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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS
ESCOLA NORMAL SUPERIOR
CURSO DE LICENCIATURA EM BIOLOGIA
RELATÓRIO FINAL DE FISIOLOGIA VEGETAL
AM/MANAUS
NOVEMBRO DE 2015
2
EVELYN FERNANDES DE AZEVEDO
RELATÓRIO FINAL DE FISIOLOGIA VEGETAL
AM/ MANAUS
OUTUBRO DE 2015
Relatório de Estágio realizado para
obtenção de nota parcial para o 8º
período do curso de CiênciasBiológicas
da Universidade do Estado do
Amazonas na disciplina de Fisiologia
Vegetal, ministrada pela Professora Dr
Maria Astrid Rocha Liberato.
3
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................4
2 OBJETIVOS ..........................................................................................................................8
2.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................................8
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................................8
3. MATERIAL E METÓDOS ..................................................................................................8
3.1 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA ...........................................................................................8
3.2 MÉTODO DE AMOSTRAGEM....................................................................................8
4 CONCLUSÃO .................................................................................................................... 14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 15
APENDICE A - Fotos do experimento 1º lote ............................................................. 16
APENDICE B - Fotos do experimento 2º lote ............................................................. 17
4
1 INTRODUÇÃO
A germinação pode ser definida, de maneira simplista, como sendo um
processo de transformações metabólicas do embrião de uma determinada planta, até
a formação de uma plântula estabelecida, mediante a condições apropriadas de
umidade, temperatura e oxigênio. Algumas sementes, de maneira natural ou induzida,
e mesmo estando em condições ideais, não germinam. A esse fenômeno dá-se o
nome de dormência, que apesar de favorecer a dispersão da espécie, leva a um
retardo germinativo que pode alternar entre alguns dias e até mesmo anos. Um dos
mecanismos de dormência desenvolvidos é o de controle de entrada de água, papel
desempenhado pela casca, mais propriamente á substâncias nelas existentes com
capacidade para obstruir a embebição (entrada de água). Dentre os principais fatores
que afetam a germinação pode-se citar: a luz, a temperaturas disponibilidade de água
e o oxigênio (IPEF,1998).
Entre os fatores do ambiente, a água é o fator que mais influencia o processo
de germinação. Com a absorção de água, por embebição, ocorre a reidratação dos
tecidos e, consequentemente, a intensificação da respiração e de todas as outras
atividades metabólicas, que resultam com o fornecimento de energia e nutrientes
necessários para a retomada de crescimento por parte do eixo embrionário
(IPEF,1998).
O processo de absorção de água é fundamental para o início da germinação.
A semente deve atingir um teor mínimo de umidade, que varia com a espécie
(TANAKA, MARIANO e LEÃO, 1991). Na cultura da melancia é bastante exigente, não
podendo ficar longos períodos sem irrigação pois pode comprometer a qualidade dos
frutos e a produtividade (DIAS e REZENDE, 2010). Por outro lado, o excesso de
umidade, em geral, provoca decréscimo na germinação, visto que impede a
penetração do oxigênio e reduz todo o processo metabólico resultante (IPEF,1998).
A melancia Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum & Nakai é pertencente à família
Cucurbitaceae, pode ser cultivada em todo o mundo e desse modo denominada
cosmopolita, possui importante valor econômico no Brasil. Podem ser produzidas o
ano todo se utilizado a irrigação, possui características que variam tais como:
aparência externa, cor da polpa, teor de açúcar, conservação pós-colheita, entre
outras (DIAS e REZENDE, 2010).
5
A produção de melancia no Brasil é predominantemente de perfil de
produtividade familiar, por sua rusticidade. O baixo custo de investimento e o tempo
de retorno que é de cerca de 85 dias, contribui para o aumento de produção (DIAS e
REZENDE, 2010).
A melancia é uma planta anual, herbácea, de hábito de crescimento rasteiro,
com ramificações sarmentosas e pubescentes. O caule é constituído de ramos
primários e secundários, que podem assumir disposição radial — ramos de tamanho
similar, partindo da base da planta — ou axial — um ramo mais longo com derivações
opostas e alternadas a cada nó. Os ramos primários são vigorosos e longos, podendo
superar a 10 m nas raças crioulas. No entanto, em variedades comerciais, geralmente,
o comprimento do ramo principal é menor que 4 m. As folhas têm disposiçãoalternada
e, geralmente, apresentam limbo com contorno triangular, recortado em três ou quatro
pares de lóbulos, de 15-20 cm de comprimento e de margens arredondadas. Possuem
gavinhas — folhas modificadas — que auxiliam na fixação da planta ao solo. A partir
de cada nó se origina uma folha e uma gavinha, sendo que a partir do terceiro, cada
nó também dá origem a flores. O sistema radicular é pivotante e mais desenvolvido
no sentido horizontal, concentrando-se até 30 cm abaixo da superfície do solo. Sob
condições de umidade excessiva do solo ou morte de parte do sistema radicular, os
nós também podem originar raízes adventícias.
