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Prof. Dr. Marcílio Sampaio dos Santos 
UNIEUBRA 
20 dez.2014
• A educação é um processo inerente a todas as 
sociedades humanas. É um facto incontestável e 
incontestado. 
• Em qualquer tempo e lugar, onde quer que haja um 
grupo humano, encontramos procedimentos de 
formação tendentes a transmitir às jovens gerações 
valores, saberes, aptidões, testados e aprovados. 
• Esses valores, saberes e aptidões caracterizam e, 
portanto, distinguem essas diferentes culturas.
• Só os seres humanos são educáveis, porque só eles 
adquirem as noções e comportamentos que os 
caracterizam por aprendizagem.
• Nos contatos diários no âmbito da família — família 
alargada, naturalmente — e de grupos sociais mais vastos 
que a criança ia absorvendo os elementos da cultura do seu 
grupo. 
• É de crer que não houvesse nesse processo uma 
intencionalidade consciente, como não a há ainda hoje na 
maioria desses contatos sociais: isto é, cada um de nós, nas 
interações quotidianas, está a fazer educação, sem que 
disso se aperceba.
• O mesmo acontecia nessas sociedades ditas primitivas. Isso 
não impedia que houvesse uma rígida demarcação entre o 
estatuto de adulto e o de criança. 
• A passagem de um a outro estatuto era determinada pelo 
ritmo da maturação biológica, ou seja, pelo aparecimento dos 
caracteres sexuais externos e a capacidade de reprodução. 
• Essa transição era marcada por ritos de iniciação, geralmente 
precedidos ou acompanhados por um processo educativo 
especial — formal, portanto — tendente a apetrechar o jovem 
com os saberes necessários à vida adulta e à total integração 
na sociedade.
• Essa educação "primitiva" incidia sobre o saber 
(conhecimentos), o fazer (aptidões técnicas), o ser 
(valores) e o estar (reconhecer a sua posição na 
sociedade e agir em conformidade com ela).
• Naturalmente também, uma educação deste tipo era 
essencialmente conservadora: por mais informal e não 
intencional que fosse, visava transmitir aos novos o 
modo de ser e estar, a visão do mundo, dos mais velhos; 
não havia aí espaço para a inovação, a originalidade, a 
criatividade pessoal, embora ela se manifestasse, apesar 
disso. 
• Estou convencido que é isso que explica, em grande 
parte, o ritmo extraordinariamente lento, se comparado 
com o atual, das transformações culturais e sociais.
• Pedagogia é a teoria crítica da educação, isto é, da 
ação do homem quando transmite ou modifica a 
herança cultural. A educação não é um fenômeno 
neutro, mas sofre os efeitos da ideologia, por estar 
de fato envolvida na política.
Sociedades Tribais: a educação difusa 
• Nas comunidades tribais as crianças aprendem imitando os 
gestos dos adultos nas atividades diárias e nas cerimônias 
dos rituais. As crianças aprendem "para a vida e por meio da 
vida", sem que alguém esteja especialmente destinado a 
tarefa de ensinar.
Antiguidade Oriental: a educação tradicionalista 
• Nas sociedades orientais, ao se criarem segmentos 
privilegiados, a população composta por lavradores, 
comerciantes e artesãos, não tem direitos políticos nem 
acesso ao saber da classe dominante. 
• A princípio o conhecimento da escrita é bastante 
restrito, devido ao seu caráter sagrado e esotérico. 
• Tem início, então, o dualismo escolar, que destina um 
tipo de ensino para o povo e outro para os filhos dos 
funcionários. A grande massa é excluída da escola e 
restringida à educação familiar informal.
Antiguidade Grega: a Paidéia 
• A Grécia Clássica pode ser considerada o 
berço da pedagogia. A palavra paidagogos 
significa aquele que conduz a criança, no caso 
o escravo que acompanha a criança à escola. 
Com o tempo, o sentido se amplia para 
designar toda a teoria da educação.
• De modo geral, a educação grega está 
constantemente centrada na formação 
integral – corpo e espírito – mesmo que, de 
fato, a ênfase se deslocasse ora mais para o 
preparo esportivo ora para o debate 
intelectual, conforme a época ou lugar. 
• Nos primeiro tempos, quando não existia a 
escrita, a educação era ministrada pela 
própria família, conforme a tradição religiosa. 
Apenas com o advento das póleis começam a 
aparecer as primeiras escolas, visando a 
atender a demanda.
Antiguidade Romana: a humanitas 
• De maneira geral, podemos distinguir três 
fases na educação romana: a latina original, 
de natureza patriarcal; depois, a influência 
do helenismo é criticada pelos defensores da 
tradição; por fim, dá-se a fusão entre a 
cultura romana e a helenística, que já supõe 
elementos orientas, mas nítida supremacia 
dos valores gregos.
