SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 30
Produção de alimentos e sustentabilidade Controlo de Pragas
Pragas – o que são? Abundância de indivíduos de uma espécie indesejável; Invadem as culturas ou explorações agrícolas; Competem com o Homem e espalham doenças. Estima-se , anualmente, cerca de 35% da produção mundial de alimentos é destruída por pragas!
Afídeos Mosaico do tomate Míldio (videira) Ferrugem (trigo)
A “fome da batata” na Irlanda (1840) Emigração em massa para os EUA Phytophtorainfestans
Como aparecem as pragas? Ecossistemas em equilíbrio Ausência de equilíbrio Ecossistemas naturais (elevada biodiversidade) Sistemas agrícolas de policulturas Ausência de biodiversidade Sistemas agrícolas de monoculturas Pouca biodiversidade limita as interacções com predadores ou outras espécies controladoras das pragas Espécies nocivas para o Homem são controladas pelos seus predadores naturais
Biocidas(Pesticidas) São agentes químicos usados no controlo de pragas Deacordocom o tipo de praga: Herbicidas – matam plantas infestantes Insecticidas – matam insectos Fungicidas – matam fungos Rodenticidas – matam roedores
Caracterização de um pesticida Espectro de acção Persistência Quantidade de espécies para as quais é tóxico. Quanto mais largo o espectro de acção, maior o número de espécies sensíveis ao seu efeito. Período de tempo durante o qual o pesticida permanece activo  Horas, dias ou a semanas (baixa persistência) até anos (elevada persistência).
Aplicação de pesticidas nas videiras
Pesticidas – sim ou não? Vantagens Aumentar a produção Diminuir os custos para o utilizador já que reduz o prejuízo com pragas Combatem a expansão de doenças como a malária e o paludismo
O DDT para combater o tifo e a malária após a 2ª Guerra Mundial
Efeitos secundários do uso de DDT nos países onde foi usado para controlar a Malária Destruição de fauna e flora por contaminação de habitats Cancro
Pesticidas – sim ou não? Problemas Contaminação de água e solos Desenvolvimento de espécies resistentes Desequilíbrio dos ecossistemas com destruição de espécies importantes (ex: polinizadores) Bioacumulação e bioampliação
Desenvolvimento de espécies resistentes Após aplicação do pesticida sobrevivem os indivíduos com capacidade de resistência. Com o tempo, a população é constituída maioritariamente por indivíduos resistentes. É necessário aplicar quantidades maiores e mais concentradas do pesticida.
Bioacumulação e Bioampliação Bioacumulação consiste na acumulação dos pesticidas nos tecidos numa concentração elevada. Bioampliação consiste no aumento da concentração do pesticida de nível trófico para nível trófico ao longo das cadeias alimentares.
Os pesticidas tornam-se um perigo para o Homem de forma directa, por envenenamento e de forma indirecta, através das cadeias alimentares.
Métodos alternativos: a luta biológica Controlo da população de pragas através da utilização dos seus inimigos naturais, como predadores ou parasitas. Esterilização de insectos Utilização de hormonas animais  Feromonas Hormonas juvenis e de muda Biopesticidas Engenharia genética Métodos selectivos e não tóxicos!
Utilização de espécies predadoras das pragas As espécies predadoras são insectívoras, mas não atacam as culturas, mantendo assim controladas as populações das pragas
Os louva-a-deus comem outros insectos de menores dimensões que comem as culturas, mas não são vegetarianos.
Utilização de espécies parasitóides das pragas Utilização de espécies parasitóides das pragas mas que não constituem ameaça para o ser humano. É o caso da vespa braconida (C. insularis), pois não tem ferrão nem ataca o humano. A fêmea coloca os seus ovos no interior dos ovos de várias espécies identificadas como pragas. C. insularisa parasitar os ovos de S. frugiperda. (praga). A larva menor corresponde à da espécie identificada como praga.
Luta biológica: Problemas Dificuldade na selecção do melhor inimigo natural e sua produção em larga escala; Maior lentidão na obtenção dos resultados pretendidos face aos pesticidas; Risco de crescimento dos inimigos naturais a ponto de se tornarem numa nova praga.
Esterilização de insectos Machos esterilizados em laboratório são libertados. Ao acasalarem não produzem descendência e a população da praga diminui. Desvantagens: Aplicação reduzida a algumas espécies Método dispendioso Exige grande quantidade de machos estéreis, pois para ser eficaz é preciso ser aplicado durante muito tempo e continuamente
Uso de feromonas Utilização de hormonas sexuais para atrair os insectos para armadilhas e desviando-os das culturas. Também podem ser usadas para atrair os predadores naturais ou parasitas das pragas Acção muito específica. Processo de identificação, isolamento e produção da feromona é muito dispendioso.
Hormonas juvenis ou de muda Estas hormonas controlam o ciclo de vida dos insectos. A sua aplicação pode interferir no ciclo de vida das pragas, fazendo com que não se complete ou seja interrompido.
Biopesticidas Alguns organismos produzem substâncias específicas que são tóxicas para outras espécies, podendo por isso ser usadas como biopesticidas. Exemplo: toxinas Bt. Produzidas por bactérias do solo, são aplicadas nas culturas para as proteger das pragas. Não são perigosas para a saúde humana.
Engenharia genética Utilização da técnica do DNA recombinante para: Criação de espécies resistentes a pragas; Introdução de genes que codificam a produção de biopesticidas;
Engenharia genética Vantagens Problemas Permite aumentar a especificidade, eficiência e estabilidade dos biopesticidas Baixos custos Redução da aplicação de pesticidas Resultados rápidos quando comparados com o controlo biológico Transferência de genes estranhos pode causar desequilíbrios nos ecossistemas Perda de controlo dos genes por possibilidade de cruzamentos indesejados
Bio12-Controlo de pragas

