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ESCATOLOGIA BÍBLICA
              (Clique na palavra ÍNDICE)

      Curso de Extensão da Andrews University
                6-19/12/1976 - IPAE

CONTEÚDO

I PARTE - A ORIGEM PROFÉTICA DA I.A.S.D.

Do livro: Answers to Objections, Capítulo 10, pp. 575-594
Autor: F. D. Nichol
Editora: Review and Herald Publishing Association
Tradução de: Siegfried Kümpel

II PARTE - A CONDIÇÃO HISTÓRICA DO MOVIMENTO
DO ADVENTO

Do Livro: Our Firm Foundation
Autor: F. D. Nichol
Tradução de: Siegfried Kümpel

III PARTE - O PROPÓSITO MORAL DA PROFECIA

Autor: L. F. Were
Tradução de: Siegfried Kümpel

IV PARTE - OS REIS QUE VÊM DO ORIENTE
Autor: L. F. Were
Tradução de: Siegfried Kümpel
Escatologia Bíblica                                                                           2
                                        ÍNDICE

    I – A ORIGEM PROFÉTICA DA IASD......................................5
       Nenhuma Nova Atitude.................................................................6
       Como Resolver o Dilema..............................................................7
       Exame do Primeiro Ponto.............................................................8
       Dirigentes Posteriores Falam......................................................10
       Exame do Segundo Ponto...........................................................13
       Certas Profecias Cumpridas........................................................14
       Exame do Terceiro Ponto............................................................18
       Sra. White Defende os Mileritas.................................................19
       Exame do Quarto Ponto..............................................................21
       A Essência do Milerismo............................................................22
       Para Cima na Luz Crescente.......................................................23
       Ficar Firmes no Registro.............................................................24

    II – A CONDIÇÃO HISTÓRICA DO MOVIMENTO
    DO ADVENTO..............................................................................28
       As Grande Revoluções do Décimo Sexto Século.......................28
       O Décimo Oitavo Século Marcado pelo Racionalismo..............30
       As Escrituras Sagradas Minadas pelo Racionalismo..................31
       A Idéia do Progresso Mundial.....................................................32
       A Reação Contra o Domínio da Razão.......................................33
       O Teólogo Schleiermacher..........................................................34
       Forças Operantes à Abertura do Século Dezenove.....................35
       O Movimento Milerita................................................................36
       Pregação da Primeira e Segunda Mensagem..............................37
       O Surgimento dos Adventistas do Sétimo Dia............................38
       Ponto de Vista Restrito no Início Com Respeito à Mensagem
         do Terceiro Anjo.....................................................................40
       A Verdadeira Medida da Tríplice Mensagem.............................41
       Doutrinas e Profecias Apresentadas na Tríplice Mensagem.......42
Escatologia Bíblica                                                                          3
       A Mensagem do Segundo Anjo..................................................44
       A Mensagem do Terceiro Anjo...................................................45
       Tríplice Mensagem Muitas Vezes Pregada
          em Ambiente Limitado Demais..............................................47
       Pregando a Tríplice Mensagem Mais Completamente..............48
       1. A Tendência para a União das Igrejas.....................................48
          O Concílio Mundial e o Segundo Advento.............................50
       2. O Crescente Poderio de Roma................................................51
          Conversões à Roma.................................................................52
          As Palavras Proféticas da Sra. White......................................54
       3. O Declínio da Liberdade.........................................................55
          Nosso Exame Resumido.........................................................56
          Os Dilemas dos Líderes Religiosos.........................................60
          A Primeira Mensagem Angélica.............................................63
          A Segunda Mensagem Angélica.............................................64
          A Mensagem do Terceiro Anjo...............................................66
          Proclamar o Sábado Mais Amplamente..................................68

      III – O PROPÓSITO MORAL DA PROFECIA........................70
         Introdução...................................................................................70
         Prefácio.......................................................................................72
         1 - As Escrituras Foram Dadas para Revelar a Jesus..................73
         2 - Os Judeus Erraram Não Estudando As Escrituras Na Luz
            do Propósito Moral de Deus. Uma Advertência para Hoje.....75
            2.1 - Os Judeus estudavam as Profecias, mas sem
                  compreensão espiritual....................................................77
            2.2 - Os Judeus eram literalistas rígidos..................................82
         3 - A História se Repete..............................................................83
         4 - Falácia Fundamental do Futurismo........................................92
         5 - Mais Falhas Futurísticas........................................................94
         6 - Futurismo e o Livro do Apocalipse.......................................95
         7 - O Pentecostes trouxe luz sobre o propósito moral da profecia.....97
Escatologia Bíblica                                                                              4
       8 - Jesus Está Reinando Agora....................................................99
       9 - Todas As Escrituras Morais Vibrantes de
           um Salvador Vivo................................................................102
      10 - A Aplicação Individual da História da Profecia..................110
      11 - Aplicando O Princípio em Conexão Com o Estudo
           do “Armagedom”.................................................................112
      12 - O Propósito Moral das Profecias de Daniel.........................120
      13 - Realidades Cristãs Reveladas nos Quadros Proféticos
           do Apocalipse.......................................................................124
      14 - "Cristo em Vós" - A Certeza da Vitória...............................135

      IV – OS REIS QUE VÊM DO ORIENTE................................147
      Introdução......................................................................................147
      1. A Questão Oriental - Campo Fértil para Profecias Falsas........150
         Origem do Armagedom Político-Militar...................................159
         O Armagedom em Relação à Turquia.......................................160
         O Armagedom se Torna um Conflito Entre o Oriente
           e o Ocidente...........................................................................162
         A Tendência de Volta aos Pontos de Vista
         dos Pioneiros.............................................................................167
      2. Haverá Guerra entre o Oriente e o Ocidente?...........................169
      3. Satanás Instigará Guerras e Lutas para Eventualmente Unir
         o Mundo Contra a Igreja...........................................................173
      4. "Os Reis que vêm do Lado do Nascimento
         do Sol" - Uma Mensagem Gloriosa para a Igreja.....................177
      5. Torcendo os Fatos para Enquadrar a Interpretação...................184
      6. Quando Todos os Olhos Serão Dirigidos ao Oriente................190
      7. Os Reis do Oriente Especialmente Mencionados.....................192
      8. Conclusões Baseadas Sobre Fundamentos Falhos....................194
      9. Conclusões Baseadas em Fatos Positivos.................................201
Escatologia Bíblica                                                         5
  A ORIGEM PROFÉTICA DA IGREJA ADVENTISTA DO
                  SÉTIMO DIA

     Os adventistas do sétimo dia declaram que este movimento de
Advento surgiu numa época especial da história para fazer um trabalho
específico para Deus em cumprimento de certas profecias. Esta
declaração é a base verdadeira e histórica do apelo que fazemos a todos
os homens, nos termos da segunda mensagem angélica, para "sair" e se
juntar a este movimento.
     À vista disto nós precisamos nos familiarizar com a história do
começo do movimento. Já em 1849 James White compreendeu esta
necessidade em relação das experiências históricas da principio de 1840,
que viram o surgimento do movimento do advento. Disse ele:
     "A fim de demonstrarmos o cumprimento da profecia, nós temos que
nos referir à história. Para mostrar o cumprimento da profecia relativa aos
quatro reinos universais do segundo e sétimo capítulos de Daniel, nós temos
que nos referir às histórias destes reinos. Negue a história, e a profecia não
tem valor. Justamente assim com as profecias relacionadas ao movimento
do segundo advento". – Present Truth, Dezembro, 1849, pág. 46.

     Nós não precisamos apenas conhecer a história do início de 1840
como nós conhecemos um período da história secular mas ver também a
movimento Adventista do Sétimo dia no ambiente daqueles tempos. Tem
havido não somente muita ignorância entre nós com relação às raízes
históricas do Adventismo do Sétimo Dia, mas também um desejo atuante
da parte de alguns de desassociaremos do movimento do Advento do
início de 1840, que é geralmente conhecido como Milerismo.
     Duas razões têm produzido este desejo: Primeiro, os Mileritas
marcavam uma data para o advento, que os lançou no escárnio naquele
tempo e que os tornou o objeto de ridículo desde então. Naturalmente
nós desejamos escapar do ridículo neste ponto, e nós somos enfáticos e
corretos, em nossa declaração que os adventistas do sétimo dia jamais
marcaram data. Segundo, ao redor dos Mileritas formou-se um fantástico
Escatologia Bíblica                                                    6
rol de histórias que os retrata como fanáticos loucos. E de fato nós não
queremos ser conhecidos como os filhos espirituais de fanáticos.

                       Nenhuma Nova Atitude

     Não é somente interessante mas um fato despertador que o desejo
de ser desassociado do movimento de Miller que alcançou seu clímax em
1844, não é nada novo. Já se manifestou quase imediatamente depois do
desapontamento de 22 de Outubro de 1844, e foi muito ativo no tempo
em que Tiago White escrevia em Dezembro de 1849. O Senhor não
viera, como esperavam, e portanto a profecia dos 2.300 dias
aparentemente não se cumpriu. O resultado foi que muitos adventistas
nominais começavam a negar que Deus estava ligado ao movimento de
1844. Eles pois apostataram, alguns deles até aliviados por não serem
mais conhecidos como pertencendo a um movimento que cometera um
grande engano teológico. Contra todos estes Tiago White trabalhou,
como ele certamente tinha que fazer se ele cria que Deus inspirava o
movimento do Advento.
     Hoje, a situação é um tanto diferente. Nós, como Adventistas do
Sétimo Dia, não desejamos questionar, por exemplo, a interpretação
básica da profecia usada pelos Mileritas em medir os limites da profecia
dos 2.300 dias. Nós não negamos a liderança de Deus no movimento de
1844. Nós sentimos, embora alguns de nós não entendêssemos
claramente, que nós precisamos manter uma conexão precisa com o
movimento de 1844 para provar que o Adventismo do Sétimo Dia surgiu
em cumprimento da profecia. Mas nós muito freqüentemente
procuramos apagar, ou ao menos hesitamos em admitir, uma íntima e
conseqüente relação profética entre o movimento de 1844 conhecido
como Milerismo e a Adventismo do Sétimo Dia conhecida hoje. As
razões para isto, como já afirmamos, são o nosso embaraço pela
marcação da data dos Mileritas das histórias de atos fanáticos em que
eles notoriamente caíram.
Escatologia Bíblica                                                  7
     Assim, embora passivamente estivéssemos dispostos a admitir que
ns Mileritas são nossos parentes, embora não muito chegados, nós fomos
habituadas a tratá-los como parentes pobres.

                       Como Resolver o Dilema

      Este dilema infeliz desaparece, e a origem genuinamente profética
da Igreja Adventista do Sétimo Dia aparece marcada, ao estabelecermos
os seguintes sete pontos:
      1º - Que o movimento Adventista do Sétimo Dia é um filho direto
do movimento do Advento de Guilherme Miller, geralmente conhecido
como Milerismo.
      2º - Que é necessário crer nesta relação a fim de achar uma
explicação de certas profecias na Bíblia, e para provar que a Igreja
Adventista do Sétimo Dia é de fato o último movimento de Deus no
mundo.
      3º - Que um estudo do Milerismo abrilhantará nossa própria fé na
origem divina e na liderança do nosso movimento Adventista do Sétimo
Dia, e que proverá uma resposta inteiramente satisfatória às acusações
difamatórias feitas pelos inimigos da verdade por um século.
      4º - Que o fato de sermos descendentes do movimento Milerita não
requer que nós subscrevamos os pontos de vista individuais que podem
ter sido mantidos por qualquer pregador Milerita. Nem requer que nós
minimizemos a qualquer grau a significação dos ensinos distintos
desenvolvidos sob a mensagem do terceiro anjo, mas sim o contrário.
      5º - Que o fato dos Mileritas, geralmente, marcarem uma certa data
para a vinda do Senhor não precisa embaraçar os adventistas do sétimo
dia hoje.
      6º - Que a história dos excessos fanáticos pelos Mileritas são em
grande parte uma mistura de falsidade, e que autoridades eminentes no
terreno da história admitem.
Escatologia Bíblica                                                8
     7º - Que o desapontamento de 22 de outubro de 1844, não provê
base para a acusação de que Deus daí em diante não estivesse no
movimento do Advento, e portanto não no movimento Adventista do
Sétimo Dia que surgiu do Despertamento do Advento de 1840.
     A seguinte discussão dos quatro primeiros pontos apareceu
originalmente como um extra do The Ministry de setembro de 1944, que
foi impresso por resolução da Comissão da Conferência Geral.

                     Exame do Primeiro Ponto

     Evidência suficiente para apoiar o primeiro ponto poderia ser
aduzido simplesmente por perguntar e responder algumas perguntas
simples, como segue:
     - Que movimento religioso chegou ao seu clímax na América em
1844?
     - O grande movimento da segunda vinda sob Guilherme Miller,
geralmente conhecido como Milerismo.
     - Onde e quando o movimento Adventista do Sétimo Dia começou?
     - Na América em 1844.
     - Quem foram os primeiros adventistas observadores do sábado?
     - Uma companhia de Mileritas em Washington, New Hampshire.
     - Quem foram os primeiros dirigentes no movimento Adventista do
Sétimo Dia?
     - Sem dúvida foram James White, Sra. White e José Bates.
     - Qual foi o seu fundo religioso?
     - Tiago White fora um pregador Milerita. Ellen Harmon White
aceitou o Milerismo como moça, e ela, com seus pais, foi excluída da
Igreja Metodista em Portland, Maine, por causa de suas convicções
mileritas. José Bates foi um dirigente no movimento Milerita, ocupando
vários cargos nas associações gerais dos Mileritas e tendo sido
presidente em uma das mais importantes destas associações.
Escatologia Bíblica                                                  9
      - Quais foram alguns outros dos pioneiros primitivos dos
adventistas do sétimo dia?
      - Hirã Edson e Frederick Wheeler.
      - Quais foram suas conexões religiosas?
      - Ambos estes homens, eram Mileritas. Edson foi o homem que,
passando pelo campo na manhã posterior ao desapontamento, recebeu a
luz sobre o santuário que Cristo entrara no santíssimo no dia 22 de
outubro. Edson, com outro irmão Milerita, estava a caminho na manhã
de 23 de outubro para "encorajar alguns de nossos irmãos" após o
desapontamento.
      - Para quem os nossos primeiros dirigentes adventistas do sétimo
dia trabalharam quase exclusivamente por alguns anos depois de 1844?
      - Para os seus associados no movimenta Milerita.

     Os fatos incontestáveis precedentes da história parecem ser
suficientes em si para liquidar a questão de nossa origem. Mas a casa
torna-se consistente quando nós ouvimos o testemunho dos próprias
pioneiros adventistas do sétimo dia. Procuraram eles apagar sua relação
com o Milerismo para posar como alguma causa nova e diferente? Não,
eles afirmavam vigorosamente que eles eram os verdadeiros sucessores
espirituais daquele movimento do segundo Advento do início de 1840.
Em 1850 nós publicamos o Advent Review, o predecessor do Review and
Herald. O primeiro número começa assim:
     "Nosso desígnio nessa revista é de animar e refrescar a verdadeiro
crente, mostrando o cumprimento da profecia no trabalho maravilhoso do
passado de Deus ao chamar e separar do mundo e da igreja nominal, um
povo que está olhando para o segundo advento do querido Salvador." –
Advent Review, vol. 1, pág. 1.

     Em outras palavras, nossos pioneiros adventistas do sétimo dia
neste Advent Review estavam elogiando o assim chamado movimento
Milerita. Eles então procederam a combater aqueles "adventistas" que
negavam a direção de Deus nele:
Escatologia Bíblica                                                     10
      "Ao recapitularmos a passado, nós citaremos muito dos escritos dos
dirigentes na causa do advento (Milerismo) e demonstraremos que eles no
passado advogavam ousadamente e publicavam para a mundo, a mesma
posição, relativa ao cumprimento da profecia nos grandes movimentos
diretores do Advento em nossa experiência passada, que nós ocupamos
agora; e que quando a hoste do advento esteve toda unida em 1844, eles
olhavam sobre entes movimentos na mesma luz em que nós as vemos hoje,
e assim demonstramos quem abandonou a fé original. – Ibid. (ênfase deles)

     Em vez dia procurarem apagar sua relação com o movimento
Milerita, nossos pioneiros ousadamente declaravam que eles eram
aqueles que estavam mantendo a fé original. Este número da Advent
Review está quase cheio com artigos de dirigentes Mileritas, reimpressos
de Jornais Mileritas do começo de 1840. Dois membros da "comissão
publicadora" que publicou este Advent Review foram Tiago White e Hirã
Edson. A capa apresenta o que segue em tipos especiais: "O Advent
Review, Contendo Testemunhos Excitantes, Escritos no Espírito Santo,
por muitos das Dirigentes na causa do Segundo Advento, Mostrando Sua
Origem e Progresso Divinas". Abaixo estava uma linha da Escritura:
"Chame à lembrança os Dias Passados".

                      Dirigentes Posteriores Falam

    E qual é o testemunho de nossos pioneiros do Sétimo Dia nos anos
que sucederam? É claro? Tiago White num editorial na Review and
Herald de 1833 declarou:
      "Nós reconhecemos que estamos desapontados, e então não
entendiam o evento a ocorrer no fim dos dias; porém, nós afirmamos que
isto não afeta na mínima a evidência da vinda imediata de Cristo." – Review
and Herald, 17 de fevereiro de 1853, p. 156.

    Nossos pioneiros jamais falavam de outros que estivessem
desapontados em 1844. Eles sempre diziam, "Nós ficamos
desapontados".
Escatologia Bíblica                                          11
    Um editorial da mesma pena no Review and Herald de abril de
1854, anunciou:
     “Nós declaramos que nos mantemos na fé do advento original....
Quanto às grandes doutrinas fundamentais ensinadas por Guilherme Miller,
nós não vemos nenhuma razão para mudar nossas concepções...
     "Enquanto o Advent Review ocupa sua presente posição, deve-se
esperar que suas colunas serão enriquecidas com artigos inspirados sobre o
segundo advento das penas de Guilherme Miller, Litch, Fitch, Hale, Storrs, e
outros escritos já a dez ou doze anos." – pág. 101.

    Em 1867 o Review and Herald continha um editorial de Urias
Smith que descrevia um dos objetivos para a publicação desta revista
semanal da igreja:
     "Um de seus objetivos especiais é uma recapitulação do grande
movimento do advento passado, isto é, o movimento antes do
desapontamento em outubro de 18441. Que adventista que participou
daquele movimento pode olhar para trás não se rejubilará de alegria, e pode
senão desejar por manifestação do Espírito de Deus, em poder igual, em
conexão com o trabalho agora? E coma pode uma pessoa possivelmente
entrar com algum entusiasmo sobre as novas teorias e esquemas
imaginados desde 1844, que o abrigam a abandonar todo o trabalha prévio
àquele tempo, ou como errôneo ou prematuro? Se Deus não esteve no
trabalho então dir-nos-á qualquer adventista em que tempo Ele esteve nele
desde então?...
     "Nós não podemos ser agradecidos demais que nós não fomos
abandonados para escorregarmos do fundamento tão solidamente posto em
1844 para o movimento do advento destes últimos dias... Toda a teoria do
advento que foi imaginado, que ignore o trabalho passado, é um castelo no
ar, uma pirâmide sem uma base, um edifício sem um fundamento." Review
and Herald, 17 de Dezembro de 1867, pág. 8.

     Em 1877 o livro de Urias Smith, O Santuário, foi publicado. Neste
ele declarou:
     "A geração presente viu um movimento religioso tal como nenhuma
outra geração jamais testemunhou; uma agitação mundial do assunto da
segunda vinda de Cristo, chamando a centena de milhares de crentes na
Escatologia Bíblica                                                    12
doutrina. O tempo tem continuado; e sob o nome de Milerismo agora recebe
o escárnio leviano das multidões descuidadas." – The Sanctuary, p. 13.
      "O grande movimento do advento de 1840-1844... fez parte da ordem e
propósito de Deus. Ele portanto deve ainda ser um povo na terra como
resultado daquele movimento. Ele ainda deve ser uma verdade entre os
homens levando alguma relação daquele grande trabalho, e deve haver
alguma explanação correta do grande desapontamento ligado com aquele
movimento". – Ibid., p. 21.

     Adiante na mesma obra existe um capítulo intitulado "A fé Original
do Advento" que discute o ponto em estudo que fora debatido com
intensidade entre adventistas do sétimo dia e adventistas do primeiro dia:
     "Os adventistas do sétimo dia são às vezes acusados como sendo um
mero trato do movimento da advento, seguidores de conclusões laterais e
recém-criadas pretensões. Nós declaramos, e o demonstraremos, que nós
somos os únicos que aderimos aos princípios originais de interpretação
sobre os quais todo o movimento do advento se baseava, e que somos os
únicos que estamos seguindo aquele movimento a seus resultados e
conclusões lógicos". – Ibid., p. 1020.

     Em 1885 George I. Butler, então presidente da Associação Geral,
escreveu uma série de artigos para o Review and Herald sob o título
geral "Experiência do Advento"; Ele começou assim:
      "Os velhos Adventistas de '44 estão rapidamente desaparecendo. Só
um pequeno punhado permanece entre nós. A massa de nosso povo não é
pessoalmente conhecedor dos fatos relacionadas com o passar do tempo
(em 22 de outubro de 1844). O curto período de confusão que seguiu antes
do surgimento da mensagem do terceiro anjo, e os eventos ligados com sua
história inicial. Não obstante existem fatos do mais profundo interesse
ligados com este período interessante, que tem uma conexão vital com
nosso trabalho presente. Esta mensagem está ligada com toda aquela
experiência por laços indissolúveis."

     No fim do ano de 1890 Urias Smith começou uma série de
editoriais no Review and Herald sob o título geral "A Origem e a
Escatologia Bíblica                                                 13
História da Mensagem do Terceiro Anjo". Ele falava do "grande
movimento do advento da presente geração" "movimento que tem
progredido em mais de meio século". Ele declarou que um movimento
que mantém um tão importante lugar na obra de Deus, e está destinado a
se fazer sentir tão profundamente no mundo religioso, deve ter muitos
incidentes interessantes ligados com seu desenvolvimento e progresso".
Então ele adiciona imediatamente:
     "Guilherme Miller, de Law Hampton, Nova York, foi o homem que na
providência de Deus, foi provido para dirigir neste trabalho... Não foi senão
em 1831 que ele manifestou publicamente sua opinião.. O ano de 1831 pode
portanto ser estabelecido como o ano quando a primeira mensagem
angélica começou a ser proclamada." – Review and Herald, 16 de dezembro
de 1890, p. 7760

    Este é o testemunho dos pioneiros para o primeiro meio século de
nosso movimento, e pode alguém, estar melhor qualificado que eles?
Aquele testemunho é claro e permite somente uma conclusão.

