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MARIA EDUARDA
Os Maias
Eça de Queirós
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA
 Bonita;
 Bebé gordinho, louro e com os olhos dos Maias.
“Fez-se então entre pai e o filho uma grande separação. Quando lhe nasceu uma filha
Pedro não lho participou – dizendo dramaticamente ao Vilaça «que já não tinha pai!»
Era uma linda bebé, muito gorda, loura e cor-de-rosa, com os belos olhos negros
dos Maias. Apesar dos desejos de Pedro, Maria não a quis criar; mas adorava-a com
frenesi; passava dias de joelhos ao pé do berço, em êxtase, correndo as suas mãos
cheias de pedrarias pelas carninhas tenras, pondo-lhe beijos de devota nos pezinhos,
nas rosquinhas das coxas, balbuciando-lhe num enlevo nomes de grande amor, e
perfumando-a já, enchendo-a já de laçarotes.”
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA
 Extremamente bela;
 Alta e loura;
 Bem feita, elegante;
 Uma deusa na atitude.
“…ofereceu a mão a uma senhora alta, loira, com um meio véu muito apertado e muito escuro
que realçava o esplendor da sua carnação ebúrnea. Craft e Carlos, ela passou diante deles, com
um passo soberano de deusa, maravilhosamente bem feita, deixando atrás de si como uma
claridade, um reflexo de cabelos de oiro, e um aroma no ar. Trazia um casaco colante de veludo
branco de Génova, e um momento sobre as lajes do peristilo brilhou o verniz das suas botinas. O
rapaz ao lado, esticado num fato de xadrezinho inglês, abria negligentemente um telegrama; o
preto seguia com a cadelinha nos braços. E no silêncio a voz de Craft murmurou:
- Très chic.”
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA
 Ela destaca-se de todas as outras mulheres, tem uma presença sublime, de grande
dignidade que se evidencia por onde quer que passe.
“(…); uma mulher passava, com um casaco de veludo branco de Génova, mais alta que uma
criatura humana, caminhando sobre nuvens com um ar de Juno que remonta ao Olimpo: a
ponta dos seus sapatos de verniz enterrava-se na luz do azul, por trás as saias batiam-lhe
como bandeiras ao vento.”
CARACTERIZAÇÃO PSICOLÓGICA
No inicío da obra o autor descreve Maria Eduarda como alguém:
 Puro;
 Simples;
 Forte.
“Vinha toda vestida de escuro, numa toillete de serge muito simples que era como o
complemento natural da sua pessoa, colando-se bem sobre ela, dando-lhe na sua correção, um
ar casto e forte.”
CARACTERIZAÇÃO PSICOLÓGICA
Ao longo da obra, Maria Eduarda mostra-se ser:
 Pessoa sensível;
 Muito feminina;
 Delicada.
“Depois deixou-a no quarto um momento, para ir dar ordens ao Baptista, mas quando voltou
encontrou-a a um canto do sofá, tão descaída, tão desanimada, que lhe arrebatou as mãos,
cheio de inquietação.”,
CARACTERIZAÇÃO PSICOLÓGICA
 Pessoa culta;
 Inteligente;
 Possui todos os conhecimentos necessários, ao nível da cultura geral, que lhe
permite participar nas conversas masculinas;
 Apreciadora de música, Maria sabe tocar piano e conhece os autores clássicos.
“Maria, que procurava os «nocturnos» de Chopin, voltou-se:
- É esse grande orador de que falavam na Toca”
CARACTERIZAÇÃO PSICOLÓGICA
 Boa filha e uma boa mãe;
 Preocupada com o bem-estar de quem dependia dela.
“Por esse tempo Rosa teve o garrotilho. Ela, sem lhe largar o leito, mal atendia às notícias da
guerra.”
CARACTERIZAÇÃO PSICOLÓGICA
 Insegura;
 Frágil;
 Inquieta.
“Os olhos de Maria perdiam-se outra vez na escuridão – como recebendo dela o presságio de
um futuro onde tudo seria confuso e escuro também.
- Tu tens Santa Olávia, tens teu avô, tens os teus amigos… Eu não tenho ninguém!”
