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Educação Infantil
Profa. Solange Leme de Oliveira
[...] educar crianças pequenas não é apenas
tomar conta, exige um(a) profissional que não
deve seguir o modelo escolar nem no conteúdo,
nem no espaço, nem no tempo...” (Ana Lúcia Goulart de
Faria).
“É na singularidade da construção quotidiana
do espaço, do tempo, da organização e das
práticas que o trabalho com crianças pequenas
ganha tonalidade própria”. (Marcos Cezar de Freitas)
Crianças de 0 a 5 anos
Como são?
Que fazem?
O que gostam de fazer?
Quais seus projetos?
Sociologia da Infância no Brasil – uma área em construção
(Abramowicz e Oliveira)
Século XIX
Na contrapartida do trabalho infantil, pobreza,
grande mortalidade das crianças, estas passam a
serem vistas a partir de olhar “médico”. Surgem as
grandes estatísticas sobre o que se espera em termos
de desenvolvimento - perspectiva biológica que
esquadrinha, mede, pasteuriza, normatiza e
normaliza a criança e prescreve uma infância.
Psicologia
• mede inteligência, prescreve o desenvolvimento,
dividindo crianças por idades, capacidade mental,
elaborando padrões para observar etapa por
etapa
• idade é “marca”, categoria, definindo crianças
imaturas, as que não aprendem, quando falar,
quando deixar de usar fraldas...
• gráficos com curvas de normalidade
• divisão por gênero (qual disciplina a menina, ou o
menino aprende mais); divisão por raça e etnia.
Sociologia da Infância
Primeira metade do século XX
Crianças, sua infância e cultura são descritas por
sociólogos
A partir de 1980 - Sociologia da Infância ganha
corpo:
Na França saindo da Sociologia da Educação
Na Inglaterra e Estados Unidos de estudos de
feministas e da Antropologia
No Brasil, a partir dos 90 com a confluência entre
pedagogos e o sociólogos.
Perspectiva estrutural-funcional rompe com
perspectiva durkeimiana
Criança passa ser pensada como ator social de
seu processo de socialização, construtora de
sua infância
Novas metodologias buscam entender as
crianças como produtoras de cultura a partir
delas próprias.
Maior parte dos estudos realizada em
contextos escolares. Autores sugerem que a
chamada cultura da infância existe mais nos
espaços e tempos onde a criança tem algum
grau de poder e controle.
Sociologia da Infância
Não utiliza expressamente um autor ou teoria
aproveita da sociologia interacionista – faz leitura crítica do
conceito de socialização, reconsidera a criança como ator
social.
Criança não é vista como “criança universal, essencial,
fora da história”, pois diferentes espaços estruturais
diferenciam as crianças ser social e histórico.
Busca superar a perspectiva da idade
conceito de geração para melhor pensar o caráter relacional
infância/idade adulta.
Procura desescolarizar a criança
criança e o aluno dois “ofícios”,
O que faz parte da infância?
“(...) A infância é um encontro entre os tempos e
as gerações, e as descontinuidades. Ela é o
encontro de um tempo cronológico e do tempo
intempestivo. Pensar a criança e sua infância é
pensar a contemporaneidade...”, para entendê-
la é preciso incorporar a diversidade
Culturas escolas, culturas da infância e culturas
familiares... (Barbosa)
Escola pública e obrigatória
Objetivo: igualdade entre pessoas, progresso da nação, desenvolvimento
econômico
Crença iluminista mudança da sociedade por meio da escolarização
em massa
A escola infantil começa com característica assistencialista: atender
às famílias de camadas populares, cujas mães saiam para o trabalho
nas fábricas e ganha outro sentido com o trabalho feminino
incorporado em todas as classes sociais
Com avanços na psicologia - infância é vista como época com
características peculiares, norteadora do desenvolvimento.
Questão atual: é possível oferecer educação de qualidade para
todos?
Nova questão
Antes, a socialização primária era feita na família,
hoje é feita em vários pontos: família, creche,
televisão...
Sociedade em transição
Antes – valores da família consoantes com valores
do trabalho,
hoje – ideias de solidariedade, amizade, confiança
conflitam com comportamentos de competitividade
do mercado de trabalho (comportamentos que os
próprios pais assumem).
Outra questão
Escola tem sido a instituição social central para
veicular, de forma homogênea, a cultura considerada
“legítima” e desconsiderar as “não legítimas” (não
hegemônicas). Neste sentido escolarização =
colonização.
Proposta/reflexão
Infância – experiência heterogênea. “O conceito de
espaço das crianças entende as escolas como
sendo ambiente de várias possibilidades: culturais,
sociais, econômicas, políticas, éticas, estéticas,
físicas (...) Escola é prática ética e política (...)”.
Esta escola pensa, se organiza e funciona
atendendo a diversidade, a diferença, a
contemporaneidade...