                        Exame do Segundo Ponto

     A relação dos adventistas do sétimo dia para com o movimento
Milerita torna-se ainda mais evidente, se isto fosse possível, quando nós
examinamos o segundo ponto; isto é, que nós precisamos crer numa
íntima relação entre nós mesmos e o Milerismo a fim de achar uma
explicação de certas declarações proféticas e a fim de provar que o
movimento Adventista do Sétimo Dia é o último movimento de Deus no
mundo. Logo após 1844 alguns Adventistas do Primeiro Dia começaram
a duvidar da genuinidade de sua "experiência" de 1844. Nossos pioneiros
adventistas do sétimo dia argüiam que fazer isto importava em remover
os fatos históricos sobre os quais certas profecias dependiam como prova
de seu cumprimento. Tiago White disse em 1849:
      "Se nós negarmos a nossa santa experiência nos grandes movimentos
dirigentes, no passado, tal como a proclamação do tempo em 1843 e 1844,
Escatologia Bíblica                                                      14
então nós não podemos demonstrar o cumprimento daquelas profecias
relacionadas àqueles movimentos. Portanto, aqueles que negaram sua
experiência passada, enquanto seguiam a Deus e a Sua Santa Palavra,
negaram ou mal aplicaram uma porção da Palavra segura." – Present Truth,
Dezembro de 1849.

     Agora, não é possível para nós hoje "negar" uma "experiência" de
1844. Nós ainda não tínhamos nascido. Mas quando nós procuramos nos
desassociar daquela."experiência" não vamos nós tão longe quanto é
possível para não irmos negando a "experiência" e não enfraquecemos
nós a conexão entre a profecia e seu cumprimento? É um fato
interessante que uma das primeiras produções da pena de um pioneiro
adventista do Sétima Dia – Marcos Quilométricos e Altos Montões do
Segundo Advento, escrito por José Bates em 1847 procurou estabelecer a
fé do "pequeno rebanho", por mostrar o cumprimento de certas profecias
em conexão com o movimento Milerita. Diz ele:
      "O desígnio do autor das seguintes páginas o de fortalecer e encorajar
os sinceros de coração, ao humilde povo de Deus, que esteve e ainda estão,
dispostos a guardar os mandamentos de Deus e o testemunho de Jesus, de
manterem Sua experiência passada, na corrente conexa dos eventos
maravilhosos e o cumprimento da profecia, que foram se desenvolvendo
durante as sete pragas." - pág. 2.

                      Certas Profecias Cumpridas

     Desde aquele tempo em diante os pioneiros adventistas do sétimo
dia procuraram mostrar a direção divina no movimento Milerita e a
relação dos Adventistas da Sétima Dia para com aquele movimento por
se referirem a certas profecias.
     1º - A Visão de Habacuque 2:2,3. Esta foi a ordem profética de
"escrever a visão, grava-a sobre tábuas" cumulada à declaração que a
"visão ainda está para cumprir no tempo determinado", que "se apressa
para o fim, e não falhará; se tardar, espera-o". Os mileritas criam que a
Escatologia Bíblica                                                     15
publicação de seus mapas proféticos em 1842 cumpriram a primeira
parte deste texto. Eles criam que a passagem da primeira data marcada
para a Advento (o ano Judaico de 1843 que terminava na primavera de
A.D, 1844) foi seguida pelo "tardar" da visão, e que a data final de 22 de
outubro de 1844, cumpriria a predição, "se apressa para a fim, e não
falhará".
     Comentando esta profecia, Tiago White em 1850 declarou: "Se a
visão não falou no outono de 1844, então ela jamais falou, e jamais
falará". Ele firmemente acreditou que Habacuque 2:2,3 se cumpriu da
maneira coma os Mileritas a pregavam. A Sra. White aplica a profecia da
mesma maneira. (veja Testimonies, vol. 1, p. 52; Primeiros Escritos, p.
236.)

     2º - A Parábola das Dez Virgens. os mileritas criam que esta
parábola, que também é uma profecia, tinha a sua aplicação e
cumprimento em 1844. A "demora" do noivo eles entendiam como
sendo o tempo entre sua primeira expectativa da vinda de Crista (no fim
do ano Judaico de 1843, isto é, na primavera de 1844) e o verdadeiro
tempo do cumprimento da profecia dos 2.300 dias a 22 de Outubro de
1844. Eles entenderam a declaração Escriturística, "A meia noite se
ouviu um clamar", de ser o sonido da verdadeira mensagem como o fim
da profecia dos 2.300 dias, que começou a ser ouvida no verão de 1844.
De fato as próprias palavras da parábola foram usadas: "Eis o noivo! Saí
ao seu encontro".
     Os pioneiros adventistas do sétimo dia continuavam a crer que esta
parábola e profecia cumpriu-se em 1844 (veja por exemplo, O Conflito
dos Séculos, pp. 393-398; Thoughts on Daniel and the Revelation, p.
640.) Em sua primeira visão a Sra. White descreveu a "Luz brilhante
posta" na começo da vereda" rumo ao reino, como "o clamor da meia-
noite". – Primeiros Escritos, p. 14.
Escatologia Bíblica                                                   16
     3º - A Profecia de Apocalipse 3:1-10. Os adventistas do sétimo dia
têm consistentemente tomado a posição que o movimento Milerita
preenche o cumprimento desta profecia. A igreja de Filadélfia alcançou
seu clímax mo grupo "que recebeu a mensagem do advento até outono
de 1844, quando "todos os corações batiam em uníssono" e "egoísmo e
cobiça, foram postos de lado" – Thoughts in Daniel and the Revelation,
p. 395. A porta fechada e a porta aberta daquela profecia nós entendemos
que signifiquem o fechamento da porta do primeiro compartimento e a
abertura da porta do segundo compartimento no santuário celestial a 22
de outubro de 1844. (veja Conflito dos Séculos, p. 430). Obviamente nós
não podemos aplicar esta profecia à igreja de Filadélfia a não ser que
creiamos que o movimento Milerita de fato era de Deus e apresentava
aquele estado de "amor fraternal" requerido pelo símbolo.

     4º - A Profecia de Apocalipse 10: o anjo com um pequeno livro em
sua mão. Esta profecia pode ser entendida somente em termos do
desapontamento Milerita. Nossa crença denominacional é a de que a
doçura da Esperança em 1844, contrastada à amargura depois do
desapontamento, cumpriu a profecia a respeito do pequeno livro ser doce
na boca mas amargo no ventre. A declaração, "ainda profetizes a
respeito", nós entendemos como predição da pregação da mensagem do
terceiro anjo. (veja Thoughts in Daniel and the Revelation, pp. 527, 528).

     5º - A seqüência das três Mensagens Angélicas de Apoc. 14:6-12.
Esta profecia nos amarra ao movimento Milerita de uma maneira como
nenhuma outra faz. Em primeiro lugar nós mantemos que o anjo de
Apocalipse 10 é idêntico com a do primeiro anjo de Apocalipse 14." –
Ibidem pág. 521. Em seguida nós cremos que a mensagem do primeiro
anjo de Apoc. 14 teve o seu mais completo cumprimento "na pregação
de Miller e seus as associados. (Conflito, p. 368). Nós cremos
igualmente que a segunda mensagem começou a ser ouvida quando os
Escatologia Bíblica                                                  17
pregadores Mileritas apelavam aos crentes do Advento de sair das
igrejas. (Ibid. p. 389).
     Nós cremos que a mensagem do terceiro anjo começou a ser ouvida
logo após o desapontamento em 1844 sob a pregação das pioneiros dos
adventistas do sétimo dia. Mas nós também cremos que a terceira
"seguiu-os, não para invalidá-las, mas somente para unir-se com elas". -
Thoughts in Daniel and the Revelation, p. 664.
     Portanto nós temos realmente uma mensagem tríplice para o
mundo. Esta é uma só teologia Adventista do Sétimo Dia. Mas sendo
que isto é assim, nós somos hoje, as pregadores de uma mensagem que
constitui o coração e a essência da pregação Milerita, adicionando-lhe
uma terceira mensagem e verdades relacionadas. Como poderíamos estar
mais intimamente ligados com o Milerismo? Falando das três mensagens
de Apocalipse 14, Tiago White disse:
     "A verdade e o trabalho de Deus neste movimento, começando com as
trabalhos de Guilherme Miller, e alcançando a fim das provas, é ilustrado par
estes três anjos... Estes anjos ilustram as três grandes divisões da
movimento genuíno...
     "Os Adventistas da Sétimo Dia asseguram o grande movimento do
Advento (de 1844), portanto, têm utilidade para as mensagens. Eles não
podem poupar estes elos na corrente dourada da verdade, que ligam o
passado com o presente e o futuro, a mostram uma bela harmonia no
grande total.
     "Eu o repito. As três mensagens (angélicas) simbolizam as três partes
do movimenta genuíno." – Life Incidents, pp. 3fi6, 307.
     Isto está de acordo com a citação da Sra. White com respeito "as
três mensagens angélicas de Apocalipse 14. "Todos estão unidos.", ela
declara. (veja Testimonies, vol. 6, pág. 17).
     A inevitável conclusão disto é melhor expresso nas palavras de
George I. Butler. Comparando a experiência de 1844 com a nossa, ele
diz:
     "Se a experiência do advento não foi de Deus, isto não pode sar. Se
aquilo foi um movimento fanático, este tem que sê-lo também. Mas se a
primeira mensagem foi um movimento profético verdadeiro, este certamente
Escatologia Bíblica                                                    18
o é também. A mensagem dos "três anjos" constitui apenas uma série. Eles
se mantêm de pé ou caem juntos." – Review and Herald, 10 de fevereiro de
1885, p. 89. (veja também sua declaração sobre a interligação das três
mensagens em Review and Herald, 14 de abril de 1185, p. 233.)

     A luz das fatos históricas precedentes e as declarações proféticas,
certamente sã uma conclusão é possível: os adventistas do sétimo dia são
uma extensão lógica e um desenvolvimento direto do movimento
profético levantado por Deus na América nas primeiras décadas do
século dezenove e conhecidos geralmente como Milerismo.

                       Exame do Terceiro Ponto

     Nós chegamos agora ao terceiro ponto: Que o estuda do Milerismo
iluminará nossa própria fé na imagem divina e liderança do movimento
adventista da Sétimo Dia e proverá uma resposta totalmente satisfatória
às acusações difamatórias feitas pelas inimigas da verdade por cem anos.
     Como já foi citado, o Pastor Butler declarou: "Se o movimento
Milerita foi um movimento fanático, este deve sê-lo também. Mas se a
primeira mensagem foi um movimento profético, este certamente o é."
Esta declaração não somente nos liga ao Milerismo; torna imperativo
que saibamos a verdade a respeito do movimento. Nossos pioneiros
sentiram isto completamente. Isto explica porque o Review and Herald
apresentou muitos artigos pelos anos em defesa de Miller e o movimento
do Advento dos inícios de 1840. Estes artigos são militantes e
específicos. Veja esta declaração típica de George I. Butler:
      "Não houve "vestimentas de ascensão" ou quaisquer loucuras...
Durante a noite quando a tempo passou houve reuniões durante toda a
noite. Houve uns ajuntamentos de canalha embriagados uivando alto ao
redor, tornando a noite horrível. Mas os crentes oravam muito seriamente a
Deus para guardá-los, protegê-los e salvá-los". – Review and Herald, 17 de
fevereiro de 1885, pp, 105, 106.
Escatologia Bíblica                                                      19
      As mais ridículas e tolas histórias a respeito dos adventistas foram
disseminadas, e narradas tão confidencialmente que muitos creram nelas.
Foi aí que surgiu e se originou a história das "vestimentas de
ascensão".... Jamais houve uma mentira mais ridícula e vergonhosa". –
Ibid, 24 de fevereiro de 1885, p. 1210.

                   A Sra. White defende os Mileritas

     A Sra. White freqüentemente se referiu ao reavivamento do espírito
que procedia de lembrar os dias passados do movimento do advento.
Mas ela escreveu mais especificamente em defesa dos Mileritas contra as
acusações de fanatismo. Ela mesmo sofrera sob estas acusações, pois ela
foi uma Milerita. No Grande Conflito, começando com o capítulo 18,
"Luz Para os Nossos Dias", ela devota vários capítulos à discussão de
Miller e o despertamento do Advento no século 19, particularmente a
movimento na América. Não há nada vago em seus escritos. Foi o
seguinte que ela disse, em parte, para enfrentar a acusação de fanatismo
lançado contra Miller e seus associados:
      “Nos dias da Reforma, os inimigos desta atribuíam todos os males do
fanatismo aos mesmos que estavam a trabalhar com todo o afã para
combatê-lo. Idêntico proceder adotaram os oponentes do movimento
adventista. E não contentes com torcer e exagerar os erros dos extremistas
e fanáticos, faziam circular boatos desfavoráveis que não tinham os mais
leves traços de verdade. ...
      “De todos os grandes movimentos religiosos desde os dias dos
apóstolos, nenhum foi mais livre de imperfeições humanas e dos enganos de
Satanás do que o do outono de 1844. Mesmo hoje, depois de transcorridos
muitos anos, todos os que participaram do movimento e que permanecem
firmes na plataforma da verdade, ainda sentem a santa influência daquela
obra abençoada, e dão testemunho de que ela foi de Deus.
      “Miller e seus companheiros cumpriram a profecia e proclamaram a
mensagem que a Inspiração predissera, mas não o teriam feito se tivessem
compreendido completamente as profecias que indicavam o seu
Escatologia Bíblica                                                   20
desapontamento e outra mensagem a ser pregada a todas as nações antes
que o Senhor viesse.” – O Grande Conflito, pág. 397, 402, 405.

      A negativa vigorosa da Sra. White contra falsas acusações contra os
Mileritas está em completa harmonia com o testemunho unido de todos
os pioneiros. Ela sentiu muita claramente que seria uma tolice elogiar
Miller e seu trabalho como de Deus, e de afirmar que os adventistas do
sétimo dia surgiram do Milerismo, sem procurar libertar a mente do
leitor das loucas acusações contra os Mileritas.
      O que a Sra. White da experiência pessoal e através de inspiração
podia dizer categoricamente negando as acusações de fanatismo, nós
hoje podemos dizer se quisermos tornar o tempo para examinar as fontes
históricas. Nenhuma declaração mais certa jamais foi feita de que muitas
histórias circulavam sobre Mileritas "que não tinham a mais leve
semelhança da verdade". Ninguém precisa ler muito nos relatórios
originais sem chegar à conclusão que a mais inconsciente companhia de
calúnia e engano foi feita contra os crentes do advento. Nós devíamos ter
sabido de antemão que havia pouca verdade nas histórias fanáticas, pois
aí está a declaração devastadora da Sra. White. Mas quase dominador é o
poder das rumores, insinuações, e das falsas histórias. Parecem ser tão
plausíveis. A mera repetição delas parece dar-lhes o que lhes faltava
originalmente, a indicação de autoridade. E, podemos muito bem
confessar – eles quase enganaram a alguns dos eleitos.
      Sem dúvida é conveniente que tenhamos uma resposta pronta para
estas falsas histórias. Cada enciclopédia, de fato quase cada obra de
referência, declara que nós saímos do movimento do Advento de Miller
de 1840, e por inferência, se não diretamente, liga-nas com o alegado
fanatismo do movimento. Mas apropriado como possa ser para nós
termos uma resposta pronta, esta não é a razão porque os Adventistas
deviam conhecer a verdade sobre o Milerismo. Existe uma razão mais
importante. Nós precisamos conhecer a verdade a respeito daquele
movimento para conservar nossos próprios pensamentos limpos e nossa
Escatologia Bíblica                                                21
própria fé firme na origem divina do presente movimenta do qual somos
uma parte.

                        Exame do Quarto Ponto

     Nós chegamos agora ao ponto quatro: o fato de sermos oriundos do
movimento Milerita não requer que nós subscrevamos os pontos de vista
individuais que podem ter sido mantidos por qualquer Milerita. Nem
sequer que nós minimizamos em qualquer grau a significação dos
ensinos distintos desenvolvidos sob a mensagem do terceiro anjo, mas
antes o contrário.
     Seria muito errado pensar dos adventistas do sétimo dia como
estando limitados em sua ordem de doutrinas por causa de sua relação
com o Milerismo. Nem se exige qualquer conclusão tal pelo fato de
nossa conexão histórica. Um editorial no Review em 1854 torna isto
claro:
      “Nós não temos nenhuma idéia que Guilherme Miller possuía toda a luz
em cada ponto. A vereda do justo devia brilhar mais e mais até que o dia
perfeito viesse. Ele lançou torrente de luz sobre as profecias; mas o assunto
do santuário devia ser revelado ao rebanho que aguardava, no período da
terceira mensagem...
      "Quanto às grandes doutrinas fundamentais ensinadas por Guilherme
Miller, nós não vemos razão para mudarmos nossa concepção. Nós
reivindicamos toda a luz do tempo passado sobre este tema glorioso, e
achamos que seja o céu. E nós alegres permitimos a providência de Deus, e
ao claro testemunho da Bíblia corrigir a nossa concepção sobre o santuário,
e dar-nas um mais harmonioso sistema de verdades, e uma base mais firme
de fé." – Review and Herald, 18 de abril, 1854, pp. 100, 101.

     Devia ser lembrado que Miller jantais procurou criar uma nova
denominação com uma declaração de credo em toda doutrina. Antes, ele
considerava o movimento do Advento como um apelo para estudar e crer
a grande verdade, a volta pessoal e breve de Cristo, no ambiente de
certas profecias. O milerismo não fui uma denominação, não era
Escatologia Bíblica                                                   22
sinônimo de um credo. O fato precisa ser conservado claro em nossas
mentes. As crenças individuais dos diversos pregadores ou leigos – eles
eram virtualmente de todas as persuasões religiosas – podem ter colorido
o pensar de tais pessoas, mas estas não davam ao movimento sua cor
real. A verdadeira cor do movimento foi a do dourado alarido da manhã
do Advento Foi um movimento do Advento – um movimento cujo
caráter distinto resultava do seu ambiente profético. Nós nunca devíamos
esquecer que o próprio Milerismo estava preocupado primeiro com o
propósito, maneira, e tempo do advento.

                       A Essência do Milerismo

     Quando o movimento chegou ao seu clímax em 1844, o chamado
para sair das igrejas tornou-se forte e claro. Este chamado serviu para
fazer o Milerismo aparecer mais claramente dos outros grupos religiosos.
Assim o movimento chegou a seu clímax no dia 22 de outubro de 1844,
com uma grande verdade distinguindo-o, a hora do juízo de Deus às
mãos, a primeira mensagem angélica; e com um chamado separador de
sair da Babilônia, a segunda mensagem angélica. Qualquer coisa além
disto não é da essência do Milerismo. Por exemplo, quando um
preeminente Milerita, George Storrs, Apresentou seu ponto de vista
sobre a natureza do homem – pontos estes que tanto nós e os dirigentes
do Adventismo do primeiro dia cremos hoje – Miller e a maioria de seus
associados se opôs à doutrina tanto por serem estranhos ao singelo
propósito do movimento como por serem, como pensavam, errôneos.
     Se mantivermos na mente este fato histórico facilmente
estabelecido que o movimento de Miller foi um grande despertamento
sobre uma verdade central no ambiente de certas profecias, e portanto
em cumprimento da profecia, não temos nenhuma dificuldade em
compreender como os pioneiros dos adventistas do sétimo dia podiam
escrever tão claramente como o fizeram com relação de nossa conexão
com eles, enquanto ao mesmo tempo mantendo que Deus dera aos
Escatologia Bíblica                                                  23
adventistas do sétimo dia certas verdades não entendidas nem pregadas
no movimento Milerita. Nossos pioneiros adventistas do sétimo dia viam
um significado no trabalho que se formava sob suas humildes pregações
depois de 1844, primeiro e principalmente porque eles criam que era o
cumprimento da terceira mensagem angélica – a terceira numa série
ligada divinamente. Eles viam a muito distinta doutrina do sábado do
sétimo dia, por exemplo, no ambiente daquela terceira mensagem
angélica, e declararam que somente naquele ambiente podia a força real
da doutrina ser compreendida nestes últimos dias.

                    Para Cima na Luz Crescente

     A mensagem tríplice, que começou como uma pregação fervorosa
daquela única verdade central do Segundo Advento pessoal, e que em
seguida chamou os homens a sair de Babilônia, assumiu sua completa
dimensão sob a mensagem do terceiro anjo, coma uma reforma em todos
os assuntos de doutrina e vida na preparação para o Advento. Isto
concorda com o plano que Deus seguiu em todos os tempos, dirigindo
homens â frente em luz crescente.
     O interesse despertado no estudo da Bíblia, particularmente das
profecias, sob a mensagem do primeiro anjo, colocou os homens em uma
posição ideal para Deus lhes dar iluminação. A separação das igrejas os
livrou do empecilho que tantas vezes impede os homens de aceitar nova
luz, o temor do que os seus associados na igreja pensariam. Desta
maneira Deus preparou homens para a mensagem do terceiro anjo.
Examinando fervorosamente as Escrituras, certos que Deus os dirigia até
aí, e desejando seguir adiante em novas verdades, nossos pioneiros
adventistas do sétimo dia procuraram a Deus com alto clamor e lágrimas.
A Sra. White conta das muitas vezes que se reuniam para estudar a
Bíblia e para orar. "Às vezes toda a noite era despendida em solene
investigação das Escrituras, para que pudéssemos compreender a verdade
para nosso tempo". – Christian Experience and Teachings, p. 193.
Escatologia Bíblica                                                  24
     A luz veio, a verdade desdobrou-se com tal estudo e também sob o
ímpeto do Espírito de Profecia, um dom dado em cumprimento da
profecia. Em breve o completo significado da mensagem do terceiro anjo
rompeu sabre os nossos pioneiros, e juntamente com isto veia uma
compreensão de outras verdades que tinham sido ou negligenciadas ou
distorcidas pelos séculos. O movimento do Advento assim desenvolveu
em sua forma final para preparar um povo preparada a encontrar seu
Deus. Mas, como as declarações de nossos pioneiros tornam
transparentemente claro, esta fase final do movimento do Advento para
os últimos dias foi sempre vista por eles como o desenvolvimento lógico
e profético de um trabalho começado por Deus quando Ele despertou
homens para pregar a primeira mensagem angélica.

