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Universidade Federal de Sergipe
Departamento de Educação- Pedagogia
Disciplina: Alfabetização
Alunas: Adriana de Oliveira
Eline Santos
Janna Selli
Juliana Fontes
Análise da Cartilha
Professora: Iara Campelo
São Cristovão, 2012
Analisando a Cartilha sob a perspectiva da escrita
O primeiro contato que a criança tem com a escrita logo que ingressa na educação
infantil é com a cópia, partindo da cartilha, todas as atividades pressupostas para a criança é
seguir ao pé da letra o que diz as referentes atividades. Ações essas que podem causar muitas
das vezes um mecanismo se essa for a única forma de aprendizado da escrita usada em sala
de aula.
Duas cartilhas foram observadas, na cartilha observada em sala percebesse que seria
necessário o acompanhamento continuo do professor, pois suas questões de forma sistemática
impediriam que o aluno desenvolvesse as questões contidas nela de forma isolada. Outra
cartilha observada preparada especialmente para uma determinada turma, nos trás de forma
mais clara os objetivo propostos pelas as atividades, sendo ela construída especialmente para
crianças especificas as tarefas traziam a tona não somente as questões de letramentos, mas
também assuntos do cotidiano das crianças, vivencias que elas já tinham conhecimento
facilitavam o desenrolar da aula.
A cartilha será relevante se não tomada como única atividade utilizada para
alfabetização das crianças. Vários outros matérias podem ser utilizado com o mesmo
propósito, e com maiores variação de tarefas, jogos, músicas, contos infantis e vários outros
recursos causariam um maior impacto no avanço de alfabetização de varias crianças. Não
necessariamente sendo a cartilha um material obrigatório para serem usados em sala de aula,
outros recursos com a mesma qualidade poderia ser aproveitada para o ensino da escrita,
diversificando as tarefas as crianças não perderiam o interesse por aprender e desenvolveriam
assim uma leitura/escrita proveitosa.
Analisando a Cartilha sob a perspectiva da Leitura
A leitura deve ser o resultado do objetivo da escrita, pois se alguém escreve, escreve
para ser lido. Porém as atividades no ensino da leitura podem preceder o ensino da escrita,
mas independente deve levar em consideração aspectos da “leitura de mundo”, da realidade e
contexto a que os alunos estão inseridos, assim como, levá-los a uma reflexão sobre o assunto
possibilitando a assimilação do conteúdo. Dessa maneira, a leitura não é apenas um ato de
decodificação, ela está atrelada ao processo de compreender a escrita, interpretar, refletir
sobre o contexto do texto, e assim construir um conhecimento sobre o que foi lido.
Analisando as cartilhas é notório que as atividades propostas foram elaboradas de
maneira aleatória e desconectas de sentido, não levando em consideração o conhecimento de
mundo e também descartando aspectos do letramento como referências sociais, culturais e
linguísticas. As questões ao mostrarem-se sem sentido e significado induz o aluno a
repetição, a dar respostas mecanizadas sem pensar, interpretar ou muito menos levá-lo à
reflexão.
Cartilhas como essa deixam de explorar o lado lúdico, interessante e divertido que o
ato da leitura pode ser, tornando a atividade cansativa e chata para os alunos. É preciso
repensar como devemos trabalhar em sala de aula e levar em consideração que exercícios de
cartilha não exploram completamente o que se pode abstrair e aprender em uma leitura.
Nenhuma das questões da cartilha abordou fatos abstratos, que levam o aluno a imaginação e
criação de um significado para as palavras, deixado de lado um aspecto muito importante
para se entender o contexto de um texto.
Analisando a Cartilha sob a perspectiva da relação professor-aluno.
É a partir dos pressupostos atuais que norteiam a discussão sobre a melhor forma de
alfabetizar que iniciamos a explanação sobre a relação do educador com o aluno, nesse
processo, procuraremos analisar atividades da cartilha e seu objetivo direto, indireto ou
ambos e as implicações que essas atividades têm na interação dos sujeitos na sala de aula.
Nesta trilha de proposições, é possível afirmar que essas atividades analisadas,
influem diretamente na relação do professor com o aluno, e foi possível identificar alguns
fatores que justificam a necessária aproximação do professor com a criança. Um desses
fatores é que as atividades foram produzidas sem respeitar condições regionais, culturais
presentes na vida das crianças, daí uma grande necessidade da interferência do professor para
auxiliar o alfabetizando a identificar figuras desconhecidas para eles como, por exemplo, um
“iglu”. É uma tarefa difícil para a criança associar sons de coisas que ela não conhece. Outro
fator identificado, foi a dificuldade para que a criança entenda o que a questão pede sem a
ajuda do adulto educador, figuras confusas sem uma real ligação com a questão.
