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De Almeida Garrett
Viagens na minha terra.
Almeida Garret, escritor de Viagens na minha terra, nasceu em Porto no dia 4 de fevereiro de
1799 e veio a falecer em Lisboa no dia 9 de dezembro. Ele é considerado o primeiro autor
romântico em Portugal.
Almeida Garrett foi um ativo participante das forças liberais para combater o absolutismo em
Portugal durante o século XIX. O escritor assistiu à vitória do liberalismo e, com isso, passou a
participar do poder político. De certa forma, o livro é fruto dessa dupla vivência do escritor.
Importância do livro
Entre suas principais obras, encontram-se:
Viagens Na Minha Terra foi inspirado em uma viagem feita pelo próprio autor que serviu de
inspiração para o desenvolvimento de uma série de reflexões a respeito de questões portuguesas.
Ao longo da obra, transcorre a história de Joaninha, a "menina dos rouxinóis“, a inserção dessa
novela tinha como intenção transmitir uma mensagem de caráter político sem deixar de lado o
romantismo.
Camões (1825) Dona Branca (1826) Adozinda (1828) Catão (1828) Romanceiro (1843)
Viagens Na Minha Terra (1843) Cancioneiro Geral (1843) Frei Luis de Sousa (1844)
Flores sem Fruto (1844) D’o Arco de Santana (1845) Folhas Caídas (1853).
Pano de fundo: Guerra Civil Portuguesa.
Ideias liberais surgiram como oposição ao monarquismo, ao mercantilismo e ao domínio religioso.
Portugal, na época um país monarquista com fortes raízes católicas, via qualquer ideia liberalista
como antinacional.
Disputa politico-ideológica: Conservadores (Absolutistas) vs Liberais (Constitucionais).
Quando D. Pedro I volta a Portugal: período progressista de liberdade e a situação se agrava.
Em 1830: Guerra Civil - constitucionalistas (representados por D. Pedro I) e absolutistas
(representados por D. Miguel I) –
Vitória Liberal.
Durante o período de guerra, Garret escreve o livro para defender o governo.
O livro começa com a narrativa do
personagem que decide viajar de Lisboa até
Santarém, para conhecer melhor as
paisagens do país. Através da viagem, Garret
buscava a fonte do que é ser português e
queria conhecer melhor as paisagens do país,
que estava em um momento de drásticas
mudanças. Nesta primeira parte do livro, o
narrador descreve as paisagens e suas
impressões, ao mesmo tempo em que faz
citações filosóficas, literárias e históricas.
Na segunda parte do livro, descrita como novelista, o narrador chega a Santarém e conta a
história dos outros personagens, um drama amoroso que envolve cinco personagens. Essa
narrativa amorosa tem como pano de fundo as lutas entre liberais e miguelistas. Cada
personagem representava um pouco de Portugal.
No romance, Joaninha é uma moça bonita e inocente que mora com sua avó D. Francisca.
Ambas recebem semanalmente a visita de Frei Dinis que traz noticias de Carlos, primo de
Joaninha. Carlos está lutando na Guerra Civil na tropa de Dom Pedro. Frei Dinis é um homem
nobre.
D. Francisca e Frei Dinis possuem algum segredo sobre Carlos. Certo
dia a Guerra Civil chega a Santarém, e junto com ela vem Carlos.
Joaninha reencontra seu primo e ambos são arrebatador por uma forte
paixão, tanto que assim que ela o encontra eles trocam um beijo
apaixonado. Carlos omite de sua prima que possui uma noiva na
Inglaterra de nome Georgina, e o fato de estar com Joaninha o deixa
confuso.
Carlos fica ferido e a prima cuida dele até que este se cure.
Antes de ir embora da cidade ele pede a avó que conte o
segredo que ela e Frei Dinis possuem. A avó acaba contando
que Frei Dinis é seu verdadeiro pai, e que sua mãe havia
falecido.
Carlos fica atordoado com a notícia e volta para casa de Georgina. Esta já está
sabendo de seu caso com a prima Joaninha, Frei Dinis foi quem lhe contou. Ela não
o perdoa e o abandona. No fim, Carlos entra para carreira política onde obtém
sucesso, perdendo seus ideais, moralmente “suicida-se”, tornando-se
materialista, o “barão” politiqueiro, rico e gordo.