Quanto à biologia reprodutiva, a melancia é monoica — flores masculinas e
femininas separadas —, mas também ocorrem plantas andromonoicas (flores
masculinas e hermafroditas) ou ginandromonoicas — flores masculinas, femininas e
hermafroditas. No ápice da floração, normalmente, na segunda semana após o início
da abertura das flores, há cerca de três a cinco flores masculinas para cada flor
feminina. Estas e as hermafroditas possuem ovário súpero em formato similar a forma
final do fruto.
Durante a floração, as flores abrem entre 1 e 2 horas após o aparecimento do
sol e se fecham no mesmo dia à tarde, para não mais abrirem, tendo ou não ocorrido
a polinização. O pólen da melancia é pegajoso e as abelhas são os principais
polinizadores. Elas são atraídas pelo néctar e pólen, e, ao visitarem as flores realizam
polinização. O vento não é suficiente para transportar o pólen entre as flores. Sem o
estímulo propiciado pela polinização, o fruto não se desenvolve. É necessário que
6
pelo menos 1.000 grãos de pólen sejam depositados sobre o estigma para que se
desenvolva um fruto perfeito.
O fruto é uma baga indeiscente que varia quanto ao formato, ao tamanho, cor,
espessura da casca, cor da polpa, cor e tamanho de sementes. As variedades de
melancia cultivadas possuem frutos de diversos tamanhos — 1 kg a mais de 30 kg —
, formas — circular, elíptica - larga e alongada —, cores da superfície externa — verde
cana, verde-claro, verde-escuro, amarelo, com ou sem listras — e interna —vermelho,
rosa, amarelo e branco — e inúmeros sabores.
A polpa é formada de tecido placental, que é a principal parte comestível do
fruto. Este tecido tem a coloração vermelha por causa da presença de licopeno ou
amarelada em consequência da presença de carotenos e xantofilas. Frutos de
materiais silvestres possuem amargor acentuado da polpa — “flesh bitterness” — que
é atribuído à presença de cucurbitacina, um triterpenoide tetracíclico oxigenado, que
é raro nas atuais variedades cultivadas. A polpa da melancia quanto à textura é
classificada em macia ou firme — ou crocante. As cultivares de polpa macia são muito
apreciadas no mercado nacional. Entretanto, para o mercado de exportação, a
preferência é por cultivares de polpa firme — muito observado nas cultivares triploides
ou sem sementes.
As sementes são variadas na cor do tegumento — branca, creme, verde,
vermelha, marrom-avermelhada, marrom e preta —, com presença ou ausência de
manchas — cor secundária do tegumento —, tamanho variando de muito pequeno a
muito grande. As cultivares Charleston Gray e Fairfax apresentam sementes que
medem cerca de 1,3 cm de comprimento, enquanto que cv. Kodama apresenta
sementes com cerca de 0,4 cm. A melancia, de forma geral, apresenta cerca de 200
a 800 sementes por fruto, que ficam embebidas na polpa. As cultivares triploides não
apresentam sementes perfeitas ou apresentam um número reduzido, variando de 1 a
10, mas apenas rudimentos de sementes — “sementes brancas” —, que são
comestíveis. (DIAS e REZENDE, 2010).
O experimento descrito neste relatório estuda o fator de concentrações de
oxigênio em diferentes substratos, os quais foram solo e água. Com o objetivo de
analisar o processo germinativo com disponibilidades de oxigênio diferentes.
7
A germinação de semente de melancia em solo (1º lote), apresentaram alto
poder germinativo, com obtenção de plântulas normais. Não houve germinação no 2º
lote no qual as sementes ficaram imersas em água, esse efeito negativo à germinação
provavelmente resultou da deficiência de oxigênio, causada pelo excesso de água
(TANAKA, MARIANO e LEÃO, 1991).
8
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Analisar o processo germinativo afetado pelo fator oxigênio, através de
experimento com dois tratamentos com disponibilidade de oxigênio diferentes, e que
serão compostos de 25 sementes cada.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Observar a emissão de radícula
 Listar em tabela o acompanhamento de germinação
 Capturar imagens do processo de germinação
3. MATERIAL E METÓDOS
3.1 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA
O experimento aconteceu na propriedade da aluna, sendo localizada na rua 6,
n37, no bairro de São José 03 em Manaus, Amazonas – Brasil.
O primeiro experimento (solo sobre semente) iniciou em 24 de setembro de
2015, em apresentação parcial do relatório houve a solicitação da professora
orientadora em refazer o segundo experimento, sendo as semente mergulhadas em
água (água sobre a semente) e que iniciou em 18 de outubro de 2015. Porém ambos
tiveram duração de 30 dias.
3.2 MÉTODO DE AMOSTRAGEM
O início do primeiro experimento aconteceu no dia 24 de setembro de 2015, já
o segundo experimento relatado teve início dia 18 de outubro de 2015 com término
dos experimentos ao completarem trinta dias. Logo o experimento aconteceu no
período de setembro a novembro de 2015.
