SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 33
Psicopatologia e
Enclausuramento
Idade
             Igreja                Punição
 Média



                          Primeiros
                      Estabelecimentos
Iluminismo             Prisionais para
                        Delinquentes




Finais do
               Principio da Reabilitação
Séc. XIX
Hoje a Prisão é:
• Um meio pelo qual se pretende corrigir ou
  intimidar aqueles que cometem delitos, com o
  fim de prevenir os seus comportamentos
  desviantes e assim ressocializá-los.
• A integração social que se pretende encontra-se
  focalizada na ordem social, onde o geral se
  sobrepõe e prevalece sobre o particular e o
  domínio      está     presente    pelas    suas
  características de homogeneização e busca do
  equilíbrio do sistema social.
(Rodriguez, Acuña & Diaz, 2009)
Sistema Prisional                  Sociedades



Função:
•Locais de isolamento
•Normas de funcionamento próprias
•Regime de reclusão
•Limitação da liberdade
•Isolação por períodos mais ou menos alargados,
consoante a pena
•Conjunto de mecanismos que concorrem para a
reabilitação, promoção e reposição da ordem
(Pais, 2005)
O Processo de
                                       Estatuto de Recluso
        Adaptação

•Aumento dos níveis de ansiedade e de depressão
•Incapacidade de resolver problemas familiares
•Perda da identidade
•Inatividade
•Desorientação temporal
•Geram patologias graves ao nível da saúde mental:
   • Gestão do stress e do autocontrolo
   • Transtornos na autoeficácia e diminuição da autoestima e
   autoimagem
   • Défices na comunicação verbal e não-verbal
   • Problemas sensoriais
   • Perturbações diversas: sexualidade, consumo de
   substâncias,    doenças      infecto-contagiosas, afetivas,
   despersonalização, adaptação à prisão e suicídio (Gonçalves,
   2000).
Tudo o que se encontra na maioria
 Normal        dos casos de uma espécie

              Considerar como mentalmente
 Desvio        perturbados todos os que se
                    desviam da média
              Aquele que apesar da pressão
            exercida pelo sofrimento físico ou
             pela sociedade corresponde às
Sanidade    suas exigências e dos outros com
                estratégias de adaptação,
                   resolução ou defesa
                  Sofrimento, deficiência,
            incapacidade e perda de relações.
Patologia
             Quem sofre mais que o aceitável
              para o seu grupo social ou país.
Inimputabilidade
   A inimputabilidade baseia-se em três motivos:


  Biológico         Psicológico          Normativo




O código penal (1995) prevê a inimputabilidade em
 razão de anomalia psíquica no artigo 20º, alínea 1 –
 “É inimputável quem, por força de uma anomalia
 psíquica, for incapaz, no momento da prática do
 facto, de avaliar a ilicitude deste ou de se determinar
 de acordo com essa avaliação”.
Perigosidade
A perigosidade – propensão para cometer atos de
  violência



Prevista no código penal (1995) no artigo 91º do capítulo
  VII medidas de segurança na secção I internamento de
  inimputáveis



Não é possível afirmar se alguém pode ou não vir a ser
  perigoso
Personalidade Criminal
• De Greeff: o delinquente é alguém que apenas difere da
  generalidade em termos de gradação de algumas
  dimensões. A personalidade criminal manifesta-se na
  passagem ao ato que coloca em ação mecanismos e
  processos que compõe o sujeito e que podem ou não
  ser entendidos como elementos intrínsecos de uma
  carreira criminal.
   (Torres, 2002)
Personalidade Criminal
• Pinatel, postulou 4 proposições fundamentais:
   – 1) Distingue-se por uma maior aptidão para a passagem ao
     ato
   – 2) Engloba traços psicológicos ou componentes agrupados
     num nó central assim como outras variantes
   – 3) O nó central: traços de agressividade, egocentrismo,
     labilidade e indiferença afetiva, elementos responsáveis pela
     passagem ao ato; variantes: referem-se a fatores de
     temperamento, aptidões físicas, intelectuais e profissionais,
     razões aparentes, necessidades nutritivas e sexuais, que
     modelam os cambiantes desse ato
   – 4) Dinamismo entre o modo e a forma como se articulam e
     interagem as características (Torres, 2002)
Personalidade Criminal
• Eysenck: a diferença entre o criminoso e o não criminoso,
  com base na variabilidade de intensidade de determinados
  traços psicológicos, demonstra que os criminosos
  possuíam um maior grau de extroversão (sendo por isso
  mais impulsivos), um maior grau de neuroticismo
  (entendido como maior instabilidade emocional) e um
  maior grau de psicoticismo (que equivaleria a uma postura
  de isolamento social e insensibilidade emocional) (Torres,
  2002).
Patologias

A prática criminosa é várias vezes associada a presença
de psicopatologias. Efetivamente, a associação entre o
comportamento      criminoso    e    a     presença  de
determinadas psicopatologias contribui nalguns casos
para a observância de alguns crimes. O comportamento
criminoso pode também estar associado a uma
perturbação da personalidade que atua como força
impulsionadora da prática do crime (Nunes, 2009).
DSM-IV-TR - Outras
   Simulação                       condições que podem ser
                                    foco da atenção médica

Produção intencional de sintomas físicos ou psicológicos falsos
ou exagerados motivados por incentivos externos ao sujeito a
fim de evitar cumprimento de pena, entre outros
Deve-se suspeitar de simulação nas seguintes situações:
                  Sofrimento ou       Falta de
   Contexto
                  incapacidade      Colaboração
  Médico-legal                                       PASP
                        ≠           Avaliação e
     (Juiz)
                    objetivos         Adesão

O técnico Forense que avalia o sujeito deve ter sempre em
consideração a existência de simulação.

Não existem testes específicos para detetar a simulação   (Fonseca,
2008).
Perturbação Anti Social da Personalidade

Padrão global de menosprezo e violação dos direitos dos outros
como fraude e manipulação, é proveniente da Perturbação do
Comportamento que se manifesta na infância ou adolescência e
que tem continuidade na idade adulta.

Também designada como psicopatia, sociopatia ou dissociativa
da personalidade.

A sua prevalência ronda os 3% nos homens e 1% nas
mulheres, embora se verifique prevalências mais elevadas em
populações prisionais, em ambiente judicial ou em tratamento
de abuso de substâncias.

O seu diagnóstico exige uma idade mínima de 18 anos.
Perturbação Anti Social da Personalidade


A Psicopatia não se reduz a mero constructo criminológico,
sendo antes uma grave perturbação mental, à qual não raras
vezes, se juntam outras perturbações da personalidade (Lahey e
Loeber,1997).

Pode considerar-se uma constelação de características aos
níveis emocional, interpessoal e comportamental, conducente a
um modo de funcionamento patológico, resumindo-se numa
desordem emocional que potencia o risco para a emergência de
comportamentos extremamente antissociais (Blair, Mitchell e Blair, 2005).

A sua ligação ao crime será atravessada por múltiplos fatores
(Nunes, 2009).
Perturbação Estado-Limite da Personalidade


Caracteriza-se por um padrão global de instabilidade no
relacionamento interpessoal, na autoimagem, nos afetos e por
uma impulsividade marcada com aparecimento no início da
idade adulta e presente numa variedade de contextos.

Várias causas apontam para a sua origem, desde a
componente genética, a experiências traumáticas na infância e
uma impulsividade no sujeito onde se irá refletir em
comportamentos disfuncionais e conflitos psicossociais.

É detentora de uma personalidade severa que se caracteriza
pela sua rigidez de pensamento, pela resistência à mudança e
por dificuldades no relacionamento interpessoal.
Perturbação Estado-Limite da Personalidade


Há frequentemente co-ocorrência de Perturbação do Eixo I, tais
como Perturbações do Humor, Perturbações Relacionadas com
Substâncias, Perturbações do Comportamento Alimentar,
Perturbação Pós Stress Traumático e Perturbação de
Hiperatividade e Défice de Atenção

Young (1999) têm mais probabilidade de desenvolver PEL os
indivíduos oriundos de famílias desestruturadas onde a
educação e os afetos são negligenciados pelos cuidadores
como o abandono, a privação emocional, o abuso e o
isolamento social
Ansiedade e Depressão

A ansiedade é a preocupação constante e exagerada de um
conjunto de acontecimentos, onde o indivíduo experiencia
grande agitação, nervosismo ou tensão interior, fadiga fácil,
dificuldades de concentração, irritabilidade, tensão muscular,
perturbações do sono.

