O documento descreve o míldio da videira, causado pelo fungo Plasmopara viticola. Apresenta os sintomas da doença em folhas e frutos, seu ciclo de vida e condições favoráveis. Também explica o histórico do primeiro fungicida desenvolvido, a Calda Bordalesa, e os métodos de controle da doença, incluindo fungicidas protetores, sistêmicos e cultivares resistentes.
2. Histórico
1870 aparecimento de Plasmopara viticola na Europa por
meio de mudas das Américas => colapso progressivo da
produção devido ao míldio;
Millardet constatou lavouras pulverizadas com cal e enxofre
=> evitar furtos de cachos – visual e gosto ruim;
Estudou a mistura => Calda Bordalesa, 1885 nasce o
primeiro fungicida para o controle de doenças.
3. Sintomas
O patógeno infecta todas as partes verdes da planta, em
todos os seus estádios de desenvolvimento. principalmente
a fase inicial de crescimento vegetativo e o início da fase
reprodutiva, que vai de 1 a 25 na escala de 47 estádios
fenológicos da videira (EICHHRORN; LORENZ, 1984,
citados por PRATT, 1994). Duranteestas fases, os tecidos
são mais tenros, o que facilita, sobremaneira, a penetração
do patógeno e a sua colonização;
4. Sintomas
Inicialmente, aparecem nas folhas pequenas manchas
arredondadas, com bordos indefinidos e de aspecto
encharcado (“mancha óleo”), que podem ser observadas na
face dorsal da folha, enquanto que na face ventral, as
manchas são de coloração esbranquiçada, que
correspondem ao crescimento do patógeno com abundante
formação de esporângios;
7. Sintomas
Nos cachos observa-se, ainda, seca e queda de flores e
podridão de coloração, variando de cinza a azulada em
bagas ainda imaturas, que se tornam cobertas com a
esporulação do patógeno.
10. Etiologia
Plasmopara viticola é um parasita obrigatório, Reino
Stramenopila, Filo Oomycota, Ordem Peronosporales;
Disseminado por vento e respingos de chuva
Nos tecidos do hospedeiro, o fungo cresce
intercelularmente nos estômatos e em frutos jovens, os
esporangióforos emergem pela lenticelas.
A formação destas estruturas requer 95-100% de umidade
relativa, pelo menos 4 horas de escuro e ocorre
preferencialmente no intervalo de temperatura de 18-22°C;
Sob condições favoráveis de ambiente, o fungo pode
completar seu ciclo em apenas 4 dias.
11. Controle
Os seguinte produtos encontram-se registrados para o
controle da doença: Protetores – Calda bordalesa,
hidróxido de cobre, oxicloreto de cobre + mancozeb,
chlorothlonil, captan, dithianon, mancozeb e falpet;
Sistemicos – trifonato metilico e metalaxyl;
Penetrantes – cymoxanil.
Programa de controle da antracnose é também
eficiente para o míldio
12. Controle
Dentre os fungicidas protetores a calda bordalesa é um
dos mais antigos, porém eficientes, fungicidas contra o
míldio , tem o inconveniente de poder causar fitotoxidez
nas partes novas da planta, assim como todos os cúpricos,
por esse motivo recomenda-se o uso apenas após a
frutificação.
Outros fungicidas protetores, como o mancozeb, por
exemplo, devem ser utilizados nos estádios iniciais de
desenvolvimento da cultura
Qualquer programa de controle deve se iniciar no estádio
fonológico 9. O período mais critico ocorre entre os
estádios 17 e 30
13. Controle
Metalaxyl, por sua atividade sistemica, apresenta como
vantagens ser pouco sujeito à lavagem pela chuva,
proteger partes da planta em crescimento, não
atingidas durante a aplicação do produto, permite um
largo intervalo de aplicações (14dias), ser aplicada em
dosagens baixas e ter atividade curativa;
Sua principal desvantagem é a seleção de isolados
resistentes, reduzindo-lhe a eficiência. Atualmente, o
metalazyl é formulado em mistura com fungicidas
protetores, com objetivo de retardar o risco de
crescimento da população resistente.
14. Controle
Cymoxanil é um produto não sistêmico, porém com
poder de penetração na planta, especifico para o
míldio. Ele penetra nos órgãos tratados e aumenta a
eficiência dos fungicidas protetores quando aplicados
conjuntamente. A principal vantagem do Cymozanil é
seu poder curativo, que consegue frear uma infecção
mesmo 2 ou 3 dias após a penetração do fungo
15. Controle
Com relação à resitencia geneticam cultivares de Vitis
vinifera são altamente suscetíveis ai míldio. Entretanto
cuktivares de V. aestivales e de V. labrusca são menos
suscetíveis à doença, enquanto Cultivares das espécies
V. cordifolia, V. rupestris e V. rotundifolia são
relativamente resistentes ao míldio (LAFON;
CLERJEAU, 1998)