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CANCRO DA
PROSTATA
Caracterização da Doença

A quase totalidade dos casos de cancro da próstata é
um carcinoma.
Entre diversas características que se podem encontrar
no carcinoma, salienta-se a semelhança que ainda
existe, ou não, entre o tumor e a glândula prostática de
onde se origina. O grau de semelhança é medido pelo
chamado score de Gleason: um Gleason baixo significa
que o tumor é mais semelhante à glândula prostática,
enquanto um Gleason alto (máximo 10) significa o
contrário.   A     um    Gleason   baixo    corresponde
habitualmente um melhor prognóstico.
Outra característica fundamental é medida pelo Estádio
da doença, isto é, se a doença se encontra confinada à
próstata ou, pelo contrário, se se espalhou a outros
órgãos.
O PSA, a idade e o estado geral do doente são ainda
factores determinantes da caracterização da doença.
O CANCRO DA PRÓSTATA


Em Portugal, o cancro da próstata é o tipo de
cancro mais importante e frequente no homem
(superior ao cancro da pele) .
A investigação constante, numa área de
intervenção tão importante como o cancro da
próstata é, inquestionavelmente necessária.
Estão a ser estudadas novas formas de o
prevenir, detectar e tratar, tendo sempre em
atenção a melhoria da qualidade de vida das
pessoas com cancro da próstata, durante e
após o tratamento.
Será frequente o Cancro da
             Próstata???

Segundo estudos a probabilidade de se ter
cancro da próstata ao longo da vida é muito
elevada.
Em média, 1 em cada 6 homens terá cancro
da próstata.
Apesar desta conclusão também ficámos a
saber que a probabilidade de se morrer por
cancro da próstata é bastante inferior. Em
média 1 em cada 33 homens morrerá devido a
este cancro.
Porque esta diferença de
               probabilidades?
Um dos factores que contribui para a menor
probabilidade de morrer por cancro da próstata em
relação à probabilidade de poder ter a doença, é o
facto de uma percentagem significativa de cancros da
próstata ter uma evolução muito lenta, sem qualquer
repercussão na qualidade de vida do homem e sem
nunca se manifestar. Autópsias efectuadas em
homens     que   morreram     por    outras   causas
demonstraram que cerca de 80% dos homens entre os
70 e 79 anos tinham cancro da próstata. Contudo,
esses cancros nunca se manifestaram. A medicina
actual não permite saber, no momento do diagnóstico,
se um cancro da próstata é do tipo agressivo ou se,
pelo contrário, é daqueles cancros que nunca se irá
manifestar por ter uma evolução muito lenta.
Como é feito o rastreio do cancro da
                 próstata?

O rastreio do cancro da próstata pode ser
feito pelo toque rectal e pelo teste PSA. O
toque rectal é um exame em que o médico,
através da introdução do dedo no recto, faz a
palpação da próstata no sentido de tentar
detectar irregularidades ou possíveis nódulos.
O teste PSA corresponde a uma análise
sanguínea. Um valor elevado de PSA ou
alterações detectadas ao toque rectal implicam
a realização de uma biopsia prostática
transrectal: através do recto, com uma
agulha, recolhe-se uma amostra da próstata
para ser analisada ao microscópio.
O Toque Rectal e o PSA

O toque rectal e o PSA (Antígeno Prostático Específico) podem ter
falsos positivos ou falsos negativos. Em média, em cada 10
pessoas com o PSA elevado e que serão submetidas a biopsia,
apenas 3 terão cancro da próstata. A biopsia implica desconforto
físico significativo (p.ex. dor) e, quando negativa, pode conduzir a
desconforto psíquico (p.ex. ansiedade), pois cerca de 20% das
biopsias são falsos negativos.
O rastreio efectuado por rotina conduz a um diagnóstico
excessivo de cancro da próstata. Estima-se que em cada 2
cancros da próstata diagnosticados num programa de rastreio, 1
corresponda a um cancro diagnosticado desnecessariamente que
nunca se manifestaria clinicamente. Em caso de cancro, será
necessário tratamento agressivo com um elevado risco de efeitos
secundários: disfunção eréctil, incontinência urinária ou problemas
intestinais.
O paciente que efectua o rastreio tem uma elevada probabilidade
de necessitar de realizar exames adicionais mais invasivos.
Quem apresenta um risco aumentado de cancro da
                    próstata?