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Métodos naturais e métodos não naturais
Métodos naturais e métodos não naturaisMétodos naturais e métodos não naturais
Métodos naturais e métodos não naturais
Gonçalo Gonçalves
 
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Maria João Lima
 
Métodos contraceptivos
Métodos contraceptivosMétodos contraceptivos
Métodos contraceptivos
Isabel Lopes
 
Mecanismos De Defesa NãO EspecíFicos (ApresentaçãO Nr. 3)
Mecanismos De Defesa NãO EspecíFicos  (ApresentaçãO Nr. 3)Mecanismos De Defesa NãO EspecíFicos  (ApresentaçãO Nr. 3)
Mecanismos De Defesa NãO EspecíFicos (ApresentaçãO Nr. 3)
Nuno Correia
 

Mais procurados (20)

Métodos naturais e métodos não naturais
Métodos naturais e métodos não naturaisMétodos naturais e métodos não naturais
Métodos naturais e métodos não naturais
 
Principais Temáticas de Alberto Caeiro
Principais Temáticas de Alberto CaeiroPrincipais Temáticas de Alberto Caeiro
Principais Temáticas de Alberto Caeiro
 
A "Mensagem", de F. Pessoa
A "Mensagem", de F. PessoaA "Mensagem", de F. Pessoa
A "Mensagem", de F. Pessoa
 
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/PoéticoFernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
 
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando Pessoa
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando PessoaResumos de Português: Heterónimos De Fernando Pessoa
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando Pessoa
 
Resumo Genética | Biologia 12º Ano
Resumo Genética | Biologia 12º AnoResumo Genética | Biologia 12º Ano
Resumo Genética | Biologia 12º Ano
 
Fernando Pessoa
Fernando PessoaFernando Pessoa
Fernando Pessoa
 
Cultivo de plantas e criação de animais
Cultivo de plantas e criação de animaisCultivo de plantas e criação de animais
Cultivo de plantas e criação de animais
 
Resumos Exame Nacional Português 12º ano
Resumos Exame Nacional Português 12º ano Resumos Exame Nacional Português 12º ano
Resumos Exame Nacional Português 12º ano
 
