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Doutoranda em Ciências Política no IUPERJ/RJ. Mestre em Sistema de
Gestão de Projetos com foco em Responsabilidade Social pela UFF/RJ
e bacharel em Ciências Contábeis pela USU/RJ. Diretora do Ateliê de
Cultura e Conselheira Fiscal da ABCR. Atuou nos últimos anos como
Coordenadora de Certificação da Lei de Incentivo à Cultura do Estado e
Coordenadora Técnica da ANCINE, como Membro do Comitê do ISS
além de ter exercido diversas funções na área cultural e
cinematográfica. Foi professora de produção na Faculdade de Cinema
da Universidade Estácio de Sá/RJ. Atualmente atua como professora de
Gestão Financeira na pós-graduação e no MBA de Produção Cultural
da UCAM e na graduação do curso de produção cultural no
IUPERJ/UCAM. E como consultora em Gestão de Projetos em diversas
empresas.
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Discutir com gestores sociais e culturais sobre
uma de suas funções – a administração de um
projeto – e a ponderação de que, atualmente, as
empresas patrocinadoras, com base na
responsabilidade social e nas leis de incentivo,
tem por premissa e regra solicitar a prestação de
contas como uma contrapartida e uma
obrigatoriedade, o que contribui para a
sustentabilidade das instituições, continuidade
dos projetos e a manutenção ou ampliação da
captação de recursos.
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SÍNTESE CONCEITUAL DE RESPONSABILIDADE SOCIAL
Autores Conceituação
Bowen (1943)
Obrigação do empresário de adotar políticas, tomar
decisões e acompanhar linhas de ação desejáveis,
segundo os objetivos e valores da sociedade.
Fátima Freire (2001) Prestação de contas ou accountability, em que a
empresa apresenta o seu resultado.
Kugel (1979)
O conceito acompanhou a evolução dos programas sociais
estabelecidos pelas empresas e os executivos passaram a
aceitar a necessidade de realizar certas ações posicionando-
as como componentes regulares das operações.
Ethos (2010)
É a forma de gestão que se define pela relação ética e
transparente da empresa com todos os públicos interessados e
pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionem
o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando
recursos ambientais e culturais para as gerações futuras,
respeitando a diversidade e promovendo a redução das
desigualdades sociais.
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Fonte: Evolução da RS – Zarpelon e Karkotli
ONUHenry Ford
reverte parte
dos lucros
para o
aumento de
salários
Carnigi
exigi que os
afortunados
ajudassem
os excluídos
Charles Eliot
Arthur Hakley
John Clark
Ciências Sociais
voltados para a
RS
Declaração
Universal
dos
Direitos
Humanos
Alemanha as
empresas
podem
assumir
função social
Revolução
Francesa
Declaração
dos Direitos
do Homem e
do Cidadão
Consenso de
Washington
Howard Bowen
Responsibilities
of the
Businessman
Doação para
Princeton
Empresas
buscam o
lucro e
dispensam a
RS
Guerra do
Vietnã
Balanço
Social na
França
Sistema
de Gestão
Social
1789 1899 1906/1916 1919 1929 1945 1948 1953 1960 1970 1989 1997 2010
O BERÇO DA RESP. SOCIAL
ISO
26000
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Social
AmbientalEconômico
Engajamento dos
Stakeholders
Comunicação
Sustentação e implantação
Estratégias e Políticas
Reputação
Monitoramento
Posicionar: Conceituar, focalizar e
traçar estratégia de mensagens chave
Transformar: Contribuir para a
cultura de sustentabilidade
dentro e fora da organização
Fomentar o relacionamento,
catalisar o diálogo e facilitar o
engajamento dos
stakeholdersEstudar a influência na
reputação e monitorar a
performance da empresa nos
temas de sustentabilidade
Gerir conteúdos, coletar,
editar, estruturar e distribuir
Mapa da Resp. Social Corporativa
Governança (princípios corporativos)
5
Colhendo Frutos
da reputação
3
Processos do negócio
e gestão da reputação
4
Compreensão e influência
sobre os determinadores
da reputação
2
Os três pilares de
Um negócio sustentável
1
Os fundamentos de um
Negócio sustentável
Valor sustentável para empresa
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GOVERNANÇA - VISANDO
• Melhorar as práticas de gestão e a inserção
mais visível nas comunidades que atuam;
• Melhorar suas práticas de gestão, contábeis e
financeiras com maior atenção à estratégia e
ao planejamento, visando visibilidade para
suas atividades.
