SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 197
Baixar para ler offline
NA ERA DA TRANSIÇÃO
PLANETÁRIA
- As estratégias das Trevas
SUMÁRIO
1. Introdução.................................................................................................... 1
1.1 A Era da Transição Planetária.....................................................................1
1.1.1 Objetivos e Características – considerações Doutrinárias ..........................1
1.1.2 Implicações Reencarnatórias – faixas reencarnatórias................................4
1.1.2.1Espíritos vindos de Regiões Trevosas.........................................................5
1.1.2.2Espíritos vindos de Regiões Umbralinas ..................................................10
1.1.2.3Espíritos vindos de Outras Regiões Espirituais – regiões de transição ....10
1.1.2.4Espíritos vindos de Regiões Espirituais Superiores..................................11
1.1.2.5Espíritos vindos de Outros Orbes..............................................................13
1.1.3 Implicações Sociais/Espirituais.................................................................14
1.1.3.1Aumento do Materialismo.........................................................................14
1.1.3.2Aumento da Violência...............................................................................16
1.1.3.3Aumento da Degradação Moral/Ética.......................................................18
1.1.3.4Aumento dos Conflitos Sociais.................................................................20
1.1.3.5Aumento dos Processos Obsessivos/Nuvens de Perturbação ...................21
1.2 O Livro “Trilhas da Libertação” – 25 anos...............................................29
2. As Organizações das Trevas..................................................................... 30
2.1. Estrutura/Organização...............................................................................30
2.1.1. Características Gerais................................................................................30
2.1.1.1. A Cidade da “Justiça” ..........................................................................38
2.1.1.2. A Cidade da “Perversão Moral”...........................................................49
2.2. O Soberano das Trevas..............................................................................55
3. As Diretrizes das Trevas – Trilhas da Libertação ................................. 62
3.1 A 1º Diretriz – o Sexo ...............................................................................63
3.1 A 2º Diretriz – a Vaidade..........................................................................65
3.2 A 3º Diretriz – o Poder..............................................................................69
3.3 A 4º Diretriz – o Dinheiro.........................................................................70
4. As Diretrizes das Trevas e os Trabalhadores/Médiuns Espíritas ........ 71
4.1. Trabalhos Espirituais em desequilíbrio.....................................................71
4.2. Médiuns em desequilíbrio – Trilhas da Libertação...................................72
4.2.1. O Caso Davi – 1º + 2º +3º + 4º Diretrizes.................................................73
4.2.2. O Caso Raulinda – 1º Diretriz – Sexo + Animismo .................................87
4.2.3. O Caso Francisco – 1º Diretriz – Sexo......................................................95
4.3. Falências Mediúnicas – Tormentos da Obsessão....................................100
4.3.1. O Caso Almério - 1º Diretriz - Sexo .......................................................103
4.3.2. O Caso Leôncio - 2º Diretriz - Vaidade..................................................107
4.3.3. O Caso Ambrósio - 3º Diretriz - Poder...................................................111
4.3.4. O Caso Evaldo - 4º Diretriz - Dinheiro...................................................120
4.4. Trabalhos Espirituais e Médiuns – A Proteção Superior........................126
5. Livro Trilhas da Libertação – 25 anos.................................................. 127
5.1. A Série Manoel Philomeno de Miranda..................................................127
5.1.1. Importância .............................................................................................127
5.1.2. Composição da Série...............................................................................129
5.1.3. Livros – Sinopses....................................................................................130
5.1.3.1. Nos Bastidores da Obsessão – 1970 ..................................................130
5.1.3.2. Grilhões Partidos – 1974....................................................................131
5.1.3.3. Tramas do Destino – 1976 .................................................................132
5.1.3.4. Nas Fronteiras da Loucura – 1982 .....................................................133
5.1.3.5. Painéis da Obsessão – 1984 ...............................................................135
5.1.3.6. Loucura e Obsessão – 1988................................................................136
5.1.3.7. Temas da Vida e da Morte – 1989 .....................................................137
5.1.3.8. Trilhas da Libertação – 1996..............................................................139
5.1.3.9. Tormentos da Obsessão – 2001..........................................................140
5.1.3.10. Sexo e Obsessão – 2003...................................................................141
5.1.3.11. Entre os Dois Mundos – 2006..........................................................142
5.1.3.12. Reencontro com a Vida – 2006........................................................144
5.1.3.13. Transtornos Psiquiátricos e Obsessivos – 2009 ...............................145
5.1.3.14. Transição Planetária – 2010 .............................................................146
5.1.3.15. Mediunidade: Desafios e Bênçãos – 2012 .......................................147
5.1.3.16. Amanhecer de Uma Nova Era – 2012..............................................148
5.1.3.17. Perturbações Espirituais – 2015 .......................................................150
5.1.3.18. No Rumo do Mundo de Regeneração – 2021 ..................................151
5.2. Livro Trilhas da Libertação.....................................................................152
5.2.1. Estrutura/histórico...................................................................................152
5.2.2. Resumo....................................................................................................153
5.2.3. Destaques – por capítulo.........................................................................154
5.2.4. Instrutores – biografia .............................................................................166
5.2.4.1. José Carneiro de Campos...................................................................166
5.2.4.2. Manoel Philomeno de Miranda..........................................................168
6. Anexo – Exemplos ...................................................................................171
6.1 O Caso Edson Queiroz............................................................................171
6.1.1 Biografia..................................................................................................171
6.1.2 Falência Mediúnica - Histórico...............................................................177
6.1.3 O Médium “Davi” e o Médium Edson Queiroz......................................181
7. Referências...............................................................................................187
1
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
1. Introdução
1.1 A Era da Transição Planetária
1.1.1 Objetivos e Características – considerações Doutrinárias
Pode-se, pois, dizer que os tempos são chegados, sem que isso signifique que as coisas
sucederão amanhã. Significa unicamente que vos achais no período em que elas se verificarão.
Sem dúvida, não tendes que temer nem um dilúvio, nem o abrasamento do vosso
planeta, nem outros fatos desse gênero, visto que não se podem denominar cataclismos a
perturbações locais que se têm produzido em todas as épocas. Apenas haverá um cataclismo
de natureza moral, cujos instrumentos serão os próprios homens.
O Espirito de Verdade – Obras Póstumas – 2º Parte – 10 de junho de 1856
São chegados os tempos, dizem-nos de todas as partes, marcados por Deus, em que
grandes acontecimentos se vão dar para regeneração da Humanidade.
Allan Kardec – A Gênese - Cap. 18 – A Nova Geração - item 1
A Terra chegou a um de seus períodos de transformação, e vai passar de um mundo
expiatório à mundo regenerador. Então os homens encontrarão nela a felicidade, porque a
Lei de Deus a governará.
Allan Kardec - Evangelho segundo o Espiritismo - Cap. 3 - Há muitas moradas na
casa de meu Pai - item 19
A Terra deixará, então, de ser um mundo expiatório e os homens não sofrerão mais as
misérias decorrentes das suas imperfeições.
Aliás, por esta transformação, que neste momento se opera, a Terra se elevará na
hierarquia dos mundos.
Allan Kardec - Céu e Inferno – 1º Parte - Cap.5 – O Purgatório - item 9
A Terra deixará de ser mundo de sofrimentos, de exílio espiritual, de recuperações
dolorosas, para tornar-se um plano de regeneração, quando a dor mais cruel baterá em
retirada e o crime for abandonado, a benefício do cultivo dos deveres e das virtudes.
Vianna de Carvalho – Atualidade do Pensamento Espírita – Cap.1 – Ciências
Sociais
2
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
A transformação da Humanidade foi predita e chegais a esse momento em que todos
os homens progressistas estão se apressando. Ela se realizará pela encarnação de Espíritos
melhores que constituirão sobre a Terra uma nova geração.
Então os Espíritos dos maus, que a morte ceifa diariamente, e todos os que tentem deter
a marcha das coisas serão excluídos, porque estariam deslocados entre os homens de bem, cuja
felicidade perturbariam.
Irão para mundos novos, menos adiantados, cumprir missões penosas, nas quais
poderão trabalhar pelo seu próprio adiantamento ao mesmo tempo que trabalharão para o
adiantamento de seus irmãos ainda mais atrasados.
São Luiz – Livro dos Espíritos – 4º Parte – Cap. 2 - Perg. 1019 – Paraiso, inferno e
purgatório
O planeta renovado na sua constituição física, harmonizadas as placas tectônicas,
diminuída a alta temperatura do magma vulcânico, muitos cataclismos que o assolavam e
destruíam, desaparecerão, a pouco e pouco, apresentando-se com equilíbrio de temperatura,
sem os calores calcinantes, nem os frios enregelantes, e com paisagens edênicas...
Adaptando-se às novas condições climáticas, o organismo físico experimentará
modificações especiais, em razão também dos seres que o habitarão, imprimindo nele outros
valores fisiopsicológicos, que irão contribuir para a sua evolução espiritual.
Manoel Philomeno de Miranda – Transição Planetária – Cap. 13 – Conquistando o
tempo malbaratado
Com o corpo e o psiquismo mais aprimorados, nós sairemos da fase do Homo Sapiens
Sapiens para adentramos a fase que poderíamos denominar o período do HOMO
VIRTUALIS, no qual as comunicações, que hoje contam com a realidade virtual, serão
realizadas exclusivamente pelo intercâmbio mental.
Divaldo Franco – Vivências do Amor em Família – Cap. 5 – Crianças da
Nova Era
O processo de transição apresenta-se, há um bom tempo, com fases específicas:
− as ocorrências sísmicas, que são de todos os períodos, agora, porém, mais aceleradas,
− os sofrimentos morais decorrentes das conjunturas enfermiças geradas pelas próprias
criaturas humanas, em razão de haverem optado pelos roteiros mais difíceis,
− as enfermidades dilaceradoras que encontram campo de expansão naqueles que se
encontram receptivos,
− as dores coletivas resultantes dos interesses subalternos dos déspotas, dos ambiciosos,
dos que se fazem verdugos da Humanidade, assessorados por outros semelhantes que
os mantêm na condição infeliz...
Bezerra de Meneses – Amanhecer de uma Nova Era – Cap. 16 – Durante a
grande transição planetária
3
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
Opera-se, na Terra, neste largo período, a grande transição anunciada pelas escrituras
e confirmada pelo Espiritismo.
O planeta sofrido experimenta convulsões especiais, tanto na sua estrutura física e
atmosférica, ajustando as suas diversas camadas tectônicas, quanto na sua constituição moral.
Isto porque os espíritos que o habitam, ainda caminhando em faixas de inferioridade, estão
sendo substituídos por outros mais elevados que a impulsionarão pelas trilhas do
progresso moral, dando lugar a uma era nova de paz e de felicidade.
Os espíritos renitentes na perversidade e nos desmandos, na sensualidade e vileza, estão
sendo recambiados lentamente para mundos inferiores onde enfrentarão as
consequências dos seus atos ignóbeis, assim renovando-se e predispondo-se ao retorno
planetário quando recuperados e decididos ao cumprimento das leis de amor.
Não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta como resultado da
lei de destruição, geradora desses fenômenos, como ocorre com o outono que derruba a
folhagem das árvores a fim de que possam enfrentar a invernia rigorosa, renascendo
exuberantes com a chegada da primavera, mas também os de natureza moral, social e humana
que assinalarão os dias tormentosos, que já se vivem.
Os combates apresentam-se individuais e coletivos, ameaçando de destruição a vida
com hecatombes inimagináveis. A loucura, decorrente do materialismo dos indivíduos, atira-os
nos abismos da violência e da insensatez, ampliando o campo do desespero que se alarga em
todas as direções.
Esfacelam-se os lares, desorganizam-se os relacionamentos afetivos,
desestruturam-se as instituições, as oficinas de trabalho convertem-se em áreas de
competição desleal, as ruas do mundo transformam-se em campos de lutas perversas,
levando de roldão os sentimentos de solidariedade e de respeito, de amor e de caridade…
A turbulência vence a paz, o conflito domina o amor, a luta desigual substitui a
fraternidade. …, mas essas ocorrências são apenas o começo da grande transição.
Joanna de Ângelis – 30/07/2006, RJ - Presença Espírita, setembro/outubro 2006, Nº
256 – Jesus e Vida – Cap. 1 – A grande Transição.
4
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
1.1.2 Implicações Reencarnatórias – faixas reencarnatórias
“Época de Transição”: esta é a legenda que repetis frequentemente para definir a
atualidade terrestre, em que surpreendeis, a cada passo, larga fieira de ocorrências inusitadas:
Conflitos; Desencarnações em massa; Acidentes enlutando almas e lares; Desvinculações
violentas; Dramas no instituto doméstico; Processos obsessivos, culminando com perturbações
e lágrimas; Moléstias de etiologia obscura; Incompreensões.
(...) Perante a Vida Maior, quase tudo aquilo que vedes, presentemente, em matéria
de agitação ou desequilíbrio, nada mais significa que a movimentação mais intensa de
vastas coletividades que retornam à Esfera Física, em regime de urgência, no intuito de
conseguirem retoques e meios com que possam abordar os tempos novos em condições mais
dignas de trabalho e progresso.
Emmanuel - Diálogos dos Vivos – Cap. 21 – Dupla Renovação
Sucede, meus filhos, que as regiões de sofrimento profundo estão liberando seus
hóspedes que ali ficaram, em cárcere privado, por muitos séculos e agora, na grande
transição, recebem a oportunidade de voltarem-se para o bem ou de optar pela loucura a que se
têm entregado. E esses, que teimosamente permanecem no mal, a benefício próprio e do planeta,
irão ao exílio em orbes inferiores onde lapidarão a alma auxiliando os seus irmãos de natureza
primitiva, como nos aconteceu no passado.
Bezerra de Meneses – A Mediunidade e a Transição Planetária – O Consolador - Ano
8 - N° 385 - 19 de Outubro de 2014
Face à necessidade de promover o progresso moral do planeta, milhões de espíritos
foram transferidos das regiões pungitivas onde se demoravam, para a inadiável investidura
carnal, por cujo recurso podem recompor-se e mudar a paisagem mental, aprendendo, na
convivência social, os processos que o promovam a situações menos torpes.
Bezerra de Meneses – Nas Fronteiras da Loucura – Cap. 9 – O Problema das Drogas
5
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
1.1.2.1 Espíritos vindos de Regiões Trevosas
Chamamos Trevas às regiões mais inferiores que conhecemos.
Naturalmente, como aconteceu a nós outros, você situou como região de existência,
além da morte do corpo, apenas os círculos a se iniciarem da superfície do globo para cima,
esquecido do nível para baixo.
A vida, contudo, palpita na profundeza dos mares e no âmago da terra. Além disso, há
princípios de gravitação para o espírito, como se dá com os corpos materiais. A Terra não
é somente o campo que podemos ferir ou menosprezar, a nosso bel-prazer.
É organização viva, possuidora de certas leis que nos escravizarão ou libertarão,
segundo nossas obras. É claro que a alma esmagada de culpas não poderá subir à tona do lago
maravilhoso da vida. Resumindo, devo lembrar que as aves livres ascendem às alturas; as que
se embaraçam no cipoal sentem-se tolhidas no vôo e as que se prendem a peso considerável são
meras escravas do desconhecido.
André Luiz – Nosso Lar – Cap. 44 – As Trevas
Por outro lado, aqueles que permaneceram nas regiões mais infelizes estão sendo
trazidos à reencarnação, de modo a desfrutarem da oportunidade de trabalho e de
aprendizado, modificando os hábitos desditosos a que se têm submetido, podendo avançar sob
a governança de Deus.
Caso se oponham às exigências da evolução, também sofrerão um tipo de expurgo
temporário para regiões primárias entre raças atrasadas, tendo o ensejo de ser úteis e de sofrer
os efeitos danosos da sua rebeldia.
Joanna de Angelis – Jesus e Vida – Cap. 1 – A Grande Transição
6
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
Concomitantemente, a fim de poderem viajar na grande nave terrestre que avança
moralmente nas paisagens dos orbes felizes, incontáveis membros das tribos bárbaras do
passado, que permaneceram detidos em regiões especiais durante alguns séculos, de
maneira que não impedissem o desenvolvimento do planeta, renascem com formosas
constituições orgânicas, fruto da seleção genética natural, entretanto, assinalados pelo
primitivismo em que se mantiveram.
Apresentam-se exóticos uns, agressivos outros, buscando as origens primevas em
reação inconsciente contra a sociedade progressista, tendo, porém, a santa oportunidade de
refazerem conceitos, de aprimorarem sentimentos e de participarem da inevitável marcha
ascensional...
Expressivo número, porém, permanece em situações de agressividade e indiferença
emocional, tornando-se instrumentos de provações rudes para a sociedade que desdenha. Fruem
da excelente ocasião que, malbaratada, os recambiará a mundos primitivos, nos quais
contribuirão com os conhecimentos de que são portadores, sofrendo, no entanto, as injunções
rudes que serão defrontadas.
Manoel Philomeno de Miranda – Transição Planetária – Cap. 3 – A Mensagem Revelação
Incontável número de seres procede das regiões dolorosas e purgativas do planeta,
que experimenta mudança de psicosfera, dentro da programática evolutiva a que estão sujeitos
homens e mundos, experimentando a assepsia dos núcleos inditosos que agasalhavam as hordas
de bárbaros do passado, temporariamente ali retidos a fim de que não obstaculizassem o
desenvolvimento do lar...
Recebendo a ensancha liberativa, apresentam-se ao crescimento espiritual, trazendo
insculpidas nos recessos do psiquismo as condições que os tipificam, apesar da aparência
harmoniosa e da estética decorrente das leis genéticas.
Sôfregos e inquietos anseiam por repetir as comunidades chãs, entre as necessidades
primárias de que se desobrigam por instinto, utilizando as aquisições da cultura científica e
filosófica tão somente para a autossatisfação.
Joanna de Angelis – Rumos Libertadores – Cap. 24 – Impulsos e Vontade
7
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
No seio dos séculos que dobaram, não foram poucos os contingentes de Espíritos que
foram mantidos retidos em várias regiões do Mundo Invisível, a fim de que o mundo
corpóreo, onde estagiam os encarnados, pudesse sofrer o incremento de progressos ingentes,
que não ocorreriam, ou que poderiam ocorrer com dificuldade maior, caso a Divindade não os
houvesse isolado no devido tempo.
Nesse tempo transcorrido, enquanto estavam cerceadas complicadas almas, era de se
esperar que – dentro dos programas do Senhor – em nome do bom-senso, da maturidade moral
das sociedades e do cultivo da crença em Deus sem pieguice, marcada por inquebrantável
lucidez, as lideranças do mundo conseguissem pôr as sociedades terrenas nos trilhos do trabalho
e do bem, sob o patrocínio do amor-fraternidade, no que seriam seguidas pelas massas, que
estão sempre aguardando pela palavra que lhes indique o rumo a seguir.
É de lamentar-se que tal não haja ocorrido, o egoísmo adentrou espaços materialistas, e
tudo se transformou numa permanente necessidade de ter, de adquirir, de comprar, de consumir,
de ganhar mais...
(...) Esses Espíritos que estiveram cerceados durante largo tempo, em zonas
espirituais densas, complexas, costumam não expressar sensibilidade, emoções superiores,
devotamento a alguém.
Tais virtudes não foram por eles desenvolvidas. Daí as narrativas em torno da frieza
com que muitos crimes são cometidos e a insensibilidade com que narram a respeito dos
próprios crimes.
Para tais seres não houve nada demais, e se surpreendem com o destaque que é dado aos
seus atos, ou com o valor atribuído ao que fizeram.
São Espíritos marcados por tremendas limitações, trazidas à Terra num mau tempo em
que a indiferença e a imaturidade humanas impediram que se trabalhasse devidamente para o
erguimento de um mundo melhor.
Incontáveis desses Espíritos eclodem no cenário social do mundo, chegados das nébulas
de torturantes pesadelos, forjados no caldo psíquico das duas grandes guerras mundiais e de
várias outras guerras de menor porte social, mas não menos cruéis e grosseiras.
Trazem em si, por isso, doenças físicas e transtornos psíquicos como consequências de
ódios retidos, de medos e desejos de vingança enraizados n'alma.
É por isso que ao lado da capacidade de cometer desatinos – de pequenas falcatruas a
crimes dantescos – apresentam-se medrosos, frágeis psicologicamente, com fortes inclinações
para fugir da sua realidade, seja ela qual for, por meio do uso de drogas de múltiplos tipos, de
variado, tropismos.
Camilo – Nos Passos da Vida – Cap. 11 – Ante o desassossego Social
8
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
Desse modo, os gênios, aos quais o amigo se refere, são os impiedosos comandantes
bárbaros de ontem que dizimaram cidades e povoados inteiros na loucura desmedida que os
governava.
Sabemos que eles permanecem nas regiões de degredo do planeta, aí retidos pela
Soberana Vontade, de modo a permitirem o progresso das criaturas, em cujo círculo social não
dispõem de meios para renascer...
Ainda asselvajados, se reencarnassem nesse ínterim, conturbariam a sociedade e
volveriam às paixões desvairadas que ateiam o fogo da desgraça.
Sem dúvida, periodicamente, alguns grupos dessa ordem mergulham no corpo para
despertarem pela dor os que fogem do amor e, ante o medo que aterroriza, voltarem-se para o
bem...
Igualmente, os menos virulentos assomam em corpos jovens e formam bandos de
aventureiros, de nômades, de apátridas que as drogas consomem, as músicas alucinadas
estimulam, tresvariam e o sexo desvairado exaure, quando não tombam nas urdiduras dos
crimes traumatizadores...
Manoel Philomeno de Miranda – Trilhas da Libertação – Cap. 9 – Terapia Desobsessiva
Criminosos cruéis, liberados de regiões infelizes para desfrutarem de sua última
oportunidade, estão renascendo desde há alguns anos e infectando mais o mundo, tendo a dita
de poder escolher o melhor comportamento, o que equivale a dizer, o seu futuro espiritual.
Quando vemos a hediondez, o cinismo, os crimes disfarçados que os indivíduos vêm
praticando, especialmente neste momento de luzes e sombras, não temos dúvida de que uma
terrível geração de Entidades infelizes, quase demoníacas, encontra-se no cenário do planeta
reencarnada, que ainda prefere a manutenção dos desaires e crimes hórridos em que se
comprazem.
Leis absurdas elaboram, a fim de tornarem legítimos os tremendos e inomináveis crimes
de destruição da família, de corrupção da juventude, de desrespeito à ética e a qualquer
procedimento digno, em favor da leviandade e do mentiroso prazer sensual e degenerativo,
levando a um retrocesso de conduta que já foi vencido pela evolução moral.
É lamentável ver-se o vazio existencial, a falta de interesse das questões nobres da
existência e a preferência pelas drogas, pelo sexo desalinhado, pela miséria e vitimismo, assim
como a desconsideração por si mesmo, através de esportes suicidas, mas exaltadores da loucura
9
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
egóica, ao lado das perversões e dos seus efeitos nos transtornos emocionais e doenças
psiquiátricas que se permitem.
Retornados de regiões muito primitivas e sem qualquer princípio de equilíbrio e de
ordem, estabelecem as mesmas regiões nos imundos recintos que vão habitar por espontânea
vontade, agredindo-se e afligindo a sociedade com o seu estado de carência e de decomposição
pessoal.
Verdadeiros fantasmas deambulam pelas ruas, saindo dos monturos, em busca de mais
uma dose, enquanto outros estão em funções administrativas e são extravagantes,
irresponsáveis, geradores das situações às quais os primeiros se atiram sem pensar.
Antigos soberanos e senhores poderosos na maldade e nas dissipações, devassos que
degradaram nações e povoados, multidões e vassalos, soldadescas desarvoradas que
incendiaram aldeias ou escravizaram outros povos, para se manterem na luxúria e na crueldade,
voltam a administrar sob os mesmos estilos, inspirados por esses inditosos comparsas que estão
no Além na condição de justiceiros.
A paisagem mental de todos eles, os na miséria econômica e os outros na moral, é densa
e chocante, em face do número de vampiros que os assessoram, ovoides e outros indefiníveis
demônios que a imaginação desequilibrada pode mentalizar e construir de maneira fluídica.
(...) Os intelectuais da desgraça coletiva das massas funcionam como antenas desses
Espíritos que semeiam na filosofia as ideias de perversão, de anarquia, de destruição e de
prazeres degradantes, aos quais se atiram os seus aficionados, e são responsáveis pelos infinitos
males que corrompem a sociedade e os conceitos de viver.
Teledirigidos por Espíritos equivalentes, a eles semelhantes, que ficaram na
Erraticidade, enquanto eles retornaram ao palco terrestre, são geradores dos infinitos problemas
na Humanidade.
Manoel Philomeno de Miranda – No Rumo do Mundo de Regeneração – Cap. 11 –
Os Justiceiros
10
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
1.1.2.2 Espíritos vindos de Regiões Umbralinas
É zona de verdugos e vítimas, de exploradores e explorados.
(...)
Há legiões compactas de almas irresolutas e ignorantes, que não são suficientemente
perversas para serem enviadas a colônias de reparação mais dolorosa, nem bastante
nobres para serem enviadas a Planos de elevação.
Representam fileiras de habitantes do Umbral, companheiros imediatos dos homens
encarnados, separados deles apenas por leis vibratórias.
André Luiz – Nosso Lar – Cap. 12 – O Umbral
Várias vezes, visitei, com Emmanuel e André Luiz, as regiões
do Umbral… O Umbral é a Erraticidade, mencionada por Allan Kardec; os Espíritos
sofredores, errantes, que não conseguem ascender às regiões superiores, permanecem na
expectativa de um novo corpo… Há Espírito que reencarna de qualquer jeito; não dá para
escolher família, raça, sexo…
Chico Xavier – Evangelho de Chico Xavier – item 189 - Umbral
1.1.2.3 Espíritos vindos de Outras Regiões Espirituais – regiões de transição
Estão situadas acima do Umbral e abaixo das regiões superiores. Como exemplo,
citamos a Colônia espiritual “Nosso Lar”. Nela ainda existe sofrimento, mas os seus habitantes,
de evolução mediana, são mais esclarecidos. Essa posição espiritual favorece a natureza,
caracterizada por belezas e harmonias inexistentes nos Planos inferiores.
Marta Antunes Moura – Reformador- Abril/2010 - O Plano Espiritual
11
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
1.1.2.4 Espíritos vindos de Regiões Espirituais Superiores
Equipes de apóstolos da caridade no plano espiritual também descem ao planeta
sofrido, a fim de contribuir em favor das mudanças que devem operar-se, atendendo aqueles
que se encontram excruciados pela desencarnação violenta, inesperada, ou padecendo o jugo
de obsessões cruéis, ou fixadas em revolta injustificável, considerando-se adversários da Luz,
membros da sanha do Mal, a fim de melhorar a psicosfera vigente, desse modo, facilitando o
trabalho dos Mensageiros de Jesus.
Em outras oportunidades, luminares da Verdade submergiram nas sombras do mundo
terrestre, a fim de apresentarem as suas conquistas e realizações edificantes, auxiliando os seus
habitantes a crescer em tecnologia, ciência, filosofia, religião, política, ética e moral.
Manoel Philomeno de Miranda – Transição Planetária – Introdução
Concomitantemente, espíritos nobres que conseguiram superar os impedimentos que
os retinham na retaguarda, estarão chegando, a fim de promoverem o bem e alargarem os
horizontes da felicidade humana, trabalhando infatigavelmente na reconstrução da sociedade
então fiel aos desígnios divinos.
Joanna de Angelis – Jesus e Vida – Cap. 1 – A Grande Transição
Por outro lado, os nobres promotores do progresso de todos os tempos passados
também se reencarnam nesta hora para acelerar as conquistas, não só da inteligência e da
tecnologia de ponta, mas também dos valores morais e espirituais. Ao lado deles, benfeitores
de outra dimensão emboscam-se na matéria para se tornarem os grandes líderes e sensibilizarem
esses verdugos da sociedade.
Bezerra de Meneses - A Mediunidade e a Transição Planetária – O Consolador -
Ano 8 - N° 385 - 19 de Outubro de 2014 - transcrição de mensagem psicofônica transmitida
por Divaldo Franco (13.11.2010 – Los Angeles)
Descerão ao planeta terrestre, como já vem sucedendo, milhões de Espíritos
enobrecidos para o enfrentamento inevitável entre o amor abnegado e a violência
destrutiva, dando lugar a embates caracterizados pela misericórdia e pela compaixão, outros
missionários da educação e da solidariedade, que muito se empenharam em promovê-las,
em existências pregressas, estarão também de retorno, contribuindo para a construção da nova
mentalidade desde o berço, assim facilitando as alterações que já estão ocorrendo, e sucederão
com maior celeridade...
Manoel Philomeno de Miranda – Transição Planetária – Cap. 3 – A Mensagem
Revelação
12
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
De igual maneira, estarão reencarnando-se elevados Espíritos da filosofia e da arte,
da religião e da política do passado, considerados pais dessas doutrinas, a fim de poderem
reformular, atualizar e conduzir às origens do ideal, dos quais os seus postulados foram
afastados, facilitando a transição da sociedade em outros segmentos de que se constitui.
Manoel Philomeno de Miranda – Transição Planetária – Cap. 18 – Reflexões e
Diálogos profundos
A atualidade espiritual do Planeta na fase de transição caracteriza-se por expressivo
número daqueles que retornam missionários do Bem e da Verdade, do Conhecimento e
da Beleza, da Tecnologia e da Ciência, da Fé religiosa e da Caridade, a fim de apressarem
o processo evolutivo, ao tempo em que outros, ainda aferrados ao mal se despedem da
