lagartas das traças da uva
- larvas e adultos da mosca da azeitona
- algodão da oliveira
- moluscos
3.5 medidas que contribuem para a sua presença nos ecossistemas
-presença de sebes
83. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
4 - Rabirruivo Preto (Phenicurus ochurus)
Ordem: Passeriforme
Família : Silvidae
84. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
4.Rabirruivo Preto (Phenicurus ochurus)
Ordem: Passeriforme
Família : Silvidae
4.1 Morfologia
macho - cor preta com cauda vermelha ferrugínea e painel de asa branco
fêmea - cor castanha, excepto a cauda
4.2 Nidificação
ruínas de casas
construções agrícolas (abrigos de motor de rega)
cavidades de muros de pedra
85. 4.3 Habitat em agroecossistemas
frequenta os locais onde nidifica : ruínas de habitações
telhados
muros de pedra
se nidificar nas proximidades de um pomar – habita esse pomar
4.4 Actividade auxiliar
alimenta-se no solo, espreitando as suas presas do poleiro
alimenta-se de: saltões, gafanhotos, borboletas, afídeos, elaterídeos,
crisomelídeos, curculionídeos, escolitideos e formigas
86. 4.4 Medidas que contribuem para a sua presença em ecossistemas
Presença nas mediações de terrenos de cultivo de sebes de
vegetação:
madressilva ( Lonicera peryclimenum)
sabugueiro (Sambucus nigra)
silva (rubus spp)
medronheiro (Arbutus unedo)
amieiro (Almus glutinosa)
88. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
5. Cartacho Comum (saxicola torquata)
Ordem: Passeriforme
Família: Tordidae
5.1 Aspectos de morfologia
Macho – Cabeça preta
Fêmea - Cabeça castanha
5.2 Nidificação
Junto ao solo
5.3 Habitat em agroecossistemas
arbustos de médio porte nos terrenos de cultura
sebes nas imediações dos pomares e hortas
89. 5.4 Actividade auxiliar
localiza as suas presas a partir dos poleiros
capturada a presa volta ao poleiro
alimenta-se de: Lepidopteros (noctuídeos)
Hemípteros (afídeos e pentatomídeos)
5.5 Medidas que contribuem para a sua presença em ecossistemas
agrários
poleiros nos terrenos agrícolas (esteios, postes, arbustos)
presença de sebes
90. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
6 - Andorinha das chaminés
Ordem: Passeriforme
Família: Hirundinae
91. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
6. Andorinha das chaminés
Ordem: Passeriforme
Família: Hirundinae
6.1 Morfologia
distingue-se das quatro espécies de andorinhas presentes em Portugal por:
cauda bifurcada
fronte e garganta vermelhas
6.2 Nidificação
edifícios: celeiros, estábulos e lojas
outras estruturas: vigas, nichos e postes de lâmpadas
92. 6.3 Habitat em agroecossistemas
campos de milho, searas de trigo ou centeio, pomares de macieira,
vinhas quintais e hortas
6.4 Actividade auxiliar
insectos em voo: dípteros, típulas e mosquitos
6.5 Medidas que contribuem para a presença em agroecossistemas
disponibilização de locais para nidificação
94. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
7. Melro (Turdus merula)
Ordem: Passeriforme
Família: Turdidae
7.1 Morfologia
macho: plumagem preto azeviche e bico amarelo
fêmea: plumagem castanha
7.2 Nidificação
ramos de: laranjeira, limoeiro, tangerineira, macieira, banksia (Banksia
collina), incenso (Pithosporum undulatum), chá (camelia sinensis),
7.3 Habitat em agroecossistemas
jardins, quintais, hortas, estufas
pomares de macieira, pomares de pereira, pomares de citrinos
quartéis de bananeiras e quartéis de maracujaleiros
95. 7.4 Actividade auxiliar
habitualmente encontra o alimento no solo, a base de alimentação são
essencialmente insectos que procuram:
na erva, terra recém-arada, estrumeiras e debaixo das folhas mortas
ortópteros (saltões e gafanhotos)
hemípteros (pentatomídeos, nabídeos, mirídeos, cicadelídeos,
coccidídeos
moluscos (caracois e lesmas)