Os materiais utilizados para este experimento foram:
9
 100 copos descartáveis de plástico (50 Ml)
 100 sementes de melancia Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum & Nakai
 Areia comum
 02 bandejas (1 para cada tratamento)
 Pedaços de papelão (identificar/separar tipos de tratamento)
 02 palitos de fósforos, 2 papeis pequenos, fita crepe (placas de identificação)
 Aparelho celular com câmera para capturar imagens do processo de
germinação
 Tabela impressa de acompanhamento de germinação
 01 caneta esferográfica azul
 Água
O experimento de solo sobre a semente ocorreu em horário matutino, os copos
foram preenchidos com areia comum, após este primeiro momento houve a separação
e identificação do experimento, de modo que a bandeja houvesse de um mesmo
tratamento duas repetições com 25 sementes. Foram inseridas as sementes nos
copos e regadas. A irrigação foi feita por aspersão convencional duas vezes ao dia,
pois a temperatura do ar foi próxima a 39º C ( G1, 2015).
O segundo experimento de água sobre semente, ocorre em horário matutino,
porém o substrato usado foi a água. Primeiramente foram organizados os copos sobre
bandeja e separados e identificados o tratamento. A reposição de água foi feita
conforme necessidade.
Para ambos os tratamentos foram adotados os seguintes critérios:
acompanhamento diário, acompanhamento de germinação através de tabela pré-
estabelecida.
Foram consideradas germinadas as sementes que tiveram a emissão da
radícula. As variáveis calculadas foram as seguintes:
 Índice de velocidade de germinação (IVG): permite inferir o vigor do lote de
sementes. Quanto maior o IVG, maior a velocidade de germinação.
IVG = n1 /d1 + n2 / d2 ... + nn / dn
10
Onde: n1: número de sementes germinadas no primeiro dia de contagem;
n2: número de sementes germinadas no segundo dia de contagem;
nn: número de sementes germinadas no enésimo dia de contagem.
d1: primeiro dia de contagem;
d2: segundo dia de contagem;
dn: enésimo dia de contagem.
 IVE que será a média dos índices das duas repetições de cada tratamento
 Tempo médio ( t ): avalia a rapidez de ocupação de uma espécie em seu
ambiente (o cálculo do tempo médio será feito após a obtenção do IVG).
t = Σni . ti / T
Onde: Σni: número de sementes germinadas no i-ésimo dia;
ti: tempo de incubação (dias)
T: tempo total do experimento
 Porcentagem de germinação (G):
G = n x 100 / N
Onde:
n: número de sementes germinadas;
N: número total de sementes postas para germinar
G: percentual de sementes germinadas
Os métodos de tratamento de sementes utilizados influenciaram a germinação,
tempo médio de germinação, velocidade média de germinação e índice de velocidade
de germinação.
11
4 RESULTADOS E DISCURSSÃO
A germinação das sementes observadas de melancia (Citrullus lanatus
(Thunb.) Matsum & Nakai, foram do tipo epígena e fanerocotiledonar, germinação da
semente onde acontece de maneira que os cotilédones surgem do tegumento da
semente elevando- se acima do solo, liberando a lâmina foliar.
No 2º lote não houve germinação com as sementes imersas em água, essa
condição provavelmente ocorreu pela deficiência de suprimento de oxigênio causada
pelo excesso de água, o que impossibilita a atividade respiratória no embrião, visto
que sua atividade respiratória fornece energia para os processos metabólicos, sendo
o oxigênio fundamental para o desenvolvimento do eixo embrionário. Neste lote as
semente embebidas em água limitou a entrada desse gás e diminuiu a respiração o
que causou a paralização da germinação (TANAKA, MARIANO e LEÃO, 1991).
Para o tratamento com concentração de oxigênio no solo, o Índice de
velocidade de germinação (IVG) de R2 foi maior que R1, que demostra que as
sementes de R2 germinaram com mais rapidez em relação a R1 porém foram
encontrados valores bem próximos. Após encontrar o IVI, são feitos os cálculos de
média dos índices (IVE) das duas repetições, com este tratamento o IVE é igual a
2,89, conforme figura 01.
Figura 01: Médiado IVEde concentração de oxigênioemsolo
Fonte:Fernandes,Evelyn.2015
Diasapósa
semeadura
Node plântulas
narepetição
Node plântulas
emergidasnodia IVG
4 2 2 0,50
5 5 3 0,60
6 7 2 0,33
7 8 1 0,14
8 13 5 0,63
9 14 1 0,11
10 19 5 0,50
20 20 1 0,05
30 20 0
2,86TOTAL
Diasapósa
semeadura
Node plântulas
narepetição
Node plântulas
emergidasnodia IVG
4 2 2 0,50
5 7 5 1,00
7 11 4 0,57
8 13 2 0,25
9 14 1 0,11
10 18 4 0,40
13 19 1 0,08
30 19 0
2,91 1,45TOTAL
MÉDIA
DOIVG
=R1+R2
/2
2,89
MÉDIA
DO IVE
= R1 + R2 /2
R1 R2
12
A necessidade de ter um outro lote é que não é possível fazer referência,
quanto a média do fator de concentração de oxigênio no solo, caso o 2º lote tivesse
germinação seria possível distinguir qual dos tratamentos tiveram a germinação mais
rápida. A figura 01 também demostram que ambas iniciaram sua germinação após o
quarto dia, que segundo Almeida, 2003 é comum em três dias podendo variar com as
condições da temperatura.