Idade Média: a formação do homem de fé 
• Os parâmetros da educação na idade média 
se fundam na concepção do homem como 
criatura divina, de passagem pela Terra e 
que deve cuidar, em primeiro lugar, da 
salvação da alma e da vida eterna.
• Tendo em vista as possíveis contradições 
entre fé e razão, recomenda-se respeitar 
sempre o princípio da autoridade, que exige 
humildade para consultar os grandes sábios 
e intérpretes, autorizados pela igreja, sobre a 
leitura dos clássicos e dos textos sagrados. 
• Evita-se, assim, a pluralidade de 
interpretações e se mantém a coesão da 
igreja. Predomina a visão teocêntrica, a de 
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pedagógica e finalidade da formação do 
cristão. Quanto às técnicas de ensinar, a 
maneira de pensar rigorosa e formal cada 
vez mais determina os passos do trabalho 
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Renascimento: humanismo e reforma 
• Educar torna-se questão de moda e uma 
exigência, segundo a nova concepção de 
homem. O aparecimento dos colégios, do século 
XVI até o XVIII, é fenômeno correlato ao 
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conhecimentos, mas a formação moral. Essa 
sociedade, embora rejeite a autoridade dogmática da 
cultura eclesiástica medieval, mantém-se ainda 
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educacionais a grande massa popular, com exceção 
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Brasil: início da colonização e catequese 
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• Essa dualidade era aceita com grande 
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A educação ao longo da história: das sociedades tribais ao século XIX

  • 1. Prof. Dr. Marcílio Sampaio dos Santos UNIEUBRA 20 dez.2014
  • 2. • A educação é um processo inerente a todas as sociedades humanas. É um facto incontestável e incontestado. • Em qualquer tempo e lugar, onde quer que haja um grupo humano, encontramos procedimentos de formação tendentes a transmitir às jovens gerações valores, saberes, aptidões, testados e aprovados. • Esses valores, saberes e aptidões caracterizam e, portanto, distinguem essas diferentes culturas.
  • 3. • Só os seres humanos são educáveis, porque só eles adquirem as noções e comportamentos que os caracterizam por aprendizagem.
  • 4. • Nos contatos diários no âmbito da família — família alargada, naturalmente — e de grupos sociais mais vastos que a criança ia absorvendo os elementos da cultura do seu grupo. • É de crer que não houvesse nesse processo uma intencionalidade consciente, como não a há ainda hoje na maioria desses contatos sociais: isto é, cada um de nós, nas interações quotidianas, está a fazer educação, sem que disso se aperceba.
  • 5. • O mesmo acontecia nessas sociedades ditas primitivas. Isso não impedia que houvesse uma rígida demarcação entre o estatuto de adulto e o de criança. • A passagem de um a outro estatuto era determinada pelo ritmo da maturação biológica, ou seja, pelo aparecimento dos caracteres sexuais externos e a capacidade de reprodução. • Essa transição era marcada por ritos de iniciação, geralmente precedidos ou acompanhados por um processo educativo especial — formal, portanto — tendente a apetrechar o jovem com os saberes necessários à vida adulta e à total integração na sociedade.
  • 6. • Essa educação "primitiva" incidia sobre o saber (conhecimentos), o fazer (aptidões técnicas), o ser (valores) e o estar (reconhecer a sua posição na sociedade e agir em conformidade com ela).
  • 7. • Naturalmente também, uma educação deste tipo era essencialmente conservadora: por mais informal e não intencional que fosse, visava transmitir aos novos o modo de ser e estar, a visão do mundo, dos mais velhos; não havia aí espaço para a inovação, a originalidade, a criatividade pessoal, embora ela se manifestasse, apesar disso. • Estou convencido que é isso que explica, em grande parte, o ritmo extraordinariamente lento, se comparado com o atual, das transformações culturais e sociais.
  • 8. • Pedagogia é a teoria crítica da educação, isto é, da ação do homem quando transmite ou modifica a herança cultural. A educação não é um fenômeno neutro, mas sofre os efeitos da ideologia, por estar de fato envolvida na política.
  • 9. Sociedades Tribais: a educação difusa • Nas comunidades tribais as crianças aprendem imitando os gestos dos adultos nas atividades diárias e nas cerimônias dos rituais. As crianças aprendem "para a vida e por meio da vida", sem que alguém esteja especialmente destinado a tarefa de ensinar.
  • 10. Antiguidade Oriental: a educação tradicionalista • Nas sociedades orientais, ao se criarem segmentos privilegiados, a população composta por lavradores, comerciantes e artesãos, não tem direitos políticos nem acesso ao saber da classe dominante. • A princípio o conhecimento da escrita é bastante restrito, devido ao seu caráter sagrado e esotérico. • Tem início, então, o dualismo escolar, que destina um tipo de ensino para o povo e outro para os filhos dos funcionários. A grande massa é excluída da escola e restringida à educação familiar informal.