                        Ficai Firmes no Registro

     O registro histórico e o testemunho de nossos pioneiros adventistas
do sétimo dia não deixam margem a uma possível dúvida concernente a
nossa origem e a honorabilidade e significação profética desta origem.
Nós precisamos firmarmo-nos por esse registro e testemunho. Para agir
de outra maneira – dar crédito a histórias tolas sobre os Mileritas, e então
procurar de separar nosso movimento do Milerismo para escapar às
manchas das histórias – desmentiria o testemunho de nossos próprios
pioneiros, sem dizer nada dos fatos evidentes da história. Ainda mais
importante, isto removeria dos adventistas do sétimo dia sua validação
profética. É – marcar isto bem – também sujaria os bons nomes de
nossos pioneiros adventistas do sétimo dia – pois eles foram Mileritas,
como George I. Butler disse bem: "Se aquele (movimento de Miller) foi
um movimento fanático esse deve sê-lo também". – Review and Herald,
10 de fevereiro de 1885, p. 89. E como Urias Smith declarou
enfaticamente: "Toda a teoria do Advento que foi preparada, que ignore
o trabalho passado" (do então harmonioso corpo de crentes Adventistas)
"antes de 22 de outubro de 1844), é um castelo no ar, uma pirâmide sem
Escatologia Bíblica                                                25
base, um edifício sem um fundamento". – Ibid, 17 de Dezembro de 1867,
p. 8. E o que seria senão ignorar "o trabalho passado" se procurarmos
nos desassociar dele?
     Certamente aqui se aplica a admoestação da mensageira de Deus,
que, depois de "rever nossa história passada" dos dias mileritas em
diante, declarou: "Nada temos que temer do futuro, exceto que nos
esqueçamos da maneira que o Senhor nos guiou, e seus ensinos em nossa
história passada." – Life Sketches, p, 196.
     (Prova para apoiar os pontos cinco, seis e sete é oferecida sob
"Second Advent" Objections, pp. 261-275.)

     Nota: Os Adventistas do Sétimo Dia e o Despertamento do
     Advento em Outros Países
     Alguém poderá perguntar: Não é verdade que o despertamento do
Advento era muito mais vasto do que o Milerismo na América, e não
deveríamos nós colocar antes os adventistas do sétimo dia no ambiente
daquele movimenta maior? Inquestionavelmente, o despertamento não se
confinou a um país. A sra. White explica isto em O Grande Conflito. Ela
descreve o interesse no Advento que se desenvolveu em vários países,
em maior ou menor grau, e provavelmente mais na Inglaterra que em
outros países continentais. Mas deste trabalho na Inglaterra ela escreve:
     “O movimento ali não tomou forma definida como na América do
Norte; o tempo exato do advento não era geralmente tão ensinado.” – O
Grande Conflito, p. 362. Ela acrescenta que a data de 1844 para o
Advento foi ensinado, explicando que um inglês, Robert Winter, "que
recebera na América do Norte a fé do advento, voltou a seu país natal
para anunciar a vinda do Senhor", os Mileritas muitas vezes falavam da
disseminação de sua convicção profética aos vastos cantos da Terra,
especialmente pela literatura. Depois de descrever a pregação do
Advento em outros países, a Sra. White continua:
     “A Guilherme Miller e seus cooperadores coube a pregação desta
advertência na América do Norte. Este país se tornou o centro da grande
Escatologia Bíblica                                                    26
obra do advento. Foi aqui que a profecia da mensagem do primeiro anjo teve
o cumprimento mais direto. Os escritos de Miller e seus companheiros foram
levados a países distantes.”
      “A mensagem do segundo anjo de Apocalipse, capítulo 14, foi
primeiramente pregada no verão de 1844, e teve naquele tempo uma
aplicação mais direta às igrejas dos Estados Unidos, onde a advertência do
juízo tinha sido mais amplamente proclamada.” – Idem, 368, 389.
     Ainda mais, e muito importante, a pregação em outros países não
tem os detalhes históricos que calham especificamente na maioria das
declarações proféticas que estivemos considerando. Por exemplo, a
profecia de Habacuque 2:2,3 encontrou seu cumprimento exato somente
nos eventos do movimento Milerita. O mesmo é verdadeiro da parábola
e da profecia das dez virgens, o tempo da demora, o clamor da meia-
noite. O focalizarem a data de 22 de outubro de 1844, como o fim da
profecia dos 2.300 dias, pertenciam ao movimento de Miller. A profecia
do livro pequeno, primeiro doce depois amargo, aplica-se
especificamente ao movimento do Advento como encontrado na
América. Finalmente, como a Sra. White afirma, a primeira e segunda
mensagens angélicas encontraram seu mais completo "cumprimento" e
aplicação na América.
     É absolutamente apropriada para nós de vermos o adventismo do
sétimo dia no molde geral do despertamento do advento em vários
países. Se Deus é a fonte do despertamento espiritual, porque não
deveríamos nós aguardar que Ele despertaria corações individuais em
muitos países como o fim de todo o tempo profético se aproximasse?
Mas, o fato de que existe propriamente um ambiente geral para o
surgimento dos adventistas do sétimo dia não diminui de qualquer
maneira o fato que existe um ambiente específico para o nosso
surgimento, e este ambiente é o movimento do Advento na América
chamado Milerismo. Nós sempre cremos e pregamos, como vitais para a
significação profética de nosso movimento, que ele apareceu no tempo
específico em cumprimento de profecias específicas. Somente no
Escatologia Bíblica                                                  27
Milerismo estão especificações precisas e completamente cumpridas.
Este é o testemunho unido de nossos pioneiros adventistas do sétimo dia.
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      A CONDIÇÃO HISTÓRICA DO MOVIMENTO DO
                     ADVENTO

     Através de toda a nossa história as três mensagens angélicas têm
sido o centro de nossas pregações. Como Tiago White declarou:
      "A Verdade e o Trabalho de Deus neste movimento, começando com
os trabalhos de Guilherme Miller, e alcançando o fim do período de
provação, é ilustraria por estes três anjos.... Estes anjos ilustram as três
divisões do movimento genuíno...
      "Os adventistas do sétimo dia mantêm o grande movimento do Advento
(de 1844), portanto têm utilidade nas mensagens.... Eles não podem deixar
de usar estes anéis na corrente dourada da cidade, que une o passado com
o presente e o futuro, e mostram uma linda harmonia no conjunto total.
      "Eu o repito, as três mensagens (angélicas), simbolizam as três fontes
do movimento genuíno."

      Para compreender corretamente e avaliar o movimento do Advento
e sua distinta mensagem tríplice, nós devemos estudá-la não somente
em sua relação para com o mundo todo em nosso redor mas também em
relação à espécie de mundo que o precedeu. Portanto esta referência se
inicia com um relatório do período precedente ao movimento do
Adventismo.

           As Grandes Revoluções do Décimo Sexto Século

      A linha divisória entre o mundo medieval e o moderno, sob o efeito
religioso, foi a Reforma Protestante do décimo sexto século. É o
acontecimento mais importante (Ellen. G. White, 55, Life Incidents,
(1868, ed.), pp. 306, 307), que sem dúvida, foi a nova compreensão
sobre a fonte de autoridade religiosa. Os Reformadores Protestantes
disseram que as Escrituras, não a igreja, são a fonte verdadeira.
      Naqueles anos de início do século ocorreu também uma revolução
científica. Copérnico, conhecido como o pai da moderna astronomia, foi
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um contemporâneo de Lutero. Foi ele o primeiro homem que começou
claramente a formular a verdadeira teoria da operação dos corpos
celestiais. Até aí a Terra tinha sido considerada como o centro do
universo, os homens criam que o sol, a lua e as estrelas se moviam ao
redor da Terra. A primeira relação para com a teoria de Copérnico, foi
que ela faz com que este mundo, e o homem, parecessem muito sem
importância. Os historiadores da ciência falam da revolução de
Copérnico, tão grande foi o transtorno causado pelas novas idéias
científicas. Nós veremos imediatamente que o pensamento científico,
começou a influir sobre o pensamento religioso, no princípio colorindo-o
e então dominando-o.
      Ao se iniciar o décimo sétimo século, ouviu-se a voz de Galileu, um
dos fundadores da moderna ciência experimental. A idéia da experiência
nos parece tão comum, mas em seus dias era nova e revolucionária. O
método de estabelecer a verdade de qualquer ponto de vista, tinha
anteriormente sido por um exame de proposições filosóficas e por
deduções lógicas. Mas Galileu partiu da teoria de que o único meio de
ter a certeza de que uma proposição é carta, foi a de verificá-la contra as
evidências dos nossos cinco sentidos . esta base primária do mundo
científico moderno aqui nos interessa porque ela gradualmente também
veio a ser usada no âmbito religioso.
      A revolução religiosa não ficou confinada ao campo religioso e
científico. Na primeira parte do décimo sétimo século viveu Descartes,
pai da filosofia moderna, que rompeu com a filosofia da Idade Média,
começando com a premissa maior da dúvida, em vez da fé e da crença.
Desta maneira o ceticismo tornou-se dominante no campo da filosofia.
Quando nos lembramos que através de todas as filosofias e da teologia
do período medieval tinham estado interligadas, bem como ainda estão
entrelaçadas no pensamento católico nós podemos ver quão grande foi a
revolução no mundo filosófico.
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        O Décimo Oitavo Século Marcado pelo Racionalismo

     A próxima grande figura que desponta na área do pensamento
científico, foi Sir Isaac Newton, que morreu em 1727. Cabe-lhe o crédito
pela formulação detalhada das leis da mecânica celeste. Pela primeira
vez apresentou-se em maneira formal não somente as moções de todos
os corpos celestes mas também as leis para explicar estas moções. Todo
o universo ficou parecido com uma vasta maquina que operasse
ritmicamente, nunca falhando, cada parte movendo-se em relação a
outras partes como umas rodas e eixos de uma grande máquina.
     Naturalmente, este quadro do universo começou imediatamente a
atingir os pensamentos dos homens em toda a parte. Para os de mente
céptica, a compreensão newtoniana do universo foi usada para apoiar um
universo sem Deus, de teoria mecânica.
     O décimo oitavo século viu um rápido desenvolvimento no campo
da ciência experimental. Uma das marcas distintas daquele século foi o
seu desencantamento do dogma e da tradição e sua exaltação da natureza
e da razão humanas.
     Na França o Racionalismo levou os homens ao ateísmo e ao culto
da Razão, tão dramaticamente ilustrado na Revolução Francesa.
     Do outro lado do Canal, na Inglaterra, e mais longe ainda, na
América, esta luz da falsa razão não brilhou tão encantadoramente. Nos
países de fala inglesa os homens não se tornaram ateus, mas antes
deístas. Os deístas criam que Deus era a base da origem desta terra, e de
todos sobre ela. Mas eles tão completamente criam na idéia de leis
naturais irrompíveis, que eles não podiam encontrar lugar para Deus,
desde que o mundo foi posto em movimento. De maneira que
inventaram a idéia de um tipo de Deus dominador ausente. Deus criara o
mundo e então se ausentou aos recessos turvos da eternidade para
comungar consigo, deixando o mundo correr como um relógio de corda.
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     Em seus anos jovens Guilherme Miller foi afetado pelo deísmo
cético, até que, como ele confessou não estar bem certo se existia Deus
ou se existia qualquer plano ou propósito para o mundo.

              As Escrituras Minadas pelo Racionalismo

     A. exaltação da razão humana e a glorificação da natureza e das leis
naturais, que podem ser entendidas, ao menos em parte, pela
experimentação, levou a questionar da necessidade da revelação.
Certamente o Deus do deísmo não Se preocuparia em prover uma
revelação. Ainda mais, é fácil de ver como homens que vieram a exaltar
a razão concluíram que a validade de qualquer revelação alegada devesse
ser medida em termos de se é razoável crer.
     Não há nada mais distinto na revelação das Escrituras do que a
profecia e os milagres. Ambos naturalmente foram duramente atingidos
pelos racionalistas. O ataque, plausível e militante, foi simplesmente de
que é pouco razoável crer que eventos podiam ser preditos ou de que
milagres da Escritura podem ter ocorrido. Para os racionalistas do
décimo oitavo século o relatório bíblico dos milagres pareciam-se às
histórias maravilhosas encontradas em religiões não cristãs. Portanto,
por que deviam crer os milagres relatados na Bíblia? Mantende em
mente este argumento pois nós o encontraremos básico no pensar de
líderes nominalmente cristãos, uns cem, ou mais anos depois.
     O próprio fato que a profecia e os milagres são dois dos pilares
principais que mantêm a doutrina da inspiração da Bíblia, significa que
os racionalistas depunham uma estima baixa nas Escrituras quando eles
não a desprezavam totalmente.
     A principal das doutrinas bíblicas descontadas foi a de que o
homem está perdido em pecado sem esperança. Ao mesmo tempo os
racionalistas começaram a concluir que nas descobertas que se fazia no
ambiente científico se encontrava a esperança para um mundo melhor.
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                      A Idéia do Progresso Mundial

     Aqui nós achamos as raízes da teoria da perfectibilidade do homem
e do progresso inevitável do mundo que finalmente dominaria todos os
campos de pensamento. Neste ponto o filósofo francês Rousseau,
aparece, declarando que o homem é intrinsecamente bom, embora mau
atualmente, e que o paradoxo se explica pelo preparo errado que a
maioria dos homens recebe, e o mau ambiente em que a maior parte dos
homens têm que viver. Se isto fosse a verdade, então está dentro da
capacidade do homem de soltar o bem crescente que há nele e assim
produzir para si uma salvação secular própria, através da educação
própria e ambiente apropriado.
     Os pensamentos de Rousseau entoavam com as premissas básicas
do pensamento do século dezoito, isto é, o avanço se pode encontrar
explorando a natureza e educando a mente.

     Enquanto tudo isto ocorria no mundo do pensamento secular, uma
idéia começou a ser promovida no mundo religioso protestante que iria
finalmente colorir todo o pensamento religioso do século posterior. Um
teólogo chamado Daniel Whitby, no começo do século dezoito,
estabeleceu a idéia que o mundo devia se converter antes do fim do
tempo, de que haveria um milênio de crescente santidade antes do
Advento. Não levou muito tempo que esta déia da conversão do mundo e
um milênio de justiça precedente ao Advento foi vastamente aceito.
     A doutrina de Whitby foi em muitos aspectos a contraparte
espiritual da idéia secular da perfectibilidade do homem e o inevitável
progresso do mundo. Sua doutrina também marcava uma intensa
separação do princípio protestante da interpretação literal da Bíblia, e
assim preparou o caminho para maiores livres manejos das Escrituras –
posteriores desatenções no manejo das Escrituras.
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                A Reação Contra o Domínio da Razão

      Contra o uso céptico da razão no terreno secular, e no quase igual e
despido escolasticismo nas grandes igrejas do Estado, veio uma reação.
No mundo religioso a reação se revelou no movimento pietista.
      No mundo filosófico levantou-se uma escola de pensamento que
tinha seu objetivo em derrubar a supremacia da razão, que pretendia que
pode ser conhecido com certeza mas o que pode ser observado e
objetivamente verificado pelos cinco sentidos. Deste desafio filosófico à
razão um escritor observou:
      "Agora confrontamos o novo grande clamor do idealismo
filosófico, e uma de suas mais evidentes formas, que marcou a passagem
de um século para outro, (do décimo oitavo ao décimo nono), e à luz do
qual somente a história teológica de nosso período se torna inteligível."
      Este desafio ao mau domínio da razão cética foi, ao menos em parte
uma tentativa de defender a religião. De fato, alguns destes filósofos
eram teólogos. Mas a cura para o racionalismo que ofereciam
demonstrou ser quase tão má como a própria enfermidade, porque ela
popularizou a idéia que até aí fora anátema em todos os círculos
religiosos, a idéia panteísta de Deus. Os racionalistas tinham afastado a
Deus nos distantes arcanos da eternidade, quando não O aboliram. Os
filósofos procuravam trazê-Lo para perto entra vez., Mas na procura de
trazê-Lo para perto eles foram ao outro extremo e fizeram-nO uma parte
de toda a natureza, da montanha, árvore, vale e rio.
      É verdade que a palavra panteísmo não é usada por esses filósofos,
ou pelos teólogos que vieram gradualmente a aceitar este conceito de
Deus. Em vez disso, eles falavam de um "Deus imanente." Um escritor
bem descreveu a doutrina de um Deus imanente como simples "alto
Panteísmo", o que significava que o Deus pessoal da Bíblia foi
evaporado no espírito movente e essência de toda a criação.
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      O mesmo escritor que fala deste "mais alto Panteísmo", da seguinte
maneira conclui seu exame da filosofia de Immanuel Kant e dos outros
filósofos idealistas que o seguiram:
      "Nós temos que perguntar se dentro desta grande, ou ao menos
imponente conjuntura de idéias se possa achar lugar para o ser pessoal de
Deus e o homem que contém um lugar central através do ambiente
inteiro do pensamento bíblico, e sem o qual a religião cristã poderá nem
existir nem ser concebida."
      Esta escola filosófica não podia deixar de influir no pensamento
teológico, porque a teologia e a filosofia tinham se relacionado
tradicionalmente bem, e, como já foi dito, alguns destes filósofos eram
de fato teólogos. Ainda mais, os líderes nesta escola de filosofia eram
alemães, e a Alemanha já era um reconhecido centro de pensamento
filosófico. Aquele país devia tomar mais e mais a liderança no campo da
teologia ao iniciar-se o século dezenove. (2. H. R. Mackintosh, Types of
Modern Theology, p. 19. 3. Ibid, p. 30).

                      O Teólogo Schleiermacher

     Nós não podemos terminar a discussão das forças que operaram na
mudança dos pensamentos religiosos dos homens no século dezoito sem
mencionarmos mais um nome, o do teólogo alemão Schleiermacher.
Dele um escritor registra bem:
     “Seu trabalho no fim do décimo oitavo século abriu uma nova era
não somente em teologia como um todo, mas ainda mais claramente na
interpretação científica da religião.”
     Ele preocupava-se em proteger a religião do racionalismo, mas ele
caiu na mesma cova como os filósofos idealistas, se de fato não foi
puxado para a cova para lê-los. "A luta entre o Panteísmo e crença cristã
herdada durante toda a sua vida" "Nós somos deixados mais que a
metade em dúvida se ele por 'Deus' quer dizer um ser de caráter
específico."
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     O escritor de quem acabamos de citar conta como as proposições
panteístas de Schleiermacher o levaram a manchar a doutrina bíblica da
criação.
     "As idéias assumidas do imanentismo, que dirigem sua mente...
tornavam difícil para ele encontrar até um meio de valor em tais idéias
como "criação do nada", ou a absoluta liberdade de Deus em chamar o
universo à existência. A razão de fato é de que a doutrina da Criação,
compreendida como a Bíblia a compreende, salienta aquela diferença
precisa e a distância entre Deus e o homem que e o alvo do panteísmo
místico ou especulativo abolir." Tão influente foi o pensamento de
Schleiermacher que nós o encontramos afetando definidamente o
pensamento religioso aqui na América, um século depois, como
descobrirmos em tempo próprio. (4. Ibid, p. 31, 5: Ibid, p. 51, 6. Ibid, p.
59, 7. Ibid, p. 81).
     Somemos agora as forçar; operantes ao mudarmos do décimo
oitavo ao décimo nono século:

          Forças Operantes à Abertura do Século Dezenove

     A investigação e descoberta científica foi gradualmente criado uma
impressão entre os intelectuais, e até certa parte entre o público em geral,
que a ciência tem a chave para o futuro e tem a fórmula para determinar
o que é a verdade.
     A idéia do valor e respeitabilidade inerente e potencial do homem,
conjugada com a idéia filosófica do progresso mundial, estava
vagarosamente tomando conta das mentes dos homens.
     Um exame crítico de todos os relatórios anteriores, conhecidos
popularmente como alta crítica quando aplicados ao relatório bíblico,
estava em caminho, embora tal crítica até aí tinha sido escassamente
aplicada às Escrituras. Em círculos religiosos e filosóficos uma
compreensão imanente e mística de Deus e assim de todo o mundo
sobrenatural, estava começando a infetar o Cristianismo.
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     Não obstante, nenhum destes pontos de vista, tinha lá pelos 1840,
mudado de qualquer maneira a compreensão de Deus e da teologia cristã
que o Protestantismo em geral trouxera dos tempos da Reforma. É
verdade que o Cristianismo em geral aceitara então a idéia pós-Reforma
da conversão do mundo, com o seu milênio de santidade terrestre
precedente ao Advento. Sem dúvida, também, as igrejas se tornaram
inconscientemente manchadas com a visão mística de Deus e o
sobrenatural que era mantido pelos filósofos e outros. Mas, devia-se
repetir, que existe um entendimento em geral entre os historiadores
eclesiásticos que até mais ou menos a metade do século dezenove, a
teologia Protestante estava essencialmente sem mudança. Isto foi por
duas razões:
     Primeiro, leva tempo para o fermento de novas idéias de mudar a
forma e o caráter de alguma cousa tão grande como o Protestantismo.
     Segundo, a teoria darwiniana da evolução, que parecia valorizar,
coordenar, e dar significação adicional a muitas das novas idéias na
ciência e na filosofia, não fora ainda proclamada.

                        O Movimento Milerita

     Neste momento histórico tão espiritual e intelectual significativo, o
movimento do Advento começou sob a pregação de Guilherme Miller, à
consideração do que nós agora nos dedicamos. Para evitar confusão, nós
denominaremos estes primeiros poucos anos do movimento do Advento
Milerismo, para o distinguir do movimento adventista do sétimo dia,
que emergiu como uma entidade distinta depois de 1844.
     O Movimento Milerita, embora começasse com a pregação de
Miller em 1831, não se tornou um movimento bem definido até 1840.
Foi então que um número de outros ministros se uniram com Miller para
levar avante um trabalho conjugado. De então até 22 de outubro de 1844,
o movimento cresceu intensivamente em força, até que sua mensagem
foi ouvida através de toda a América e em terras longínquas.
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     Os oponentes teológicos do Milerismo estavam dispostos a
concordar que certas profecias bíblicas grandes se acabavam de cumprir
ou estavam por se cumprir, e de que uma mudança momentosa nos
negócios que o evento principal, pendente, era a vinda literal, pessoal, de
Cristo com juízos de fogo, pois eles criam na conversão do mundo. O
mundo secular tinha de maneira mais evidente vindo a crer na
perfectibilidade do homem e do progresso geral do mundo, e portanto
estavam indispostos de dar ouvidos às pregações mileritas. Ainda mais, a
doutrina da vinda pessoal e literal de Cristo era contrária à mística e
panteísta idéia de Deus, que já ganhava um ambiente definido em
círculos intelectuais; embora não esteja claro até que ponto afetava o
pensamento do clero em 1940. Portanto, não é difícil ver por que a
pregação milerita enfrentou uma oposição tão generalizada.