Joaninha depois de ser abandonada pelo primo enlouquece e morre. Frei Dinis cuida
de Dona Francisca que ficou cega até a sua morte.
 visão simbólica de Portugal.
 O final do drama, que culmina na morte de Joaninha e na fuga de Carlos para tornar-se barão,
representa a própria crise de valores em que o apego à materialidade e ao imediatismo acaba
por fechar um ciclo de mutações de caráter instável.
É um homem instável que não consegue se decidir
sobre suas relações amorosas entre Joaninha e
Georgina. Por fim, o protagonista acaba por desistir de
ambas, perdendo sua identidade e sua moral. Carlos
termina como uma representação de uma sociedade
renovadora e liberal.
Carlos:
Simboliza uma visão ingênua de Portugal, representando a pureza da vida
campestre, limpa da corrupção e de mente ingênua. Ela é prima e amada
de Carlos
Representa o ideal moral da sociedade. Ela
é a namorada inglesa de Carlos, que
escolhe a reclusão religiosa como
justificativa para não participar dos conflitos
históricos que motivaram sua decepção
amorosa.
Joaninha:
Georgina:
Assim, a preocupação de Garrett em “Viagens na minha terra” é tentar despertar na nação
portuguesa a consciência da situação em que o país se encontrava e que direção pode ser
tomada para tentar mudar o rumo decadente que Portugal estava tomando. Porém, o próprio
autor-narrador não vê perspectivas de melhora, pois a imagem que o homem português tem de si
mesmo não é positiva. Dessa forma, apesar de conseguir enxergar um caminho para a
recuperação de Portugal, Garrett termina a obra com um tom pessimista.
Velha cega avó de Joaninha. Representa Portugal e sua imprudência
com a falta de planejamento com que o País se colocava no governo
dos liberalistas, levando a nação à decadência.
Simboliza a tradição, os velhos e inquebráveis costumes, que no entanto,
não é mais capaz de justificar-se sem uma revisão de valores e de
perspectivas.
Frei Dinis:
D. Francisca:
A ação decorre durante uma viagem que Garrett faz de Lisboa a Santarém com a
duração de seis dias. O narrador marca o tempo cronologicamente, mencionando as
datas através do dia, mês, ou ano. Almeida também faz utilidade do flashback, ou seja,
ele parte de um tempo presente, resgatando um tempo histórico passado e projeta suas
expectativas para o futuro.
“São 17 deste mês de julho, ano de graça de 1843, uma segunda feira, dia sem nota e
de boa estreia. Seis horas da manhã a dar em S. Paulo, e eu a caminhar para o
Terreiro do Paço. ”
A obra se encontra em 1ª pessoa, o narrador fala de si. Ao inserir a novela, ele transfere a sua
focalização, muda seu ponto de vista para uma 3ª pessoa, ou seja, ele opta por falar. Portanto,
temos uma mudança de focalização, dessa forma, o narrador é cambiante.
Durante suas reflexões, o autor intercala citações literárias e históricas as mais diversas como
Camões (no cap 26 falando sobre Os Lusíadas), Homero, Xavier de Maistre em sua Obra prima
Viagens à Roda do Meu Quarto – que inclusive serviu de inspiração. Fala do
Reformador Iconoclasta Duarte Nunes (criticado por ter destruído toda a poética das Historias de
Portugal em suas Crônicas), entre outros.
Um dos operadores textuais estéticos e estruturais da obra é a digressão sobre vários temas
como cultura, política, religião, economia do País, entre outros.
“O coração humano é como o estômago humano, não pode estar vazio, precisa de alimento sempre:
são e generoso só as afeições lho podem dar; o ódio, a inveja e toda a outra paixão má é estímulo
que só irrita mas não sustenta. Se a razão e a moral nos mandam abster estas paixões, se as
quimeras filosóficas, ou outras, nos vedarem aquelas, que alimento dareis ao coração, que há de ele
fazer? Gastar-se sobre si mesmo, consumir-se… Altera-se a vida, apressa-se a dissolução moral da
existência, a saúde da alma é impossível. “
Trecho do Cap 11:
Digressão
Intertextualidade
Reflexões sobre a literatura, sobre si mesmo, sobre aquilo que ele está escrevendo, além de
inserir a novela menina dos rouxinóis.
Trecho do Cap 3, em que cita Shakespeare “There are more things in heaven
and earth, Horatio. Than are dreamt of in your philosophy.”
• Em muitos momentos ele conversa com o leitor, tratando-o sempre de forma educada.