No 1º lote, de solo sobre semente o tempo médio de germinação (TM) de R1
foi de 5,37 tˉ e de R2 de 4,63 tˉ, demonstrando que a rapidez em ocupação do
ambiente de por R1 foi 0,73 tˉ mais rápida que R2, conforme figura 02.
O percentual de sementes germinadas no 2º lote estão demonstradas na figura
03. Para a repetição R1 o percentual foi de 80% e R2 com 76%, a média desse
percentuais foram de 78%. Que segundo Pompelli, em geral a germinação não excede
a 65% a 80%, o que coloca este lote em uma condição satisfatória.
Dias após a
semeadura
No de plântulas
emergidas no dia
t
4 2 8
5 3 15
6 2 12
7 1 7
8 5 40
9 1 9
10 5 50
20 1 20
30 0
5,37TOTAL
Figura 02: TempoMédiode germinação(TMG) em duasamostras de concentraçãode oxigênioem
solo
Fonte:Fernandes,Evelyn.2015
R1 R2
Dias após a
semeadura
No de plântulas
emergidas no dia
t
4 2 8
5 5 25
7 4 28
8 2 16
9 1 9
10 4 40
13 1 13
30 0
4,63TOTAL
13
25 100
20 G
G= 80 %
Porcentagem de
germinação
- R1 EMSOLO (G):
R1 R2
25 100
19 G
G= 76 %
Porcentagem de
germinação
- R2 EMSOLO (G): 50 100
39 G
G= 78 %
MÉDIA
Figura 03: Percentual de sementes germinadas
Fonte: Fernandes, Evelyn. 2015
14
4 CONCLUSÃO
As sementes têm a função de perpetuação e multiplicação das espécies. É o
elemento principal no estabelecimento, expansão, diversificação e desenvolvimento
da agricultura.
Conclui-se com este experimento que sementes de melancia necessitam do
fator oxigênio para maturação do embrião, porém o excesso de água impede a
passagem de oxigênio para o interior da semente paralisando o processo de
germinação. Podendo em uma plantação de alta escala comprometer a produção,
devendo a irrigação seguir um padrão conforme a espécie do vegetal.
15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Domingos P. F. Cultura da Melancia. Melancia. Disponível em: <
http://www.dalmeida.com/hortnet/Melancia.pdf>. Acesso em 17 de novembro de 2015.
DIAS, Rita de Cássia Souza. REZENDE, Geraldo Milanez de. Embrapa Semiárido-
Sistema de Produção de Melancia. Disponível em: <
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Melancia/SistemaProduc
aoMelancia/socioeconomia.htm >. Acesso em 17 de novembro de 2015. Ago/2010.
ISSN 1807-0027 Versão Eletrônica.
PONPELLI, Marcelo F. Apresentação de slides: Germinação de sementes.
Disponível em:
<https://www.ufpe.br/lev/images/downloads/aula_2_germinacao_sementes.pdf>.
Acesso em 18 de novembro de 2015.
TANAKA, María Aparecida de Souza. MARIANO, Maria Inês Arruda. LEÃO, Noemi
Viana Martins. Revista Brasileira de Sementes. Influência da quantidade de água
no substrato sobre a germinação de sementes de amendoim. Disponível em: <
http://www.researchgate.net/profile/Noemi_Leao/publication/268208583_Influncia_da
_quantidade_de_gua_no_substrato_sobre_a_germinao_de_sementes_de_amendoi
m/links/5463d7cd0cf2cb7e9da99b4e.pdf>. Acesso em 17 de novembro de 2015.vol.
13, no 1, p. 73-76, 1991.
T. C. F. S. Silva et al., Scientia Plena 10, 039901 (2014): Germinação de sementes
de melancia sob diferentes métodos de tratamento com reguladores vegetais.
Disponível em: < http://www.scientiaplena.org.br/sp/article/view/1794/944>. Acesso
em 18 de novembro de 2015. Vol. 10, num. 03.
IPEF – Instituto de Pesquisa e Estudos Florestais. Fatores Externos (ambientais)
que Influenciam na Germinação de Sementes. Disponível em:
<http://www.ipef.br/tecsementes/germinacao.asp>. Acesso em 18 de novembro de
2015.
16
APENDICE A - Fotos do experimento 1º lote
Figura 02: emissão de radícula
a) Inicio de germinação dia 28/9, tratamento em solo
Fonte: arquivo pessoal
Figura 01: 1 lote com copos em semente separados em duas repetições de 25 cada, em destaque placas identificadoras
Fonte: arquivo pessoal
17
APENDICE B - Fotos do experimento 2º lote
Foi solicitado pela Professora Astrid refazer o teste (somente R2) com redução de
oxigênio.