             Pregação da Primeira e Segunda Mensagem

     Os Mileritas jamais deixaram de salientar o fato de que não
pregavam uma doutrina nova nem estranha, que em vez disso eles
estavam recebendo a esperança e o ensino dos apóstolos e, por sua vez,
dos Reformadores do décimo sexto século. Eles também declaravam que
cumpriam Apoc. 4:6 e 7. Damos em seguida as palavras de um de seus
mais preeminentes oradores:
     “Nós vemos a proclamação que foi feita, como sendo a do anjo que
proclamou, „é vinda a hora de seu juízo.‟ (Apoc. 1:6 e 7). É um clamor
que deve alcançar toda,s as nações; é a proclamação do „evangelho
eterno‟ ou „este evangelho do reino‟. De uma outra maneira, este clamor
tem ido adiante pela terra onde quer que seres humanos se encontrem, e
nós tivemos a oportunidade de ouvir do fato.” (itálicos supridos).
     Quando as igrejas quase uniformes zombavam de suas pregações,
ridicularizando até a idéia da vinda literal e pessoal de Cristo, os
Mileritas então proclamaram: "Caída é Babilônia." Eles geralmente
declaravam isto em termos da linguagem de Apoc. 18, e desta maneira
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foram capazes de não somente fazer um anúncio mas de transmitir uma
ordem: "Sai dela, povo Meu." Porém, embora fizessem a proclamação,
primeiro nos termos de Apoc. 18, eles chamaram a atenção ao fato de
que a mesma mensagem em essência é encontrada em Apoc. 14:8, e que
é uma mensagem que segue em seguida à de Apoc. 14: 6 e 7. Em outras
palavras, eles creram que estavam proclamando o que nós descrevemos
como a primeira e segunda mensagens angélicas. Em sua denúncia das
igrejas como Babilônia, elas tornaram central na acusação o fato de que
ao igrejas assumiram uma visão espiritualizada das Escrituras, e desta
maneira vaporizavam a grande verdade da vinda literal de Cristo.
     Na controvérsia Milerita com as igrejas com respeito à
espiritualização, nós encontramos em embrião, toda a controvérsia
adventista com as igrejas sobre sua espiritualização das mais literais
passagens da Escritura.
     Depois de 22 de outubro de 1844, o movimento próprio de Miller se
dissolveu antes que qualquer questão séria fosse levantada sobre a
terceira mensagem de Apocalipse 14.

            O Surgimento dos Adventistas do Sétimo Dia

     Entre os grupos mileritas divergentes e perplexos no princípio de
1845, encontrava-se alguns que estavam completamente persuadidos que
não havia engano na interpretação básica da profecia, de que 1844 era o
grande ano, e que eles apenas se apegassem à sua fé e pedissem ao
Senhor por luz, eles em breve veriam onde o engano particular se
encontrava e poderiam continuar dali, construindo sobre os fundamentos
já postos. Este pequeno grupo, pequeno e mal definido, foi o núcleo do
Movimento Adventista do Sétimo Dia. (8. Josias, Litch em Advent
Shield, nº 1, (1844), págs. 86 e 87).
     Como este pequeno grupo foi corrigido em sua compreensão do
significado do santuário é tão bem conhecido dos Adventistas para ser
discutido aqui. Bem conhecida era também a história de como a verdade
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do sábado, o sétimo dia, foi levada ao grupo de crentes adventistas, em
Washington, New Hampshire, por uma Batista do Sétimo Dia, Rachel
Preston. Mas o que parece não ser tão bem conhecido é de como a
verdade do sábado se ancorou na mensagem do terceiro anjo, e por sua
vez, se tornou central à pregação profética dos adventistas do sétimo dia.
     Em poucas palavras a história é a seguinte: Em 1846, José Bates,
um dos pertencentes ao pequeno grupo original que constituía nossos
pais espirituais, escreveu um folheto a favor do sábado, o sétimo dia.
Naquele folheto ele usa o simples e elementar argumento em favor do
sábado, isto é, de que fora estabelecido na Criação, e reafirmado no Sinai
por ser incluído nos Dez Mandamentos, que são o código moral para
todos os homens em todos os tempos. Naquele mesmo folheto ele se
refere rapidamente à ponta pequena de Daniel 7, que pensaria em mudar
os tempos e as leis, especialmente a lei do sábado. Ele pergunta aos
crentes do Segundo Advento, o grupo para quem o folheto foi
preparado, porque eles não duvidariam desta parte da profecia de Daniel,
sendo que tinham tão grande confiança em todas as visões de Daniel.
     Na segunda edição deste folheto, publicada em janeiro de 1847,
Bates expande o argumento profético pelo sábado unindo a citação de
Daniel à declaração de João em Apoc. 14:9-11. Ao fazê-lo ele conseguiu
duas coisas: proveu um novo argumento pelo sábado e um novo
argumento contra o domingo. Ele realmente fez muito mais do que isto,
quando ele e seus associados na observância do sábado logo
compreenderam. Ele deu uma interpretação às palavras de João em
Apocalipse 14:9-11, que qualificou os remanescentes observadores do
sábado do Milerismo de sair a outros crentes do Advento com o apelo
que era mais ou menos assim: Todos nós durante o movimento Milerita
críamos que Deus nos proveu para pregar a mensagem do anjo de Apoc.
14: 6 e 7. Todos nós oramos que Deus nos chamou também para pregar a
mensagem de Apocalipse 14:8. Mas por que devíamos nós estacionar
com estas duas passagens quando a Bíblia revela claramente que uma
terceira seguirá? Não é esta terceira uma verdade presente e sensível para
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estes dias que seguem imediatamente a 1844, e não deveríamos crer nela
e em seguida proclamá-la?
     Assim José Bates e seus associados apelavam aos Adventistas
observadores do domingo. Em geral suas respostas eram que não
estavam mais certos das mensagens do primeiro e segundo anjos, e
portanto como poderiam eles esperar de ter certeza sobre a terceira?
     Foi esta crescente atitude de descrença da parte de outros
adventistas que levaram Tiago White a afirmar: "Nós pretendemos estar
na fé adventista original." Naturalmente, nossos pioneiros declaravam
que outras pessoas adventistas, por causa de suas dúvidas quanto à
primeira e segunda mensagem, se não sua renúncia delas, tinham
"abandonado a fé original." (No The Advent Review aquelas quatro
palavras estão em grandes letras maiúsculas).
     É evidente, portanto, que desde o começo este movimento
adventista do sétimo dia considerou como básico e central suas crenças e
as suas pregações da terceira mensagem dos anjos de Apoc. 14:6-11.

           Ponto de Vista Restrito no Início Com Respeito
                   à Mensagem do Terceiro Anjo

      Para manter claro o relatório histórico, deveria ser lembrado de
passagem que no princípio nossos antepassados espirituais consideravam
a primeira e a segunda mensagens como tendo sido dadas, no sentido que
elas tinham sido completamente cumpridas, e assim não deviam mais ser
uma parte da pregação Adventista. Este ponto de vista é compreensível
ao nos lembrarmos o que criam sobre três fatos importantes.
      1. Eles criam que a fase investigativa do juízo, que precede o
advento de Cristo, era a fase do juízo executivo, e seria excessivamente
breve. Assim, a "hora do Seu juízo" poderia ser considerado como
descrevendo primeiro a vinda de Cristo em glória. Esta mensagem os
homens tiveram ampla oportunidade de ouvir e agir. Se não tivesse sido
pregada em toda a extensão da América e nos países distantes?
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      2. A mensagem do segundo anjo era considerada como de um fato
totalmente cumprido, que Babilônia caíra, e num determinado ponto da
história, em 1844.
      3. O mundo em geral tinha passado seu dia de graça, misericórdia –
a porta da oportunidade estava fechada.
      Daí nossos antepassados espirituais criem que eles deviam focalizar
a terceira mensagem, e consistentemente eles criam bem no próprio
começo que eles deviam proclamar esta mensagem aos companheiros
adventistas, que não estavam sob a condenação do segundo anjo, e que
eram inteiramente conhecedores com o relato, alcance da primeira
mensagem angélica. (9. Review and Herald, April, 18, 1844, p. 101. 10.
Ibid., Aug. 1850, nº 1, p. 1).

            A Verdadeira Medida da Tríplice Mensagem

      Mas o valor e a importância da tríplice mensagem não deve ser
medido apenas da parte de nossos pais, mas por um estudo das próprias
mensagens, e então, por sua vez, por uma comparação das declarações
proféticas destas mensagens com os eventos decorridos. Não nos
esqueçamos que nós cremos que as três mensagens angélicas são
declarações proféticas relacionadas com os eventos dos últimos dias.
Portanto, os anos que decorressem proveriam prova maior ou
desaprovariam as declarações que os adventistas tinham sempre feito,
que as mensagens são aquelas mais necessitadas pelo mundo nos últimos
dias. Em outras palavras, a pretensão do movimento adventista que foi
iniciado por Deus para pregar uma mensagem diferente e muito
apropriada para as últimas horas da história terrena devia encontrar sua
validez nos eventos da história que deviam ocorrer desde o dia de nossa
primeira pregação em 1840 até a última hora da história terrestre.
      Deus jamais é surpreendido. Ele não espera pôr em andamento um
movimento ou a mensagem longamente após o tempo em que é preciso;
antes Ele o põe em movimento para antecipar uma necessidade. Desta
Escatologia Bíblica                                                  42
maneira, os desencadeantes eventos da história, como se enquadram na
mensagem profética de Deus provêem de uma validez convincente, pois
eles revelam a previsão divina dAquele que deu a mensagem. Têm os
eventos que se transformam desde 1844, até ao nosso tempo provido
apoio às nossas predições proféticas baseadas em Apocalipse 14, e nossa
declaração que a nossa mensagem, portanto, é mais apropriada e
verdadeira hoje do que jamais poderia ter sido antes? Esta é plenamente
a questão diante de nós, e é por isto que eu intitulei meus estudos, "A
Crescente Propriedade de Tempo da Tríplice Mensagem."

     Doutrinas e Profecias Apresentadas na Tríplice Mensagem

     Não obstante, antes de eu apresentar um esboço dos anos de 1844
ao presente, me permitam apresentar as doutrinas e predições proféticas
que são ou explícitas ou implícitas na tríplice mensagem:
     1º - Deve-se proclamar uma mensagem nos últimos dias da história
terrestre, mensagens que não é um evangelho novo, nem uma fórmula
para salvação, mas "o evangelho eterno". Evidentemente será necessário
salientar muito especificamente este evangelho eterno, a fim de
encontrar algum item que deve se desenrolar nos últimos dias da história
terrestre.
     2º - Existe um chamado aos homens para que adorem, não a um
Deus panteísta, nem um Deus evolucionista, nem um Deus místico, mas
o Deus Criador, os homens devam "temer a Deus... e adorar Aquele que
fez os céus e a terra." Evidentemente existe a necessidade nos últimos
dias para salientar uma grande verdade elementar, com respeito à
natureza, o caráter e a autoridade de Deus.
     3º - Uma mensagem deve ser dada anunciando um clímax à história
da terra, e isto sem demora. Mas o clímax deve ser em juízo, rápido e
decisivo, não em transição imperceptível de santidade pela conversão
universal. Nós podemos corretamente aqui unir os juízos investigativo e
executivo, ao considerarmos a última importância desta mensagem do
Escatologia Bíblica                                                     43
juízo. Em outras palavras, deve haver uma grande necessidade de pregar
uma verdade particular com respeito ao caráter dos eventos que estão no
fim do caminho, que os homens podem saber definitivamente o que está
À FRENTE. Existe a necessidade de apresentar o que teólogos
descreveriam como uma escatologia finamente preparada, uma doutrina
das últimas coisas, uma doutrina do juízo e do Advento.
      4º - Esta mensagem de que a hora do juízo de Deus é vinda, tem
implícita em si, a mensagem que Cristo vem a segunda vez,
pessoalmente, externamente e em breve. Foi somente quando homens
começaram a aceitar a doutrina da conversão do mundo e um milênio
terrestre que eles permitiram que a doutrina da vinda literal de Cristo se
apegasse em suas mentes. As Escrituras sempre uniram conjuntamente o
fato de final juízo de Deus com a vinda pessoal de Cristo. Não é uma
extensão sem garantia do texto dizer que a mensagem da hora do juízo é
também a mensagem da vinda literal de Cristo pela segunda vez.
      5º - Mas esta mensagem do juízo que focaliza nossas mentes no
clímax da história da terra também leva o nosso olhar diretamente ao
santuário nos altos céus, para verificar a maneira em que o trabalho
expiador de Cristo pelo pecado é executado. Evidentemente deve haver
uma necessidade grande e crescente nos últimos dias da história da terra
de trazer aos homens uma clara compreensão da realidade do pecado e
mostrar que nós podemos ser purificados dele. A mensagem conta com o
fator tempo; ela começa em 1844.
      6º - Está implicado nesta tríplice mensagem um chamado para
guardar a santa lei de Deus, pois o chamado de "temer a Deus", à vista
do juízo, pode apropriadamente ser relatado em termos de Ecl. 12:13 e
14: "De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus, e guarda os
Seus mandamentos; porque este é o dever de todo o homem. Porque
Deus há de trazer a juízo todas as obras até as que estão escondidas, quer
sejam boas, quer sejam más." Aqui temos uma mensagem de explícita
obediência a uma norma moral claramente definida.
Escatologia Bíblica                                                44
      Esta conclusão razoável que um chamado para guardar a lei de
Deus é implícita na tríplice mensagem, é reforçada pela descrição dos
santos de Deus que é apresentada imediatamente seguido o anúncio da
tríplice mensagem: "Aqui está a perseverança dos santos, os que
guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus." Apoc. 14:12.

                   A Mensagem do Segundo Anjo

     7º - Uma mensagem deve ser dada de que as organizações religiosas
caíram espiritualmente, caíram do alto nível espiritual no qual deviam
andar, caíram das grandes verdades cardeais que deviam distinguir os
seguidores de Cristo. Vai além dos limites desta preleção apresentar a
evidência que Babilônia descreve as igrejas caídas. Este ponto eu posso
te como certo ao dirigir-me a um auditório adventista.

     Que esta queda de Babilônia é progressiva pode ser concluído do
fato que a mensagem é repetida em Apoc. 18, mas com ênfase elevada e
novos detalhes. Embora o primeiro e o terceiro anjo de Apoc. 14, são
mencionados como clamando em uma "alta voz", o segundo anjo não é
assim descrito. Eu não salientaria este ponto, embora seja um fato
interessante que os nossos pioneiros fizeram. E, por contraste, eles
também salientaram o fato que o anjo de Apocalipse 118, tinha "grande
poder", e a terra é "iluminada por sua glória", e "ele clamou fortemente
com uma voz alta."
     Embora Babilônia tenha caído, ela contém muitos do povo de Deus.
A tarefa dos que proclamam a segunda mensagem, é a tarefa de chamar
homens para fora. Evidentemente as condições no mundo religioso
devem se desenvolver para que haja a necessidade de ressoar nos dias à
frente, um novo e mais alto clamor que nunca tenha sido feito antes:
"Caiu, caiu Babilônia," "Sai dela, povo Meu."
Escatologia Bíblica                                                  45
                      A Mensagem do Terceiro Anjo

      8º - Existe explícita uma advertência contra o culto dominical.
Outra vez posso dizer, parenteticamente, que vai além do ambiente
destas conferências mostrar que a marca da besta é o culto ao domingo.
Isto eu devo poder considerar entendido ao dirigir-me a uma conferência
de ministros adventistas.
      9º - Existe implícito na tríplice mensagem um chamado para
guardar o santo sábado de Deus, o que é evidente por duas razões: (1)
Nós já descobrimos que existe implícito o chamado para guardar a santa
lei de Deus, que inclui o sábado; e, (2) se devemos advertir os homens
contra a observância do sábado errado, é evidente que a nossa mensagem
não está completa até que tenhamos apresentado a mensagem do
verdadeiro sábado.
      10º - A Tríplice Mensagem apresenta cinco profecias:
      a) Que Roma e os Estados Unidos estarão dominando. Não nos
esqueçamos que em toda a discussão da terceira mensagem nós devemos
pensar dela em relação ao décimo terceiro capítulo de Apocalipse, pois a
besta, e a imagem da besta, mencionados em Apocalipse 14:9,
encontram a sua explicação no décimo terceiro capítulo. De fato, é no
verso 16 daquele capítulo que nós primeiro achamos uma referência da
marca da besta. Portanto, vendo a terceira mensagem angélica no
fraseado do décimo terceiro capítulo, nós estamos certos ao declarar que
a terceira mensagem contém uma profecia que nos últimos dias Roma e
os Estados Unidos estarão dominando nos negócios mundiais.
      b) Que o Protestantismo estará dominando nos negócios dos
Estados Unidos.
      c) Que o Protestantismo estará, de alguma maneira ao menos,
unido. Obviamente, se o Protestantismo deve adquirir uma posição
dominante nos negócios da nação, ele deve apresentar uma frente bem
mais unida do que foi a de 1844. Naquele tempo o marco de destaque do
Escatologia Bíblica                                                     46
Protestantismo nos Estados Unidos, como em outra parte, foi a sua
qualidade divisória e guerreira.
     d) Que haverá uma cooperação unida entre Roma e os Estados
Unidos. Como poderia a segunda besta de Apocalipse 13 chamar os
homens a fazer uma imagem à primeira besta, que recebeu e se
recuperou da ferida mortal, a não ser que houvesse um entendimento
único entre eles? E é da besta e de sua imagem que o terceiro anjo fala.
     e) Que nos últimos dias o Sábado do Sétimo Dia terá um
significado como um sinal de aliança com Deus. O contexto claramente
o implica.

     Eu não creio ter passado os limites da dedução razoável das
palavras da Escritura, no que eu aqui tenho dito à medida que as
doutrinas e declarações proféticas, ou explícitas ou implícitas na tríplice
mensagem. De fato, creio que estou apenas relatando a posição
adventista há muito tempo estabelecida e a interpretação destas
mensagens.

     Nossos pioneiros brevemente compreenderam que a tríplice
mensagem contém as proposições aqui enumeradas, o que significa que
eles rapidamente que a sua primeira vaga concepção da primeira e
segunda mensagem angélica como estando no passado, estava errada, a
que em vez disto, o primeiro anjo é seguido pelo segundo e então pelo
terceiro, não no sentido mensagens completas separadas, mas antes no
sentido de uma mensagem que aumenta, crescendo em volume e
tornando-se tríplice em caráter. Assim eles rapidamente viram que todas
as três mensagens têm significado e tempo determinado até o fim da
história da terra. Muito particularmente, eles vieram com o tempo a
entender que a queda de Babilônia é progressiva, o que importava em
colocar no futuro o dia de sua completa queda ou apostasia total.
Escatologia Bíblica                                                      47
             Tríplice Mensagem Muitas Vezes Pregada
                    em Ambiente Limitado Demais

         Que esta tem sido nossa crença desde os mais primitivos tempos
é evidente de nossa literatura. Porém, um exame daquela literatura
através dos longos anos até agora, revelará, eu creio, essencialmente isto
com respeito a nossas pregações das três mensagens:
      1º - Nós geralmente apresentamos a mensagem do primeiro anjo em
uma maneira um tanto restrita, isto é, simplesmente em apoio da doutrina
do juízo investigativo, que devia começar no fim do período dos 2.300
dias.
      2º - Nós apresentamos a mensagem do segundo ano especialmente
em termos de queda das igrejas em 1844, e em termos de certas provas
de apatia espiritual imediatamente subseqüente a isto. E eu poderia
adicionar que estas provas de apatia espiritual nos anos subseqüentes a
1844, têm muitas vezes sido de um caráter vago e geral; em outras
palavras, uma espécie de acusação geral das igrejas como faltando
vitalidade e vigor espiritual. De fato, nossa literatura, particularmente em
décadas recentes, parece conter relativamente pouco sobre a mensagem
do segundo anjo, comparado com o primeiro e o terceiro. Um exame dos
assuntos titulares de muitos evangelistas por um número de anos tem
impressionado em mim a mesma conclusão.
      3º - Através dos anos nós temos apresentado inquestionavelmente a
terceira mensagem angélica de maneira militante e diretamente. Porém, a
maior parte de nós apresentavam-na quase exclusivamente em termos
simplesmente de guardar o "sétimo dia", como a Lei de Deus manda em
vez de guardar o dia como o papado manda.
      Agora tudo isto é bom até o ponto que alcançou, mas nestas três
mensagens estão predições proféticas para os últimos dias, e se a
pregação adventista com Apoc. 14:6-11 como apoio deve tornar-se cada
vez mais apropriada a nosso tempo, do que os anos que passam deviam
ter nos levado a dar força aumentada e largura e exatidão a nossas
Escatologia Bíblica                                               48
pregações destas três mensagens angélicas. Não posso escapar da
convicção, que nós não temos exposto a tríplice mensagem com a
amplitude crescente que os eventos que mudam nos anos garantem.
     O que estes eventos que mudam têm sido, e como estão
relacionados às mensagens tríplices, eu agora vou procurar expor.

        Pregando a Tríplice Mensagem Mais Completamente

     A fim de apresentar um ambiente histórico adequado para uma
avaliação da tríplice mensagem, é necessário adicionar à nossa
investigação da apostasia religiosa uma investigação de certos
desenvolvimentos dos tempos modernos. Eu penso em três que implicam
no aspecto profético da tríplice mensagem: 1) a tendência para a união
da igreja, 2) o poder crescente Roma, 3) o declínio da liberdade no
mundo. Consideremo-los em ordem:

      1) A Tendência para a União da Igreja:
      Primeiro, a tendência para a união da igreja. As diferenças em
pontos de vista doutrinários eram em grande parte responsáveis pelas
corporações religiosas separadas do Protestantismo. Mas quando a Bíblia
começou a perder seu status único como um livro inteiramente inspirado,
as igrejas começaram a perder o interesse nas doutrinas. E ao diminuir
tal interesse, resultou um certo tipo de tolerância entre as igrejas, uma
tolerância que surgiu do sentimento que não havia nada realmente
merecedor de lutas no terreno doutrinário. Com os muros doutrinários
caindo entre as denominações, o maior dos obstáculos à união das
igrejas, caiu.
      Então veio a grande depressão, com dias mais escuros a seguir, para
apressar a tendência a favor da união das igrejas. Os eclesiásticos
começaram a apelar pela união visando assegurar para a cristandade uma
força adicional para encontrar os males ameaçadores do que começaram
a descrever como uma nova Idade Escura.
Escatologia Bíblica                                                   49
     Na América, um número de organizações religiosas foram
organicamente unidas com outras organizações religiosas. O mesmo
também se materializou em outros países. Criou-se também o Concílio
Federal de Igrejas de Cristo na América, agora fundido no Concílio
Nacional das Igrejas. Hoje, algumas das maiores organizações nesta
federação são a exploração séria da possibilidade de uma união real de
todo o Protestantismo na América.
     Mais recentemente se cristalizou um longo e planejado Concílio
Mundial de Igrejas, que procura atingir, incluir todo o cristianismo não
Católico Romano. Em 1938, quando os planos para este Concílio
Mundial estavam definidamente tomados, forma o órgão do Concílio
Federal das igrejas declara em editorial:
      "Uma nova tendência está permeando as igrejas – uma tendência
uniforme em vez de divisória. Existe uma compreensão aprofundada ao fato
que a própria natureza da igreja, como o único corpo de Cristo, requer união.
Também existe a elevada compreensão que a situação do mundo que
confronta todas as igrejas hoje é um chamado de clarim pela União."