Em sujeitos que desenvolvam episódios depressivos surgem
sintomas como a perda de interesse em quase todas as
atividades, alterações de apetite ou peso, sono e atividade
psicomotora, diminuição da energia, sentimentos de
desvalorização pessoal ou culpa, dificuldades em pensar,
concentrar-se e tomar decisões, pensamentos recorrentes a
propósito da morte ou ideação, planos ou tentativas de suicídio.
O humor é triste, sem esperança, desencorajador.
Ansiedade e Depressão


Mediante a capacidade de adaptação de cada sujeito, podem
desenvolver-se dois tipos de depressão:


               Reativa                + Severa



As características comportamentais que aparecem nos reclusos
deprimidos são: extrema tristeza, choro intenso, tensão,
sentimentos de culpa, retirada social, inatividade, apatia,
desesperança e perda de interesse em atividades que dantes
lhe davam prazer (Moreira, 2010).
Comportamentos Suicidários e Autolesivos

A vida em meio prisional expõe constantemente o recluído a
acontecimentos   traumáticos   que    poderão    levar   a
comportamentos autolesivos.

Os comportamentos autolesivos são definidos como todo e
qualquer ato através do qual um individuo causa uma lesão em
si, mesmo independentemente do grau da intenção letal e
conhecimento do verdadeiro motivo desse ato (Ruiz, Gomez,
Landazabal, Morales, Sanches & Paez, 2002).


Autolesões  indivíduos com PASP
Para-suicídio  indivíduos com Perturbação Bordeline da
personalidade
Tentativa de suicídio  indivíduos que padecem de
perturbações depressivas, (Moreira & Gonçalves, 2010).
Comportamentos Suicidários e Autolesivos


Somente alguns reclusos enveredam por comportamentos
autolesivos, os mais predispostos, mais vulneráveis, ou seja, os
que     se    encontram    pouco    equipados     genética     e
hereditariamente e em termos desenvolvimentais ou sócio-
familiares para responder de forma adequada e adaptativa às
contingências da perda da liberdade e vida em reclusão.


Segundo alguns estudos os reclusos que tentam o suicídio
padecem de perturbações psiquiátricas.
Em reclusas essa probabilidade é três vezes maior.
Comportamentos Suicidários e Autolesivos

Fatores de risco:

       Raça/Etnia                                           Cela
                       Masculino          Casados
        branca                                           Individual


                 Prisão            Preventivo
                Perpétua


Fatores de ordem clínica:


  Ideação      Consumo        Perturbação            Medicação
  Suicida     Substâncias     Psiquiátrica          Psicotrópica
Consumo de substâncias


Em 1999, foi aprovada a primeira Estratégia Nacional de luta
contra a droga, pela publicação da Resolução do Conselho de
Ministros n.º 46/99, de 26 de Maio, pretendendo ser um
instrumento orientador das diversas políticas sectoriais relativas
à droga e à toxicodependência, dos domínios da prevenção,
tratamento, redução de danos, reinserção social, cooperação
internacional, combate ao tráfico e ao branqueamento de
capitais e estabelecimentos prisionais e toxicodependência,
onde no capitulo II ponto 3 alínea f diz: “Garantia de acesso ao
tratamento para os reclusos toxicodependentes e promoção da
medida de tratamento em alternativa à execução de pena”.
Consumo de substâncias

Segundo o DSM IV-TR a dependência é um conjunto de
sintomas cognitivos, comportamentais e fisiológicos indicativos
de que o sujeito continua a utilizar a substância apesar dos
problemas significativos relacionados a esta. Existe um padrão
de autoadministração repetida que resulta geralmente em
tolerância, abstinência e comportamento compulsivo quanto ao
consumo de drogas.

O consumo de substâncias pode dar-se após enclausuramento
ou antes da entrada nas prisões.

Na realidade portuguesa há uma população que é presa devido
ao consumo de drogas e aos crimes que cometem para
sustentar o seu vício (Torres, 2005).
Consumo de substâncias

     Consumo de
                         Jovens (16 a 45)             > Masculino
     substâncias


     Consumo de
                         Inicio na Prisão        Não é alarmante
     substâncias




                                                               17,9%
 4,4% Cannabis      4,9% Heroína       3,1% Cocaína
                                                             Fármacos




No contexto prisional português justifica-se o consumo e a
oferta de drogas por motivos de dependência, indução de
euforia ou de estados tranquilizantes (Torres & Gomes, 2002).
Consumo de substâncias

No consumo de substâncias lícitas tais como medicamentos a
maioria dos reclusos não toma qualquer tipo de medicamentos
(58,8%), mas um número significativo (39,7%) toma medicação.

Tipo de medicação:
                        46%
                                                             22,8%
 61,3% Dormir       Substituição   36,9% Calmantes
                                                        Antidepressivos
                     de Drogas

Segundo os relatos dos reclusos o stresse na cadeia leva à
toma de medicação para sentirem calma e para conseguirem
dormir.
O consumo de substâncias lícitas ou ilícitas deve-se:

                Alienação do
                                             Agressão
                   Espaço
Impacto Psicológico e Social
O desencadeamento de elevados níveis de sintomatologia de
psicopatologias, nomeadamente a esquizofrenia e psicose, a
ansiedade, a depressão, a perturbação do pânico e as
perturbações do humor (Marques, 2010).

A assimilação, por parte dos reclusos, das tradições, valores,
atitudes e costumes incutidos pelo ambiente prisional são
apreendidos e aproveitados como um aspeto instintivo da
necessidade de adaptação ou até mesmo de sobrevivência no
inflexível sistema prisional (Haney, 2001).

Os malefícios prolongam-se para além da libertação, o ex-
recluso passa a ter grandes dificuldades em se reintegrar, em
virtude da assimilação da cultura prisional, muito diferente no
que concerne a regras e rotinas existentes no normal
funcionamento do sistema existente no exterior (Barreto, 2006).
Impacto Psicológico e Social


Enquanto que, no estabelecimento prisional, se fomenta a
passividade e submissão às regras da instituição, em liberdade
é imprescindível haver autonomia. Se nas cadeias os conflitos
se resolvem com recurso à força e ao domínio, no
relacionamento interpessoal externo, é desejável o diálogo. Se
no cárcere, por uma questão de sobrevivência, a desconfiança
é um sentimento sempre presente, no relacionamento com a
família e os amigos, é fundamental a confiança. São duas
culturas em tudo divergentes, o que torna o indivíduo um
estranho no seio do seu ambiente de origem, impedindo-o de
desempenhar o seu papel social (Barreto, 2006).
Conclusão


Aplicar pena a determinados indivíduos sem um estudo prévio
de sua condição psicossocial é ignorar as consequências desse
ato social que, certamente, não irá contribuir para o êxito no
que respeita à reinserção social do sujeito. Recentes pesquisas
médicas sobre as bases neurobiológicas da atividade cerebral e
da personalidade têm sido desenvolvidas, indicando que existe
uma relação entre criminosos violentos e uma anatomia
diferenciada do cérebro (Castro, 2004).
Conclusão


O direito penal e a psiquiatria/psicologia forense, devem ter em
consideração as particularidades do infrator, tanto na
culpabilidade, quanto na aplicação da pena.

Existem situações em que o delito é efetuado por sujeitos que
padecem de diversas psicopatologias. Todavia, é fundamental
ter em conta que a presença de uma psicopatologia no
individuo é certamente trespassada por outras variáveis que
terão também contribuído para a adoção de comportamentos
criminosos.
Conclusão
No processo de encarceramento são diversas as dificuldades
de adaptação ao meio prisional, assim como são elevados os
níveis de sintomatologia que se observam na população
reclusa, como a ansiedade, a depressão e outras
psicopatologias. Fatores que podem comprometer o sucesso
das intervenções penitenciárias com fins reabilitativos.