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Transparência;
Obrigação de informar;
Equidade;
Tratamento justo e igualitário;
Zelo pelas organizações;
Accountability;
Prestação de contas;
Sistema contábil.
GOVERNANÇA
Fonte: Código de Melhores Práticas de Governança Corporativa do Instituto Brasileiro de Governança
Corporativa (apud Álvares, 2008, p. 43)
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CASOS DE GOVERNANÇA
• Criatividade e inovação;
• Compromisso dos administradores e
acionistas;
• Comunicação com os stakeholders;
• Recompensa para gerar sustentabilidade;
• Desempenho operacional;
• Acesso a capitais a custos compatíveis.
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Governança Corporativa
Sustentabilidade: Econômica, Social e
Ambiental
Associados Conselho Gestão
Auditoria
Independente
Conselho
Fiscal
Princípios básicos: Transparência, equidade, prestação de contas e
responsabilidade
Essência: Ética
Fonte: Veras, Manoel – O que é Governança Corporativa – http://manoelveras.com.br/blog/?p=1421
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O apoio a projetos sociais e
culturais é um aspecto relevante
do negócio e uma decisão
estratégica.
EMPRESAS
Fonte: Rodrigues, Maria Cecília Prates (2010, p. 205)
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CEPAL: toda ação que
tende a incrementar,
manter ou recuperar a
capacidade de geração
dos benefícios sociais
das pessoas.
Slack, Chambers e Johnston:
processo conceitual através do
qual algumas exigências
funcionais de pessoas,
individualmente ou em massa,
são satisfeitas através do uso de
um produto ou de um sistema
que deriva da tradução física do
conceito.
PROJETO
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DEFINIÇÃO
•“É a materialização de uma ideia ou sonho com
início e fim determinado.”
•É um conjunto de atividades ou medidas
planejadas para serem executadas dentro de uma
área de atuação pré-definida, com recursos
específicos, em um prazo de tempo limitado e
com a finalidade de alcançar determinados
resultados e objetivos.
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contribuir na mitigação dos problemas causados por sua
produção;
tenham governança;
accountability como meta;
muda a lógica das organizações culturais brasileiras;
alcançar o crescimento;
desenvolvimento sustentável.
PROJETOS SOCIAIS E CULTURAIS
Fonte: autora
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CICLO DE VIDA BÁSICO DE PROJETO
Fonte:Wagner Maxsen –Curso Introdutório em Gerenciamento de Projeto – PMI Minas Gerais
Inicialização Planejamento
Execução
Controle
Finalização
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CICLO DA ADMINISTRAÇÃO POR METAS
Definição
de metas
Atribuições de
responsabilidades
Definição de
padrões
Aferição de
resultadosAnálise do
desempenho e
das causas que
o influenciaram
Feedback
Recomendações para
o planejamento do
novo ciclo
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GESTOR CULTURAL
Tem a função de caráter estratégico, ou seja,
exercendo cargos de direção ou estando à frente
de instituições públicas ou empresas privadas do
setor cultural, coordenando programas e projetos
culturais ou mesmo na gestão específica de
espaços e grupos artísticos.
Fonte: Cunha, Maria Helena 2007, p. 114 e 115
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• estratégia de negócio e a prestação de
contas são a nova ordem;
• através da inclusão social, da atitude ética, o
respeito à minoria fundamenta um novo
mercado e um modelo de eficiência na
governança;
• equilíbrio entre a oferta de bens e serviços.
SUSTENTABILIDADE
Fonte: David Zylbersztajn e Israel Klabin (apud Zylbersztajn, 2010, p. 10)
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• a obrigação de se prestar contas dos resultados
obtidos, em função das responsabilidades que
decorrem de uma delegação de poderes;
• prestação de contas faz parte da transparência
e da gestão.
Fonte: Nakagawa, Masayuki (1998, p. 17)
36. www.captadores.org.br#festivalABCR
• Deriva do planejamento;
• De uma boa gestão;
• Financeira e física;
• Projetos sociais e culturais é uma
obrigatoriedade;
• É um dever de todos os gestores.
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(a) funcional – relativas a relatórios financeiros,
uso de recursos, eficiência, lisura;
(b) estratégicas, relacionadas com seu impacto e
sua performance, a médio prazo. É a
accountability de desempenho.
Leilah Landim (2006/2007) apud
(a) Koslisnski (2007)
(b) Edwards, M. & Hulme, D. 1996. Beyond the Magic Bullet: NGO performance and accountability in the
post-cold war world. Hartford, Conn.: Kumarian Press.
