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Amebíase
PROFª. DRA. ELIZANDRA BRITTA STEFANO
UNICESUMAR- Universidade Cesumar
Parasitologia Clínica
Posição Sistemática
REINO PROTISTA
AMEBÍASE
 Entamoeba histolytica  agente etiológico
 Amebíase: infecção sintomática ou assintomática
 Problema de saúde pública: Anualmente leva o óbito de
aproximadamente 100.000 pessoas
 Segunda causa de mortes por parasitoses
Entamoeba histolytica
 Trofozoíto (forma vegetativa)
 Cisto (forma de resistência)
 Pré-cisto
 Metacisto
CISTO
FORMA INFECTANTE
FORMA ELIMINADA
NAS FEZES
10-20 µm
CISTOS
ATÉ 4 NÚCLEOS
CORPOS CROMATÓIDES
massas densas de
ribonucleoproteína (RNA)
(cistos imaturos)
VACÚOLO DE GLICOGÊNIO
CARIOSSOMA
CISTOS
Trofozoíto
20-40 µm
• 1 NÚCLEO
CROMATINA REGULAR
CARIOSSOMA
VACÚOLO DE GLICOGÊNIO
ECTOPLASMA ENDOPLASMA
PSEUDÓPODE
HABITAT: INTESTINO GROSSO
PENETRAR NA MUCOSA
BIOLOGIA
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MEMBRANA PLASMÁTICA
Carboidratos
Lipídeos
Proteínas
Anaeróbios
Pseudópodes
Divisão binária
Não possuem:
 Mitocôndria
 AG
 RE
 Microtúbulos
 Citocromos
 Ciclo do ácido cítrico
Na glicose anaeróbica são
produzidos etanol, CO2 e ATP.
LOCOMOÇÃO
ENDOPLASMA FLUI,
PROJETANDO UMA ESTRUTURA
CHAMADA PSEUDÓPODE.
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METACISTO
CISTO
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Biológico
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Doença Extraintestinal
CICLO BIOLÓGICO
INGESTÃO DE CISTOS PRESENTES EM ÁGUA E
ALIMENTOS CONTAMINADOS COM MATERIAL FECAL.
CICLO MONOXÊNICO
CISTOS PASSAM PELO ESTÔMAGO
RESISTINDO A AÇÃO DO SUCO
GÁSTRICO.
NO INTESTINO, OCORRE O
DESENCISTAMENTO COM A SAÍDA DO
METACISTO ATRAVÉS DE UMA FENDA
NA PAREDE CÍSTICA.
FENDA NA PAREDE CÍSTICA SURGE
PELA MOVIMENTAÇÃO DO
PARASITO.
METACISTO SOFRE SUCESSIVAS
DIVISÕES:
ORIGINANDO 8 TROFOZOÍTOS QUE
MIGRAM PARA O INTESTINO
GROSSO – COLONIZAÇÃO.
Transmissão:
Ingestão de cistos maduros
o Alimentos contaminados
o água sem tratamento
oFalta de higiene domiciliar
o“portadores assintomáticos”
• Os cistos resistem pouco tempo à luz solar e a desidratação, porém em ambientes mais favoráveis
podem resistir até 20 dias.
• Os cistos podem ser disseminados pelo vento, moscas e baratas.
VIRULÊNCIA E PATOGENIA
o Síntese e secreção de moléculas
Amebaporos
Lectinas
Cisteínas-proteinases
Adesão e Invasão
MECANISMOS EFETORES
ATIVIDADE CITOTÓXICA
AMEBAPOROS PEPTÍDEOS CAPAZES DE
FORMAR CANAIS DE ÍONS
OU POROS NA MEMBRANA
E DESPOLARIZAR
A CÉLULA ALVO.
SÃO CAPAZES DE PENETRAR NA
SUPERFÍCIE HIDROFÓBICA DA
MEMBRANA PLASMÁTICA DAS
CÉLULAS ALVO
Preenchimento deste canal por água, por
onde íons e outras moléculas passam
livremente, resultando em LISE
OSMÓTICA da célula.