Esta realidade é tanto mais melindrosa quando se constata que
a maioria da população reclusa tem origem em contextos
sociais desestruturados e desfavorecidos, com experiências
adversas na infância (Barreto, 2006).

Atualmente as sociedades debatem-se com graves problemas
económicos e sociais, emergindo a ideologia de que é preciso
proteger muitos outros que se encontram em exclusão antes de
desenvolver mecanismos voltados para a população carceral.
Conclusão


Contudo, não se deve descurar que uma penitenciária é um
segmento da sociedade, e não se separa dela. Depois de
cumprirem as suas penas, os prisioneiros ultrapassarão os
portões que os separam da parte “livre” da comunidade e
trarão, para fora da cadeia, reflexos do que sofreram e
enfrentaram dentro das suas celas (Marques, 2010).




                        Fim?
Referências
American Psychiatric Association. (2002) DSM-IV-TR. Manuel de diagnostico e estatística das perturbações mentais (5º Ed.; Almeida, Trad.) Lisboa, Climepsi Editores
Barreto, M. (2006) Depois das Grades: um Reflexo da Cultura Prisional em Indivíduos Libertos
Blair, J.; Mitchell, D.E e Blair, K. (2005) The psychopath: Emotion and the Brain. San Francisco, Blackwell Publishing
Carolo, R. (2005). Psiquiatria e Psicologia Forense: Suas Implicações na Lei. Universidade Internacional – Instituto Internacional de Estudos Especializados. Figueira da Foz
Castro, Isabel Medeiros de (2004) Psicopatia e suas consequências jurídico-penais. Tese de Mestrado no Âmbito do curso de Ciências Jurídicas e Sociais da PUCRS
Cleckley, H. (1976). The mask of sanity (5th. Ed.). St.Louis: Mosby. Originalmente publicado em 1941
Código Penal 1995 versão atualizada retirado em 10-11-2012 em http://www.pgdlisboa.pt/pgdl/leis/lei_mostra_articulado.php?nid=109&tabela=leis
Craig. H (2001). The Psychological Impact of Incarceration: Implications for Post-Prison Adjustment: University of California, Santa Cruz
De Greeff, E. (1964). Introduction à la criminologie. Bruxelles: Vander Plas. Eysenck, H. J. (1964/1977). Crime and personality (1st and 3rd ed.). London: Routledge and Kegan Paul
Fonseca, António Castro (2008). Psicologia e Justiça. – (Psicologia). Coimbra: Edições Almedina, SA
Foucault, M. (1987). Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes
Gonçalves, R. (1999). Psicopatia e processos adaptativos à prisão. Universidade do Minho: Centro de Estudos em Educação e Psicologia
Gonçalves, R. (2008). Delinquência, crime e adaptação à prisão. 3ºedição Coimbra: Quarteto Editora
HANEY, C. The Psychological Impact of Incarceration: Implications for Post-Prison Adjustment. University of California, Santa Cruz, December, 2001. Disponível na World Wide Web:
http://aspe.hhs.gov/hsp/prison2home02/haney.pdf
Hare, R.D. (2003). The Hare Psychopathy Checklist – Revised (2nd.Ed.) Toronto, On Canada : Multi-Health Systems
Harpur, T.J., Hare, R.D. & Hasktian, R. (1989) A two factor conceptualization of psychopathy: Construct validity and implications for assessement Psychological Assessement: A Journal of
consulting and clinical Psychology,1,6-17
Hare, S. E Hare, R. (1997) Psychopathy: Assessment and associotion with criminal conduct. In: Stoff, D.; Breiling J. E Maser, J. (Eds.). Handbook of antissocial behavior. Oxford, John Wiley and
sons, pp.22-35
Lahey, B. E Loeber, R. (1997). Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder, Oppositional Defiant Disorder, Conduct Disorder, and antisocial behavior: A life spam perspective. In: Stoff, D.; Breiling, J. E
Maser, J. (Eds). Handbook of antisocial behavior. Oxford, John Wiley and sons, pp. 51-59
Marques, Alina Maria Monteiro Bernardo (2010) Esquemas Mal-Adaptativos Precoces, Ansiedade, Depressão e Psicopatologia em Reclusas. Dissertação de Mestrado na área de especialização
Psicologia da Saúde. Porto – Faculdade de Psicologia e de Ciencias da Educação Universidade do Porto
Miskolci, R. (2003). Reflexões sobre Normalidade e Desvio Social. Estudos de Sociologia. Araraquara, Dep. Sociologia/Pós-Graduação em Sociologia, v.13/14,
p.109-126
Moreira, Nuno Alexandre Costa (2010). Suicídio nas Prisões. Edição Livpsic, 2010
Moreira, Nuno Alexandre Costa & Gonçalves, Rui Abrunhosa (2010). Perturbação mental e ideação suicida entre reclusos preventivos. Analise psicológica, 2010, 1(XXVIII):133-148
Moreno, Carlos Adolfo (2008). Uso de uso de substancias psicoactivas por internos e internas en establecimientos de reclusion y estrategias de intervencion – Estado del Arte - Nombre del
proyecto: Diseño, validación e implementación de instrumentos científicos para el proceso de valoración, clasificación y seguimientos en el tratamiento penitenciario de la población condenada en
los establecimientos de reclusión del orden nacional. Disponibilidad: Restringido. En: Colombia, 2008, p.43
NUNES, Laura M. (2009) - Crime - psicopatia, sociopatia e personalidade anti-social. Revista da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais. Porto: Edicoes Universidade Fernando Pessoa. ISSN
1646-0502. 6 (2009) 152-161.
Pais, L. (2005). Uma História das Ligações entre Psicologia e o Direito. (Alfa) e Ω (Omega). Temas Penitenciários
Paiva, C., Lopes, M. & Lopes, L. (2005). A prisão no feminino: Projecto ser dona de A (Alfa) e Ω (Omega). Temas Penitenciários
Pinatel, J. (1975). Criminologie. In P. Bouzart et J. Pinatel, Traité de droit penal et de criminologie, (Tome III, 3 ème éd.). Paris: Dalloz
Marques, A. (2010). Esquemas Mal-Adaptativos Precoces, Ansiedade, Depressão e Psicopatologia em Reclusas. Tese de Mestrado em Temas de Psicologia, Área de Especialização Psicologia da
Saúde, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, orientada pela Professora Doutora Cristina Queirós (F.P.C.E.U.P.)
Poiares, C. (2002). A descriminalização do consumo de drogas: abordagem juspsicológica. Toxicodependências. Vol. 8 (2): 29-35
Rodríguez, T., Acuña, N., Díaz, I. (2009). Factores psicosociales que inciden en la reintegración social de tres reclusos con vínculos a los grupos armados ilegales (FARC-EP, UC-ELN y AUC) del
Centro Penitenciario y Carcelario de Villahermosa. Pensamiento Psicológico, Vol. 6, N°13, 2009
Ruiz, J., Gomez, I, Landazabal M., Morales S., Sanches V. & Paez D. Riesgo de Suicidio en Prisión Y Factores Asociados: un estúdio exploratório en cinco centros penales de Bogotá. Revista
Colombiana de Psicologia n.º11, 99-114, 2002
Torres, Anália Cardoso e Gomes, Carmo (2002). Drogas e Prisões em Portugal. Relatório final desenvolvido em 2001 e publicado em 2002, Lisboa CIES/ISCTE
Torres, Anália Cardoso (2005). Drogas e Prisões: Relações Próximas. In: Revista Toxicodependências, Edição IDT, Volume 11, número 2, pp. 23-40, 2005
Tripicchio, Adalberto (2007) A psicopatologia forense às voltas com a simulação do suspeito. In: Psicologia – Rede Psi
Wellausen, Rafaela Stella (2009). Avaliação dos fatores associados ao uso de álcool e drogas na criminalidade: um estudo no sistema penitenciário. Dissertação de Mestrado do programa de Pós-
Gradução em Psicologia. Porto Alegre – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Psicologia
Widiger, T. E Corbitt, E. (1997) Comobidity of Antisocial Personality Disorder with other Personality Disorders. In: Stoff, D.; Breiling, J. E Maser, J. (Eds). Handbook of antisocial behavior. Oxford,
John Wiley and sons, pp. 75-82
Young, J. E. (1999). Cognitive therapy for personality disorders: A schema-focused approach. (3ª ed). Sarasota (USA): Professional Resource Press

