O documento resume os principais aspectos do Romantismo como movimento artístico e literário que surgiu na Europa entre os séculos XVIII e XIX. Aborda suas origens históricas após a Revolução Francesa, suas características como o subjetivismo, sentimentalismo e valorização da natureza. Também apresenta exemplos notáveis na literatura, arquitetura, escultura e pintura, com ênfase na obra de artistas como Goya, Delacroix e outros.
4. HISTÓRICO
Final do séc XVIII ,mas
Historicamente situa-se entre 1820 e 1850.
O Romantismo está ligado a dois
acontecimentos:
A Revolução Francesa e a Revolução
Industrial, responsáveis pela formação da
sociedade burguesa.
Depois da revolução francesa (1787-1789),
seguiu-se uma época de rápidas e
profundas mudanças sociais, políticas e
culturais.
5. Contexto histórico
Após a Revolução Francesa, o absolutismo entrou em
crise, cedendo lugar ao liberalismo (doutrina
fundamentada na crença da capacidade individual do
homem). O progresso político, econômico e social da
burguesia, preparou terreno para que surgisse um
fenômeno cultural baseado na liberdade de criação ,
expressão e na supremacia do indivíduo, que não mais
obedece a padrões pré-stabelecidos.
O individualismo tornou-se um valor básico da
sociedade da época.
Foi nesse contexto que surgiu o Romantismo.
Absolutismo é uma teoria política que defende que
alguém (em geral, um monarca) deve ter o poder absoluto,
isto é,independente de outro órgão.
6. Oposição ao Neoclassicismo: Que reviveu os princípios
estéticos da Antiguidade clássica.
O Romantismo procurou se libertar das convenções
acadêmicas em favor da livre expressão.
7. Características
1) Fantasia, subjetivismo;
2) Sentimento, sonho;
3) Paixão;
4) Imaginação ;
5) A natureza antes pano de fundo das
cenas aristocráticas ganha importância.
6) Também nacionalismo e idealização da
mulher.
8. Literatura
O Romantismo surge na literatura quando os
escritores trocam o mecenato aristocrático
pelo editor, precisando assim cativar um
público leitor. Esse público estará entre os
pequenos burgueses, que não compreende os
valores literários clássicos e aprecia mais a
emoção que a sutileza e o requinte. Goethe,
Schiller, Lord George Byron, Charles Dickens,
Jean Jacques Rousseau.
A HISTÓRIA DE TRISTÃO E ISOLDA E SUA
TRAIÇÃO AO REI MARCO, DA CORNUÁLIA
9. Nacionalismo, historicismo e
medievalismo:
Exaltação dos valores e os
heróis nacionais,
ambientando seu passado
histórico, principalmente o
período medieval (alguns
românticos se
interessavam pela origem
de seu povo, de sua língua
e de seu próprio país. Na
Europa, eles acharam no
cavaleiro fiel à pátria um
ótimo modo de retratar as
culturas de seu país.
Esses poemas, ou
romances de cavalaria, se
passam em eras
medievais e retratavam
grandes guerras e
batalhas).
10. Arquitetura
Inspirou-se em diferentes estilos históricos,
o que motivou a sucessão dos revivalismos.
Numa primeira fase (ainda no séc. XVIII), os
arquitetos românticos inspiraram-se na
arquitetura medieval e, posteriormente,
recorreram a todos os estilos arquitetônicos
desde o renascentista ao neoclássico.
Expandiu-se um pouco por toda a Europa
até finais do século XIX.
11. O palácio de Westminster é a sede
do parlamento britânico em Londres.
Originalmente construído na Idade
Média, depois do último incêndio em
1834 que o destruiu .O arquiteto
Charles Barry juntamente com
August Pugin, reconstruíram o
palácio em estilo neogótico.
12.
13. Charles Garnier, Ópera de Paris (1862)
mistura características neoclássicas e
neobarrocas, entre outras.