oportunidade, igualmente renascendo para terem a sua última chance no lar terrestre que não
têm sabido valorizar...
Joanna de Angelis – Liberta-te do Mal – Cap. 18 – Crianças da Nova Era
Penetrar o bisturi da investigação honesta, no campo das revelações espíritas, é o
compromisso que assumiram os novos obreiros do Senhor, que reencarnaram com o objetivo
de dar prosseguimento aos trabalhos que, momentaneamente, ficaram interrompidos com a
sua desencarnação, relativamente em tempos próximos-passados...
Os anteriores investigadores psíquicos dos fenômenos paranormais, em variadas áreas,
abriram porta, antes, para a comprovação do ser integral – Espíritos, Perispírito e Corpo – agora
se encontrando, de retorno, com os instrumentos da informação e da fé espírita, para enfrentar
com segurança o cepticismo, a crueldade, a indiferença, a desonestidade e os seus famanazes,
que corrompem o indivíduo e perturbam a marcha do progresso da humanidade.
Joanna de Ângelis - Momentos de Harmonia –- Cap. 10 - Projetos Iluminativos
13
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
1.1.2.5 Espíritos vindos de Outros Orbes
Contribuindo na grande obra de regeneração da Humanidade, Espíritos de outra
dimensão estão mergulhando nas sombras terrestres, afim de que, ao lado dos nobres
missionários do amor e da caridade, da inteligência e do sentimento, que protegem os seres
terrestres, possam modificar as paisagens aflitivas, facultando o estabelecimento do Reino
de Deus nos corações.
Qual seria, então, a razão por que deveriam vir Espíritos de outro Orbe, para o
processo de moralização do planeta?
Primeiro, porque, não tendo vínculos anteriores como defluentes de existências
perturbadoras, não enfrentariam impedimentos interiores para os processos de doação, para
os reencontros dolorosos com aqueles que permanecem comprometidos com o mal, que têm
interesse em manter o atraso moral das comunidades, a fim de explorá-las psiquicamente em
perversos fenômenos de vampirização, de obsessão individual e coletiva...
Estrangeiros em terras preparadas para a construção do progresso, fazem-no por amor,
convocados para oferecer os seus valores adquiridos em outros planos, facilitando o acesso ao
desenvolvimento daqueles que são os nacionais anelantes pela felicidade.
Segundo, porque mais adiantados moralmente uns, podem contribuir com
exemplos edificantes capazes de silenciar as forças da perversidade e obstaculá-las com os
recursos inexcedíveis do sacrifício pessoal, desde que, as suas não são as aspirações imediatas
e interesseiras do mundo das formas.
Enquanto outros estarão vivenciando uma forma de exílio temporário, por serem
desenvolvidos intelectualmente, mas ainda necessitados da vivência do amor, e em contato
direto com os menos evoluídos, sentirão a necessidade do afeto e do carinho, aprendendo, por
sua vez, o milagroso fenômeno da solidariedade. Tudo se resume, portanto, no dar, que é
receber e no receber, que convida ao doar.
Tomei conhecimento de que um grande número deles encontrava-se em Colônias
próximas da Terra, assimilando o psiquismo do orbe, assim como dos seus habitantes,
visitando sociedades espíritas que mantêm ligação com as Esferas superiores, onde alguns se
comunicavam, explicando a razão de ali se encontrarem.
Em conversação com alguns deles mais acessíveis, fomos informados de que a
reencarnação, de alguma forma, lhes constituiria um grande esforço de amor em favor da
Humanidade terrestre, por asfixiá-los no corpo denso, limitando-os em todos os sentidos. No
entanto, espontaneamente ofereceram-se para contribuir em favor do desenvolvimento
espiritual da Terra, sem considerarem tal oferenda como sendo um holocausto.
Manoel Philomeno de Miranda – Transição Planetária – Cap. 3 – A Mensagem
Revelação
Da mesma forma, missionários do amor e da caridade, procedentes de outras Esferas,
estarão revestindo- se da indumentária carnal, para tornar esta fase de luta iluminativa mais
amena, proporcionando condições dignificantes que estimulem ao avanço e à felicidade.
Joanna de Angelis – Jesus e Vida – Cap. 1 - A Grande Transição
14
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
1.1.3 Implicações Sociais/Espirituais
1.1.3.1 Aumento do Materialismo
Pulula, ainda, nos complexos mecanismos da reencarnação em massa destes dias, o
mergulho no corpo somático de espíritos primários nos quadros da evolução, necessitados
de progresso e ajuda para a própria ascensão que, não encontrando os estímulos superiores para
o enobrecimento, são, antes, conduzidos à vivência das sensações grosseiras em que
transitam, aderem a filosofia chã de viver intensamente um dia, a lutarem e viverem todos os
dias.
Joanna de Angelis – Após a Tempestade – Cap.7 – Delinquência, Perversidade e Violência
Analisando-se a situação socio espiritual do planeta na atualidade, não há como negar-
se a presença da destrutiva onda de pessimismo e utilitarismo que domina as criaturas humanas
em toda parte.
Apoiados no niilismo, embora os comportamentos rotulados de religiosos de alguns
de seus segmentos sociais, o cinismo das pessoas e a decadência da ética dão-nos a dimensão
do desespero que avassala as mentes e os corações atormentados.
Em consequência, a violência e o despautério, a drogadição e o erotismo substituem
as aspirações de enobrecimento dos seres, como mecanismos escapistas para preencher o vazio
existencial e o desencanto que se apossaram do século XX, que se desenhava com perspectivas
iluministas, libertadoras, ricas de anseios de felicidade e de beleza.
Vianna de Carvalho – Revista Reformador – 2019 – Abril – Decadência da Ética
A cultura do exacerbado materialismo desses dias tem ensinado aos indivíduos a fechar
ouvidos e corações para o exercício da paciência, da tolerância, do perdão, da perseverança, da
cooperação recíproca, no vero cumprimento dos deveres conjugais, e, ao invés disto, há
estabelecido o culto ao “meu” prazer, ao “meu” bem-estar, a “minha” satisfação, a
“minha” razão e ao “meu” direito, num aterrador domínio egoístico, promotor de
inenarráveis tormentos para o porvir.
Camilo – Desafios da Educação – 5º Parte – Perg. 56
15
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
O materialismo, que infelizmente grassa, sem qualquer disfarce, na sociedade, coloca
suas premissas no comportamento das pessoas e as propele para a conquista hedonista, para o
gozo material exclusivo, empurrando as suas vítimas para as fugas alucinantes, quando os
propósitos anelados não se fazem coroar pelos resultados esperados.
Desfilam os líderes da aberração nos carros do triunfo enganoso, e muitos deles, não
suportando a coroa pesada que os verga, são tragados pela overdose das drogas do desespero,
que os retira do corpo mais dementados e atônitos do que antes se encontravam.
Noutros casos, esses lideres são consumidos pelas viroses irreversíveis,
especialmente pela Síndrome de imunodeficiência adquirida, que os exaure e consome a
pouco e pouco, tornando-os fantasmas desprezíveis e aparvalhantes para aqueles mesmos
que antes os endeusavam, imitavam e buscavam a sua convivência a peso de ouro e de mil
abjeções.
Joanna de Angelis – Adolescência e Vida – Cap. 25 – O adolescente e o suicídio
O materialismo penetrou o seio das instituições religiosas inauguradas no mundo, e
elas passaram a ser governadas pelo espírito de astúcia, de engodos, de exploração sentimental,
de irracionalidade, e quase tudo o que se costuma buscar nas casas de fé tem sido o auxílio
divino para a melhora da vida material que enseje a chance de ter, de adquirir, de comprar, de
consumir, de ganhar mais, no afã de se construir o Reino dos Céus aqui mesmo, por entre os
mexinflórios da Terra.
E as "casas de Deus" se converteram em instituições financeiras, bancárias; em
armazéns, em shoppings, onde as preocupações deslizaram do território das almas carentes de
luz para a contagem dos saldos diários, das remessas de lucros pecuniários, quando muitos
líderes se valem da ignorância ou do egoísmo dos "fiéis" para lhes achacar um pouco mais, por
meio de cobranças de "dízimos" que fazem todo o sentido nos textos de Malaquias( Malaquias
3:10), sendo, no entanto, anacrônicas, absurdas mesmo, nos tempos atuais quando â nossa
referência deve ser Jesus Cristo.
É importante, pois, recordá-lo: Esses já obtiveram na Terra o seu galardão... (Mateus
6:2)
Camilo – Nos Passos da Vida – Cap. 11 – Ante o desassossego Social
16
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
1.1.3.2 Aumento da Violência
Sem dúvida, são turbulentos os dias da atualidade, em que, genericamente, vem
desaparecendo o sentido existencial, senão as contínuas cargas de pessimismo e violência
comprometidas com a destruição do ser integral e pleno em pensamento e atitude.
(...) Esse tem sido o mundo das irrisões e das aparentes glórias da cultura e da
civilização, em que os índices de morte pela fome, pelo abandono, pelas doenças e agora pela
pandemia assustam qualquer pessoa de médio equilíbrio emocional.
Manoel Philomeno de Miranda – No Rumo do Mundo de Regeneração – Introdução
São tempos difíceis e definidores, esses tempos atuais.
São oportunidades para que as almas encarnadas na Terra possam escolher de que lado
anelam ficar, se na luz, se nas sombras; se anseiam pelos altos cimos espirituais, ainda que com
esforços inauditos, ou se preferem a aridez dos apetites baixos que infernizam os indivíduos de
má vontade.
Em todo lugar onde se instalaram os quartéis-generais da violência, em guetos de
sordidez, perante o comodismo e mesmo a complacência de autoridades constituídas para
proteger as populações, e diante da inépcia dos processos educacionais de má qualidade, não
são poucos os que se armam de diversas formas, a fim, dizem, de protegerem-se e proteger seus
familiares e pertences.
Imprevidente iniciativa essa, a de armar-se o indivíduo, objetivando defender-se, pois,
para defender-se com qualquer arma, terá que investir contra outra pessoa, realizando a justiça
que não lhe cabe efetuar.
Camilo – Justiça e Amor – Cap. 6 – Item 25 – Jesus ante o temor da violência
Dos temas que hão atormentado a consciência do mundo, a violência tem tido grande
destaque, máxime nestes tempos de frieza, de insensibilidade, como se as pessoas estivessem
atuando sob efeitos narcóticos, hebetadas, sem definir os próprios rumos, ou, por outro lado,
estivessem às pressas, esfogueadas por ânsia doentia de consumo, de possuir, de ajuntar todas
essas coisas que nenhuma utilidade terão para o espírito imortal.
A violência vai se fazendo mais e mais aterradora, na medida em que não se limita aos
noticiários policiais, às mídias, mas penetra o cotidiano das pessoas como um pão amaro
que todos devessem comer na sua ração diária de desgostos.
Ao mesmo tempo em que a propaganda da violência instiga as almas enfermas e
inseguras a perpetra-la, as ações violentas dessas almas alimentam o noticiário como uma
cadeia de misérias de todos os níveis que se realimentassem, entenebrecendo o mundo que
estertora.
Camilo – Justiça e Amor – Cap. 3 – As várias faces da Violência
17
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
Vivem-se, na atualidade, os dias de descontrole emocional e espiritual no querido orbe
terrestre.
O tumulto desenfreado, fruto espúrio das paixões servis, invade quase todas as áreas do
comportamento humano e da convivência social.
Desconfiança sistemática aturde as mentes invigilantes, levando-as a suspeitas
infundadas e contínuas, bem como a reações doentias nas mais diversas circunstâncias.
A probidade cede lugar à avareza, enquanto a simpatia e a afabilidade são substituídas
pela animosidade contumaz.
As pessoas mal suportam-se umas às outras, explodindo por motivos irrelevantes, sem
significado.
Explica-se que muitos fatores sociológicos são os responsáveis pelas ocorrências
infelizes.
Apontam-se a fugacidade de todas as coisas, a celeridade do relógio, o medo, a solidão
e a ansiedade, como responsáveis pela frustração dos indivíduos, gerando as situações
agressivas que os armam de violência e de perversidade.
(...) Aumenta, assustadoramente, a agressividade, nestes dias, nos grupos humanos,
sem que haja um programa de reequilíbrio, de harmonização individual ou coletiva.
Trata-se de uma guerra não declarada, cujos efeitos perniciosos atemorizam a sociedade.
(....) A civilização contemporânea periclita nos seus alicerces materialistas, ameaçada
pela agressividade e pelo desrespeito moral que assolam sem freio.
(...) A rigor, com as nobres exceções existentes, a sociedade moderna encontra-se
enferma gravemente, necessitando de urgentes cuidados, que o sofrimento, igualmente
generalizando-se, conseguirá, no momento próprio, oferecer a recuperação, o reencontro com
a saúde após a exaustão pelas dores…
Joanna de Angelis – Centro Espírita Caminho da Redenção – Agressividade (15/03/2010)
18
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
1.1.3.3 Aumento da Degradação Moral/Ética
Destaquemos, aqui [como fator para a delinquência], a falência das implicações
morais e da ética religiosa do passado, que depois da constrição proibitiva a todos os
processos evolutivos viam-se ultrapassadas, sentindo necessidade de atualização para a
sobrevivência, saltando do estágio primário da proibição pura e simples para o acumpliciamento
e acomodação a pseudo valores novos, não comprovados pela qualidade de conteúdo.
Joanna de Angelis – Após a Tempestade – Cap.7 – Delinquência, Perversidade e Violência
Quando vemos a hediondez, o cinismo, os crimes disfarçados que os indivíduos vêm
praticando, especialmente neste momento de luzes e sombras, não temos dúvida de que uma
terrível geração de Entidades infelizes, quase demoníacas, encontra-se no cenário do planeta
reencarnada, que ainda prefere a manutenção dos desaires e crimes hórridos em que se
comprazem.
Leis absurdas elaboram, a fim de tornarem legítimos os tremendos e inomináveis crimes
de destruição da família, de corrupção da juventude, de desrespeito à ética e a qualquer
procedimento digno, em favor da leviandade e do mentiroso prazer sensual e degenerativo,
levando a um retrocesso de conduta que já foi vencido pela evolução moral.
É lamentável ver-se o vazio existencial, a falta de interesse das questões nobres da
existência e a preferência pelas drogas, pelo sexo desalinhado, pela miséria e vitimismo, assim
como a desconsideração por si mesmo, através de esportes suicidas, mas exaltadores da loucura
egóica, ao lado das perversões e dos seus efeitos nos transtornos emocionais e doenças
psiquiátricas que se permitem.
Retornados de regiões muito primitivas e sem qualquer princípio de equilíbrio e de
ordem, estabelecem as mesmas regiões nos imundos recintos que vão habitar por espontânea
vontade, agredindo-se e afligindo a sociedade com o seu estado de carência e de decomposição
pessoal.
Verdadeiros fantasmas deambulam pelas ruas, saindo dos monturos, em busca de mais
uma dose, enquanto outros estão em funções administrativas e são extravagantes,
irresponsáveis, geradores das situações às quais os primeiros se atiram sem pensar.
19
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
Antigos soberanos e senhores poderosos na maldade e nas dissipações, devassos que
degradaram nações e povoados, multidões e vassalos, soldadescas desarvoradas que
incendiaram aldeias ou escravizaram outros povos, para se manterem na luxúria e na crueldade,
voltam a administrar sob os mesmos estilos, inspirados por esses inditosos comparsas que estão
no Além na condição de justiceiros.
A paisagem mental de todos eles, os na miséria econômica e os outros na moral, é densa
e chocante, em face do número de vampiros que os assessoram, ovoides e outros indefiníveis
demônios que a imaginação desequilibrada pode mentalizar e construir de maneira fluídica.
(...) Os intelectuais da desgraça coletiva das massas funcionam como antenas desses
Espíritos que semeiam na filosofia as ideias de perversão, de anarquia, de destruição e de
prazeres degradantes, aos quais se atiram os seus aficionados, e são responsáveis pelos infinitos
males que corrompem a sociedade e os conceitos de viver.
Teledirigidos por Espíritos equivalentes, a eles semelhantes, que ficaram na
Erraticidade, enquanto eles retornaram ao palco terrestre, são geradores dos infinitos problemas
na Humanidade.
Manoel Philomeno de Miranda – No Rumo do Mundo de Regeneração – Cap. 11 – Os
Justiceiros
20
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
1.1.3.4 Aumento dos Conflitos Sociais
Em um momento de reflexão, nosso mentor explicou-nos que um simulacro de exército
está na psicosfera do planeta inspirando muitos dos seus membros, ora reencarnados, nestas
últimas levas preparatórias da etapa final, cuja sintonia permite que estabeleçam conflitos de
comportamento entre minorias e a grande massa humana, para que se transforme em
movimentos de violência.
Pessoas que se equiparam de ódio no Além estão em muitos grupos de justiça pela
igualdade de valores e de direitos, mas também deveriam ser de deveres morais e sociais, o que
vem gerando batalhas diárias, qual uma bola de neve crescendo na sua descida e tudo levando
de roldão.
Entre estes, estão líderes fanáticos e ociosos, estimuladores de anarquia e baderna, a fim
de estimular os tumultos e causar prejuízos incalculáveis. Afinal, muitos desses lutadores não
têm objetivos superiores, mas simplesmente dispõem da ignorância e da impiedade para gerar
e exaltar ânimos mais exacerbados.
Manoel Philomeno de Miranda – No Rumo do Mundo de Regeneração – Cap. 19 –
A Linha de Frente
Posteriormente, o abençoado Eurípedes esclareceu-nos que, nos períodos graves dos
movimentos guerreiros na Terra, essas Entidades são liberadas e passam a contribuir com os
horrores bélicos.
Neste momento em que uma tremenda obsessão coletiva avança pelo planeta, são
incontáveis os Espíritos desse molde moral liberados na hedionda campanha de perversão dos
sentidos e sentimentos, na pantomima do ódio contra Jesus e os Seus discípulos, nas biografias
de caráter destrutivo de mulheres e homens que edificaram o bem na civilização, apresentando-
lhes falhas que se encontram na imaginação dos autores, tudo fazendo para confundir.
Ao mesmo tempo, espalham meias-verdades, que são mais perigosas do que as
negativas, porque transtornam o pensamento e a conduta das pessoas imaturas e ingênuas que
ainda não se encontraram.
Mais adiante, vimos o desfile que é habitual como divertimento para os infelizes que
enxameiam, cuja sordidez é difícil de descrever.
A imaginação enlouquecida dos maus indivíduos não tem limite, o que dá lugar às mais
inconcebíveis manifestações exteriores, que os aprazem, e mais se perdem nos dédalos das
aflições sem medidas, até o momento quando a Divindade interfere por meio de expurgos
coletivos quais os que estão sendo acionados neste período.
Manoel Philomeno de Miranda – No Rumo do Mundo de Regeneração – Cap. 15 – A
Cidade da Justiça
21
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
1.1.3.5 Aumento dos Processos Obsessivos/Nuvens de Perturbação
A obsessão, mesmo nos dias de hoje, constitui tormentoso flagício social. Está
presente em toda parte, convidando o homem a sérios estudos.
As grandes conquistas contemporâneas não conseguiram ainda erradicá-la. Ignorada
propositadamente pela chamada Ciência Oficial, prossegue colhendo nas suas malhas,
diariamente, verdadeiras legiões de incautos que se deixam arrastar a resvaladouros sombrios e
truanescos, nos quais padecem irremissivelmente, até à desencarnação lamentável,
continuando, não raro, mesmo após o traspasse... Isto, porque a morte continua triunfando,
ignorada, qual ponto de interrogação cruel para muitas mentes e incontáveis corações.
(...)
Os altos índices da criminalidade de todos os matizes e as calamidades sociais
espalhadas na Terra são alguns dos fatores predisponentes para as obsessões... Os crimes
ocultos, os desastres da emoção, os abusos de toda ordem de uma vida ressurgem depois, noutra
vida, em caráter coercitivo, obsessivo.
Manoel Philomeno de Miranda - Nos Bastidores da Obsessão – Exórdio
As obsessões enxameiam por toda parte e os homens terminam por conviver,
infelizes, com essas psicopatologias para as quais, fugindo à sua realidade, procuram as causas
nos traumas, nos complexos, nos conflitos, nas pressões sociais, familiares e econômicas, como
mecanismo de fuga aos exames de profundidade da gênese real de tão devastadora enfermidade.
Não negando a preponderância de todos esses fatores que desencadeiam problemas de
comportamento psicológico, afirmamos que eles, antes de constituírem causa dos distúrbios,
são, em si mesmos, efeito de atitudes transatas, que o Espírito imprime na organização
fisiopsíquica ao reencarnar-se, porquanto é sempre colocado no grupo familiar com o qual se
encontra enredado, por impositivo de ressarcimento de dívidas, para o equilíbrio evolutivo.
Enquanto o homem não for estudado na sua realidade profunda -- ser espiritual que é,
preexistente ao corpo e a ele sobrevivente --, muito difíceis serão os êxitos da ciência médica,
na área da saúde mental.
As doenças psíquicas, entre as quais se destacam, pela alta incidência, as obsessões,
continuarão ainda a perseguir o homem.
Manoel Philomeno de Miranda – Temas da Vida e da Morte – Cap. 26 – Fenômenos
Obsessivos
22
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
Pululam por toda parte os vinculados gravemente às Entidades perturbadoras do
Mundo Espiritual inferior.
Obsidiados, desse modo, sim, somos quase todos nós, em demorado trânsito pelas
faixas das fixações tormentosas do passado, donde vimos para as sintonias superiores que
buscamos.
Muito maior, portanto, do que se supõe, é o número dos que padecem de obsessões,
na Terra.
Lamentavelmente, esse grande flagelo espiritual que se abate sobre os homens, e não
apenas sobre eles, já que existem problemas obsessivos de várias expressões, como os de um
encarnado sobre outro, de um desencarnado sobre outro, de um encarnado sobre um
desencarnado e, genericamente, deste sobre aquele, não tem merecido dos cientistas nem dos
religiosos o cuidado, o estudo, o tratamento que exige.
Obsessões e obsidiados são as grandes chagas morais dos tumultuados dias da
atualidade.
Todavia, a Doutrina Espírita, trazendo de volta a mensagem do Senhor, em espírito e
verdade, é o portal de luz por onde todos transitaremos no rumo da felicidade real que nos
aguarda, quando desejemos alcançá-la.
Manoel Philomeno de Miranda – Sementes de Vida Eterna – Cap. 30 – Considerando a
Obsessão
Muito mais grave do que parece é a obsessão, nos problemas sociais do
comportamento humano.
Alcoolismo, tabagismo, drogas alucinógenas, sexolatria, jogatina, gula recebem grande
suporte espiritual, sendo, não poucas vezes, iniciada a viciação de cá para ai, por inspiração que
fomenta a curiosidade e por necessidade que estimula o prosseguimento.
O enfermo, dificilmente, consegue evadir-se, por si mesmo, da dificuldade.
De um lado, pelos nefastos prejuízos orgânicos de que se ressente e, por outro, em razão
da incidência mental do obsessor, que o utiliza como instrumento da loucura de que se vê
possuído.
As verdadeiras multidões de dependentes de drogas ou de outras viciações estertoram,
mesmo sem o saberem, em danosos processos de obsessão lamentável.
Manoel Philomeno de Miranda - Roteiro de Libertação – Cap. 34 – Comportamento por
Obsessão
23
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
Desse modo, merece que sejam ampliadas as reflexões em torno da sutileza das
obsessões, a fim de que se possa entender-lhe os mecanismos delicados e complexos.
Quando ocorram pensamentos repetitivos perturbadores, reduzindo a polivalência dos
mesmos, restritos a uma idéia que se destaca e predomina, eis que se inicia o processo sombrio
enfermiço.
Da mesma forma, quando os fenômenos da antipatia entre amigos ou meramente
conhecidos passem a crescer, gerando animosidade em instalação, sem qualquer dúvida, além
das barreiras carnais movimentam-se interesses perversos administrando o raciocínio daquele
que assim se comporta.
Sob outro aspecto, mesmo no culto de qualquer ideal, quando se apresentam programas
esdrúxulos ou úteis, mas não oportunos, com riscos de fazer soçobrar o edifício do bem, há
forças espirituais negativas conspirando, cruéis, para o descrédito, a destruição do trabalho.
Toda vez quando os sentimentos se armem contra o próximo, ou se afeiçoem em
demasia, a ponto de perder a linha do equilíbrio, tenha-se certeza de que uma obsessão sutil,
em agravamento, encontra-se em instalação.
As fixações mentais que desestruturam o comportamento psicológico, além do caráter
de instabilidade emocional, tornam-se canais para interferências negativas por parte de espíritos
ociosos e doentios, que andam à espreita de campos experimentais para o conúbio exploratório
de energias físicas a que se imantam.
As obsessões sutis são perigosas, exatamente em razão da sua delicadeza de estrutura,
da maleabilidade com que se apresentam, sendo confundidas com as naturais manifestações de
conduta psicológica pertinente a cada indivíduo.
É necessário muito discernimento para distinguir, quando se expressam desajustes
emocionais, transtornos orgânicos que afetam a conduta psicológica e influências espirituais
perturbadoras.
Mesmo em se tratando de injunções da saúde emocional, é válido considerar-se que,
estando incursos na Lei de Causa e Efeito, os sofrimentos fazem parte do currículo existencial,
mantendo-se disposição para os enfrentamentos afligentes, mas também considerando-se a
hipótese de ocorrer injunção obsessiva, o que faculta melhor terapêutica, mais adequada
conduta moral para a liberação da prova libertadora.
Tornar os ensinamentos cristãos parte da filosofia existencial diária constitui um recurso
valioso para a preservação da saúde sob quaisquer aspectos considerados, e mesmo quando se
manifestem enfermidades, na condição de terapia psicológica e espiritual, capaz de manter o
equilíbrio interior e a coragem para o prosseguimento da luta até o momento da vitória.
Manoel Philomeno de Miranda – Reencontro com a Vida – 2o
Parte – Cap. 2 – Sutilezas da
Obsessão
24
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
Dentre as várias manifestações obsessivas, uma passa quase despercebida, sendo, por
isso mesmo, de alta gravidade, pela razão de raramente chamar a atenção, graças às suas
sutilezas e características especiais.
Referimo-nos às obsessões intermitentes.
Elas são frequentemente variantes, isto é, apresentam-se voluptuosas e destruidoras em
determinados períodos, para desaparecerem quase completamente em outros.
Suas vítimas experimentam injunções cruéis, vivendo sob verdadeiras espadas de
Dâmocles, prestes a terem ceifadas a paz, a saúde, a vida...
Aqueles que sofrem as ações dos espíritos perversos – e no caso em tela, muito lúcidos
e cruéis – passam períodos de otimismo e realizações edificantes para, subitamente, derraparem
em paixões sórdidas, depressões sem causa aparente ou exaltação de violência...
Durante a incidência da perturbação, esses seres chegam às raias da loucura, perdendo
o discernimento e a lucidez, permitindo-se comportamentos esdrúxulos, atitudes surpreendentes
e estados desequilibrados da alma.
Isto, porque, os seus adversários espirituais, que os conhecem, identificam os seus
defeitos e sabem quais as suas imperfeições, graças aos quais têm preferências estranhas,
permitindo-se licenças morais que se tornam campo propício à penetração e assimilação pelo
paciente da energia obsessiva.
Esse fenômeno perturbador ocorre, como é natural, porque o enfermo cultiva os hábitos
viciosos que procedem de outras existências, ou que são adquiridos mais recentemente, a cujo
exercício de prazer se entregam inermes.
Têm a mente enriquecida de extravagâncias e comportamentos defeituosos, não se
esforçando por liberar-se em definitivo dos instintos primários nem das paixões selvagens.
As pessoas que sofrem obsessões intermitentes marcham sob sombras que necessitam
ser desbastadas com a luz da conduta nobre, da ação edificante e da prece inspirativa...
Mantendo-se vigilantes, preservando o equilíbrio no trabalho do bem, conseguem
despertar a simpatia dos Mentores Espirituais e libertar-se da psicosfera propiciadora da
vinculação com os antigos comparsas, ora tornados inimigos.
Quem, periodicamente, experimente as alternâncias de humor, de estados emocionais e
físicos, sem causas imediatas, certamente está sob a pressão de obsessões intermitentes,
necessitando de coragem para o auto-exame, o enfrentamento das inferioridades e a elevação
moral, entregando-se ao bem que possa fazer e fruir, no qual a saúde se torna o estado ideal que
todos aspiram.
Manoel Philomeno de Miranda - Antologia Espiritual - Cap. 35 - Obsessões Intermitentes
25
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
Sutil e perigosa, a obsessão grassa, alarmante, disfarçada de transtornos
psiconeuróticos vários, particularmente a depressão e o distúrbio de pânico, avolumando-se nos
tormentos sexuais em desregramento, assim como nas dependências químicas de natureza
diversificada.
Decorrente da assimilação das energias perturbadoras exteriorizadas pelos Espíritos em
sofrimento ou perseguidores, por afinidade mental e moral, em razão da inferioridade daqueles
que se lhe fazem joguetes espontâneos, a obsessão arrasta multidões aos dédalos de aflições
coercitivas, que estão a exigir terapêutica especializada e cuidadosa.
Na raiz de todo desafio obsessivo, encontra-se pulsante o ser endividado, que, não tendo
adquirido valores éticos substanciais, é compelido por automatismos vibratórios a sintonizar
com aqueles desencarnados que lhe são semelhantes, sejam-lhe as vítimas transatas ou outros
que se lhe assemelham.
Joanna de Ângelis – Sendas Luminosas – Cap. 31 – Parasitose Perigosa
Não vos preocupeis demasiadamente com a presença pandêmica do vírus, cujo
momento será mais tarde entendido nas suas razões, nas suas origens e no porquê nos
chegou agora, provocando pânico e dor.
Vós que conheceis Jesus, mantende o respeito às leis, buscando a precaução
recomendada pelas autoridades sanitárias, mas não oculteis a mão socorrista aos padecentes,
não negueis a palavra libertadora aos que se preparam para enfrentar a Imortalidade.
Tende o cuidado para que as vossas ondas mentais sincronizem-se com as mentes que
administram as vidas, e evita descer o vosso pensamento às páginas da agonia, onde se
encontram as forças ultrajantes que estão produzindo as dores por necessidade da evolução
do planeta.
Bezerra de Meneses – Revista Presença Espírita # 338 – Maio/Junho/2020
Mensagem recebida por psicofonia de Divaldo Franco no encerramento da 22º
Conferência Estadual Espírita do Paraná, em 15/Março/2020
26
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
Desnecessário elucidar que, neste momento de provações coletivas e testemunhos
programados pela Vida, abrem-se os portões das regiões espirituais de sombra e dor, onde os
grandes sofrimentos lapidam os Espíritos desassisados que volvem à Terra e se entregam a
vinganças infundadas, a perseguições dilaceradoras e estimulam crimes e condutas perversas.
Cruéis obsessões que não puderam realizar antes, agora se utilizam do mundo em
desorganização para que seja piorada a situação psíquica dos seres humanos e prossigam sob
as suas injunções penosas em processos de depauperamento das energias e desencanto das
existências.
(...) Estaremos numa guerra: a nossa, pela paz; a deles, os irmãos infelizes, pela loucura
que agita as regiões infernais onde residem e terão que deixar, a fim de que a psicosfera do
planeta seja beneficiada e possa alcançar um patamar de progresso mais elevado.
Manoel Philomeno de Miranda – No Rumo do Mundo de Regeneração – Cap. 4 –
Estudo das Atividades
As conversações, com as compreensíveis exceções, eram de baixo nível, algo que a
sociedade se acostumara com facilidade, entremeando os diálogos com expressões chulas, num