A criança no Brasil atual
1988 – Constituição Federal reconhece direito ao
atendimento da criança de zero a seis anos.
1990 – Estatuto da Criança e Adolescente destaca este
direito
1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9.394
“O dever do Estado com educação escolar pública será
efetivado mediante a garantia de (... atendimento gratuito
em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de
idade”.
1998 – Referencia Curricular Nacional para Educação Infantil,
lançado pelo MEC - referencias e orientações pedagógicas
que “visam contribuir com a implantação ou implementação
de práticas educativas de qualidade que possam promover e
ampliar as condições necessárias para o exercício da
cidadania das crianças brasileiras.”
Aspectos críticos da educação pública
• Na divisão creche e pré-escola, falta visibilidade à
primeira e a segunda é vista como antecipação da
escola
• Há visões adulteradas do que é infância
como período universal, ou de “preparação para ser
adulto”
• As classes são muito numerosas
organização das classes e até do prédio escolar partem
da concepção administrativo-financeira e não da
educativa
O cuidar e o educar - atribuições da educação
infantil
“Educar significa propiciar situações de cuidados,
brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma
integrada e que possam contribuir para o
desenvolvimento das capacidades infantis (...)” [RCNEI]
Categorias curriculares buscam organizar os
conteúdos a serem trabalhados de forma
globalizante, visando “abranger diversos e múltiplos
espaços de elaboração de conhecimentos;
diferentes linguagens; construção da identidade; os
processo de socialização e o desenvolvimento da
autonomia”.
Formação pessoal e Social e Conhecimento de Mundo
Identidade Autonomia
Movimento
Música
Linguagem oral e escrita
Artes visuais
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Natureza e Sociedade
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O coletivo infantil em creches e pré-escolas (Faria)
“Deve-se substituir a ânsia pelo amanhã pela
riqueza de hoje, acolhendo o presente (...) sem
deixar de traçar o futuro; olhar para a infância
agora e não como algo que dará frutos amanhã;
observar suas capacidades de inovar que
enriquecem também os adultos” (Stacioli inFaria, p. 46)
Paul Klee (modernista)
As artes presentes no dia-a-dia
Projeto pedagógico proposta de Mario de Andrade
Linguagem infantil: outras formas de leitura (Melo)
Vídeo: Bebe finge que está lendo -
https://www.youtube.com/watch?v=TR6OMSO
yXY4
Proposta
Com base em estudos atuais de Vygotsky,
inverter a prática de contaminar o ensino de
Educação Infantil com práticas do Ensino
Fundamental e fazer o caminho inverso:
valorizar múltiplas formas de expressão no
Ensino Fundamental, uma vez que desenho,
pintura, faz-de-conta, modelagem, construção,
dança, a própria fala são essenciais para a
formação da identidade, desenvolvimento da
inteligência e personalidade da criança.
Antecipação da escolarização
concepção a ser quebrada
Escrita – representação de segunda ordem
Para Vygotsky, a aquisição da escrita resulta de um
longo processo de desenvolvimento das funções
executivas – pré-história da linguagem escrita.
• “(...) Esta história é constituída por ligações em geral
não perceptíveis à simples observação e começa com
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• “Entre o gesto e o signo dois elementos se interpõem:
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Brincar - atividade básica das crianças dos 3 aos 6 anos
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de-conta na escola.
Duas teses da teoria interacionista:
1. Sobre o processo de conhecimento humano
Novas gerações se apropriam dos instrumento culturais
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atividades para os quais eles foram criados. Na linguagem
escrita: comunicação e registro.
2. Sobre o momento mais adequado para o professor
influenciar no processo de desenvolvimento da infância.
Atividades que buscam ensinar a escrita a partir dos
elementos mais simples (por exemplo, as letras) separam o
instrumento cultural de sua finalidade, ocupando tempo que
poderia ser dedicado a outras formas de expressão que
dariam base mais sólida para a apropriação da escrita pela
criança.
Diretrizes apontadas por Vygotsky
• Que o ensino da escrita se apresente de modo
que a criança sinta necessidade dela
• Que a escrita seja apresentada às crianças não
como um ato motor, mas como uma atividade
cultural complexa
• Que a necessidade de aprender a escrever seja
espontânea da mesma forma que a necessidade
de falar
• Ensinar às crianças a linguagem escrita e não as
letras.
Por amor e por força – rotinas na Educação
Infantil (Barbosa)
Rotina: atividades de cuidado / atividades
pedagógicas
Quatro fatores fundamentais na realização das
rotinas
• Organização do ambiente
• Uso do tempo
• Seleção e proposta de atividades
• Seleção e oferta de materiais
Organização do ambiente
Reflete concepções, expectativas, cultura, a
maneira de compreender a criança
• Creche – concepções higienistas
Espaços
ambientes disponíveis criam variações nas rotinas,
levantam possibilidades, favorecem ou não a
construção de estruturas cognitivas e subjetivas da
criança.
