3. HISTÓRICO
• Final do Séc XVIII na sua primeira fase ,mas
Historicamente situa-se entre 1820 e 1850, Séc XIX.
• O Romantismo está ligado a dois acontecimentos:
• A Revolução Francesa e a Revolução Industrial,
responsáveis pela formação da sociedade burguesa.
• Depois da revolução francesa (1789), seguiu-se uma
época de rápidas e profundas mudanças sociais,
políticas e culturais.
4. Contexto histórico
• Após a Revolução Francesa , o absolutismo entrou em crise,
cedendo lugar ao liberalismo (doutrina fundamentada na crença
da capacidade individual do homem).
• O progresso político, econômico e social da burguesia, preparou
terreno para que surgisse um fenômeno cultural baseado na
liberdade de criação , expressão e na supremacia do indivíduo,
que não mais obedece a padrões pré-estabelecidos.
• O individualismo tornou-se um valor básico da sociedade da
época.
• Absolutismo é uma teoria política que defende que alguém (em
geral, um monarca) deve ter o poder absoluto, isto
é,independente de outro órgão.
5. Para entender o impacto do espírito romântico sobre a arte é
necessário compreender o cenário das ideias fundadoras do
movimento, e dois livros foram fundamentais:
Edmund Burke:
Uma investigação filosófico
sobre as origens de nossas
ideias do belo e o sublime.
O sublime é despertado pela
ideia de surpresa, de perda de
chão da imensidão e até de dor.
Goethe:
Os sofrimentos do jovem
Werther.
O romance expõe um ideal
amoroso de um rapaz que
acaba em tragédia. Constituiu
uma nova visão do mundo que
contemplava a fragilidade do
homem.
6. Literatura
• O Romantismo surge na literatura quando os escritores
trocam o mecenato aristocrático pelo editor, precisando assim
cativar um público leitor.
• Esse público estará entre os pequenos burgueses, que não
compreende os valores literários clássicos e apreciam mais a
emoção que a sutileza e o requinte.
• Goethe, Schiller, Lord George Byron, Charles Dickens, Jean
Jacques Rousseau, Burke.
• A HISTÓRIA DE TRISTÃO E ISOLDA E SUA TRAIÇÃO AO REI
MARCO, DA CORNUÁLIA
• Nacionalismo, historicismo e medievalismo:
7. • Tristão e Isolda é uma
história lendária sobre
o trágico amor entre o
cavaleiro Tristão originálio
da Cornualha, e a princesa
irlandesa Isolda.
• De origem medieval, a
lenda foi contada e
recontada em muitas
diferentes versões ao longo
dos séculos.
• No século XIII a história foi
incorporada ao Ciclo
Arturiano , com Tristão
transformando-se em
um cavaleiro da távola
redonda da corte do Rei
Artur.
• Tristão e Isolda com a poção
mágica, por John William
Waterhouse, 1916.
9. Arquitetura
• Inspirou-se em diferentes estilos históricos, o
que motivou a sucessão dos revivalismos.
Numa primeira fase (ainda no séc. XVIII), os
arquitetos românticos inspiraram-se na
arquitetura medieval e, posteriormente,
recorreram a todos os estilos arquitetônicos
desde o renascentista ao neoclássico.
Expandiu-se um pouco por toda a Europa até
finais do século XIX.
10. • O palácio de
Westminster é a sede do
parlamento britânico em
Londres.
• Originalmente construído
na Idade Média, depois
do último incêndio em
1834 que o destruiu .
• O arquiteto Charles Barry
juntamente com August
Pugin, reconstruíram o
palácio em estilo
neogótico.
11. Charles Garnier, Ópera de Paris (1862) mistura
características neoclássicas e neobarrocas, entre outras.
12. Escultura
• A escultura romântica não brilhou exatamente
pela sua originalidade, nem tão pouco pela
maestria de seus artistas. Do ponto de vista
funcional, a escultura romântica não se afastou
dos monumentos funerários, da estátua equestre
e da decoração arquitetônica, num estilo
indefinido a meio caminho entre o classicismo e o
barroco.
13. Arco do Triunfo
Paris / França
• François Rude -
"A Marselhesa"
(ou "Partida dos Voluntários de 1792").
• É uma obra cheia de
energia e imortalizou o
artista. Ela exibe uma
figura da pátria-mãe com
asas, pedindo para que os
voluntários lutem pela
nação.
14.
15.
16. Palacio de Westminster com
Estátua equestre
David D’angers, tumba do
general Jacques Gobert
18. Pintura no Romantismo
Características gerais da pintura:
1) Fantasia, subjetivismo;
2) Sentimento, sonho;
3) Paixão;
4) Imaginação ;
5) A natureza antes pano de
fundo das cenas
aristocráticas ganha
importância;
6) Inspiração pastoril.
7) Também nacionalismo e
idealização da mulher;
8) Dinamismo;
9) Livre expressão do artista.
- Aproximação das formas
barrocas;
- Composição em diagonal
sugerindo instabilidade e
dinamismo ao observador;
- Valorização das cores e do
claro-escuro.