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Psicopatia e transtorno de personalidade anti-social
Psicopatia e transtorno de personalidade anti-social Psicopatia e transtorno de personalidade anti-social
Psicopatia e transtorno de personalidade anti-social Laura Marcht
 
Cognição Social
Cognição SocialCognição Social
Cognição Socialnockinhas22
 
Introdução à psicopatologia
Introdução à psicopatologiaIntrodução à psicopatologia
Introdução à psicopatologiaCaio Maximino
 
Cognição Social
Cognição SocialCognição Social
Cognição Socialalicecanuto
 
Atitudes e Mudança de Atitudes
Atitudes e Mudança de AtitudesAtitudes e Mudança de Atitudes
Atitudes e Mudança de Atitudesalicecanuto
 
O problema no Psicodiagnóstico
O problema no PsicodiagnósticoO problema no Psicodiagnóstico
O problema no Psicodiagnósticohelogaliza
 
Processos Emocionais
Processos EmocionaisProcessos Emocionais
Processos EmocionaisJorge Barbosa
 
Memória - Psicologia
Memória - PsicologiaMemória - Psicologia
Memória - PsicologiaAna Felizardo
 
Relações interpessoais2
Relações interpessoais2Relações interpessoais2
Relações interpessoais2Nuno Pereira
 
Transtornos de ansiedade
Transtornos de ansiedadeTranstornos de ansiedade
Transtornos de ansiedadeMiriam Gorender
 
Psicopatologia da Infância e Adolescência
Psicopatologia da Infância e AdolescênciaPsicopatologia da Infância e Adolescência
Psicopatologia da Infância e AdolescênciaClaudia Paola Aguilar
 
Introdução ao estudo dos processos psicológicos básicos
Introdução ao estudo dos processos psicológicos básicosIntrodução ao estudo dos processos psicológicos básicos
Introdução ao estudo dos processos psicológicos básicosCaio Maximino
 
Fundamentos de psicopatologia
Fundamentos de psicopatologiaFundamentos de psicopatologia
Fundamentos de psicopatologiaUNICEP
 

Mais procurados (20)

Psicopatia e transtorno de personalidade anti-social
Psicopatia e transtorno de personalidade anti-social Psicopatia e transtorno de personalidade anti-social
Psicopatia e transtorno de personalidade anti-social
 
Cognição Social
Cognição SocialCognição Social
Cognição Social
 
Introdução à psicopatologia
Introdução à psicopatologiaIntrodução à psicopatologia
Introdução à psicopatologia
 
Cognição Social
Cognição SocialCognição Social
Cognição Social
 
Atitudes e Mudança de Atitudes
Atitudes e Mudança de AtitudesAtitudes e Mudança de Atitudes
Atitudes e Mudança de Atitudes
 
O problema no Psicodiagnóstico
O problema no PsicodiagnósticoO problema no Psicodiagnóstico
O problema no Psicodiagnóstico
 
Processos Emocionais
Processos EmocionaisProcessos Emocionais
Processos Emocionais
 
Psicologia Aplicada
Psicologia AplicadaPsicologia Aplicada
Psicologia Aplicada
 
A adolescência
A adolescênciaA adolescência
A adolescência
 
Memória - Psicologia
Memória - PsicologiaMemória - Psicologia
Memória - Psicologia
 
Relações interpessoais2
Relações interpessoais2Relações interpessoais2
Relações interpessoais2
 
saude mental
saude mental saude mental
saude mental
 
Transtornos de ansiedade
Transtornos de ansiedadeTranstornos de ansiedade
Transtornos de ansiedade
 
Psicopatologia da Infância e Adolescência
Psicopatologia da Infância e AdolescênciaPsicopatologia da Infância e Adolescência
Psicopatologia da Infância e Adolescência
 
AS EMOÇÕES
AS EMOÇÕESAS EMOÇÕES
AS EMOÇÕES
 
Desenvolvimento velhice
Desenvolvimento velhiceDesenvolvimento velhice
Desenvolvimento velhice
 
Introdução ao estudo dos processos psicológicos básicos
Introdução ao estudo dos processos psicológicos básicosIntrodução ao estudo dos processos psicológicos básicos
Introdução ao estudo dos processos psicológicos básicos
 
Fundamentos de psicopatologia
Fundamentos de psicopatologiaFundamentos de psicopatologia
Fundamentos de psicopatologia
 
Saúde mental
Saúde mentalSaúde mental
Saúde mental
 
Ansiedade
AnsiedadeAnsiedade
Ansiedade
 

Destaque (20)

Antropologia - Racismo
Antropologia - RacismoAntropologia - Racismo
Antropologia - Racismo
 
Programa de Prevenção de Transgressionalidades Juvenis
Programa de Prevenção de Transgressionalidades JuvenisPrograma de Prevenção de Transgressionalidades Juvenis
Programa de Prevenção de Transgressionalidades Juvenis
 
POC - Psicopatologia
POC - PsicopatologiaPOC - Psicopatologia
POC - Psicopatologia
 
Poms Profile Of Mood States
Poms Profile Of Mood StatesPoms Profile Of Mood States
Poms Profile Of Mood States
 
Objetivos para ser feliz
Objetivos para ser felizObjetivos para ser feliz
Objetivos para ser feliz
 
Competências
CompetênciasCompetências
Competências
 
Sabes o que é sucesso?
Sabes o que é sucesso?Sabes o que é sucesso?
Sabes o que é sucesso?
 
Burro - Etologia
Burro - EtologiaBurro - Etologia
Burro - Etologia
 
Ciúme - Psicologia Evolutiva
Ciúme - Psicologia EvolutivaCiúme - Psicologia Evolutiva
Ciúme - Psicologia Evolutiva
 
Motivação Escolar
Motivação EscolarMotivação Escolar
Motivação Escolar
 
Como Lidar Com os Alunos Desmotivados
Como Lidar Com os Alunos DesmotivadosComo Lidar Com os Alunos Desmotivados
Como Lidar Com os Alunos Desmotivados
 
Psiquiatria 02
Psiquiatria 02Psiquiatria 02
Psiquiatria 02
 
Decifrar - Psicologia da Linguagem
Decifrar - Psicologia da LinguagemDecifrar - Psicologia da Linguagem
Decifrar - Psicologia da Linguagem
 
Clas nosológica
  Clas nosológica  Clas nosológica
Clas nosológica
 
Normas sociais
Normas sociaisNormas sociais
Normas sociais
 
Ansiedade social
Ansiedade socialAnsiedade social
Ansiedade social
 
Descriminantes Putativas
Descriminantes PutativasDescriminantes Putativas
Descriminantes Putativas
 
Fobia social
Fobia socialFobia social
Fobia social
 
Figura Complexa de Rey
Figura Complexa de ReyFigura Complexa de Rey
Figura Complexa de Rey
 
Reiki
ReikiReiki
Reiki
 

Semelhante a Psicopatologia e Sistema Prisional

aula-1-comportamento-normal-x-comportamento-anormal (2).ppt
aula-1-comportamento-normal-x-comportamento-anormal (2).pptaula-1-comportamento-normal-x-comportamento-anormal (2).ppt
aula-1-comportamento-normal-x-comportamento-anormal (2).pptSANDRAREIS96
 
Psicopatia a origem do mal material janaína lobo
Psicopatia    a origem do mal material janaína loboPsicopatia    a origem do mal material janaína lobo
Psicopatia a origem do mal material janaína loboJuliana Lobo
 