HISTÓRIA DE VIDA DE MARIA EDUARDA
 Não tem recordações nítidas da sua infância;
“Nascera em Viena: mas pouco se recordava dos tempos de criança, quase nada sabia do papá, a não ser a
sua grande nobreza e a sua grande beleza. Tivera uma irmãzinha que morrera de dois anos e que se
chamava Heloísa. A mamã, mais tarde, quando ela já era rapariga. Não tolerava que lhe perguntassem pelo
passado; e dizia sempre que remexer a memória das coisas antigas prejudicava tanto como sacudir uma
garrafa de vinho velho…”
 As suas memórias tornam-se mais claras por altura da sua estadia em Paris;
 Viveu num colégio perto de Tours até aos 16 anos;
 Foi viver com a mãe que continuava a levar em Paris uma vida complicada e miserável;
 Casou com Mac Gren com quem viveu quatro anos e de quem teve uma filha chamada Rosa;
HISTÓRIA DE VIDA DE MARIA EDUARDA
 Atravessa momentos difíceis;
 Conhece Castro Gomes e mantem com ele uma relação;
 É como “esposa” de Castro Gomes que Maria Eduarda chega a Lisboa e, é nesta
situação que Carlos a conhece.
“ … Conheci então Castro Gomes em casa de uma antiga amiga da mamã, que não perdera nada
com a guerra, nem com os Prussianos, e que me dava trabalhos de costura…”
A TRAGÉDIA
 Revela uma superioridade que a distancia de todas as outras mulheres;
 De carácter forte, leal e sensível, ela consegue manter em todas as situações
trágicas uma grande dignidade;
 Toda a sua atitude está relacionada com o sublime;
 Personalidade excecional;
 É uma vítima inocente de todo este destino cruel e atroz.
A TRAGÉDIA
 Consegue distanciar-se e acaba por conseguir refazer a sua vida.
“E era esta a formidável nova anunciada por Carlos, a nova que ele logo contara de madrugada
ao Ega, depois dos primeiros abraços em Santa Apolónia. Maria Eduarda ia casar.”
Aqui, o autor retoma a ideia do inicío, onde descreve que Maria Eduarda era uma
pessoa pura, simples e forte.

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A Tragédia de Maria Eduarda nos Os Maias de Eça de Queirós

  • 2. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA  Bonita;  Bebé gordinho, louro e com os olhos dos Maias. “Fez-se então entre pai e o filho uma grande separação. Quando lhe nasceu uma filha Pedro não lho participou – dizendo dramaticamente ao Vilaça «que já não tinha pai!» Era uma linda bebé, muito gorda, loura e cor-de-rosa, com os belos olhos negros dos Maias. Apesar dos desejos de Pedro, Maria não a quis criar; mas adorava-a com frenesi; passava dias de joelhos ao pé do berço, em êxtase, correndo as suas mãos cheias de pedrarias pelas carninhas tenras, pondo-lhe beijos de devota nos pezinhos, nas rosquinhas das coxas, balbuciando-lhe num enlevo nomes de grande amor, e perfumando-a já, enchendo-a já de laçarotes.”
  • 3. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA  Extremamente bela;  Alta e loura;  Bem feita, elegante;  Uma deusa na atitude. “…ofereceu a mão a uma senhora alta, loira, com um meio véu muito apertado e muito escuro que realçava o esplendor da sua carnação ebúrnea. Craft e Carlos, ela passou diante deles, com um passo soberano de deusa, maravilhosamente bem feita, deixando atrás de si como uma claridade, um reflexo de cabelos de oiro, e um aroma no ar. Trazia um casaco colante de veludo branco de Génova, e um momento sobre as lajes do peristilo brilhou o verniz das suas botinas. O rapaz ao lado, esticado num fato de xadrezinho inglês, abria negligentemente um telegrama; o preto seguia com a cadelinha nos braços. E no silêncio a voz de Craft murmurou: - Très chic.”
  • 4. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA  Ela destaca-se de todas as outras mulheres, tem uma presença sublime, de grande dignidade que se evidencia por onde quer que passe. “(…); uma mulher passava, com um casaco de veludo branco de Génova, mais alta que uma criatura humana, caminhando sobre nuvens com um ar de Juno que remonta ao Olimpo: a ponta dos seus sapatos de verniz enterrava-se na luz do azul, por trás as saias batiam-lhe como bandeiras ao vento.”