14. Escultura
A escultura romântica não brilhou exatamente
pela sua originalidade, nem tão pouco pela
maestria de seus artistas. Do ponto de vista
funcional, a escultura romântica não se
afastou dos monumentos funerários, da
estátua equestre e da decoração arquitetônica,
num estilo indefinido a meio caminho entre o
classicismo e o barroco.
15. François Rude - "A
Marselhesa" (ou "Partida
dos Voluntários de
1792"). É uma obra cheia
de energia e imortalizou o
artista. Ela exibe uma
figura da pátria-mãe com
asas, pedindo para que os
voluntários lutem pela
nação.
19. Características gerais da
pintura:
- Aproximação das formas barrocas;
- Composição em diagonal sugerindo
instabilidade e dinamismo ao
observador;
- Valorização das cores e do claro-
escuro.
- Dramaticidade .
20. Pintura
Pintor espanhol ,
nomeado "Primeiro
Pintor da Câmara do
Rei", de Carlos IV;
Contraiu uma doença
desconhecida,, ficando
temporariamente
paralítico, parcialmente
cego e totalmente
surdo;
A alegria desapareceu
lentamente de suas
pinturas, as cores se
tornaram mais escuras
.GOYA
26. O CONCILIÁBULO
1797-1798 ÓLEO
SOBRE TELA
BASEANDO-SE
EM CRENÇAS
POPULARES QUE
CONTAM QUE EM
REUNIÕES DE
BRUXAS SE
DEVORAM
CRIANÇAS
RAPTADAS
27. A FAMÍLIA DE CARLOS IV 188-1801
280 x 336 cm, MUSEU DO PRADO - MADRI
28. Rainha Maria Luisa:
Os olhos vivazes,boca
apertada e o queixo
firme definem o
temperamento de quem
de fato detinha o poder.
O rosto do rei: O
olhar vazio e
perdido,próprio do
caráter débil e
errante que custou
tão caro a Espanha.
30. O ASNO E A MULTIDÃO
O GIGANTE
REPRESENTA
NAPOLEÃO QUE
DAVASTA A ESPANHA
OU O MEDÍOCRE
FERNANDO VII. O
ASNO QUE NÃO SE
CONTAGIA COM O
MEDO COLETIVO É O
POVO,QUE IGNORA A
GRAVIDADE DA
SITUAÇÃO.
32. Dois de maio em Madri, 1814 óleo sobre tela 266 x
345 cm, museu do Prado.
33. EM DOIS DE MAIO DE 1808, ENTRE DEZ
HORAS E MEIO DIA, OS MADRILENHOS
LANÇARAM-SE CONTRA A OCUPAÇÃO
NAPOLEÔNICA.
TRÊS DE MAIO EM MADRI:
EMBORA OS DOIS QUADROS TENHAM
SIDO PINTADOS SEIS ANOS APÓS OS
EPISÓDIOS, GOYA OS PRESENCIOU.
37. 3- OS QUE ESPERAM.
GOYA MOSTRA
O GRUPO A
ESPERA DA
MORTE. O
RESTANTE
DAS PESSOAS
TIVERAM UM
ASPECTO
SURREALISTA.
38. 4- LUZ E COR.
A MAIOR ILUMINAÇÃO RECAI SOBRE A FIGURA QUE ERGUE
OS BRAÇOS, É O CENTRO DAS ATENÇÕES DA OBRA COM
CORES MAIS ATRAENTES.
39. 5- A BARBÁRIE
O CADÁVER
SOBRE O
SANGUE, COM UM
BURACO NA
TESTA,A CABEÇA
MACHUCADA-É
UMA IMAGEM DE
TENSÃO, COM A
QUAL GOYA
PROTESTA
CONTRA A
BÁRBARIE
DAQUELES
TEMPOS.
