As normas especificam características técnicas de produtos e sistemas de rega para proteger consumidores, melhorar sustentabilidade da agricultura e controlar recursos naturais de forma eficiente. As normas garantem qualidade, segurança e eliminam barreiras comerciais.
2. Definição de Norma
Norma é um documento técnico que estabelece as características de um
produto ou sistema, como resultado da experiência adquirida ao longo de
diversos anos de trabalho no setor e que pode ser uma ferramenta
importante para quem deseja selecionar, dimensionar, comprar, instalar,
operar e avaliar um equipamento ou sistema de rega (SOLOMON E
DEDRICK 1995)
3. Qualquer norma:
É considerada uma referência idónea do mercado a que se destina,
usada em processos de fabrico, legislação, acreditação, certificação,
metrologia, informação técnica, e de relação comercial;
Tem de ser estabelecida por consenso entre todas as partes implicadas
no mesmo e servirão para proporcionar os máximos benefícios para a
comunidade;
Deve estar aprovada dentro de um organismo de Normalização
reconhecido que garanta a vigência no tempo e onde façam as
modificações e revisões necessárias;
4. Qualquer
norma:
Utilizadores, instaladores e serviços que
prestam assistência técnica;
Laboratórios de testes sobre o desempenho
de equipamentos;
Fabricantes e Fornecedores;
Entidades que têm a seu cargo as decisões, o
financiamento e a segurança (seguros);
A quem interessam as normas:
5. Certificação: Emissão de um justificativo pelo
cumprimento de uma normativa - (ENAC - Entidade
Nacional de Acreditação);
Acreditação: reconhecimento da competência
técnica dos agentes de avaliação da conformidade
(entidades que efetuam as calibrações, ensaios,
inspeções e certificações. (IPAC Instituto Português
da qualidade e IP Instituto Português de Acreditação)
Homologação: Obrigatório, realizado por uma
entidade oficial, prova que o produto, processo e ou
serviço, cumpre com as regulamentações técnicas
vigentes e confirma se é comercializável;
Atividades relacionadas com a normalização:
8. Os testes deverão ser realizados
segundo a Norma EN 13742-2:2004,
sendo um documento que dá
orientações tendo em vista
“verificar e testar a operação e o
desempenho de um sistema de rega
por aspersão de cobertura total
instalado de acordo com as
orientações da Norma EN 13742-1”;
Normas avaliação dos
sistemas de cobertura
total
9. Inspeção e verificação antes de ser colocado em pressão;
Inspeção com pressurização do sistema;
Inspeção com pressurização do sistema 1,5 vezes superior à pressão de
funcionamento;
Inspeção visual para deteção de fugas de água, deficiente operação dos aspersores,
verticalidade dos porta aspersores;
Medições hidráulicas – pressão na entrada, caudal, pressões na saída dos aspersores
instalados em condições de estarem sujeitos a pressões mais elevadas e mais baixas;
Determinação de uniformidade de distribuição;
Definição das carateristicas do teste;
Normas avaliação
dos sistemas de
cobertura total
10. Carateristicas dos recipientes coletores de água;
Carateristicas das condições atmosféricas na altura da
realização das medições;
Medição da pressão;
Duração do teste;
Disposição dos recipientes de acordo com a Norma ISO 15886-
3:2004;
Tratamendo de dados;
Apresentação de resultados.
Normas avaliação
dos sistemas de
cobertura total
11. As avaliações de campo dos canhões
enroladores, deverão ser realizados de
acordo com a Norma ISO 8224-1:1991,
através da qual se pretende " especificar
os tipos e metodologia que deverão ser
conduzidas nos testes de campo para
determinação da uniformidade de
aplicação a partir dum enrolador quando
opera no campo em condições similares
às que se verificam na altura do teste.”;
Canhão enrolador
Normas de
avaliação
12. Conjunto de orifícios que equipam o aspersor-canhão;
O comprimento e a configuração da faixa por cada posição do
equipamento;
Os ajustamentos da máquina – velocidade de deslocação do
aspersor, volume total de água aplicada, tempo de aplicação e data;
Pressão à entrada da máquina e do aspersor;
Raio Molhado;
Setor molhado;
Velocidade e direção do vento;
Da bomba ao sistema;
Canhão
enrolador
Normas de
avaliação
13. As avaliações de campo dos Pivot/lateral
móvel deverão ser realizados de acordo com a
Norma ISO 11545:2001, através da qual se
pretende ”especificar um método que deverá
ser usado nos testes de campo para
determinação da uniformidade de aplicação a
partir de um pivot/lateral móvel equipado com
emissores do tipo aspersor ou “spray”,
localizados a uma altura do solo superior ou
igual a 1,5 m da superfície do solo e com
sobreposição de círculos regados”;
Pivô e lateral
móvel
Normas de
avaliação
14. O tipo, dimensões e localização dos recipientes coletores da água
aplicada;
O processo de medição da velocidade e direção do vento e o valor
da evaporação;
A configuração do terreno durante os testes;
O procedimento a seguir nas diferentes determinações;
A metodologia de cálculo para determinação do coeficiente de
uniformidade;
O processo de avaliação;
A forma de apresentação do Relatório Final de avaliação.