96. 7.5 Medidas que contribuem para a sua presença em agroecossistemas
- manutenção de sebes de vegetação espontânea nas bordaduras da
parcela
98. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
8. Poupa ( Upupa epops)
Ordem: caraciforme
Família: upupidae
8.1 Aspectos de morfologia
ave inconfundível pela sua característica poupa
asas: arredondadas
penas: pretas e brancas
peito e dorso: castanho arruivados
comprimento: 28 cms
8.2 Nidificação
buracos de árvores
orifícios de muros de pedra
utilização de caixas ninho
99. 8.3 Habitat em agroecossistemas
- pomares, pousios, pastos próximos de bosques e entremeadas de
bosques
8.4 Actividade auxiliar
- alimenta-se no solo de: insectos (fase larvar, pupas, ralos e grilos)
moluscos (caracois e lesmas)
8.5 Medidas que contribuem para a presença em agroecossistemas
- manutenção de muros de pedra solta, instalação de ninhos artificiais
100. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
9 - Coruja das Torres (Tyto alba)
Ordem: Stigiforme
Família: Tytomidae
101. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
9.Coruja das Torres ( Tyto alba)
Ordem: Stigiforme
Família: Tytomidae
9.1 Aspectos de morfologia
rapina nocturna
comprimento – 35 cms
faces - brancas
9.2 Nidificação
celeiros, casebres, torres de igrejas, cavidades de árvores
9.3 Habitat em agroecossistemas
zonas abertas: arrozais, restolhos de milho, restolhos de girassol, pastagens
permanentes, alqueives e campos de cereais
102. 9.3 Actividade auxiliar
-insectos
-rato silvestre, ( Apodemus silvaticus)
-rato cego ( Microtus lusitanicus )
-rato da água (Arvícola sapidus )
9.4 Medidas que contribuem para a sua presença em ecossistemas
agrícolas
- manutenção de estradas sem asfalto
-folhetos de divulgação sobre a sua importância como predadora
103. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
10 - Mocho Galego (Athene noctua)
Ordem: Strigiforme
Família: Stigidae
104. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
10. Mocho Galego (Athene noctua)
Ordem: Strigiforme
Família: Stigidae
10.1 Aspectos de morfologia
comprimento – 23 cms
cor - castanha
parte superior –manchas brancas irregulares
rapina nocturna comum no nosso país
10.2 Nidificação
cavidades de árvores
cavidades de muros de pedra
construções abandonadas
105. 10.3 Habitat em agroecossistemas
- frequente observar-se ao fim da tarde: soutos, olivais, pomares de
macieira
10.4 Actividade auxiliar
- insectos e mamíferos – principal alimento
- insectos (ortopteros, coleópteros, lepidópteros e hemípteros)
- mamíferos (rato campo (Microtus agrestis), ratazana preta (Rattus
rattus),e ratazana castanha (Rattus norvegicus)
- moluscos (caracóis e lesmas)
10.5 Medidas que contribuem para a sua presença em ecossistemas
agrários
preservação de: árvores velhas, muros com cavidades, fruteiras em
forma livre
107. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
11 - Cegonha branca (ciconia ciconia)
Ordem: ciconiiforme
Família: ciconiidae
11.1 Aspectos de morfologia
- plumagem branca e negra
- bico e patas vermelhas nos adultos
- voa: com pescoço esticado e com bater de asas lento e forte
- comprimento: 100 a 105 cms
- envergadura: 175 a 205 cms
11.2 Nidificação
árvores altas isoladas: ulmeiro, choupo, freixo, pinheiro e eucalipto
11.3 Habitat em agroecossistemas
- terrenos pantanosos, arrozais, pastagens, terrenos recém-lavrados,
e culturas forrageiras
108. 11.4 Actividade auxiliar
- em terreno seco ou em águas profundas alimenta-se sempre no solo
- alimenta-se de: gafanhotos, ralos, formigas, pequenos roedores,
repteis
anfíbios e mamíferos (roedores)
11.5 Medidas que contribuem para a sua presença
-colocação de plataformas - ninho em madeira ou metal, que deverão
ter
um diâmetro de cerca de 130 centímetros e colocadas em lugar
seguro.
110. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
12.Estorninho malhado Sturnus vulgaris
Ordem: Passareiforme
Família: Sturdidae
12.1 Morfologia
- cor preta com as seguintes diferenças relativamente a estorninho preto:
de Inverno apresenta a plumagem salpicada de manchas brancas;
de Verão apresenta reflexos esverdeados e arroxeados na plumagem
-comprimento cerca de 21cm
12.2 Habitat em ecossistemas
- nos Açores frequenta as pastagens em bandos de dezenas ou até centenas
- também se podem observar telhados das casas e postes eléctricos
111. 12.3 Actividade auxiliar
- alimentam-se de invertebrados sobretudo de larvas desfoliadoras
(Myithimna unipuncta) e moscas
- frequentemente pousa nos cornos dos bois para “catar moscas”
12.4 medidas que contribuem para presença em agroecossistemas
- manutenção dos tradicionais muros de pedra solta
- contrução de novos muros
- evitar a utilização de cimento na construcção de muros
112. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
13 - Estorninho preto Sturnus vulgaris
Ordem: Passeriforme
Família: Sturnidae
113. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
13. Estorninho preto Sturnus vulgaris
Ordem: Passeriforme
Família: Sturnidae
13.1 Morfologia
- semelhante ao estorninho malhado sem manchas claras
- comprimento cerca de 21cm
13.2 Nidificação
- cavidades de árvores
- muros de pedra solta
13.3 Habitat em agroecossistemas
- grande diversidade desde hortas, jardins, pomares,etc.
114. 13.4 Actividade auxiliar
- na Primavera consumo de insectos: ortópteros (em especial ralos)
lepidópteros, coleópteros (elaterídeos ), himenópteros (formigas)
- moluscos (larvas e lesmas)
115. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
14 - Alvéola (Motacilla alba)
Ordem: Passeriforme
Família : Motacillidae
116. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
14. Alvéola (Motacilla alba)
Ordem: Passeriforme
Família : Motacillidae
conhecida por: levandisca, lavandisca, arvela, arvelinha, passarinho boeiro,
boeira, lavandeira
14.1 Nidificação
nidifica variados locais: muros de casa, pilhas de madeira, azenhas, pontes,
caleiras de escoamento de águas pluviais, em vasos de plantas
14.2 Habitat em agrosecossistemas
-diversos habitats: terrenos de cultivo, pastagens, terreiros de escolas,
telhados de habitação, geralmente na proximidade de linhas de água
- de todos estes habitats prefere os terrenos recém- lavrados
117. 14.3 Actividade auxiliar
- insectos de solo em terrenos lavrados na Primavera e Outono
- gafanhotos
14.4 Medidas que contribuem para a sua presença em ecossistemas
- manutenção de muros de pedra solta
119. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
15. Garça boeira Bubulcus ibis
Ordem: Ciconiforme
Família: Ardeidae
15.1 Morfologia
- plumagem branca
- coroa, peito e parte inferior do dorso amarelo acastanhado em reprodução
- bico e patas – amarelas ou acastanhadas
15.2 Nidificação
-nidifica em colónias, em maciços de árvores arbustos ou em rochas junto à
costa
15.3 Habitat em agrossistemas
- é observada geralmente junto do gado
- pousios com substrato herbáceo e arbustivo
- charcos temporários e solo nu
-campos de trigo, aveia ou cevada
120. 15.4 Actividade auxiliar
- insectos que se encontram na vegetação
- insectos do solo que fiquem expostos quando os animais se
alimentam
- insectos que se encontram no corpo do gado
15.5 Medidas que contribuem para a sua presença
-manutenção de agricultura extensiva onde o gado se alimenta
- manutenção de zonas húmidas e pequenas valas
- manutenção de “mosaicos” de árvores ou arbustos
121. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
16 - Águia de asa redonda (Buteo buteo)