- Dramaticidade .
19. Oposição ao Neoclassicismo: Que reviveu os princípios estéticos da Antiguidade
clássica.
Os românticos se caracterizam por estar em oposição à arte neoclássica.
Eles queriam se libertar das convenções acadêmicas , das regras e valorizar o estilo do
artista na obra, em favor da livre expressão.
Reação a uma visão por demais “iluminada e racional” do mundo, de deus e do
homem.
21. • Caspar David Friedrich:
Caminhante sobre o mar de
neblina,1818
Óleo sobre tela,
95 x 75 cm. Hamburgo,Alemanha.
22. • Pintor espanhol e gravurista ,
nomeado "Primeiro Pintor da
Câmara do Rei", de Carlos IV;
• Contraiu uma doença
desconhecida,, ficando
temporariamente paralítico,
parcialmente cego e totalmente
surdo;
• A alegria desapareceu lentamente
de suas pinturas, as cores se
tornaram mais escuras .
GOYA
30. O ASNO E A MULTIDÃO
• O GIGANTE REPRESENTA
NAPOLEÃO QUE DAVASTA A
ESPANHA OU O MEDÍOCRE
FERNANDO VII.
• O ASNO QUE NÃO SE
CONTAGIA COM O MEDO
COLETIVO É O POVO,QUE
IGNORA A GRAVIDADE DA
SITUAÇÃO.
32. EM DOIS DE MAIO DE 1808, ENTRE DEZ HORAS E MEIO DIA, OS MADRILENHOS LANÇARAM-SE
CONTRA A OCUPAÇÃO NAPOLEÔNICA.
Dois de maio em Madri, 1814 óleo sobre tela
266 x 345 cm, museu do Prado.
33. TRÊS DE MAIO– 1808 (1814-1815)
EMBORA OS DOIS QUADROS TENHAM SIDO PINTADOS SEIS ANOS APÓS OS EPISÓDIOS,
GOYA OS PRESENCIOU.
34. Análise da obra:
1-SACERDOTE DIANTE DA MORTE.
QUERIA DIZER QUE HAVIA
RELIGIOSOS NA REBELIÃO DO POVO.
2- A IMPOTÊNCIA.
ROSTOS AGONIADOS
•
35. 3- OS QUE ESPERAM.
GOYA MOSTRA O GRUPO A
ESPERA DA MORTE. O
RESTANTE DAS PESSOAS
TIVERAM UM ASPECTO
SURREALISTA.
4- A BARBÁRIE.
O CADÁVER SOBRE O
SANGUE, COM UM BURACO
NA TESTA,A CABEÇA
MACHUCADA-É UMA
IMAGEM DE TENSÃO, COM A
QUAL GOYA PROTESTA
CONTRA A BÁRBARIE
DAQUELES TEMPOS.
36. 5- LUZ E COR.
A MAIOR ILUMINAÇÃO RECAI SOBRE A FIGURA QUE ERGUE OS BRAÇOS, É O
CENTRO DAS ATENÇÕES DA OBRA COM CORES MAIS ATRAENTES.
37. O GUARDA SOL, 1777,
ÓLEO SOBRE TELA 104 x 152 cm,
MUSEU DO PADRO - Goya
38. • Saturno devorando seu filho,
1819.
• Saturno, deus romano dos
camponeses,equivalente ao Cronos
grego,foi advertido pelo oráculo de que
um de seus filhos o destronaria. Júpiter
conseguiu escapar.
46. • A obra é uma visão romântica sobre a revolução francesa de 1830.
• A França era governada pelo rei Carlos X, que permaneceu no poder
durante seis anos.
• Quando Carlos X tentou abolir a liberdade de impressa e dissolver a
recém eleita assembleia, teve início a revolução.
• O rei é destronado, e Louis-Philippe, um membro mais liberal da família
real, assume o poder. É o último rei francês, tendo abdicado em 1848.
• Eugène Delacroix não participou da revolução. Para realizar “A Liberdade
Guiando o Povo”, é provável que se tenha inspirado em gravuras do
conflito, especialmente no trabalho de Nicolas Charlet.
• Delacroix pintou a obra em pouco mais de três meses, e expôs a obra no
Salão de 1831.
• O quadro perturbou tanto os realistas quanto os revolucionários.
• Foi adquirida pelo Estado por 3 mil francos, e devolvida ao artista, que a
deixou na casa de campo de uma tia sua.
• Durante muito tempo, evitou-se expor “A Liberdade Guiando o Povo”
publicamente.
• Foi apenas em 1874 que o quadro foi adquirido pelo Louvre, e exposto
com honrarias.
47. Valoriza a mulher, o nacionalismo. Trata da Revolução de 1830, na França;
que depôs o rei burguês.
• • A liberdade: representada como uma deusa clássica, sinônimo de virtude e
eternidade. No entanto, seus traços robustos são comuns ao povo francês.
Empunha uma arma moderna – um mosquete.