40. O GUARDA SOL, 1777,
ÓLEO SOBRE TELA 104 x 152 cm,
MUSEU DO PADRO - Goya
41. Saturno devorando seu
filho, 1819.
Saturno, deus romano dos
camponeses,equivalente
ao Cronos grego,foi
advertido pelo oráculo de
que um de seus filhos o
destronaria. Júpiter
conseguiu escapar.
49. A obra é uma visão romântica sobre a revolução francesa de
1830. Na altura, a França era governada pelo rei Carlos X, que
permaneceu no poder durante seis anos. Quando Carlos X
tentou abolir a liberdade de impressa e dissolver a recém eleita
assembleia, teve início a revolução. O rei é destronado, e Louis-
Philippe, um membro mais liberal da família real, assume o
poder. É o último rei francês, tendo abdicado em 1848.
Eugène Delacroix não participou na revolução. Para realizar “A
Liberdade Guiando o Povo”, é provável que se tenha inspirado
em gravuras do conflito, especialmente no trabalho de Nicolas
Charlet.
Delacroix pintou a obra rapidamente, em pouco mais de três
meses, e expôs a obra no Salão de 1831. O quadro perturbou
tanto os realistas quanto os revolucionários. Foi adquirida pelo
Estado por 3 mil francos, e devolvida ao artista, que a deixou na
casa de campo de uma tia sua. Durante muito tempo, evitou-se
expor “A Liberdade Guiando o Povo” publicamente. Foi apenas
em 1874 que o quadro foi adquirido pelo Louvre, e exposto com
honrarias.
50. Valoriza a mulher, o nacionalismo. Trata da Revolução de
1830, na França; que depôs o rei burguês.
• A liberdade: representada como uma deusa clássica, sinônimo de
virtude e eternidade. No entanto, seus traços robustos são comuns ao
povo francês. Empunha uma arma moderna – um mosquete.
• Os cadáveres: os mortos são membros da guarda de elite do rei. O
realismo dos cadáveres é inspirado em obras de Antoine-Jean Gros,
pintor que Delacroix admirava.
• O homem sem calças: outro fator que torna a obra complexa e
ambígua é a presença deste cadáver desnudado, um homem
desprovido de sua dignidade. Suas roupas foram furtadas, e
provavelmente pelos revoltosos. Outros personagens do quadro
apresentam-se com objetos roubados dos cadáveres. Assim, mesmo
entre aqueles que lutam pela liberdade, há atitudes censuráveis.
Delacroix não se esforça para “higienizar” o conflito ou torna-lo mais
nobre. A guerra, em si, parece-lhe indigna.
51. • As bandeiras: duas bandeiras , uma empunhada pela
liberdade, e outra sobre a Catedral de Notre Dame. A
bandeira tricolor foi utilizada na Revolução Francesa de
1789 e nas guerras de Napoleão. Após a derrota deste em
Waterloo, a bandeira não foi mais utilizada. O regresso
deste símbolo é carregado de emoção, como se o povo
reconquistasse o seu orgulho.
• O campo de batalha: o centro da revolução de 1830 foi a
Ponte d ‘Arcole, e provavelmente este é o cenário da
pintura. Porém, nenhum posto de observação permite esta
vista de Notre Dame. Como outros pintores românticos,
Delacroix abdica de uma fidelidade literal aos fatos em prol
de um maior efeito dramático.
• A composição: é uma composição clássica, piramidal, em
que a liberdade ocupa o vértice da pirâmide. O mosquete
com baioneta que a liberdade empunha cria uma linha
paralela com a arma segurada pela criança.
52. • As cores: as cores vivas da bandeira auxiliam o
destaque para a mulher que simboliza a liberdade. Nota-
se que o vermelho da bandeira está sobre o céu azul, o
que o salienta ainda mais. As cores se repetem nas
roupas do trabalhador aos pés da liberdade. As vestes da
liberdade são pintadas em um tom mais claro do que
aqueles encontrados no restante da pintura, facilitando o
sentido de leitura.