MECANISMOS EFETORES
ATIVIDADE CITOTÓXICA
A proteína do tipo lectina
Gal/GalNac expressa na
superfície do parasito
Afinidade específica pela
Galactose (Gal) e/ou
N-Acetil-D-
Galactosamina (GalNac)
no hospedeiro
MECANISMOS EFETORES
ATIVIDADE CITOTÓXICA
AÇÃO PROTEASES
SAP
fosfatases ácidas
secretadas
CP
Cistenil proteases
MAP
fosfatases ácidas
aderidas a membrana
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enzimas proteolíticas
(hialuronidase, protease
e Mucopolissacaridases)
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INVASÃO DO
PARASITO
ATIVAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE
DO HOSPEDEIRO
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CONDIÇÕES PATOGÊNICAS
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o
Trofozoítos
invasivos e
virulentos
promovem invasão
dos tecidos
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lectinas
Barreira
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Movimentos
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liberação de
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Hialuronidase, protease
e mucopolissacaridases
Favorecem
progressão e
destruição
dos tecidos
ÚLCERAS “Botão da camisa”
ulceras
ulceras
ulceras
Inflamação extensa
lesões com necrose
Área com inflamação
INVASÃO DA MUCOSA INTESTINAL PELA Entamoeba histolytica
Patogenia
Manifestações clínicas
Formas assintomáticas
Formas sintomáticas:
Colite não disentérica
Forma Amebiana – colite disentérica
Amebíase extra intestinal: hepática; cutânea; e em outros órgãos:
pulmão, cérebro, baço, rim, etc.
COLITE NÃO DISENTÉRICA
o É uma das formas clínicas mais frequentes no nosso meio;
o A colite não-disentérica se manifesta por duas a quatro evacuações,
diarreicas ou não, por dia, com fezes moles ou pastosas, às vezes
contendo muco ou sangue.
o Pode apresentar desconforto abdominal ou cólicas; raramente há
manifestação febril.
oO que caracteriza esta forma no nosso meio é a alternância entre a
manifestação clínica e períodos silenciosos, com funcionamento normal
do intestino.
FORMA DISENTÉRICA –
COLITE AMEBIANA
o A disenteria amebiana aparece mais frequentemente de modo agudo,
acompanhada de cólicas intestinais e diarreia;
oEvacuações mucos sanguinolentas ou com predominância de muco ou
de sangue, acompanhadas de cólicas intensas, e tremores de frio.
oPode haver 8 ou 10 evacuações por dia
oPaciente apresenta prostrações e grave desidratação.
oFrequentemente ocorrem perfurações do intestino.
o Abscesso amebiano no fígado é
forma mais comum de amebíase
extra intestinal
AMEBÍASE EXTRA-INTESTINAL
DOR
FEBRE
HEPATOMEGALIA
o Inclui, entre outros sintomas, febre intermitente e irregular, variando
de 38°C a 40°C com calafrio, anorexia e perda de peso
o O abscesso amebiano no fígado é geralmente simples, com uma única
lesão em 80% dos casos;
o Não é comum a invasão bacteriana, mas quando ocorre, agrava o
quadro. As formas pulmonares e cerebrais são RARAS
AMEBÍASE EXTRA-INTESTINAL
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
o EPF: identificação de trofozoítos e cistos
o FEZES FORMADAS
o Exame direto em que as fezes são diluídas com salina e coradas com
lugol ou;
o Pelos métodos de sedimentação espontânea em água (método de
Lutz, Hoffmam, Pons e Janer);
o Flutuação em solução de alta densidade, como a solução de sulfato de
zinco (Método de Faust)
PROFILXIA
o Tratamento dos casos sintomáticos
o Detecção e tratamento de portadores assintomáticos (manipuladores
de alimentos)
o Identificação das fontes de infecção
o Educação sanitária
o Saneamento
o Uso de água filtrada ou fervida
TRATAMENTO
1) Amebicidas que atuam diretamente na luz intestinal
• Derivados de quinoleína
• ATB: paramomicina e eritromicina
• clorofenoxamida
2) Amebicidas tissulares
• Cloridrato de emetina, cloridrato de diidroemetina e cloroquina
3) Amebicidas que atuam tanto na luz intestinal como nos tecidos
• ATBS associados a amebicidas
• Derivados imidazólicos: metronidazol, secnidazol, tinidazol.