Dentro dessa configuração, entendemos a relação professor aluno como essencial e
imprescindível, sob a lógica de que a cartilha exige uma proximidade grande entre aluno e
educador, para que a criança possa sentir segurança em ser totalmente direcionado por um
caminho totalmente desconhecido para ela. No âmbito da valorização da criança, devemos
questionar até que ponto está relação é proveitosa e prazerosa para ela, sendo apenas um
coadjuvante no processo de alfabetização, em um processo totalmente mecanizando, que
impede o desenvolvimento da autonomia da criança assim como, acaba por excluir da criança
a possibilidade de ser protagonista no seu processo de alfabetização, sem falar da interação
entre o adulto educador e o aluno que fica prejudicada, pela constante atuação e interferência
direta do professor nessas atividades da cartilha.
Analisando a cartilha sob a perspectiva da variação linguística
Toda língua possui suas variações linguísticas. Algumas se transformam ao longo de sua
história (a variação do tempo) e outras através do espaço (variação regional, comunidades,
etc.).
Com o passar do tempo à maneira de falar vai ganhando novas formas, vão assumindo
característica do grupo social em que o individuo vive. Adquirindo assim, novos dialetos.
Nesse novo dialeto uma concepção de diferente é adquirida pela sociedade, rotulando aqueles
que utilizam essa forma de falar como errada. Nesse contexto preconceituoso é que a criança
adentra ao ambiente escolar, sendo considerada uma folha em branco; aonde o professor irá
escrevê-la ao seu bem prazer.
Tudo que este pequeno ser aprendeu é considerado errado e terá que “excluir” da sua vida.
Passando dessa maneira a adentrar ao universo da norma culta.
As cartilhas são um exemplo claro disso. Ao analisar algumas tarefas pode-se perceber que a
língua é totalmente padrão, que não há exemplos de regionalismo, ou mesmo da língua
coloquial. Existem até exemplos de coisas que o aluno não conhece, dificultando ainda mais
o aprendizado, a absolvição do conteúdo.
É extremamente importante que exista uma proximidade do estudante com os assuntos
utilizados na alfabetização. Pois dessa forma, pode-se utilizar a bagagem que ele traz de casa.

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  • 1. Universidade Federal de Sergipe Departamento de Educação- Pedagogia Disciplina: Alfabetização Alunas: Adriana de Oliveira Eline Santos Janna Selli Juliana Fontes Análise da Cartilha Professora: Iara Campelo São Cristovão, 2012
  • 2. Analisando a Cartilha sob a perspectiva da escrita O primeiro contato que a criança tem com a escrita logo que ingressa na educação infantil é com a cópia, partindo da cartilha, todas as atividades pressupostas para a criança é seguir ao pé da letra o que diz as referentes atividades. Ações essas que podem causar muitas das vezes um mecanismo se essa for a única forma de aprendizado da escrita usada em sala de aula. Duas cartilhas foram observadas, na cartilha observada em sala percebesse que seria necessário o acompanhamento continuo do professor, pois suas questões de forma sistemática impediriam que o aluno desenvolvesse as questões contidas nela de forma isolada. Outra cartilha observada preparada especialmente para uma determinada turma, nos trás de forma mais clara os objetivo propostos pelas as atividades, sendo ela construída especialmente para crianças especificas as tarefas traziam a tona não somente as questões de letramentos, mas também assuntos do cotidiano das crianças, vivencias que elas já tinham conhecimento facilitavam o desenrolar da aula. A cartilha será relevante se não tomada como única atividade utilizada para alfabetização das crianças. Vários outros matérias podem ser utilizado com o mesmo propósito, e com maiores variação de tarefas, jogos, músicas, contos infantis e vários outros recursos causariam um maior impacto no avanço de alfabetização de varias crianças. Não necessariamente sendo a cartilha um material obrigatório para serem usados em sala de aula, outros recursos com a mesma qualidade poderia ser aproveitada para o ensino da escrita, diversificando as tarefas as crianças não perderiam o interesse por aprender e desenvolveriam assim uma leitura/escrita proveitosa.