“Sim, leitor benévolo, e por esta ocasião vou te explicar como nós hoje em dia fazemos a nossa
literatura. Já não me importa guardar segredo; depois desta desgraça não me importa já nada.
Saberás pois, ó leitor, como nós outros fazemos o que te fazemos ler.
Trecho do Cap V:
Metalinguagem
” Isto pensava, isto escrevo; isto tinha n’alma; isto vai no papel: que doutro modo não sei escrever”
“Se ainda te cansas dessas quimeras, dou-te conselho que voltes a pagina obnóxia, porque estas
reflexões do ultimo capitulo são tão deslocadas no meu livro como tudo mais neste mundo.”
O retrato de Carlos como herói romântico (sobreposição do sentimento à razão;
incapacidade de resolução dos problemas; insegurança)
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Defesa do patriotismo
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A viagem que serve de pretexto para a narrativa é real. Ao longo do trajeto de Lisboa a Santarém,
Garret observou a paisagem e as pessoas em seus costumes; ele descreve a viagem em barcos,
mulas e charretes.
É um livro pertencente ao Romantismo, embora, como o próprio autor diz em sua narrativa, o livro
não se enquadra nos princípios românticos (apenas a narrativa da Menina dos Rouxinóis)
Características Românticas
O livro não se enquadra aos padrões românticos pois é
composto de relatos autobiográficos, notações da viagem
que o autor realiza, crônica histórica e social, reflexões
literárias e filosóficas. A novela sentimental, que da o
classifica o livro como pertencente ao Romantismo é
utilizada no final da obra como base para uma conclusão
sobre a crise em Portugal.
Então, o livro não trata apenas de uma viagem que vai de Lisboa a Santarém. O autor faz uma
série de reflexões sobre a sociedade materialista. Assim, estas “viagens” não tratam apenas de
um deslocamento físico, mas também de um deslocamento psicológico.
“Ficam-nos estas “viagens” que, fisicamente foi breve, mas que atravessou toda a alma de um
país que ainda se descobre entrelinhas”
Episódio X, Viagens na minha terra, Almeida Garret.

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Viagens na Minha Terra - Almeida Garrett

  • 2. Almeida Garret, escritor de Viagens na minha terra, nasceu em Porto no dia 4 de fevereiro de 1799 e veio a falecer em Lisboa no dia 9 de dezembro. Ele é considerado o primeiro autor romântico em Portugal. Almeida Garrett foi um ativo participante das forças liberais para combater o absolutismo em Portugal durante o século XIX. O escritor assistiu à vitória do liberalismo e, com isso, passou a participar do poder político. De certa forma, o livro é fruto dessa dupla vivência do escritor. Importância do livro Entre suas principais obras, encontram-se: Viagens Na Minha Terra foi inspirado em uma viagem feita pelo próprio autor que serviu de inspiração para o desenvolvimento de uma série de reflexões a respeito de questões portuguesas. Ao longo da obra, transcorre a história de Joaninha, a "menina dos rouxinóis“, a inserção dessa novela tinha como intenção transmitir uma mensagem de caráter político sem deixar de lado o romantismo. Camões (1825) Dona Branca (1826) Adozinda (1828) Catão (1828) Romanceiro (1843) Viagens Na Minha Terra (1843) Cancioneiro Geral (1843) Frei Luis de Sousa (1844) Flores sem Fruto (1844) D’o Arco de Santana (1845) Folhas Caídas (1853).
  • 3. Pano de fundo: Guerra Civil Portuguesa. Ideias liberais surgiram como oposição ao monarquismo, ao mercantilismo e ao domínio religioso. Portugal, na época um país monarquista com fortes raízes católicas, via qualquer ideia liberalista como antinacional. Disputa politico-ideológica: Conservadores (Absolutistas) vs Liberais (Constitucionais). Quando D. Pedro I volta a Portugal: período progressista de liberdade e a situação se agrava. Em 1830: Guerra Civil - constitucionalistas (representados por D. Pedro I) e absolutistas (representados por D. Miguel I) – Vitória Liberal. Durante o período de guerra, Garret escreve o livro para defender o governo.