     De fato, tão forte foi esta "nova tendência", mesmo em 1938,
quando aquele editorial foi escrito, que em janeiro do ano seguinte, numa
reunião da comissão provisional do Concílio Mundial, a seguinte
resolução foi tomada:
     "O presidente fica autorizado a escrever ao Vaticano dando
informações a respeito da formação do Concílio Mundial e
demonstrando a esperança de que em vista de seus interesses comuns em
opor-se ao secularismo disseminado e paganismo que houvesse ao
menos alguma medida de cooperação Católico-Romana em certos
aspectos do Concílio.
     O concílio foi finalmente criado em 1948, numa reunião impressiva
que houve em Amsterdã, Holanda, à qual vieram dignitários de igrejas
da maioria da cristandade não Católica Romana. A próxima de ser
mantida em 1954 nos Estados Unidos.
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Origem Profética do Movimento Adventista do Sétimo Dia

  • 1. ESCATOLOGIA BÍBLICA (Clique na palavra ÍNDICE) Curso de Extensão da Andrews University 6-19/12/1976 - IPAE CONTEÚDO I PARTE - A ORIGEM PROFÉTICA DA I.A.S.D. Do livro: Answers to Objections, Capítulo 10, pp. 575-594 Autor: F. D. Nichol Editora: Review and Herald Publishing Association Tradução de: Siegfried Kümpel II PARTE - A CONDIÇÃO HISTÓRICA DO MOVIMENTO DO ADVENTO Do Livro: Our Firm Foundation Autor: F. D. Nichol Tradução de: Siegfried Kümpel III PARTE - O PROPÓSITO MORAL DA PROFECIA Autor: L. F. Were Tradução de: Siegfried Kümpel IV PARTE - OS REIS QUE VÊM DO ORIENTE Autor: L. F. Were Tradução de: Siegfried Kümpel
  • 2. Escatologia Bíblica 2 ÍNDICE I – A ORIGEM PROFÉTICA DA IASD......................................5 Nenhuma Nova Atitude.................................................................6 Como Resolver o Dilema..............................................................7 Exame do Primeiro Ponto.............................................................8 Dirigentes Posteriores Falam......................................................10 Exame do Segundo Ponto...........................................................13 Certas Profecias Cumpridas........................................................14 Exame do Terceiro Ponto............................................................18 Sra. White Defende os Mileritas.................................................19 Exame do Quarto Ponto..............................................................21 A Essência do Milerismo............................................................22 Para Cima na Luz Crescente.......................................................23 Ficar Firmes no Registro.............................................................24 II – A CONDIÇÃO HISTÓRICA DO MOVIMENTO DO ADVENTO..............................................................................28 As Grande Revoluções do Décimo Sexto Século.......................28 O Décimo Oitavo Século Marcado pelo Racionalismo..............30 As Escrituras Sagradas Minadas pelo Racionalismo..................31 A Idéia do Progresso Mundial.....................................................32 A Reação Contra o Domínio da Razão.......................................33 O Teólogo Schleiermacher..........................................................34 Forças Operantes à Abertura do Século Dezenove.....................35 O Movimento Milerita................................................................36 Pregação da Primeira e Segunda Mensagem..............................37 O Surgimento dos Adventistas do Sétimo Dia............................38 Ponto de Vista Restrito no Início Com Respeito à Mensagem do Terceiro Anjo.....................................................................40 A Verdadeira Medida da Tríplice Mensagem.............................41 Doutrinas e Profecias Apresentadas na Tríplice Mensagem.......42
  • 3. Escatologia Bíblica 3 A Mensagem do Segundo Anjo..................................................44 A Mensagem do Terceiro Anjo...................................................45 Tríplice Mensagem Muitas Vezes Pregada em Ambiente Limitado Demais..............................................47 Pregando a Tríplice Mensagem Mais Completamente..............48 1. A Tendência para a União das Igrejas.....................................48 O Concílio Mundial e o Segundo Advento.............................50 2. O Crescente Poderio de Roma................................................51 Conversões à Roma.................................................................52 As Palavras Proféticas da Sra. White......................................54 3. O Declínio da Liberdade.........................................................55 Nosso Exame Resumido.........................................................56 Os Dilemas dos Líderes Religiosos.........................................60 A Primeira Mensagem Angélica.............................................63 A Segunda Mensagem Angélica.............................................64 A Mensagem do Terceiro Anjo...............................................66 Proclamar o Sábado Mais Amplamente..................................68 III – O PROPÓSITO MORAL DA PROFECIA........................70 Introdução...................................................................................70 Prefácio.......................................................................................72 1 - As Escrituras Foram Dadas para Revelar a Jesus..................73 2 - Os Judeus Erraram Não Estudando As Escrituras Na Luz do Propósito Moral de Deus. Uma Advertência para Hoje.....75 2.1 - Os Judeus estudavam as Profecias, mas sem compreensão espiritual....................................................77 2.2 - Os Judeus eram literalistas rígidos..................................82 3 - A História se Repete..............................................................83 4 - Falácia Fundamental do Futurismo........................................92 5 - Mais Falhas Futurísticas........................................................94 6 - Futurismo e o Livro do Apocalipse.......................................95 7 - O Pentecostes trouxe luz sobre o propósito moral da profecia.....97
  • 4. Escatologia Bíblica 4 8 - Jesus Está Reinando Agora....................................................99 9 - Todas As Escrituras Morais Vibrantes de um Salvador Vivo................................................................102 10 - A Aplicação Individual da História da Profecia..................110 11 - Aplicando O Princípio em Conexão Com o Estudo do “Armagedom”.................................................................112 12 - O Propósito Moral das Profecias de Daniel.........................120 13 - Realidades Cristãs Reveladas nos Quadros Proféticos do Apocalipse.......................................................................124 14 - "Cristo em Vós" - A Certeza da Vitória...............................135 IV – OS REIS QUE VÊM DO ORIENTE................................147 Introdução......................................................................................147 1. A Questão Oriental - Campo Fértil para Profecias Falsas........150 Origem do Armagedom Político-Militar...................................159 O Armagedom em Relação à Turquia.......................................160 O Armagedom se Torna um Conflito Entre o Oriente e o Ocidente...........................................................................162 A Tendência de Volta aos Pontos de Vista dos Pioneiros.............................................................................167 2. Haverá Guerra entre o Oriente e o Ocidente?...........................169 3. Satanás Instigará Guerras e Lutas para Eventualmente Unir o Mundo Contra a Igreja...........................................................173 4. "Os Reis que vêm do Lado do Nascimento do Sol" - Uma Mensagem Gloriosa para a Igreja.....................177 5. Torcendo os Fatos para Enquadrar a Interpretação...................184 6. Quando Todos os Olhos Serão Dirigidos ao Oriente................190 7. Os Reis do Oriente Especialmente Mencionados.....................192 8. Conclusões Baseadas Sobre Fundamentos Falhos....................194 9. Conclusões Baseadas em Fatos Positivos.................................201
  • 5. Escatologia Bíblica 5 A ORIGEM PROFÉTICA DA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA Os adventistas do sétimo dia declaram que este movimento de Advento surgiu numa época especial da história para fazer um trabalho específico para Deus em cumprimento de certas profecias. Esta declaração é a base verdadeira e histórica do apelo que fazemos a todos os homens, nos termos da segunda mensagem angélica, para "sair" e se juntar a este movimento. À vista disto nós precisamos nos familiarizar com a história do começo do movimento. Já em 1849 James White compreendeu esta necessidade em relação das experiências históricas da principio de 1840, que viram o surgimento do movimento do advento. Disse ele: "A fim de demonstrarmos o cumprimento da profecia, nós temos que nos referir à história. Para mostrar o cumprimento da profecia relativa aos quatro reinos universais do segundo e sétimo capítulos de Daniel, nós temos que nos referir às histórias destes reinos. Negue a história, e a profecia não tem valor. Justamente assim com as profecias relacionadas ao movimento do segundo advento". – Present Truth, Dezembro, 1849, pág. 46. Nós não precisamos apenas conhecer a história do início de 1840 como nós conhecemos um período da história secular mas ver também a movimento Adventista do Sétimo dia no ambiente daqueles tempos. Tem havido não somente muita ignorância entre nós com relação às raízes históricas do Adventismo do Sétimo Dia, mas também um desejo atuante da parte de alguns de desassociaremos do movimento do Advento do início de 1840, que é geralmente conhecido como Milerismo. Duas razões têm produzido este desejo: Primeiro, os Mileritas marcavam uma data para o advento, que os lançou no escárnio naquele tempo e que os tornou o objeto de ridículo desde então. Naturalmente nós desejamos escapar do ridículo neste ponto, e nós somos enfáticos e corretos, em nossa declaração que os adventistas do sétimo dia jamais marcaram data. Segundo, ao redor dos Mileritas formou-se um fantástico
  • 6. Escatologia Bíblica 6 rol de histórias que os retrata como fanáticos loucos. E de fato nós não queremos ser conhecidos como os filhos espirituais de fanáticos. Nenhuma Nova Atitude Não é somente interessante mas um fato despertador que o desejo de ser desassociado do movimento de Miller que alcançou seu clímax em 1844, não é nada novo. Já se manifestou quase imediatamente depois do desapontamento de 22 de Outubro de 1844, e foi muito ativo no tempo em que Tiago White escrevia em Dezembro de 1849. O Senhor não viera, como esperavam, e portanto a profecia dos 2.300 dias aparentemente não se cumpriu. O resultado foi que muitos adventistas nominais começavam a negar que Deus estava ligado ao movimento de 1844. Eles pois apostataram, alguns deles até aliviados por não serem mais conhecidos como pertencendo a um movimento que cometera um grande engano teológico. Contra todos estes Tiago White trabalhou, como ele certamente tinha que fazer se ele cria que Deus inspirava o movimento do Advento. Hoje, a situação é um tanto diferente. Nós, como Adventistas do Sétimo Dia, não desejamos questionar, por exemplo, a interpretação básica da profecia usada pelos Mileritas em medir os limites da profecia dos 2.300 dias. Nós não negamos a liderança de Deus no movimento de 1844. Nós sentimos, embora alguns de nós não entendêssemos claramente, que nós precisamos manter uma conexão precisa com o movimento de 1844 para provar que o Adventismo do Sétimo Dia surgiu em cumprimento da profecia. Mas nós muito freqüentemente procuramos apagar, ou ao menos hesitamos em admitir, uma íntima e conseqüente relação profética entre o movimento de 1844 conhecido como Milerismo e a Adventismo do Sétimo Dia conhecida hoje. As razões para isto, como já afirmamos, são o nosso embaraço pela marcação da data dos Mileritas das histórias de atos fanáticos em que eles notoriamente caíram.
  • 7. Escatologia Bíblica 7 Assim, embora passivamente estivéssemos dispostos a admitir que ns Mileritas são nossos parentes, embora não muito chegados, nós fomos habituadas a tratá-los como parentes pobres. Como Resolver o Dilema Este dilema infeliz desaparece, e a origem genuinamente profética da Igreja Adventista do Sétimo Dia aparece marcada, ao estabelecermos os seguintes sete pontos: 1º - Que o movimento Adventista do Sétimo Dia é um filho direto do movimento do Advento de Guilherme Miller, geralmente conhecido como Milerismo. 2º - Que é necessário crer nesta relação a fim de achar uma explicação de certas profecias na Bíblia, e para provar que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é de fato o último movimento de Deus no mundo. 3º - Que um estudo do Milerismo abrilhantará nossa própria fé na origem divina e na liderança do nosso movimento Adventista do Sétimo Dia, e que proverá uma resposta inteiramente satisfatória às acusações difamatórias feitas pelos inimigos da verdade por um século. 4º - Que o fato de sermos descendentes do movimento Milerita não requer que nós subscrevamos os pontos de vista individuais que podem ter sido mantidos por qualquer pregador Milerita. Nem requer que nós minimizemos a qualquer grau a significação dos ensinos distintos desenvolvidos sob a mensagem do terceiro anjo, mas sim o contrário. 5º - Que o fato dos Mileritas, geralmente, marcarem uma certa data para a vinda do Senhor não precisa embaraçar os adventistas do sétimo dia hoje. 6º - Que a história dos excessos fanáticos pelos Mileritas são em grande parte uma mistura de falsidade, e que autoridades eminentes no terreno da história admitem.
  • 8. Escatologia Bíblica 8 7º - Que o desapontamento de 22 de outubro de 1844, não provê base para a acusação de que Deus daí em diante não estivesse no movimento do Advento, e portanto não no movimento Adventista do Sétimo Dia que surgiu do Despertamento do Advento de 1840. A seguinte discussão dos quatro primeiros pontos apareceu originalmente como um extra do The Ministry de setembro de 1944, que foi impresso por resolução da Comissão da Conferência Geral. Exame do Primeiro Ponto Evidência suficiente para apoiar o primeiro ponto poderia ser aduzido simplesmente por perguntar e responder algumas perguntas simples, como segue: - Que movimento religioso chegou ao seu clímax na América em 1844? - O grande movimento da segunda vinda sob Guilherme Miller, geralmente conhecido como Milerismo. - Onde e quando o movimento Adventista do Sétimo Dia começou? - Na América em 1844. - Quem foram os primeiros adventistas observadores do sábado? - Uma companhia de Mileritas em Washington, New Hampshire. - Quem foram os primeiros dirigentes no movimento Adventista do Sétimo Dia? - Sem dúvida foram James White, Sra. White e José Bates. - Qual foi o seu fundo religioso? - Tiago White fora um pregador Milerita. Ellen Harmon White aceitou o Milerismo como moça, e ela, com seus pais, foi excluída da Igreja Metodista em Portland, Maine, por causa de suas convicções mileritas. José Bates foi um dirigente no movimento Milerita, ocupando vários cargos nas associações gerais dos Mileritas e tendo sido presidente em uma das mais importantes destas associações.
  • 9. Escatologia Bíblica 9 - Quais foram alguns outros dos pioneiros primitivos dos adventistas do sétimo dia? - Hirã Edson e Frederick Wheeler. - Quais foram suas conexões religiosas? - Ambos estes homens, eram Mileritas. Edson foi o homem que, passando pelo campo na manhã posterior ao desapontamento, recebeu a luz sobre o santuário que Cristo entrara no santíssimo no dia 22 de outubro. Edson, com outro irmão Milerita, estava a caminho na manhã de 23 de outubro para "encorajar alguns de nossos irmãos" após o desapontamento. - Para quem os nossos primeiros dirigentes adventistas do sétimo dia trabalharam quase exclusivamente por alguns anos depois de 1844? - Para os seus associados no movimenta Milerita. Os fatos incontestáveis precedentes da história parecem ser suficientes em si para liquidar a questão de nossa origem. Mas a casa torna-se consistente quando nós ouvimos o testemunho dos próprias pioneiros adventistas do sétimo dia. Procuraram eles apagar sua relação com o Milerismo para posar como alguma causa nova e diferente? Não, eles afirmavam vigorosamente que eles eram os verdadeiros sucessores espirituais daquele movimento do segundo Advento do início de 1840. Em 1850 nós publicamos o Advent Review, o predecessor do Review and Herald. O primeiro número começa assim: "Nosso desígnio nessa revista é de animar e refrescar a verdadeiro crente, mostrando o cumprimento da profecia no trabalho maravilhoso do passado de Deus ao chamar e separar do mundo e da igreja nominal, um povo que está olhando para o segundo advento do querido Salvador." – Advent Review, vol. 1, pág. 1. Em outras palavras, nossos pioneiros adventistas do sétimo dia neste Advent Review estavam elogiando o assim chamado movimento Milerita. Eles então procederam a combater aqueles "adventistas" que negavam a direção de Deus nele:
  • 10. Escatologia Bíblica 10 "Ao recapitularmos a passado, nós citaremos muito dos escritos dos dirigentes na causa do advento (Milerismo) e demonstraremos que eles no passado advogavam ousadamente e publicavam para a mundo, a mesma posição, relativa ao cumprimento da profecia nos grandes movimentos diretores do Advento em nossa experiência passada, que nós ocupamos agora; e que quando a hoste do advento esteve toda unida em 1844, eles olhavam sobre entes movimentos na mesma luz em que nós as vemos hoje, e assim demonstramos quem abandonou a fé original. – Ibid. (ênfase deles) Em vez dia procurarem apagar sua relação com o movimento Milerita, nossos pioneiros ousadamente declaravam que eles eram aqueles que estavam mantendo a fé original. Este número da Advent Review está quase cheio com artigos de dirigentes Mileritas, reimpressos de Jornais Mileritas do começo de 1840. Dois membros da "comissão publicadora" que publicou este Advent Review foram Tiago White e Hirã Edson. A capa apresenta o que segue em tipos especiais: "O Advent Review, Contendo Testemunhos Excitantes, Escritos no Espírito Santo, por muitos das Dirigentes na causa do Segundo Advento, Mostrando Sua Origem e Progresso Divinas". Abaixo estava uma linha da Escritura: "Chame à lembrança os Dias Passados". Dirigentes Posteriores Falam E qual é o testemunho de nossos pioneiros do Sétimo Dia nos anos que sucederam? É claro? Tiago White num editorial na Review and Herald de 1833 declarou: "Nós reconhecemos que estamos desapontados, e então não entendiam o evento a ocorrer no fim dos dias; porém, nós afirmamos que isto não afeta na mínima a evidência da vinda imediata de Cristo." – Review and Herald, 17 de fevereiro de 1853, p. 156. Nossos pioneiros jamais falavam de outros que estivessem desapontados em 1844. Eles sempre diziam, "Nós ficamos desapontados".
  • 11. Escatologia Bíblica 11 Um editorial da mesma pena no Review and Herald de abril de 1854, anunciou: “Nós declaramos que nos mantemos na fé do advento original.... Quanto às grandes doutrinas fundamentais ensinadas por Guilherme Miller, nós não vemos nenhuma razão para mudar nossas concepções... "Enquanto o Advent Review ocupa sua presente posição, deve-se esperar que suas colunas serão enriquecidas com artigos inspirados sobre o segundo advento das penas de Guilherme Miller, Litch, Fitch, Hale, Storrs, e outros escritos já a dez ou doze anos." – pág. 101. Em 1867 o Review and Herald continha um editorial de Urias Smith que descrevia um dos objetivos para a publicação desta revista semanal da igreja: "Um de seus objetivos especiais é uma recapitulação do grande movimento do advento passado, isto é, o movimento antes do desapontamento em outubro de 18441. Que adventista que participou daquele movimento pode olhar para trás não se rejubilará de alegria, e pode senão desejar por manifestação do Espírito de Deus, em poder igual, em conexão com o trabalho agora? E coma pode uma pessoa possivelmente entrar com algum entusiasmo sobre as novas teorias e esquemas imaginados desde 1844, que o abrigam a abandonar todo o trabalha prévio àquele tempo, ou como errôneo ou prematuro? Se Deus não esteve no trabalho então dir-nos-á qualquer adventista em que tempo Ele esteve nele desde então?... "Nós não podemos ser agradecidos demais que nós não fomos abandonados para escorregarmos do fundamento tão solidamente posto em 1844 para o movimento do advento destes últimos dias... Toda a teoria do advento que foi imaginado, que ignore o trabalho passado, é um castelo no ar, uma pirâmide sem uma base, um edifício sem um fundamento." Review and Herald, 17 de Dezembro de 1867, pág. 8. Em 1877 o livro de Urias Smith, O Santuário, foi publicado. Neste ele declarou: "A geração presente viu um movimento religioso tal como nenhuma outra geração jamais testemunhou; uma agitação mundial do assunto da segunda vinda de Cristo, chamando a centena de milhares de crentes na
  • 12. Escatologia Bíblica 12 doutrina. O tempo tem continuado; e sob o nome de Milerismo agora recebe o escárnio leviano das multidões descuidadas." – The Sanctuary, p. 13. "O grande movimento do advento de 1840-1844... fez parte da ordem e propósito de Deus. Ele portanto deve ainda ser um povo na terra como resultado daquele movimento. Ele ainda deve ser uma verdade entre os homens levando alguma relação daquele grande trabalho, e deve haver alguma explanação correta do grande desapontamento ligado com aquele movimento". – Ibid., p. 21. Adiante na mesma obra existe um capítulo intitulado "A fé Original do Advento" que discute o ponto em estudo que fora debatido com intensidade entre adventistas do sétimo dia e adventistas do primeiro dia: "Os adventistas do sétimo dia são às vezes acusados como sendo um mero trato do movimento da advento, seguidores de conclusões laterais e recém-criadas pretensões. Nós declaramos, e o demonstraremos, que nós somos os únicos que aderimos aos princípios originais de interpretação sobre os quais todo o movimento do advento se baseava, e que somos os únicos que estamos seguindo aquele movimento a seus resultados e conclusões lógicos". – Ibid., p. 1020. Em 1885 George I. Butler, então presidente da Associação Geral, escreveu uma série de artigos para o Review and Herald sob o título geral "Experiência do Advento"; Ele começou assim: "Os velhos Adventistas de '44 estão rapidamente desaparecendo. Só um pequeno punhado permanece entre nós. A massa de nosso povo não é pessoalmente conhecedor dos fatos relacionadas com o passar do tempo (em 22 de outubro de 1844). O curto período de confusão que seguiu antes do surgimento da mensagem do terceiro anjo, e os eventos ligados com sua história inicial. Não obstante existem fatos do mais profundo interesse ligados com este período interessante, que tem uma conexão vital com nosso trabalho presente. Esta mensagem está ligada com toda aquela experiência por laços indissolúveis." No fim do ano de 1890 Urias Smith começou uma série de editoriais no Review and Herald sob o título geral "A Origem e a