  • 5. CARACTERIZAÇÃO PSICOLÓGICA No inicío da obra o autor descreve Maria Eduarda como alguém:  Puro;  Simples;  Forte. “Vinha toda vestida de escuro, numa toillete de serge muito simples que era como o complemento natural da sua pessoa, colando-se bem sobre ela, dando-lhe na sua correção, um ar casto e forte.”
  • 6. CARACTERIZAÇÃO PSICOLÓGICA Ao longo da obra, Maria Eduarda mostra-se ser:  Pessoa sensível;  Muito feminina;  Delicada. “Depois deixou-a no quarto um momento, para ir dar ordens ao Baptista, mas quando voltou encontrou-a a um canto do sofá, tão descaída, tão desanimada, que lhe arrebatou as mãos, cheio de inquietação.”,
  • 7. CARACTERIZAÇÃO PSICOLÓGICA  Pessoa culta;  Inteligente;  Possui todos os conhecimentos necessários, ao nível da cultura geral, que lhe permite participar nas conversas masculinas;  Apreciadora de música, Maria sabe tocar piano e conhece os autores clássicos. “Maria, que procurava os «nocturnos» de Chopin, voltou-se: - É esse grande orador de que falavam na Toca”
  • 8. CARACTERIZAÇÃO PSICOLÓGICA  Boa filha e uma boa mãe;  Preocupada com o bem-estar de quem dependia dela. “Por esse tempo Rosa teve o garrotilho. Ela, sem lhe largar o leito, mal atendia às notícias da guerra.”
  • 9. CARACTERIZAÇÃO PSICOLÓGICA  Insegura;  Frágil;  Inquieta. “Os olhos de Maria perdiam-se outra vez na escuridão – como recebendo dela o presságio de um futuro onde tudo seria confuso e escuro também. - Tu tens Santa Olávia, tens teu avô, tens os teus amigos… Eu não tenho ninguém!”
  • 10. HISTÓRIA DE VIDA DE MARIA EDUARDA  Não tem recordações nítidas da sua infância; “Nascera em Viena: mas pouco se recordava dos tempos de criança, quase nada sabia do papá, a não ser a sua grande nobreza e a sua grande beleza. Tivera uma irmãzinha que morrera de dois anos e que se chamava Heloísa. A mamã, mais tarde, quando ela já era rapariga. Não tolerava que lhe perguntassem pelo passado; e dizia sempre que remexer a memória das coisas antigas prejudicava tanto como sacudir uma garrafa de vinho velho…”  As suas memórias tornam-se mais claras por altura da sua estadia em Paris;  Viveu num colégio perto de Tours até aos 16 anos;  Foi viver com a mãe que continuava a levar em Paris uma vida complicada e miserável;  Casou com Mac Gren com quem viveu quatro anos e de quem teve uma filha chamada Rosa;
  • 11. HISTÓRIA DE VIDA DE MARIA EDUARDA  Atravessa momentos difíceis;  Conhece Castro Gomes e mantem com ele uma relação;  É como “esposa” de Castro Gomes que Maria Eduarda chega a Lisboa e, é nesta situação que Carlos a conhece. “ … Conheci então Castro Gomes em casa de uma antiga amiga da mamã, que não perdera nada com a guerra, nem com os Prussianos, e que me dava trabalhos de costura…”
  • 12. A TRAGÉDIA  Revela uma superioridade que a distancia de todas as outras mulheres;  De carácter forte, leal e sensível, ela consegue manter em todas as situações trágicas uma grande dignidade;  Toda a sua atitude está relacionada com o sublime;  Personalidade excecional;  É uma vítima inocente de todo este destino cruel e atroz.
  • 13. A TRAGÉDIA  Consegue distanciar-se e acaba por conseguir refazer a sua vida. “E era esta a formidável nova anunciada por Carlos, a nova que ele logo contara de madrugada ao Ega, depois dos primeiros abraços em Santa Apolónia. Maria Eduarda ia casar.” Aqui, o autor retoma a ideia do inicío, onde descreve que Maria Eduarda era uma pessoa pura, simples e forte.