  • 4. O livro começa com a narrativa do personagem que decide viajar de Lisboa até Santarém, para conhecer melhor as paisagens do país. Através da viagem, Garret buscava a fonte do que é ser português e queria conhecer melhor as paisagens do país, que estava em um momento de drásticas mudanças. Nesta primeira parte do livro, o narrador descreve as paisagens e suas impressões, ao mesmo tempo em que faz citações filosóficas, literárias e históricas. Na segunda parte do livro, descrita como novelista, o narrador chega a Santarém e conta a história dos outros personagens, um drama amoroso que envolve cinco personagens. Essa narrativa amorosa tem como pano de fundo as lutas entre liberais e miguelistas. Cada personagem representava um pouco de Portugal.
  • 5. No romance, Joaninha é uma moça bonita e inocente que mora com sua avó D. Francisca. Ambas recebem semanalmente a visita de Frei Dinis que traz noticias de Carlos, primo de Joaninha. Carlos está lutando na Guerra Civil na tropa de Dom Pedro. Frei Dinis é um homem nobre. D. Francisca e Frei Dinis possuem algum segredo sobre Carlos. Certo dia a Guerra Civil chega a Santarém, e junto com ela vem Carlos. Joaninha reencontra seu primo e ambos são arrebatador por uma forte paixão, tanto que assim que ela o encontra eles trocam um beijo apaixonado. Carlos omite de sua prima que possui uma noiva na Inglaterra de nome Georgina, e o fato de estar com Joaninha o deixa confuso.
  • 6. Carlos fica ferido e a prima cuida dele até que este se cure. Antes de ir embora da cidade ele pede a avó que conte o segredo que ela e Frei Dinis possuem. A avó acaba contando que Frei Dinis é seu verdadeiro pai, e que sua mãe havia falecido. Carlos fica atordoado com a notícia e volta para casa de Georgina. Esta já está sabendo de seu caso com a prima Joaninha, Frei Dinis foi quem lhe contou. Ela não o perdoa e o abandona. No fim, Carlos entra para carreira política onde obtém sucesso, perdendo seus ideais, moralmente “suicida-se”, tornando-se materialista, o “barão” politiqueiro, rico e gordo. Joaninha depois de ser abandonada pelo primo enlouquece e morre. Frei Dinis cuida de Dona Francisca que ficou cega até a sua morte.
  • 7.  visão simbólica de Portugal.  O final do drama, que culmina na morte de Joaninha e na fuga de Carlos para tornar-se barão, representa a própria crise de valores em que o apego à materialidade e ao imediatismo acaba por fechar um ciclo de mutações de caráter instável. É um homem instável que não consegue se decidir sobre suas relações amorosas entre Joaninha e Georgina. Por fim, o protagonista acaba por desistir de ambas, perdendo sua identidade e sua moral. Carlos termina como uma representação de uma sociedade renovadora e liberal. Carlos:
  • 8. Simboliza uma visão ingênua de Portugal, representando a pureza da vida campestre, limpa da corrupção e de mente ingênua. Ela é prima e amada de Carlos Representa o ideal moral da sociedade. Ela é a namorada inglesa de Carlos, que escolhe a reclusão religiosa como justificativa para não participar dos conflitos históricos que motivaram sua decepção amorosa. Joaninha: Georgina:
  • 9. Assim, a preocupação de Garrett em “Viagens na minha terra” é tentar despertar na nação portuguesa a consciência da situação em que o país se encontrava e que direção pode ser tomada para tentar mudar o rumo decadente que Portugal estava tomando. Porém, o próprio autor-narrador não vê perspectivas de melhora, pois a imagem que o homem português tem de si mesmo não é positiva. Dessa forma, apesar de conseguir enxergar um caminho para a recuperação de Portugal, Garrett termina a obra com um tom pessimista. Velha cega avó de Joaninha. Representa Portugal e sua imprudência com a falta de planejamento com que o País se colocava no governo dos liberalistas, levando a nação à decadência. Simboliza a tradição, os velhos e inquebráveis costumes, que no entanto, não é mais capaz de justificar-se sem uma revisão de valores e de perspectivas. Frei Dinis: D. Francisca:
  • 10. A ação decorre durante uma viagem que Garrett faz de Lisboa a Santarém com a duração de seis dias. O narrador marca o tempo cronologicamente, mencionando as datas através do dia, mês, ou ano. Almeida também faz utilidade do flashback, ou seja, ele parte de um tempo presente, resgatando um tempo histórico passado e projeta suas expectativas para o futuro. “São 17 deste mês de julho, ano de graça de 1843, uma segunda feira, dia sem nota e de boa estreia. Seis horas da manhã a dar em S. Paulo, e eu a caminhar para o Terreiro do Paço. ” A obra se encontra em 1ª pessoa, o narrador fala de si. Ao inserir a novela, ele transfere a sua focalização, muda seu ponto de vista para uma 3ª pessoa, ou seja, ele opta por falar. Portanto, temos uma mudança de focalização, dessa forma, o narrador é cambiante.