De modo que R2 seja somente com água (data de semeadura 18/10/2015 )
Água
Água
Figura 03: Vista lateral e frontal do experimento com água, com destaques para as placas de identificação
Fonte: arquivo pessoal

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Influência do oxigênio na germinação de sementes de melancia

  • 1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS ESCOLA NORMAL SUPERIOR CURSO DE LICENCIATURA EM BIOLOGIA RELATÓRIO FINAL DE FISIOLOGIA VEGETAL AM/MANAUS NOVEMBRO DE 2015
  • 2. 2 EVELYN FERNANDES DE AZEVEDO RELATÓRIO FINAL DE FISIOLOGIA VEGETAL AM/ MANAUS OUTUBRO DE 2015 Relatório de Estágio realizado para obtenção de nota parcial para o 8º período do curso de CiênciasBiológicas da Universidade do Estado do Amazonas na disciplina de Fisiologia Vegetal, ministrada pela Professora Dr Maria Astrid Rocha Liberato.
  • 3. 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................4 2 OBJETIVOS ..........................................................................................................................8 2.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................................8 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................................8 3. MATERIAL E METÓDOS ..................................................................................................8 3.1 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA ...........................................................................................8 3.2 MÉTODO DE AMOSTRAGEM....................................................................................8 4 CONCLUSÃO .................................................................................................................... 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 15 APENDICE A - Fotos do experimento 1º lote ............................................................. 16 APENDICE B - Fotos do experimento 2º lote ............................................................. 17
  • 4. 4 1 INTRODUÇÃO A germinação pode ser definida, de maneira simplista, como sendo um processo de transformações metabólicas do embrião de uma determinada planta, até a formação de uma plântula estabelecida, mediante a condições apropriadas de umidade, temperatura e oxigênio. Algumas sementes, de maneira natural ou induzida, e mesmo estando em condições ideais, não germinam. A esse fenômeno dá-se o nome de dormência, que apesar de favorecer a dispersão da espécie, leva a um retardo germinativo que pode alternar entre alguns dias e até mesmo anos. Um dos mecanismos de dormência desenvolvidos é o de controle de entrada de água, papel desempenhado pela casca, mais propriamente á substâncias nelas existentes com capacidade para obstruir a embebição (entrada de água). Dentre os principais fatores que afetam a germinação pode-se citar: a luz, a temperaturas disponibilidade de água e o oxigênio (IPEF,1998). Entre os fatores do ambiente, a água é o fator que mais influencia o processo de germinação. Com a absorção de água, por embebição, ocorre a reidratação dos tecidos e, consequentemente, a intensificação da respiração e de todas as outras atividades metabólicas, que resultam com o fornecimento de energia e nutrientes necessários para a retomada de crescimento por parte do eixo embrionário (IPEF,1998). O processo de absorção de água é fundamental para o início da germinação. A semente deve atingir um teor mínimo de umidade, que varia com a espécie (TANAKA, MARIANO e LEÃO, 1991). Na cultura da melancia é bastante exigente, não podendo ficar longos períodos sem irrigação pois pode comprometer a qualidade dos frutos e a produtividade (DIAS e REZENDE, 2010). Por outro lado, o excesso de umidade, em geral, provoca decréscimo na germinação, visto que impede a penetração do oxigênio e reduz todo o processo metabólico resultante (IPEF,1998). A melancia Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum & Nakai é pertencente à família Cucurbitaceae, pode ser cultivada em todo o mundo e desse modo denominada cosmopolita, possui importante valor econômico no Brasil. Podem ser produzidas o ano todo se utilizado a irrigação, possui características que variam tais como: aparência externa, cor da polpa, teor de açúcar, conservação pós-colheita, entre outras (DIAS e REZENDE, 2010).