modernismo vulgar, típico da vida moral de cada qual, e o número de Espíritos viciosos,
vulgares, zombeteiros e vingadores era expressivo, preocupante.
A grande maioria havia sido libertada das regiões de pânico e expiações sórdidas,
facultando que essas populações antes prisioneiras dos refúgios punitivos pudessem agora
conviver com os reencarnados de mais ou menos mesmo quilate emocional, dando vaza a
vinculações perigosas, por se tratar de um outro tipo de epidemia, a de natureza moral.
Os grupos humanos invariavelmente se encontravam enleados nas teias mentais e
emocionais desses desencarnados que se lhes agudizavam as preocupações, os problemas em
que se encarceravam de natureza servil.
(...) Também notava o ódio de alguns obsessores vinculados a crianças que pareciam ter
distúrbio de aprendizagem, autismo, agressividade, sendo mais atenazados pelos seus
adversários que tentavam impedi-los de desenvolver-se, tornando-se difíceis de serem mantidos
nas salas de aulas.
Manoel Philomeno de Miranda – No Rumo do Mundo de Regeneração – Cap. 8 – Em
pleno campo de batalha
27
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
A transição planetária vem sendo trabalhada com afinco desde o fim do século passado,
e a luta entre o dever e a negligência, assim como os testemunhos espirituais que a todos quase
afetam, representa o significado do momento cada vez mais grave.
Como vimos, algumas comunidades infelizes da Erraticidade inferior equipam-se de
legiões para invadir os grupamentos sociais e penetrar nas organizações humanas, criando
situações embaraçosas e perturbadoras, com dissídios, agressividade, obsessões coletivas e
descida moral pelas valas desditosas das condutas irrefreadas.
Não faltam em nossos grupamentos doutrinários do Espiritismo adeptos invigilantes que
ainda não se permitiram influenciar moralmente pelos maravilhosos conceitos emanados da
Codificação.
Não raro, quando por ocasião das advertências sobre conduta moral ou relacionamento,
comentarem que há muito exagero nas informações que procedem da nossa Esfera de vida.
Outros, mais afoitos, rotulam-nas de animismo, quando são gentis, ou acusam com
facilidade de tratar-se de mistificação de Espíritos zombeteiros ou mesmo dos médiuns...
E preferem adotar as “modas”, as “novidades de comportamento”, denominando os fiéis
como ortodoxos e a eles mesmos como evoluídos...
(...)
Aumentara significativamente o número de Espíritos perturbadores e obsessores
tentando ampliar o sofrimento das suas vítimas, somando à Covid-19 os seus fluidos pestíferos
que lhes ampliavam a falta de ar e a lucidez mental, levando os padecimentos ao desespero e
angústia.
Certamente, Espíritos generosos também eram vistos atendendo a diversos outros, cujas
vibrações de fé e esperança na oração facilitavam o concurso de familiares e benfeitores
desencarnados.
Adentrei na UTI e pude acompanhar o socorro de equipes espirituais de nosso plano,
auxiliando os pacientes a não sofrerem interferências morbíficas, ao mesmo tempo sendo
atendidos com imenso carinho.
As orações adentravam-se no recinto como suaves melodias cujas vibrações envolviam
aqueles aos quais eram direcionadas.
Manoel Philomeno de Miranda – No Rumo do Mundo de Regeneração – Cap. 16 –
Prosseguem as providências
28
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
Da cidade dos justiceiros, um número bem volumoso de Espíritos foi transferido sem
ter ideia para outros sítios e comunidades, a fim de irem reencarnando-se, numa oportunidade
única para a recuperação pessoal, porém sobrecarregados dos sentimentos que lhes eram
peculiares, talvez atormentando mais as criaturas em luta saudável pela saúde moral.
Pode-se concluir que, aumentando o número de Espíritos turbulentos e de princípios
hostis no mundo físico, muitos embates seriam travados, de modo que a dignidade humana
rebaixada e violentada recuperasse o seu padrão de honradez, e os princípios morais e
espirituais voltassem a merecer consideração.
Essas lutas – que se têm ampliado nos relacionamentos sociais, no açodamento das
paixões de ideais de fraternidade mediante métodos abusivos, dando lugar a novas classes para
exigência aos seus direitos e valores – têm constituído um grande prejuízo à sociedade, que
perde facilmente a paciência, que passa a valorizar os seus interesses em detrimento dos outros
e arma-se para não perder as vantagens que desfruta.
Manoel Philomeno de Miranda – No Rumo do Mundo de Regeneração – Cap. 20 –
Palavras Finais
29
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
1.2 O Livro “Trilhas da Libertação” – 25 anos
Este livro faz parte do conjunto de obras de Manoel Philomeno de Miranda, recebidas
mediunicamente por Divaldo Franco, e que em 2021 faz 25 anos de sua 1º edição.
Neste livro é apresentada, defendida e detalhada a posição da Medicina holística, que
trata o homem em seu todo: corpo material, mas, acima de tudo, um ser espiritual.
Tratando do fenômeno obsessivo, são narrados três casos de obsessão (médiuns Davi,
Raulinda e Francisco), que se desenrolam concomitantemente, sendo um deles a temática
central no desenvolvimento da obra – um médium curador (médium Davi) que usava mal suas
condições mediúnicas.
Mostra, ao mesmo tempo, uma luta travada com as forças do mal que procuram atuar
junto aos médiuns trabalhadores de uma Casa Espírita, aproveitando-se das fraquezas de cada
um, visando à desorganização dos trabalhos do bem e à promoção do caos total com a
consequente desmoralização dos trabalhos dos benfeitores espirituais.
A obra detalha, passo a passo, todas as medidas da Espiritualidade superior para
conseguir o seu objetivo maior: a conversão ao bem de uma entidade tida como um dos
ministros do gênio do mal, testemunhada pelo grande séquito que o acompanhava, assim como
discrimina as “estratégias” das Trevas para envolver o homem neste momento de
Transição Planetária.
Editora FEB – Trilhas da Libertação - sinopse
O presente trabalho não apresenta fantasias, nem novidades que o estudioso do
Espiritualismo em geral e do Espiritismo em particular não conheça.
Confirmando outras experiências já narradas, convida à meditação, à conduta
saudável, à vivência dos postulados ético-filosófico-morais da Doutrina Espírita e do
Evangelho de Jesus.
Manoel Philomeno de Miranda – Trilhas da Libertação - Introdução
30
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
2. As Organizações das Trevas
2.1. Estrutura/Organização
2.1.1. Características Gerais
Qual ocorre na Terra, e nesta em escala menor, as Sociedades que controlam o crime e
o vício no Além são as responsáveis pelas congêneres do planeta, sendo que alguns dos seus
chefes e condutores são procedentes das originais, aquelas que permanecem na erraticidade
inferior.
Espíritos perversos que o sofrimento embruteceu, sicários da sociedade que não se
modificaram ante a derrocada pela morte, dando-se conta do prosseguimento da vida,
continuam nas suas nefastas decisões de afligir e infelicitar, comprazendo-se em imiscuir-se
nos grupos sociais, fomentando dissenções, ódios e guerras, que lhes facultam embriagues pelas
energias que absorvem vampirescamente em infindáveis fenômenos de obsessão dolorosa.
O Espiritismo prático, através das Sessões experimentais, de educação mediúnica ou de
desobsessão, rompeu o véu que ocultava essa triste realidade, e de que se tinha notícia somente
de forma fragmentária, pela revelação dos santos e místicos que visitaram essas comunidades
expungitivas e recuperadoras que a mitologia denominou como inferno, purgatório, etc.
Manoel Philomeno de Miranda – Trilhas da Libertação - Introdução
Transferidos do corpo somático para a Erraticidade inferior os Espíritos perversos e
cruéis, desde há milênios, dominados pelo primarismo que os caracteriza, vêm criando
Organizações do Mal, nas quais se homiziam aqueles que se demoram no ódio e no rancor, em
alucinadas tentativas de combater o programa do Bem na Terra.
Enlouquecidos pelos propósitos inferiores que agasalham, investem contra todas as
atividades de enobrecimento que objetivam conduzir o planeta a um estágio mais elevado, ao
mesmo tempo, combatendo com vigor e crueza aqueles que se transformam em instrumentos
superiores da Vida.
Tornando-se adversários voluntários da edificação do reino dos Céus na Terra, a sua
tem sido a luta inglória e sem possibilidade de êxito a que se atiraram através dos tempos,
renascendo em grupos de sicários da Humanidade e desencarnando até quando o amor
compassivo de Deus os recambia às expiações dolorosas e reeducadoras.
31
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
Os missionários e apóstolos de todas as épocas sofreram-lhes a pertinácia, não havendo
sido exceção os guias do pensamento, da arte, do conhecimento, da ciência, dos diversos ramos
do progresso humano.
Não poucos tombaram nas suas ciladas odientas, sucumbindo antes de cumprirem o
ministério para o qual vieram. Muitos enlouqueceram sob a rudeza e constância da sua
inspiração infeliz. Inumeráveis se deixaram arrastar a situações indignas, derrapando em
conúbios hediondos de vulgaridade ou se tornando algozes da sociedade, de grupos, de pessoas
que lhes caíram desprevenidas nas mãos...
Acreditando-se poderosos, esses Espíritos do mal, ainda doentes e ignorantes da
supremacia das Leis, procuram competir com Deus ou com Jesus, que detestam, sem que se
dêem conta que estão incluídos nos desígnios sublimes da evolução e que as suas possibilidades
são relativas ao grau de inferioridade dos seres humanos com os quais intercambiam.
Pensando realizar o que lhes apraz, não obstante são instrumentos da Justiça Divina,
fazendo que se ajustem aos deveres muitos outros Espíritos igualmente doentes, que já se
encontram em fase de recuperação e de crescimento interior.
Certamente o Pai não necessita, em razão dos incomparáveis recursos de que dispõe,
todavia, porque se prestam ao mister, realizam, sem que o percebam, os objetivos superiores da
Criação.
Dessas Organizações saíram homens e mulheres que fomentaram guerras, intrigas
sórdidas, crimes hediondos, realizando no planeta a materialização de Instituições e Partidos
voltados para o mal, de Entidades e Movimentos que assinalaram o processo terrestre com as
marcas da crueldade, da anarquia, do absurdo sofrimento imposto aos demais seres...
Assinalados pelo desequilíbrio em que se asfixiam, transferem para os seres humanos
reencarnados, que invejam e malquerem, os dardos do ódio e da tirania, trabalhando com
assiduidade na sevícia que pretendem aplicar em todos aqueles que estão distantes do seu
infame contato.
A criatura humana não se encontra sem a proteção de Mais Alto, ficando à mercê da
perversidade desses algozes espirituais inditosos. Sucede, porém, que a hipnose da matéria faz
que haja maior soma de afinidade com o egoísmo e seus sequazes, do que com o amor e seus
cômpares, sintonizando com as faixas grosseiras do mundo espiritual e os seus habitantes.
São os considerados demônios ou satanases das lições evangélicas, as forças do mal, a
sombra que acompanha o ser, o negativo da vida, os obsessores...
32
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
Todos Espíritos criados por Deus, ainda afeiçoados ao crime e à desídia,
transitoriamente aguardando a oportunidade de crescimento no rumo da Grande Luz que a todos
nos atrai.
Cultores, incontáveis, da inteligência e do raciocínio rápido, não desenvolveram os
sentimentos que dão valor ao conhecimento, permanecendo nas áreas do processo evolutivo
sem emotividade, portanto, dominados pelos propósitos inferiores que demonstram o absurdo
da cultura que se divorciou dos valores éticos ensandecendo-os.
Hábeis na arte brutal de confundir e de perturbar o raciocínio daqueles que se lhes
vinculam, são geradores de polêmicas inúteis ou grosseiras, nas quais predominam a
agressividade e até mesmo o crime como forma de desforço pessoal, imiscuem-se
psiquicamente nos grupamentos humanos, dando força ao desequilíbrio que destrói as mais
belas edificações da fraternidade e da esperança, graças, porém, àqueles que lhes dão guarida.
Reencarnam-se muitos periodicamente para se tornarem a chibata que zurze o
sofrimento sobre o dorso da Humanidade, enquanto outros se demoram multissecularmente nas
paisagens sombrias e terríveis onde estagiam.
Organizam-se com imensa astúcia, arrebanhando outros recém-desencarnados para os
seus grupamentos, nos quais a hipnose e os métodos persuasivos mais vigorosos são utilizados
para dominar mentes e sentimentos que passam a servi-los com submissão.
Em face dos recursos mentais de que dispõem e à perseverança nos propósitos soezes
que mantêm, acompanham os idealistas e servidores da Verdade com planos macabros que
esperam converter em realidade, acalentando o desejo de eliminá-los a qualquer preço.
Dispondo de outra dimensão de tempo, aguardam que as suas vítimas em potencial
depereçam no ânimo, experimentem desencanto, sofram circunstâncias menos felizes, provem
da taça da amargura ou do desprazer, se apresentem enfermas ou fragilizadas para as
influenciarem, criando situações embaraçosas umas e falsas outras, assim afastando-as dos
compromissos assumidos e caindo nas malhas das redes da sua astúcia.
Utilizam-se de todos os motivos ou agem mesmo que sem motivo algum, desde que
possam levar adiante o infame projeto de combate contra o Amor Total, insinuando-se, atirando
pessoas inescrupulosas contra os heróis da bondade e do esforço moral, recrutam indivíduos de
má índole para os sitiarem, usam de métodos sórdidos para envolvê-los, produzindo psicosfera
pestífera que asfixia quem se permite entrar em sintonia com as suas sutis insinuações.
Suavemente ou pela violência atiram-se contra aqueles que consideram inimigos, que
devem ser vencidos, e acreditam insanamente na vitória que esperam conseguir.
33
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
Ninguém se acredite isento desse sítio nefando das Organizações do mal, que procedem
da Erraticidade inferior.
Analisando as próprias deficiências, o discípulo do Evangelho e servidor da Verdade,
ou o idealista que ambiciona tornar melhor o mundo, mantenha-se em vigília constante, a fim
de não ser fascinado pelo canto mentiroso das suas sugestões falsas, que são o início da tormenta
que logo mais desabará.
Precatem-se na oração e na ação da caridade, vivenciem o perdão e a fraternidade,
cultivem o amor e a tolerância, resguardando-se das insinuações da maledicência, do
ressentimento, do amor-próprio ferido, do melindre, de todos esses facínoras morais que
permanecem em a natureza humana, observando as nascentes do coração, e, sem desanimar
nunca, avancem, os trabalhadores de Jesus, convidados à Sua seara nesta última hora,
absolutamente confiantes no êxito da reencarnação na qual se encontram.
O Bem é sempre o grande vencedor.
Jesus é o Herói da cruz e da crueldade.
Ensinou-nos, em advertência, a pedir ao Pai que nos livre do mal, que reside em nós ou
que vem atraído por nós, a fim de conseguirmos alcançar o Calvário libertador que se coroará
de luzes após vencida a etapa do processo evolutivo em que todos nós encontramos.
Manoel P. de Miranda - Revista Reformador - 2002 – Novembro - Organizações do Mal
(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, na noite de 8 de fevereiro de
2002, em reunião mediúnica do Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.)
34
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
Muito temos falado, aqui, sobre as organizações do submundo da dor e do desespero.
Tentemos estudá-las mais de perto.
É claro que jamais nos trouxeram, nossos irmãos desarvorados, os esquemas e
organogramas de suas instituições, mas, de tanto ouvi-los falar delas, creio possível montar,
com as inúmeras peças do gigantesco “puzzle”, um quadro inteligível desse tenebroso painel
de desespero e aflição.
Em primeiro lugar, é preciso não cometer o trágico engano de subestimá-las.
Elas são realmente temíveis. Foram concebidas e são operadas por inteligências
privilegiadas, Espíritos longamente experimentados no mal, no exercício do poder, nos
meandros do sofisma. Isto não significa que, no desempenho de tarefas redentoras do bem, nos
deixemos dominar pelo pavor, no trato com seus representantes, pois é exatamente isso que
desejam e a que se acostumaram.
Dominam pelo terror que inspiram em toda parte, e, se cairmos nessa faixa, estaremos
correndo riscos imprevisíveis.
O problema de lidar com elas é, pois, extremamente complexo. E nunca é demais
repetir: não o faça quem não esteja suficientemente apoiado por Espíritos esclarecidos,
devotados ao bem e experimentados nesses trabalhos. Se o grupo conta com a colaboração de
companheiros experientes, eles saberão dosar o trabalho, segundo seus próprios recursos e
possibilidades, e as tarefas de maior responsabilidade vão sendo trazidas, à medida que
conseguimos passar pelas preliminares, de menor envergadura.
As equipes orientadas por esses dedicados trabalhadores anônimos do mundo superior
manter-se-ão equilibradas, sempre que se portarem com prudência e sabedoria. Como esses
abnegados companheiros não impõem condições, mas limitam-se a nos aconselhar e esclarecer,
é preciso estarmos atentos às suas sugestões e observações, para interpretá-las corretamente e
pô-las em prática, com segurança.
Se nos sairmos bem das tarefas iniciais e passarmos nos testes a que somos submetidos,
em benefício de nós mesmos, não podemos esquecer-nos de que precisamos manter nossa
própria organização disciplinada, atenta, flexível, ajustada, porque a “do outro lado” é tão boa
ou melhor do que a nossa, em termos de estrutura e disciplina, ainda que não o seja em objetivos
e métodos.
As instituições das trevas são estruturadas numa rígida concentração do poder, nas mãos
de alguns líderes, escolhidos por um processo impiedoso de seleção natural.
35
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
Sua liderança revelou-se na ação, em postos subalternos, ou confirmou-se através de
séculos e séculos, em que se revezam encarnados e desencarnados.
Muitos deles, como signatários de pactos de vida e morte, sustentam-se aqui e lá, onde
estiverem, sejam quais forem as condições, num princípio que tem muito mais de autodefesa
do que de fidelidade.
São fiéis uns aos outros, não porque se estimem, mas porque precisam uns dos outros,
para manter-se no poder.
Quando se reencarnam, trazem programas muito bem elaborados, e o compromisso de
apoio e solidariedade irrestritos, da parte dos que ficam no mundo espiritual. Assim se explicam
os êxitos, em termos humanos, que obtêm, enquanto por aqui se encontram, e a provisória, mas
segura impunidade em que continuam a viver, quando retornam aos seus domínios, após a
desencarnação, por maiores que sejam as atrocidades que cometem, como homens.
Ao que tudo indica, até mesmo enquanto na carne, mantêm-Se em contacto íntimo e
permanente com seus comparsas do Além, e continuam a exercer a parcela de autoridade de
que dispõem entre eles, realizando contatos, durante os desprendimentos parciais, provocados
pelo sono.
A estrutura administrativa dessas instituições está preparada para aceitar tal
flexibilidade, sem prejuízo para as suas tarefas. Elas não podem falhar e, por isso, há sempre
alguém em condições de suprir uma ausência ocasional ou definitiva.
A não ser que o líder esteja colocado em posição muito elevada, e se tenha tornado
praticamente insubstituível, a organização sobrevive naqueles que o substituem, pois há
interesses poderosíssimos a proteger e personagens muito destacadas, no mundo do crime, a
resguardar.
Assim, dificilmente a instituição é desmantelada, quando o seu chefe supremo é
convertido ao bem.
E também não é sempre que esses líderes, mesmo convertidos, podem voltar sobre seus
passos e tentar convencer seus antigos comparsas. Uma vez convencidos a mudar de rumo,
caem em desgraça ante seus companheiros.
O primeiro impulso destes é resgatá-los, especialmente quando são figuras importantes,
na máquina do poder. Verificada, pelos seus ex-amigos, a impossibilidade de “salvá-los”,
abandonam-nos à sua própria sorte, quando não procuram voltar contra eles todo o poderio da
própria instituição que antes eles comandavam.
36
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
(...) Sejam, porém, grandes ou pequenas, seus organogramas são tão bem planejados e
implementados como os de uma empresa. Só que, em vez de visarem a atividades industriais
ou comerciais, com o fim de produzirem lucro, como as sociedades anônimas da Terra,
produzem o terror e a opressão, e lutam pelo poder e por aquilo que entendem como glória
pessoal.
Têm seus chefes, seus planei adores, seus executores, operários, guardas.
Conservam registros meticulosos, movimentam documentação, utilizam-se de
aparelhos, dispõem de tropas de choque, “armadas” e bem adestradas.
Promovem reuniões, concílios, debates, exposições, conferências, sermões, ritos.
Promulgam leis, punem os indisciplinados, condecoram e distribuem prêmios aos que
se destacam por trabalhos de especial relevância.
Seus métodos são os do terror pela violência, sua incontestável hierarquia apóia-se num
regime disciplinar implacável, rígido, inflexível.
Não se tolera a falta, o deslize, a revolta, a desobediência.
Sua ética é governada pela total ausência de escrúpulo. Nada os detém, tudo é permitido,
desde que os fins a que visam sejam alcançados. Aqueles, pois, que resolvem organizar um
grupo mediúnico de desobsessão, devem estar bem preparados para enfrentá-los.
Hermínio de Miranda – Dialogo com as Sombras – Cap. 28 - As organizações: estrutura,
ética, métodos, hierarquia e disciplina.
37
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
Alguns livros espiritas, no transcorrer dos anos, apresentaram e descreveram a
ambiência e o local em que essas organizações das Trevas tem as suas sedes.
Duas dessas sedes (cidades), em especial, são explicitadas em obras espíritas, conforme
mostrado a seguir:
A. Cidade da “Justiça”
1) Livro Libertação
i. Ano: 1946
ii. Cap.: 4 – Numa Cidade Estranha
iii. Mentores/Instrutores: André Luiz, Gúbio, Matilde.
2) Livro Nos Bastidores da Obsessão
i. Ano: 1970
ii. Cap.: 6 – No Anfiteatro
iii. Mentores/Instrutores: Manoel Philomeno de Miranda, Glaucus
3) Livro Trilha da Libertação
i. Ano: 1996
ii. Cap.: Introdução/10 – Os Gênios das Trevas
iii. Mentores/Instrutores: Manoel Philomeno de Miranda, José Carneiro de Campos.
4) Livro Tormentos da Obsessão
i. Ano: 2001
ii. Cap.: 10 – Experiências Gratificadoras
iii. Mentores/Instrutores: Manoel Philomeno de Miranda, Inácio Ferreira, Eurípedes
Barsanulfo, Isabel de Portugal.
5) Livro No Rumo do Mundo de Regeneração
i. Ano: 2021
ii. Cap.: 18 – Movimentação bem coordenada
iii. Mentores/Instrutores: Manoel Philomeno de Miranda, Francisco Spinelli, Eurípedes
Barsanulfo, Isabel de Portugal.
B. Cidade da “Perversão Moral”
6) Livro Sexo e Obsessão
i. Ano: 2003
ii. Cap.: 3 – A Comunidade da Perversão Moral
iii. Mentores/Instrutores: Manoel Philomeno de Miranda, Anacleto.
38
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
2.1.1.1. A Cidade da “Justiça”
Não estamos em cavernas infernais, mas atingimos grande império de inteligências
perversas e atrasadas, anexo aos círculos da Crosta, onde os homens terrestres lhes sofrem
permanente influenciação.
(...) Centenas de milhares de criaturas aqui padecem amargos choques de retorno à
realidade, sob a vigilância de tribos cruéis, formadas de espíritos egoístas, invejosos e
brutalizados.
Para a sensibilidade medianamente desenvolvida, o sofrimento aqui é inapreciável.
— E há governo estabelecido num reino estranho e sinistro quanto este?
— Indaguei.
— Como não? — respondeu Gúbio, atenciosamente. — Qual ocorre na esfera carnal, a
direção, neste domínio, é concedida pelos Poderes Superiores, a título precário.
Na atualidade, este grande empório de padecimentos regenerativos permanece dirigido
por um sátrapa de inqualificável impiedade, que aliciou para si próprio o pomposo título de
Grande Juiz, assistido por assessores políticos e religiosos tão frios e perversos quanto ele
mesmo.
Grande aristocracia de gênios implacáveis aqui se alinha, senhoreando milhares de
mentes preguiçosas, delinqüentes e enfermiças...
(...) Notei a existência de algumas organizações de serviços que nos pareceriam, na
esfera carnal, ingênuas e infantis, reconhecendo que a ociosidade era, ali, a nota dominante.
— E porque em geral tanta ociosidade neste plano? — indaguei ainda.
— Quase todas as almas humanas, situadas nestas furnas, sugam as energias dos
encarnados e lhes vampirizam a vida, qual se fossem lampreias insaciáveis no oceano do
oxigênio terrestre.
Suspiram pelo retorno ao corpo físico, de vez que não aperfeiçoaram a mente para a
ascensão, e perseguem as emoções do campo carnal com o desvario dos sedentos no deserto.
Quais fetos adiantados absorvendo as energias do seio materno, consomem altas
reservas de força dos seres encarnados que as acalentam, desprevenidos de conhecimento
superior.
Daí, esse desespero com que defendem no mundo os poderes da inércia e essa aversão
com que interpretam qualquer progresso espiritual ou qualquer avanço do homem na montanha
de santificação.
39
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
No fundo, as bases econômicas de toda essa gente residem, ainda, na esfera dos homens
comuns e, por isto, preservam, apaixonadamente, o sistema de furto psíquico, dentro do qual se
sustentam, junto às comunidades da Terra.
(...) Subimos, dificilmente, a rua íngreme e, em pequeno planalto, que se nos descortinou
aos olhos espantadiços, a paisagem alterou-se.
Palácios estranhos surgiam imponentes, revestidos de claridade abraseada, semelhante
à auréola do aço incandescente.
Praças bem cuidadas, cheias de povo, ostentavam carros soberbos, puxados por escravos
e animais.
O aspecto devia, a nosso ver, identificar-se com o das grandes cidades do Oriente, de
duzentos anos atrás.
Liteiras e carruagens transportavam personalidades humanas, trajadas de modo
surpreendente, em que o escarlate exercia domínio, acentuando a dureza dos rostos que
emergiam dos singulares indumentos.
(...) Transcorridas longas horas em compartimento escuro, aproveitadas em meditações
e preces, sem entendimentos verbais, fomos conduzidos, na noite imediata, a um edifício de
grandes e curiosas proporções.
O esquisito palácio guardava a forma de enorme hexágono, alongando-se para cima em
torres pardacentas, e reunia muitos salões consagrados a estranhos serviços. Iluminado externa
e interiormente pela claridade de volumosos tocheiros, apresentava o aspecto desagradável de
uma casa incendiada.
Sob a custódia de quatro guardas da residência de Gregório, que nos comunicaram a
necessidade de exame antes de qualquer contacto direto com o aludido sacerdote, penetramos
o recinto de largas dimensões, no qual se congregavam algumas dezenas de entidades em
deploráveis condições.
(...) Esta casa é de justiça, em nome do Governo do Mundo!
André Luiz – Libertação – Cap. 4 – Numa cidade estranha
40
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
Havia uma multidão de entidades viciosas, em atitudes repelentes, que dialogavam com
expressões vis e ultrajantes.
(...)
Outros apareciam com carantonhas simiescas e o recinto tresandava putrefação.
Vibrações viscosas e sombrias carregavam os céus que tinham um tom pardacento-escuro, sem
estrelas, e o solo miasmático parecia um paul insano que, todavia, não lhes chamava a atenção,
acostumados como se encontravam à paisagem triste e morta do local.
(...) A construção, de matéria viscosa e escura, tinha a forma semicircular e fazia lembrar
repentinamente os velhos circos, não fosse a substância de que se revestia.
Luzes roxas e vermelhas esparramavam sombras atormentadas que passavam perdidas
nos interesses em que se compraziam e, de quando em quando, massa compacta e atroadora,
empurrando violentamente os que se encontravam à frente, chegava em galhofa infernal.
Dificilmente se poderia ver na Terra espetáculo de tal natureza... E, todavia, estávamos
na Terra, um pouco fora das vibrações do mundo material, dentro dele, porém.
(...) Atravessamos as barreiras sem qualquer incidente e fomos surpreendidos por um
recinto amplo, de arquibancadas que ficavam fronteiras a um picadeiro pouco iluminado, onde
o espetáculo teria curso.
A balbúrdia ensurdecedora fazia lembrar um covil de feras. Expressões profundamente
vulgares e tradutoras da qualidade dos que ali se encontravam explodiam abundantes,
constrangendo-nos.
(...) Aparentemente, os infelizes companheiros que mourejam no Anfiteatro constituem
segura organização a serviço do mal.
Adestrados na prática da ignomínia, supõem-se preparados para investir contra os
espíritos atormentados que gravitam em ambos os lados da vida, imanados às paixões que os
consomem, paixões cujo comportamento facilmente sintonizam com eles e outros afins, caindo-
lhes nas malhas vigorosas que, em última análise, se transformam em instrumentos de que se
utiliza a Lei Divina para corrigir os que ainda preferem os tortuosos caminhos...
Manoel Philomeno de Miranda – Nos Bastidores da Obsessão – Cap.6 – No
Anfiteatro
41
Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas
Nossa atividade, logo mais, terá lugar em nosso querido planeta, em região pantanosa,
que a imaginação humana descreveria como infernal.
Nosso objetivo é resgatar Ambrósio, que ali se encontra há quase duas dezenas de anos...
Guardaremos vigilância e oração em nossa vilegiatura espiritual e faremos parte da
caravana da nobre Entidade que fora, na Terra, a Rainha Isabel de Portugal, considerada santa,
que se dedica a esse mister há muitos anos como mensageira do Amor, mantendo irrestrita
confiança em Deus.
(...) Podíamos ver-nos aproximando-nos da Terra que se agigantava diante de nós até
pararmos em um lugar lúgubre, de aspecto truanesco.
Não haviam passado vinte minutos, segundo os meus cálculos, e sentíamos as
emanações deletérias da região enfermiça e sombria, onde nenhum sinal de vida se manifestava.
Ao lado de pântanos pútridos, cavernas se abriam profundas em montanhas escuras que
limitavam a área do paul dantesco.
Reunindo-nos à borda do lamaçal, demo-nos conta da escuridão reinante, como se
nuvens carregadas cobrissem a área, vez que outra sacudida por trovões espocantes e
relâmpagos velozes.
Concomitantemente, o exalar de matéria em decomposição e os fogos fátuos que eram
percebidos falavam sem palavras sobre a zona rnorbífica em que nos adentrávamos.
À medida que nos adaptávamos ao ambiente hostil, percebemos as emanações
carregadas que subiam do lodo tornando sempre mais densas as nuvens que pairavam
ameaçadoras, como se estivessem carregadas de tormentas incomuns prestes a desabar
frenéticas e destruidoras.
(...) Nesse estado de alma pude perceber que, de momento a momento, na sombra das
lamas agitadas erguiam-se cabeças que clamavam por misericórdia e apoio, para logo
afundarem no lodo asfixiante.
O vozerio, as exclamações, os pedidos de socorro e as queixas misturavam-se a
blasfêmias e recriminações que aumentavam à medida que nos adentrávamos pela furna aberta
na rocha por antigas correntes d’água, que a tornava perigosa, escorregadia...
(...) A densa treva era cada vez mais escura, impedindo quase a irradiação dos archotes
acesos. Entre um e outro relâmpago, pudemos perceber que acima do lamaçal pairavam
Entidades perversas, que pareciam flutuar no ambiente, de aspecto indescritível, que as
oleogravuras religiosas não conseguem imitar pelo seu aspecto degenerado e apavorante, que
aplicavam relhos naqueles que se erguiam do charco imundo suplicando amparo.
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas
Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula 5-eade-tomo-i-roteiro-4-judaísmo
Aula 5-eade-tomo-i-roteiro-4-judaísmoAula 5-eade-tomo-i-roteiro-4-judaísmo
Aula 5-eade-tomo-i-roteiro-4-judaísmo
JoyAlbanez
 