Ordem: Accipitriforme
Família: Accipitridae
122. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
16.Águia de asa redonda (Buteo buteo)
Ordem: Accipitriforme
Família: Accipitridae
16.1 Morfologia
- asas com as pontas em forma de dedos
- bico poderoso
- comprimento de 43 a 50 cm
- envergadura 43 a 50 cm
- asas acastanhadas com manchas claras
16.2 Habitat
- comum em florestas e bosques na proximidade de terrenos arados
123. 16.3 Actividade auxiliar
-captura pequenos animais no solo
-as suas presas habituais são roedores consome também coelhos
- pode consumir também insectos
- em S. Miguel, Açores apresenta-se como predador importante a
Lepidópteros da família dos esfingídeos (Agrius convolvuli) praga
da
batata doce
16.4 Medidas que contribuem para a sua presença em agrossistemas
- árvores de grande porte
125. MAMIFEROS AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
17. Ouriço cacheiro (Erinaceus europaeus)
Ordem: Insectívora
Família: Erinacea
17.1 Morfologia
corpo – revestido de pêlos transformados em espinhos
- possui fortes músculos sob a pele que lhe dão possibilidades de enrolarem
forma de bola de espinhos numa atitude de defesa
- comprimento 30- 35cm
- hiberna nos meses mais frios em moitas, montas de folhas, estrumeiras,
pilhas de compostos, debaixo de árvores e arbustos
126. 17.2 Habitat em agroecossistema
- frequenta bosques, terrenos com sebes na proximidade de aldeias
- hortas e jardins
- parques no interior de cidades e até celeiros e adegas
17.3 Actividade auxiliar
- activo durante a noite, consome grande variedade de insectos
- ortópteros (gafanhotos), moluscos (caracóis e lesmas) muito
eficiente
na predação de ratos e de outros pequenos mamíferos
127. 17. 4 Medidas para a sua presença em agroecossistemas
- nas parcelas agrícolas deixa refúgios nos quais se instale durante
o dia:
sebes, mato (silvas, tojos, urzes), moitas
129. MAMIFEROS AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
18. Toupeira comum (Talpa occidentalis)
Ordem: Insectívora
Família:Talpidae
18.1 Morfologia
- corpo cilíndrico
- pêlo negro e aveludado
- membros anteriores com 5 dedos funcionam como pás escavadoras
- olhos muito pequenos escondidos atrás dos pêlos
18.2 Habitat em agrossistemas
-terrenos de cultivo: campos de milho, batata, hortas, prados, pomares
130. 18.3 Actividade auxiliar
a toupeira caça nas suas galerias – insectos do solo
18.4 Medidas que contribuem para a sua presença em agrossistemas
-embora se reconheça eficiência como predador de insectos do solo
-pouco desejado pelo agricultor nas culturas porque:
escavam galerias que por vezes destróem raízes de plantas
por vezes essas galerias desviam a água da rega.
132. MAMIFEROS AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
19. Musaranho
Ordem: Insectívora
Família: Soricidae
19.1 Morfologia
- semelhante ao rato mas tem focinho pontíagudo e é mais comprido
- dentição de insectívoros
19.2 Habitat em agroecossistemas
- encontra refúgio nas sebes, nos incultos e vegetação espontânea
- nidifica em ninhos feitos de musgos, folhas e ervas dissimulados:
• raízes, interior de sebes, buracos de muro de pedra, pilhas de
compostos
• alvéolos de aglomerados de cimento.
133. 19.3 Actividade auxiliar
- grande voracidade chega a consumir 2 vezes o seu peso em alimento
- alimenta-se de insectos principalmente ortópteros, coleópteros,
blatópteros
- alimenta-se também de crustáceos (bicho de conta)
- moluscos terrestres (lesmas)
19.4 Medidas que contribuem em ecossistemas
-existência de sebes, muros de pedras para refúgio e nidificação
- campanhas informativas ao agricultor sobre o conhecimento do
musaranho.
