O primeiro artigo discute a rejeição inicial da sociologia brasileira ao legado da Escola de Sociologia de Chicago, apesar de ambos estudarem cidades em rápido crescimento e com alta imigração. O segundo artigo explica como a teoria da urbanização periférica influenciou o estudo da sociologia urbana no Brasil nas décadas de 1970, particularmente em São Paulo, com foco nas críticas ao desenvolvimento urbano a partir de uma perspectiva marxista. Juntos, os artigos descrevem a evolução do estudo da sociologia urb

1. Setembro 2018 – ARQUITETURA E URBANISMO, IFES CAMPUS COLATINA CAIO A.TALARICO
RESUMO E COMPARAÇÃO DOS ARTIGOS
SOCIOLOGIA URBANA (PROFª Maria de Fátima)
O artigo Lições da escola de sociologia de Chicago para a pesquisa urbana
contemporâneanoBrasil éuma abordagem sobrea rejeição de pesquisadores da sociologia
brasileira, em sua origem, ao legado deixado pela Escola de Sociologia de Chicago. No
sentindo de negligenciar as metodologias e teorias deixadas por um completo campo de
estudo que se caracterizava a cidade de Chicago, no qual foi contextualizada a partir de seu
desenvolvimento urbano do início ao meio do século XX, no qual desencadeou processos
antropológicos muito problemáticos devido ao seu crescimento desordenado e a alta
imigração dediferentes gruposétnico-raciais,estes quesearticularam espontaneamenteem
uma nova lógica das grandes cidades. Uma vez que, o centro urbano transformara-se em
uma zona de conflito com a tensão do encontro de estranhos, no qual eram setorizados na
cidade em bairros classicistas e raciais. Um mesmo processo, comcircunstâncias diferentes,
visto no Brasil, e principalmente em São Paulo, onde originou-sea necessidadede pesquisas
sociais urbanas, porém estas não foram atendidas pela base teórica de Chicago.
Já o artigo Em busca do urbano: marxistas e a cidade de São Paulo nos anos 1970
aponta a origem da teoria da urbanização na periferia do capitalismo, referente ao estudo
da sociologia no Brasilqueapresentavaa necessidadede uma novaordem deinterpretações,
no qual fossemconveniente ao processo deurbanização e modernização da América Latina.
Tal fato que, na década de 70, devido ao subdesenvolvimento e dependências político-
sociais, causou o efeito de periferia” ou “espoliação urbana” dos centros urbanos. O texto
diz ainda, a vertente marxista da introdução da sociologia urbana no Brasil, associada ao
CEBRAP e a FAU-USP na cidade de São Paulo, que tinha como objetivo a crítica ao
desenvolvimento urbano impactados pela estrutura do capital.
Estabelecendo uma conexão entre os dois textos, percebe-seque dizem a respeito de
uma estruturação do estudo da sociologia urbana no Brasil, no qual apresentam a influência
de diferente correntes teóricas, uma a partir da Escola de Chicago e outra das teorias
Marxistas. Entretanto, a primeira traz um posicionamento mais crítico, com relação a um
questionamento dos motivos pelo qual sociólogos brasileiros tiverem influência daquela
escola, porém não estabeleceram uma base de estudo pertinente a partir disso, como
exemplo, a inexistência de bibliografia traduzida para a língua portuguesa de artigos e
pesquisas sobreChicago. Já a segunda é apenas um balanço de como aquelas ideias haviam
sedesenvolvidodentro do cenário da sociologia urbanano Brasil, trazendoainda uma ordem
cronológica de fatos sobre este processo e personagens fundamentais para tal formação.