  • 5. 5 A produção de melancia no Brasil é predominantemente de perfil de produtividade familiar, por sua rusticidade. O baixo custo de investimento e o tempo de retorno que é de cerca de 85 dias, contribui para o aumento de produção (DIAS e REZENDE, 2010). A melancia é uma planta anual, herbácea, de hábito de crescimento rasteiro, com ramificações sarmentosas e pubescentes. O caule é constituído de ramos primários e secundários, que podem assumir disposição radial — ramos de tamanho similar, partindo da base da planta — ou axial — um ramo mais longo com derivações opostas e alternadas a cada nó. Os ramos primários são vigorosos e longos, podendo superar a 10 m nas raças crioulas. No entanto, em variedades comerciais, geralmente, o comprimento do ramo principal é menor que 4 m. As folhas têm disposiçãoalternada e, geralmente, apresentam limbo com contorno triangular, recortado em três ou quatro pares de lóbulos, de 15-20 cm de comprimento e de margens arredondadas. Possuem gavinhas — folhas modificadas — que auxiliam na fixação da planta ao solo. A partir de cada nó se origina uma folha e uma gavinha, sendo que a partir do terceiro, cada nó também dá origem a flores. O sistema radicular é pivotante e mais desenvolvido no sentido horizontal, concentrando-se até 30 cm abaixo da superfície do solo. Sob condições de umidade excessiva do solo ou morte de parte do sistema radicular, os nós também podem originar raízes adventícias. Quanto à biologia reprodutiva, a melancia é monoica — flores masculinas e femininas separadas —, mas também ocorrem plantas andromonoicas (flores masculinas e hermafroditas) ou ginandromonoicas — flores masculinas, femininas e hermafroditas. No ápice da floração, normalmente, na segunda semana após o início da abertura das flores, há cerca de três a cinco flores masculinas para cada flor feminina. Estas e as hermafroditas possuem ovário súpero em formato similar a forma final do fruto. Durante a floração, as flores abrem entre 1 e 2 horas após o aparecimento do sol e se fecham no mesmo dia à tarde, para não mais abrirem, tendo ou não ocorrido a polinização. O pólen da melancia é pegajoso e as abelhas são os principais polinizadores. Elas são atraídas pelo néctar e pólen, e, ao visitarem as flores realizam polinização. O vento não é suficiente para transportar o pólen entre as flores. Sem o estímulo propiciado pela polinização, o fruto não se desenvolve. É necessário que
  • 6. 6 pelo menos 1.000 grãos de pólen sejam depositados sobre o estigma para que se desenvolva um fruto perfeito. O fruto é uma baga indeiscente que varia quanto ao formato, ao tamanho, cor, espessura da casca, cor da polpa, cor e tamanho de sementes. As variedades de melancia cultivadas possuem frutos de diversos tamanhos — 1 kg a mais de 30 kg — , formas — circular, elíptica - larga e alongada —, cores da superfície externa — verde cana, verde-claro, verde-escuro, amarelo, com ou sem listras — e interna —vermelho, rosa, amarelo e branco — e inúmeros sabores. A polpa é formada de tecido placental, que é a principal parte comestível do fruto. Este tecido tem a coloração vermelha por causa da presença de licopeno ou amarelada em consequência da presença de carotenos e xantofilas. Frutos de materiais silvestres possuem amargor acentuado da polpa — “flesh bitterness” — que é atribuído à presença de cucurbitacina, um triterpenoide tetracíclico oxigenado, que é raro nas atuais variedades cultivadas. A polpa da melancia quanto à textura é classificada em macia ou firme — ou crocante. As cultivares de polpa macia são muito apreciadas no mercado nacional. Entretanto, para o mercado de exportação, a preferência é por cultivares de polpa firme — muito observado nas cultivares triploides ou sem sementes. As sementes são variadas na cor do tegumento — branca, creme, verde, vermelha, marrom-avermelhada, marrom e preta —, com presença ou ausência de manchas — cor secundária do tegumento —, tamanho variando de muito pequeno a muito grande. As cultivares Charleston Gray e Fairfax apresentam sementes que medem cerca de 1,3 cm de comprimento, enquanto que cv. Kodama apresenta sementes com cerca de 0,4 cm. A melancia, de forma geral, apresenta cerca de 200 a 800 sementes por fruto, que ficam embebidas na polpa. As cultivares triploides não apresentam sementes perfeitas ou apresentam um número reduzido, variando de 1 a 10, mas apenas rudimentos de sementes — “sementes brancas” —, que são comestíveis. (DIAS e REZENDE, 2010). O experimento descrito neste relatório estuda o fator de concentrações de oxigênio em diferentes substratos, os quais foram solo e água. Com o objetivo de analisar o processo germinativo com disponibilidades de oxigênio diferentes.
  • 7. 7 A germinação de semente de melancia em solo (1º lote), apresentaram alto poder germinativo, com obtenção de plântulas normais. Não houve germinação no 2º lote no qual as sementes ficaram imersas em água, esse efeito negativo à germinação provavelmente resultou da deficiência de oxigênio, causada pelo excesso de água (TANAKA, MARIANO e LEÃO, 1991).