Os homens que tenham um pai ou um irmão com cancro
da próstata apresentam um risco aumentado de poder
vir a ter esta doença.

 Será que me devo submeter ao rastreio do cancro da
                     próstata?

A decisão deve ser tomada por cada um, em conjunto
com o seu médico. Deve ter em consideração o seu
risco pessoal em relação ao cancro da próstata e deve
tomar uma decisão tendo em consideração os prós e os
contras do rastreio.
Métodos de tratamento

Os métodos de       tratamento   actualmente
utilizados são:

- Cirurgia;

- Radioterapia;

- Hormonoterapia;

- Observação.
O cancro da próstata no Mundo


Actualmente o cancro da próstata é a quarta causa de morte
por cancro nos homens nos países desenvolvidos, sendo apenas
ultrapassado pelo cancro de pulmão, colorectal e estômago.

Em 2000 estimavam-se cerca de 193 mil novos casos de cancro
da próstata e 35.800 mortes nos EUA. No mesmo período, o
Reino Unido registou o diagnóstico de 21.300 casos de cancro
da próstata, tornando-se o segundo mais comum entre os
homens naquele país.

Em Portugal, e de acordo com o rastreio anual efectuado pelo
Serviço de Urologia do Hospital do Desterro, deverão existir
mais de 110 mil portugueses com cancro da próstata ou seja,
2,2 por cento da população masculina. Trata-se do segundo
cancro em prevalência e em mortalidade nos homens, logo após o
cancro do pulmão.
Células de Câncer da Próstata




                            Raquel Silva
                            Efa Gestão 2º Ano
                            2009/2010
                            Disciplina de STC

