O documento discute os desafios da liderança no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), incluindo a retenção e capacitação de profissionais, a gestão de equipes interdisciplinares, e a melhoria contínua dos processos organizacionais.
1. O papel das lideranças na melhoria do
desempenho das equipes, avaliação,
educação e treinamento
Wania Regina Mollo Baía
Diretora Geral de Assistência
Instituto Do Câncer do Estado de São Paulo
2. O ICESP
• O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo - Octavio Frias de Oliveira
(Icesp) teve o início de suas atividades no ano de 2008.
• Entre 2009 e 2013 vigorou o contrato de gestão entre a Secretaria de
Estado da Saúde (SES) e a Fundação Faculdade de Medicina (FFM), esta
qualificada como Organização Social de Saúde (OSS).
• Atualmente, o Icesp integra o complexo do
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo (HCFMUSP),
reconhecido como o maior e mais importante
centro de atendimento médico - hospitalar da
América Latina.
3. Quem Somos
4.704
Colaboradores entre contratados e
prestadores de serviço
525
Médicos compõem
o corpo clínico
50%
71,5%
são mulheres
28,5%
são homens
tem entre 30 e 37
anos
4. Nossa Estrutura
499 leitos
dos quais 85 de UTI
18
salas cirúrgicas
103
consultórios
107
poltronas de quimioterapia
7
tomógrafos
15
equipamentos Raios-X
2
PET-CTs
1
SPECT-CT
5. Produção Assistencial
2,6 milhões
exames / análises clínicas
340 mil
consultas ambulatoriais e
multiprofissionais
200 mil
exames de imagem
20 mil
Procedimentos cirúrgicos
28 mil
Atendimentos de urgência
São 48.500 pacientes ativos no Instituto e 10.800 pacientes novos todos os anos.
Produção Anual:
6. Unidades Externas
• Inaugurada em 2011, é uma extensão
do atendimento ambulatorial do ICESP;
• Equipe com 25 profissionais;
• Mais de 10 mil atendimentos por mês;
Farmácia Ambulatorial
7. Unidades Externas
Unidade ambulatorial
• Primeira unidade ambulatorial
inaugurada fora da capital.
• Em funcionamento desde agosto de
2014, a unidade oferece consultas e
terapias oncológicas, como
quimioterapia e radioterapia para
pacientes em tratamento no Icesp que
residam na região de Osasco.
8. NACE – Unidade de Cuidados Paliativos
• 50 leitos exclusivos para
pacientes do Icesp em
Cuidados Paliativos
– média de ocupação:
23 a 27 dias.
Unidades Externas
9. Referência em Ensino, Pesquisa e Assistência
• Ensino, Pesquisa e Assistência formam os alicerces da
instituição, essência que faz com que o hospital seja
reconhecido como um centro de excelência em âmbito
nacional e internacional.
10. Assistência
Tratamento integrado: Todos os procedimentos
necessários desde as consultas ambulatoriais
até cirurgias, quimioterapia, radioterapia e
reabilitação – clínicas integradas
Ações humanizadas: para oferecer um
ambiente acolhedor dotado de um olhar
individualizado.
Equipe especializada: médicos, enfermeiros,
técnicos, psicólogos, fisioterapeutas,
assistentes sociais, nutricionistas, educadores
físicos, etc.
13. Preocupação do ICESP desde o princípio....
Missão
Ser um centro de excelência,
promovendo o ensino, a pesquisa e a
assistência médico-hospitalar na área do
câncer, de acordo com os princípios
definidos pelo Sistema Único de Saúde
(SUS), visando contribuir com a saúde e
a qualidade de vida da sociedade.
Visão
Tornar-se um centro de excelência
internacionalmente reconhecido na área
do câncer.
Valores
Qualidade – Competência – Ética –
Dinamismo – Humanismo – Criatividade
– Confiabilidade – Segurança.