Exemplo de diferença devida à cultura
• Escolas europeias – pátios cobertos
representam espaços públicos e crianças
aprendem desde cedo a cuidar do ambiente
coletivo. Há mesas, cadeiras de tamanhos
adequados às crianças e aos adultos.
• Brasil – cultura escravocrata persiste - adultos
encarregados de limpar os espaços coletivos.
Tempo – fluxo constante
Kairós / Cronos
Tempo natural X Tempo - relógio
Sociedade mais complexa – homem começa a
planejar seu tempo com os outros – tempo
social
“Vivemos uma época de aceleração permanente do
tempo (...) É o tempo do capital que assume
prioridade (...) A aquisição do tempo é uma aquisição
psicológica e cultural”
Na escola de educação infantil
Relógio = entrada no mundo externo.
Seleção e proposta de atividades
Modalidades organizativas do tempo pedagógico
atividades permanentes, sequências didáticas, projetos,
atividades pontuais.
Rotinas
possibilitam às crianças diferenciarem os diferentes
momentos do dia.
alternam atividades:
• Livres X orientadas
• Calmas X agitadas
• Individuais X coletivas
Características da rotina
• Fixidez da sequência
• Duração das atividades
• Ordem predeterminada
Ao repetir, aprende-se a fazer algo que se sabe de um
jeito diferente, desenvolvendo-se ou aprimorando-se
habilidades.
Crítica
Excesso de conteúdos com subdivisões,
“copiando” o horário do Ensino Fundamental II
tornam a rotina uma camisa de força.
leitura
pintura
lavar mãos
Lanche
pátio
higiene
quebra-cabeça
preparação para saída
Seleção e oferta de materiais
Essenciais na organização da rotina –
diversidade e manuseio mostram concepção
sobre criança e ensino
Projetos pedagógicos na educação infantil (Barbosa
e Horn)
Projeto – pensar / fazer – são elaborados e executados
com as crianças e não para as crianças.
Este trabalho redimensiona concepções de currículo
que não pode ser fechado / pré-definido integralmente
/ com lista extensa e fragmentada de conteúdos
obrigatórios
Projetos pedagógicos na educação infantil (Barbosa
e Horn)
Mudança de paradigma das ciências –
perspectiva disciplina para interdisciplinar e
transdisciplinar
Movimento Escola Nova – Dewey e Kilpatrick
Passos norteadores
Decidir propósito do projeto
Realizar plano de ação
Executar
Julgar trabalho realizado
Princípios fundamentais (Dewey)
a. Intenção –
compreendida e
desejada por todos
b. Situação-problema
c. Ação
d. Real experiência
anterior
e. Investigação científica
f. Integração
g. Prova final (houve
aprendizagem)
h. Eficácia social
Atualmente
i. Contexto sócio-
histórico
j. Conhecimento das
características dos
grupos envolvidos
k. Atenção à diversidade
l. Enfoque em temáticas
contemporâneas e
pertinentes à vida das
crianças
Projeto pedagógico e aprendizagem
• Biológico / maturacional
• Ambientalista
• Construtivista
• Socioconstrutivista aprendizagem ganha
perspectiva social e multidimensional
• Culturalista
Algumas formas de trabalho com projetos
• Reggio Emila
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A avaliação na educação infantil e da educação
infantil (Vital Didonet)
Política Nacional da Educação Infantil
garantir a realização de estudos, pesquisas de diagnóstico da realidade
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Avaliação DA Educação Infantil – observa condições nas quais se dá a
Educação Infantil – documentos de orientação operacional. Ex.
• Parâmetros Nacionais de Qualidade para Educação Infantil (2006)
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• Critérios para um atendimento em Creches que respeitem os
direitos fundamentais da criança (2009):
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Avaliação DA Educação Infantil
Indicadores de qualidade na Educação Infantil (2009)
observam: (http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/indic_qualit_educ_infantil.pdf
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Observam:
• Planejamento institucional
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Avaliação NA Educação Infantil
• LDB, art. 31 “Na Educação Infantil, a avaliação far-se-á
mediante acompanhamento e registro do
desenvolvimento infantil, sem o objetivo de promoção,
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• RCNEI – avaliação formativa: “conjunto de ações que
auxiliam o professor a refletir sobre as condições de
aprendizagem oferecidas e ajustar sua prática `s
necessidades colocadas pelas crianças. Tem função de
acompanhar, orientar, regular e redirecionar esse
processo como um todo”. (p. 59 - vol 1).
Avaliação formativa
Principais instrumentos: observação e registro
• Anedotários
• Planilhas
• Livro da memória do grupo
• Portfólios
• Dossiês
AS CEM LINGUAGENS DA CRIANÇA
Loris Malaguzzi
A criança
é feita de cem.
A criança tem cem mãos
cem pensamentos
cem modos de pensar
de jogar e de falar.