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  • 1. Amebíase PROFª. DRA. ELIZANDRA BRITTA STEFANO UNICESUMAR- Universidade Cesumar Parasitologia Clínica
  • 3. AMEBÍASE  Entamoeba histolytica  agente etiológico  Amebíase: infecção sintomática ou assintomática  Problema de saúde pública: Anualmente leva o óbito de aproximadamente 100.000 pessoas  Segunda causa de mortes por parasitoses
  • 4. Entamoeba histolytica  Trofozoíto (forma vegetativa)  Cisto (forma de resistência)  Pré-cisto  Metacisto
  • 6. 10-20 µm CISTOS ATÉ 4 NÚCLEOS CORPOS CROMATÓIDES massas densas de ribonucleoproteína (RNA) (cistos imaturos) VACÚOLO DE GLICOGÊNIO CARIOSSOMA
  • 8. Trofozoíto 20-40 µm • 1 NÚCLEO CROMATINA REGULAR CARIOSSOMA VACÚOLO DE GLICOGÊNIO ECTOPLASMA ENDOPLASMA PSEUDÓPODE HABITAT: INTESTINO GROSSO PENETRAR NA MUCOSA
  • 9. BIOLOGIA TROFOZOÍTOS MEMBRANA PLASMÁTICA Carboidratos Lipídeos Proteínas Anaeróbios Pseudópodes Divisão binária Não possuem:  Mitocôndria  AG  RE  Microtúbulos  Citocromos  Ciclo do ácido cítrico Na glicose anaeróbica são produzidos etanol, CO2 e ATP.
  • 10. LOCOMOÇÃO ENDOPLASMA FLUI, PROJETANDO UMA ESTRUTURA CHAMADA PSEUDÓPODE. TROFOZOÍTO
  • 13. HEMÁCIAS Colonização não invasiva Doença intestinal Doença Extraintestinal
  • 14. CICLO BIOLÓGICO INGESTÃO DE CISTOS PRESENTES EM ÁGUA E ALIMENTOS CONTAMINADOS COM MATERIAL FECAL. CICLO MONOXÊNICO CISTOS PASSAM PELO ESTÔMAGO RESISTINDO A AÇÃO DO SUCO GÁSTRICO. NO INTESTINO, OCORRE O DESENCISTAMENTO COM A SAÍDA DO METACISTO ATRAVÉS DE UMA FENDA NA PAREDE CÍSTICA. FENDA NA PAREDE CÍSTICA SURGE PELA MOVIMENTAÇÃO DO PARASITO. METACISTO SOFRE SUCESSIVAS DIVISÕES: ORIGINANDO 8 TROFOZOÍTOS QUE MIGRAM PARA O INTESTINO GROSSO – COLONIZAÇÃO.
  • 15. Transmissão: Ingestão de cistos maduros o Alimentos contaminados o água sem tratamento oFalta de higiene domiciliar o“portadores assintomáticos” • Os cistos resistem pouco tempo à luz solar e a desidratação, porém em ambientes mais favoráveis podem resistir até 20 dias. • Os cistos podem ser disseminados pelo vento, moscas e baratas.
  • 16. VIRULÊNCIA E PATOGENIA o Síntese e secreção de moléculas Amebaporos Lectinas Cisteínas-proteinases Adesão e Invasão
  • 17. MECANISMOS EFETORES ATIVIDADE CITOTÓXICA AMEBAPOROS PEPTÍDEOS CAPAZES DE FORMAR CANAIS DE ÍONS OU POROS NA MEMBRANA E DESPOLARIZAR A CÉLULA ALVO. SÃO CAPAZES DE PENETRAR NA SUPERFÍCIE HIDROFÓBICA DA MEMBRANA PLASMÁTICA DAS CÉLULAS ALVO Preenchimento deste canal por água, por onde íons e outras moléculas passam livremente, resultando em LISE OSMÓTICA da célula.