  • 8. 8 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Analisar o processo germinativo afetado pelo fator oxigênio, através de experimento com dois tratamentos com disponibilidade de oxigênio diferentes, e que serão compostos de 25 sementes cada. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS  Observar a emissão de radícula  Listar em tabela o acompanhamento de germinação  Capturar imagens do processo de germinação 3. MATERIAL E METÓDOS 3.1 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA O experimento aconteceu na propriedade da aluna, sendo localizada na rua 6, n37, no bairro de São José 03 em Manaus, Amazonas – Brasil. O primeiro experimento (solo sobre semente) iniciou em 24 de setembro de 2015, em apresentação parcial do relatório houve a solicitação da professora orientadora em refazer o segundo experimento, sendo as semente mergulhadas em água (água sobre a semente) e que iniciou em 18 de outubro de 2015. Porém ambos tiveram duração de 30 dias. 3.2 MÉTODO DE AMOSTRAGEM O início do primeiro experimento aconteceu no dia 24 de setembro de 2015, já o segundo experimento relatado teve início dia 18 de outubro de 2015 com término dos experimentos ao completarem trinta dias. Logo o experimento aconteceu no período de setembro a novembro de 2015. Os materiais utilizados para este experimento foram:
  • 9. 9  100 copos descartáveis de plástico (50 Ml)  100 sementes de melancia Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum & Nakai  Areia comum  02 bandejas (1 para cada tratamento)  Pedaços de papelão (identificar/separar tipos de tratamento)  02 palitos de fósforos, 2 papeis pequenos, fita crepe (placas de identificação)  Aparelho celular com câmera para capturar imagens do processo de germinação  Tabela impressa de acompanhamento de germinação  01 caneta esferográfica azul  Água O experimento de solo sobre a semente ocorreu em horário matutino, os copos foram preenchidos com areia comum, após este primeiro momento houve a separação e identificação do experimento, de modo que a bandeja houvesse de um mesmo tratamento duas repetições com 25 sementes. Foram inseridas as sementes nos copos e regadas. A irrigação foi feita por aspersão convencional duas vezes ao dia, pois a temperatura do ar foi próxima a 39º C ( G1, 2015). O segundo experimento de água sobre semente, ocorre em horário matutino, porém o substrato usado foi a água. Primeiramente foram organizados os copos sobre bandeja e separados e identificados o tratamento. A reposição de água foi feita conforme necessidade. Para ambos os tratamentos foram adotados os seguintes critérios: acompanhamento diário, acompanhamento de germinação através de tabela pré- estabelecida. Foram consideradas germinadas as sementes que tiveram a emissão da radícula. As variáveis calculadas foram as seguintes:  Índice de velocidade de germinação (IVG): permite inferir o vigor do lote de sementes. Quanto maior o IVG, maior a velocidade de germinação. IVG = n1 /d1 + n2 / d2 ... + nn / dn
  • 10. 10 Onde: n1: número de sementes germinadas no primeiro dia de contagem; n2: número de sementes germinadas no segundo dia de contagem; nn: número de sementes germinadas no enésimo dia de contagem. d1: primeiro dia de contagem; d2: segundo dia de contagem; dn: enésimo dia de contagem.  IVE que será a média dos índices das duas repetições de cada tratamento  Tempo médio ( t ): avalia a rapidez de ocupação de uma espécie em seu ambiente (o cálculo do tempo médio será feito após a obtenção do IVG). t = Σni . ti / T Onde: Σni: número de sementes germinadas no i-ésimo dia; ti: tempo de incubação (dias) T: tempo total do experimento  Porcentagem de germinação (G): G = n x 100 / N Onde: n: número de sementes germinadas; N: número total de sementes postas para germinar G: percentual de sementes germinadas Os métodos de tratamento de sementes utilizados influenciaram a germinação, tempo médio de germinação, velocidade média de germinação e índice de velocidade de germinação.
  • 11. 11 4 RESULTADOS E DISCURSSÃO A germinação das sementes observadas de melancia (Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum & Nakai, foram do tipo epígena e fanerocotiledonar, germinação da semente onde acontece de maneira que os cotilédones surgem do tegumento da semente elevando- se acima do solo, liberando a lâmina foliar. No 2º lote não houve germinação com as sementes imersas em água, essa condição provavelmente ocorreu pela deficiência de suprimento de oxigênio causada pelo excesso de água, o que impossibilita a atividade respiratória no embrião, visto que sua atividade respiratória fornece energia para os processos metabólicos, sendo o oxigênio fundamental para o desenvolvimento do eixo embrionário. Neste lote as semente embebidas em água limitou a entrada desse gás e diminuiu a respiração o que causou a paralização da germinação (TANAKA, MARIANO e LEÃO, 1991). Para o tratamento com concentração de oxigênio no solo, o Índice de velocidade de germinação (IVG) de R2 foi maior que R1, que demostra que as sementes de R2 germinaram com mais rapidez em relação a R1 porém foram encontrados valores bem próximos. Após encontrar o IVI, são feitos os cálculos de média dos índices (IVE) das duas repetições, com este tratamento o IVE é igual a 2,89, conforme figura 01. Figura 01: Médiado IVEde concentração de oxigênioemsolo Fonte:Fernandes,Evelyn.2015 Diasapósa semeadura Node plântulas narepetição Node plântulas emergidasnodia IVG 4 2 2 0,50 5 5 3 0,60 6 7 2 0,33 7 8 1 0,14 8 13 5 0,63 9 14 1 0,11 10 19 5 0,50 20 20 1 0,05 30 20 0 2,86TOTAL Diasapósa semeadura Node plântulas narepetição Node plântulas emergidasnodia IVG 4 2 2 0,50 5 7 5 1,00 7 11 4 0,57 8 13 2 0,25 9 14 1 0,11 10 18 4 0,40 13 19 1 0,08 30 19 0 2,91 1,45TOTAL MÉDIA DOIVG =R1+R2 /2 2,89 MÉDIA DO IVE = R1 + R2 /2 R1 R2