PSICOPATIA - SERIAL KILLERS AMERICANOS DOS ANOS 80: MODUS OPERANDIS
PSICOPATIA - SERIAL KILLERS AMERICANOS DOS ANOS 80: MODUS OPERANDISPSICOPATIA - SERIAL KILLERS AMERICANOS DOS ANOS 80: MODUS OPERANDIS
PSICOPATIA - SERIAL KILLERS AMERICANOS DOS ANOS 80: MODUS OPERANDISMelissaAnsaneloRosa
 
Psicologia Jurídica
Psicologia JurídicaPsicologia Jurídica
Psicologia Jurídicajulilp10
 
DISTÚRBIOS MENTAIS E SUAS MEDIDAS DE PREVENÇÃO, VISÃO HOLÍSTICA DO SER HUMANO...
DISTÚRBIOS MENTAIS E SUAS MEDIDAS DE PREVENÇÃO, VISÃO HOLÍSTICA DO SER HUMANO...DISTÚRBIOS MENTAIS E SUAS MEDIDAS DE PREVENÇÃO, VISÃO HOLÍSTICA DO SER HUMANO...
DISTÚRBIOS MENTAIS E SUAS MEDIDAS DE PREVENÇÃO, VISÃO HOLÍSTICA DO SER HUMANO...JoiceLima69
 
2013-03-13-Aula-Obsessão e Transtornos Psíquicos-Rosana De Rosa
2013-03-13-Aula-Obsessão e Transtornos Psíquicos-Rosana De Rosa2013-03-13-Aula-Obsessão e Transtornos Psíquicos-Rosana De Rosa
2013-03-13-Aula-Obsessão e Transtornos Psíquicos-Rosana De RosaRosana De Rosa
 
Trabalho psicologia - Clínica e Forense
Trabalho  psicologia - Clínica e ForenseTrabalho  psicologia - Clínica e Forense
Trabalho psicologia - Clínica e Forensemluisavalente
 
SOBRE AS NEUROSES.pdf
SOBRE AS NEUROSES.pdfSOBRE AS NEUROSES.pdf
SOBRE AS NEUROSES.pdfssuser6647d3
 
Psicopatia e sociopatia
Psicopatia e sociopatiaPsicopatia e sociopatia
Psicopatia e sociopatiajaniramr
 
Processos Emocionais
Processos EmocionaisProcessos Emocionais
Processos EmocionaisJorge Barbosa
 
UFCD -6579- Cuidados de Saúde Mental
UFCD -6579-  Cuidados de Saúde MentalUFCD -6579-  Cuidados de Saúde Mental
UFCD -6579- Cuidados de Saúde MentalNome Sobrenome
 
sadementaledesenvolvimentodapersonalidade-140813214028-phpapp01.pdf
sadementaledesenvolvimentodapersonalidade-140813214028-phpapp01.pdfsadementaledesenvolvimentodapersonalidade-140813214028-phpapp01.pdf
sadementaledesenvolvimentodapersonalidade-140813214028-phpapp01.pdfKarlaejobson
 
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidade
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidadeSaúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidade
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidadeAroldo Gavioli
 
Influências emocionais no câncer de mama - Cartilha Informativa.ppt
Influências emocionais no câncer de mama - Cartilha Informativa.pptInfluências emocionais no câncer de mama - Cartilha Informativa.ppt
Influências emocionais no câncer de mama - Cartilha Informativa.pptGilson Tavares
 
Influências emocionais no câncer de mama - Cartilha informativa.pptx
Influências emocionais no câncer de mama - Cartilha informativa.pptxInfluências emocionais no câncer de mama - Cartilha informativa.pptx
Influências emocionais no câncer de mama - Cartilha informativa.pptxGilson Tavares
 

Semelhante a Psicopatologia e Sistema Prisional (20)

aula-1-comportamento-normal-x-comportamento-anormal (2).ppt
aula-1-comportamento-normal-x-comportamento-anormal (2).pptaula-1-comportamento-normal-x-comportamento-anormal (2).ppt
aula-1-comportamento-normal-x-comportamento-anormal (2).ppt
 
Psicopatia a origem do mal material janaína lobo
Psicopatia    a origem do mal material janaína loboPsicopatia    a origem do mal material janaína lobo
Psicopatia a origem do mal material janaína lobo
 
PSICOPATIA - SERIAL KILLERS AMERICANOS DOS ANOS 80: MODUS OPERANDIS
PSICOPATIA - SERIAL KILLERS AMERICANOS DOS ANOS 80: MODUS OPERANDISPSICOPATIA - SERIAL KILLERS AMERICANOS DOS ANOS 80: MODUS OPERANDIS
PSICOPATIA - SERIAL KILLERS AMERICANOS DOS ANOS 80: MODUS OPERANDIS
 
Introdução Psicologia
Introdução Psicologia Introdução Psicologia
Introdução Psicologia
 
Psicologia Jurídica
Psicologia JurídicaPsicologia Jurídica
Psicologia Jurídica
 
DISTÚRBIOS MENTAIS E SUAS MEDIDAS DE PREVENÇÃO, VISÃO HOLÍSTICA DO SER HUMANO...
DISTÚRBIOS MENTAIS E SUAS MEDIDAS DE PREVENÇÃO, VISÃO HOLÍSTICA DO SER HUMANO...DISTÚRBIOS MENTAIS E SUAS MEDIDAS DE PREVENÇÃO, VISÃO HOLÍSTICA DO SER HUMANO...
DISTÚRBIOS MENTAIS E SUAS MEDIDAS DE PREVENÇÃO, VISÃO HOLÍSTICA DO SER HUMANO...
 
2013-03-13-Aula-Obsessão e Transtornos Psíquicos-Rosana De Rosa
2013-03-13-Aula-Obsessão e Transtornos Psíquicos-Rosana De Rosa2013-03-13-Aula-Obsessão e Transtornos Psíquicos-Rosana De Rosa
2013-03-13-Aula-Obsessão e Transtornos Psíquicos-Rosana De Rosa
 
Trabalho psicologia - Clínica e Forense
Trabalho  psicologia - Clínica e ForenseTrabalho  psicologia - Clínica e Forense
Trabalho psicologia - Clínica e Forense
 
Transtornos de personalidade DSM 4 e TCC
Transtornos de personalidade DSM 4 e TCCTranstornos de personalidade DSM 4 e TCC
Transtornos de personalidade DSM 4 e TCC
 
SOBRE AS NEUROSES.pdf
SOBRE AS NEUROSES.pdfSOBRE AS NEUROSES.pdf
SOBRE AS NEUROSES.pdf
 
Psicologia 12º
Psicologia 12ºPsicologia 12º
Psicologia 12º
 
Psicopatia e sociopatia
Psicopatia e sociopatiaPsicopatia e sociopatia
Psicopatia e sociopatia
 
Processos Emocionais
Processos EmocionaisProcessos Emocionais
Processos Emocionais
 
UFCD -6579- Cuidados de Saúde Mental
UFCD -6579-  Cuidados de Saúde MentalUFCD -6579-  Cuidados de Saúde Mental
UFCD -6579- Cuidados de Saúde Mental
 
sadementaledesenvolvimentodapersonalidade-140813214028-phpapp01.pdf
sadementaledesenvolvimentodapersonalidade-140813214028-phpapp01.pdfsadementaledesenvolvimentodapersonalidade-140813214028-phpapp01.pdf
sadementaledesenvolvimentodapersonalidade-140813214028-phpapp01.pdf
 
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidade
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidadeSaúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidade
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidade
 
Influências emocionais no câncer de mama - Cartilha Informativa.ppt
Influências emocionais no câncer de mama - Cartilha Informativa.pptInfluências emocionais no câncer de mama - Cartilha Informativa.ppt
Influências emocionais no câncer de mama - Cartilha Informativa.ppt
 