Cem, sempre cem
modos de escutar
de maravilhar e de amar.
Cem alegrias
para cantar e compreender.
Cem mundos
para descobrir.
Cem mundos
para inventar.
Cem mundos
para sonhar.
A criança tem
cem linguagens
(e depois cem, cem, cem)
mas roubaram-lhe noventa e nove.
A escola e a cultura
lhe separam a cabeça do corpo.
Dizem-lhe:
de pensar sem as mãos
de fazer sem a cabeça
de escutar e de não falar
de compreender sem alegrias
de amar e de maravilhar-se
só na Páscoa e no Natal.
Dizem-lhe:
de descobrir um mundo que já existe
e de cem roubaram-lhe noventa e nove.
Dizem-lhe:
que o jogo e o trabalho
a realidade e a fantasia
a ciência e a imaginação
o céu e a terra
a razão e o sonho
são coisas
que não estão juntas.
Dizem-lhe enfim:
que as cem não existem.
A criança diz:
Ao contrário, as cem existem.
Reggio Emilia
Vídeo: Conhecendo Reggio Emilia:
https://www.youtube.com/watch?v=vEnTD8wO
Zz4
Questão retirada de Colégio Pedro II – prova preliminar de Educação Infantil -
http://www.cp2.g12.br/concurso/docentes/publico/2013/comunicados/1_fase/gabaritos/gabarit
os/EI.pdf
A inclusão das crianças no movimento histórico de conquista dos direitos
humanos possibilita uma modificação cultural nas concepções de infância.
Na perspectiva sociocultural e histórica, a compreensão do homem e das
suas relações com o conhecimento, com a cultura e com os modos de
subjetivação da criança e do adulto na contemporaneidade coaduna-se com
a ideia de infância como:
• A) uma etapa biológica da vida, em que a criança é um ser incompleto,
em formação, reprodutora da cultura na qual está inserida.
• B) uma categoria histórica e cultural, na qual a criança é um sujeito de
direito, produto e produtora de cultura reconhecida em suas
especificidades.
• C) uma fase da vida extrínseca ao mundo, que necessita de cuidados e
instruções de preparação para a vida plena adulta.
• D) a etapa da vida improdutiva na escala hierárquica social que, a partir
das experiências orientadas pelos adultos irá conquistar, nas etapas
subsequentes, uma posição social e o status de produtora de cultura
Questão retirada de Colégio Pedro II – prova
preliminar de Educação Infantil
Ao observar as rotinas na Educação Infantil, Maria Carmen Silveira
Barbosa, em seu livro “Por amor e por força: rotinas na educação
infantil” (2007), aponta a possibilidade de romper com uma
organização estática da duração das atividades desenvolvidas. De
acordo com a visão da autora, a opção que descreve essa
possibilidade é:
• A) algumas rotinas têm tempo cronometrado, definindo os limites
precisos e externos ao grupo de crianças, ao educador e à
atividade.
• B) algumas rotinas apresentam maior flexibilidade, cerceando o
processo de desenvolvimento do trabalho.
• C) os usos dos tempos são pensados pelos profissionais,
independentemente do momento de execução, das prioridades
estabelecidas, dos tempos individuais.
• D) as crianças precisam de momentos fixos em sua sequência,
mas não rígidos em sua duração.
Questão retirada de Colégio Pedro II – prova
preliminar de Educação Infantil
Segundo as orientações legais do Ministério da Educação (MEC), o
professor na Educação Infantil, preocupado em avaliar o trabalho
pedagógico e o desenvolvimento das crianças, deve:
• A) observar os caminhos que cada criança vem percorrendo em
busca do conhecimento de mundo e do desenvolvimento de
valores pessoais.
• B) comparar e pontuar para os pais se o desenvolvimento da
criança está compatível para o que é esperado naquela etapa.
• C) apontar aspectos atitudinais das crianças, com julgamento de
valor sobre o seu desenvolvimento em termos socioafetivos e
cognitivos.
• D) analisar se cada criança está se desenvolvendo no mesmo ritmo
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Educação Infantil e Desenvolvimento da Criança

  • 1. Educação Infantil Profa. Solange Leme de Oliveira [...] educar crianças pequenas não é apenas tomar conta, exige um(a) profissional que não deve seguir o modelo escolar nem no conteúdo, nem no espaço, nem no tempo...” (Ana Lúcia Goulart de Faria). “É na singularidade da construção quotidiana do espaço, do tempo, da organização e das práticas que o trabalho com crianças pequenas ganha tonalidade própria”. (Marcos Cezar de Freitas)
  • 2. Crianças de 0 a 5 anos Como são? Que fazem? O que gostam de fazer? Quais seus projetos?