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
 
Controlo de pragas(word)
Controlo de pragas(word)Controlo de pragas(word)
Controlo de pragas(word)
 
Sistema Imunitário - Biologia 12º
Sistema Imunitário - Biologia 12ºSistema Imunitário - Biologia 12º
Sistema Imunitário - Biologia 12º
 
Património genético - resumo
Património genético - resumoPatrimónio genético - resumo
Património genético - resumo
 
Agricultura biológica
Agricultura biológicaAgricultura biológica
Agricultura biológica
 
Métodos contraceptivos
Métodos contraceptivosMétodos contraceptivos
Métodos contraceptivos
 
Cesário Verde-Sistematização
Cesário Verde-SistematizaçãoCesário Verde-Sistematização
Cesário Verde-Sistematização
 
Mecanismos De Defesa NãO EspecíFicos (ApresentaçãO Nr. 3)
Mecanismos De Defesa NãO EspecíFicos  (ApresentaçãO Nr. 3)Mecanismos De Defesa NãO EspecíFicos  (ApresentaçãO Nr. 3)
Mecanismos De Defesa NãO EspecíFicos (ApresentaçãO Nr. 3)
 
Coesao e coerência
Coesao e coerênciaCoesao e coerência
Coesao e coerência
 
Sísifo- Miguel Torga
Sísifo- Miguel TorgaSísifo- Miguel Torga
Sísifo- Miguel Torga
 
. Maias simplificado
. Maias simplificado. Maias simplificado
. Maias simplificado
 

Semelhante a Bio12-Controlo de pragas

ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Controlo De Pragas
ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera   Controlo De PragasExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera   Controlo De Pragas
ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Controlo De Pragas
Nuno Correia
 
Powerpoint 8 ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Controlo De Pragas
Powerpoint 8   ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera   Controlo De PragasPowerpoint 8   ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera   Controlo De Pragas
Powerpoint 8 ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Controlo De Pragas
Nuno Correia
 
ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Controlo De Pragas
ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera   Controlo De PragasExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera   Controlo De Pragas
ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Controlo De Pragas
Nuno Correia
 
Powerpoint 8 ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Controlo De Pragas
Powerpoint 8   ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera   Controlo De PragasPowerpoint 8   ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera   Controlo De Pragas
Powerpoint 8 ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Controlo De Pragas
Nuno Correia
 
Controlo de pragas
Controlo de pragasControlo de pragas
Controlo de pragas
rita51096
 
Controlo de pragas
Controlo de pragasControlo de pragas
Controlo de pragas
rita51096
 
Controle Biológico
Controle BiológicoControle Biológico
Controle Biológico
João Felix
 

Semelhante a Bio12-Controlo de pragas (20)

45.controlo de pragas2013
45.controlo de pragas201345.controlo de pragas2013
45.controlo de pragas2013
 
Controlo de pragas
Controlo de pragasControlo de pragas
Controlo de pragas
 
ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Controlo De Pragas
ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera   Controlo De PragasExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera   Controlo De Pragas
ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Controlo De Pragas
 
Powerpoint 8 ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Controlo De Pragas
Powerpoint 8   ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera   Controlo De PragasPowerpoint 8   ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera   Controlo De Pragas
Powerpoint 8 ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Controlo De Pragas
 
Controle biológico pela ação de microrganismos
Controle biológico pela ação de microrganismosControle biológico pela ação de microrganismos
Controle biológico pela ação de microrganismos
 
ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Controlo De Pragas
ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera   Controlo De PragasExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera   Controlo De Pragas
ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Controlo De Pragas
 
Powerpoint 8 ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Controlo De Pragas
Powerpoint 8   ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera   Controlo De PragasPowerpoint 8   ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera   Controlo De Pragas
Powerpoint 8 ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Controlo De Pragas
 