  • 11. Antiguidade Grega: a Paidéia • A Grécia Clássica pode ser considerada o berço da pedagogia. A palavra paidagogos significa aquele que conduz a criança, no caso o escravo que acompanha a criança à escola. Com o tempo, o sentido se amplia para designar toda a teoria da educação.
  • 12. • De modo geral, a educação grega está constantemente centrada na formação integral – corpo e espírito – mesmo que, de fato, a ênfase se deslocasse ora mais para o preparo esportivo ora para o debate intelectual, conforme a época ou lugar. • Nos primeiro tempos, quando não existia a escrita, a educação era ministrada pela própria família, conforme a tradição religiosa. Apenas com o advento das póleis começam a aparecer as primeiras escolas, visando a atender a demanda.
  • 13. Antiguidade Romana: a humanitas • De maneira geral, podemos distinguir três fases na educação romana: a latina original, de natureza patriarcal; depois, a influência do helenismo é criticada pelos defensores da tradição; por fim, dá-se a fusão entre a cultura romana e a helenística, que já supõe elementos orientas, mas nítida supremacia dos valores gregos.
  • 14. Idade Média: a formação do homem de fé • Os parâmetros da educação na idade média se fundam na concepção do homem como criatura divina, de passagem pela Terra e que deve cuidar, em primeiro lugar, da salvação da alma e da vida eterna.
  • 15.
  • 16. • Tendo em vista as possíveis contradições entre fé e razão, recomenda-se respeitar sempre o princípio da autoridade, que exige humildade para consultar os grandes sábios e intérpretes, autorizados pela igreja, sobre a leitura dos clássicos e dos textos sagrados. • Evita-se, assim, a pluralidade de interpretações e se mantém a coesão da igreja. Predomina a visão teocêntrica, a de Deus como fundamento de toda a ação pedagógica e finalidade da formação do cristão. Quanto às técnicas de ensinar, a maneira de pensar rigorosa e formal cada vez mais determina os passos do trabalho escolar.
  • 17. Renascimento: humanismo e reforma • Educar torna-se questão de moda e uma exigência, segundo a nova concepção de homem. O aparecimento dos colégios, do século XVI até o XVIII, é fenômeno correlato ao surgimento de uma nova imagem da infância e da família.
  • 18. • A meta da escola não se restringe à transmissão de conhecimentos, mas a formação moral. Essa sociedade, embora rejeite a autoridade dogmática da cultura eclesiástica medieval, mantém-se ainda fortemente hierarquizada: exclui dos propósitos educacionais a grande massa popular, com exceção dos reformadores protestantes, que agem por interesses religiosos.
  • 19.
  • 20. Brasil: início da colonização e catequese • A atividade missionária facilita sobremaneira a dominação metropolitana e, nessas circunstâncias, a educação assume papel de agente colonizador.
  • 21. Idade Moderna: a pedagogia realista • De maneira geral as escolas continuam ministrando um ensino conservador, predominantemente nas mãos dos jesuítas. Além disso, é preciso reconhecer, está nascendo a escola tradicional, como passaremos a conhecê-la a partir do século XIX.
  • 22. O Brasil do séc. XVII • Por se tratar de uma sociedade agrária e escravista, não há interesse pela educação elementar, daí a grande massa de iletrados.
  • 23. Século das Luzes: o ideal liberal de educação • O iluminismo é um período muito rico em reflexões pedagógicas. Um de seus aspectos marcantes está na pedagogia política, centrada no esforço para tornar a escola leiga e função do Estado. Apesar dos projetos de estender a educação a todos os cidadãos, prevalece a diferença de ensino, ou seja, uma escola para o povo e outra para a burguesia.
  • 24. AS ORIGENS DO ILUMINISMO
  • 25. • Essa dualidade era aceita com grande tranquilidade, sem o temor de ferir o preceito de igualdade, tão caro aos ideais revolucionários. Afinal, para a doutrina liberal, o talento e a capacidade não são iguais, e portanto os homens não são iguais em riqueza...
  • 26.
  • 27. O Brasil na era pombalina • Persiste o panorama do analfabetismo e do ensino precário, agravado com a expulsão dos jesuítas e pela democracia da reforma pombalina. • A educação está a deriva. Durante esse longo período do Brasil colônia, aumenta o fosso entre os letrados e a maioria da população analfabeta.
  • 28. Século XIX: a educação nacional • É no séc. XIX que se concretizam, com a intervenção cada vez maior do Estado para estabelecer a escola elementar universal, leiga, gratuita e obrigatória. Enfatiza-se a relação entre educação e bem-estar social, estabilidade, progresso e capacidade de transformação. Daí, o interesse pelo ensino técnico ou pela expansão das disciplinas científicas.