O documento descreve as civilizações clássicas da Grécia Antiga, com foco em Atenas e Esparta. Resume aspectos como a economia, política, sociedade e educação dessas importantes pólis gregas no período arcaico, destacando o desenvolvimento da democracia em Atenas e o modelo militarista em Esparta.
2. PERÍODO ARCAICO
(séc. VIII – VI a.C.)
• Desde o século VIII a.C., formaram-se pela Grécia diversas
cidades independentes, cada qual desenvolvendo seu
próprio governo, suas leis, seus calendários, suas moedas,
eram as pólis gregas.
• A pólis reunia um agrupamento humano que habitava um
território cuja extensão variava entre 1000 e 3.000
quilômetros quadrados, compreendendo zona urbana e
rural.
• No mundo grego encontramos diversas pólis, as que mais se
destacaram foram Atenas e Esparta, pela liderança que, em
certas épocas, exerceram sobre as demais cidades.
3. ATENAS
• Localização: na Ática, nas
proximidades do mar
Egeu.
• Atenas destacou-se como
o maior centro cultural,
político e econômico da
Grécia.
• Cidade de origem jônica,
tornou-se um padrão de
desenvolvimento para as
cidades-estado gregas.
4. ECONOMIA ATENIENSE
• A base da economia ateniense era o comércio, fundaram
inúmeras colônias. A produção agrícola ficava a cargo dos
pelos escravos.
• A manutenção da escravidão na cidade foi fundamental
tanto para o desenvolvimento da economia, como para a
consolidação da democracia, possibilitando uma situação
política mais equilibrada, na medida em que as camadas
populares tiveram algumas de suas reivindicações
atendidas.
• Ao preservar o trabalho escravo, a elite econômica tinha
grande disponibilidade de seu tempo para participar das
Assembléias e das demais atividades políticas.
5. POLÍTICA ATENIENSE
• Monarquia aristocrática: primeira forma de governo de Atenas,
o poder era exercido por um rei: o basileu. Aos poucos o poder
do rei foi limitado pelos eupátridas;
• Oligarquia: governo passou a ser exercido por um conselho de
eupátridas (o Arcontado).
• O descontentamento popular, apoiado pelos ricos
comerciantes(demiurgos) foi se fortalecendo e impondo
mudanças na ordem política tradicional. Para resolver os
conflitos eram necessárias reformas.
• Os aristocratas encarregaram DRÁCON de elaborar um código
de leis escritas para a cidade. Eram leis rígidas, porém não
conseguiram resolver os conflitos.
• Outro legislador, SÓLON, propõe medidas mais radicais a fim de
resolver os conflitos:
6. • Aboliu a escravidão por dívidas; dividiu os cidadãos
em quatro classes (baseada na riqueza)e determinou a
relativa participação política de cada classe.
• Entretanto, as reformas de Sólon não conseguiram
apaziguar os ânimos.
• Essa crise facilitou a tomada de poder pela força.
• Tirania: o período da tirania iniciou-se com Pisístrato.
Esse tirano deu terras dos aristocratas aos pequenos
proprietários, concedeu empréstimos aos fazendeiros,
incentivou a colonização e o comércio, construiu obras
públicas.
• Democracia: Clístenes, um outro tirano fez nascer a
democracia ao aperfeiçoar a leis de Sólon.
7. • O direito de cidadania foi ampliado. Passaram
a ser considerados cidadãos os filhos de pai
ateniense. Clístenes criou a lei do ostracismo,
que era a condenação ao exílio de Atenas, por
dez anos, às pessoas consideradas perigosas
pelo Estado.
• A democracia ateniense atingiu se apogeu no
século V a.C., com Péricles, que governou 14
anos e promoveu Atenas tanto politicamente
como culturalmente.
8. O governo democrático de Atenas era
constituído da seguinte forma:
• Bulé – assembléia encarregada da elaboração
das leis.
• Eclésia – votava as leis e escolhia os
estrategos, encarregados de fazer executar as
leis;
• Hiléia – tribunais de justiça.
9. Limites da democracia ateniense
• Mulheres não eram cidadãs.
• Escravos não eram cidadãos.
• Metecos não eram cidadãos.
• Somente homens, filhos de pai e mãe atenienses,
das classes sociais, Eupátridas, Georgóis, Demiurgos
e Thetas, eram cidadãos.
• Ao mesmo tempo em que se aperfeiçoavam as
instituições democráticas, consolidava-se o
escravismo.
10. DEMOCRACIA GREGA x ATUAL
• A democracia grega era direta e limitada aos
ricos proprietários. O próprio cidadão
defendia os seus interesses políticos.
• Nossa democracia é representativa,
escolhemos os candidatos que vão nos
representar. Todos com maior de 18 anos
estão obrigados a exercer seus direitos
políticos.
11. EDUCAÇÃO ATENIENSE
• Em Atenas não havia escola pública, mas a educação
era obrigatória, e ao completar sete anos , cabia ao
pai enviar a criança a um mestre particular.