Influências emocionais no câncer de mama - Cartilha informativa.pptx
Influências emocionais no câncer de mama - Cartilha informativa.pptxInfluências emocionais no câncer de mama - Cartilha informativa.pptx
Influências emocionais no câncer de mama - Cartilha informativa.pptx
 
TRANSTORNOS AB.ppt
TRANSTORNOS AB.pptTRANSTORNOS AB.ppt
TRANSTORNOS AB.ppt
 
Slides pp 2006.2007
Slides pp 2006.2007Slides pp 2006.2007
Slides pp 2006.2007
 

Psicopatologia e Sistema Prisional

  • 2. Idade Igreja Punição Média Primeiros Estabelecimentos Iluminismo Prisionais para Delinquentes Finais do Principio da Reabilitação Séc. XIX
  • 3. Hoje a Prisão é: • Um meio pelo qual se pretende corrigir ou intimidar aqueles que cometem delitos, com o fim de prevenir os seus comportamentos desviantes e assim ressocializá-los. • A integração social que se pretende encontra-se focalizada na ordem social, onde o geral se sobrepõe e prevalece sobre o particular e o domínio está presente pelas suas características de homogeneização e busca do equilíbrio do sistema social. (Rodriguez, Acuña & Diaz, 2009)
  • 4. Sistema Prisional Sociedades Função: •Locais de isolamento •Normas de funcionamento próprias •Regime de reclusão •Limitação da liberdade •Isolação por períodos mais ou menos alargados, consoante a pena •Conjunto de mecanismos que concorrem para a reabilitação, promoção e reposição da ordem (Pais, 2005)
  • 5. O Processo de Estatuto de Recluso Adaptação •Aumento dos níveis de ansiedade e de depressão •Incapacidade de resolver problemas familiares •Perda da identidade •Inatividade •Desorientação temporal •Geram patologias graves ao nível da saúde mental: • Gestão do stress e do autocontrolo • Transtornos na autoeficácia e diminuição da autoestima e autoimagem • Défices na comunicação verbal e não-verbal • Problemas sensoriais • Perturbações diversas: sexualidade, consumo de substâncias, doenças infecto-contagiosas, afetivas, despersonalização, adaptação à prisão e suicídio (Gonçalves, 2000).
  • 6. Tudo o que se encontra na maioria Normal dos casos de uma espécie Considerar como mentalmente Desvio perturbados todos os que se desviam da média Aquele que apesar da pressão exercida pelo sofrimento físico ou pela sociedade corresponde às Sanidade suas exigências e dos outros com estratégias de adaptação, resolução ou defesa Sofrimento, deficiência, incapacidade e perda de relações. Patologia Quem sofre mais que o aceitável para o seu grupo social ou país.
  • 7. Inimputabilidade A inimputabilidade baseia-se em três motivos: Biológico Psicológico Normativo O código penal (1995) prevê a inimputabilidade em razão de anomalia psíquica no artigo 20º, alínea 1 – “É inimputável quem, por força de uma anomalia psíquica, for incapaz, no momento da prática do facto, de avaliar a ilicitude deste ou de se determinar de acordo com essa avaliação”.
  • 8. Perigosidade A perigosidade – propensão para cometer atos de violência Prevista no código penal (1995) no artigo 91º do capítulo VII medidas de segurança na secção I internamento de inimputáveis Não é possível afirmar se alguém pode ou não vir a ser perigoso
  • 9. Personalidade Criminal • De Greeff: o delinquente é alguém que apenas difere da generalidade em termos de gradação de algumas dimensões. A personalidade criminal manifesta-se na passagem ao ato que coloca em ação mecanismos e processos que compõe o sujeito e que podem ou não ser entendidos como elementos intrínsecos de uma carreira criminal. (Torres, 2002)
  • 10. Personalidade Criminal • Pinatel, postulou 4 proposições fundamentais: – 1) Distingue-se por uma maior aptidão para a passagem ao ato – 2) Engloba traços psicológicos ou componentes agrupados num nó central assim como outras variantes – 3) O nó central: traços de agressividade, egocentrismo, labilidade e indiferença afetiva, elementos responsáveis pela passagem ao ato; variantes: referem-se a fatores de temperamento, aptidões físicas, intelectuais e profissionais, razões aparentes, necessidades nutritivas e sexuais, que modelam os cambiantes desse ato – 4) Dinamismo entre o modo e a forma como se articulam e interagem as características (Torres, 2002)
  • 11. Personalidade Criminal • Eysenck: a diferença entre o criminoso e o não criminoso, com base na variabilidade de intensidade de determinados traços psicológicos, demonstra que os criminosos possuíam um maior grau de extroversão (sendo por isso mais impulsivos), um maior grau de neuroticismo (entendido como maior instabilidade emocional) e um maior grau de psicoticismo (que equivaleria a uma postura de isolamento social e insensibilidade emocional) (Torres, 2002).
  • 12. Patologias A prática criminosa é várias vezes associada a presença de psicopatologias. Efetivamente, a associação entre o comportamento criminoso e a presença de determinadas psicopatologias contribui nalguns casos para a observância de alguns crimes. O comportamento criminoso pode também estar associado a uma perturbação da personalidade que atua como força impulsionadora da prática do crime (Nunes, 2009).
  • 13. DSM-IV-TR - Outras Simulação condições que podem ser foco da atenção médica Produção intencional de sintomas físicos ou psicológicos falsos ou exagerados motivados por incentivos externos ao sujeito a fim de evitar cumprimento de pena, entre outros Deve-se suspeitar de simulação nas seguintes situações: Sofrimento ou Falta de Contexto incapacidade Colaboração Médico-legal PASP ≠ Avaliação e (Juiz) objetivos Adesão O técnico Forense que avalia o sujeito deve ter sempre em consideração a existência de simulação. Não existem testes específicos para detetar a simulação (Fonseca, 2008).
  • 14. Perturbação Anti Social da Personalidade Padrão global de menosprezo e violação dos direitos dos outros como fraude e manipulação, é proveniente da Perturbação do Comportamento que se manifesta na infância ou adolescência e que tem continuidade na idade adulta. Também designada como psicopatia, sociopatia ou dissociativa da personalidade. A sua prevalência ronda os 3% nos homens e 1% nas mulheres, embora se verifique prevalências mais elevadas em populações prisionais, em ambiente judicial ou em tratamento de abuso de substâncias. O seu diagnóstico exige uma idade mínima de 18 anos.
  • 15. Perturbação Anti Social da Personalidade A Psicopatia não se reduz a mero constructo criminológico, sendo antes uma grave perturbação mental, à qual não raras vezes, se juntam outras perturbações da personalidade (Lahey e Loeber,1997). Pode considerar-se uma constelação de características aos níveis emocional, interpessoal e comportamental, conducente a um modo de funcionamento patológico, resumindo-se numa desordem emocional que potencia o risco para a emergência de comportamentos extremamente antissociais (Blair, Mitchell e Blair, 2005). A sua ligação ao crime será atravessada por múltiplos fatores (Nunes, 2009).
  • 16. Perturbação Estado-Limite da Personalidade Caracteriza-se por um padrão global de instabilidade no relacionamento interpessoal, na autoimagem, nos afetos e por uma impulsividade marcada com aparecimento no início da idade adulta e presente numa variedade de contextos. Várias causas apontam para a sua origem, desde a componente genética, a experiências traumáticas na infância e uma impulsividade no sujeito onde se irá refletir em comportamentos disfuncionais e conflitos psicossociais. É detentora de uma personalidade severa que se caracteriza pela sua rigidez de pensamento, pela resistência à mudança e por dificuldades no relacionamento interpessoal.
