2. Anatomia Funcional do Sistema
Respiratório
• Função: troca gasosa
• Divisão do sistema respiratório
o Vias aéreas superiores (fossa nasais, faringe,
laringe, parte superior da traquéia)
o Vias aéreas inferiores (parte inferior da
traquéia, brônquios, bronquíolos, unidades
distais do pulmão)
3. CAMADA MUCOCILIAR
• Em toda a via aérea de condução há presença
de cílios e de um tapete mucoso que promovem
a remoção das partículas estranhas inaladas.
Essas partículas aderem ao muco e são
transportadas até a epiglote, sendo eliminados
pela tosse ou deglutidos.
4. • Cílios
- Trabalham normalmente a uma
temperatura ideal: 18 a 37 ºC
- 160 a 250 batimentos por minuto
• Imobilidade dos Cílios
- Temperaturas abaixo de - 7 e acima de
43ºC
- Excesso de secreção
5. • Uma vez as vias aéreas superiores
tornadas funcionalmente inativas por meio
de intubação traqueal ou traqueostomia,
suas propriedades devem ser
artificialmente substituídas por
equipamentos capazes de purificar,
aquecer e umidificar a mistura gasosa
inalada e a remoção mecânica de
secreção por aspiração.
6. • Frente a condições agudas de falência
ventilatória, as condutas iniciais devem incluir:
- Hiperextensão da cabeça
- Retificação do ângulo da mandíbula
- Remoção de próteses dentárias e corpos
estranhos orais
- Ventilação temporária por meio de máscara facial
e bolsa de ambu.
• Contudo, em situações de maior gravidade, há
que se optar pela instalação de acessos
artificiais às vias aéreas do paciente por meio de
intubação traqueal ou pela traqueostomia.
7. Indicação para instituição da via aérea artificial
Etiologia Diagnóstico Conduta
Problema
Apnéia Depressão do História, exame físico, Intubação e ventilação
SNC fadiga gasometria artificial
muscular
Hipoxemia Sara, infecção História, exame físico, Intubação e ventilação
Apnéia gasometria, Rx de artificial
tórax
Hipoventilação Depressão do História, exame físico, Intubação e ventilação
SNC ausência de gasometria artificial
estímulo res espirometria, força
piratório, fadiga inspiratória
muscular
Ausência de Depressão do História, exame físico, Intubação
reflexos SNC gasometria
protetores
Instabilidade Parada cardio História, exame físico, Intubação e, ventilação
hemodinâmica respiratória monitorização artificial
hemodinâmica
Hipersecreção Aspiração História, exame físico, Intubação e
brônquica broncorréia gasometria Rx de aspiraçãoEndotraqueal
afogamento tórax
8. Intubação Traqueal
• Consiste na inserção translaríngea de um tubo
especial na traquéia, seja por via oral ou nasal
• Este é um recurso rápido e eficiente de acesso
às vias aéreas para prover ventilação alveolar,
retirar secreções e prevenir broncoaspiração
• A intubação traqueal deve ser preferencialmente
realizada por via oral, permitindo a colocação de
tubos de maior diâmetro, além de possibilitar a
vizualização direta da epiglote e das cordas
vocais.
9. • Indica-se a intubação nasotraqueal ou
traqueostomia, quando a cavidade oral
estiver impossibilitada
• Tubo Traqueal:
- Material menos irritante: siliconizado,
descartável
- Material mais irritante: cânulas de borracha
(usadas em anestesia), reutilizadas após
esterilização
10. • Face lateral
- Indicação do diâmetro (mm)
- Distância entre a ponta e a localidade
distal (cm)
- Faixa de material radiopaco
• Extremidade externa
- Peça plástica removível
- Destinada a conexão ao circuito do
ventilador, ambu e sistema de umidificação/
oxigenação.
11. • Extremidade interna
- Balonete (inflado pelo cuff), permitindo
fixação e vedação do espaço compreendido
entre a traquéia e o tubo traqueal.
• A intubação e o correto posicionamento
do tubo na traquéia devem ser
determinados pela ausculta pulmonar de
forma comparativa, isto é, bilateral dos
campos pulmonares e pela radiografia de
tórax.