• A luz: Delacroix dominava a técnica do chiaroscuro.
Estes fortes contrastes de luz e sombra conferem maior
dramaticidade à cena. Na paisagem, a luz do entardecer
se mistura a fumaça dos canhões, dissolvendo-se em um
brilho marcante.
• A pincelada: as pinceladas de Delacroix são visíveis na
tela, o que contraria as regras acadêmicas que
determinam que a pincelada deve ser “invisível”.
53. Tomada de Constantinopla pelos cruzados, Delacroix
Museu do Louvre, Paris.Valorização da Idade Média
54. Mulheres de Argel, Delacroix
"...nem sempre a pintura precisa de um tema"
Delacroix
55. A barca de Dante, Delacroix
Valorização de temas da literatura/Idade Média
56. Turner
Joseph Mallord William
Turner (Londres, 23 de
Abril de 1775 – Chelsea,
19 de Dezembro de 1851)
Auto retrato de Turner
57. William Turner – pintura de paisagem; criava
cenas fantásticas, cheias de luz, movimento e
efeitos dramáticos. Estilo gradualmente abstrato,
cor inspirando seus sentimentos. Técnica suave e
detalhada, tons de amarelo não diluído, para obter
maior luminosidade. Temas: paisagens bucólicas
(campestres), navios, incêndios e turbulentas
tempestades; pintava a natureza crua (para ele o
tema era a cor). Considerado maior colorista de
seu tempo.
62. Navio Zong, que fazia o trajeto da África para a
Jamaica, em 1783. Uma doença espalhou-se
pelos porões do navio, e alguns escravos
corriam risco de morte. O seguro cobria mortes
no mar, mas não escravos vitimados por
doenças. Temendo perder dinheiro, o capitão
desce aos porões do navio e seleciona todos
os escravos com sintomas da doença. Joga-os
ao mar, acorrentados nos pulsos e nos pés,
para poder receber o dinheiro do seguro. São
132 escravos, homens, mulheres e crianças. O
mar do caribe está repleto de tubarões, e
muitos dos escravos são dilacerados. Os que
escapam dos tubarões morrem afogados.
Este caso, ao ser descoberto, escandalizou a
sociedade inglesa da época,
63. O pintor , passou por uma
situação delicada na 72ª
mostra da Royal Academy
em 1840 ao expor a
obra Navio negreiro, que foi
duramente criticada e o
quadro que arrancou
gracejos da rainha Vitória
na mostra foi Tribunal do
Juri, de Edwin Landseer.
O pintor soube agradar a
rainha, que adorava
cachorros, com a tela que
trazia um poodle como
personagem.
69. A palavra realismo designa
uma maneira de agir, de
interpretar a realidade. Esse
comportamento caracteriza-se
pela objetividade, por uma
atitude racional das coisas e
pode ocorrer em qualquer
tempo da história.
70. Entre 1850 e 1900 surge nas artes européias,
sobretudo na pintura francesa, uma nova
tendência estética chamada Realismo, que se
desenvolveu ao lado da crescente industrialização
das sociedades. O homem europeu, que tinha
aprendido a utilizar o conhecimento científico e a
técnica para interpretar e dominar a natureza,
convenceu-se de que precisava ser realista,
inclusive em suas criações artísticas, deixando de
lado as visões subjetivas e emotivas da
realidade.
71. HISTÓRICO
Segunda metade do século XIX;
O Realismo é utilizado na História da Arte para
designar representações objetivas, sendo
utilizado como sinônimo de naturalismo.
Pretendia a observação mais livre da vida, sem
tantas idealizações.
Ainda que não tenha conseguido realizar
completamente o seu projeto,foi sem dúvida o
ponto de partida ás revoluções artísticas que
mudaram o curso da arte no século XX.