  • 13. Escatologia Bíblica 13 História da Mensagem do Terceiro Anjo". Ele falava do "grande movimento do advento da presente geração" "movimento que tem progredido em mais de meio século". Ele declarou que um movimento que mantém um tão importante lugar na obra de Deus, e está destinado a se fazer sentir tão profundamente no mundo religioso, deve ter muitos incidentes interessantes ligados com seu desenvolvimento e progresso". Então ele adiciona imediatamente: "Guilherme Miller, de Law Hampton, Nova York, foi o homem que na providência de Deus, foi provido para dirigir neste trabalho... Não foi senão em 1831 que ele manifestou publicamente sua opinião.. O ano de 1831 pode portanto ser estabelecido como o ano quando a primeira mensagem angélica começou a ser proclamada." – Review and Herald, 16 de dezembro de 1890, p. 7760 Este é o testemunho dos pioneiros para o primeiro meio século de nosso movimento, e pode alguém, estar melhor qualificado que eles? Aquele testemunho é claro e permite somente uma conclusão. Exame do Segundo Ponto A relação dos adventistas do sétimo dia para com o movimento Milerita torna-se ainda mais evidente, se isto fosse possível, quando nós examinamos o segundo ponto; isto é, que nós precisamos crer numa íntima relação entre nós mesmos e o Milerismo a fim de achar uma explicação de certas declarações proféticas e a fim de provar que o movimento Adventista do Sétimo Dia é o último movimento de Deus no mundo. Logo após 1844 alguns Adventistas do Primeiro Dia começaram a duvidar da genuinidade de sua "experiência" de 1844. Nossos pioneiros adventistas do sétimo dia argüiam que fazer isto importava em remover os fatos históricos sobre os quais certas profecias dependiam como prova de seu cumprimento. Tiago White disse em 1849: "Se nós negarmos a nossa santa experiência nos grandes movimentos dirigentes, no passado, tal como a proclamação do tempo em 1843 e 1844,
  • 14. Escatologia Bíblica 14 então nós não podemos demonstrar o cumprimento daquelas profecias relacionadas àqueles movimentos. Portanto, aqueles que negaram sua experiência passada, enquanto seguiam a Deus e a Sua Santa Palavra, negaram ou mal aplicaram uma porção da Palavra segura." – Present Truth, Dezembro de 1849. Agora, não é possível para nós hoje "negar" uma "experiência" de 1844. Nós ainda não tínhamos nascido. Mas quando nós procuramos nos desassociar daquela."experiência" não vamos nós tão longe quanto é possível para não irmos negando a "experiência" e não enfraquecemos nós a conexão entre a profecia e seu cumprimento? É um fato interessante que uma das primeiras produções da pena de um pioneiro adventista do Sétima Dia – Marcos Quilométricos e Altos Montões do Segundo Advento, escrito por José Bates em 1847 procurou estabelecer a fé do "pequeno rebanho", por mostrar o cumprimento de certas profecias em conexão com o movimento Milerita. Diz ele: "O desígnio do autor das seguintes páginas o de fortalecer e encorajar os sinceros de coração, ao humilde povo de Deus, que esteve e ainda estão, dispostos a guardar os mandamentos de Deus e o testemunho de Jesus, de manterem Sua experiência passada, na corrente conexa dos eventos maravilhosos e o cumprimento da profecia, que foram se desenvolvendo durante as sete pragas." - pág. 2. Certas Profecias Cumpridas Desde aquele tempo em diante os pioneiros adventistas do sétimo dia procuraram mostrar a direção divina no movimento Milerita e a relação dos Adventistas da Sétima Dia para com aquele movimento por se referirem a certas profecias. 1º - A Visão de Habacuque 2:2,3. Esta foi a ordem profética de "escrever a visão, grava-a sobre tábuas" cumulada à declaração que a "visão ainda está para cumprir no tempo determinado", que "se apressa para o fim, e não falhará; se tardar, espera-o". Os mileritas criam que a
  • 15. Escatologia Bíblica 15 publicação de seus mapas proféticos em 1842 cumpriram a primeira parte deste texto. Eles criam que a passagem da primeira data marcada para a Advento (o ano Judaico de 1843 que terminava na primavera de A.D, 1844) foi seguida pelo "tardar" da visão, e que a data final de 22 de outubro de 1844, cumpriria a predição, "se apressa para a fim, e não falhará". Comentando esta profecia, Tiago White em 1850 declarou: "Se a visão não falou no outono de 1844, então ela jamais falou, e jamais falará". Ele firmemente acreditou que Habacuque 2:2,3 se cumpriu da maneira coma os Mileritas a pregavam. A Sra. White aplica a profecia da mesma maneira. (veja Testimonies, vol. 1, p. 52; Primeiros Escritos, p. 236.) 2º - A Parábola das Dez Virgens. os mileritas criam que esta parábola, que também é uma profecia, tinha a sua aplicação e cumprimento em 1844. A "demora" do noivo eles entendiam como sendo o tempo entre sua primeira expectativa da vinda de Crista (no fim do ano Judaico de 1843, isto é, na primavera de 1844) e o verdadeiro tempo do cumprimento da profecia dos 2.300 dias a 22 de Outubro de 1844. Eles entenderam a declaração Escriturística, "A meia noite se ouviu um clamar", de ser o sonido da verdadeira mensagem como o fim da profecia dos 2.300 dias, que começou a ser ouvida no verão de 1844. De fato as próprias palavras da parábola foram usadas: "Eis o noivo! Saí ao seu encontro". Os pioneiros adventistas do sétimo dia continuavam a crer que esta parábola e profecia cumpriu-se em 1844 (veja por exemplo, O Conflito dos Séculos, pp. 393-398; Thoughts on Daniel and the Revelation, p. 640.) Em sua primeira visão a Sra. White descreveu a "Luz brilhante posta" na começo da vereda" rumo ao reino, como "o clamor da meia- noite". – Primeiros Escritos, p. 14.
  • 16. Escatologia Bíblica 16 3º - A Profecia de Apocalipse 3:1-10. Os adventistas do sétimo dia têm consistentemente tomado a posição que o movimento Milerita preenche o cumprimento desta profecia. A igreja de Filadélfia alcançou seu clímax mo grupo "que recebeu a mensagem do advento até outono de 1844, quando "todos os corações batiam em uníssono" e "egoísmo e cobiça, foram postos de lado" – Thoughts in Daniel and the Revelation, p. 395. A porta fechada e a porta aberta daquela profecia nós entendemos que signifiquem o fechamento da porta do primeiro compartimento e a abertura da porta do segundo compartimento no santuário celestial a 22 de outubro de 1844. (veja Conflito dos Séculos, p. 430). Obviamente nós não podemos aplicar esta profecia à igreja de Filadélfia a não ser que creiamos que o movimento Milerita de fato era de Deus e apresentava aquele estado de "amor fraternal" requerido pelo símbolo. 4º - A Profecia de Apocalipse 10: o anjo com um pequeno livro em sua mão. Esta profecia pode ser entendida somente em termos do desapontamento Milerita. Nossa crença denominacional é a de que a doçura da Esperança em 1844, contrastada à amargura depois do desapontamento, cumpriu a profecia a respeito do pequeno livro ser doce na boca mas amargo no ventre. A declaração, "ainda profetizes a respeito", nós entendemos como predição da pregação da mensagem do terceiro anjo. (veja Thoughts in Daniel and the Revelation, pp. 527, 528). 5º - A seqüência das três Mensagens Angélicas de Apoc. 14:6-12. Esta profecia nos amarra ao movimento Milerita de uma maneira como nenhuma outra faz. Em primeiro lugar nós mantemos que o anjo de Apocalipse 10 é idêntico com a do primeiro anjo de Apocalipse 14." – Ibidem pág. 521. Em seguida nós cremos que a mensagem do primeiro anjo de Apoc. 14 teve o seu mais completo cumprimento "na pregação de Miller e seus as associados. (Conflito, p. 368). Nós cremos igualmente que a segunda mensagem começou a ser ouvida quando os
  • 17. Escatologia Bíblica 17 pregadores Mileritas apelavam aos crentes do Advento de sair das igrejas. (Ibid. p. 389). Nós cremos que a mensagem do terceiro anjo começou a ser ouvida logo após o desapontamento em 1844 sob a pregação das pioneiros dos adventistas do sétimo dia. Mas nós também cremos que a terceira "seguiu-os, não para invalidá-las, mas somente para unir-se com elas". - Thoughts in Daniel and the Revelation, p. 664. Portanto nós temos realmente uma mensagem tríplice para o mundo. Esta é uma só teologia Adventista do Sétimo Dia. Mas sendo que isto é assim, nós somos hoje, as pregadores de uma mensagem que constitui o coração e a essência da pregação Milerita, adicionando-lhe uma terceira mensagem e verdades relacionadas. Como poderíamos estar mais intimamente ligados com o Milerismo? Falando das três mensagens de Apocalipse 14, Tiago White disse: "A verdade e o trabalho de Deus neste movimento, começando com as trabalhos de Guilherme Miller, e alcançando a fim das provas, é ilustrado par estes três anjos... Estes anjos ilustram as três grandes divisões da movimento genuíno... "Os Adventistas da Sétimo Dia asseguram o grande movimento do Advento (de 1844), portanto, têm utilidade para as mensagens. Eles não podem poupar estes elos na corrente dourada da verdade, que ligam o passado com o presente e o futuro, a mostram uma bela harmonia no grande total. "Eu o repito. As três mensagens (angélicas) simbolizam as três partes do movimenta genuíno." – Life Incidents, pp. 3fi6, 307. Isto está de acordo com a citação da Sra. White com respeito "as três mensagens angélicas de Apocalipse 14. "Todos estão unidos.", ela declara. (veja Testimonies, vol. 6, pág. 17). A inevitável conclusão disto é melhor expresso nas palavras de George I. Butler. Comparando a experiência de 1844 com a nossa, ele diz: "Se a experiência do advento não foi de Deus, isto não pode sar. Se aquilo foi um movimento fanático, este tem que sê-lo também. Mas se a primeira mensagem foi um movimento profético verdadeiro, este certamente
  • 18. Escatologia Bíblica 18 o é também. A mensagem dos "três anjos" constitui apenas uma série. Eles se mantêm de pé ou caem juntos." – Review and Herald, 10 de fevereiro de 1885, p. 89. (veja também sua declaração sobre a interligação das três mensagens em Review and Herald, 14 de abril de 1185, p. 233.) A luz das fatos históricas precedentes e as declarações proféticas, certamente sã uma conclusão é possível: os adventistas do sétimo dia são uma extensão lógica e um desenvolvimento direto do movimento profético levantado por Deus na América nas primeiras décadas do século dezenove e conhecidos geralmente como Milerismo. Exame do Terceiro Ponto Nós chegamos agora ao terceiro ponto: Que o estuda do Milerismo iluminará nossa própria fé na imagem divina e liderança do movimento adventista da Sétimo Dia e proverá uma resposta totalmente satisfatória às acusações difamatórias feitas pelas inimigas da verdade por cem anos. Como já foi citado, o Pastor Butler declarou: "Se o movimento Milerita foi um movimento fanático, este deve sê-lo também. Mas se a primeira mensagem foi um movimento profético, este certamente o é." Esta declaração não somente nos liga ao Milerismo; torna imperativo que saibamos a verdade a respeito do movimento. Nossos pioneiros sentiram isto completamente. Isto explica porque o Review and Herald apresentou muitos artigos pelos anos em defesa de Miller e o movimento do Advento dos inícios de 1840. Estes artigos são militantes e específicos. Veja esta declaração típica de George I. Butler: "Não houve "vestimentas de ascensão" ou quaisquer loucuras... Durante a noite quando a tempo passou houve reuniões durante toda a noite. Houve uns ajuntamentos de canalha embriagados uivando alto ao redor, tornando a noite horrível. Mas os crentes oravam muito seriamente a Deus para guardá-los, protegê-los e salvá-los". – Review and Herald, 17 de fevereiro de 1885, pp, 105, 106.
  • 19. Escatologia Bíblica 19 As mais ridículas e tolas histórias a respeito dos adventistas foram disseminadas, e narradas tão confidencialmente que muitos creram nelas. Foi aí que surgiu e se originou a história das "vestimentas de ascensão".... Jamais houve uma mentira mais ridícula e vergonhosa". – Ibid, 24 de fevereiro de 1885, p. 1210. A Sra. White defende os Mileritas A Sra. White freqüentemente se referiu ao reavivamento do espírito que procedia de lembrar os dias passados do movimento do advento. Mas ela escreveu mais especificamente em defesa dos Mileritas contra as acusações de fanatismo. Ela mesmo sofrera sob estas acusações, pois ela foi uma Milerita. No Grande Conflito, começando com o capítulo 18, "Luz Para os Nossos Dias", ela devota vários capítulos à discussão de Miller e o despertamento do Advento no século 19, particularmente a movimento na América. Não há nada vago em seus escritos. Foi o seguinte que ela disse, em parte, para enfrentar a acusação de fanatismo lançado contra Miller e seus associados: “Nos dias da Reforma, os inimigos desta atribuíam todos os males do fanatismo aos mesmos que estavam a trabalhar com todo o afã para combatê-lo. Idêntico proceder adotaram os oponentes do movimento adventista. E não contentes com torcer e exagerar os erros dos extremistas e fanáticos, faziam circular boatos desfavoráveis que não tinham os mais leves traços de verdade. ... “De todos os grandes movimentos religiosos desde os dias dos apóstolos, nenhum foi mais livre de imperfeições humanas e dos enganos de Satanás do que o do outono de 1844. Mesmo hoje, depois de transcorridos muitos anos, todos os que participaram do movimento e que permanecem firmes na plataforma da verdade, ainda sentem a santa influência daquela obra abençoada, e dão testemunho de que ela foi de Deus. “Miller e seus companheiros cumpriram a profecia e proclamaram a mensagem que a Inspiração predissera, mas não o teriam feito se tivessem compreendido completamente as profecias que indicavam o seu
  • 20. Escatologia Bíblica 20 desapontamento e outra mensagem a ser pregada a todas as nações antes que o Senhor viesse.” – O Grande Conflito, pág. 397, 402, 405. A negativa vigorosa da Sra. White contra falsas acusações contra os Mileritas está em completa harmonia com o testemunho unido de todos os pioneiros. Ela sentiu muita claramente que seria uma tolice elogiar Miller e seu trabalho como de Deus, e de afirmar que os adventistas do sétimo dia surgiram do Milerismo, sem procurar libertar a mente do leitor das loucas acusações contra os Mileritas. O que a Sra. White da experiência pessoal e através de inspiração podia dizer categoricamente negando as acusações de fanatismo, nós hoje podemos dizer se quisermos tornar o tempo para examinar as fontes históricas. Nenhuma declaração mais certa jamais foi feita de que muitas histórias circulavam sobre Mileritas "que não tinham a mais leve semelhança da verdade". Ninguém precisa ler muito nos relatórios originais sem chegar à conclusão que a mais inconsciente companhia de calúnia e engano foi feita contra os crentes do advento. Nós devíamos ter sabido de antemão que havia pouca verdade nas histórias fanáticas, pois aí está a declaração devastadora da Sra. White. Mas quase dominador é o poder das rumores, insinuações, e das falsas histórias. Parecem ser tão plausíveis. A mera repetição delas parece dar-lhes o que lhes faltava originalmente, a indicação de autoridade. E, podemos muito bem confessar – eles quase enganaram a alguns dos eleitos. Sem dúvida é conveniente que tenhamos uma resposta pronta para estas falsas histórias. Cada enciclopédia, de fato quase cada obra de referência, declara que nós saímos do movimento do Advento de Miller de 1840, e por inferência, se não diretamente, liga-nas com o alegado fanatismo do movimento. Mas apropriado como possa ser para nós termos uma resposta pronta, esta não é a razão porque os Adventistas deviam conhecer a verdade sobre o Milerismo. Existe uma razão mais importante. Nós precisamos conhecer a verdade a respeito daquele movimento para conservar nossos próprios pensamentos limpos e nossa
  • 21. Escatologia Bíblica 21 própria fé firme na origem divina do presente movimenta do qual somos uma parte. Exame do Quarto Ponto Nós chegamos agora ao ponto quatro: o fato de sermos oriundos do movimento Milerita não requer que nós subscrevamos os pontos de vista individuais que podem ter sido mantidos por qualquer Milerita. Nem sequer que nós minimizamos em qualquer grau a significação dos ensinos distintos desenvolvidos sob a mensagem do terceiro anjo, mas antes o contrário. Seria muito errado pensar dos adventistas do sétimo dia como estando limitados em sua ordem de doutrinas por causa de sua relação com o Milerismo. Nem se exige qualquer conclusão tal pelo fato de nossa conexão histórica. Um editorial no Review em 1854 torna isto claro: “Nós não temos nenhuma idéia que Guilherme Miller possuía toda a luz em cada ponto. A vereda do justo devia brilhar mais e mais até que o dia perfeito viesse. Ele lançou torrente de luz sobre as profecias; mas o assunto do santuário devia ser revelado ao rebanho que aguardava, no período da terceira mensagem... "Quanto às grandes doutrinas fundamentais ensinadas por Guilherme Miller, nós não vemos razão para mudarmos nossa concepção. Nós reivindicamos toda a luz do tempo passado sobre este tema glorioso, e achamos que seja o céu. E nós alegres permitimos a providência de Deus, e ao claro testemunho da Bíblia corrigir a nossa concepção sobre o santuário, e dar-nas um mais harmonioso sistema de verdades, e uma base mais firme de fé." – Review and Herald, 18 de abril, 1854, pp. 100, 101. Devia ser lembrado que Miller jantais procurou criar uma nova denominação com uma declaração de credo em toda doutrina. Antes, ele considerava o movimento do Advento como um apelo para estudar e crer a grande verdade, a volta pessoal e breve de Cristo, no ambiente de certas profecias. O milerismo não fui uma denominação, não era
  • 22. Escatologia Bíblica 22 sinônimo de um credo. O fato precisa ser conservado claro em nossas mentes. As crenças individuais dos diversos pregadores ou leigos – eles eram virtualmente de todas as persuasões religiosas – podem ter colorido o pensar de tais pessoas, mas estas não davam ao movimento sua cor real. A verdadeira cor do movimento foi a do dourado alarido da manhã do Advento Foi um movimento do Advento – um movimento cujo caráter distinto resultava do seu ambiente profético. Nós nunca devíamos esquecer que o próprio Milerismo estava preocupado primeiro com o propósito, maneira, e tempo do advento. A Essência do Milerismo Quando o movimento chegou ao seu clímax em 1844, o chamado para sair das igrejas tornou-se forte e claro. Este chamado serviu para fazer o Milerismo aparecer mais claramente dos outros grupos religiosos. Assim o movimento chegou a seu clímax no dia 22 de outubro de 1844, com uma grande verdade distinguindo-o, a hora do juízo de Deus às mãos, a primeira mensagem angélica; e com um chamado separador de sair da Babilônia, a segunda mensagem angélica. Qualquer coisa além disto não é da essência do Milerismo. Por exemplo, quando um preeminente Milerita, George Storrs, Apresentou seu ponto de vista sobre a natureza do homem – pontos estes que tanto nós e os dirigentes do Adventismo do primeiro dia cremos hoje – Miller e a maioria de seus associados se opôs à doutrina tanto por serem estranhos ao singelo propósito do movimento como por serem, como pensavam, errôneos. Se mantivermos na mente este fato histórico facilmente estabelecido que o movimento de Miller foi um grande despertamento sobre uma verdade central no ambiente de certas profecias, e portanto em cumprimento da profecia, não temos nenhuma dificuldade em compreender como os pioneiros dos adventistas do sétimo dia podiam escrever tão claramente como o fizeram com relação de nossa conexão com eles, enquanto ao mesmo tempo mantendo que Deus dera aos
  • 23. Escatologia Bíblica 23 adventistas do sétimo dia certas verdades não entendidas nem pregadas no movimento Milerita. Nossos pioneiros adventistas do sétimo dia viam um significado no trabalho que se formava sob suas humildes pregações depois de 1844, primeiro e principalmente porque eles criam que era o cumprimento da terceira mensagem angélica – a terceira numa série ligada divinamente. Eles viam a muito distinta doutrina do sábado do sétimo dia, por exemplo, no ambiente daquela terceira mensagem angélica, e declararam que somente naquele ambiente podia a força real da doutrina ser compreendida nestes últimos dias. Para Cima na Luz Crescente A mensagem tríplice, que começou como uma pregação fervorosa daquela única verdade central do Segundo Advento pessoal, e que em seguida chamou os homens a sair de Babilônia, assumiu sua completa dimensão sob a mensagem do terceiro anjo, coma uma reforma em todos os assuntos de doutrina e vida na preparação para o Advento. Isto concorda com o plano que Deus seguiu em todos os tempos, dirigindo homens â frente em luz crescente. O interesse despertado no estudo da Bíblia, particularmente das profecias, sob a mensagem do primeiro anjo, colocou os homens em uma posição ideal para Deus lhes dar iluminação. A separação das igrejas os livrou do empecilho que tantas vezes impede os homens de aceitar nova luz, o temor do que os seus associados na igreja pensariam. Desta maneira Deus preparou homens para a mensagem do terceiro anjo. Examinando fervorosamente as Escrituras, certos que Deus os dirigia até aí, e desejando seguir adiante em novas verdades, nossos pioneiros adventistas do sétimo dia procuraram a Deus com alto clamor e lágrimas. A Sra. White conta das muitas vezes que se reuniam para estudar a Bíblia e para orar. "Às vezes toda a noite era despendida em solene investigação das Escrituras, para que pudéssemos compreender a verdade para nosso tempo". – Christian Experience and Teachings, p. 193.
  • 24. Escatologia Bíblica 24 A luz veio, a verdade desdobrou-se com tal estudo e também sob o ímpeto do Espírito de Profecia, um dom dado em cumprimento da profecia. Em breve o completo significado da mensagem do terceiro anjo rompeu sabre os nossos pioneiros, e juntamente com isto veia uma compreensão de outras verdades que tinham sido ou negligenciadas ou distorcidas pelos séculos. O movimento do Advento assim desenvolveu em sua forma final para preparar um povo preparada a encontrar seu Deus. Mas, como as declarações de nossos pioneiros tornam transparentemente claro, esta fase final do movimento do Advento para os últimos dias foi sempre vista por eles como o desenvolvimento lógico e profético de um trabalho começado por Deus quando Ele despertou homens para pregar a primeira mensagem angélica. Ficai Firmes no Registro O registro histórico e o testemunho de nossos pioneiros adventistas do sétimo dia não deixam margem a uma possível dúvida concernente a nossa origem e a honorabilidade e significação profética desta origem. Nós precisamos firmarmo-nos por esse registro e testemunho. Para agir de outra maneira – dar crédito a histórias tolas sobre os Mileritas, e então procurar de separar nosso movimento do Milerismo para escapar às manchas das histórias – desmentiria o testemunho de nossos próprios pioneiros, sem dizer nada dos fatos evidentes da história. Ainda mais importante, isto removeria dos adventistas do sétimo dia sua validação profética. É – marcar isto bem – também sujaria os bons nomes de nossos pioneiros adventistas do sétimo dia – pois eles foram Mileritas, como George I. Butler disse bem: "Se aquele (movimento de Miller) foi um movimento fanático esse deve sê-lo também". – Review and Herald, 10 de fevereiro de 1885, p. 89. E como Urias Smith declarou enfaticamente: "Toda a teoria do Advento que foi preparada, que ignore o trabalho passado" (do então harmonioso corpo de crentes Adventistas) "antes de 22 de outubro de 1844), é um castelo no ar, uma pirâmide sem