12. • Cuidados
- Posicionamento: no centro da cavidade
bucal
- Fixação: Incisivos superiores
M = 21 – 22 cm
H = 22 – 24 cm
- Insuflação: 15 a 25 mmHg
- Tracionamento do tubo traqueal pelo
circuito do respirador durante mudança de
decúbito, Rx, banho no leito.
- Obstrução do tubo traqueal por acúmulo
de secreção, mordedura (Cânula de
Guedel)
13. • Podemos observar:
• Respirador alarmando pela elevação da pressão
inspiratória
• Paciente agitado
• Taquidispnéia
• Batimento de asa de nariz
• Cianose
• Sudorese intensa
• Aumento do trabalho respiratório
14. • Balonete hiperinsuflado
o Herniação para a frente do orifício da cânula
o Lesão da mucosa traqueal
o Isquemia da parede traqueal
• Balonete hipoinsuflado ou desinsuflado
o Escape de ar pela boca
• Tubo traqueal muito para a frente ou para
fora da boca
• Fixação muito apertada em tubos de
menor calibre pode diminuir a luz do
mesmo
15. • Complicações após intubação
• Contato e deslizamento do balonete do tubo
traqueal na parede da traquéia leva a erosão da
mucosa – geralmente por hiperinsuflação
• Oclusão da luz do tubo por mordedura ou
acúmulo de secreção
• Intubação seletiva
• Infecções traqueobrônquicas e pulmonares
16. Traqueostomia
• Acesso cirúrgico direto ás vias aéreas
pela face anterior da traquéia com a
introdução de uma cânula especial
• Cuidados gerais idênticos à TOT
• Complicações
o Hemorragia: sangramento em pequena
quantidade – feita compressão local
o Infecção: quando não aplicados cuidados
necessários como técnicas estéreis de
aspiração e troca de cânula em intervalos
regulares
17.
18. • Obstrução
o Mais comum por acúmulo de secreção,
quando a umidificação e a aspiração são
ineficazes;
o Insuflação excessiva do balonete que pode
herniar à frente do orifício da cânula
• Traqueomalácia
o Amolecimento dos anéis cartilaginosos
traqueais – conseqüência do traumatismo
local
• Estenose da traquéia
o Traqueostomia prolongada
o Formação de tecido cicatricial
o Tratamento cirúrgico
19. • Retirada da cânula e cicatrização do
estoma
o Substituição da cânula Portex por metálica de
acordo com a melhora clínica do paciente
o Diminuição progressiva da cânula metálica até
retirada da cânula e a colocação de curativo
oclusivo
• Limpeza da cânula metálica
o Água oxigenada
o Gaze
o Luva estéril
o Cuba
20.
21. • Higiene respiratória
o Prioridade
1) TOT
TNT
TQT
2) Nasotraqueal
3) Orotraqueal
• Manobras Fisioterapêuticas
• Bag Squeezing
• Aspiração
22. • Material de aspiração
o Luva Estéril
o Sonda traqueal
o SF a 0,9%
o Ambú
• Técnica
o Checar o equipamento, manter o campo estéril
o Checar monitores
o Lavar as mãos
23. • Informar o procedimento ao paciente
• Hiperoxigenar com FiO2 a 100%
• Colocar a cervical do paciente em hiperextensão
(menos TRM)
• Calçar luvas estéreis
• Colocar a sonda (sem sucção) no interior da
traquéia em curtos incrementos. Continuar até a
carina da traquéia ser alcançada (paciente tosse)
• A sonda deve ser puxada levemente para trás
(afastando-se cerca de 1 cm da carina), então a
sucção é aplicada com pressão de até 120
mmHg. A sonda deve ser retirada em movimento
rotatório.
24.
25. • O tempo de aspiração deve ser de 10 a 15
segundos
• O monitor deve ser constantemente observado
em busca de arritmias
• A oximetria de pulso deve ser checada para
eventual dessaturação
• Aspirar a faringe
• Descartar os equipamentos utilizados e remover
as luvas
• Lavar as mãos
26. • Quando aspirar
• Intervalos regulares (????)
• Sempre que for necessário (excesso de
secreção no TOT, PIP alto, tiragens)
• Desejo do paciente