  • 3. Sociologia da Infância no Brasil – uma área em construção (Abramowicz e Oliveira) Século XIX Na contrapartida do trabalho infantil, pobreza, grande mortalidade das crianças, estas passam a serem vistas a partir de olhar “médico”. Surgem as grandes estatísticas sobre o que se espera em termos de desenvolvimento - perspectiva biológica que esquadrinha, mede, pasteuriza, normatiza e normaliza a criança e prescreve uma infância.
  • 4. Psicologia • mede inteligência, prescreve o desenvolvimento, dividindo crianças por idades, capacidade mental, elaborando padrões para observar etapa por etapa • idade é “marca”, categoria, definindo crianças imaturas, as que não aprendem, quando falar, quando deixar de usar fraldas... • gráficos com curvas de normalidade • divisão por gênero (qual disciplina a menina, ou o menino aprende mais); divisão por raça e etnia.
  • 5. Sociologia da Infância Primeira metade do século XX Crianças, sua infância e cultura são descritas por sociólogos A partir de 1980 - Sociologia da Infância ganha corpo: Na França saindo da Sociologia da Educação Na Inglaterra e Estados Unidos de estudos de feministas e da Antropologia No Brasil, a partir dos 90 com a confluência entre pedagogos e o sociólogos.
  • 6. Perspectiva estrutural-funcional rompe com perspectiva durkeimiana Criança passa ser pensada como ator social de seu processo de socialização, construtora de sua infância Novas metodologias buscam entender as crianças como produtoras de cultura a partir delas próprias. Maior parte dos estudos realizada em contextos escolares. Autores sugerem que a chamada cultura da infância existe mais nos espaços e tempos onde a criança tem algum grau de poder e controle.
  • 7. Sociologia da Infância Não utiliza expressamente um autor ou teoria aproveita da sociologia interacionista – faz leitura crítica do conceito de socialização, reconsidera a criança como ator social. Criança não é vista como “criança universal, essencial, fora da história”, pois diferentes espaços estruturais diferenciam as crianças ser social e histórico. Busca superar a perspectiva da idade conceito de geração para melhor pensar o caráter relacional infância/idade adulta. Procura desescolarizar a criança criança e o aluno dois “ofícios”,
  • 8. O que faz parte da infância? “(...) A infância é um encontro entre os tempos e as gerações, e as descontinuidades. Ela é o encontro de um tempo cronológico e do tempo intempestivo. Pensar a criança e sua infância é pensar a contemporaneidade...”, para entendê- la é preciso incorporar a diversidade
  • 9. Culturas escolas, culturas da infância e culturas familiares... (Barbosa) Escola pública e obrigatória Objetivo: igualdade entre pessoas, progresso da nação, desenvolvimento econômico Crença iluminista mudança da sociedade por meio da escolarização em massa A escola infantil começa com característica assistencialista: atender às famílias de camadas populares, cujas mães saiam para o trabalho nas fábricas e ganha outro sentido com o trabalho feminino incorporado em todas as classes sociais Com avanços na psicologia - infância é vista como época com características peculiares, norteadora do desenvolvimento. Questão atual: é possível oferecer educação de qualidade para todos?
  • 10. Nova questão Antes, a socialização primária era feita na família, hoje é feita em vários pontos: família, creche, televisão... Sociedade em transição Antes – valores da família consoantes com valores do trabalho, hoje – ideias de solidariedade, amizade, confiança conflitam com comportamentos de competitividade do mercado de trabalho (comportamentos que os próprios pais assumem).
  • 11. Outra questão Escola tem sido a instituição social central para veicular, de forma homogênea, a cultura considerada “legítima” e desconsiderar as “não legítimas” (não hegemônicas). Neste sentido escolarização = colonização.
  • 12. Proposta/reflexão Infância – experiência heterogênea. “O conceito de espaço das crianças entende as escolas como sendo ambiente de várias possibilidades: culturais, sociais, econômicas, políticas, éticas, estéticas, físicas (...) Escola é prática ética e política (...)”. Esta escola pensa, se organiza e funciona atendendo a diversidade, a diferença, a contemporaneidade...
  • 13. A criança no Brasil atual 1988 – Constituição Federal reconhece direito ao atendimento da criança de zero a seis anos. 1990 – Estatuto da Criança e Adolescente destaca este direito 1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9.394 “O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de (... atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade”. 1998 – Referencia Curricular Nacional para Educação Infantil, lançado pelo MEC - referencias e orientações pedagógicas que “visam contribuir com a implantação ou implementação de práticas educativas de qualidade que possam promover e ampliar as condições necessárias para o exercício da cidadania das crianças brasileiras.”
  • 14. Aspectos críticos da educação pública • Na divisão creche e pré-escola, falta visibilidade à primeira e a segunda é vista como antecipação da escola • Há visões adulteradas do que é infância como período universal, ou de “preparação para ser adulto” • As classes são muito numerosas organização das classes e até do prédio escolar partem da concepção administrativo-financeira e não da educativa
  • 15. O cuidar e o educar - atribuições da educação infantil “Educar significa propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis (...)” [RCNEI] Categorias curriculares buscam organizar os conteúdos a serem trabalhados de forma globalizante, visando “abranger diversos e múltiplos espaços de elaboração de conhecimentos; diferentes linguagens; construção da identidade; os processo de socialização e o desenvolvimento da autonomia”.