Controlo de pragas
Controlo de pragasControlo de pragas
Controlo de pragas
 
Controlo de pragas
Controlo de pragasControlo de pragas
Controlo de pragas
 
Controle biológico de pragas e doenças, organismos de controle e especificações
Controle biológico de pragas e doenças, organismos de controle e especificaçõesControle biológico de pragas e doenças, organismos de controle e especificações
Controle biológico de pragas e doenças, organismos de controle e especificações
 
Controle Biológico
Controle BiológicoControle Biológico
Controle Biológico
 
Trabalho escrito problemática do uso de biocidas e de métodos alternativos no...
Trabalho escrito problemática do uso de biocidas e de métodos alternativos no...Trabalho escrito problemática do uso de biocidas e de métodos alternativos no...
Trabalho escrito problemática do uso de biocidas e de métodos alternativos no...
 
I.2 meios de protecao das culturas
I.2 meios de protecao das culturasI.2 meios de protecao das culturas
I.2 meios de protecao das culturas
 
Popula+º+áes texto 2010
Popula+º+áes texto 2010Popula+º+áes texto 2010
Popula+º+áes texto 2010
 
Seminario micro solo_controle_pragas
Seminario micro solo_controle_pragasSeminario micro solo_controle_pragas
Seminario micro solo_controle_pragas
 
Apostila cb (final)
Apostila cb (final)Apostila cb (final)
Apostila cb (final)
 
Manejo ecológico de pragas
Manejo ecológico de pragasManejo ecológico de pragas
Manejo ecológico de pragas
 
Ino impacto das pragas exoticas no ambiente
Ino impacto das pragas exoticas no ambienteIno impacto das pragas exoticas no ambiente
Ino impacto das pragas exoticas no ambiente
 
Problemática do uso de biocidas e de métodos alternativos no controlo de pragas
Problemática do uso de biocidas e de métodos alternativos no controlo de pragasProblemática do uso de biocidas e de métodos alternativos no controlo de pragas
Problemática do uso de biocidas e de métodos alternativos no controlo de pragas
 
Teoria da Trofobiose
Teoria da Trofobiose Teoria da Trofobiose
Teoria da Trofobiose
 

Mais de Rita Rainho

BioGeo10-sismologia
BioGeo10-sismologiaBioGeo10-sismologia
BioGeo10-sismologia
Rita Rainho
 

Mais de Rita Rainho (20)

CN7 - Rochas magmáticas
CN7 - Rochas magmáticasCN7 - Rochas magmáticas
CN7 - Rochas magmáticas
 
CN7 - Formação de cristais de enxofre
CN7 - Formação de cristais de enxofreCN7 - Formação de cristais de enxofre
CN7 - Formação de cristais de enxofre
 
CN7 - Fósseis
CN7 - FósseisCN7 - Fósseis
CN7 - Fósseis
 
BioGeo11-Replicação do ADN e Síntese Proteica
BioGeo11-Replicação do ADN e Síntese ProteicaBioGeo11-Replicação do ADN e Síntese Proteica
BioGeo11-Replicação do ADN e Síntese Proteica
 
Bio12-desequilíbrios do sistema imunitário
Bio12-desequilíbrios do sistema imunitárioBio12-desequilíbrios do sistema imunitário
Bio12-desequilíbrios do sistema imunitário
 
CN7-rochas
CN7-rochasCN7-rochas
CN7-rochas
 
Bio12-Extensões da genética mendeliana
Bio12-Extensões da genética mendelianaBio12-Extensões da genética mendeliana
Bio12-Extensões da genética mendeliana
 
BioGeo10-diversidade na Biosfera
BioGeo10-diversidade na BiosferaBioGeo10-diversidade na Biosfera
BioGeo10-diversidade na Biosfera
 
BioGeo10-coordenação nervosa
BioGeo10-coordenação nervosaBioGeo10-coordenação nervosa
BioGeo10-coordenação nervosa
 
BioGeo10-respiração aeróbia
BioGeo10-respiração aeróbiaBioGeo10-respiração aeróbia
BioGeo10-respiração aeróbia
 