  • 12. 12 A necessidade de ter um outro lote é que não é possível fazer referência, quanto a média do fator de concentração de oxigênio no solo, caso o 2º lote tivesse germinação seria possível distinguir qual dos tratamentos tiveram a germinação mais rápida. A figura 01 também demostram que ambas iniciaram sua germinação após o quarto dia, que segundo Almeida, 2003 é comum em três dias podendo variar com as condições da temperatura. No 1º lote, de solo sobre semente o tempo médio de germinação (TM) de R1 foi de 5,37 tˉ e de R2 de 4,63 tˉ, demonstrando que a rapidez em ocupação do ambiente de por R1 foi 0,73 tˉ mais rápida que R2, conforme figura 02. O percentual de sementes germinadas no 2º lote estão demonstradas na figura 03. Para a repetição R1 o percentual foi de 80% e R2 com 76%, a média desse percentuais foram de 78%. Que segundo Pompelli, em geral a germinação não excede a 65% a 80%, o que coloca este lote em uma condição satisfatória. Dias após a semeadura No de plântulas emergidas no dia t 4 2 8 5 3 15 6 2 12 7 1 7 8 5 40 9 1 9 10 5 50 20 1 20 30 0 5,37TOTAL Figura 02: TempoMédiode germinação(TMG) em duasamostras de concentraçãode oxigênioem solo Fonte:Fernandes,Evelyn.2015 R1 R2 Dias após a semeadura No de plântulas emergidas no dia t 4 2 8 5 5 25 7 4 28 8 2 16 9 1 9 10 4 40 13 1 13 30 0 4,63TOTAL
  • 13. 13 25 100 20 G G= 80 % Porcentagem de germinação - R1 EMSOLO (G): R1 R2 25 100 19 G G= 76 % Porcentagem de germinação - R2 EMSOLO (G): 50 100 39 G G= 78 % MÉDIA Figura 03: Percentual de sementes germinadas Fonte: Fernandes, Evelyn. 2015
  • 14. 14 4 CONCLUSÃO As sementes têm a função de perpetuação e multiplicação das espécies. É o elemento principal no estabelecimento, expansão, diversificação e desenvolvimento da agricultura. Conclui-se com este experimento que sementes de melancia necessitam do fator oxigênio para maturação do embrião, porém o excesso de água impede a passagem de oxigênio para o interior da semente paralisando o processo de germinação. Podendo em uma plantação de alta escala comprometer a produção, devendo a irrigação seguir um padrão conforme a espécie do vegetal.
  • 15. 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, Domingos P. F. Cultura da Melancia. Melancia. Disponível em: < http://www.dalmeida.com/hortnet/Melancia.pdf>. Acesso em 17 de novembro de 2015. DIAS, Rita de Cássia Souza. REZENDE, Geraldo Milanez de. Embrapa Semiárido- Sistema de Produção de Melancia. Disponível em: < http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Melancia/SistemaProduc aoMelancia/socioeconomia.htm >. Acesso em 17 de novembro de 2015. Ago/2010. ISSN 1807-0027 Versão Eletrônica. PONPELLI, Marcelo F. Apresentação de slides: Germinação de sementes. Disponível em: <https://www.ufpe.br/lev/images/downloads/aula_2_germinacao_sementes.pdf>. Acesso em 18 de novembro de 2015. TANAKA, María Aparecida de Souza. MARIANO, Maria Inês Arruda. LEÃO, Noemi Viana Martins. Revista Brasileira de Sementes. Influência da quantidade de água no substrato sobre a germinação de sementes de amendoim. Disponível em: < http://www.researchgate.net/profile/Noemi_Leao/publication/268208583_Influncia_da _quantidade_de_gua_no_substrato_sobre_a_germinao_de_sementes_de_amendoi m/links/5463d7cd0cf2cb7e9da99b4e.pdf>. Acesso em 17 de novembro de 2015.vol. 13, no 1, p. 73-76, 1991. T. C. F. S. Silva et al., Scientia Plena 10, 039901 (2014): Germinação de sementes de melancia sob diferentes métodos de tratamento com reguladores vegetais. Disponível em: < http://www.scientiaplena.org.br/sp/article/view/1794/944>. Acesso em 18 de novembro de 2015. Vol. 10, num. 03. IPEF – Instituto de Pesquisa e Estudos Florestais. Fatores Externos (ambientais) que Influenciam na Germinação de Sementes. Disponível em: <http://www.ipef.br/tecsementes/germinacao.asp>. Acesso em 18 de novembro de 2015.
  • 16. 16 APENDICE A - Fotos do experimento 1º lote Figura 02: emissão de radícula a) Inicio de germinação dia 28/9, tratamento em solo Fonte: arquivo pessoal Figura 01: 1 lote com copos em semente separados em duas repetições de 25 cada, em destaque placas identificadoras Fonte: arquivo pessoal
  • 17. 17 APENDICE B - Fotos do experimento 2º lote Foi solicitado pela Professora Astrid refazer o teste (somente R2) com redução de oxigênio. De modo que R2 seja somente com água (data de semeadura 18/10/2015 ) Água Água Figura 03: Vista lateral e frontal do experimento com água, com destaques para as placas de identificação Fonte: arquivo pessoal