A IMORTALIDADE DA ALMA
A IMORTALIDADE DA ALMAA IMORTALIDADE DA ALMA
A IMORTALIDADE DA ALMA
Vi Meirim
 
Ecologia e espiritismo
Ecologia e espiritismoEcologia e espiritismo
Ecologia e espiritismo
Dalila Melo
 

Mais procurados (20)

Palestra o encontro com a essência
Palestra o encontro com a essênciaPalestra o encontro com a essência
Palestra o encontro com a essência
 
Mundos de Regeneração
Mundos de RegeneraçãoMundos de Regeneração
Mundos de Regeneração
 
(Livro Boa nova) Cap. 20 Maria de Magdala
(Livro Boa nova) Cap. 20   Maria de Magdala(Livro Boa nova) Cap. 20   Maria de Magdala
(Livro Boa nova) Cap. 20 Maria de Magdala
 
O Livre Arbitrio
O Livre ArbitrioO Livre Arbitrio
O Livre Arbitrio
 
Transição Planetária - Aula 1 - Introdução
Transição Planetária - Aula 1 - IntroduçãoTransição Planetária - Aula 1 - Introdução
Transição Planetária - Aula 1 - Introdução
 
Aula 5-eade-tomo-i-roteiro-4-judaísmo
Aula 5-eade-tomo-i-roteiro-4-judaísmoAula 5-eade-tomo-i-roteiro-4-judaísmo
Aula 5-eade-tomo-i-roteiro-4-judaísmo
 
Pais e Filhos: Numa visão Psicológica e Espiritual
Pais e Filhos: Numa visão Psicológica e EspiritualPais e Filhos: Numa visão Psicológica e Espiritual
Pais e Filhos: Numa visão Psicológica e Espiritual
 
Eae 75 O pensamento e a vontade
Eae 75 O pensamento e a vontadeEae 75 O pensamento e a vontade
Eae 75 O pensamento e a vontade
 
A IMORTALIDADE DA ALMA
A IMORTALIDADE DA ALMAA IMORTALIDADE DA ALMA
A IMORTALIDADE DA ALMA
 
Reencarnação e os laços de familia
Reencarnação e os laços de familiaReencarnação e os laços de familia
Reencarnação e os laços de familia
 
Transição planetaria apresentação
Transição planetaria apresentaçãoTransição planetaria apresentação
Transição planetaria apresentação
 
Palestra a reencarnacao
Palestra   a reencarnacaoPalestra   a reencarnacao
Palestra a reencarnacao
 
AliançA Da CiêNcia E Da ReligiãO
AliançA Da CiêNcia E Da ReligiãOAliançA Da CiêNcia E Da ReligiãO
AliançA Da CiêNcia E Da ReligiãO
 
Ecologia e espiritismo
Ecologia e espiritismoEcologia e espiritismo
Ecologia e espiritismo
 
Há muitas moradas na casa de meu pai
Há muitas moradas na casa de meu paiHá muitas moradas na casa de meu pai
Há muitas moradas na casa de meu pai
 
Vigiando o pensamento-1,5h
Vigiando o pensamento-1,5hVigiando o pensamento-1,5h
Vigiando o pensamento-1,5h
 
Sexo e destino
Sexo e destinoSexo e destino
Sexo e destino
 
Livro - Escutando sentimentos
Livro - Escutando sentimentosLivro - Escutando sentimentos
Livro - Escutando sentimentos
 
Jesus e o Templo
Jesus e o TemploJesus e o Templo
Jesus e o Templo
 
Obreiros da Vida Eterna - cap 1
Obreiros da Vida Eterna - cap 1Obreiros da Vida Eterna - cap 1
Obreiros da Vida Eterna - cap 1
 

Semelhante a Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas

Magia Elemental Franz Bardon
Magia Elemental   Franz BardonMagia Elemental   Franz Bardon
Magia Elemental Franz Bardon
orismagus
 
Magia Elemental Ali Mohamad Onaissi Instituto Arcanjo Michael
Magia Elemental Ali Mohamad Onaissi Instituto Arcanjo MichaelMagia Elemental Ali Mohamad Onaissi Instituto Arcanjo Michael
Magia Elemental Ali Mohamad Onaissi Instituto Arcanjo Michael
HOME
 
Magia Elemental Ali Mohamad Onaissi Instituto Arcanjo Michael
Magia Elemental Ali Mohamad Onaissi Instituto Arcanjo MichaelMagia Elemental Ali Mohamad Onaissi Instituto Arcanjo Michael
Magia Elemental Ali Mohamad Onaissi Instituto Arcanjo Michael
guest301cb2
 
Apostila da Andrews University - Escatologia Bíblica
Apostila da Andrews University - Escatologia BíblicaApostila da Andrews University - Escatologia Bíblica
Apostila da Andrews University - Escatologia Bíblica
Apocalipse Facil
 
Mecanismos da mediunidade
Mecanismos da mediunidadeMecanismos da mediunidade
Mecanismos da mediunidade
Antonio SSantos
 
12 mecanismos da-mediunidade-1959
12 mecanismos da-mediunidade-195912 mecanismos da-mediunidade-1959
12 mecanismos da-mediunidade-1959
paulasa pin
 
Andre Luiz - Mecanismos da Mediunidade
Andre Luiz - Mecanismos da MediunidadeAndre Luiz - Mecanismos da Mediunidade
Andre Luiz - Mecanismos da Mediunidade
Ari Carrasco
 
Coleção fábulas bíblicas volume 5 como trollar crentes
Coleção fábulas bíblicas volume 5   como trollar crentesColeção fábulas bíblicas volume 5   como trollar crentes
Coleção fábulas bíblicas volume 5 como trollar crentes
José Silva
 
Allan kardec a prece segundo o evangelho
Allan kardec   a prece segundo o evangelhoAllan kardec   a prece segundo o evangelho
Allan kardec a prece segundo o evangelho
JuarezSouzaMagnus
 
3 revista literária voo da gralha azul numero 3 marco abril 2010 final
3 revista literária voo da gralha azul numero 3  marco abril 2010 final3 revista literária voo da gralha azul numero 3  marco abril 2010 final
3 revista literária voo da gralha azul numero 3 marco abril 2010 final
Confraria Paranaense
 
Thesis Marco Marques
Thesis Marco MarquesThesis Marco Marques
Thesis Marco Marques
Marco Marques
 
Aobracompletadeorunmil 110611023515-phpapp01
Aobracompletadeorunmil 110611023515-phpapp01Aobracompletadeorunmil 110611023515-phpapp01
Aobracompletadeorunmil 110611023515-phpapp01
Daiane Amaral
 

Semelhante a Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas (20)

Magia Elemental Franz Bardon
Magia Elemental   Franz BardonMagia Elemental   Franz Bardon
Magia Elemental Franz Bardon
 
Magia Elemental Ali Mohamad Onaissi Instituto Arcanjo Michael
Magia Elemental Ali Mohamad Onaissi Instituto Arcanjo MichaelMagia Elemental Ali Mohamad Onaissi Instituto Arcanjo Michael
Magia Elemental Ali Mohamad Onaissi Instituto Arcanjo Michael
 
Magia Elemental Ali Mohamad Onaissi Instituto Arcanjo Michael
Magia Elemental Ali Mohamad Onaissi Instituto Arcanjo MichaelMagia Elemental Ali Mohamad Onaissi Instituto Arcanjo Michael
Magia Elemental Ali Mohamad Onaissi Instituto Arcanjo Michael
 
A Transição Planetária, a nova Era e os Flagelos
A Transição Planetária, a nova Era e os FlagelosA Transição Planetária, a nova Era e os Flagelos
A Transição Planetária, a nova Era e os Flagelos
 
Apostila da Andrews University - Escatologia Bíblica
Apostila da Andrews University - Escatologia BíblicaApostila da Andrews University - Escatologia Bíblica
Apostila da Andrews University - Escatologia Bíblica
 
Mecanismos da mediunidade
Mecanismos da mediunidadeMecanismos da mediunidade
Mecanismos da mediunidade
 
12 mecanismos da-mediunidade-1959
12 mecanismos da-mediunidade-195912 mecanismos da-mediunidade-1959
12 mecanismos da-mediunidade-1959
 
Andre Luiz - Mecanismos da Mediunidade
Andre Luiz - Mecanismos da MediunidadeAndre Luiz - Mecanismos da Mediunidade
Andre Luiz - Mecanismos da Mediunidade
 
justiça divina
justiça divinajustiça divina
justiça divina
 
Coleção fábulas bíblicas volume 5 como trollar crentes
Coleção fábulas bíblicas volume 5   como trollar crentesColeção fábulas bíblicas volume 5   como trollar crentes
Coleção fábulas bíblicas volume 5 como trollar crentes
 
Biblia sagrada
Biblia sagradaBiblia sagrada
Biblia sagrada
 
Das trevas para a luz
Das trevas para a luzDas trevas para a luz
Das trevas para a luz
 
A Reencarnação e Você
A Reencarnação e VocêA Reencarnação e Você
A Reencarnação e Você
 
A obra completa de orunmila1
A obra completa  de orunmila1A obra completa  de orunmila1
A obra completa de orunmila1
 
Allan kardec a prece segundo o evangelho
Allan kardec   a prece segundo o evangelhoAllan kardec   a prece segundo o evangelho
Allan kardec a prece segundo o evangelho
 
Guia Politicamente Incorreto do Islã
Guia Politicamente Incorreto do IslãGuia Politicamente Incorreto do Islã
Guia Politicamente Incorreto do Islã
 
3 revista literária voo da gralha azul numero 3 marco abril 2010 final
3 revista literária voo da gralha azul numero 3  marco abril 2010 final3 revista literária voo da gralha azul numero 3  marco abril 2010 final
3 revista literária voo da gralha azul numero 3 marco abril 2010 final
 
Thesis Marco Marques
Thesis Marco MarquesThesis Marco Marques
Thesis Marco Marques
 
Bíblia em sânscrito
Bíblia em sânscrito Bíblia em sânscrito
Bíblia em sânscrito
 
Aobracompletadeorunmil 110611023515-phpapp01
Aobracompletadeorunmil 110611023515-phpapp01Aobracompletadeorunmil 110611023515-phpapp01
Aobracompletadeorunmil 110611023515-phpapp01
 

Mais de ADALBERTO COELHO DA SILVA JR

A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - EX...
A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - EX...A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - EX...
A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - EX...
ADALBERTO COELHO DA SILVA JR
 
A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTO
A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTOA Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTO
A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTO
ADALBERTO COELHO DA SILVA JR
 

Mais de ADALBERTO COELHO DA SILVA JR (20)

A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - EX...
A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - EX...A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - EX...
A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - EX...
 