• O aluno aprendia música, cultura literária, e após os
18 anos os que podiam continuar estudando
frequentavam as lições de retórica e filosofia.
• As mulheres casavam-se muito cedo entre 15 e 18
anos conforme a escolha dos pais, e em caso de
esterilidade ou adultério podiam ser devolvidas
pelos maridos, e após o casamento era totalmente
submissa ao marido.
12. SOCIEDADE ATENIENSE
EUPÁTRIDAS- grandes proprietários de terras
DEMIURGOS (comerciantes e artesãos prósperos)
GEORGÓIS- pequenos agricultores em terras pouco
férteis e THETAS- trabalhadores assalariados, não
possuíam terras.
METECOS –estrangeiros que se dedicavam ao comércio,
não tinham direitos políticos, nem terras.
ESCRAVOS – prisioneiros de guerras ou por dívidas
14. ESPARTA
• Localização: Esparta situava-se na região da
Lacônia, na Península do Peloponeso, numa
planície fértil quer era uma exceção no conjunto
geográfico grego. Essa planície apresentava-se
isolada das regiões vizinhas por altas montanhas.
• Fundada no século IX a.C. pelos Dórios, que logo
submeteram os primeiros habitantes da região, a
sociedade espartana teve um desenvolvimento
semelhante aos das demais pólis gregas.
15. ECONOMIA ESPARTANA
• A propriedade em Esparta era Estatal; a terra,
dividida em lotes, era doada vitaliciamente aos
espartanos e trabalhadas pelos hilotas.
• Era proibida a prática do comércio pelos
espartanos, contribuindo para o monopólio
comercial dos periecos (aqueus que habitavam a
periferia).
• Como comerciantes, os periecos completavam a
economia da pólis, favorecendo a auto-suficiência
espartana e a xenofobia (aversão ao estrangeiro).
16. SOCIEDADE ESPARTANA
Esparciatas:descendentes dos dórios e os únicos
detentores de terras e de poder político e dedicavam-se
à guerra
Periecos:homens livres que não tinham direitos
políticos e que deveriam participar do exército quando
necessário.(comerciantes e artesãos).
Hilotas: homens escravizados nas guerras
messênicas. Não possuíam direitos políticos e
estavam sujeitos a todo tipo de violência.
17. ESTRUTURA POLÍTICA
ESPARTANA
5 ÉFOROS (Poder Executivo): Eleitos anualmente.
DIARQUIA (controle do exército 28 GERONTES (Poder Legislativo):
e religião) Conselho dos Anciãos (+ de 60 anos)
EXÉRCITO: Hoplitas
ASSEMBLÉIA POPULAR (ÁPELA):
(homens entre 18 e 30
homens com mais de 30 anos
anos)
PERIECOS (convocados para o exército)
HILOTAS (Camponeses submetidos pela força)
18. POLITICAMENTE, ESPARTA ERA BASEADA NA
OLIGARQUIA.
• Diarquia: formada por dois reis, com autoridade religiosa e
militar;
• Gerúsia: também conhecida como conselho dos Anciãos, era
composto por 28 esparciatas com mais de 60 anos, os
gerontes, com função vitalícia. Fiscalizavam a administração e
decidiam sobre a maior parte dos assuntos do governo e
escolhiam os éforos.
• Ápela: era a Assembléia popular, formada pelos cidadãos com
mais de 30 anos. Sua principal função era eleger os membros
da Gerúsia e aprovavam os membros do eforado.
• Éforos: em número de cinco, com mandato de um ano.Eram
escolhidos pela Gerúsia e aprovados pela Ápela. Eram os
verdadeiros administradores da cidade. Fiscalizavam os reis,
controlavam o sistema educacional, distribuíam a propriedade
entre os esparciatas e aplicavam a justiça.
19. EDUCAÇÃO ESPARTANA
• A educação espartana visava o preparo militar, aos sete anos a
criança era entregue ao Estado, e quase todo o tempo devia ser
dedicado aos exercícios físicos e preparo para a guerra
suportando frio, fome.
• Entre os 12 e 30 anos, os jovens deviam dormir em alojamentos,
com companheiros da mesma faixa etária, depois dessa idade
podiam casar-se e participar das decisões da assembléia.
• O esparciata estava dispensado do serviço militar após completar
60 anos, e podia ser eleito e tomar parte na Gerúsia.
• O principal dever das mulheres era dar à luz à filhos vigorosos,
praticavam ginástica, tinham bastante liberdade em virtude de
prolongada ausência dos maridos, cabiam à elas a administração
dos interesses da casa, e praticar o comércio.
20. A LEGISLAÇÃO ESPARTANA
• A legislação espartana teria sido criada por
Licurgo, personagem legendário, e se
baseava no monopólio político dos
cidadãos-guerreiros, os espartanos, e na
marginalização dos demais – muito embora
os periecos tivessem obrigações militares
em caso de guerra.