72. Características
Tratamento objetivo da realidade do ser
humano;
Observação empírica da natureza;
Esquece a subjetividade;
Materialista (não retratava sentimentos);
Representação da realidade com a
mesma objetividade com que um
cientista estuda um fenômeno da
natureza.
73. ARQUITETURA
Os arquitetos e engenheiros procuram responder
adequadamente às novas necessidades
urbanas, criadas pela industrialização. As
cidades não exigem mais ricos palácios e
templos. Elas precisam de fábricas, estações,
ferroviárias, armazéns, lojas, bibliotecas,
escolas, hospitais e moradias, tanto para os
operários quanto para a nova burguesia.
Em 1889, Gustavo Eiffel levanta, em Paris, a
Torre Eiffel, hoje logotipo da "Cidade Luz".
74.
75.
76.
77. ESCULTURA
Auguste Rodin - não se preocupou com a
idealização da realidade. Ao contrário,
procurou recriar os seres tais como eles são.
Além disso, os escultores preferiam os temas
contemporâneos, assumindo muitas vezes
uma intenção política em suas obras. Sua
característica principal é a fixação do
momento significativo de um gesto humano.
Obras destacadas: Balzac, Os Burgueses de
Calais, O Beijo e O Pensador.
84. Originalmente chamado de O Poeta, a peça era
parte de uma comissão do Museu de Arte
Decorativa em Paris ,para criar um portal
monumental baseada na Divina Comédia de
Dante Alighieri. Cada uma das estátuas na peça
representavam um dos personagens principais do
poema épico. O Pensador originalmente
procurava retratar Dante em frente dos Portões do
Inferno, ponderando seu grande poema. A
escultura está nua porque Rodin queria uma
figura heroica à la Michelangelo para representar
o pensamento assim como a poesia.
85. Na pintura
As obras retratavam cenas do
cotidiano das camadas mais pobres
da sociedade;
O sentimento de tristeza expressado
através do uso de cores fortes;
86. CARACTERÍSTICAS DA
PINTURA
• Representação da realidade com a
mesma objetividade com que um cientista
estuda um fenômeno da natureza, ou seja
o pintor buscava representar o mundo de
maneira documental;
• Ao artista não cabe "melhorar"
artisticamente a natureza, pois a beleza
está na realidade tal qual ela é.
• Revelação dos aspectos mais
característicos e expressivos da realidade.
87. TEMAS DA PINTURA
• Pintura social denunciando as injustiças
e as imensas desigualdades entre a
miséria dos trabalhadores e a opulência
da burguesia. As pessoas das classes
menos favorecidas - o povo, em resumo -
tornaram-se assunto frequente da pintura
realista. Os artistas incorporavam a
rudeza, a vulgaridade dos tipos que
pintavam, elevando esses tipos à
categoria de heróis. Heróis que nada têm
a ver com os idealizados heróis da pintura
romântica.
88. Gustave Courbet : Francês, foi considerado o criador do
realismo social na pintura, retratou temas da vida cotidiana,classes
populares.
Gustave Courbert retratado
por Nadar
Auto-retrato, Gustave Courbert
"Sou democrata, republicano, socialista, realista, amigo da
verdade e verdadeiro" (Courbet)
97. Reza a História que um diplomata turco, de nome
Khalil-Bey, de passagem por Paris encomendou a
Courbet para a sua coleção um quadro, que viria a ser
este. Khalil-Bey era um colecionador de arte erótica e
tinha já adquirido ao artista uma pintura denominada O
Sono ou Adormecidas, Pouco tempo depois Khalil-Bey
viu-se obrigado a vender diversas peças da sua
coleção para pagar dívidas de jogo. Escondida debaixo
de uma outra tela de aspecto mais pacífico, A Origem
do Mundo foi então comprada por um antiquário,
passando de mão em mão até ao seu último dono, o
célebre psicanalista francês Jacques Lacan. Após a
sua morte, a família doou-o ao Museu d'Orsay,