• • Os cadáveres: os mortos são membros da guarda de elite do rei. O realismo
dos cadáveres é inspirado em obras de Antoine-Jean Gros, pintor que Delacroix
admirava.
• • O homem sem calças: outro fator que torna a obra complexa e ambígua é a
presença deste cadáver desnudado, um homem desprovido de sua dignidade.
Suas roupas foram furtadas, e provavelmente pelos revoltosos.
• Outros personagens do quadro apresentam-se com objetos roubados dos
cadáveres.
• Assim, mesmo entre aqueles que lutam pela liberdade, há atitudes
censuráveis.
• Delacroix não se esforça para “higienizar” o conflito ou torna-lo mais nobre. A
guerra, em si, parece-lhe indigna.
48. • •
• As cores: as cores vivas da bandeira
auxiliam o destaque para a mulher
que simboliza a liberdade. O vermelho
da bandeira está sobre o céu azul, o
que o salienta ainda mais. As cores se
repetem nas roupas do trabalhador
aos pés da liberdade.
• A luz: Delacroix dominava a técnica
do chiaroscuro. Estes fortes contrastes
de luz e sombra conferem maior
dramaticidade à cena. Na paisagem, a
luz do entardecer se mistura a fumaça
dos canhões, dissolvendo-se em um
brilho marcante.
• A pincelada: as pinceladas de
Delacroix são visíveis na tela, o que
contraria as regras acadêmicas que
determinam que a pincelada deve ser
“invisível”.
49. • • As bandeiras: duas bandeiras , uma empunhada pela
liberdade, e outra sobre a Catedral de Notre Dame.
• A bandeira tricolor foi utilizada na Revolução Francesa de 1789
e nas guerras de Napoleão. Após a derrota deste em Waterloo,
a bandeira não foi mais utilizada. O regresso deste símbolo é
carregado de emoção, como se o povo reconquistasse o seu
orgulho.
• O campo de batalha: o centro da revolução de 1830 foi a
Ponte d ‘Arcole, e provavelmente este é o cenário da pintura.
Porém, nenhum posto de observação permite esta vista de
Notre Dame. Como outros pintores românticos, Delacroix
abdica de uma fidelidade literal aos fatos em prol de um maior
efeito dramático.
50. • A composição: é uma
composição clássica,
piramidal, em que a liberdade
ocupa o vértice da pirâmide.
O mosquete com baioneta
que a liberdade empunha cria
uma linha paralela com a
arma segurada pela criança.
• Autorretrato.
51.
52. Tomada de Constantinopla pelos cruzados, Delacroix
Museu do Louvre, Paris.Valorização da Idade Média
53. Mulheres de Argel, Delacroix
"...nem sempre a pintura precisa de um tema"
Delacroix
54. A barca de Dante, Delacroix
Valorização de temas da literatura/Idade Média
55. Turner • Joseph Mallord William
Turner
(Londres, 23 de Abril de 1775 – Chelsea, 19
de Dezembro de 1851)
Auto retrato de Turner
56. • William Turner – pintura de
paisagem; criava cenas
fantásticas, cheias de luz,
movimento e efeitos
dramáticos.
• Estilo gradualmente abstrato,
cor inspirando seus
sentimentos.
• Técnica suave e detalhada, tons
de amarelo não diluído, para
obter maior luminosidade.
• Temas: paisagens bucólicas
(campestres), navios, incêndios
e turbulentas tempestades;
pintava a natureza crua (para
ele o tema era a cor).
• Considerado o maior colorista
de seu tempo.
61. • Navio Zong, que fazia o trajeto da África para a Jamaica, em
1783. Uma doença espalhou-se pelos porões do navio, e alguns
escravos corriam risco de morte.
• O seguro cobria mortes no mar, mas não escravos vitimados por
doenças. Temendo perder dinheiro, o capitão desce aos porões
do navio e seleciona todos os escravos com sintomas da doença.
• Joga-os ao mar, acorrentados nos pulsos e nos pés, para poder
receber o dinheiro do seguro.
• São 132 escravos, homens, mulheres e crianças.
• O mar do caribe está repleto de tubarões, e muitos dos escravos
são dilacerados. Os que escapam dos tubarões morrem
afogados.
• Este caso, ao ser descoberto, escandalizou a sociedade inglesa
da época.
62. O pintor , passou por
uma situação
delicada na 72ª
mostra da Royal
Academy em 1840 ao
expor a obra Navio
negreiro, que foi
duramente criticada.
O quadro que
arrancou gracejos da
rainha Vitória na
mostra foi Tribunal
do Juri, de Edwin
Landseer.
64. CONSTABLE - O carro de feno, National Gallery – Londres.
65. Géricault - O derby de Epson, Mus. do Louvre – Paris.
66. Géricault - A Balsa da Medusa, 1819. MUSEU DO LOUVRE,PARIS
• A obra relata de
maneira épica um
acontecimento na
história da França,
o desastre
ocorrido nas
costas do Senegal,
em 1818, em que
sobreviveram
apenas 15
tripulantes.