  • 17. Perturbação Estado-Limite da Personalidade Há frequentemente co-ocorrência de Perturbação do Eixo I, tais como Perturbações do Humor, Perturbações Relacionadas com Substâncias, Perturbações do Comportamento Alimentar, Perturbação Pós Stress Traumático e Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção Young (1999) têm mais probabilidade de desenvolver PEL os indivíduos oriundos de famílias desestruturadas onde a educação e os afetos são negligenciados pelos cuidadores como o abandono, a privação emocional, o abuso e o isolamento social
  • 18. Ansiedade e Depressão A ansiedade é a preocupação constante e exagerada de um conjunto de acontecimentos, onde o indivíduo experiencia grande agitação, nervosismo ou tensão interior, fadiga fácil, dificuldades de concentração, irritabilidade, tensão muscular, perturbações do sono. Em sujeitos que desenvolvam episódios depressivos surgem sintomas como a perda de interesse em quase todas as atividades, alterações de apetite ou peso, sono e atividade psicomotora, diminuição da energia, sentimentos de desvalorização pessoal ou culpa, dificuldades em pensar, concentrar-se e tomar decisões, pensamentos recorrentes a propósito da morte ou ideação, planos ou tentativas de suicídio. O humor é triste, sem esperança, desencorajador.
  • 19. Ansiedade e Depressão Mediante a capacidade de adaptação de cada sujeito, podem desenvolver-se dois tipos de depressão: Reativa + Severa As características comportamentais que aparecem nos reclusos deprimidos são: extrema tristeza, choro intenso, tensão, sentimentos de culpa, retirada social, inatividade, apatia, desesperança e perda de interesse em atividades que dantes lhe davam prazer (Moreira, 2010).
  • 20. Comportamentos Suicidários e Autolesivos A vida em meio prisional expõe constantemente o recluído a acontecimentos traumáticos que poderão levar a comportamentos autolesivos. Os comportamentos autolesivos são definidos como todo e qualquer ato através do qual um individuo causa uma lesão em si, mesmo independentemente do grau da intenção letal e conhecimento do verdadeiro motivo desse ato (Ruiz, Gomez, Landazabal, Morales, Sanches & Paez, 2002). Autolesões  indivíduos com PASP Para-suicídio  indivíduos com Perturbação Bordeline da personalidade Tentativa de suicídio  indivíduos que padecem de perturbações depressivas, (Moreira & Gonçalves, 2010).
  • 21. Comportamentos Suicidários e Autolesivos Somente alguns reclusos enveredam por comportamentos autolesivos, os mais predispostos, mais vulneráveis, ou seja, os que se encontram pouco equipados genética e hereditariamente e em termos desenvolvimentais ou sócio- familiares para responder de forma adequada e adaptativa às contingências da perda da liberdade e vida em reclusão. Segundo alguns estudos os reclusos que tentam o suicídio padecem de perturbações psiquiátricas. Em reclusas essa probabilidade é três vezes maior.
  • 22. Comportamentos Suicidários e Autolesivos Fatores de risco: Raça/Etnia Cela Masculino Casados branca Individual Prisão Preventivo Perpétua Fatores de ordem clínica: Ideação Consumo Perturbação Medicação Suicida Substâncias Psiquiátrica Psicotrópica
  • 23. Consumo de substâncias Em 1999, foi aprovada a primeira Estratégia Nacional de luta contra a droga, pela publicação da Resolução do Conselho de Ministros n.º 46/99, de 26 de Maio, pretendendo ser um instrumento orientador das diversas políticas sectoriais relativas à droga e à toxicodependência, dos domínios da prevenção, tratamento, redução de danos, reinserção social, cooperação internacional, combate ao tráfico e ao branqueamento de capitais e estabelecimentos prisionais e toxicodependência, onde no capitulo II ponto 3 alínea f diz: “Garantia de acesso ao tratamento para os reclusos toxicodependentes e promoção da medida de tratamento em alternativa à execução de pena”.
  • 24. Consumo de substâncias Segundo o DSM IV-TR a dependência é um conjunto de sintomas cognitivos, comportamentais e fisiológicos indicativos de que o sujeito continua a utilizar a substância apesar dos problemas significativos relacionados a esta. Existe um padrão de autoadministração repetida que resulta geralmente em tolerância, abstinência e comportamento compulsivo quanto ao consumo de drogas. O consumo de substâncias pode dar-se após enclausuramento ou antes da entrada nas prisões. Na realidade portuguesa há uma população que é presa devido ao consumo de drogas e aos crimes que cometem para sustentar o seu vício (Torres, 2005).
  • 25. Consumo de substâncias Consumo de Jovens (16 a 45) > Masculino substâncias Consumo de Inicio na Prisão Não é alarmante substâncias 17,9% 4,4% Cannabis 4,9% Heroína 3,1% Cocaína Fármacos No contexto prisional português justifica-se o consumo e a oferta de drogas por motivos de dependência, indução de euforia ou de estados tranquilizantes (Torres & Gomes, 2002).
  • 26. Consumo de substâncias No consumo de substâncias lícitas tais como medicamentos a maioria dos reclusos não toma qualquer tipo de medicamentos (58,8%), mas um número significativo (39,7%) toma medicação. Tipo de medicação: 46% 22,8% 61,3% Dormir Substituição 36,9% Calmantes Antidepressivos de Drogas Segundo os relatos dos reclusos o stresse na cadeia leva à toma de medicação para sentirem calma e para conseguirem dormir. O consumo de substâncias lícitas ou ilícitas deve-se: Alienação do Agressão Espaço
  • 27. Impacto Psicológico e Social O desencadeamento de elevados níveis de sintomatologia de psicopatologias, nomeadamente a esquizofrenia e psicose, a ansiedade, a depressão, a perturbação do pânico e as perturbações do humor (Marques, 2010). A assimilação, por parte dos reclusos, das tradições, valores, atitudes e costumes incutidos pelo ambiente prisional são apreendidos e aproveitados como um aspeto instintivo da necessidade de adaptação ou até mesmo de sobrevivência no inflexível sistema prisional (Haney, 2001). Os malefícios prolongam-se para além da libertação, o ex- recluso passa a ter grandes dificuldades em se reintegrar, em virtude da assimilação da cultura prisional, muito diferente no que concerne a regras e rotinas existentes no normal funcionamento do sistema existente no exterior (Barreto, 2006).
  • 28. Impacto Psicológico e Social Enquanto que, no estabelecimento prisional, se fomenta a passividade e submissão às regras da instituição, em liberdade é imprescindível haver autonomia. Se nas cadeias os conflitos se resolvem com recurso à força e ao domínio, no relacionamento interpessoal externo, é desejável o diálogo. Se no cárcere, por uma questão de sobrevivência, a desconfiança é um sentimento sempre presente, no relacionamento com a família e os amigos, é fundamental a confiança. São duas culturas em tudo divergentes, o que torna o indivíduo um estranho no seio do seu ambiente de origem, impedindo-o de desempenhar o seu papel social (Barreto, 2006).
  • 29. Conclusão Aplicar pena a determinados indivíduos sem um estudo prévio de sua condição psicossocial é ignorar as consequências desse ato social que, certamente, não irá contribuir para o êxito no que respeita à reinserção social do sujeito. Recentes pesquisas médicas sobre as bases neurobiológicas da atividade cerebral e da personalidade têm sido desenvolvidas, indicando que existe uma relação entre criminosos violentos e uma anatomia diferenciada do cérebro (Castro, 2004).
  • 30. Conclusão O direito penal e a psiquiatria/psicologia forense, devem ter em consideração as particularidades do infrator, tanto na culpabilidade, quanto na aplicação da pena. Existem situações em que o delito é efetuado por sujeitos que padecem de diversas psicopatologias. Todavia, é fundamental ter em conta que a presença de uma psicopatologia no individuo é certamente trespassada por outras variáveis que terão também contribuído para a adoção de comportamentos criminosos.