A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTO
A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTOA Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTO
A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTO
 
Enquanto Você ainda Pode - - TEXTO_Completo_2024_v5.pdf
Enquanto Você ainda Pode - - TEXTO_Completo_2024_v5.pdfEnquanto Você ainda Pode - - TEXTO_Completo_2024_v5.pdf
Enquanto Você ainda Pode - - TEXTO_Completo_2024_v5.pdf
 
Enquanto Você ainda Pode - - APRESENTAÇÃO
Enquanto Você ainda Pode - - APRESENTAÇÃOEnquanto Você ainda Pode - - APRESENTAÇÃO
Enquanto Você ainda Pode - - APRESENTAÇÃO
 
Esses Dias Tumultuosos e o Natal_Exposição
Esses Dias Tumultuosos e o Natal_ExposiçãoEsses Dias Tumultuosos e o Natal_Exposição
Esses Dias Tumultuosos e o Natal_Exposição
 
Estes Dias Tumultuosos e o Natal - texto
Estes Dias Tumultuosos e o Natal - textoEstes Dias Tumultuosos e o Natal - texto
Estes Dias Tumultuosos e o Natal - texto
 
Loucura e Obsessão - 35 anos_TEXTO
Loucura e Obsessão - 35 anos_TEXTOLoucura e Obsessão - 35 anos_TEXTO
Loucura e Obsessão - 35 anos_TEXTO
 
Loucura e Obsessão - 35 anos
Loucura e Obsessão - 35 anosLoucura e Obsessão - 35 anos
Loucura e Obsessão - 35 anos
 
Sexo e Destino - 60 anos_Texto
Sexo e Destino - 60 anos_TextoSexo e Destino - 60 anos_Texto
Sexo e Destino - 60 anos_Texto
 
Sexo e Destino - 60 anos
Sexo e Destino - 60 anosSexo e Destino - 60 anos
Sexo e Destino - 60 anos
 
O Martírio nos Tempos Atuais - Ave-Cristo - 70 anos_TEXTO_completo
O Martírio nos Tempos Atuais - Ave-Cristo - 70 anos_TEXTO_completoO Martírio nos Tempos Atuais - Ave-Cristo - 70 anos_TEXTO_completo
O Martírio nos Tempos Atuais - Ave-Cristo - 70 anos_TEXTO_completo
 
O Martírio nos Tempos Atuais - Ave-Cristo - 70 anos_APRESENTAÇÃO_Sintese
O Martírio nos Tempos Atuais - Ave-Cristo - 70 anos_APRESENTAÇÃO_SinteseO Martírio nos Tempos Atuais - Ave-Cristo - 70 anos_APRESENTAÇÃO_Sintese
O Martírio nos Tempos Atuais - Ave-Cristo - 70 anos_APRESENTAÇÃO_Sintese
 
O Autismo – uma Leitura Espiritual_TEXTO
O Autismo – uma Leitura Espiritual_TEXTOO Autismo – uma Leitura Espiritual_TEXTO
O Autismo – uma Leitura Espiritual_TEXTO
 
O Autismo - uma leitura espiritual_APRESENTAÇÃO
O Autismo - uma leitura espiritual_APRESENTAÇÃOO Autismo - uma leitura espiritual_APRESENTAÇÃO
O Autismo - uma leitura espiritual_APRESENTAÇÃO
 
Relacionamento entre Pais e Filhos num Mundo em Transição_Texto
Relacionamento entre Pais e Filhos num Mundo em Transição_TextoRelacionamento entre Pais e Filhos num Mundo em Transição_Texto
Relacionamento entre Pais e Filhos num Mundo em Transição_Texto
 
O Relacionamento entre Pais e Filhos num Mundo em Transição_Apresentação
O Relacionamento entre Pais e Filhos num Mundo em Transição_ApresentaçãoO Relacionamento entre Pais e Filhos num Mundo em Transição_Apresentação
O Relacionamento entre Pais e Filhos num Mundo em Transição_Apresentação
 
As Catástrofes e os Desastres Coletivos
As Catástrofes e os Desastres ColetivosAs Catástrofes e os Desastres Coletivos
As Catástrofes e os Desastres Coletivos
 
As Catástrofes e os Desastres Coletivos_Apresentação
As Catástrofes e os Desastres Coletivos_ApresentaçãoAs Catástrofes e os Desastres Coletivos_Apresentação
As Catástrofes e os Desastres Coletivos_Apresentação
 
Tempo de Recomeçar - TEXTO - 2023
Tempo de Recomeçar - TEXTO - 2023Tempo de Recomeçar - TEXTO - 2023
Tempo de Recomeçar - TEXTO - 2023
 
Tempo de Recomeçar - 2023
Tempo de Recomeçar - 2023Tempo de Recomeçar - 2023
Tempo de Recomeçar - 2023
 

Último

Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINALAntropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
MiltonCesarAquino1
 

Último (17)

Desiderio Desideravi: formação litúrgica
Desiderio Desideravi: formação litúrgicaDesiderio Desideravi: formação litúrgica
Desiderio Desideravi: formação litúrgica
 
Coletânea De Orações Cristãs Parte 2
Coletânea De Orações Cristãs Parte 2Coletânea De Orações Cristãs Parte 2
Coletânea De Orações Cristãs Parte 2
 
Missões News 04/2024 - Informativo Missionário
Missões News 04/2024 - Informativo MissionárioMissões News 04/2024 - Informativo Missionário
Missões News 04/2024 - Informativo Missionário
 
Lição 7 - O Perigo da Murmuração - EBD.pptx
Lição 7 - O Perigo da Murmuração - EBD.pptxLição 7 - O Perigo da Murmuração - EBD.pptx
Lição 7 - O Perigo da Murmuração - EBD.pptx
 
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyo
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyoNovo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyo
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyo
 
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdf
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdfComentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdf
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdf
 
Aula de Escola Bíblica - 2 Coríntios cap. 11
Aula de Escola Bíblica - 2 Coríntios cap. 11Aula de Escola Bíblica - 2 Coríntios cap. 11
Aula de Escola Bíblica - 2 Coríntios cap. 11
 
livro de atos dos apóstolos- Cap 22 a 24 - o julgamento de Paulo
livro de atos dos apóstolos- Cap 22 a 24 - o julgamento de Paulolivro de atos dos apóstolos- Cap 22 a 24 - o julgamento de Paulo
livro de atos dos apóstolos- Cap 22 a 24 - o julgamento de Paulo
 
Oração Pelo Povo Brasileiro
Oração Pelo Povo BrasileiroOração Pelo Povo Brasileiro
Oração Pelo Povo Brasileiro
 
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptxBíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptx
 
O CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiro
O CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiroO CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiro
O CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiro
 
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINALAntropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
 
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptxFORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
 
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptx
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptxLição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptx
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptx
 
Boletim Espiral número 74, de abril de 2024
Boletim Espiral número 74, de abril de 2024Boletim Espiral número 74, de abril de 2024
Boletim Espiral número 74, de abril de 2024
 
JOGRAL para o dia das MÃES igreja .pdf
JOGRAL  para o dia das MÃES igreja .pdfJOGRAL  para o dia das MÃES igreja .pdf
JOGRAL para o dia das MÃES igreja .pdf
 
projeto semestral IAD departamento infantil(1).pptx
projeto semestral IAD departamento infantil(1).pptxprojeto semestral IAD departamento infantil(1).pptx
projeto semestral IAD departamento infantil(1).pptx
 