  • 16. Formação pessoal e Social e Conhecimento de Mundo Identidade Autonomia Movimento Música Linguagem oral e escrita Artes visuais Matemática Natureza e Sociedade
  • 17. Artes visuais - sob o olhar da criança O coletivo infantil em creches e pré-escolas (Faria) “Deve-se substituir a ânsia pelo amanhã pela riqueza de hoje, acolhendo o presente (...) sem deixar de traçar o futuro; olhar para a infância agora e não como algo que dará frutos amanhã; observar suas capacidades de inovar que enriquecem também os adultos” (Stacioli inFaria, p. 46)
  • 19. As artes presentes no dia-a-dia Projeto pedagógico proposta de Mario de Andrade
  • 20. Linguagem infantil: outras formas de leitura (Melo) Vídeo: Bebe finge que está lendo - https://www.youtube.com/watch?v=TR6OMSO yXY4
  • 21. Proposta Com base em estudos atuais de Vygotsky, inverter a prática de contaminar o ensino de Educação Infantil com práticas do Ensino Fundamental e fazer o caminho inverso: valorizar múltiplas formas de expressão no Ensino Fundamental, uma vez que desenho, pintura, faz-de-conta, modelagem, construção, dança, a própria fala são essenciais para a formação da identidade, desenvolvimento da inteligência e personalidade da criança.
  • 23. Escrita – representação de segunda ordem Para Vygotsky, a aquisição da escrita resulta de um longo processo de desenvolvimento das funções executivas – pré-história da linguagem escrita. • “(...) Esta história é constituída por ligações em geral não perceptíveis à simples observação e começa com a escrita no ar (gesto)”. • “Entre o gesto e o signo dois elementos se interpõem: o desenho e o faz-de-conta”. Brincar - atividade básica das crianças dos 3 aos 6 anos necessário repensar o tempo dedicado ao desenho e ao faz- de-conta na escola.
  • 24. Duas teses da teoria interacionista: 1. Sobre o processo de conhecimento humano Novas gerações se apropriam dos instrumento culturais elaborados na sociedade á medida em que realizam atividades para os quais eles foram criados. Na linguagem escrita: comunicação e registro. 2. Sobre o momento mais adequado para o professor influenciar no processo de desenvolvimento da infância. Atividades que buscam ensinar a escrita a partir dos elementos mais simples (por exemplo, as letras) separam o instrumento cultural de sua finalidade, ocupando tempo que poderia ser dedicado a outras formas de expressão que dariam base mais sólida para a apropriação da escrita pela criança.
  • 25. Diretrizes apontadas por Vygotsky • Que o ensino da escrita se apresente de modo que a criança sinta necessidade dela • Que a escrita seja apresentada às crianças não como um ato motor, mas como uma atividade cultural complexa • Que a necessidade de aprender a escrever seja espontânea da mesma forma que a necessidade de falar • Ensinar às crianças a linguagem escrita e não as letras.
  • 26. Por amor e por força – rotinas na Educação Infantil (Barbosa) Rotina: atividades de cuidado / atividades pedagógicas Quatro fatores fundamentais na realização das rotinas • Organização do ambiente • Uso do tempo • Seleção e proposta de atividades • Seleção e oferta de materiais
  • 27. Organização do ambiente Reflete concepções, expectativas, cultura, a maneira de compreender a criança • Creche – concepções higienistas Espaços ambientes disponíveis criam variações nas rotinas, levantam possibilidades, favorecem ou não a construção de estruturas cognitivas e subjetivas da criança.
  • 28. Exemplo de diferença devida à cultura • Escolas europeias – pátios cobertos representam espaços públicos e crianças aprendem desde cedo a cuidar do ambiente coletivo. Há mesas, cadeiras de tamanhos adequados às crianças e aos adultos. • Brasil – cultura escravocrata persiste - adultos encarregados de limpar os espaços coletivos.
  • 29. Tempo – fluxo constante Kairós / Cronos
  • 30. Tempo natural X Tempo - relógio Sociedade mais complexa – homem começa a planejar seu tempo com os outros – tempo social “Vivemos uma época de aceleração permanente do tempo (...) É o tempo do capital que assume prioridade (...) A aquisição do tempo é uma aquisição psicológica e cultural” Na escola de educação infantil Relógio = entrada no mundo externo.
