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Reabilitação do joelho: meniscectomia versus reparação meniscal
João Páscoa Pinheiro, Joana Costa
Medicina Física e de Reabilitação. Medicina Desportiva
pascoapinheiro.blogspot.com
Menisco - anatomia e função
* fibrocartilagem semilunar
* 80% de colagénio tipo I
* fibras circunferenciais / radiais
* congruência femorotibial
* transmissão e distribuição de carga
* absorção da energia e impacto
* estabilidade articular, estática e dinâmica
* mobilidade articular
* nutrição e lubrificação
* mecanoreceptividade
Programa de reabilitação
Fase pré-operatória (2 sem)
• ensino do doente, fortalecimento muscular global
e condicionamento aeróbio.
Fase pós-operatória imediata (1ª-4ª sem)
• controlo da dor, inflamação e derrame sinovial
(crioterapia, massagem, carga progressiva, AINE)
• mobilização articular
• fortalecimento muscular (estático, dinâmico, estimulação
elétrica, cicloergómetro)
• estimulação proprioceptiva (CCA  CCF, apoio
bipodálico e unipodálico)
• condicionamento aeróbio
Fase pós-operatória tardia (> 5ª sem)
• controlo da dor residual e sinovite
• fortalecimento muscular (trabalho dinâmico concêntrico,
excêntrico, isocinético)
• estimulação proprioceptiva (treino perturbado)
• condicionamento aeróbio
• retoma da atividade desportiva (treino e competição)
Tempos médios de retoma:
• laboral: 1 – 2 sem
• exercício físico: 3 – 6 sem
• desporto: 5 – 8 sem
http://revdesportiva.pt/files/PDFs_site_2011/3_Maio/JPP_Tema2_mensisco_site.pdf
Indicações para sutura meniscal
• lesões longitudinais / verticais, preferencialmente agudas, c/ 5 mm a 3.5 cm
• zona “red-red” ou “red-white” (1/3 periférico), atleta jovem, joelho estável
Progressão funcional / uma questão de bom senso
• controlo de dor --- controlo quadriceps --- normal padrão de marcha
• subir e descer escadas --- corrida --- pliometria --- gesto desportivo
Curr Rev Musculoskelet Med (2012) 5:46–58
Principios de reabilitação na reparação meniscal
Tempos mínimos de retoma
rotura AP longitudinal < 3cm / 12 sem
rotura AP longitudinal > 3 cm / 12 sem
rotura radial ou complexa / 20 sem
Principais controvérsias
- qual a % de carga?
- qual o grau de flexão?
- qual a exigência física?
- competição, quando?
Reabilitação pós-reparação meniscal
Fase 0 – (2 sem ) pré-operatória
Fase 1 (0-6 sem)
controlo nociceptivo
proteção da reparação e cicatrização
Fase 2 (6-14 sem)
restaurar amplitudes
treino neuromuscular
condicionamento aeróbio
normalizar marcha
Fase 3 (14-22 sem)
treino neuromuscular
otimizar gesto de pratica desportiva
Heckmann T, et al. J Orthop Sports Phys Ther. 2006;36(10):795-814. doi:10.2519/jospt.2006.2177
meniscectomia versus reparação meniscal
nocicepção
carga axial
mobilidade / flexão
fortalecimento muscular
treino proprioceptivo CCA / CCF
condicionamento aeróbio
retoma de marcha
introdução do gesto
retoma desportiva
Em conclusão:
• idealmente, a reparação deve obter a cicatrização e a função
• a reabilitação deve ser prudente e considerada de forma individual
• existem diferenças significativas na reabilitação e na retoma desportiva,
entre a meniscectomia e a reparação meniscal.
• não existe evidência quanto à eficácia dos protocolos de reabilitação…!
* Frizzieri A et al. Muscles, Ligaments and Tendons Journal 2012; 2 (4): 295-30
* Logerstedt DS et al. J Orthop Sports Phys Ther 2010; 40(9): 597.
* Cavanaugh J et al. Curr Rev Musculoskelet Med (2012) 5:46–58