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Trab. cancro

  • 2. Caracterização da Doença A quase totalidade dos casos de cancro da próstata é um carcinoma. Entre diversas características que se podem encontrar no carcinoma, salienta-se a semelhança que ainda existe, ou não, entre o tumor e a glândula prostática de onde se origina. O grau de semelhança é medido pelo chamado score de Gleason: um Gleason baixo significa que o tumor é mais semelhante à glândula prostática, enquanto um Gleason alto (máximo 10) significa o contrário. A um Gleason baixo corresponde habitualmente um melhor prognóstico. Outra característica fundamental é medida pelo Estádio da doença, isto é, se a doença se encontra confinada à próstata ou, pelo contrário, se se espalhou a outros órgãos. O PSA, a idade e o estado geral do doente são ainda factores determinantes da caracterização da doença.
  • 3. O CANCRO DA PRÓSTATA Em Portugal, o cancro da próstata é o tipo de cancro mais importante e frequente no homem (superior ao cancro da pele) . A investigação constante, numa área de intervenção tão importante como o cancro da próstata é, inquestionavelmente necessária. Estão a ser estudadas novas formas de o prevenir, detectar e tratar, tendo sempre em atenção a melhoria da qualidade de vida das pessoas com cancro da próstata, durante e após o tratamento.
  • 4. Será frequente o Cancro da Próstata??? Segundo estudos a probabilidade de se ter cancro da próstata ao longo da vida é muito elevada. Em média, 1 em cada 6 homens terá cancro da próstata. Apesar desta conclusão também ficámos a saber que a probabilidade de se morrer por cancro da próstata é bastante inferior. Em média 1 em cada 33 homens morrerá devido a este cancro.
  • 5.
  • 6. Porque esta diferença de probabilidades? Um dos factores que contribui para a menor probabilidade de morrer por cancro da próstata em relação à probabilidade de poder ter a doença, é o facto de uma percentagem significativa de cancros da próstata ter uma evolução muito lenta, sem qualquer repercussão na qualidade de vida do homem e sem nunca se manifestar. Autópsias efectuadas em homens que morreram por outras causas demonstraram que cerca de 80% dos homens entre os 70 e 79 anos tinham cancro da próstata. Contudo, esses cancros nunca se manifestaram. A medicina actual não permite saber, no momento do diagnóstico, se um cancro da próstata é do tipo agressivo ou se, pelo contrário, é daqueles cancros que nunca se irá manifestar por ter uma evolução muito lenta.
  • 7.
  • 8. Como é feito o rastreio do cancro da próstata? O rastreio do cancro da próstata pode ser feito pelo toque rectal e pelo teste PSA. O toque rectal é um exame em que o médico, através da introdução do dedo no recto, faz a palpação da próstata no sentido de tentar detectar irregularidades ou possíveis nódulos. O teste PSA corresponde a uma análise sanguínea. Um valor elevado de PSA ou alterações detectadas ao toque rectal implicam a realização de uma biopsia prostática transrectal: através do recto, com uma agulha, recolhe-se uma amostra da próstata para ser analisada ao microscópio.
  • 9.
  • 10. O Toque Rectal e o PSA O toque rectal e o PSA (Antígeno Prostático Específico) podem ter falsos positivos ou falsos negativos. Em média, em cada 10 pessoas com o PSA elevado e que serão submetidas a biopsia, apenas 3 terão cancro da próstata. A biopsia implica desconforto físico significativo (p.ex. dor) e, quando negativa, pode conduzir a desconforto psíquico (p.ex. ansiedade), pois cerca de 20% das biopsias são falsos negativos. O rastreio efectuado por rotina conduz a um diagnóstico excessivo de cancro da próstata. Estima-se que em cada 2 cancros da próstata diagnosticados num programa de rastreio, 1 corresponda a um cancro diagnosticado desnecessariamente que nunca se manifestaria clinicamente. Em caso de cancro, será necessário tratamento agressivo com um elevado risco de efeitos secundários: disfunção eréctil, incontinência urinária ou problemas intestinais. O paciente que efectua o rastreio tem uma elevada probabilidade de necessitar de realizar exames adicionais mais invasivos.
  • 11.
  • 12. Quem apresenta um risco aumentado de cancro da próstata? Os homens que tenham um pai ou um irmão com cancro da próstata apresentam um risco aumentado de poder vir a ter esta doença. Será que me devo submeter ao rastreio do cancro da próstata? A decisão deve ser tomada por cada um, em conjunto com o seu médico. Deve ter em consideração o seu risco pessoal em relação ao cancro da próstata e deve tomar uma decisão tendo em consideração os prós e os contras do rastreio.
  • 13. Métodos de tratamento Os métodos de tratamento actualmente utilizados são: - Cirurgia; - Radioterapia; - Hormonoterapia; - Observação.
  • 14. O cancro da próstata no Mundo Actualmente o cancro da próstata é a quarta causa de morte por cancro nos homens nos países desenvolvidos, sendo apenas ultrapassado pelo cancro de pulmão, colorectal e estômago. Em 2000 estimavam-se cerca de 193 mil novos casos de cancro da próstata e 35.800 mortes nos EUA. No mesmo período, o Reino Unido registou o diagnóstico de 21.300 casos de cancro da próstata, tornando-se o segundo mais comum entre os homens naquele país. Em Portugal, e de acordo com o rastreio anual efectuado pelo Serviço de Urologia do Hospital do Desterro, deverão existir mais de 110 mil portugueses com cancro da próstata ou seja, 2,2 por cento da população masculina. Trata-se do segundo cancro em prevalência e em mortalidade nos homens, logo após o cancro do pulmão.
  • 15. Células de Câncer da Próstata Raquel Silva Efa Gestão 2º Ano 2009/2010 Disciplina de STC