  • 18. MECANISMOS EFETORES ATIVIDADE CITOTÓXICA A proteína do tipo lectina Gal/GalNac expressa na superfície do parasito Afinidade específica pela Galactose (Gal) e/ou N-Acetil-D- Galactosamina (GalNac) no hospedeiro
  • 19. MECANISMOS EFETORES ATIVIDADE CITOTÓXICA AÇÃO PROTEASES SAP fosfatases ácidas secretadas CP Cistenil proteases MAP fosfatases ácidas aderidas a membrana HIDROLISE enzimas proteolíticas (hialuronidase, protease e Mucopolissacaridases) FACILITANTO INVASÃO DO PARASITO ATIVAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE DO HOSPEDEIRO
  • 20. MECANISMOS EFETORES ATUAM EM CONJUNTO CONDIÇÕES PATOGÊNICAS
  • 21. Patogenia o Trofozoítos invasivos e virulentos promovem invasão dos tecidos Adesão mediada por lectinas Barreira epitelial Movimentos ameboides e liberação de enzimas Hialuronidase, protease e mucopolissacaridases Favorecem progressão e destruição dos tecidos ÚLCERAS “Botão da camisa”
  • 22. ulceras ulceras ulceras Inflamação extensa lesões com necrose Área com inflamação INVASÃO DA MUCOSA INTESTINAL PELA Entamoeba histolytica Patogenia
  • 23.
  • 24. Manifestações clínicas Formas assintomáticas Formas sintomáticas: Colite não disentérica Forma Amebiana – colite disentérica Amebíase extra intestinal: hepática; cutânea; e em outros órgãos: pulmão, cérebro, baço, rim, etc.
  • 25. COLITE NÃO DISENTÉRICA o É uma das formas clínicas mais frequentes no nosso meio; o A colite não-disentérica se manifesta por duas a quatro evacuações, diarreicas ou não, por dia, com fezes moles ou pastosas, às vezes contendo muco ou sangue. o Pode apresentar desconforto abdominal ou cólicas; raramente há manifestação febril. oO que caracteriza esta forma no nosso meio é a alternância entre a manifestação clínica e períodos silenciosos, com funcionamento normal do intestino.
  • 26. FORMA DISENTÉRICA – COLITE AMEBIANA o A disenteria amebiana aparece mais frequentemente de modo agudo, acompanhada de cólicas intestinais e diarreia; oEvacuações mucos sanguinolentas ou com predominância de muco ou de sangue, acompanhadas de cólicas intensas, e tremores de frio. oPode haver 8 ou 10 evacuações por dia oPaciente apresenta prostrações e grave desidratação. oFrequentemente ocorrem perfurações do intestino.
  • 27. o Abscesso amebiano no fígado é forma mais comum de amebíase extra intestinal AMEBÍASE EXTRA-INTESTINAL DOR FEBRE HEPATOMEGALIA
  • 28. o Inclui, entre outros sintomas, febre intermitente e irregular, variando de 38°C a 40°C com calafrio, anorexia e perda de peso o O abscesso amebiano no fígado é geralmente simples, com uma única lesão em 80% dos casos; o Não é comum a invasão bacteriana, mas quando ocorre, agrava o quadro. As formas pulmonares e cerebrais são RARAS AMEBÍASE EXTRA-INTESTINAL
  • 29. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL o EPF: identificação de trofozoítos e cistos o FEZES FORMADAS o Exame direto em que as fezes são diluídas com salina e coradas com lugol ou; o Pelos métodos de sedimentação espontânea em água (método de Lutz, Hoffmam, Pons e Janer); o Flutuação em solução de alta densidade, como a solução de sulfato de zinco (Método de Faust)
  • 30. PROFILXIA o Tratamento dos casos sintomáticos o Detecção e tratamento de portadores assintomáticos (manipuladores de alimentos) o Identificação das fontes de infecção o Educação sanitária o Saneamento o Uso de água filtrada ou fervida
  • 31. TRATAMENTO 1) Amebicidas que atuam diretamente na luz intestinal • Derivados de quinoleína • ATB: paramomicina e eritromicina • clorofenoxamida 2) Amebicidas tissulares • Cloridrato de emetina, cloridrato de diidroemetina e cloroquina 3) Amebicidas que atuam tanto na luz intestinal como nos tecidos • ATBS associados a amebicidas • Derivados imidazólicos: metronidazol, secnidazol, tinidazol.