  • 3. Analisando a Cartilha sob a perspectiva da Leitura A leitura deve ser o resultado do objetivo da escrita, pois se alguém escreve, escreve para ser lido. Porém as atividades no ensino da leitura podem preceder o ensino da escrita, mas independente deve levar em consideração aspectos da “leitura de mundo”, da realidade e contexto a que os alunos estão inseridos, assim como, levá-los a uma reflexão sobre o assunto possibilitando a assimilação do conteúdo. Dessa maneira, a leitura não é apenas um ato de decodificação, ela está atrelada ao processo de compreender a escrita, interpretar, refletir sobre o contexto do texto, e assim construir um conhecimento sobre o que foi lido. Analisando as cartilhas é notório que as atividades propostas foram elaboradas de maneira aleatória e desconectas de sentido, não levando em consideração o conhecimento de mundo e também descartando aspectos do letramento como referências sociais, culturais e linguísticas. As questões ao mostrarem-se sem sentido e significado induz o aluno a repetição, a dar respostas mecanizadas sem pensar, interpretar ou muito menos levá-lo à reflexão. Cartilhas como essa deixam de explorar o lado lúdico, interessante e divertido que o ato da leitura pode ser, tornando a atividade cansativa e chata para os alunos. É preciso repensar como devemos trabalhar em sala de aula e levar em consideração que exercícios de cartilha não exploram completamente o que se pode abstrair e aprender em uma leitura. Nenhuma das questões da cartilha abordou fatos abstratos, que levam o aluno a imaginação e criação de um significado para as palavras, deixado de lado um aspecto muito importante para se entender o contexto de um texto.
  • 4. Analisando a Cartilha sob a perspectiva da relação professor-aluno. É a partir dos pressupostos atuais que norteiam a discussão sobre a melhor forma de alfabetizar que iniciamos a explanação sobre a relação do educador com o aluno, nesse processo, procuraremos analisar atividades da cartilha e seu objetivo direto, indireto ou ambos e as implicações que essas atividades têm na interação dos sujeitos na sala de aula. Nesta trilha de proposições, é possível afirmar que essas atividades analisadas, influem diretamente na relação do professor com o aluno, e foi possível identificar alguns fatores que justificam a necessária aproximação do professor com a criança. Um desses fatores é que as atividades foram produzidas sem respeitar condições regionais, culturais presentes na vida das crianças, daí uma grande necessidade da interferência do professor para auxiliar o alfabetizando a identificar figuras desconhecidas para eles como, por exemplo, um “iglu”. É uma tarefa difícil para a criança associar sons de coisas que ela não conhece. Outro fator identificado, foi a dificuldade para que a criança entenda o que a questão pede sem a ajuda do adulto educador, figuras confusas sem uma real ligação com a questão. Dentro dessa configuração, entendemos a relação professor aluno como essencial e imprescindível, sob a lógica de que a cartilha exige uma proximidade grande entre aluno e educador, para que a criança possa sentir segurança em ser totalmente direcionado por um caminho totalmente desconhecido para ela. No âmbito da valorização da criança, devemos questionar até que ponto está relação é proveitosa e prazerosa para ela, sendo apenas um coadjuvante no processo de alfabetização, em um processo totalmente mecanizando, que impede o desenvolvimento da autonomia da criança assim como, acaba por excluir da criança a possibilidade de ser protagonista no seu processo de alfabetização, sem falar da interação entre o adulto educador e o aluno que fica prejudicada, pela constante atuação e interferência direta do professor nessas atividades da cartilha.
  • 5. Analisando a cartilha sob a perspectiva da variação linguística Toda língua possui suas variações linguísticas. Algumas se transformam ao longo de sua história (a variação do tempo) e outras através do espaço (variação regional, comunidades, etc.). Com o passar do tempo à maneira de falar vai ganhando novas formas, vão assumindo característica do grupo social em que o individuo vive. Adquirindo assim, novos dialetos. Nesse novo dialeto uma concepção de diferente é adquirida pela sociedade, rotulando aqueles que utilizam essa forma de falar como errada. Nesse contexto preconceituoso é que a criança adentra ao ambiente escolar, sendo considerada uma folha em branco; aonde o professor irá escrevê-la ao seu bem prazer. Tudo que este pequeno ser aprendeu é considerado errado e terá que “excluir” da sua vida. Passando dessa maneira a adentrar ao universo da norma culta. As cartilhas são um exemplo claro disso. Ao analisar algumas tarefas pode-se perceber que a língua é totalmente padrão, que não há exemplos de regionalismo, ou mesmo da língua coloquial. Existem até exemplos de coisas que o aluno não conhece, dificultando ainda mais o aprendizado, a absolvição do conteúdo. É extremamente importante que exista uma proximidade do estudante com os assuntos utilizados na alfabetização. Pois dessa forma, pode-se utilizar a bagagem que ele traz de casa.