2. Aplicação do AO:
23-08-2009: aprovação e ratificação por Portugal;
25-01-2011: calendarização da aplicação;
2011-2012: aplicação ao sistema educativo;
01-01-2012: aplicação ao Governo e a todos os
serviços, organismos e entidades dependentes.
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3. Razões para um AO
1ª Histórica: é importante acabar com a deriva ortográfica de
quase um século – desde 1911 que se procura a unificação
ortográfica entre países lusófonos, até hoje, sem êxito;
2ª Lusófona: a língua portuguesa é um instrumento de
comunicação de 8 países, 4 continentes e mais de uma dúzia
de organizações internacionais;
3ª Pedagógica: nas várias escolas e instituições pelo mundo
fora, onde se ensina e cultiva o português convém que haja
uma só ortografia, pois tal facilita a aprendizagem.
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5. Em que consiste?
• Uniformização das regras de
escrita, não da forma de todas as
palavras:
– continuam a existir diferenças entre a forma
como se escreve em diferentes países;
– não se uniformizam formas isoladas que
tradicionalmente têm escritas diferentes em
vários países.
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6. Que aspetos são alterados?
• Maiúsculas/Minúsculas
• Eliminação de acentos
• Eliminação de consoantes mudas
• Utilização do Hífen
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7. Maiúsculas/Minúsculas
• Minúscula obrigatória:
– nomes de meses: janeiro, setembro
– nomes de estações do ano:
primavera, verão
– formas fulano, beltrano e sicrano
• Contudo:
– em nomes próprios – maiúscula:
Rio de Janeiro/ Maria Primavera
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8. Maiúsculas/Minúsculas
Opcional:
– títulos de obras, após o 1º elemento:
• O Cavaleiro da Dinamarca/ O cavaleiro da Dinamarca
– títulos de santos:
• Santo António/ santo António
– domínios do saber, cursos e disciplinas:
• Matemática/matemática
– categorizações de logradouros públicos, templos
ou edifícios:
• Rua do Ouro/rua do Ouro, Templo de Diana/templo de
Diana
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9. Maiúsculas/Minúsculas
Importante não esquecer:
– o português permite o uso de maiúscula em
nomes comuns para efeitos de
destaque, reverência, etc.
– cada individuo, no seu uso pessoal e profissional
deve preocupar-se em fazer um uso uniforme das
opções que tomar.
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10. Acentuação
1945 – não se acentuam as palavras graves
terminadas em <a>, <e> e <o>, salvo
algumas exceções.
Com o AO deixam de ser acentuadas
também:
pára (v. parar) – para
pêlo (n) – pelo
péla (v. pelar)/ péla (n. camada de cortiça) – pela
pólo (n.) – polo
pêra (n.)/ péra (n. ant. pedra) - pera
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12. Acentuação
Elimina-se o acento no ditongo <oi> das palavras
graves que ainda se acentuavam:
bóia - boia
asteróide - asteroide
heróico - heroico
jóia - joia
Sabóia - Saboia
tablóide - tabloide
Tróia – Troia
Mantém-se o acento no ditongo <oi> em palavras
agudas: corrói, destrói, herói, ...
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13. Acentuação
Elimina-se o acento nas formas verbais terminadas
em <eem>:
creem
deem
leem
veem
e em todas as formas que têm por base estes
verbos:
descreem
desdeem
reveem
releem
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14. Acentuação
Elimina-se o acento na letra <u>, quando vogal
tónica, nas terminações verbais:
gue(s) – averigue(s)
que(s) – oblique(s)
gui(s) – argui(s)
qui(s) – delinqui(s)
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15. Consoantes Mudas
Assim, eliminam-se as consoantes <c> e <p> que
antecedem um <c>, um <ç> ou um <t> e que não
são pronunciadas:
atual, selecionar, direção, anticoncecional
adoção, ator, ótimo, Egito, rutura, direto, ...
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16. Consoantes Mudas
Os <c> e <p> que não são mudos, não são
eliminados:
facto, apto, rapto, núpcias, ...
Palavras, nas quais existe variação na
pronúncia, pelo que se aceitam as duas variantes
escritas:
acupunctura/ acupuntura
caracteres/ carateres
eclíptico/ eclítico
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17. Consoantes Mudas
Atenção:
assumpcionista – assuncionista
(individuo pertencente a uma ordem francesa
religiosa)
consumptível – consuntível
peremptório - perentório
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18. Uso do Hífen
As alterações relativas ao uso do hífen podem ser
agrupadas em três grandes grupos:
1. palavras que incluem unidades não autónomas
2. palavra + palavra
3. verbo haver
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19. Uso do Hífen:
unidades não autónomas + palavra
Regra geral: elimina-se o hífen.
eurodeputado telegénico
minissaia ultraligeiro
antirrugas autoestrada
agropecuária semirreta
psicossocial antirrevolucionário
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20. Uso do Hífen:
unidades não autónomas + palavra
Exceções: mantém-se o hífen.
2º elemento começa por <h>: anti-histamínico
(exceto formas como desumano, inábil e reaver);
vogal repetida: arqui-inimigo/micro-ondas
(exceto nos casos dos prefixos átonos co-, pre-, pro-
e re-: cooperante, reeleger, preencher);
<n>/<m> + <n>/<m>/vogal:
circum-navegação/pan-americano
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21. Uso do Hífen:
unidades não autónomas + palavra
Exceções: mantém-se o hífen.
1º elemento termine por <b> ou <d>:
ad-rogar/sub-regulamentar
sota-/soto-/vice-/vizo-/grão-/grã-/ex- + palavra:
vice-presidente
grão-vizir
Grã-Bretanha
ex-marido
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22. Uso do Hífen:
unidades não autónomas + palavra
Exceções: mantém-se o hífen.
1º elemento acentuado graficamente:
pré-reforma/pós-verbal
2º elemento = um estrangeirismo, nome
próprio, sigla:
anti-apartheid/ anti-Europa/ mini-GPS
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23. Uso do Hífen: palavra + palavra
Sem hífen:
locuções substantivas, ligadas por preposição e
que não constituem unidades semânticas
(“existe outra forma de as nomear”):
dia a dia
fim de semana
mulher a dias
ponta de lança
cão de guarda
cor de vinho
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24. Uso do Hífen: palavra + palavra
Exceção:
Mantém-se o hífen nas locuções que
designam espécies botânicas ou zoológicas:
fava-de-santo-inácio, andorinha-do-mar
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25. Uso do Hífen: palavra + palavra
Com hífen
palavras compostas, ligadas ou não por
preposição, as quais constituem unidades
semânticas autónomas (“não há outro modo de
designar as realidades por elas enunciadas”):
água-de-colónia
cor-de-rosa
primeiro-ministro
segunda-feira
conta-gotas
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26. Uso do Hífen: palavra + palavra
Com hífen
as compostas com advérbios bem e mal:
bem-aventurado
mal-estar
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27. Uso do Hífen: verbo haver
Não se usa hífen nas formas do verbo haver com
apenas um sílaba:
hei de
hás de
há de
hão de
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28. O que não muda
<k>/<w>/<y>: passam a integrar oficialmente o
alfabeto português, mas já eram utilizados.
O trema continua a ser utilizado apenas em nomes
próprios e seus derivados: Hübner, hübneriano.
As formas ortográficas sujeitas a registo ou
proteção legal não são alteradas:
Victor, Activia, Optimus.
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29. Bibliografia:
Guia do Acordo Ortográfico, Ministério da Cultura e
Ministério da Educação, Lx, agosto de 2011
Recursos:
http://vanda-gamboa-marques.blogspot.com
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