Pivô e lateral
móvel
A Norma
caracteriza
15. No caso dos aspersores, os testes
que deverão ser realizados são os
constantes da Norma ISSO 15886-3,
através da qual se pretendem “
especificar as condições e os
métodos usados para caracterizar
padrões de distribuição da água
aplicada por aspersores usados em
agricultura de regadio”;
Aspersores
Normas de
avaliação
16. Coeficiente de uniformidade de
Christiansen;
Coeficiente estatistico de
uniformidade;
Uniformidade de distribuição;
Coeficiente de "sheduling"
Aspersores
Normas de
avaliação
17. No caso dos gotejadores e
de acordo com a Norma
ISO 9261, pretendem
”especificar-se as condições
e os métodos usados para
testar a conformidade do
equipamento com os dados
fornecidos pelo fabricante”
Rega localizada
Normas de
avaliação
18. Uniformidade do caudal emitido;
O caudal emitido em função da pressão de entrada;
Determinação do expoente da equação de vazão em função do
tipo de emissor;
As dimensões do tipo de emissor – interno, externo e espessura
de paredes;
Espaçamento entre as unidades emissoras (gotejadores);
Resistência à pressão hidraúlica, à temperature ambiente e a
temperaturas elevadas;
Resistência à tensão ;
Rega localizada
Normas de
avaliação
19. Resistência ao despipamento das juntas entre
acessórios;
Resistência ao despipamento dos gotejadores;
Perdas de água nas ligações dos gotejadores -
tubos;
Resistência dos tubos emissores de polietileno
PE ao fendilhamento Norma ISO 8796
Rega localizada
Normas de
avaliação
20. No caso dos filtros de malha e de
discos, os testes que deverão ser
realizados, de acordo com a Norma
ISO 9912-Part2, pretendem
”especificar as condições e os
métodos usados para testar a
conformidade do equipamento com
os dados fornecidos pelo
Sistemas de
filtração de malha
e discos manuais
Normas de
avaliação
21. O comprimento dos filtros do mesmo
comprimento, dimensão, tipo, modelo e
produzidos pelo mesmo fabricante não
devem apresentar um desvio em relação ao
comprimento divulgado no catálogo do
fabricante superior a uma tolerância
especificada na Norma;
Resistência do filtro à pressão
hidrostática;
Resistência do elemento filtrante ao
esgaçamento;
Ajuste do elemento filtrante;
Perda de Carga com o filtro limpo;
Sistemas de
filtração de malha
e discos manuais
Normas de
avaliação
22. No caso dos sistemas de lavagem
automática dos filtros de malha e discos os
testes deverão ser realizados de acordo com
a Norma ISO 9912 - Part 3, pretendem
“especificar a metodologia usada nos testes
usados na lavagem automática dos filtros de
malha e de discos usados nos sistemas de
rega”
Sistemas de
filtração de
malha e discos
Automáticos
Normas de
avaliação
23. Volume de água de lavagem e duração da lavagem;
Teste com o filtro a operar várias pressões na secção de
entrada;
Testes para verificar a capacidade de operação, no centro
da gama recomendada pelo fabricante;
Mecanismos de controlo de lavagem, por diferencial de
pressão, por duração de operação, por volume de água
filtrada, e por qualquer outra quantidade fisica;
Teste ao mecanismo de proteção;
Teste ao desempenho dos filtros para condições de uso
simulado;
Teste visual.
Sistemas de
filtração de
malha e discos
Automáticos
Normas de
avaliação
24. No caso dos medidores volumétricos de
água de rega os testes que deverão ser
realizados, de acordo com a Norma ISSO
14268, através da qual “especifica a
metodologia usada nos testes-tipo usados
para confirmar as características descritas
pelo fornecedor;
Medidores
volumétricos
Normas de
Avaliação
25. Testes de inspeção visual para verificação das caracteristicas
do medidor descritas pelo catálogo e se as mesmas estão de
acordo com as que devem acompanhar o modelo fornecidos;
Testes de resistência à pressão
Testes para determinação da curva que relaciona o erro em
função do caudal;
Testes para determinação da perda de carga;
Testes de resistência (à fadiga, resistência às partículas em
suspensão e ao bloqueamento);
Testes sobre a influência na medição provocada por
do escoamento.
Medidores
volumétricos
Normas de
Avaliação
26. As NORMAS são documentos úteis e reais, nos quais se especificam as características que
devem ter os produtos, sistemas e serviços;
PROTEGEM, os interesses da comunidade dos consumidores;
MELHORAM a sustentabilidade da agricultura, contribuindo para o aumento da produtividade
da água através do adequado sistema ao objetivo e do aumento da durabilidade do sistema;
CONTROLAM eficientemente os recursos naturais;
GARANTEM a qualidade e SEGURANÇA dos produtos e do sistema;
AUMENTAM a eficiência dos incentivos estatais ao desenvolvimento;
ELIMINAM barreiras comerciais;
UNIFICAM critérios técnicos e idiomáticos;
FACILITAM a transferência de tecnologia e comunicações no processo de rega;
REDUZEM o grau de incerteza dos mercados.
Conclusão