Na Era da Transição Planetária - as Estratégias das Trevas

  • 1. NA ERA DA TRANSIÇÃO PLANETÁRIA - As estratégias das Trevas
  • 2. SUMÁRIO 1. Introdução.................................................................................................... 1 1.1 A Era da Transição Planetária.....................................................................1 1.1.1 Objetivos e Características – considerações Doutrinárias ..........................1 1.1.2 Implicações Reencarnatórias – faixas reencarnatórias................................4 1.1.2.1Espíritos vindos de Regiões Trevosas.........................................................5 1.1.2.2Espíritos vindos de Regiões Umbralinas ..................................................10 1.1.2.3Espíritos vindos de Outras Regiões Espirituais – regiões de transição ....10 1.1.2.4Espíritos vindos de Regiões Espirituais Superiores..................................11 1.1.2.5Espíritos vindos de Outros Orbes..............................................................13 1.1.3 Implicações Sociais/Espirituais.................................................................14 1.1.3.1Aumento do Materialismo.........................................................................14 1.1.3.2Aumento da Violência...............................................................................16 1.1.3.3Aumento da Degradação Moral/Ética.......................................................18 1.1.3.4Aumento dos Conflitos Sociais.................................................................20 1.1.3.5Aumento dos Processos Obsessivos/Nuvens de Perturbação ...................21 1.2 O Livro “Trilhas da Libertação” – 25 anos...............................................29 2. As Organizações das Trevas..................................................................... 30 2.1. Estrutura/Organização...............................................................................30 2.1.1. Características Gerais................................................................................30 2.1.1.1. A Cidade da “Justiça” ..........................................................................38 2.1.1.2. A Cidade da “Perversão Moral”...........................................................49 2.2. O Soberano das Trevas..............................................................................55 3. As Diretrizes das Trevas – Trilhas da Libertação ................................. 62 3.1 A 1º Diretriz – o Sexo ...............................................................................63 3.1 A 2º Diretriz – a Vaidade..........................................................................65 3.2 A 3º Diretriz – o Poder..............................................................................69 3.3 A 4º Diretriz – o Dinheiro.........................................................................70 4. As Diretrizes das Trevas e os Trabalhadores/Médiuns Espíritas ........ 71 4.1. Trabalhos Espirituais em desequilíbrio.....................................................71 4.2. Médiuns em desequilíbrio – Trilhas da Libertação...................................72 4.2.1. O Caso Davi – 1º + 2º +3º + 4º Diretrizes.................................................73 4.2.2. O Caso Raulinda – 1º Diretriz – Sexo + Animismo .................................87
  • 3. 4.2.3. O Caso Francisco – 1º Diretriz – Sexo......................................................95 4.3. Falências Mediúnicas – Tormentos da Obsessão....................................100 4.3.1. O Caso Almério - 1º Diretriz - Sexo .......................................................103 4.3.2. O Caso Leôncio - 2º Diretriz - Vaidade..................................................107 4.3.3. O Caso Ambrósio - 3º Diretriz - Poder...................................................111 4.3.4. O Caso Evaldo - 4º Diretriz - Dinheiro...................................................120 4.4. Trabalhos Espirituais e Médiuns – A Proteção Superior........................126 5. Livro Trilhas da Libertação – 25 anos.................................................. 127 5.1. A Série Manoel Philomeno de Miranda..................................................127 5.1.1. Importância .............................................................................................127 5.1.2. Composição da Série...............................................................................129 5.1.3. Livros – Sinopses....................................................................................130 5.1.3.1. Nos Bastidores da Obsessão – 1970 ..................................................130 5.1.3.2. Grilhões Partidos – 1974....................................................................131 5.1.3.3. Tramas do Destino – 1976 .................................................................132 5.1.3.4. Nas Fronteiras da Loucura – 1982 .....................................................133 5.1.3.5. Painéis da Obsessão – 1984 ...............................................................135 5.1.3.6. Loucura e Obsessão – 1988................................................................136 5.1.3.7. Temas da Vida e da Morte – 1989 .....................................................137 5.1.3.8. Trilhas da Libertação – 1996..............................................................139 5.1.3.9. Tormentos da Obsessão – 2001..........................................................140 5.1.3.10. Sexo e Obsessão – 2003...................................................................141 5.1.3.11. Entre os Dois Mundos – 2006..........................................................142 5.1.3.12. Reencontro com a Vida – 2006........................................................144 5.1.3.13. Transtornos Psiquiátricos e Obsessivos – 2009 ...............................145 5.1.3.14. Transição Planetária – 2010 .............................................................146 5.1.3.15. Mediunidade: Desafios e Bênçãos – 2012 .......................................147 5.1.3.16. Amanhecer de Uma Nova Era – 2012..............................................148 5.1.3.17. Perturbações Espirituais – 2015 .......................................................150 5.1.3.18. No Rumo do Mundo de Regeneração – 2021 ..................................151 5.2. Livro Trilhas da Libertação.....................................................................152 5.2.1. Estrutura/histórico...................................................................................152 5.2.2. Resumo....................................................................................................153 5.2.3. Destaques – por capítulo.........................................................................154
  • 4. 5.2.4. Instrutores – biografia .............................................................................166 5.2.4.1. José Carneiro de Campos...................................................................166 5.2.4.2. Manoel Philomeno de Miranda..........................................................168 6. Anexo – Exemplos ...................................................................................171 6.1 O Caso Edson Queiroz............................................................................171 6.1.1 Biografia..................................................................................................171 6.1.2 Falência Mediúnica - Histórico...............................................................177 6.1.3 O Médium “Davi” e o Médium Edson Queiroz......................................181 7. Referências...............................................................................................187
  • 5. 1 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas 1. Introdução 1.1 A Era da Transição Planetária 1.1.1 Objetivos e Características – considerações Doutrinárias Pode-se, pois, dizer que os tempos são chegados, sem que isso signifique que as coisas sucederão amanhã. Significa unicamente que vos achais no período em que elas se verificarão. Sem dúvida, não tendes que temer nem um dilúvio, nem o abrasamento do vosso planeta, nem outros fatos desse gênero, visto que não se podem denominar cataclismos a perturbações locais que se têm produzido em todas as épocas. Apenas haverá um cataclismo de natureza moral, cujos instrumentos serão os próprios homens. O Espirito de Verdade – Obras Póstumas – 2º Parte – 10 de junho de 1856 São chegados os tempos, dizem-nos de todas as partes, marcados por Deus, em que grandes acontecimentos se vão dar para regeneração da Humanidade. Allan Kardec – A Gênese - Cap. 18 – A Nova Geração - item 1 A Terra chegou a um de seus períodos de transformação, e vai passar de um mundo expiatório à mundo regenerador. Então os homens encontrarão nela a felicidade, porque a Lei de Deus a governará. Allan Kardec - Evangelho segundo o Espiritismo - Cap. 3 - Há muitas moradas na casa de meu Pai - item 19 A Terra deixará, então, de ser um mundo expiatório e os homens não sofrerão mais as misérias decorrentes das suas imperfeições. Aliás, por esta transformação, que neste momento se opera, a Terra se elevará na hierarquia dos mundos. Allan Kardec - Céu e Inferno – 1º Parte - Cap.5 – O Purgatório - item 9 A Terra deixará de ser mundo de sofrimentos, de exílio espiritual, de recuperações dolorosas, para tornar-se um plano de regeneração, quando a dor mais cruel baterá em retirada e o crime for abandonado, a benefício do cultivo dos deveres e das virtudes. Vianna de Carvalho – Atualidade do Pensamento Espírita – Cap.1 – Ciências Sociais
  • 6. 2 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas A transformação da Humanidade foi predita e chegais a esse momento em que todos os homens progressistas estão se apressando. Ela se realizará pela encarnação de Espíritos melhores que constituirão sobre a Terra uma nova geração. Então os Espíritos dos maus, que a morte ceifa diariamente, e todos os que tentem deter a marcha das coisas serão excluídos, porque estariam deslocados entre os homens de bem, cuja felicidade perturbariam. Irão para mundos novos, menos adiantados, cumprir missões penosas, nas quais poderão trabalhar pelo seu próprio adiantamento ao mesmo tempo que trabalharão para o adiantamento de seus irmãos ainda mais atrasados. São Luiz – Livro dos Espíritos – 4º Parte – Cap. 2 - Perg. 1019 – Paraiso, inferno e purgatório O planeta renovado na sua constituição física, harmonizadas as placas tectônicas, diminuída a alta temperatura do magma vulcânico, muitos cataclismos que o assolavam e destruíam, desaparecerão, a pouco e pouco, apresentando-se com equilíbrio de temperatura, sem os calores calcinantes, nem os frios enregelantes, e com paisagens edênicas... Adaptando-se às novas condições climáticas, o organismo físico experimentará modificações especiais, em razão também dos seres que o habitarão, imprimindo nele outros valores fisiopsicológicos, que irão contribuir para a sua evolução espiritual. Manoel Philomeno de Miranda – Transição Planetária – Cap. 13 – Conquistando o tempo malbaratado Com o corpo e o psiquismo mais aprimorados, nós sairemos da fase do Homo Sapiens Sapiens para adentramos a fase que poderíamos denominar o período do HOMO VIRTUALIS, no qual as comunicações, que hoje contam com a realidade virtual, serão realizadas exclusivamente pelo intercâmbio mental. Divaldo Franco – Vivências do Amor em Família – Cap. 5 – Crianças da Nova Era O processo de transição apresenta-se, há um bom tempo, com fases específicas: − as ocorrências sísmicas, que são de todos os períodos, agora, porém, mais aceleradas, − os sofrimentos morais decorrentes das conjunturas enfermiças geradas pelas próprias criaturas humanas, em razão de haverem optado pelos roteiros mais difíceis, − as enfermidades dilaceradoras que encontram campo de expansão naqueles que se encontram receptivos, − as dores coletivas resultantes dos interesses subalternos dos déspotas, dos ambiciosos, dos que se fazem verdugos da Humanidade, assessorados por outros semelhantes que os mantêm na condição infeliz... Bezerra de Meneses – Amanhecer de uma Nova Era – Cap. 16 – Durante a grande transição planetária
  • 7. 3 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas Opera-se, na Terra, neste largo período, a grande transição anunciada pelas escrituras e confirmada pelo Espiritismo. O planeta sofrido experimenta convulsões especiais, tanto na sua estrutura física e atmosférica, ajustando as suas diversas camadas tectônicas, quanto na sua constituição moral. Isto porque os espíritos que o habitam, ainda caminhando em faixas de inferioridade, estão sendo substituídos por outros mais elevados que a impulsionarão pelas trilhas do progresso moral, dando lugar a uma era nova de paz e de felicidade. Os espíritos renitentes na perversidade e nos desmandos, na sensualidade e vileza, estão sendo recambiados lentamente para mundos inferiores onde enfrentarão as consequências dos seus atos ignóbeis, assim renovando-se e predispondo-se ao retorno planetário quando recuperados e decididos ao cumprimento das leis de amor. Não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta como resultado da lei de destruição, geradora desses fenômenos, como ocorre com o outono que derruba a folhagem das árvores a fim de que possam enfrentar a invernia rigorosa, renascendo exuberantes com a chegada da primavera, mas também os de natureza moral, social e humana que assinalarão os dias tormentosos, que já se vivem. Os combates apresentam-se individuais e coletivos, ameaçando de destruição a vida com hecatombes inimagináveis. A loucura, decorrente do materialismo dos indivíduos, atira-os nos abismos da violência e da insensatez, ampliando o campo do desespero que se alarga em todas as direções. Esfacelam-se os lares, desorganizam-se os relacionamentos afetivos, desestruturam-se as instituições, as oficinas de trabalho convertem-se em áreas de competição desleal, as ruas do mundo transformam-se em campos de lutas perversas, levando de roldão os sentimentos de solidariedade e de respeito, de amor e de caridade… A turbulência vence a paz, o conflito domina o amor, a luta desigual substitui a fraternidade. …, mas essas ocorrências são apenas o começo da grande transição. Joanna de Ângelis – 30/07/2006, RJ - Presença Espírita, setembro/outubro 2006, Nº 256 – Jesus e Vida – Cap. 1 – A grande Transição.
  • 8. 4 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas 1.1.2 Implicações Reencarnatórias – faixas reencarnatórias “Época de Transição”: esta é a legenda que repetis frequentemente para definir a atualidade terrestre, em que surpreendeis, a cada passo, larga fieira de ocorrências inusitadas: Conflitos; Desencarnações em massa; Acidentes enlutando almas e lares; Desvinculações violentas; Dramas no instituto doméstico; Processos obsessivos, culminando com perturbações e lágrimas; Moléstias de etiologia obscura; Incompreensões. (...) Perante a Vida Maior, quase tudo aquilo que vedes, presentemente, em matéria de agitação ou desequilíbrio, nada mais significa que a movimentação mais intensa de vastas coletividades que retornam à Esfera Física, em regime de urgência, no intuito de conseguirem retoques e meios com que possam abordar os tempos novos em condições mais dignas de trabalho e progresso. Emmanuel - Diálogos dos Vivos – Cap. 21 – Dupla Renovação Sucede, meus filhos, que as regiões de sofrimento profundo estão liberando seus hóspedes que ali ficaram, em cárcere privado, por muitos séculos e agora, na grande transição, recebem a oportunidade de voltarem-se para o bem ou de optar pela loucura a que se têm entregado. E esses, que teimosamente permanecem no mal, a benefício próprio e do planeta, irão ao exílio em orbes inferiores onde lapidarão a alma auxiliando os seus irmãos de natureza primitiva, como nos aconteceu no passado. Bezerra de Meneses – A Mediunidade e a Transição Planetária – O Consolador - Ano 8 - N° 385 - 19 de Outubro de 2014 Face à necessidade de promover o progresso moral do planeta, milhões de espíritos foram transferidos das regiões pungitivas onde se demoravam, para a inadiável investidura carnal, por cujo recurso podem recompor-se e mudar a paisagem mental, aprendendo, na convivência social, os processos que o promovam a situações menos torpes. Bezerra de Meneses – Nas Fronteiras da Loucura – Cap. 9 – O Problema das Drogas
  • 9. 5 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas 1.1.2.1 Espíritos vindos de Regiões Trevosas Chamamos Trevas às regiões mais inferiores que conhecemos. Naturalmente, como aconteceu a nós outros, você situou como região de existência, além da morte do corpo, apenas os círculos a se iniciarem da superfície do globo para cima, esquecido do nível para baixo. A vida, contudo, palpita na profundeza dos mares e no âmago da terra. Além disso, há princípios de gravitação para o espírito, como se dá com os corpos materiais. A Terra não é somente o campo que podemos ferir ou menosprezar, a nosso bel-prazer. É organização viva, possuidora de certas leis que nos escravizarão ou libertarão, segundo nossas obras. É claro que a alma esmagada de culpas não poderá subir à tona do lago maravilhoso da vida. Resumindo, devo lembrar que as aves livres ascendem às alturas; as que se embaraçam no cipoal sentem-se tolhidas no vôo e as que se prendem a peso considerável são meras escravas do desconhecido. André Luiz – Nosso Lar – Cap. 44 – As Trevas Por outro lado, aqueles que permaneceram nas regiões mais infelizes estão sendo trazidos à reencarnação, de modo a desfrutarem da oportunidade de trabalho e de aprendizado, modificando os hábitos desditosos a que se têm submetido, podendo avançar sob a governança de Deus. Caso se oponham às exigências da evolução, também sofrerão um tipo de expurgo temporário para regiões primárias entre raças atrasadas, tendo o ensejo de ser úteis e de sofrer os efeitos danosos da sua rebeldia. Joanna de Angelis – Jesus e Vida – Cap. 1 – A Grande Transição
  • 10. 6 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas Concomitantemente, a fim de poderem viajar na grande nave terrestre que avança moralmente nas paisagens dos orbes felizes, incontáveis membros das tribos bárbaras do passado, que permaneceram detidos em regiões especiais durante alguns séculos, de maneira que não impedissem o desenvolvimento do planeta, renascem com formosas constituições orgânicas, fruto da seleção genética natural, entretanto, assinalados pelo primitivismo em que se mantiveram. Apresentam-se exóticos uns, agressivos outros, buscando as origens primevas em reação inconsciente contra a sociedade progressista, tendo, porém, a santa oportunidade de refazerem conceitos, de aprimorarem sentimentos e de participarem da inevitável marcha ascensional... Expressivo número, porém, permanece em situações de agressividade e indiferença emocional, tornando-se instrumentos de provações rudes para a sociedade que desdenha. Fruem da excelente ocasião que, malbaratada, os recambiará a mundos primitivos, nos quais contribuirão com os conhecimentos de que são portadores, sofrendo, no entanto, as injunções rudes que serão defrontadas. Manoel Philomeno de Miranda – Transição Planetária – Cap. 3 – A Mensagem Revelação Incontável número de seres procede das regiões dolorosas e purgativas do planeta, que experimenta mudança de psicosfera, dentro da programática evolutiva a que estão sujeitos homens e mundos, experimentando a assepsia dos núcleos inditosos que agasalhavam as hordas de bárbaros do passado, temporariamente ali retidos a fim de que não obstaculizassem o desenvolvimento do lar... Recebendo a ensancha liberativa, apresentam-se ao crescimento espiritual, trazendo insculpidas nos recessos do psiquismo as condições que os tipificam, apesar da aparência harmoniosa e da estética decorrente das leis genéticas. Sôfregos e inquietos anseiam por repetir as comunidades chãs, entre as necessidades primárias de que se desobrigam por instinto, utilizando as aquisições da cultura científica e filosófica tão somente para a autossatisfação. Joanna de Angelis – Rumos Libertadores – Cap. 24 – Impulsos e Vontade
  • 11. 7 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas No seio dos séculos que dobaram, não foram poucos os contingentes de Espíritos que foram mantidos retidos em várias regiões do Mundo Invisível, a fim de que o mundo corpóreo, onde estagiam os encarnados, pudesse sofrer o incremento de progressos ingentes, que não ocorreriam, ou que poderiam ocorrer com dificuldade maior, caso a Divindade não os houvesse isolado no devido tempo. Nesse tempo transcorrido, enquanto estavam cerceadas complicadas almas, era de se esperar que – dentro dos programas do Senhor – em nome do bom-senso, da maturidade moral das sociedades e do cultivo da crença em Deus sem pieguice, marcada por inquebrantável lucidez, as lideranças do mundo conseguissem pôr as sociedades terrenas nos trilhos do trabalho e do bem, sob o patrocínio do amor-fraternidade, no que seriam seguidas pelas massas, que estão sempre aguardando pela palavra que lhes indique o rumo a seguir. É de lamentar-se que tal não haja ocorrido, o egoísmo adentrou espaços materialistas, e tudo se transformou numa permanente necessidade de ter, de adquirir, de comprar, de consumir, de ganhar mais... (...) Esses Espíritos que estiveram cerceados durante largo tempo, em zonas espirituais densas, complexas, costumam não expressar sensibilidade, emoções superiores, devotamento a alguém. Tais virtudes não foram por eles desenvolvidas. Daí as narrativas em torno da frieza com que muitos crimes são cometidos e a insensibilidade com que narram a respeito dos próprios crimes. Para tais seres não houve nada demais, e se surpreendem com o destaque que é dado aos seus atos, ou com o valor atribuído ao que fizeram. São Espíritos marcados por tremendas limitações, trazidas à Terra num mau tempo em que a indiferença e a imaturidade humanas impediram que se trabalhasse devidamente para o erguimento de um mundo melhor. Incontáveis desses Espíritos eclodem no cenário social do mundo, chegados das nébulas de torturantes pesadelos, forjados no caldo psíquico das duas grandes guerras mundiais e de várias outras guerras de menor porte social, mas não menos cruéis e grosseiras. Trazem em si, por isso, doenças físicas e transtornos psíquicos como consequências de ódios retidos, de medos e desejos de vingança enraizados n'alma. É por isso que ao lado da capacidade de cometer desatinos – de pequenas falcatruas a crimes dantescos – apresentam-se medrosos, frágeis psicologicamente, com fortes inclinações para fugir da sua realidade, seja ela qual for, por meio do uso de drogas de múltiplos tipos, de variado, tropismos. Camilo – Nos Passos da Vida – Cap. 11 – Ante o desassossego Social
  • 12. 8 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas Desse modo, os gênios, aos quais o amigo se refere, são os impiedosos comandantes bárbaros de ontem que dizimaram cidades e povoados inteiros na loucura desmedida que os governava. Sabemos que eles permanecem nas regiões de degredo do planeta, aí retidos pela Soberana Vontade, de modo a permitirem o progresso das criaturas, em cujo círculo social não dispõem de meios para renascer... Ainda asselvajados, se reencarnassem nesse ínterim, conturbariam a sociedade e volveriam às paixões desvairadas que ateiam o fogo da desgraça. Sem dúvida, periodicamente, alguns grupos dessa ordem mergulham no corpo para despertarem pela dor os que fogem do amor e, ante o medo que aterroriza, voltarem-se para o bem... Igualmente, os menos virulentos assomam em corpos jovens e formam bandos de aventureiros, de nômades, de apátridas que as drogas consomem, as músicas alucinadas estimulam, tresvariam e o sexo desvairado exaure, quando não tombam nas urdiduras dos crimes traumatizadores... Manoel Philomeno de Miranda – Trilhas da Libertação – Cap. 9 – Terapia Desobsessiva Criminosos cruéis, liberados de regiões infelizes para desfrutarem de sua última oportunidade, estão renascendo desde há alguns anos e infectando mais o mundo, tendo a dita de poder escolher o melhor comportamento, o que equivale a dizer, o seu futuro espiritual. Quando vemos a hediondez, o cinismo, os crimes disfarçados que os indivíduos vêm praticando, especialmente neste momento de luzes e sombras, não temos dúvida de que uma terrível geração de Entidades infelizes, quase demoníacas, encontra-se no cenário do planeta reencarnada, que ainda prefere a manutenção dos desaires e crimes hórridos em que se comprazem. Leis absurdas elaboram, a fim de tornarem legítimos os tremendos e inomináveis crimes de destruição da família, de corrupção da juventude, de desrespeito à ética e a qualquer procedimento digno, em favor da leviandade e do mentiroso prazer sensual e degenerativo, levando a um retrocesso de conduta que já foi vencido pela evolução moral. É lamentável ver-se o vazio existencial, a falta de interesse das questões nobres da existência e a preferência pelas drogas, pelo sexo desalinhado, pela miséria e vitimismo, assim como a desconsideração por si mesmo, através de esportes suicidas, mas exaltadores da loucura
  • 13. 9 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas egóica, ao lado das perversões e dos seus efeitos nos transtornos emocionais e doenças psiquiátricas que se permitem. Retornados de regiões muito primitivas e sem qualquer princípio de equilíbrio e de ordem, estabelecem as mesmas regiões nos imundos recintos que vão habitar por espontânea vontade, agredindo-se e afligindo a sociedade com o seu estado de carência e de decomposição pessoal. Verdadeiros fantasmas deambulam pelas ruas, saindo dos monturos, em busca de mais uma dose, enquanto outros estão em funções administrativas e são extravagantes, irresponsáveis, geradores das situações às quais os primeiros se atiram sem pensar. Antigos soberanos e senhores poderosos na maldade e nas dissipações, devassos que degradaram nações e povoados, multidões e vassalos, soldadescas desarvoradas que incendiaram aldeias ou escravizaram outros povos, para se manterem na luxúria e na crueldade, voltam a administrar sob os mesmos estilos, inspirados por esses inditosos comparsas que estão no Além na condição de justiceiros. A paisagem mental de todos eles, os na miséria econômica e os outros na moral, é densa e chocante, em face do número de vampiros que os assessoram, ovoides e outros indefiníveis demônios que a imaginação desequilibrada pode mentalizar e construir de maneira fluídica. (...) Os intelectuais da desgraça coletiva das massas funcionam como antenas desses Espíritos que semeiam na filosofia as ideias de perversão, de anarquia, de destruição e de prazeres degradantes, aos quais se atiram os seus aficionados, e são responsáveis pelos infinitos males que corrompem a sociedade e os conceitos de viver. Teledirigidos por Espíritos equivalentes, a eles semelhantes, que ficaram na Erraticidade, enquanto eles retornaram ao palco terrestre, são geradores dos infinitos problemas na Humanidade. Manoel Philomeno de Miranda – No Rumo do Mundo de Regeneração – Cap. 11 – Os Justiceiros
  • 14. 10 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas 1.1.2.2 Espíritos vindos de Regiões Umbralinas É zona de verdugos e vítimas, de exploradores e explorados. (...) Há legiões compactas de almas irresolutas e ignorantes, que não são suficientemente perversas para serem enviadas a colônias de reparação mais dolorosa, nem bastante nobres para serem enviadas a Planos de elevação. Representam fileiras de habitantes do Umbral, companheiros imediatos dos homens encarnados, separados deles apenas por leis vibratórias. André Luiz – Nosso Lar – Cap. 12 – O Umbral Várias vezes, visitei, com Emmanuel e André Luiz, as regiões do Umbral… O Umbral é a Erraticidade, mencionada por Allan Kardec; os Espíritos sofredores, errantes, que não conseguem ascender às regiões superiores, permanecem na expectativa de um novo corpo… Há Espírito que reencarna de qualquer jeito; não dá para escolher família, raça, sexo… Chico Xavier – Evangelho de Chico Xavier – item 189 - Umbral 1.1.2.3 Espíritos vindos de Outras Regiões Espirituais – regiões de transição Estão situadas acima do Umbral e abaixo das regiões superiores. Como exemplo, citamos a Colônia espiritual “Nosso Lar”. Nela ainda existe sofrimento, mas os seus habitantes, de evolução mediana, são mais esclarecidos. Essa posição espiritual favorece a natureza, caracterizada por belezas e harmonias inexistentes nos Planos inferiores. Marta Antunes Moura – Reformador- Abril/2010 - O Plano Espiritual
  • 15. 11 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas 1.1.2.4 Espíritos vindos de Regiões Espirituais Superiores Equipes de apóstolos da caridade no plano espiritual também descem ao planeta sofrido, a fim de contribuir em favor das mudanças que devem operar-se, atendendo aqueles que se encontram excruciados pela desencarnação violenta, inesperada, ou padecendo o jugo de obsessões cruéis, ou fixadas em revolta injustificável, considerando-se adversários da Luz, membros da sanha do Mal, a fim de melhorar a psicosfera vigente, desse modo, facilitando o trabalho dos Mensageiros de Jesus. Em outras oportunidades, luminares da Verdade submergiram nas sombras do mundo terrestre, a fim de apresentarem as suas conquistas e realizações edificantes, auxiliando os seus habitantes a crescer em tecnologia, ciência, filosofia, religião, política, ética e moral. Manoel Philomeno de Miranda – Transição Planetária – Introdução Concomitantemente, espíritos nobres que conseguiram superar os impedimentos que os retinham na retaguarda, estarão chegando, a fim de promoverem o bem e alargarem os horizontes da felicidade humana, trabalhando infatigavelmente na reconstrução da sociedade então fiel aos desígnios divinos. Joanna de Angelis – Jesus e Vida – Cap. 1 – A Grande Transição Por outro lado, os nobres promotores do progresso de todos os tempos passados também se reencarnam nesta hora para acelerar as conquistas, não só da inteligência e da tecnologia de ponta, mas também dos valores morais e espirituais. Ao lado deles, benfeitores de outra dimensão emboscam-se na matéria para se tornarem os grandes líderes e sensibilizarem esses verdugos da sociedade. Bezerra de Meneses - A Mediunidade e a Transição Planetária – O Consolador - Ano 8 - N° 385 - 19 de Outubro de 2014 - transcrição de mensagem psicofônica transmitida por Divaldo Franco (13.11.2010 – Los Angeles) Descerão ao planeta terrestre, como já vem sucedendo, milhões de Espíritos enobrecidos para o enfrentamento inevitável entre o amor abnegado e a violência destrutiva, dando lugar a embates caracterizados pela misericórdia e pela compaixão, outros missionários da educação e da solidariedade, que muito se empenharam em promovê-las, em existências pregressas, estarão também de retorno, contribuindo para a construção da nova mentalidade desde o berço, assim facilitando as alterações que já estão ocorrendo, e sucederão com maior celeridade... Manoel Philomeno de Miranda – Transição Planetária – Cap. 3 – A Mensagem Revelação