BioGeo10-sismologia
BioGeo10-sismologiaBioGeo10-sismologia
BioGeo10-sismologia
 
BioGeo10-trocas gasosas
BioGeo10-trocas gasosasBioGeo10-trocas gasosas
BioGeo10-trocas gasosas
 
BioGeo10-fermentacao
BioGeo10-fermentacaoBioGeo10-fermentacao
BioGeo10-fermentacao
 
BioGeo10-transportes membranares
BioGeo10-transportes membranaresBioGeo10-transportes membranares
BioGeo10-transportes membranares
 
BioGeo10-biomoléculas
BioGeo10-biomoléculasBioGeo10-biomoléculas
BioGeo10-biomoléculas
 
BioGeo10-ondas-sismicas_descontinuidades
BioGeo10-ondas-sismicas_descontinuidadesBioGeo10-ondas-sismicas_descontinuidades
BioGeo10-ondas-sismicas_descontinuidades
 
BioGeo10-métodos geofísicos
BioGeo10-métodos geofísicosBioGeo10-métodos geofísicos
BioGeo10-métodos geofísicos
 
6 corpos sistema solar
6 corpos sistema solar6 corpos sistema solar
6 corpos sistema solar
 
BioGeo10-rochas sedimentares
BioGeo10-rochas sedimentaresBioGeo10-rochas sedimentares
BioGeo10-rochas sedimentares
 
BioGeo10-trilobites de canelas
BioGeo10-trilobites de canelasBioGeo10-trilobites de canelas
BioGeo10-trilobites de canelas
 

Último

Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
TailsonSantos1
 
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxAula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
andrenespoli3
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
NarlaAquino
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
CleidianeCarvalhoPer
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
marlene54545
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 

Último (20)

Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxAula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUA
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUAO PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUA
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUA
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 