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  • 1. Reabilitação do joelho: meniscectomia versus reparação meniscal João Páscoa Pinheiro, Joana Costa Medicina Física e de Reabilitação. Medicina Desportiva pascoapinheiro.blogspot.com
  • 2. Menisco - anatomia e função * fibrocartilagem semilunar * 80% de colagénio tipo I * fibras circunferenciais / radiais * congruência femorotibial * transmissão e distribuição de carga * absorção da energia e impacto * estabilidade articular, estática e dinâmica * mobilidade articular * nutrição e lubrificação * mecanoreceptividade
  • 3. Programa de reabilitação Fase pré-operatória (2 sem) • ensino do doente, fortalecimento muscular global e condicionamento aeróbio. Fase pós-operatória imediata (1ª-4ª sem) • controlo da dor, inflamação e derrame sinovial (crioterapia, massagem, carga progressiva, AINE) • mobilização articular • fortalecimento muscular (estático, dinâmico, estimulação elétrica, cicloergómetro) • estimulação proprioceptiva (CCA  CCF, apoio bipodálico e unipodálico) • condicionamento aeróbio Fase pós-operatória tardia (> 5ª sem) • controlo da dor residual e sinovite • fortalecimento muscular (trabalho dinâmico concêntrico, excêntrico, isocinético) • estimulação proprioceptiva (treino perturbado) • condicionamento aeróbio • retoma da atividade desportiva (treino e competição) Tempos médios de retoma: • laboral: 1 – 2 sem • exercício físico: 3 – 6 sem • desporto: 5 – 8 sem http://revdesportiva.pt/files/PDFs_site_2011/3_Maio/JPP_Tema2_mensisco_site.pdf
  • 4. Indicações para sutura meniscal • lesões longitudinais / verticais, preferencialmente agudas, c/ 5 mm a 3.5 cm • zona “red-red” ou “red-white” (1/3 periférico), atleta jovem, joelho estável
  • 5. Progressão funcional / uma questão de bom senso • controlo de dor --- controlo quadriceps --- normal padrão de marcha • subir e descer escadas --- corrida --- pliometria --- gesto desportivo Curr Rev Musculoskelet Med (2012) 5:46–58 Principios de reabilitação na reparação meniscal
  • 6. Tempos mínimos de retoma rotura AP longitudinal < 3cm / 12 sem rotura AP longitudinal > 3 cm / 12 sem rotura radial ou complexa / 20 sem Principais controvérsias - qual a % de carga? - qual o grau de flexão? - qual a exigência física? - competição, quando? Reabilitação pós-reparação meniscal Fase 0 – (2 sem ) pré-operatória Fase 1 (0-6 sem) controlo nociceptivo proteção da reparação e cicatrização Fase 2 (6-14 sem) restaurar amplitudes treino neuromuscular condicionamento aeróbio normalizar marcha Fase 3 (14-22 sem) treino neuromuscular otimizar gesto de pratica desportiva
  • 7. Heckmann T, et al. J Orthop Sports Phys Ther. 2006;36(10):795-814. doi:10.2519/jospt.2006.2177
  • 8. meniscectomia versus reparação meniscal nocicepção carga axial mobilidade / flexão fortalecimento muscular treino proprioceptivo CCA / CCF condicionamento aeróbio retoma de marcha introdução do gesto retoma desportiva
  • 9. Em conclusão: • idealmente, a reparação deve obter a cicatrização e a função • a reabilitação deve ser prudente e considerada de forma individual • existem diferenças significativas na reabilitação e na retoma desportiva, entre a meniscectomia e a reparação meniscal. • não existe evidência quanto à eficácia dos protocolos de reabilitação…! * Frizzieri A et al. Muscles, Ligaments and Tendons Journal 2012; 2 (4): 295-30 * Logerstedt DS et al. J Orthop Sports Phys Ther 2010; 40(9): 597. * Cavanaugh J et al. Curr Rev Musculoskelet Med (2012) 5:46–58

Notas do Editor

  1. - Thanks for the invitation to submit this presentation in the 18th Congress of PRM. - I have worked in knee rehabilitation for over 20 years and it is always a pleasure to speak about this subject. - I hope you will enjoy this lecture, which should focused mainly clinical evidence based medicine.
  2. Meniscos: 80% colagénio tipo I + 20% colagénio tipos II, III, V e VI, proteinoglicanos, células e fibras