  • 16. 12 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas De igual maneira, estarão reencarnando-se elevados Espíritos da filosofia e da arte, da religião e da política do passado, considerados pais dessas doutrinas, a fim de poderem reformular, atualizar e conduzir às origens do ideal, dos quais os seus postulados foram afastados, facilitando a transição da sociedade em outros segmentos de que se constitui. Manoel Philomeno de Miranda – Transição Planetária – Cap. 18 – Reflexões e Diálogos profundos A atualidade espiritual do Planeta na fase de transição caracteriza-se por expressivo número daqueles que retornam missionários do Bem e da Verdade, do Conhecimento e da Beleza, da Tecnologia e da Ciência, da Fé religiosa e da Caridade, a fim de apressarem o processo evolutivo, ao tempo em que outros, ainda aferrados ao mal se despedem da oportunidade, igualmente renascendo para terem a sua última chance no lar terrestre que não têm sabido valorizar... Joanna de Angelis – Liberta-te do Mal – Cap. 18 – Crianças da Nova Era Penetrar o bisturi da investigação honesta, no campo das revelações espíritas, é o compromisso que assumiram os novos obreiros do Senhor, que reencarnaram com o objetivo de dar prosseguimento aos trabalhos que, momentaneamente, ficaram interrompidos com a sua desencarnação, relativamente em tempos próximos-passados... Os anteriores investigadores psíquicos dos fenômenos paranormais, em variadas áreas, abriram porta, antes, para a comprovação do ser integral – Espíritos, Perispírito e Corpo – agora se encontrando, de retorno, com os instrumentos da informação e da fé espírita, para enfrentar com segurança o cepticismo, a crueldade, a indiferença, a desonestidade e os seus famanazes, que corrompem o indivíduo e perturbam a marcha do progresso da humanidade. Joanna de Ângelis - Momentos de Harmonia –- Cap. 10 - Projetos Iluminativos
  • 17. 13 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas 1.1.2.5 Espíritos vindos de Outros Orbes Contribuindo na grande obra de regeneração da Humanidade, Espíritos de outra dimensão estão mergulhando nas sombras terrestres, afim de que, ao lado dos nobres missionários do amor e da caridade, da inteligência e do sentimento, que protegem os seres terrestres, possam modificar as paisagens aflitivas, facultando o estabelecimento do Reino de Deus nos corações. Qual seria, então, a razão por que deveriam vir Espíritos de outro Orbe, para o processo de moralização do planeta? Primeiro, porque, não tendo vínculos anteriores como defluentes de existências perturbadoras, não enfrentariam impedimentos interiores para os processos de doação, para os reencontros dolorosos com aqueles que permanecem comprometidos com o mal, que têm interesse em manter o atraso moral das comunidades, a fim de explorá-las psiquicamente em perversos fenômenos de vampirização, de obsessão individual e coletiva... Estrangeiros em terras preparadas para a construção do progresso, fazem-no por amor, convocados para oferecer os seus valores adquiridos em outros planos, facilitando o acesso ao desenvolvimento daqueles que são os nacionais anelantes pela felicidade. Segundo, porque mais adiantados moralmente uns, podem contribuir com exemplos edificantes capazes de silenciar as forças da perversidade e obstaculá-las com os recursos inexcedíveis do sacrifício pessoal, desde que, as suas não são as aspirações imediatas e interesseiras do mundo das formas. Enquanto outros estarão vivenciando uma forma de exílio temporário, por serem desenvolvidos intelectualmente, mas ainda necessitados da vivência do amor, e em contato direto com os menos evoluídos, sentirão a necessidade do afeto e do carinho, aprendendo, por sua vez, o milagroso fenômeno da solidariedade. Tudo se resume, portanto, no dar, que é receber e no receber, que convida ao doar. Tomei conhecimento de que um grande número deles encontrava-se em Colônias próximas da Terra, assimilando o psiquismo do orbe, assim como dos seus habitantes, visitando sociedades espíritas que mantêm ligação com as Esferas superiores, onde alguns se comunicavam, explicando a razão de ali se encontrarem. Em conversação com alguns deles mais acessíveis, fomos informados de que a reencarnação, de alguma forma, lhes constituiria um grande esforço de amor em favor da Humanidade terrestre, por asfixiá-los no corpo denso, limitando-os em todos os sentidos. No entanto, espontaneamente ofereceram-se para contribuir em favor do desenvolvimento espiritual da Terra, sem considerarem tal oferenda como sendo um holocausto. Manoel Philomeno de Miranda – Transição Planetária – Cap. 3 – A Mensagem Revelação Da mesma forma, missionários do amor e da caridade, procedentes de outras Esferas, estarão revestindo- se da indumentária carnal, para tornar esta fase de luta iluminativa mais amena, proporcionando condições dignificantes que estimulem ao avanço e à felicidade. Joanna de Angelis – Jesus e Vida – Cap. 1 - A Grande Transição
  • 18. 14 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas 1.1.3 Implicações Sociais/Espirituais 1.1.3.1 Aumento do Materialismo Pulula, ainda, nos complexos mecanismos da reencarnação em massa destes dias, o mergulho no corpo somático de espíritos primários nos quadros da evolução, necessitados de progresso e ajuda para a própria ascensão que, não encontrando os estímulos superiores para o enobrecimento, são, antes, conduzidos à vivência das sensações grosseiras em que transitam, aderem a filosofia chã de viver intensamente um dia, a lutarem e viverem todos os dias. Joanna de Angelis – Após a Tempestade – Cap.7 – Delinquência, Perversidade e Violência Analisando-se a situação socio espiritual do planeta na atualidade, não há como negar- se a presença da destrutiva onda de pessimismo e utilitarismo que domina as criaturas humanas em toda parte. Apoiados no niilismo, embora os comportamentos rotulados de religiosos de alguns de seus segmentos sociais, o cinismo das pessoas e a decadência da ética dão-nos a dimensão do desespero que avassala as mentes e os corações atormentados. Em consequência, a violência e o despautério, a drogadição e o erotismo substituem as aspirações de enobrecimento dos seres, como mecanismos escapistas para preencher o vazio existencial e o desencanto que se apossaram do século XX, que se desenhava com perspectivas iluministas, libertadoras, ricas de anseios de felicidade e de beleza. Vianna de Carvalho – Revista Reformador – 2019 – Abril – Decadência da Ética A cultura do exacerbado materialismo desses dias tem ensinado aos indivíduos a fechar ouvidos e corações para o exercício da paciência, da tolerância, do perdão, da perseverança, da cooperação recíproca, no vero cumprimento dos deveres conjugais, e, ao invés disto, há estabelecido o culto ao “meu” prazer, ao “meu” bem-estar, a “minha” satisfação, a “minha” razão e ao “meu” direito, num aterrador domínio egoístico, promotor de inenarráveis tormentos para o porvir. Camilo – Desafios da Educação – 5º Parte – Perg. 56
  • 19. 15 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas O materialismo, que infelizmente grassa, sem qualquer disfarce, na sociedade, coloca suas premissas no comportamento das pessoas e as propele para a conquista hedonista, para o gozo material exclusivo, empurrando as suas vítimas para as fugas alucinantes, quando os propósitos anelados não se fazem coroar pelos resultados esperados. Desfilam os líderes da aberração nos carros do triunfo enganoso, e muitos deles, não suportando a coroa pesada que os verga, são tragados pela overdose das drogas do desespero, que os retira do corpo mais dementados e atônitos do que antes se encontravam. Noutros casos, esses lideres são consumidos pelas viroses irreversíveis, especialmente pela Síndrome de imunodeficiência adquirida, que os exaure e consome a pouco e pouco, tornando-os fantasmas desprezíveis e aparvalhantes para aqueles mesmos que antes os endeusavam, imitavam e buscavam a sua convivência a peso de ouro e de mil abjeções. Joanna de Angelis – Adolescência e Vida – Cap. 25 – O adolescente e o suicídio O materialismo penetrou o seio das instituições religiosas inauguradas no mundo, e elas passaram a ser governadas pelo espírito de astúcia, de engodos, de exploração sentimental, de irracionalidade, e quase tudo o que se costuma buscar nas casas de fé tem sido o auxílio divino para a melhora da vida material que enseje a chance de ter, de adquirir, de comprar, de consumir, de ganhar mais, no afã de se construir o Reino dos Céus aqui mesmo, por entre os mexinflórios da Terra. E as "casas de Deus" se converteram em instituições financeiras, bancárias; em armazéns, em shoppings, onde as preocupações deslizaram do território das almas carentes de luz para a contagem dos saldos diários, das remessas de lucros pecuniários, quando muitos líderes se valem da ignorância ou do egoísmo dos "fiéis" para lhes achacar um pouco mais, por meio de cobranças de "dízimos" que fazem todo o sentido nos textos de Malaquias( Malaquias 3:10), sendo, no entanto, anacrônicas, absurdas mesmo, nos tempos atuais quando â nossa referência deve ser Jesus Cristo. É importante, pois, recordá-lo: Esses já obtiveram na Terra o seu galardão... (Mateus 6:2) Camilo – Nos Passos da Vida – Cap. 11 – Ante o desassossego Social
  • 20. 16 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas 1.1.3.2 Aumento da Violência Sem dúvida, são turbulentos os dias da atualidade, em que, genericamente, vem desaparecendo o sentido existencial, senão as contínuas cargas de pessimismo e violência comprometidas com a destruição do ser integral e pleno em pensamento e atitude. (...) Esse tem sido o mundo das irrisões e das aparentes glórias da cultura e da civilização, em que os índices de morte pela fome, pelo abandono, pelas doenças e agora pela pandemia assustam qualquer pessoa de médio equilíbrio emocional. Manoel Philomeno de Miranda – No Rumo do Mundo de Regeneração – Introdução São tempos difíceis e definidores, esses tempos atuais. São oportunidades para que as almas encarnadas na Terra possam escolher de que lado anelam ficar, se na luz, se nas sombras; se anseiam pelos altos cimos espirituais, ainda que com esforços inauditos, ou se preferem a aridez dos apetites baixos que infernizam os indivíduos de má vontade. Em todo lugar onde se instalaram os quartéis-generais da violência, em guetos de sordidez, perante o comodismo e mesmo a complacência de autoridades constituídas para proteger as populações, e diante da inépcia dos processos educacionais de má qualidade, não são poucos os que se armam de diversas formas, a fim, dizem, de protegerem-se e proteger seus familiares e pertences. Imprevidente iniciativa essa, a de armar-se o indivíduo, objetivando defender-se, pois, para defender-se com qualquer arma, terá que investir contra outra pessoa, realizando a justiça que não lhe cabe efetuar. Camilo – Justiça e Amor – Cap. 6 – Item 25 – Jesus ante o temor da violência Dos temas que hão atormentado a consciência do mundo, a violência tem tido grande destaque, máxime nestes tempos de frieza, de insensibilidade, como se as pessoas estivessem atuando sob efeitos narcóticos, hebetadas, sem definir os próprios rumos, ou, por outro lado, estivessem às pressas, esfogueadas por ânsia doentia de consumo, de possuir, de ajuntar todas essas coisas que nenhuma utilidade terão para o espírito imortal. A violência vai se fazendo mais e mais aterradora, na medida em que não se limita aos noticiários policiais, às mídias, mas penetra o cotidiano das pessoas como um pão amaro que todos devessem comer na sua ração diária de desgostos. Ao mesmo tempo em que a propaganda da violência instiga as almas enfermas e inseguras a perpetra-la, as ações violentas dessas almas alimentam o noticiário como uma cadeia de misérias de todos os níveis que se realimentassem, entenebrecendo o mundo que estertora. Camilo – Justiça e Amor – Cap. 3 – As várias faces da Violência
  • 21. 17 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas Vivem-se, na atualidade, os dias de descontrole emocional e espiritual no querido orbe terrestre. O tumulto desenfreado, fruto espúrio das paixões servis, invade quase todas as áreas do comportamento humano e da convivência social. Desconfiança sistemática aturde as mentes invigilantes, levando-as a suspeitas infundadas e contínuas, bem como a reações doentias nas mais diversas circunstâncias. A probidade cede lugar à avareza, enquanto a simpatia e a afabilidade são substituídas pela animosidade contumaz. As pessoas mal suportam-se umas às outras, explodindo por motivos irrelevantes, sem significado. Explica-se que muitos fatores sociológicos são os responsáveis pelas ocorrências infelizes. Apontam-se a fugacidade de todas as coisas, a celeridade do relógio, o medo, a solidão e a ansiedade, como responsáveis pela frustração dos indivíduos, gerando as situações agressivas que os armam de violência e de perversidade. (...) Aumenta, assustadoramente, a agressividade, nestes dias, nos grupos humanos, sem que haja um programa de reequilíbrio, de harmonização individual ou coletiva. Trata-se de uma guerra não declarada, cujos efeitos perniciosos atemorizam a sociedade. (....) A civilização contemporânea periclita nos seus alicerces materialistas, ameaçada pela agressividade e pelo desrespeito moral que assolam sem freio. (...) A rigor, com as nobres exceções existentes, a sociedade moderna encontra-se enferma gravemente, necessitando de urgentes cuidados, que o sofrimento, igualmente generalizando-se, conseguirá, no momento próprio, oferecer a recuperação, o reencontro com a saúde após a exaustão pelas dores… Joanna de Angelis – Centro Espírita Caminho da Redenção – Agressividade (15/03/2010)
  • 22. 18 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas 1.1.3.3 Aumento da Degradação Moral/Ética Destaquemos, aqui [como fator para a delinquência], a falência das implicações morais e da ética religiosa do passado, que depois da constrição proibitiva a todos os processos evolutivos viam-se ultrapassadas, sentindo necessidade de atualização para a sobrevivência, saltando do estágio primário da proibição pura e simples para o acumpliciamento e acomodação a pseudo valores novos, não comprovados pela qualidade de conteúdo. Joanna de Angelis – Após a Tempestade – Cap.7 – Delinquência, Perversidade e Violência Quando vemos a hediondez, o cinismo, os crimes disfarçados que os indivíduos vêm praticando, especialmente neste momento de luzes e sombras, não temos dúvida de que uma terrível geração de Entidades infelizes, quase demoníacas, encontra-se no cenário do planeta reencarnada, que ainda prefere a manutenção dos desaires e crimes hórridos em que se comprazem. Leis absurdas elaboram, a fim de tornarem legítimos os tremendos e inomináveis crimes de destruição da família, de corrupção da juventude, de desrespeito à ética e a qualquer procedimento digno, em favor da leviandade e do mentiroso prazer sensual e degenerativo, levando a um retrocesso de conduta que já foi vencido pela evolução moral. É lamentável ver-se o vazio existencial, a falta de interesse das questões nobres da existência e a preferência pelas drogas, pelo sexo desalinhado, pela miséria e vitimismo, assim como a desconsideração por si mesmo, através de esportes suicidas, mas exaltadores da loucura egóica, ao lado das perversões e dos seus efeitos nos transtornos emocionais e doenças psiquiátricas que se permitem. Retornados de regiões muito primitivas e sem qualquer princípio de equilíbrio e de ordem, estabelecem as mesmas regiões nos imundos recintos que vão habitar por espontânea vontade, agredindo-se e afligindo a sociedade com o seu estado de carência e de decomposição pessoal. Verdadeiros fantasmas deambulam pelas ruas, saindo dos monturos, em busca de mais uma dose, enquanto outros estão em funções administrativas e são extravagantes, irresponsáveis, geradores das situações às quais os primeiros se atiram sem pensar.
  • 23. 19 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas Antigos soberanos e senhores poderosos na maldade e nas dissipações, devassos que degradaram nações e povoados, multidões e vassalos, soldadescas desarvoradas que incendiaram aldeias ou escravizaram outros povos, para se manterem na luxúria e na crueldade, voltam a administrar sob os mesmos estilos, inspirados por esses inditosos comparsas que estão no Além na condição de justiceiros. A paisagem mental de todos eles, os na miséria econômica e os outros na moral, é densa e chocante, em face do número de vampiros que os assessoram, ovoides e outros indefiníveis demônios que a imaginação desequilibrada pode mentalizar e construir de maneira fluídica. (...) Os intelectuais da desgraça coletiva das massas funcionam como antenas desses Espíritos que semeiam na filosofia as ideias de perversão, de anarquia, de destruição e de prazeres degradantes, aos quais se atiram os seus aficionados, e são responsáveis pelos infinitos males que corrompem a sociedade e os conceitos de viver. Teledirigidos por Espíritos equivalentes, a eles semelhantes, que ficaram na Erraticidade, enquanto eles retornaram ao palco terrestre, são geradores dos infinitos problemas na Humanidade. Manoel Philomeno de Miranda – No Rumo do Mundo de Regeneração – Cap. 11 – Os Justiceiros
  • 24. 20 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas 1.1.3.4 Aumento dos Conflitos Sociais Em um momento de reflexão, nosso mentor explicou-nos que um simulacro de exército está na psicosfera do planeta inspirando muitos dos seus membros, ora reencarnados, nestas últimas levas preparatórias da etapa final, cuja sintonia permite que estabeleçam conflitos de comportamento entre minorias e a grande massa humana, para que se transforme em movimentos de violência. Pessoas que se equiparam de ódio no Além estão em muitos grupos de justiça pela igualdade de valores e de direitos, mas também deveriam ser de deveres morais e sociais, o que vem gerando batalhas diárias, qual uma bola de neve crescendo na sua descida e tudo levando de roldão. Entre estes, estão líderes fanáticos e ociosos, estimuladores de anarquia e baderna, a fim de estimular os tumultos e causar prejuízos incalculáveis. Afinal, muitos desses lutadores não têm objetivos superiores, mas simplesmente dispõem da ignorância e da impiedade para gerar e exaltar ânimos mais exacerbados. Manoel Philomeno de Miranda – No Rumo do Mundo de Regeneração – Cap. 19 – A Linha de Frente Posteriormente, o abençoado Eurípedes esclareceu-nos que, nos períodos graves dos movimentos guerreiros na Terra, essas Entidades são liberadas e passam a contribuir com os horrores bélicos. Neste momento em que uma tremenda obsessão coletiva avança pelo planeta, são incontáveis os Espíritos desse molde moral liberados na hedionda campanha de perversão dos sentidos e sentimentos, na pantomima do ódio contra Jesus e os Seus discípulos, nas biografias de caráter destrutivo de mulheres e homens que edificaram o bem na civilização, apresentando- lhes falhas que se encontram na imaginação dos autores, tudo fazendo para confundir. Ao mesmo tempo, espalham meias-verdades, que são mais perigosas do que as negativas, porque transtornam o pensamento e a conduta das pessoas imaturas e ingênuas que ainda não se encontraram. Mais adiante, vimos o desfile que é habitual como divertimento para os infelizes que enxameiam, cuja sordidez é difícil de descrever. A imaginação enlouquecida dos maus indivíduos não tem limite, o que dá lugar às mais inconcebíveis manifestações exteriores, que os aprazem, e mais se perdem nos dédalos das aflições sem medidas, até o momento quando a Divindade interfere por meio de expurgos coletivos quais os que estão sendo acionados neste período. Manoel Philomeno de Miranda – No Rumo do Mundo de Regeneração – Cap. 15 – A Cidade da Justiça
  • 25. 21 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas 1.1.3.5 Aumento dos Processos Obsessivos/Nuvens de Perturbação A obsessão, mesmo nos dias de hoje, constitui tormentoso flagício social. Está presente em toda parte, convidando o homem a sérios estudos. As grandes conquistas contemporâneas não conseguiram ainda erradicá-la. Ignorada propositadamente pela chamada Ciência Oficial, prossegue colhendo nas suas malhas, diariamente, verdadeiras legiões de incautos que se deixam arrastar a resvaladouros sombrios e truanescos, nos quais padecem irremissivelmente, até à desencarnação lamentável, continuando, não raro, mesmo após o traspasse... Isto, porque a morte continua triunfando, ignorada, qual ponto de interrogação cruel para muitas mentes e incontáveis corações. (...) Os altos índices da criminalidade de todos os matizes e as calamidades sociais espalhadas na Terra são alguns dos fatores predisponentes para as obsessões... Os crimes ocultos, os desastres da emoção, os abusos de toda ordem de uma vida ressurgem depois, noutra vida, em caráter coercitivo, obsessivo. Manoel Philomeno de Miranda - Nos Bastidores da Obsessão – Exórdio As obsessões enxameiam por toda parte e os homens terminam por conviver, infelizes, com essas psicopatologias para as quais, fugindo à sua realidade, procuram as causas nos traumas, nos complexos, nos conflitos, nas pressões sociais, familiares e econômicas, como mecanismo de fuga aos exames de profundidade da gênese real de tão devastadora enfermidade. Não negando a preponderância de todos esses fatores que desencadeiam problemas de comportamento psicológico, afirmamos que eles, antes de constituírem causa dos distúrbios, são, em si mesmos, efeito de atitudes transatas, que o Espírito imprime na organização fisiopsíquica ao reencarnar-se, porquanto é sempre colocado no grupo familiar com o qual se encontra enredado, por impositivo de ressarcimento de dívidas, para o equilíbrio evolutivo. Enquanto o homem não for estudado na sua realidade profunda -- ser espiritual que é, preexistente ao corpo e a ele sobrevivente --, muito difíceis serão os êxitos da ciência médica, na área da saúde mental. As doenças psíquicas, entre as quais se destacam, pela alta incidência, as obsessões, continuarão ainda a perseguir o homem. Manoel Philomeno de Miranda – Temas da Vida e da Morte – Cap. 26 – Fenômenos Obsessivos
  • 26. 22 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas Pululam por toda parte os vinculados gravemente às Entidades perturbadoras do Mundo Espiritual inferior. Obsidiados, desse modo, sim, somos quase todos nós, em demorado trânsito pelas faixas das fixações tormentosas do passado, donde vimos para as sintonias superiores que buscamos. Muito maior, portanto, do que se supõe, é o número dos que padecem de obsessões, na Terra. Lamentavelmente, esse grande flagelo espiritual que se abate sobre os homens, e não apenas sobre eles, já que existem problemas obsessivos de várias expressões, como os de um encarnado sobre outro, de um desencarnado sobre outro, de um encarnado sobre um desencarnado e, genericamente, deste sobre aquele, não tem merecido dos cientistas nem dos religiosos o cuidado, o estudo, o tratamento que exige. Obsessões e obsidiados são as grandes chagas morais dos tumultuados dias da atualidade. Todavia, a Doutrina Espírita, trazendo de volta a mensagem do Senhor, em espírito e verdade, é o portal de luz por onde todos transitaremos no rumo da felicidade real que nos aguarda, quando desejemos alcançá-la. Manoel Philomeno de Miranda – Sementes de Vida Eterna – Cap. 30 – Considerando a Obsessão Muito mais grave do que parece é a obsessão, nos problemas sociais do comportamento humano. Alcoolismo, tabagismo, drogas alucinógenas, sexolatria, jogatina, gula recebem grande suporte espiritual, sendo, não poucas vezes, iniciada a viciação de cá para ai, por inspiração que fomenta a curiosidade e por necessidade que estimula o prosseguimento. O enfermo, dificilmente, consegue evadir-se, por si mesmo, da dificuldade. De um lado, pelos nefastos prejuízos orgânicos de que se ressente e, por outro, em razão da incidência mental do obsessor, que o utiliza como instrumento da loucura de que se vê possuído. As verdadeiras multidões de dependentes de drogas ou de outras viciações estertoram, mesmo sem o saberem, em danosos processos de obsessão lamentável. Manoel Philomeno de Miranda - Roteiro de Libertação – Cap. 34 – Comportamento por Obsessão
  • 27. 23 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas Desse modo, merece que sejam ampliadas as reflexões em torno da sutileza das obsessões, a fim de que se possa entender-lhe os mecanismos delicados e complexos. Quando ocorram pensamentos repetitivos perturbadores, reduzindo a polivalência dos mesmos, restritos a uma idéia que se destaca e predomina, eis que se inicia o processo sombrio enfermiço. Da mesma forma, quando os fenômenos da antipatia entre amigos ou meramente conhecidos passem a crescer, gerando animosidade em instalação, sem qualquer dúvida, além das barreiras carnais movimentam-se interesses perversos administrando o raciocínio daquele que assim se comporta. Sob outro aspecto, mesmo no culto de qualquer ideal, quando se apresentam programas esdrúxulos ou úteis, mas não oportunos, com riscos de fazer soçobrar o edifício do bem, há forças espirituais negativas conspirando, cruéis, para o descrédito, a destruição do trabalho. Toda vez quando os sentimentos se armem contra o próximo, ou se afeiçoem em demasia, a ponto de perder a linha do equilíbrio, tenha-se certeza de que uma obsessão sutil, em agravamento, encontra-se em instalação. As fixações mentais que desestruturam o comportamento psicológico, além do caráter de instabilidade emocional, tornam-se canais para interferências negativas por parte de espíritos ociosos e doentios, que andam à espreita de campos experimentais para o conúbio exploratório de energias físicas a que se imantam. As obsessões sutis são perigosas, exatamente em razão da sua delicadeza de estrutura, da maleabilidade com que se apresentam, sendo confundidas com as naturais manifestações de conduta psicológica pertinente a cada indivíduo. É necessário muito discernimento para distinguir, quando se expressam desajustes emocionais, transtornos orgânicos que afetam a conduta psicológica e influências espirituais perturbadoras. Mesmo em se tratando de injunções da saúde emocional, é válido considerar-se que, estando incursos na Lei de Causa e Efeito, os sofrimentos fazem parte do currículo existencial, mantendo-se disposição para os enfrentamentos afligentes, mas também considerando-se a hipótese de ocorrer injunção obsessiva, o que faculta melhor terapêutica, mais adequada conduta moral para a liberação da prova libertadora. Tornar os ensinamentos cristãos parte da filosofia existencial diária constitui um recurso valioso para a preservação da saúde sob quaisquer aspectos considerados, e mesmo quando se manifestem enfermidades, na condição de terapia psicológica e espiritual, capaz de manter o equilíbrio interior e a coragem para o prosseguimento da luta até o momento da vitória. Manoel Philomeno de Miranda – Reencontro com a Vida – 2o Parte – Cap. 2 – Sutilezas da Obsessão
  • 28. 24 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas Dentre as várias manifestações obsessivas, uma passa quase despercebida, sendo, por isso mesmo, de alta gravidade, pela razão de raramente chamar a atenção, graças às suas sutilezas e características especiais. Referimo-nos às obsessões intermitentes. Elas são frequentemente variantes, isto é, apresentam-se voluptuosas e destruidoras em determinados períodos, para desaparecerem quase completamente em outros. Suas vítimas experimentam injunções cruéis, vivendo sob verdadeiras espadas de Dâmocles, prestes a terem ceifadas a paz, a saúde, a vida... Aqueles que sofrem as ações dos espíritos perversos – e no caso em tela, muito lúcidos e cruéis – passam períodos de otimismo e realizações edificantes para, subitamente, derraparem em paixões sórdidas, depressões sem causa aparente ou exaltação de violência... Durante a incidência da perturbação, esses seres chegam às raias da loucura, perdendo o discernimento e a lucidez, permitindo-se comportamentos esdrúxulos, atitudes surpreendentes e estados desequilibrados da alma. Isto, porque, os seus adversários espirituais, que os conhecem, identificam os seus defeitos e sabem quais as suas imperfeições, graças aos quais têm preferências estranhas, permitindo-se licenças morais que se tornam campo propício à penetração e assimilação pelo paciente da energia obsessiva. Esse fenômeno perturbador ocorre, como é natural, porque o enfermo cultiva os hábitos viciosos que procedem de outras existências, ou que são adquiridos mais recentemente, a cujo exercício de prazer se entregam inermes. Têm a mente enriquecida de extravagâncias e comportamentos defeituosos, não se esforçando por liberar-se em definitivo dos instintos primários nem das paixões selvagens. As pessoas que sofrem obsessões intermitentes marcham sob sombras que necessitam ser desbastadas com a luz da conduta nobre, da ação edificante e da prece inspirativa... Mantendo-se vigilantes, preservando o equilíbrio no trabalho do bem, conseguem despertar a simpatia dos Mentores Espirituais e libertar-se da psicosfera propiciadora da vinculação com os antigos comparsas, ora tornados inimigos. Quem, periodicamente, experimente as alternâncias de humor, de estados emocionais e físicos, sem causas imediatas, certamente está sob a pressão de obsessões intermitentes, necessitando de coragem para o auto-exame, o enfrentamento das inferioridades e a elevação moral, entregando-se ao bem que possa fazer e fruir, no qual a saúde se torna o estado ideal que todos aspiram. Manoel Philomeno de Miranda - Antologia Espiritual - Cap. 35 - Obsessões Intermitentes
  • 29. 25 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas Sutil e perigosa, a obsessão grassa, alarmante, disfarçada de transtornos psiconeuróticos vários, particularmente a depressão e o distúrbio de pânico, avolumando-se nos tormentos sexuais em desregramento, assim como nas dependências químicas de natureza diversificada. Decorrente da assimilação das energias perturbadoras exteriorizadas pelos Espíritos em sofrimento ou perseguidores, por afinidade mental e moral, em razão da inferioridade daqueles que se lhe fazem joguetes espontâneos, a obsessão arrasta multidões aos dédalos de aflições coercitivas, que estão a exigir terapêutica especializada e cuidadosa. Na raiz de todo desafio obsessivo, encontra-se pulsante o ser endividado, que, não tendo adquirido valores éticos substanciais, é compelido por automatismos vibratórios a sintonizar com aqueles desencarnados que lhe são semelhantes, sejam-lhe as vítimas transatas ou outros que se lhe assemelham. Joanna de Ângelis – Sendas Luminosas – Cap. 31 – Parasitose Perigosa Não vos preocupeis demasiadamente com a presença pandêmica do vírus, cujo momento será mais tarde entendido nas suas razões, nas suas origens e no porquê nos chegou agora, provocando pânico e dor. Vós que conheceis Jesus, mantende o respeito às leis, buscando a precaução recomendada pelas autoridades sanitárias, mas não oculteis a mão socorrista aos padecentes, não negueis a palavra libertadora aos que se preparam para enfrentar a Imortalidade. Tende o cuidado para que as vossas ondas mentais sincronizem-se com as mentes que administram as vidas, e evita descer o vosso pensamento às páginas da agonia, onde se encontram as forças ultrajantes que estão produzindo as dores por necessidade da evolução do planeta. Bezerra de Meneses – Revista Presença Espírita # 338 – Maio/Junho/2020 Mensagem recebida por psicofonia de Divaldo Franco no encerramento da 22º Conferência Estadual Espírita do Paraná, em 15/Março/2020