TIPOS
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Betovem Coura
O PROCESSO FORMAL DE CONTROLE
Estratégias e
Objetivos
Regulamentos
Outras
Informações
Planejamento
estratégico
Orçamento
Desempenho
dos centros de
responsabilidade
Relatório
real versus
orçado
Desempenho
satisfatório ?
Retorno
Comunicação
Ação
Corretiva
RevisarRevisar
Sim
Não
Avaliação
Remuneração (retorno)
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É a ciência que estuda a evolução do patrimônio das
entidades fornecendo informações aos stakeholders.
Objetivo fiscalizar e registrar as mudanças ocorridas
no patrimônio a fim de quantificar o lucro ou
prejuízo, superávit ou déficit das organizações, para
que a administração seja capaz de tomar decisões
financeiras e verificar o andamento das atividades da
entidade.
CONTABILIDADE
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Trussel e Parsons (2008) – EUA: Importante no momento da doação: eficiência,
estabilidade financeira, quantidade de informação e reputação;
Cruz, Corrar e Slomski (2008) – universidades brasileiras: não foi influenciado pelos
relatórios para doar;
Gandia (2009) – Espanha: os relatórios contribuem para as doações;
Sloan (2009) – EUA: os relatórios contribuem para as doações;
Cruz (2010) – Brasil (OSCIP): relação positiva entre doação e a divulgação das
informações;
Atan, Zaion e Wah (2012) – Malásia: as doações tem relação direta com a qualidade
da informação;
Silva, Dockhom e Sacarpin (2012) – Sul do Brasil: as instituições levam em conta a
prestação de contas no comportamento dos doadores individuais.
PESQUISA: PORTULHAK, DELAY E PACHECO
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PESQUISA: PORTULHAK, DELAY E PACHECO
a) Doador que recebe a prestação de contas: continuam doando - MOTIVA;
b) Doador que acessa a prestação de contas: continuam doando e aumentam o
valor – MOTIVA CONTINUAR DOANDO E A DOAR MAIS;
c) Doador atual que busca a prestação de contas e não encontra: relação
negativa em continuar doando – MOTIVA A DOAR MAIS;
d) Doador que não buscou e não recebeu: relação negativa em continuar doando
ou aumentar a doação - MOTIVA A DOAR MAIS;
e) Antigo doador que recebeu a prestação de contas: influenciado por outros
fatores – MESMO ASSIM ESSES FATORES NÃO O DEIXAM VOLTAR A DOAR;
f) Antigo doador que acessou a prestação de contas: disposição de doador voltar
a doar – QUALIDADE DAS PRESTAÇÕES MOTIVOU ENCERRAR AS DOAÇÕES;
g) Antigo doador que acessou a prestação de contas e não encontrou: relação
positiva em voltar a doar - QUALIDADE DAS PRESTAÇÕES O MOTIVA A VOLTAR
A DOAR;
h) Antigo doador que não buscou e não recebeu: se ao receber teria uma relação
positiva em voltar a doar – O MOTIVARIA A VOLTAR A DOAR.
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Reforça as intrigantes observações realizadas por
autores como Oliveira(2009) e Cruz (2010), que
indicam que, apesar de as entidades do Terceiro
Setor declararem que consideram a prestação de
contas importante, estas agem de forma adversa a
essa percepção.
OBSERVAÇÃO DO PESQUISADOR
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REFERÊNCIA
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pública. In: INSTITUTO LATINO AMERICANO Y DEL CARIBE DE PLANIFICACIÓN
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CUNHA, Maria Helena, Gestão cultural: profissão em formação. Belo Horizonte: Duo
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das organizações. Petrópolis: Editora Vozes, 2004.
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http://www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/indicadores/glossario - Acesso em
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NAKAGAWA, Masayuki. Introdução à controladoria: conceitos, sistemas, implementação.
São Paulo: Atlas, 1998.
PMBOK® Guide, Project Management Body of Knowledge, 2000.
OBSERVATÓRIO ITAÚ CULTURAL/OIC, n. 5 – São Paulo, SP abril/jun. 2008.
PORTULHAK, DELAY E PACHECO, Henrique, Albino e Vicente. Prestação de contas por
Entidades do Terceiro Setor e seus impactos na Obtenção de Recursos: um olhar sobre o
comportamento dos doadores individuais. Rio de Janeiro: Pensar Contábil, 2015.
SLACK, Nigel et al. Administração da produção. Revisão técnica de Henrique Corrêa,
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do capitalismo. Tese de Doutorado defendida em 2005 na FGV/EBAPE.
ZARPELON, Márcio I. Gestão e responsabilidade social. Rio de Janeiro: Qualitymark,
2006.
REFERÊNCIA