Compromissos
Sempre considerar a saúde como direito
a cidadania
14. Acreditação: uma escolha da Instituição
• Proporcionar ambiente de trabalho seguro e eficiente
• Estabelecer um estilo de liderança participativa com ações contínuas
voltadas para qualidade e segurança do paciente
• Envolver os pacientes e familiares nas ações criando uma parceria no
processo de cuidado
• Criar uma cultura de qualidade e segurança Institucional
• aberta a aprender com os relatórios realizados regularmente sobre
eventos adversos e questões de segurança
15. Ganhos com a Acreditação:
• Integração das equipes – maior comunicação entre áreas
• Cultura de treinamento contínuo
• Mudança de linguagem dos profissionais - preocupação com
melhorias
• Padronização da assistência / Implantação de protocolos
institucionais: boas práticas
• Foco no paciente e família - bem estar físico, emocional e social
• Autonomia do profissional assistencial
17. Captação de Recursos Humanos
O sucesso das organizações está diretamente
ligado à inteligência que elas detêm –
TALENTOS
Detectar, atrair, reter e desenvolver talentos
são funções altamente estratégicas de gestão
de pessoas
18. Desafios - Lideranças
Cenário Atual
Diálogo entre diferentes gerações
Maior nível de exigência das pessoas
Preparo e desenvolvimento das equipes
Impacto da tecnologia na organização do trabalho
Mudança do comportamento das pessoas na relação com o
trabalho (compromisso com a carreira não com a Instituição)
Captação de recursos humanos
Retenção dos Profissionais
19. Captação de Recursos Humanos
Fatores dificultadores:
Dificuldade na contratação de especialistas e/ou profissionais com
experiência técnica
Perda de profissionais contratados para concuros e outras Instituições
– oncologia em crescimento
Necessário buscar no mercado um profissional capacitado para
preencher a lacuna - não expressa apenas uma vaga
Adequação dos profissionais nas áreas afins (necessidade de
mudança de área – na fase de implementação)
Trabalhar a sobrecarga psicológica e emocional frente ao paciente
com câncer
20. Desafios
O que atrai um profissional?
Retenção de talentos - uma dificuldade das empresas, independentemente
do seu porte
Possibilidades de ascensão profissional
Oportunidades de desenvolvimento
Pacote de remuneração e benefícios
Imagem da organização
Pessoas tendem a ficar mais tempo trabalhando nas melhores empresas
e motivadas = vantagem competitiva hoje
Desafio atual: no passado não havia turnover acima do esperado nas
grandes instituições.
21. Retenção dos Profissionais
Rotatividade:
Fatores internos – maior controle:
Relações entre lideranças e liderados
Clima organizacional (falta de motivação)
Falta de Planos de carreira
Avaliação de desempenho: realizada ou não
Dimensionamento de pessoal inadequado
Dificuldades enfrentadas na Instituição
Satisfação com o trabalho
Questões pessoais
Motivação
Remuneração
24. Desafios - Lideranças
Conflitos:
• Ocorre na convivência com os colegas de trabalho, chefes,
subordinados, clientes, instituição...
• Dificuldades
• Desavenças
• Competições
• Estímulo
Interferir de forma negativa ou de forma motivadora para os
profissionais
25. Desafios - Lideranças
Promover a integração das equipes:
• Desenvolver a percepção dos colaboradores que as
atividades realizadas em conjunto, com dedicação
por parte de todos, potencializam os bons
resultados.”
26. Desafios - Lideranças
• Especialidade Oncológica – desafio:
Perspectiva de morte X formação do profissional
Desafio do trabalho interdisciplinar: formação graduação
27. Desafios - Lideranças
• Pesquisas conduzidas na FEA USP sobre a liderança nas
empresas brasileiras apontaram desafios comportamentais
relacionados:
• dificuldades em delegar, ouvir, comunicar-se e de construir e
sustentar parcerias.