  • 31. Seleção e proposta de atividades Modalidades organizativas do tempo pedagógico atividades permanentes, sequências didáticas, projetos, atividades pontuais. Rotinas possibilitam às crianças diferenciarem os diferentes momentos do dia. alternam atividades: • Livres X orientadas • Calmas X agitadas • Individuais X coletivas
  • 32. Características da rotina • Fixidez da sequência • Duração das atividades • Ordem predeterminada Ao repetir, aprende-se a fazer algo que se sabe de um jeito diferente, desenvolvendo-se ou aprimorando-se habilidades.
  • 33. Crítica Excesso de conteúdos com subdivisões, “copiando” o horário do Ensino Fundamental II tornam a rotina uma camisa de força. leitura pintura lavar mãos Lanche pátio higiene quebra-cabeça preparação para saída
  • 34. Seleção e oferta de materiais Essenciais na organização da rotina – diversidade e manuseio mostram concepção sobre criança e ensino
  • 35. Projetos pedagógicos na educação infantil (Barbosa e Horn) Projeto – pensar / fazer – são elaborados e executados com as crianças e não para as crianças. Este trabalho redimensiona concepções de currículo que não pode ser fechado / pré-definido integralmente / com lista extensa e fragmentada de conteúdos obrigatórios
  • 36. Projetos pedagógicos na educação infantil (Barbosa e Horn) Mudança de paradigma das ciências – perspectiva disciplina para interdisciplinar e transdisciplinar Movimento Escola Nova – Dewey e Kilpatrick Passos norteadores Decidir propósito do projeto Realizar plano de ação Executar Julgar trabalho realizado
  • 37. Princípios fundamentais (Dewey) a. Intenção – compreendida e desejada por todos b. Situação-problema c. Ação d. Real experiência anterior e. Investigação científica f. Integração g. Prova final (houve aprendizagem) h. Eficácia social Atualmente i. Contexto sócio- histórico j. Conhecimento das características dos grupos envolvidos k. Atenção à diversidade l. Enfoque em temáticas contemporâneas e pertinentes à vida das crianças
  • 38. Projeto pedagógico e aprendizagem • Biológico / maturacional • Ambientalista • Construtivista • Socioconstrutivista aprendizagem ganha perspectiva social e multidimensional • Culturalista
  • 39. Algumas formas de trabalho com projetos • Reggio Emila • Freinet • Jolibert • Escola Moderna Portuguesa • High Scope • Howard Gardner • Fernandez Hernandez
  • 40. A avaliação na educação infantil e da educação infantil (Vital Didonet) Política Nacional da Educação Infantil garantir a realização de estudos, pesquisas de diagnóstico da realidade da educação infantil no país e definir políticas públicas para a área. Avaliação DA Educação Infantil – observa condições nas quais se dá a Educação Infantil – documentos de orientação operacional. Ex. • Parâmetros Nacionais de Qualidade para Educação Infantil (2006) • Parâmetros básicos de Infraestrutura dos Estabelecimentos • Critérios para um atendimento em Creches que respeitem os direitos fundamentais da criança (2009): portal.mec.gov.br/dmdocuments/direitosfundamentais.pdf
  • 41. Avaliação DA Educação Infantil Indicadores de qualidade na Educação Infantil (2009) observam: (http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/indic_qualit_educ_infantil.pdf ) Observam: • Planejamento institucional • Multiplicidade de experiências e linguagens • Interação • Promoção de saúde • Espaço, materiais e mobiliário • Formação e condições de trabalho dos profissionais • Cooperação e troca com famílias e participação na rede de proteção social
  • 42. Avaliação NA Educação Infantil • LDB, art. 31 “Na Educação Infantil, a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento infantil, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental. • RCNEI – avaliação formativa: “conjunto de ações que auxiliam o professor a refletir sobre as condições de aprendizagem oferecidas e ajustar sua prática `s necessidades colocadas pelas crianças. Tem função de acompanhar, orientar, regular e redirecionar esse processo como um todo”. (p. 59 - vol 1).
  • 43. Avaliação formativa Principais instrumentos: observação e registro • Anedotários • Planilhas • Livro da memória do grupo • Portfólios • Dossiês
  • 44. AS CEM LINGUAGENS DA CRIANÇA Loris Malaguzzi A criança é feita de cem. A criança tem cem mãos cem pensamentos cem modos de pensar de jogar e de falar. Cem, sempre cem modos de escutar de maravilhar e de amar. Cem alegrias para cantar e compreender. Cem mundos para descobrir. Cem mundos para inventar. Cem mundos para sonhar. A criança tem cem linguagens (e depois cem, cem, cem) mas roubaram-lhe noventa e nove. A escola e a cultura lhe separam a cabeça do corpo. Dizem-lhe: de pensar sem as mãos de fazer sem a cabeça de escutar e de não falar de compreender sem alegrias de amar e de maravilhar-se só na Páscoa e no Natal. Dizem-lhe: de descobrir um mundo que já existe e de cem roubaram-lhe noventa e nove. Dizem-lhe: que o jogo e o trabalho a realidade e a fantasia a ciência e a imaginação o céu e a terra a razão e o sonho são coisas que não estão juntas. Dizem-lhe enfim: que as cem não existem. A criança diz: Ao contrário, as cem existem.