  • 31. Conclusão No processo de encarceramento são diversas as dificuldades de adaptação ao meio prisional, assim como são elevados os níveis de sintomatologia que se observam na população reclusa, como a ansiedade, a depressão e outras psicopatologias. Fatores que podem comprometer o sucesso das intervenções penitenciárias com fins reabilitativos. Esta realidade é tanto mais melindrosa quando se constata que a maioria da população reclusa tem origem em contextos sociais desestruturados e desfavorecidos, com experiências adversas na infância (Barreto, 2006). Atualmente as sociedades debatem-se com graves problemas económicos e sociais, emergindo a ideologia de que é preciso proteger muitos outros que se encontram em exclusão antes de desenvolver mecanismos voltados para a população carceral.
  • 32. Conclusão Contudo, não se deve descurar que uma penitenciária é um segmento da sociedade, e não se separa dela. Depois de cumprirem as suas penas, os prisioneiros ultrapassarão os portões que os separam da parte “livre” da comunidade e trarão, para fora da cadeia, reflexos do que sofreram e enfrentaram dentro das suas celas (Marques, 2010). Fim?
  • 33. Referências American Psychiatric Association. (2002) DSM-IV-TR. Manuel de diagnostico e estatística das perturbações mentais (5º Ed.; Almeida, Trad.) Lisboa, Climepsi Editores Barreto, M. (2006) Depois das Grades: um Reflexo da Cultura Prisional em Indivíduos Libertos Blair, J.; Mitchell, D.E e Blair, K. (2005) The psychopath: Emotion and the Brain. San Francisco, Blackwell Publishing Carolo, R. (2005). Psiquiatria e Psicologia Forense: Suas Implicações na Lei. Universidade Internacional – Instituto Internacional de Estudos Especializados. Figueira da Foz Castro, Isabel Medeiros de (2004) Psicopatia e suas consequências jurídico-penais. Tese de Mestrado no Âmbito do curso de Ciências Jurídicas e Sociais da PUCRS Cleckley, H. (1976). The mask of sanity (5th. Ed.). St.Louis: Mosby. Originalmente publicado em 1941 Código Penal 1995 versão atualizada retirado em 10-11-2012 em http://www.pgdlisboa.pt/pgdl/leis/lei_mostra_articulado.php?nid=109&tabela=leis Craig. H (2001). The Psychological Impact of Incarceration: Implications for Post-Prison Adjustment: University of California, Santa Cruz De Greeff, E. (1964). Introduction à la criminologie. Bruxelles: Vander Plas. Eysenck, H. J. (1964/1977). Crime and personality (1st and 3rd ed.). London: Routledge and Kegan Paul Fonseca, António Castro (2008). Psicologia e Justiça. – (Psicologia). Coimbra: Edições Almedina, SA Foucault, M. (1987). Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes Gonçalves, R. (1999). Psicopatia e processos adaptativos à prisão. Universidade do Minho: Centro de Estudos em Educação e Psicologia Gonçalves, R. (2008). Delinquência, crime e adaptação à prisão. 3ºedição Coimbra: Quarteto Editora HANEY, C. The Psychological Impact of Incarceration: Implications for Post-Prison Adjustment. University of California, Santa Cruz, December, 2001. Disponível na World Wide Web: http://aspe.hhs.gov/hsp/prison2home02/haney.pdf Hare, R.D. (2003). The Hare Psychopathy Checklist – Revised (2nd.Ed.) Toronto, On Canada : Multi-Health Systems Harpur, T.J., Hare, R.D. & Hasktian, R. (1989) A two factor conceptualization of psychopathy: Construct validity and implications for assessement Psychological Assessement: A Journal of consulting and clinical Psychology,1,6-17 Hare, S. E Hare, R. (1997) Psychopathy: Assessment and associotion with criminal conduct. In: Stoff, D.; Breiling J. E Maser, J. (Eds.). Handbook of antissocial behavior. Oxford, John Wiley and sons, pp.22-35 Lahey, B. E Loeber, R. (1997). Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder, Oppositional Defiant Disorder, Conduct Disorder, and antisocial behavior: A life spam perspective. In: Stoff, D.; Breiling, J. E Maser, J. (Eds). Handbook of antisocial behavior. Oxford, John Wiley and sons, pp. 51-59 Marques, Alina Maria Monteiro Bernardo (2010) Esquemas Mal-Adaptativos Precoces, Ansiedade, Depressão e Psicopatologia em Reclusas. Dissertação de Mestrado na área de especialização Psicologia da Saúde. Porto – Faculdade de Psicologia e de Ciencias da Educação Universidade do Porto Miskolci, R. (2003). Reflexões sobre Normalidade e Desvio Social. Estudos de Sociologia. Araraquara, Dep. Sociologia/Pós-Graduação em Sociologia, v.13/14, p.109-126 Moreira, Nuno Alexandre Costa (2010). Suicídio nas Prisões. Edição Livpsic, 2010 Moreira, Nuno Alexandre Costa & Gonçalves, Rui Abrunhosa (2010). Perturbação mental e ideação suicida entre reclusos preventivos. Analise psicológica, 2010, 1(XXVIII):133-148 Moreno, Carlos Adolfo (2008). Uso de uso de substancias psicoactivas por internos e internas en establecimientos de reclusion y estrategias de intervencion – Estado del Arte - Nombre del proyecto: Diseño, validación e implementación de instrumentos científicos para el proceso de valoración, clasificación y seguimientos en el tratamiento penitenciario de la población condenada en los establecimientos de reclusión del orden nacional. Disponibilidad: Restringido. En: Colombia, 2008, p.43 NUNES, Laura M. (2009) - Crime - psicopatia, sociopatia e personalidade anti-social. Revista da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais. Porto: Edicoes Universidade Fernando Pessoa. ISSN 1646-0502. 6 (2009) 152-161. Pais, L. (2005). Uma História das Ligações entre Psicologia e o Direito. (Alfa) e Ω (Omega). Temas Penitenciários Paiva, C., Lopes, M. & Lopes, L. (2005). A prisão no feminino: Projecto ser dona de A (Alfa) e Ω (Omega). Temas Penitenciários Pinatel, J. (1975). Criminologie. In P. Bouzart et J. Pinatel, Traité de droit penal et de criminologie, (Tome III, 3 ème éd.). Paris: Dalloz Marques, A. (2010). Esquemas Mal-Adaptativos Precoces, Ansiedade, Depressão e Psicopatologia em Reclusas. Tese de Mestrado em Temas de Psicologia, Área de Especialização Psicologia da Saúde, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, orientada pela Professora Doutora Cristina Queirós (F.P.C.E.U.P.) Poiares, C. (2002). A descriminalização do consumo de drogas: abordagem juspsicológica. Toxicodependências. Vol. 8 (2): 29-35 Rodríguez, T., Acuña, N., Díaz, I. (2009). Factores psicosociales que inciden en la reintegración social de tres reclusos con vínculos a los grupos armados ilegales (FARC-EP, UC-ELN y AUC) del Centro Penitenciario y Carcelario de Villahermosa. Pensamiento Psicológico, Vol. 6, N°13, 2009 Ruiz, J., Gomez, I, Landazabal M., Morales S., Sanches V. & Paez D. Riesgo de Suicidio en Prisión Y Factores Asociados: un estúdio exploratório en cinco centros penales de Bogotá. Revista Colombiana de Psicologia n.º11, 99-114, 2002 Torres, Anália Cardoso e Gomes, Carmo (2002). Drogas e Prisões em Portugal. Relatório final desenvolvido em 2001 e publicado em 2002, Lisboa CIES/ISCTE Torres, Anália Cardoso (2005). Drogas e Prisões: Relações Próximas. In: Revista Toxicodependências, Edição IDT, Volume 11, número 2, pp. 23-40, 2005 Tripicchio, Adalberto (2007) A psicopatologia forense às voltas com a simulação do suspeito. In: Psicologia – Rede Psi Wellausen, Rafaela Stella (2009). Avaliação dos fatores associados ao uso de álcool e drogas na criminalidade: um estudo no sistema penitenciário. Dissertação de Mestrado do programa de Pós- Gradução em Psicologia. Porto Alegre – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Psicologia Widiger, T. E Corbitt, E. (1997) Comobidity of Antisocial Personality Disorder with other Personality Disorders. In: Stoff, D.; Breiling, J. E Maser, J. (Eds). Handbook of antisocial behavior. Oxford, John Wiley and sons, pp. 75-82 Young, J. E. (1999). Cognitive therapy for personality disorders: A schema-focused approach. (3ª ed). Sarasota (USA): Professional Resource Press