  • 25. Escatologia Bíblica 25 base, um edifício sem um fundamento". – Ibid, 17 de Dezembro de 1867, p. 8. E o que seria senão ignorar "o trabalho passado" se procurarmos nos desassociar dele? Certamente aqui se aplica a admoestação da mensageira de Deus, que, depois de "rever nossa história passada" dos dias mileritas em diante, declarou: "Nada temos que temer do futuro, exceto que nos esqueçamos da maneira que o Senhor nos guiou, e seus ensinos em nossa história passada." – Life Sketches, p, 196. (Prova para apoiar os pontos cinco, seis e sete é oferecida sob "Second Advent" Objections, pp. 261-275.) Nota: Os Adventistas do Sétimo Dia e o Despertamento do Advento em Outros Países Alguém poderá perguntar: Não é verdade que o despertamento do Advento era muito mais vasto do que o Milerismo na América, e não deveríamos nós colocar antes os adventistas do sétimo dia no ambiente daquele movimenta maior? Inquestionavelmente, o despertamento não se confinou a um país. A sra. White explica isto em O Grande Conflito. Ela descreve o interesse no Advento que se desenvolveu em vários países, em maior ou menor grau, e provavelmente mais na Inglaterra que em outros países continentais. Mas deste trabalho na Inglaterra ela escreve: “O movimento ali não tomou forma definida como na América do Norte; o tempo exato do advento não era geralmente tão ensinado.” – O Grande Conflito, p. 362. Ela acrescenta que a data de 1844 para o Advento foi ensinado, explicando que um inglês, Robert Winter, "que recebera na América do Norte a fé do advento, voltou a seu país natal para anunciar a vinda do Senhor", os Mileritas muitas vezes falavam da disseminação de sua convicção profética aos vastos cantos da Terra, especialmente pela literatura. Depois de descrever a pregação do Advento em outros países, a Sra. White continua: “A Guilherme Miller e seus cooperadores coube a pregação desta advertência na América do Norte. Este país se tornou o centro da grande
  • 26. Escatologia Bíblica 26 obra do advento. Foi aqui que a profecia da mensagem do primeiro anjo teve o cumprimento mais direto. Os escritos de Miller e seus companheiros foram levados a países distantes.” “A mensagem do segundo anjo de Apocalipse, capítulo 14, foi primeiramente pregada no verão de 1844, e teve naquele tempo uma aplicação mais direta às igrejas dos Estados Unidos, onde a advertência do juízo tinha sido mais amplamente proclamada.” – Idem, 368, 389. Ainda mais, e muito importante, a pregação em outros países não tem os detalhes históricos que calham especificamente na maioria das declarações proféticas que estivemos considerando. Por exemplo, a profecia de Habacuque 2:2,3 encontrou seu cumprimento exato somente nos eventos do movimento Milerita. O mesmo é verdadeiro da parábola e da profecia das dez virgens, o tempo da demora, o clamor da meia- noite. O focalizarem a data de 22 de outubro de 1844, como o fim da profecia dos 2.300 dias, pertenciam ao movimento de Miller. A profecia do livro pequeno, primeiro doce depois amargo, aplica-se especificamente ao movimento do Advento como encontrado na América. Finalmente, como a Sra. White afirma, a primeira e segunda mensagens angélicas encontraram seu mais completo "cumprimento" e aplicação na América. É absolutamente apropriada para nós de vermos o adventismo do sétimo dia no molde geral do despertamento do advento em vários países. Se Deus é a fonte do despertamento espiritual, porque não deveríamos nós aguardar que Ele despertaria corações individuais em muitos países como o fim de todo o tempo profético se aproximasse? Mas, o fato de que existe propriamente um ambiente geral para o surgimento dos adventistas do sétimo dia não diminui de qualquer maneira o fato que existe um ambiente específico para o nosso surgimento, e este ambiente é o movimento do Advento na América chamado Milerismo. Nós sempre cremos e pregamos, como vitais para a significação profética de nosso movimento, que ele apareceu no tempo específico em cumprimento de profecias específicas. Somente no
  • 27. Escatologia Bíblica 27 Milerismo estão especificações precisas e completamente cumpridas. Este é o testemunho unido de nossos pioneiros adventistas do sétimo dia.
  • 28. Escatologia Bíblica 28 A CONDIÇÃO HISTÓRICA DO MOVIMENTO DO ADVENTO Através de toda a nossa história as três mensagens angélicas têm sido o centro de nossas pregações. Como Tiago White declarou: "A Verdade e o Trabalho de Deus neste movimento, começando com os trabalhos de Guilherme Miller, e alcançando o fim do período de provação, é ilustraria por estes três anjos.... Estes anjos ilustram as três divisões do movimento genuíno... "Os adventistas do sétimo dia mantêm o grande movimento do Advento (de 1844), portanto têm utilidade nas mensagens.... Eles não podem deixar de usar estes anéis na corrente dourada da cidade, que une o passado com o presente e o futuro, e mostram uma linda harmonia no conjunto total. "Eu o repito, as três mensagens (angélicas), simbolizam as três fontes do movimento genuíno." Para compreender corretamente e avaliar o movimento do Advento e sua distinta mensagem tríplice, nós devemos estudá-la não somente em sua relação para com o mundo todo em nosso redor mas também em relação à espécie de mundo que o precedeu. Portanto esta referência se inicia com um relatório do período precedente ao movimento do Adventismo. As Grandes Revoluções do Décimo Sexto Século A linha divisória entre o mundo medieval e o moderno, sob o efeito religioso, foi a Reforma Protestante do décimo sexto século. É o acontecimento mais importante (Ellen. G. White, 55, Life Incidents, (1868, ed.), pp. 306, 307), que sem dúvida, foi a nova compreensão sobre a fonte de autoridade religiosa. Os Reformadores Protestantes disseram que as Escrituras, não a igreja, são a fonte verdadeira. Naqueles anos de início do século ocorreu também uma revolução científica. Copérnico, conhecido como o pai da moderna astronomia, foi
  • 29. Escatologia Bíblica 29 um contemporâneo de Lutero. Foi ele o primeiro homem que começou claramente a formular a verdadeira teoria da operação dos corpos celestiais. Até aí a Terra tinha sido considerada como o centro do universo, os homens criam que o sol, a lua e as estrelas se moviam ao redor da Terra. A primeira relação para com a teoria de Copérnico, foi que ela faz com que este mundo, e o homem, parecessem muito sem importância. Os historiadores da ciência falam da revolução de Copérnico, tão grande foi o transtorno causado pelas novas idéias científicas. Nós veremos imediatamente que o pensamento científico, começou a influir sobre o pensamento religioso, no princípio colorindo-o e então dominando-o. Ao se iniciar o décimo sétimo século, ouviu-se a voz de Galileu, um dos fundadores da moderna ciência experimental. A idéia da experiência nos parece tão comum, mas em seus dias era nova e revolucionária. O método de estabelecer a verdade de qualquer ponto de vista, tinha anteriormente sido por um exame de proposições filosóficas e por deduções lógicas. Mas Galileu partiu da teoria de que o único meio de ter a certeza de que uma proposição é carta, foi a de verificá-la contra as evidências dos nossos cinco sentidos . esta base primária do mundo científico moderno aqui nos interessa porque ela gradualmente também veio a ser usada no âmbito religioso. A revolução religiosa não ficou confinada ao campo religioso e científico. Na primeira parte do décimo sétimo século viveu Descartes, pai da filosofia moderna, que rompeu com a filosofia da Idade Média, começando com a premissa maior da dúvida, em vez da fé e da crença. Desta maneira o ceticismo tornou-se dominante no campo da filosofia. Quando nos lembramos que através de todas as filosofias e da teologia do período medieval tinham estado interligadas, bem como ainda estão entrelaçadas no pensamento católico nós podemos ver quão grande foi a revolução no mundo filosófico.
  • 30. Escatologia Bíblica 30 O Décimo Oitavo Século Marcado pelo Racionalismo A próxima grande figura que desponta na área do pensamento científico, foi Sir Isaac Newton, que morreu em 1727. Cabe-lhe o crédito pela formulação detalhada das leis da mecânica celeste. Pela primeira vez apresentou-se em maneira formal não somente as moções de todos os corpos celestes mas também as leis para explicar estas moções. Todo o universo ficou parecido com uma vasta maquina que operasse ritmicamente, nunca falhando, cada parte movendo-se em relação a outras partes como umas rodas e eixos de uma grande máquina. Naturalmente, este quadro do universo começou imediatamente a atingir os pensamentos dos homens em toda a parte. Para os de mente céptica, a compreensão newtoniana do universo foi usada para apoiar um universo sem Deus, de teoria mecânica. O décimo oitavo século viu um rápido desenvolvimento no campo da ciência experimental. Uma das marcas distintas daquele século foi o seu desencantamento do dogma e da tradição e sua exaltação da natureza e da razão humanas. Na França o Racionalismo levou os homens ao ateísmo e ao culto da Razão, tão dramaticamente ilustrado na Revolução Francesa. Do outro lado do Canal, na Inglaterra, e mais longe ainda, na América, esta luz da falsa razão não brilhou tão encantadoramente. Nos países de fala inglesa os homens não se tornaram ateus, mas antes deístas. Os deístas criam que Deus era a base da origem desta terra, e de todos sobre ela. Mas eles tão completamente criam na idéia de leis naturais irrompíveis, que eles não podiam encontrar lugar para Deus, desde que o mundo foi posto em movimento. De maneira que inventaram a idéia de um tipo de Deus dominador ausente. Deus criara o mundo e então se ausentou aos recessos turvos da eternidade para comungar consigo, deixando o mundo correr como um relógio de corda.
  • 31. Escatologia Bíblica 31 Em seus anos jovens Guilherme Miller foi afetado pelo deísmo cético, até que, como ele confessou não estar bem certo se existia Deus ou se existia qualquer plano ou propósito para o mundo. As Escrituras Minadas pelo Racionalismo A. exaltação da razão humana e a glorificação da natureza e das leis naturais, que podem ser entendidas, ao menos em parte, pela experimentação, levou a questionar da necessidade da revelação. Certamente o Deus do deísmo não Se preocuparia em prover uma revelação. Ainda mais, é fácil de ver como homens que vieram a exaltar a razão concluíram que a validade de qualquer revelação alegada devesse ser medida em termos de se é razoável crer. Não há nada mais distinto na revelação das Escrituras do que a profecia e os milagres. Ambos naturalmente foram duramente atingidos pelos racionalistas. O ataque, plausível e militante, foi simplesmente de que é pouco razoável crer que eventos podiam ser preditos ou de que milagres da Escritura podem ter ocorrido. Para os racionalistas do décimo oitavo século o relatório bíblico dos milagres pareciam-se às histórias maravilhosas encontradas em religiões não cristãs. Portanto, por que deviam crer os milagres relatados na Bíblia? Mantende em mente este argumento pois nós o encontraremos básico no pensar de líderes nominalmente cristãos, uns cem, ou mais anos depois. O próprio fato que a profecia e os milagres são dois dos pilares principais que mantêm a doutrina da inspiração da Bíblia, significa que os racionalistas depunham uma estima baixa nas Escrituras quando eles não a desprezavam totalmente. A principal das doutrinas bíblicas descontadas foi a de que o homem está perdido em pecado sem esperança. Ao mesmo tempo os racionalistas começaram a concluir que nas descobertas que se fazia no ambiente científico se encontrava a esperança para um mundo melhor.
  • 32. Escatologia Bíblica 32 A Idéia do Progresso Mundial Aqui nós achamos as raízes da teoria da perfectibilidade do homem e do progresso inevitável do mundo que finalmente dominaria todos os campos de pensamento. Neste ponto o filósofo francês Rousseau, aparece, declarando que o homem é intrinsecamente bom, embora mau atualmente, e que o paradoxo se explica pelo preparo errado que a maioria dos homens recebe, e o mau ambiente em que a maior parte dos homens têm que viver. Se isto fosse a verdade, então está dentro da capacidade do homem de soltar o bem crescente que há nele e assim produzir para si uma salvação secular própria, através da educação própria e ambiente apropriado. Os pensamentos de Rousseau entoavam com as premissas básicas do pensamento do século dezoito, isto é, o avanço se pode encontrar explorando a natureza e educando a mente. Enquanto tudo isto ocorria no mundo do pensamento secular, uma idéia começou a ser promovida no mundo religioso protestante que iria finalmente colorir todo o pensamento religioso do século posterior. Um teólogo chamado Daniel Whitby, no começo do século dezoito, estabeleceu a idéia que o mundo devia se converter antes do fim do tempo, de que haveria um milênio de crescente santidade antes do Advento. Não levou muito tempo que esta déia da conversão do mundo e um milênio de justiça precedente ao Advento foi vastamente aceito. A doutrina de Whitby foi em muitos aspectos a contraparte espiritual da idéia secular da perfectibilidade do homem e o inevitável progresso do mundo. Sua doutrina também marcava uma intensa separação do princípio protestante da interpretação literal da Bíblia, e assim preparou o caminho para maiores livres manejos das Escrituras – posteriores desatenções no manejo das Escrituras.
  • 33. Escatologia Bíblica 33 A Reação Contra o Domínio da Razão Contra o uso céptico da razão no terreno secular, e no quase igual e despido escolasticismo nas grandes igrejas do Estado, veio uma reação. No mundo religioso a reação se revelou no movimento pietista. No mundo filosófico levantou-se uma escola de pensamento que tinha seu objetivo em derrubar a supremacia da razão, que pretendia que pode ser conhecido com certeza mas o que pode ser observado e objetivamente verificado pelos cinco sentidos. Deste desafio filosófico à razão um escritor observou: "Agora confrontamos o novo grande clamor do idealismo filosófico, e uma de suas mais evidentes formas, que marcou a passagem de um século para outro, (do décimo oitavo ao décimo nono), e à luz do qual somente a história teológica de nosso período se torna inteligível." Este desafio ao mau domínio da razão cética foi, ao menos em parte uma tentativa de defender a religião. De fato, alguns destes filósofos eram teólogos. Mas a cura para o racionalismo que ofereciam demonstrou ser quase tão má como a própria enfermidade, porque ela popularizou a idéia que até aí fora anátema em todos os círculos religiosos, a idéia panteísta de Deus. Os racionalistas tinham afastado a Deus nos distantes arcanos da eternidade, quando não O aboliram. Os filósofos procuravam trazê-Lo para perto entra vez., Mas na procura de trazê-Lo para perto eles foram ao outro extremo e fizeram-nO uma parte de toda a natureza, da montanha, árvore, vale e rio. É verdade que a palavra panteísmo não é usada por esses filósofos, ou pelos teólogos que vieram gradualmente a aceitar este conceito de Deus. Em vez disso, eles falavam de um "Deus imanente." Um escritor bem descreveu a doutrina de um Deus imanente como simples "alto Panteísmo", o que significava que o Deus pessoal da Bíblia foi evaporado no espírito movente e essência de toda a criação.
  • 34. Escatologia Bíblica 34 O mesmo escritor que fala deste "mais alto Panteísmo", da seguinte maneira conclui seu exame da filosofia de Immanuel Kant e dos outros filósofos idealistas que o seguiram: "Nós temos que perguntar se dentro desta grande, ou ao menos imponente conjuntura de idéias se possa achar lugar para o ser pessoal de Deus e o homem que contém um lugar central através do ambiente inteiro do pensamento bíblico, e sem o qual a religião cristã poderá nem existir nem ser concebida." Esta escola filosófica não podia deixar de influir no pensamento teológico, porque a teologia e a filosofia tinham se relacionado tradicionalmente bem, e, como já foi dito, alguns destes filósofos eram de fato teólogos. Ainda mais, os líderes nesta escola de filosofia eram alemães, e a Alemanha já era um reconhecido centro de pensamento filosófico. Aquele país devia tomar mais e mais a liderança no campo da teologia ao iniciar-se o século dezenove. (2. H. R. Mackintosh, Types of Modern Theology, p. 19. 3. Ibid, p. 30). O Teólogo Schleiermacher Nós não podemos terminar a discussão das forças que operaram na mudança dos pensamentos religiosos dos homens no século dezoito sem mencionarmos mais um nome, o do teólogo alemão Schleiermacher. Dele um escritor registra bem: “Seu trabalho no fim do décimo oitavo século abriu uma nova era não somente em teologia como um todo, mas ainda mais claramente na interpretação científica da religião.” Ele preocupava-se em proteger a religião do racionalismo, mas ele caiu na mesma cova como os filósofos idealistas, se de fato não foi puxado para a cova para lê-los. "A luta entre o Panteísmo e crença cristã herdada durante toda a sua vida" "Nós somos deixados mais que a metade em dúvida se ele por 'Deus' quer dizer um ser de caráter específico."
  • 35. Escatologia Bíblica 35 O escritor de quem acabamos de citar conta como as proposições panteístas de Schleiermacher o levaram a manchar a doutrina bíblica da criação. "As idéias assumidas do imanentismo, que dirigem sua mente... tornavam difícil para ele encontrar até um meio de valor em tais idéias como "criação do nada", ou a absoluta liberdade de Deus em chamar o universo à existência. A razão de fato é de que a doutrina da Criação, compreendida como a Bíblia a compreende, salienta aquela diferença precisa e a distância entre Deus e o homem que e o alvo do panteísmo místico ou especulativo abolir." Tão influente foi o pensamento de Schleiermacher que nós o encontramos afetando definidamente o pensamento religioso aqui na América, um século depois, como descobrirmos em tempo próprio. (4. Ibid, p. 31, 5: Ibid, p. 51, 6. Ibid, p. 59, 7. Ibid, p. 81). Somemos agora as forçar; operantes ao mudarmos do décimo oitavo ao décimo nono século: Forças Operantes à Abertura do Século Dezenove A investigação e descoberta científica foi gradualmente criado uma impressão entre os intelectuais, e até certa parte entre o público em geral, que a ciência tem a chave para o futuro e tem a fórmula para determinar o que é a verdade. A idéia do valor e respeitabilidade inerente e potencial do homem, conjugada com a idéia filosófica do progresso mundial, estava vagarosamente tomando conta das mentes dos homens. Um exame crítico de todos os relatórios anteriores, conhecidos popularmente como alta crítica quando aplicados ao relatório bíblico, estava em caminho, embora tal crítica até aí tinha sido escassamente aplicada às Escrituras. Em círculos religiosos e filosóficos uma compreensão imanente e mística de Deus e assim de todo o mundo sobrenatural, estava começando a infetar o Cristianismo.
  • 36. Escatologia Bíblica 36 Não obstante, nenhum destes pontos de vista, tinha lá pelos 1840, mudado de qualquer maneira a compreensão de Deus e da teologia cristã que o Protestantismo em geral trouxera dos tempos da Reforma. É verdade que o Cristianismo em geral aceitara então a idéia pós-Reforma da conversão do mundo, com o seu milênio de santidade terrestre precedente ao Advento. Sem dúvida, também, as igrejas se tornaram inconscientemente manchadas com a visão mística de Deus e o sobrenatural que era mantido pelos filósofos e outros. Mas, devia-se repetir, que existe um entendimento em geral entre os historiadores eclesiásticos que até mais ou menos a metade do século dezenove, a teologia Protestante estava essencialmente sem mudança. Isto foi por duas razões: Primeiro, leva tempo para o fermento de novas idéias de mudar a forma e o caráter de alguma cousa tão grande como o Protestantismo. Segundo, a teoria darwiniana da evolução, que parecia valorizar, coordenar, e dar significação adicional a muitas das novas idéias na ciência e na filosofia, não fora ainda proclamada. O Movimento Milerita Neste momento histórico tão espiritual e intelectual significativo, o movimento do Advento começou sob a pregação de Guilherme Miller, à consideração do que nós agora nos dedicamos. Para evitar confusão, nós denominaremos estes primeiros poucos anos do movimento do Advento Milerismo, para o distinguir do movimento adventista do sétimo dia, que emergiu como uma entidade distinta depois de 1844. O Movimento Milerita, embora começasse com a pregação de Miller em 1831, não se tornou um movimento bem definido até 1840. Foi então que um número de outros ministros se uniram com Miller para levar avante um trabalho conjugado. De então até 22 de outubro de 1844, o movimento cresceu intensivamente em força, até que sua mensagem foi ouvida através de toda a América e em terras longínquas.
  • 37. Escatologia Bíblica 37 Os oponentes teológicos do Milerismo estavam dispostos a concordar que certas profecias bíblicas grandes se acabavam de cumprir ou estavam por se cumprir, e de que uma mudança momentosa nos negócios que o evento principal, pendente, era a vinda literal, pessoal, de Cristo com juízos de fogo, pois eles criam na conversão do mundo. O mundo secular tinha de maneira mais evidente vindo a crer na perfectibilidade do homem e do progresso geral do mundo, e portanto estavam indispostos de dar ouvidos às pregações mileritas. Ainda mais, a doutrina da vinda pessoal e literal de Cristo era contrária à mística e panteísta idéia de Deus, que já ganhava um ambiente definido em círculos intelectuais; embora não esteja claro até que ponto afetava o pensamento do clero em 1940. Portanto, não é difícil ver por que a pregação milerita enfrentou uma oposição tão generalizada. Pregação da Primeira e Segunda Mensagem Os Mileritas jamais deixaram de salientar o fato de que não pregavam uma doutrina nova nem estranha, que em vez disso eles estavam recebendo a esperança e o ensino dos apóstolos e, por sua vez, dos Reformadores do décimo sexto século. Eles também declaravam que cumpriam Apoc. 4:6 e 7. Damos em seguida as palavras de um de seus mais preeminentes oradores: “Nós vemos a proclamação que foi feita, como sendo a do anjo que proclamou, „é vinda a hora de seu juízo.‟ (Apoc. 1:6 e 7). É um clamor que deve alcançar toda,s as nações; é a proclamação do „evangelho eterno‟ ou „este evangelho do reino‟. De uma outra maneira, este clamor tem ido adiante pela terra onde quer que seres humanos se encontrem, e nós tivemos a oportunidade de ouvir do fato.” (itálicos supridos). Quando as igrejas quase uniformes zombavam de suas pregações, ridicularizando até a idéia da vinda literal e pessoal de Cristo, os Mileritas então proclamaram: "Caída é Babilônia." Eles geralmente declaravam isto em termos da linguagem de Apoc. 18, e desta maneira