Joel Dutra FEA-USP
28. Desafios - Lideranças
Habilidades comportamentais:
• 87% dos líderes tem dificuldade em delegar
• 85% tem dificuldade de ouvir e se comunicar
• 79% tem dificuldade de construir e sustentar parcerias
Joel Dutra FEA-USP
29. Desafios - Lideranças
Comunicação entre áreas diferentes: desafio
Dificuldades de expressão
Excesso de intermediários
Receio de expressar suas opiniões
Suposições – “acho”/“penso”
Comportamento defensivo
Participar ativamente das discussões
30. Desafios - Lideranças
Capacitação da equipe:
• Capacitação da equipe em oncologia
• Conhecimento das novas tecnologias / equipamentos específicos
• Promover a integração da equipe multidisciplinar
• Equipes jovens / geração Y - oportunidades
31. Desafios Lideranças
Capacitação e treinamento
- Programas educacionais (cursos, palestras, treinamentos e reciclagem dos
conhecimentos);
- Processo permanente de desenvolvimento de competências
- Contemplar maior número de colaboradores (in loco)
- Implantar estratégias de ensino e treinamento diferenciadas: a depender do perfil das
equipes;
Ceccim, 2005a; Pedroso, 2005; Peduzzi et al., 2009; Souza, Roschke, 2003)
Brasil, 2007; Ceccim, 2005a; Pedroso, 2005; Peduzzi et al., 2009; Souza, Roschke, 2003
32. Desafios
Centro de Simulação realística em saúde
- ICESP
Atuar sempre em parceria com as lideranças das áreas
assistenciais – conhecer a realidade de cada uma delas
Planejar grade de treinamento anual de habilidades
técnicas e comportamentais das áreas assistenciais e da
tecnologia da informação
Desenvolver cursos de atualização em oncologia para
público interno e externo - multi
Estabelecer parcerias com universidades para
desenvolvimento de pós graduação e estágios curriculares
32
33. A Interdisciplinaridade
Desafios para todos os profissionais
Aptidões imprescindíveis para o trabalho interdisciplinar na prática:
Capacidade de tolerar
Flexibilidade diante do novo
Atitude pró ativa diante das adversidades
Cooperação entre os membros da equipe
Capacidade de superação das divergências
Aceitar as discordâncias como potencialmente vantajosas e
enriquecedoras
Canalizar energias para atividades construtivas
34. Desafios - Lideranças
• A gestão por processos é uma forma de gerenciar as
organizações baseada em planejamento estratégico, visão
sistêmica, e estruturação por processos.
• Objetivos organizacionais bem definidos e os resultados são
mensurados, e comparados com os objetivos e metas
predefinidos, com o intuito de avaliar a capacidade do sistema
de gestão de atingir os objetivos definidos no planejamento
estratégico
35. O gerenciamento de uma equipe
interdisciplinar
Imprescindível para o atendimento oncológico: a estruturação
das equipes interdisciplinares reflete o propósito da
necessidade de uma abordagem eficiente e humanizada:
Dimensionamento adequado para que as especialidades possam
atuar lado a lado;
Atendimentos realizados em equipe – interdependência
Interconsultas entre equipe multiprofissional – avaliação de risco
36. Desafios - Lideranças
Melhoria: mudança para melhor estado
ou condição
Continuidade: constante, ininterrupto,
sempre no mesmo sentido.
Melhoria Contínua: estado permanente de mudança
positiva.
37. Ações Lideranças
• Proporcionar gestão participativa: disponibilidade de ouvir
• Realizar pesquisas de satisfação dos clientes/pacientes e
compartilhar o seu resultado com todos os funcionários
• Compartilhar as premiações recebidas ou matérias da mídia
• Implantar um programa de acolhimento do novo funcionário /
instrutor
38. Ações Lideranças
Equipes da prática devem estar inseridas nos projetos
assistenciais de um modo geral
Existência de um plano de carreira
Recrutamento interno em várias áreas da Instituição com
critérios bem definidos e transparente
39. Ações Lideranças
Estimular a criatividade:
• Uma pessoa criativa tem a capacidade propor
combinações originais.
• Consegue associar ideias novas dentro de contextos novos
(mudanças).
• Capacidade de não desanimar diante das dificuldades.
• Apaixonar-se pelo que faz
40. ALÔ ENFERMEIRO
GRUPO ACOLHIDA – CHECK IN E
CHECK OUT
GRUPO ACOLHIDA – SALA DE ESPERA
DIA DA FAMILIA
Ações realizadas em equipe - ICESP