135. MAMIFEROS AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
20. Morcego
Ordem: Chiroptera
Famílias: Nicteridae, Rhinophidae, Vespertilionidae, Molossidae
20.1 Morfologia – Chiroptera-- deriva Chiros (mão) Pteros (asa)
- asas são uma fina membrana que unem os membros anteriores
aos posteriores com dedos muito alongados
- corpo coberto de pêlo denso e curto, de cor acastanhado
- são os únicos mamíferos que podem movimentar os membros
posteriores para dentro e para fora
- nos mamíferos, a capacidade de voo é exclusiva desta ordem
20.2 Habitat - durante a noite voam sobre terrenos de cultivo, ruas e casas
sobretudo nos meios rurais
- durante o dia e período de hibernação abrigam-se em tocas de
árvores, grutas, minas, pontes, sebes altas, rochas, igrejas.
136. 20.3 Actividade auxiliar
-no crepúsculo e durante a noite capturam os insectos em pleno voo
-actividade de grande importância pois completam a predação das aves
20.4 Medidas que contribuem em ecossistemas
-não devem ser perturbados nos seus abrigos sobretudo durante o
Inverno.
138. RÉPTEIS AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
21. Cobra de escada (Elaphe scalaris)
Família: Colubridae
21.1 Morfologia
-designada por cobra riscada ou riscadinha
-cabeça destacada do corpo e focinho proeminente
-dorso amarelo acastanhado
-padrão dorsal, constituído por duas riscas mais escuras longitudinais ligadas
por bandas transversais da mesma cor
21.2 Habitat
-vive, sobretudo em locais bem expostos com vegetação arbustiva onde se
refugia em rochas, entre pedras, no matagal.
139. 21.3 Actividade auxiliar
-exerce a sua actividade durante o dia nos meses mais quentes também
pode
estar activa durante a noite
-micro mamíferos são alguns dos vertebrados consumidos por este
réptil, os
jovens também se alimentam de insectos
21.4 Medidas que contribuem para a sua presença em ecossistemas
-muros de pedra, rochas e ou montes de pedra, existência de matagais
-desmistificação da sua perigosidade para o homem.
141. RÉPTEIS AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
22. Licranço (Anguis fragilis)
22.1 Morfologia
-designada também por cobra de vidro ou fura-mato
- caracteriza-se por ser desprovida de membros
-distingue-se da cobra porque as escamas ventrais são pequenas como
as dorsais
22.2 Habitat
-frequenta regiões relativamente húmidas, prados, terrenos de cultivo
22.3 Actividade auxiliar
hábitos subterrâneos, a sua dieta inclui moluscos (caracóis e lesmas)
e insectos
22.4 Medidas que contribuem para a sua presença em agroecossistemas
- desmistificação da sua perigosidade para o homem.
142. RÉPTEIS AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
23 - Lagarto de água (Lacerta schreiberi)
143. RÉPTEIS AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
23. Lagarto de água (Lacerta schreiberi)
23.1 Morfologia
-hábitos semi-aquáticos não hesita mergulhar quando ameaçado
23.2 Habitat
-frequenta regiões relativamente húmidas, prados, terrenos de cultivo
23.3 Actividade auxiliar
- hábitos subterrâneos, a sua dieta inclui moluscos (caracóis e lesmas)
e insectos
23.4 Medidas que contribuem para a sua presença em agroecossistemas
- desmistificação da sua perigosidade para o homem.
145. ANFÍBIOS AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
24.Sapo (Bufo bufo)
24.1 Morfologia
- anfíbio de cor variável, em regra, cinzento acastanhado ou avermelhado. A
fêmea pode atingir os 20mm
24.2 Habitat
- frequenta hortas e jardins. De dia refugia-se nos muros de pedra, entre a
vegetação
146. 24.3 Actividade auxiliar
activo à noite, alimenta-se insectos (coleópteros, ortópteros, himenópteros)
- por vezes pequenos roedores
24.4 Medidas que contribuem para a sua presença em agroecossistemas
-existência de vegetação herbácea e arbustiva bem como muros de pedra
- existência de pequenos charcos, o sapo é um anfíbio, passa os 1ºs tempos na
Água.