  • 38. Escatologia Bíblica 38 foram capazes de não somente fazer um anúncio mas de transmitir uma ordem: "Sai dela, povo Meu." Porém, embora fizessem a proclamação, primeiro nos termos de Apoc. 18, eles chamaram a atenção ao fato de que a mesma mensagem em essência é encontrada em Apoc. 14:8, e que é uma mensagem que segue em seguida à de Apoc. 14: 6 e 7. Em outras palavras, eles creram que estavam proclamando o que nós descrevemos como a primeira e segunda mensagens angélicas. Em sua denúncia das igrejas como Babilônia, elas tornaram central na acusação o fato de que ao igrejas assumiram uma visão espiritualizada das Escrituras, e desta maneira vaporizavam a grande verdade da vinda literal de Cristo. Na controvérsia Milerita com as igrejas com respeito à espiritualização, nós encontramos em embrião, toda a controvérsia adventista com as igrejas sobre sua espiritualização das mais literais passagens da Escritura. Depois de 22 de outubro de 1844, o movimento próprio de Miller se dissolveu antes que qualquer questão séria fosse levantada sobre a terceira mensagem de Apocalipse 14. O Surgimento dos Adventistas do Sétimo Dia Entre os grupos mileritas divergentes e perplexos no princípio de 1845, encontrava-se alguns que estavam completamente persuadidos que não havia engano na interpretação básica da profecia, de que 1844 era o grande ano, e que eles apenas se apegassem à sua fé e pedissem ao Senhor por luz, eles em breve veriam onde o engano particular se encontrava e poderiam continuar dali, construindo sobre os fundamentos já postos. Este pequeno grupo, pequeno e mal definido, foi o núcleo do Movimento Adventista do Sétimo Dia. (8. Josias, Litch em Advent Shield, nº 1, (1844), págs. 86 e 87). Como este pequeno grupo foi corrigido em sua compreensão do significado do santuário é tão bem conhecido dos Adventistas para ser discutido aqui. Bem conhecida era também a história de como a verdade
  • 39. Escatologia Bíblica 39 do sábado, o sétimo dia, foi levada ao grupo de crentes adventistas, em Washington, New Hampshire, por uma Batista do Sétimo Dia, Rachel Preston. Mas o que parece não ser tão bem conhecido é de como a verdade do sábado se ancorou na mensagem do terceiro anjo, e por sua vez, se tornou central à pregação profética dos adventistas do sétimo dia. Em poucas palavras a história é a seguinte: Em 1846, José Bates, um dos pertencentes ao pequeno grupo original que constituía nossos pais espirituais, escreveu um folheto a favor do sábado, o sétimo dia. Naquele folheto ele usa o simples e elementar argumento em favor do sábado, isto é, de que fora estabelecido na Criação, e reafirmado no Sinai por ser incluído nos Dez Mandamentos, que são o código moral para todos os homens em todos os tempos. Naquele mesmo folheto ele se refere rapidamente à ponta pequena de Daniel 7, que pensaria em mudar os tempos e as leis, especialmente a lei do sábado. Ele pergunta aos crentes do Segundo Advento, o grupo para quem o folheto foi preparado, porque eles não duvidariam desta parte da profecia de Daniel, sendo que tinham tão grande confiança em todas as visões de Daniel. Na segunda edição deste folheto, publicada em janeiro de 1847, Bates expande o argumento profético pelo sábado unindo a citação de Daniel à declaração de João em Apoc. 14:9-11. Ao fazê-lo ele conseguiu duas coisas: proveu um novo argumento pelo sábado e um novo argumento contra o domingo. Ele realmente fez muito mais do que isto, quando ele e seus associados na observância do sábado logo compreenderam. Ele deu uma interpretação às palavras de João em Apocalipse 14:9-11, que qualificou os remanescentes observadores do sábado do Milerismo de sair a outros crentes do Advento com o apelo que era mais ou menos assim: Todos nós durante o movimento Milerita críamos que Deus nos proveu para pregar a mensagem do anjo de Apoc. 14: 6 e 7. Todos nós oramos que Deus nos chamou também para pregar a mensagem de Apocalipse 14:8. Mas por que devíamos nós estacionar com estas duas passagens quando a Bíblia revela claramente que uma terceira seguirá? Não é esta terceira uma verdade presente e sensível para
  • 40. Escatologia Bíblica 40 estes dias que seguem imediatamente a 1844, e não deveríamos crer nela e em seguida proclamá-la? Assim José Bates e seus associados apelavam aos Adventistas observadores do domingo. Em geral suas respostas eram que não estavam mais certos das mensagens do primeiro e segundo anjos, e portanto como poderiam eles esperar de ter certeza sobre a terceira? Foi esta crescente atitude de descrença da parte de outros adventistas que levaram Tiago White a afirmar: "Nós pretendemos estar na fé adventista original." Naturalmente, nossos pioneiros declaravam que outras pessoas adventistas, por causa de suas dúvidas quanto à primeira e segunda mensagem, se não sua renúncia delas, tinham "abandonado a fé original." (No The Advent Review aquelas quatro palavras estão em grandes letras maiúsculas). É evidente, portanto, que desde o começo este movimento adventista do sétimo dia considerou como básico e central suas crenças e as suas pregações da terceira mensagem dos anjos de Apoc. 14:6-11. Ponto de Vista Restrito no Início Com Respeito à Mensagem do Terceiro Anjo Para manter claro o relatório histórico, deveria ser lembrado de passagem que no princípio nossos antepassados espirituais consideravam a primeira e a segunda mensagens como tendo sido dadas, no sentido que elas tinham sido completamente cumpridas, e assim não deviam mais ser uma parte da pregação Adventista. Este ponto de vista é compreensível ao nos lembrarmos o que criam sobre três fatos importantes. 1. Eles criam que a fase investigativa do juízo, que precede o advento de Cristo, era a fase do juízo executivo, e seria excessivamente breve. Assim, a "hora do Seu juízo" poderia ser considerado como descrevendo primeiro a vinda de Cristo em glória. Esta mensagem os homens tiveram ampla oportunidade de ouvir e agir. Se não tivesse sido pregada em toda a extensão da América e nos países distantes?
  • 41. Escatologia Bíblica 41 2. A mensagem do segundo anjo era considerada como de um fato totalmente cumprido, que Babilônia caíra, e num determinado ponto da história, em 1844. 3. O mundo em geral tinha passado seu dia de graça, misericórdia – a porta da oportunidade estava fechada. Daí nossos antepassados espirituais criem que eles deviam focalizar a terceira mensagem, e consistentemente eles criam bem no próprio começo que eles deviam proclamar esta mensagem aos companheiros adventistas, que não estavam sob a condenação do segundo anjo, e que eram inteiramente conhecedores com o relato, alcance da primeira mensagem angélica. (9. Review and Herald, April, 18, 1844, p. 101. 10. Ibid., Aug. 1850, nº 1, p. 1). A Verdadeira Medida da Tríplice Mensagem Mas o valor e a importância da tríplice mensagem não deve ser medido apenas da parte de nossos pais, mas por um estudo das próprias mensagens, e então, por sua vez, por uma comparação das declarações proféticas destas mensagens com os eventos decorridos. Não nos esqueçamos que nós cremos que as três mensagens angélicas são declarações proféticas relacionadas com os eventos dos últimos dias. Portanto, os anos que decorressem proveriam prova maior ou desaprovariam as declarações que os adventistas tinham sempre feito, que as mensagens são aquelas mais necessitadas pelo mundo nos últimos dias. Em outras palavras, a pretensão do movimento adventista que foi iniciado por Deus para pregar uma mensagem diferente e muito apropriada para as últimas horas da história terrena devia encontrar sua validez nos eventos da história que deviam ocorrer desde o dia de nossa primeira pregação em 1840 até a última hora da história terrestre. Deus jamais é surpreendido. Ele não espera pôr em andamento um movimento ou a mensagem longamente após o tempo em que é preciso; antes Ele o põe em movimento para antecipar uma necessidade. Desta
  • 42. Escatologia Bíblica 42 maneira, os desencadeantes eventos da história, como se enquadram na mensagem profética de Deus provêem de uma validez convincente, pois eles revelam a previsão divina dAquele que deu a mensagem. Têm os eventos que se transformam desde 1844, até ao nosso tempo provido apoio às nossas predições proféticas baseadas em Apocalipse 14, e nossa declaração que a nossa mensagem, portanto, é mais apropriada e verdadeira hoje do que jamais poderia ter sido antes? Esta é plenamente a questão diante de nós, e é por isto que eu intitulei meus estudos, "A Crescente Propriedade de Tempo da Tríplice Mensagem." Doutrinas e Profecias Apresentadas na Tríplice Mensagem Não obstante, antes de eu apresentar um esboço dos anos de 1844 ao presente, me permitam apresentar as doutrinas e predições proféticas que são ou explícitas ou implícitas na tríplice mensagem: 1º - Deve-se proclamar uma mensagem nos últimos dias da história terrestre, mensagens que não é um evangelho novo, nem uma fórmula para salvação, mas "o evangelho eterno". Evidentemente será necessário salientar muito especificamente este evangelho eterno, a fim de encontrar algum item que deve se desenrolar nos últimos dias da história terrestre. 2º - Existe um chamado aos homens para que adorem, não a um Deus panteísta, nem um Deus evolucionista, nem um Deus místico, mas o Deus Criador, os homens devam "temer a Deus... e adorar Aquele que fez os céus e a terra." Evidentemente existe a necessidade nos últimos dias para salientar uma grande verdade elementar, com respeito à natureza, o caráter e a autoridade de Deus. 3º - Uma mensagem deve ser dada anunciando um clímax à história da terra, e isto sem demora. Mas o clímax deve ser em juízo, rápido e decisivo, não em transição imperceptível de santidade pela conversão universal. Nós podemos corretamente aqui unir os juízos investigativo e executivo, ao considerarmos a última importância desta mensagem do
  • 43. Escatologia Bíblica 43 juízo. Em outras palavras, deve haver uma grande necessidade de pregar uma verdade particular com respeito ao caráter dos eventos que estão no fim do caminho, que os homens podem saber definitivamente o que está À FRENTE. Existe a necessidade de apresentar o que teólogos descreveriam como uma escatologia finamente preparada, uma doutrina das últimas coisas, uma doutrina do juízo e do Advento. 4º - Esta mensagem de que a hora do juízo de Deus é vinda, tem implícita em si, a mensagem que Cristo vem a segunda vez, pessoalmente, externamente e em breve. Foi somente quando homens começaram a aceitar a doutrina da conversão do mundo e um milênio terrestre que eles permitiram que a doutrina da vinda literal de Cristo se apegasse em suas mentes. As Escrituras sempre uniram conjuntamente o fato de final juízo de Deus com a vinda pessoal de Cristo. Não é uma extensão sem garantia do texto dizer que a mensagem da hora do juízo é também a mensagem da vinda literal de Cristo pela segunda vez. 5º - Mas esta mensagem do juízo que focaliza nossas mentes no clímax da história da terra também leva o nosso olhar diretamente ao santuário nos altos céus, para verificar a maneira em que o trabalho expiador de Cristo pelo pecado é executado. Evidentemente deve haver uma necessidade grande e crescente nos últimos dias da história da terra de trazer aos homens uma clara compreensão da realidade do pecado e mostrar que nós podemos ser purificados dele. A mensagem conta com o fator tempo; ela começa em 1844. 6º - Está implicado nesta tríplice mensagem um chamado para guardar a santa lei de Deus, pois o chamado de "temer a Deus", à vista do juízo, pode apropriadamente ser relatado em termos de Ecl. 12:13 e 14: "De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus, e guarda os Seus mandamentos; porque este é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más." Aqui temos uma mensagem de explícita obediência a uma norma moral claramente definida.
  • 44. Escatologia Bíblica 44 Esta conclusão razoável que um chamado para guardar a lei de Deus é implícita na tríplice mensagem, é reforçada pela descrição dos santos de Deus que é apresentada imediatamente seguido o anúncio da tríplice mensagem: "Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus." Apoc. 14:12. A Mensagem do Segundo Anjo 7º - Uma mensagem deve ser dada de que as organizações religiosas caíram espiritualmente, caíram do alto nível espiritual no qual deviam andar, caíram das grandes verdades cardeais que deviam distinguir os seguidores de Cristo. Vai além dos limites desta preleção apresentar a evidência que Babilônia descreve as igrejas caídas. Este ponto eu posso te como certo ao dirigir-me a um auditório adventista. Que esta queda de Babilônia é progressiva pode ser concluído do fato que a mensagem é repetida em Apoc. 18, mas com ênfase elevada e novos detalhes. Embora o primeiro e o terceiro anjo de Apoc. 14, são mencionados como clamando em uma "alta voz", o segundo anjo não é assim descrito. Eu não salientaria este ponto, embora seja um fato interessante que os nossos pioneiros fizeram. E, por contraste, eles também salientaram o fato que o anjo de Apocalipse 118, tinha "grande poder", e a terra é "iluminada por sua glória", e "ele clamou fortemente com uma voz alta." Embora Babilônia tenha caído, ela contém muitos do povo de Deus. A tarefa dos que proclamam a segunda mensagem, é a tarefa de chamar homens para fora. Evidentemente as condições no mundo religioso devem se desenvolver para que haja a necessidade de ressoar nos dias à frente, um novo e mais alto clamor que nunca tenha sido feito antes: "Caiu, caiu Babilônia," "Sai dela, povo Meu."
  • 45. Escatologia Bíblica 45 A Mensagem do Terceiro Anjo 8º - Existe explícita uma advertência contra o culto dominical. Outra vez posso dizer, parenteticamente, que vai além do ambiente destas conferências mostrar que a marca da besta é o culto ao domingo. Isto eu devo poder considerar entendido ao dirigir-me a uma conferência de ministros adventistas. 9º - Existe implícito na tríplice mensagem um chamado para guardar o santo sábado de Deus, o que é evidente por duas razões: (1) Nós já descobrimos que existe implícito o chamado para guardar a santa lei de Deus, que inclui o sábado; e, (2) se devemos advertir os homens contra a observância do sábado errado, é evidente que a nossa mensagem não está completa até que tenhamos apresentado a mensagem do verdadeiro sábado. 10º - A Tríplice Mensagem apresenta cinco profecias: a) Que Roma e os Estados Unidos estarão dominando. Não nos esqueçamos que em toda a discussão da terceira mensagem nós devemos pensar dela em relação ao décimo terceiro capítulo de Apocalipse, pois a besta, e a imagem da besta, mencionados em Apocalipse 14:9, encontram a sua explicação no décimo terceiro capítulo. De fato, é no verso 16 daquele capítulo que nós primeiro achamos uma referência da marca da besta. Portanto, vendo a terceira mensagem angélica no fraseado do décimo terceiro capítulo, nós estamos certos ao declarar que a terceira mensagem contém uma profecia que nos últimos dias Roma e os Estados Unidos estarão dominando nos negócios mundiais. b) Que o Protestantismo estará dominando nos negócios dos Estados Unidos. c) Que o Protestantismo estará, de alguma maneira ao menos, unido. Obviamente, se o Protestantismo deve adquirir uma posição dominante nos negócios da nação, ele deve apresentar uma frente bem mais unida do que foi a de 1844. Naquele tempo o marco de destaque do
  • 46. Escatologia Bíblica 46 Protestantismo nos Estados Unidos, como em outra parte, foi a sua qualidade divisória e guerreira. d) Que haverá uma cooperação unida entre Roma e os Estados Unidos. Como poderia a segunda besta de Apocalipse 13 chamar os homens a fazer uma imagem à primeira besta, que recebeu e se recuperou da ferida mortal, a não ser que houvesse um entendimento único entre eles? E é da besta e de sua imagem que o terceiro anjo fala. e) Que nos últimos dias o Sábado do Sétimo Dia terá um significado como um sinal de aliança com Deus. O contexto claramente o implica. Eu não creio ter passado os limites da dedução razoável das palavras da Escritura, no que eu aqui tenho dito à medida que as doutrinas e declarações proféticas, ou explícitas ou implícitas na tríplice mensagem. De fato, creio que estou apenas relatando a posição adventista há muito tempo estabelecida e a interpretação destas mensagens. Nossos pioneiros brevemente compreenderam que a tríplice mensagem contém as proposições aqui enumeradas, o que significa que eles rapidamente que a sua primeira vaga concepção da primeira e segunda mensagem angélica como estando no passado, estava errada, a que em vez disto, o primeiro anjo é seguido pelo segundo e então pelo terceiro, não no sentido mensagens completas separadas, mas antes no sentido de uma mensagem que aumenta, crescendo em volume e tornando-se tríplice em caráter. Assim eles rapidamente viram que todas as três mensagens têm significado e tempo determinado até o fim da história da terra. Muito particularmente, eles vieram com o tempo a entender que a queda de Babilônia é progressiva, o que importava em colocar no futuro o dia de sua completa queda ou apostasia total.
  • 47. Escatologia Bíblica 47 Tríplice Mensagem Muitas Vezes Pregada em Ambiente Limitado Demais Que esta tem sido nossa crença desde os mais primitivos tempos é evidente de nossa literatura. Porém, um exame daquela literatura através dos longos anos até agora, revelará, eu creio, essencialmente isto com respeito a nossas pregações das três mensagens: 1º - Nós geralmente apresentamos a mensagem do primeiro anjo em uma maneira um tanto restrita, isto é, simplesmente em apoio da doutrina do juízo investigativo, que devia começar no fim do período dos 2.300 dias. 2º - Nós apresentamos a mensagem do segundo ano especialmente em termos de queda das igrejas em 1844, e em termos de certas provas de apatia espiritual imediatamente subseqüente a isto. E eu poderia adicionar que estas provas de apatia espiritual nos anos subseqüentes a 1844, têm muitas vezes sido de um caráter vago e geral; em outras palavras, uma espécie de acusação geral das igrejas como faltando vitalidade e vigor espiritual. De fato, nossa literatura, particularmente em décadas recentes, parece conter relativamente pouco sobre a mensagem do segundo anjo, comparado com o primeiro e o terceiro. Um exame dos assuntos titulares de muitos evangelistas por um número de anos tem impressionado em mim a mesma conclusão. 3º - Através dos anos nós temos apresentado inquestionavelmente a terceira mensagem angélica de maneira militante e diretamente. Porém, a maior parte de nós apresentavam-na quase exclusivamente em termos simplesmente de guardar o "sétimo dia", como a Lei de Deus manda em vez de guardar o dia como o papado manda. Agora tudo isto é bom até o ponto que alcançou, mas nestas três mensagens estão predições proféticas para os últimos dias, e se a pregação adventista com Apoc. 14:6-11 como apoio deve tornar-se cada vez mais apropriada a nosso tempo, do que os anos que passam deviam ter nos levado a dar força aumentada e largura e exatidão a nossas
  • 48. Escatologia Bíblica 48 pregações destas três mensagens angélicas. Não posso escapar da convicção, que nós não temos exposto a tríplice mensagem com a amplitude crescente que os eventos que mudam nos anos garantem. O que estes eventos que mudam têm sido, e como estão relacionados às mensagens tríplices, eu agora vou procurar expor. Pregando a Tríplice Mensagem Mais Completamente A fim de apresentar um ambiente histórico adequado para uma avaliação da tríplice mensagem, é necessário adicionar à nossa investigação da apostasia religiosa uma investigação de certos desenvolvimentos dos tempos modernos. Eu penso em três que implicam no aspecto profético da tríplice mensagem: 1) a tendência para a união da igreja, 2) o poder crescente Roma, 3) o declínio da liberdade no mundo. Consideremo-los em ordem: 1) A Tendência para a União da Igreja: Primeiro, a tendência para a união da igreja. As diferenças em pontos de vista doutrinários eram em grande parte responsáveis pelas corporações religiosas separadas do Protestantismo. Mas quando a Bíblia começou a perder seu status único como um livro inteiramente inspirado, as igrejas começaram a perder o interesse nas doutrinas. E ao diminuir tal interesse, resultou um certo tipo de tolerância entre as igrejas, uma tolerância que surgiu do sentimento que não havia nada realmente merecedor de lutas no terreno doutrinário. Com os muros doutrinários caindo entre as denominações, o maior dos obstáculos à união das igrejas, caiu. Então veio a grande depressão, com dias mais escuros a seguir, para apressar a tendência a favor da união das igrejas. Os eclesiásticos começaram a apelar pela união visando assegurar para a cristandade uma força adicional para encontrar os males ameaçadores do que começaram a descrever como uma nova Idade Escura.
  • 49. Escatologia Bíblica 49 Na América, um número de organizações religiosas foram organicamente unidas com outras organizações religiosas. O mesmo também se materializou em outros países. Criou-se também o Concílio Federal de Igrejas de Cristo na América, agora fundido no Concílio Nacional das Igrejas. Hoje, algumas das maiores organizações nesta federação são a exploração séria da possibilidade de uma união real de todo o Protestantismo na América. Mais recentemente se cristalizou um longo e planejado Concílio Mundial de Igrejas, que procura atingir, incluir todo o cristianismo não Católico Romano. Em 1938, quando os planos para este Concílio Mundial estavam definidamente tomados, forma o órgão do Concílio Federal das igrejas declara em editorial: "Uma nova tendência está permeando as igrejas – uma tendência uniforme em vez de divisória. Existe uma compreensão aprofundada ao fato que a própria natureza da igreja, como o único corpo de Cristo, requer união. Também existe a elevada compreensão que a situação do mundo que confronta todas as igrejas hoje é um chamado de clarim pela União." De fato, tão forte foi esta "nova tendência", mesmo em 1938, quando aquele editorial foi escrito, que em janeiro do ano seguinte, numa reunião da comissão provisional do Concílio Mundial, a seguinte resolução foi tomada: "O presidente fica autorizado a escrever ao Vaticano dando informações a respeito da formação do Concílio Mundial e demonstrando a esperança de que em vista de seus interesses comuns em opor-se ao secularismo disseminado e paganismo que houvesse ao menos alguma medida de cooperação Católico-Romana em certos aspectos do Concílio. O concílio foi finalmente criado em 1948, numa reunião impressiva que houve em Amsterdã, Holanda, à qual vieram dignitários de igrejas da maioria da cristandade não Católica Romana. A próxima de ser mantida em 1954 nos Estados Unidos.