  • 30. 26 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas Desnecessário elucidar que, neste momento de provações coletivas e testemunhos programados pela Vida, abrem-se os portões das regiões espirituais de sombra e dor, onde os grandes sofrimentos lapidam os Espíritos desassisados que volvem à Terra e se entregam a vinganças infundadas, a perseguições dilaceradoras e estimulam crimes e condutas perversas. Cruéis obsessões que não puderam realizar antes, agora se utilizam do mundo em desorganização para que seja piorada a situação psíquica dos seres humanos e prossigam sob as suas injunções penosas em processos de depauperamento das energias e desencanto das existências. (...) Estaremos numa guerra: a nossa, pela paz; a deles, os irmãos infelizes, pela loucura que agita as regiões infernais onde residem e terão que deixar, a fim de que a psicosfera do planeta seja beneficiada e possa alcançar um patamar de progresso mais elevado. Manoel Philomeno de Miranda – No Rumo do Mundo de Regeneração – Cap. 4 – Estudo das Atividades As conversações, com as compreensíveis exceções, eram de baixo nível, algo que a sociedade se acostumara com facilidade, entremeando os diálogos com expressões chulas, num modernismo vulgar, típico da vida moral de cada qual, e o número de Espíritos viciosos, vulgares, zombeteiros e vingadores era expressivo, preocupante. A grande maioria havia sido libertada das regiões de pânico e expiações sórdidas, facultando que essas populações antes prisioneiras dos refúgios punitivos pudessem agora conviver com os reencarnados de mais ou menos mesmo quilate emocional, dando vaza a vinculações perigosas, por se tratar de um outro tipo de epidemia, a de natureza moral. Os grupos humanos invariavelmente se encontravam enleados nas teias mentais e emocionais desses desencarnados que se lhes agudizavam as preocupações, os problemas em que se encarceravam de natureza servil. (...) Também notava o ódio de alguns obsessores vinculados a crianças que pareciam ter distúrbio de aprendizagem, autismo, agressividade, sendo mais atenazados pelos seus adversários que tentavam impedi-los de desenvolver-se, tornando-se difíceis de serem mantidos nas salas de aulas. Manoel Philomeno de Miranda – No Rumo do Mundo de Regeneração – Cap. 8 – Em pleno campo de batalha
  • 31. 27 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas A transição planetária vem sendo trabalhada com afinco desde o fim do século passado, e a luta entre o dever e a negligência, assim como os testemunhos espirituais que a todos quase afetam, representa o significado do momento cada vez mais grave. Como vimos, algumas comunidades infelizes da Erraticidade inferior equipam-se de legiões para invadir os grupamentos sociais e penetrar nas organizações humanas, criando situações embaraçosas e perturbadoras, com dissídios, agressividade, obsessões coletivas e descida moral pelas valas desditosas das condutas irrefreadas. Não faltam em nossos grupamentos doutrinários do Espiritismo adeptos invigilantes que ainda não se permitiram influenciar moralmente pelos maravilhosos conceitos emanados da Codificação. Não raro, quando por ocasião das advertências sobre conduta moral ou relacionamento, comentarem que há muito exagero nas informações que procedem da nossa Esfera de vida. Outros, mais afoitos, rotulam-nas de animismo, quando são gentis, ou acusam com facilidade de tratar-se de mistificação de Espíritos zombeteiros ou mesmo dos médiuns... E preferem adotar as “modas”, as “novidades de comportamento”, denominando os fiéis como ortodoxos e a eles mesmos como evoluídos... (...) Aumentara significativamente o número de Espíritos perturbadores e obsessores tentando ampliar o sofrimento das suas vítimas, somando à Covid-19 os seus fluidos pestíferos que lhes ampliavam a falta de ar e a lucidez mental, levando os padecimentos ao desespero e angústia. Certamente, Espíritos generosos também eram vistos atendendo a diversos outros, cujas vibrações de fé e esperança na oração facilitavam o concurso de familiares e benfeitores desencarnados. Adentrei na UTI e pude acompanhar o socorro de equipes espirituais de nosso plano, auxiliando os pacientes a não sofrerem interferências morbíficas, ao mesmo tempo sendo atendidos com imenso carinho. As orações adentravam-se no recinto como suaves melodias cujas vibrações envolviam aqueles aos quais eram direcionadas. Manoel Philomeno de Miranda – No Rumo do Mundo de Regeneração – Cap. 16 – Prosseguem as providências
  • 32. 28 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas Da cidade dos justiceiros, um número bem volumoso de Espíritos foi transferido sem ter ideia para outros sítios e comunidades, a fim de irem reencarnando-se, numa oportunidade única para a recuperação pessoal, porém sobrecarregados dos sentimentos que lhes eram peculiares, talvez atormentando mais as criaturas em luta saudável pela saúde moral. Pode-se concluir que, aumentando o número de Espíritos turbulentos e de princípios hostis no mundo físico, muitos embates seriam travados, de modo que a dignidade humana rebaixada e violentada recuperasse o seu padrão de honradez, e os princípios morais e espirituais voltassem a merecer consideração. Essas lutas – que se têm ampliado nos relacionamentos sociais, no açodamento das paixões de ideais de fraternidade mediante métodos abusivos, dando lugar a novas classes para exigência aos seus direitos e valores – têm constituído um grande prejuízo à sociedade, que perde facilmente a paciência, que passa a valorizar os seus interesses em detrimento dos outros e arma-se para não perder as vantagens que desfruta. Manoel Philomeno de Miranda – No Rumo do Mundo de Regeneração – Cap. 20 – Palavras Finais
  • 33. 29 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas 1.2 O Livro “Trilhas da Libertação” – 25 anos Este livro faz parte do conjunto de obras de Manoel Philomeno de Miranda, recebidas mediunicamente por Divaldo Franco, e que em 2021 faz 25 anos de sua 1º edição. Neste livro é apresentada, defendida e detalhada a posição da Medicina holística, que trata o homem em seu todo: corpo material, mas, acima de tudo, um ser espiritual. Tratando do fenômeno obsessivo, são narrados três casos de obsessão (médiuns Davi, Raulinda e Francisco), que se desenrolam concomitantemente, sendo um deles a temática central no desenvolvimento da obra – um médium curador (médium Davi) que usava mal suas condições mediúnicas. Mostra, ao mesmo tempo, uma luta travada com as forças do mal que procuram atuar junto aos médiuns trabalhadores de uma Casa Espírita, aproveitando-se das fraquezas de cada um, visando à desorganização dos trabalhos do bem e à promoção do caos total com a consequente desmoralização dos trabalhos dos benfeitores espirituais. A obra detalha, passo a passo, todas as medidas da Espiritualidade superior para conseguir o seu objetivo maior: a conversão ao bem de uma entidade tida como um dos ministros do gênio do mal, testemunhada pelo grande séquito que o acompanhava, assim como discrimina as “estratégias” das Trevas para envolver o homem neste momento de Transição Planetária. Editora FEB – Trilhas da Libertação - sinopse O presente trabalho não apresenta fantasias, nem novidades que o estudioso do Espiritualismo em geral e do Espiritismo em particular não conheça. Confirmando outras experiências já narradas, convida à meditação, à conduta saudável, à vivência dos postulados ético-filosófico-morais da Doutrina Espírita e do Evangelho de Jesus. Manoel Philomeno de Miranda – Trilhas da Libertação - Introdução
  • 34. 30 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas 2. As Organizações das Trevas 2.1. Estrutura/Organização 2.1.1. Características Gerais Qual ocorre na Terra, e nesta em escala menor, as Sociedades que controlam o crime e o vício no Além são as responsáveis pelas congêneres do planeta, sendo que alguns dos seus chefes e condutores são procedentes das originais, aquelas que permanecem na erraticidade inferior. Espíritos perversos que o sofrimento embruteceu, sicários da sociedade que não se modificaram ante a derrocada pela morte, dando-se conta do prosseguimento da vida, continuam nas suas nefastas decisões de afligir e infelicitar, comprazendo-se em imiscuir-se nos grupos sociais, fomentando dissenções, ódios e guerras, que lhes facultam embriagues pelas energias que absorvem vampirescamente em infindáveis fenômenos de obsessão dolorosa. O Espiritismo prático, através das Sessões experimentais, de educação mediúnica ou de desobsessão, rompeu o véu que ocultava essa triste realidade, e de que se tinha notícia somente de forma fragmentária, pela revelação dos santos e místicos que visitaram essas comunidades expungitivas e recuperadoras que a mitologia denominou como inferno, purgatório, etc. Manoel Philomeno de Miranda – Trilhas da Libertação - Introdução Transferidos do corpo somático para a Erraticidade inferior os Espíritos perversos e cruéis, desde há milênios, dominados pelo primarismo que os caracteriza, vêm criando Organizações do Mal, nas quais se homiziam aqueles que se demoram no ódio e no rancor, em alucinadas tentativas de combater o programa do Bem na Terra. Enlouquecidos pelos propósitos inferiores que agasalham, investem contra todas as atividades de enobrecimento que objetivam conduzir o planeta a um estágio mais elevado, ao mesmo tempo, combatendo com vigor e crueza aqueles que se transformam em instrumentos superiores da Vida. Tornando-se adversários voluntários da edificação do reino dos Céus na Terra, a sua tem sido a luta inglória e sem possibilidade de êxito a que se atiraram através dos tempos, renascendo em grupos de sicários da Humanidade e desencarnando até quando o amor compassivo de Deus os recambia às expiações dolorosas e reeducadoras.
  • 35. 31 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas Os missionários e apóstolos de todas as épocas sofreram-lhes a pertinácia, não havendo sido exceção os guias do pensamento, da arte, do conhecimento, da ciência, dos diversos ramos do progresso humano. Não poucos tombaram nas suas ciladas odientas, sucumbindo antes de cumprirem o ministério para o qual vieram. Muitos enlouqueceram sob a rudeza e constância da sua inspiração infeliz. Inumeráveis se deixaram arrastar a situações indignas, derrapando em conúbios hediondos de vulgaridade ou se tornando algozes da sociedade, de grupos, de pessoas que lhes caíram desprevenidas nas mãos... Acreditando-se poderosos, esses Espíritos do mal, ainda doentes e ignorantes da supremacia das Leis, procuram competir com Deus ou com Jesus, que detestam, sem que se dêem conta que estão incluídos nos desígnios sublimes da evolução e que as suas possibilidades são relativas ao grau de inferioridade dos seres humanos com os quais intercambiam. Pensando realizar o que lhes apraz, não obstante são instrumentos da Justiça Divina, fazendo que se ajustem aos deveres muitos outros Espíritos igualmente doentes, que já se encontram em fase de recuperação e de crescimento interior. Certamente o Pai não necessita, em razão dos incomparáveis recursos de que dispõe, todavia, porque se prestam ao mister, realizam, sem que o percebam, os objetivos superiores da Criação. Dessas Organizações saíram homens e mulheres que fomentaram guerras, intrigas sórdidas, crimes hediondos, realizando no planeta a materialização de Instituições e Partidos voltados para o mal, de Entidades e Movimentos que assinalaram o processo terrestre com as marcas da crueldade, da anarquia, do absurdo sofrimento imposto aos demais seres... Assinalados pelo desequilíbrio em que se asfixiam, transferem para os seres humanos reencarnados, que invejam e malquerem, os dardos do ódio e da tirania, trabalhando com assiduidade na sevícia que pretendem aplicar em todos aqueles que estão distantes do seu infame contato. A criatura humana não se encontra sem a proteção de Mais Alto, ficando à mercê da perversidade desses algozes espirituais inditosos. Sucede, porém, que a hipnose da matéria faz que haja maior soma de afinidade com o egoísmo e seus sequazes, do que com o amor e seus cômpares, sintonizando com as faixas grosseiras do mundo espiritual e os seus habitantes. São os considerados demônios ou satanases das lições evangélicas, as forças do mal, a sombra que acompanha o ser, o negativo da vida, os obsessores...
  • 36. 32 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas Todos Espíritos criados por Deus, ainda afeiçoados ao crime e à desídia, transitoriamente aguardando a oportunidade de crescimento no rumo da Grande Luz que a todos nos atrai. Cultores, incontáveis, da inteligência e do raciocínio rápido, não desenvolveram os sentimentos que dão valor ao conhecimento, permanecendo nas áreas do processo evolutivo sem emotividade, portanto, dominados pelos propósitos inferiores que demonstram o absurdo da cultura que se divorciou dos valores éticos ensandecendo-os. Hábeis na arte brutal de confundir e de perturbar o raciocínio daqueles que se lhes vinculam, são geradores de polêmicas inúteis ou grosseiras, nas quais predominam a agressividade e até mesmo o crime como forma de desforço pessoal, imiscuem-se psiquicamente nos grupamentos humanos, dando força ao desequilíbrio que destrói as mais belas edificações da fraternidade e da esperança, graças, porém, àqueles que lhes dão guarida. Reencarnam-se muitos periodicamente para se tornarem a chibata que zurze o sofrimento sobre o dorso da Humanidade, enquanto outros se demoram multissecularmente nas paisagens sombrias e terríveis onde estagiam. Organizam-se com imensa astúcia, arrebanhando outros recém-desencarnados para os seus grupamentos, nos quais a hipnose e os métodos persuasivos mais vigorosos são utilizados para dominar mentes e sentimentos que passam a servi-los com submissão. Em face dos recursos mentais de que dispõem e à perseverança nos propósitos soezes que mantêm, acompanham os idealistas e servidores da Verdade com planos macabros que esperam converter em realidade, acalentando o desejo de eliminá-los a qualquer preço. Dispondo de outra dimensão de tempo, aguardam que as suas vítimas em potencial depereçam no ânimo, experimentem desencanto, sofram circunstâncias menos felizes, provem da taça da amargura ou do desprazer, se apresentem enfermas ou fragilizadas para as influenciarem, criando situações embaraçosas umas e falsas outras, assim afastando-as dos compromissos assumidos e caindo nas malhas das redes da sua astúcia. Utilizam-se de todos os motivos ou agem mesmo que sem motivo algum, desde que possam levar adiante o infame projeto de combate contra o Amor Total, insinuando-se, atirando pessoas inescrupulosas contra os heróis da bondade e do esforço moral, recrutam indivíduos de má índole para os sitiarem, usam de métodos sórdidos para envolvê-los, produzindo psicosfera pestífera que asfixia quem se permite entrar em sintonia com as suas sutis insinuações. Suavemente ou pela violência atiram-se contra aqueles que consideram inimigos, que devem ser vencidos, e acreditam insanamente na vitória que esperam conseguir.
  • 37. 33 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas Ninguém se acredite isento desse sítio nefando das Organizações do mal, que procedem da Erraticidade inferior. Analisando as próprias deficiências, o discípulo do Evangelho e servidor da Verdade, ou o idealista que ambiciona tornar melhor o mundo, mantenha-se em vigília constante, a fim de não ser fascinado pelo canto mentiroso das suas sugestões falsas, que são o início da tormenta que logo mais desabará. Precatem-se na oração e na ação da caridade, vivenciem o perdão e a fraternidade, cultivem o amor e a tolerância, resguardando-se das insinuações da maledicência, do ressentimento, do amor-próprio ferido, do melindre, de todos esses facínoras morais que permanecem em a natureza humana, observando as nascentes do coração, e, sem desanimar nunca, avancem, os trabalhadores de Jesus, convidados à Sua seara nesta última hora, absolutamente confiantes no êxito da reencarnação na qual se encontram. O Bem é sempre o grande vencedor. Jesus é o Herói da cruz e da crueldade. Ensinou-nos, em advertência, a pedir ao Pai que nos livre do mal, que reside em nós ou que vem atraído por nós, a fim de conseguirmos alcançar o Calvário libertador que se coroará de luzes após vencida a etapa do processo evolutivo em que todos nós encontramos. Manoel P. de Miranda - Revista Reformador - 2002 – Novembro - Organizações do Mal (Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, na noite de 8 de fevereiro de 2002, em reunião mediúnica do Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.)
  • 38. 34 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas Muito temos falado, aqui, sobre as organizações do submundo da dor e do desespero. Tentemos estudá-las mais de perto. É claro que jamais nos trouxeram, nossos irmãos desarvorados, os esquemas e organogramas de suas instituições, mas, de tanto ouvi-los falar delas, creio possível montar, com as inúmeras peças do gigantesco “puzzle”, um quadro inteligível desse tenebroso painel de desespero e aflição. Em primeiro lugar, é preciso não cometer o trágico engano de subestimá-las. Elas são realmente temíveis. Foram concebidas e são operadas por inteligências privilegiadas, Espíritos longamente experimentados no mal, no exercício do poder, nos meandros do sofisma. Isto não significa que, no desempenho de tarefas redentoras do bem, nos deixemos dominar pelo pavor, no trato com seus representantes, pois é exatamente isso que desejam e a que se acostumaram. Dominam pelo terror que inspiram em toda parte, e, se cairmos nessa faixa, estaremos correndo riscos imprevisíveis. O problema de lidar com elas é, pois, extremamente complexo. E nunca é demais repetir: não o faça quem não esteja suficientemente apoiado por Espíritos esclarecidos, devotados ao bem e experimentados nesses trabalhos. Se o grupo conta com a colaboração de companheiros experientes, eles saberão dosar o trabalho, segundo seus próprios recursos e possibilidades, e as tarefas de maior responsabilidade vão sendo trazidas, à medida que conseguimos passar pelas preliminares, de menor envergadura. As equipes orientadas por esses dedicados trabalhadores anônimos do mundo superior manter-se-ão equilibradas, sempre que se portarem com prudência e sabedoria. Como esses abnegados companheiros não impõem condições, mas limitam-se a nos aconselhar e esclarecer, é preciso estarmos atentos às suas sugestões e observações, para interpretá-las corretamente e pô-las em prática, com segurança. Se nos sairmos bem das tarefas iniciais e passarmos nos testes a que somos submetidos, em benefício de nós mesmos, não podemos esquecer-nos de que precisamos manter nossa própria organização disciplinada, atenta, flexível, ajustada, porque a “do outro lado” é tão boa ou melhor do que a nossa, em termos de estrutura e disciplina, ainda que não o seja em objetivos e métodos. As instituições das trevas são estruturadas numa rígida concentração do poder, nas mãos de alguns líderes, escolhidos por um processo impiedoso de seleção natural.
  • 39. 35 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas Sua liderança revelou-se na ação, em postos subalternos, ou confirmou-se através de séculos e séculos, em que se revezam encarnados e desencarnados. Muitos deles, como signatários de pactos de vida e morte, sustentam-se aqui e lá, onde estiverem, sejam quais forem as condições, num princípio que tem muito mais de autodefesa do que de fidelidade. São fiéis uns aos outros, não porque se estimem, mas porque precisam uns dos outros, para manter-se no poder. Quando se reencarnam, trazem programas muito bem elaborados, e o compromisso de apoio e solidariedade irrestritos, da parte dos que ficam no mundo espiritual. Assim se explicam os êxitos, em termos humanos, que obtêm, enquanto por aqui se encontram, e a provisória, mas segura impunidade em que continuam a viver, quando retornam aos seus domínios, após a desencarnação, por maiores que sejam as atrocidades que cometem, como homens. Ao que tudo indica, até mesmo enquanto na carne, mantêm-Se em contacto íntimo e permanente com seus comparsas do Além, e continuam a exercer a parcela de autoridade de que dispõem entre eles, realizando contatos, durante os desprendimentos parciais, provocados pelo sono. A estrutura administrativa dessas instituições está preparada para aceitar tal flexibilidade, sem prejuízo para as suas tarefas. Elas não podem falhar e, por isso, há sempre alguém em condições de suprir uma ausência ocasional ou definitiva. A não ser que o líder esteja colocado em posição muito elevada, e se tenha tornado praticamente insubstituível, a organização sobrevive naqueles que o substituem, pois há interesses poderosíssimos a proteger e personagens muito destacadas, no mundo do crime, a resguardar. Assim, dificilmente a instituição é desmantelada, quando o seu chefe supremo é convertido ao bem. E também não é sempre que esses líderes, mesmo convertidos, podem voltar sobre seus passos e tentar convencer seus antigos comparsas. Uma vez convencidos a mudar de rumo, caem em desgraça ante seus companheiros. O primeiro impulso destes é resgatá-los, especialmente quando são figuras importantes, na máquina do poder. Verificada, pelos seus ex-amigos, a impossibilidade de “salvá-los”, abandonam-nos à sua própria sorte, quando não procuram voltar contra eles todo o poderio da própria instituição que antes eles comandavam.
  • 40. 36 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas (...) Sejam, porém, grandes ou pequenas, seus organogramas são tão bem planejados e implementados como os de uma empresa. Só que, em vez de visarem a atividades industriais ou comerciais, com o fim de produzirem lucro, como as sociedades anônimas da Terra, produzem o terror e a opressão, e lutam pelo poder e por aquilo que entendem como glória pessoal. Têm seus chefes, seus planei adores, seus executores, operários, guardas. Conservam registros meticulosos, movimentam documentação, utilizam-se de aparelhos, dispõem de tropas de choque, “armadas” e bem adestradas. Promovem reuniões, concílios, debates, exposições, conferências, sermões, ritos. Promulgam leis, punem os indisciplinados, condecoram e distribuem prêmios aos que se destacam por trabalhos de especial relevância. Seus métodos são os do terror pela violência, sua incontestável hierarquia apóia-se num regime disciplinar implacável, rígido, inflexível. Não se tolera a falta, o deslize, a revolta, a desobediência. Sua ética é governada pela total ausência de escrúpulo. Nada os detém, tudo é permitido, desde que os fins a que visam sejam alcançados. Aqueles, pois, que resolvem organizar um grupo mediúnico de desobsessão, devem estar bem preparados para enfrentá-los. Hermínio de Miranda – Dialogo com as Sombras – Cap. 28 - As organizações: estrutura, ética, métodos, hierarquia e disciplina.
  • 41. 37 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas Alguns livros espiritas, no transcorrer dos anos, apresentaram e descreveram a ambiência e o local em que essas organizações das Trevas tem as suas sedes. Duas dessas sedes (cidades), em especial, são explicitadas em obras espíritas, conforme mostrado a seguir: A. Cidade da “Justiça” 1) Livro Libertação i. Ano: 1946 ii. Cap.: 4 – Numa Cidade Estranha iii. Mentores/Instrutores: André Luiz, Gúbio, Matilde. 2) Livro Nos Bastidores da Obsessão i. Ano: 1970 ii. Cap.: 6 – No Anfiteatro iii. Mentores/Instrutores: Manoel Philomeno de Miranda, Glaucus 3) Livro Trilha da Libertação i. Ano: 1996 ii. Cap.: Introdução/10 – Os Gênios das Trevas iii. Mentores/Instrutores: Manoel Philomeno de Miranda, José Carneiro de Campos. 4) Livro Tormentos da Obsessão i. Ano: 2001 ii. Cap.: 10 – Experiências Gratificadoras iii. Mentores/Instrutores: Manoel Philomeno de Miranda, Inácio Ferreira, Eurípedes Barsanulfo, Isabel de Portugal. 5) Livro No Rumo do Mundo de Regeneração i. Ano: 2021 ii. Cap.: 18 – Movimentação bem coordenada iii. Mentores/Instrutores: Manoel Philomeno de Miranda, Francisco Spinelli, Eurípedes Barsanulfo, Isabel de Portugal. B. Cidade da “Perversão Moral” 6) Livro Sexo e Obsessão i. Ano: 2003 ii. Cap.: 3 – A Comunidade da Perversão Moral iii. Mentores/Instrutores: Manoel Philomeno de Miranda, Anacleto.
  • 42. 38 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas 2.1.1.1. A Cidade da “Justiça” Não estamos em cavernas infernais, mas atingimos grande império de inteligências perversas e atrasadas, anexo aos círculos da Crosta, onde os homens terrestres lhes sofrem permanente influenciação. (...) Centenas de milhares de criaturas aqui padecem amargos choques de retorno à realidade, sob a vigilância de tribos cruéis, formadas de espíritos egoístas, invejosos e brutalizados. Para a sensibilidade medianamente desenvolvida, o sofrimento aqui é inapreciável. — E há governo estabelecido num reino estranho e sinistro quanto este? — Indaguei. — Como não? — respondeu Gúbio, atenciosamente. — Qual ocorre na esfera carnal, a direção, neste domínio, é concedida pelos Poderes Superiores, a título precário. Na atualidade, este grande empório de padecimentos regenerativos permanece dirigido por um sátrapa de inqualificável impiedade, que aliciou para si próprio o pomposo título de Grande Juiz, assistido por assessores políticos e religiosos tão frios e perversos quanto ele mesmo. Grande aristocracia de gênios implacáveis aqui se alinha, senhoreando milhares de mentes preguiçosas, delinqüentes e enfermiças... (...) Notei a existência de algumas organizações de serviços que nos pareceriam, na esfera carnal, ingênuas e infantis, reconhecendo que a ociosidade era, ali, a nota dominante. — E porque em geral tanta ociosidade neste plano? — indaguei ainda. — Quase todas as almas humanas, situadas nestas furnas, sugam as energias dos encarnados e lhes vampirizam a vida, qual se fossem lampreias insaciáveis no oceano do oxigênio terrestre. Suspiram pelo retorno ao corpo físico, de vez que não aperfeiçoaram a mente para a ascensão, e perseguem as emoções do campo carnal com o desvario dos sedentos no deserto. Quais fetos adiantados absorvendo as energias do seio materno, consomem altas reservas de força dos seres encarnados que as acalentam, desprevenidos de conhecimento superior. Daí, esse desespero com que defendem no mundo os poderes da inércia e essa aversão com que interpretam qualquer progresso espiritual ou qualquer avanço do homem na montanha de santificação.
  • 43. 39 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas No fundo, as bases econômicas de toda essa gente residem, ainda, na esfera dos homens comuns e, por isto, preservam, apaixonadamente, o sistema de furto psíquico, dentro do qual se sustentam, junto às comunidades da Terra. (...) Subimos, dificilmente, a rua íngreme e, em pequeno planalto, que se nos descortinou aos olhos espantadiços, a paisagem alterou-se. Palácios estranhos surgiam imponentes, revestidos de claridade abraseada, semelhante à auréola do aço incandescente. Praças bem cuidadas, cheias de povo, ostentavam carros soberbos, puxados por escravos e animais. O aspecto devia, a nosso ver, identificar-se com o das grandes cidades do Oriente, de duzentos anos atrás. Liteiras e carruagens transportavam personalidades humanas, trajadas de modo surpreendente, em que o escarlate exercia domínio, acentuando a dureza dos rostos que emergiam dos singulares indumentos. (...) Transcorridas longas horas em compartimento escuro, aproveitadas em meditações e preces, sem entendimentos verbais, fomos conduzidos, na noite imediata, a um edifício de grandes e curiosas proporções. O esquisito palácio guardava a forma de enorme hexágono, alongando-se para cima em torres pardacentas, e reunia muitos salões consagrados a estranhos serviços. Iluminado externa e interiormente pela claridade de volumosos tocheiros, apresentava o aspecto desagradável de uma casa incendiada. Sob a custódia de quatro guardas da residência de Gregório, que nos comunicaram a necessidade de exame antes de qualquer contacto direto com o aludido sacerdote, penetramos o recinto de largas dimensões, no qual se congregavam algumas dezenas de entidades em deploráveis condições. (...) Esta casa é de justiça, em nome do Governo do Mundo! André Luiz – Libertação – Cap. 4 – Numa cidade estranha
  • 44. 40 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas Havia uma multidão de entidades viciosas, em atitudes repelentes, que dialogavam com expressões vis e ultrajantes. (...) Outros apareciam com carantonhas simiescas e o recinto tresandava putrefação. Vibrações viscosas e sombrias carregavam os céus que tinham um tom pardacento-escuro, sem estrelas, e o solo miasmático parecia um paul insano que, todavia, não lhes chamava a atenção, acostumados como se encontravam à paisagem triste e morta do local. (...) A construção, de matéria viscosa e escura, tinha a forma semicircular e fazia lembrar repentinamente os velhos circos, não fosse a substância de que se revestia. Luzes roxas e vermelhas esparramavam sombras atormentadas que passavam perdidas nos interesses em que se compraziam e, de quando em quando, massa compacta e atroadora, empurrando violentamente os que se encontravam à frente, chegava em galhofa infernal. Dificilmente se poderia ver na Terra espetáculo de tal natureza... E, todavia, estávamos na Terra, um pouco fora das vibrações do mundo material, dentro dele, porém. (...) Atravessamos as barreiras sem qualquer incidente e fomos surpreendidos por um recinto amplo, de arquibancadas que ficavam fronteiras a um picadeiro pouco iluminado, onde o espetáculo teria curso. A balbúrdia ensurdecedora fazia lembrar um covil de feras. Expressões profundamente vulgares e tradutoras da qualidade dos que ali se encontravam explodiam abundantes, constrangendo-nos. (...) Aparentemente, os infelizes companheiros que mourejam no Anfiteatro constituem segura organização a serviço do mal. Adestrados na prática da ignomínia, supõem-se preparados para investir contra os espíritos atormentados que gravitam em ambos os lados da vida, imanados às paixões que os consomem, paixões cujo comportamento facilmente sintonizam com eles e outros afins, caindo- lhes nas malhas vigorosas que, em última análise, se transformam em instrumentos de que se utiliza a Lei Divina para corrigir os que ainda preferem os tortuosos caminhos... Manoel Philomeno de Miranda – Nos Bastidores da Obsessão – Cap.6 – No Anfiteatro
  • 45. 41 Na Era da Transição Planetária – As Estratégias das Trevas Nossa atividade, logo mais, terá lugar em nosso querido planeta, em região pantanosa, que a imaginação humana descreveria como infernal. Nosso objetivo é resgatar Ambrósio, que ali se encontra há quase duas dezenas de anos... Guardaremos vigilância e oração em nossa vilegiatura espiritual e faremos parte da caravana da nobre Entidade que fora, na Terra, a Rainha Isabel de Portugal, considerada santa, que se dedica a esse mister há muitos anos como mensageira do Amor, mantendo irrestrita confiança em Deus. (...) Podíamos ver-nos aproximando-nos da Terra que se agigantava diante de nós até pararmos em um lugar lúgubre, de aspecto truanesco. Não haviam passado vinte minutos, segundo os meus cálculos, e sentíamos as emanações deletérias da região enfermiça e sombria, onde nenhum sinal de vida se manifestava. Ao lado de pântanos pútridos, cavernas se abriam profundas em montanhas escuras que limitavam a área do paul dantesco. Reunindo-nos à borda do lamaçal, demo-nos conta da escuridão reinante, como se nuvens carregadas cobrissem a área, vez que outra sacudida por trovões espocantes e relâmpagos velozes. Concomitantemente, o exalar de matéria em decomposição e os fogos fátuos que eram percebidos falavam sem palavras sobre a zona rnorbífica em que nos adentrávamos. À medida que nos adaptávamos ao ambiente hostil, percebemos as emanações carregadas que subiam do lodo tornando sempre mais densas as nuvens que pairavam ameaçadoras, como se estivessem carregadas de tormentas incomuns prestes a desabar frenéticas e destruidoras. (...) Nesse estado de alma pude perceber que, de momento a momento, na sombra das lamas agitadas erguiam-se cabeças que clamavam por misericórdia e apoio, para logo afundarem no lodo asfixiante. O vozerio, as exclamações, os pedidos de socorro e as queixas misturavam-se a blasfêmias e recriminações que aumentavam à medida que nos adentrávamos pela furna aberta na rocha por antigas correntes d’água, que a tornava perigosa, escorregadia... (...) A densa treva era cada vez mais escura, impedindo quase a irradiação dos archotes acesos. Entre um e outro relâmpago, pudemos perceber que acima do lamaçal pairavam Entidades perversas, que pareciam flutuar no ambiente, de aspecto indescritível, que as oleogravuras religiosas não conseguem imitar pelo seu aspecto degenerado e apavorante, que aplicavam relhos naqueles que se erguiam do charco imundo suplicando amparo.