  • 11. Durante suas reflexões, o autor intercala citações literárias e históricas as mais diversas como Camões (no cap 26 falando sobre Os Lusíadas), Homero, Xavier de Maistre em sua Obra prima Viagens à Roda do Meu Quarto – que inclusive serviu de inspiração. Fala do Reformador Iconoclasta Duarte Nunes (criticado por ter destruído toda a poética das Historias de Portugal em suas Crônicas), entre outros. Um dos operadores textuais estéticos e estruturais da obra é a digressão sobre vários temas como cultura, política, religião, economia do País, entre outros. “O coração humano é como o estômago humano, não pode estar vazio, precisa de alimento sempre: são e generoso só as afeições lho podem dar; o ódio, a inveja e toda a outra paixão má é estímulo que só irrita mas não sustenta. Se a razão e a moral nos mandam abster estas paixões, se as quimeras filosóficas, ou outras, nos vedarem aquelas, que alimento dareis ao coração, que há de ele fazer? Gastar-se sobre si mesmo, consumir-se… Altera-se a vida, apressa-se a dissolução moral da existência, a saúde da alma é impossível. “ Trecho do Cap 11: Digressão Intertextualidade
  • 12. Reflexões sobre a literatura, sobre si mesmo, sobre aquilo que ele está escrevendo, além de inserir a novela menina dos rouxinóis. Trecho do Cap 3, em que cita Shakespeare “There are more things in heaven and earth, Horatio. Than are dreamt of in your philosophy.” • Em muitos momentos ele conversa com o leitor, tratando-o sempre de forma educada. “Sim, leitor benévolo, e por esta ocasião vou te explicar como nós hoje em dia fazemos a nossa literatura. Já não me importa guardar segredo; depois desta desgraça não me importa já nada. Saberás pois, ó leitor, como nós outros fazemos o que te fazemos ler. Trecho do Cap V: Metalinguagem ” Isto pensava, isto escrevo; isto tinha n’alma; isto vai no papel: que doutro modo não sei escrever” “Se ainda te cansas dessas quimeras, dou-te conselho que voltes a pagina obnóxia, porque estas reflexões do ultimo capitulo são tão deslocadas no meu livro como tudo mais neste mundo.”
  • 13. O retrato de Carlos como herói romântico (sobreposição do sentimento à razão; incapacidade de resolução dos problemas; insegurança) Joaninha o ideal feminino romântico (sua pureza, ingenuidade) A concepção romântica do amor (impossibilidade de um amor puro) A temática da Natureza (amor pelas coisas da terra) Os sentimentos dos personagens (paixão arrebatadora, remorso, sofrimento, angústia...) Defesa do patriotismo O isolamento, a solidão ou a morte como solução para os problemas amorosos A viagem que serve de pretexto para a narrativa é real. Ao longo do trajeto de Lisboa a Santarém, Garret observou a paisagem e as pessoas em seus costumes; ele descreve a viagem em barcos, mulas e charretes. É um livro pertencente ao Romantismo, embora, como o próprio autor diz em sua narrativa, o livro não se enquadra nos princípios românticos (apenas a narrativa da Menina dos Rouxinóis) Características Românticas
  • 14. O livro não se enquadra aos padrões românticos pois é composto de relatos autobiográficos, notações da viagem que o autor realiza, crônica histórica e social, reflexões literárias e filosóficas. A novela sentimental, que da o classifica o livro como pertencente ao Romantismo é utilizada no final da obra como base para uma conclusão sobre a crise em Portugal. Então, o livro não trata apenas de uma viagem que vai de Lisboa a Santarém. O autor faz uma série de reflexões sobre a sociedade materialista. Assim, estas “viagens” não tratam apenas de um deslocamento físico, mas também de um deslocamento psicológico. “Ficam-nos estas “viagens” que, fisicamente foi breve, mas que atravessou toda a alma de um país que ainda se descobre entrelinhas” Episódio X, Viagens na minha terra, Almeida Garret.