  • 45. Reggio Emilia Vídeo: Conhecendo Reggio Emilia: https://www.youtube.com/watch?v=vEnTD8wO Zz4
  • 46. Questão retirada de Colégio Pedro II – prova preliminar de Educação Infantil - http://www.cp2.g12.br/concurso/docentes/publico/2013/comunicados/1_fase/gabaritos/gabarit os/EI.pdf A inclusão das crianças no movimento histórico de conquista dos direitos humanos possibilita uma modificação cultural nas concepções de infância. Na perspectiva sociocultural e histórica, a compreensão do homem e das suas relações com o conhecimento, com a cultura e com os modos de subjetivação da criança e do adulto na contemporaneidade coaduna-se com a ideia de infância como: • A) uma etapa biológica da vida, em que a criança é um ser incompleto, em formação, reprodutora da cultura na qual está inserida. • B) uma categoria histórica e cultural, na qual a criança é um sujeito de direito, produto e produtora de cultura reconhecida em suas especificidades. • C) uma fase da vida extrínseca ao mundo, que necessita de cuidados e instruções de preparação para a vida plena adulta. • D) a etapa da vida improdutiva na escala hierárquica social que, a partir das experiências orientadas pelos adultos irá conquistar, nas etapas subsequentes, uma posição social e o status de produtora de cultura
  • 47. Questão retirada de Colégio Pedro II – prova preliminar de Educação Infantil Ao observar as rotinas na Educação Infantil, Maria Carmen Silveira Barbosa, em seu livro “Por amor e por força: rotinas na educação infantil” (2007), aponta a possibilidade de romper com uma organização estática da duração das atividades desenvolvidas. De acordo com a visão da autora, a opção que descreve essa possibilidade é: • A) algumas rotinas têm tempo cronometrado, definindo os limites precisos e externos ao grupo de crianças, ao educador e à atividade. • B) algumas rotinas apresentam maior flexibilidade, cerceando o processo de desenvolvimento do trabalho. • C) os usos dos tempos são pensados pelos profissionais, independentemente do momento de execução, das prioridades estabelecidas, dos tempos individuais. • D) as crianças precisam de momentos fixos em sua sequência, mas não rígidos em sua duração.
  • 48. Questão retirada de Colégio Pedro II – prova preliminar de Educação Infantil Segundo as orientações legais do Ministério da Educação (MEC), o professor na Educação Infantil, preocupado em avaliar o trabalho pedagógico e o desenvolvimento das crianças, deve: • A) observar os caminhos que cada criança vem percorrendo em busca do conhecimento de mundo e do desenvolvimento de valores pessoais. • B) comparar e pontuar para os pais se o desenvolvimento da criança está compatível para o que é esperado naquela etapa. • C) apontar aspectos atitudinais das crianças, com julgamento de valor sobre o seu desenvolvimento em termos socioafetivos e cognitivos. • D) analisar se cada criança está se desenvolvendo no mesmo ritmo e modo das outras crianças da sua faixa etária.

Notas do Editor

  1. Explicar a intenção na apresentação – relacionar as diferentes obras indicadas na bibliografia
  2. Deixar pensar respostas e passar vídeo do Menino, quem foi teu mestre
  3. Apresenta um histórico do modo de perceber a criança - ponto de vista da sociologia
  4. Lembrar de Gesell (1880 0 1961) psicólogo maturacionista
  5. Durkheim criança marginalizada e passiva sob imposição dos valores adultos.
  6. Pensar sobre isso: como estão as escolas? Como deveria ser a escola que atende as populações mais pobres?
  7. Falar da divisão atual: creche e pré-escola no RCNEI
  8. A expressão da crianças – olhar que se espanta e registra o que vê / da maneira que o compreende
  9. Mario de Andrade quando diretor do Departamento de Cultura do município de São Paulo faz concurso de desenhos infantis, coleta vários desenhos. Vê, assim como outros modernistas, a arte como fundamental para as crianças, devendo estar no seu cotidiano e não apenas algumas horas por semana (paralelo com Wallon),
  10. Falar sobre o gesto como início da fala para Wallon e o brincar como atividade na zona de desenvolvimento proximal.
  11. O espaço e o tempo estão ligados a um caráter exclusivamente subjetivo. A criança pequena mensura uma distância ou passagem do tempo em função, principalmente, das sensações do seu corpo, isto é, algo pode passar muito rápido, se é prazeroso, ou muito devagar, se é desagradável. É o tempo “cairós” que gira em função do desejo. “Tempo” para a criança é o tempo de suas ações.
  12. Falar do mito de que crianças tem atenção flutuante e pouco tempo de concentração nas atividades.
  13. Comentar Piaget e Montessori sobre a repetição