Bio12-Controlo de pragas

  • 1. Produção de alimentos e sustentabilidade Controlo de Pragas
  • 2. Pragas – o que são? Abundância de indivíduos de uma espécie indesejável; Invadem as culturas ou explorações agrícolas; Competem com o Homem e espalham doenças. Estima-se , anualmente, cerca de 35% da produção mundial de alimentos é destruída por pragas!
  • 3. Afídeos Mosaico do tomate Míldio (videira) Ferrugem (trigo)
  • 4. A “fome da batata” na Irlanda (1840) Emigração em massa para os EUA Phytophtorainfestans
  • 5. Como aparecem as pragas? Ecossistemas em equilíbrio Ausência de equilíbrio Ecossistemas naturais (elevada biodiversidade) Sistemas agrícolas de policulturas Ausência de biodiversidade Sistemas agrícolas de monoculturas Pouca biodiversidade limita as interacções com predadores ou outras espécies controladoras das pragas Espécies nocivas para o Homem são controladas pelos seus predadores naturais
  • 6. Biocidas(Pesticidas) São agentes químicos usados no controlo de pragas Deacordocom o tipo de praga: Herbicidas – matam plantas infestantes Insecticidas – matam insectos Fungicidas – matam fungos Rodenticidas – matam roedores
  • 7. Caracterização de um pesticida Espectro de acção Persistência Quantidade de espécies para as quais é tóxico. Quanto mais largo o espectro de acção, maior o número de espécies sensíveis ao seu efeito. Período de tempo durante o qual o pesticida permanece activo Horas, dias ou a semanas (baixa persistência) até anos (elevada persistência).
  • 9.
  • 10. Pesticidas – sim ou não? Vantagens Aumentar a produção Diminuir os custos para o utilizador já que reduz o prejuízo com pragas Combatem a expansão de doenças como a malária e o paludismo
  • 11. O DDT para combater o tifo e a malária após a 2ª Guerra Mundial
  • 12.
  • 13. Efeitos secundários do uso de DDT nos países onde foi usado para controlar a Malária Destruição de fauna e flora por contaminação de habitats Cancro
  • 14. Pesticidas – sim ou não? Problemas Contaminação de água e solos Desenvolvimento de espécies resistentes Desequilíbrio dos ecossistemas com destruição de espécies importantes (ex: polinizadores) Bioacumulação e bioampliação
  • 15. Desenvolvimento de espécies resistentes Após aplicação do pesticida sobrevivem os indivíduos com capacidade de resistência. Com o tempo, a população é constituída maioritariamente por indivíduos resistentes. É necessário aplicar quantidades maiores e mais concentradas do pesticida.
  • 16. Bioacumulação e Bioampliação Bioacumulação consiste na acumulação dos pesticidas nos tecidos numa concentração elevada. Bioampliação consiste no aumento da concentração do pesticida de nível trófico para nível trófico ao longo das cadeias alimentares.
  • 17. Os pesticidas tornam-se um perigo para o Homem de forma directa, por envenenamento e de forma indirecta, através das cadeias alimentares.
  • 18. Métodos alternativos: a luta biológica Controlo da população de pragas através da utilização dos seus inimigos naturais, como predadores ou parasitas. Esterilização de insectos Utilização de hormonas animais Feromonas Hormonas juvenis e de muda Biopesticidas Engenharia genética Métodos selectivos e não tóxicos!
  • 19. Utilização de espécies predadoras das pragas As espécies predadoras são insectívoras, mas não atacam as culturas, mantendo assim controladas as populações das pragas
  • 20. Os louva-a-deus comem outros insectos de menores dimensões que comem as culturas, mas não são vegetarianos.
  • 21. Utilização de espécies parasitóides das pragas Utilização de espécies parasitóides das pragas mas que não constituem ameaça para o ser humano. É o caso da vespa braconida (C. insularis), pois não tem ferrão nem ataca o humano. A fêmea coloca os seus ovos no interior dos ovos de várias espécies identificadas como pragas. C. insularisa parasitar os ovos de S. frugiperda. (praga). A larva menor corresponde à da espécie identificada como praga.
  • 22. Luta biológica: Problemas Dificuldade na selecção do melhor inimigo natural e sua produção em larga escala; Maior lentidão na obtenção dos resultados pretendidos face aos pesticidas; Risco de crescimento dos inimigos naturais a ponto de se tornarem numa nova praga.
  • 23. Esterilização de insectos Machos esterilizados em laboratório são libertados. Ao acasalarem não produzem descendência e a população da praga diminui. Desvantagens: Aplicação reduzida a algumas espécies Método dispendioso Exige grande quantidade de machos estéreis, pois para ser eficaz é preciso ser aplicado durante muito tempo e continuamente
  • 24. Uso de feromonas Utilização de hormonas sexuais para atrair os insectos para armadilhas e desviando-os das culturas. Também podem ser usadas para atrair os predadores naturais ou parasitas das pragas Acção muito específica. Processo de identificação, isolamento e produção da feromona é muito dispendioso.
  • 25.
  • 26. Hormonas juvenis ou de muda Estas hormonas controlam o ciclo de vida dos insectos. A sua aplicação pode interferir no ciclo de vida das pragas, fazendo com que não se complete ou seja interrompido.
  • 27. Biopesticidas Alguns organismos produzem substâncias específicas que são tóxicas para outras espécies, podendo por isso ser usadas como biopesticidas. Exemplo: toxinas Bt. Produzidas por bactérias do solo, são aplicadas nas culturas para as proteger das pragas. Não são perigosas para a saúde humana.
  • 28. Engenharia genética Utilização da técnica do DNA recombinante para: Criação de espécies resistentes a pragas; Introdução de genes que codificam a produção de biopesticidas;
  • 29. Engenharia genética Vantagens Problemas Permite aumentar a especificidade, eficiência e estabilidade dos biopesticidas Baixos custos Redução da aplicação de pesticidas Resultados rápidos quando comparados com o controlo biológico Transferência de genes estranhos pode causar desequilíbrios nos ecossistemas Perda de controlo dos genes por possibilidade de cruzamentos indesejados