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O ESTUDO DA
SOCIEDADE
POR
EMILE
DURKHEIM
1857-1917
Profª Overlane
FATOS SOCIAIS
Para Durkheim, os fatos sociais
são o modo de pensar, sentir e
agir de um grupo social. Embora
os fatos sociais sejam exteriores,
eles são introjetados pelo
individuo e exercem sobre ele um
poder coercitivo.
FATOS SOCIAIS
 CARACTERÍSTICAS:
 GENERALIDADE; o fato social é comum a todos
os membros do grupo.
 EXTERIORIDADE; o fato social é externo ao
individuo, existe independentemente de sua
vontade.
 COERCITIVIDADE; os indivíduos se sentem
obrigados a seguir o comportamento estabelecido.
CONSCIÊNCIA COLETIVA
 Consciência coletiva: “conjunto de crenças e
dos sentimentos comuns à média dos membros de
uma mesma sociedade que forma um sistema
determinado com vida própria”. (a consciência
coletiva é diferente da consciência particular dos
indivíduos e não corresponde à soma destas. De
uma certa forma, a consciência coletiva é a
própria sociedade).
 A “consciência coletiva” é adquirida mediante os
processos de socialização aos quais somos
submetidos ao longo da nossa vida na sociedade.
(educação)
CONSCIÊNCIA COLETIVA
Trata-se da idéia do que seja o psíquico social.
A consciência coletiva é objetiva (não vem de uma só pessoa), é
exterior (é o que a sociedade pensa), age de uma forma
coercitiva.
A consciência coletiva manifesta-se nos sistemas jurídicos, nos
códigos legais, na arte, na religião, nas crenças, nos modos de
sentir, nas ações humanas. Existe difundida na sociedade e é
interiorizada pelos indivíduos.
É, de certo modo a moral vigente da sociedade.
Para Durkheim, a sociedade è mais do que a soma dos
indivíduos e o todo (a sociedade) prevalece sobre as partes(os
indivíduos).
SOLIDARIEDADE SOCIAL
SOCIEDADE PRE-
CAPITALISTA
SOCIEDADE CAPITALISTA
Tradicional
Não diversificada
Pré-industrial
Semelhanças de funções:
união
Simples
Pouca divisão do trabalho
Solidariedade mecânica
Moderna
Diversificada
Industrial
Especialização de funções:
dependência
Complexa
Muita divisão do trabalho
Solidariedade orgânica
Causa da coesão social :
Solidariedade
Causa da coesão social :
Solidariedade
Solidariedade
Mecânica
divisão do trabalho pouco
desenvolvida
Não havia um grande número de
especializações
As pessoas se uniam não porque
dependiam do trabalho das outras
Todos tinham a mesma religião, as
mesmas tradições, os mesmos
sentimentos, os mesmos valores
A consciência coletiva era forte e
pesava sobre o comportamento de
todos.
Predominava o Direito Repressivo (Penal)
pois o crime feria os sentimentos coletivos.
Solidariedade
Orgânica
Há divisão de trabalho porque há mais
especialização de funções..
O que une as pessoas é a interdependência
das funções sociais.
A consciência coletiva é fraca pois é difusa,
difundindo-se pelas diversas instituições
Predomina o Direito Restitutivo (Civil) , pois
a função do Direito mais do que punir o
criminoso, é restabelecer a ordem que foi
violada.
FATO PATOLÓGICO E ANOMIA
O crescente desenvolvimento da industria e da
tecnologia faz com que Durkheim tivesse uma
visão otimista sobre o futuro do capitalismo.
O capitalismo é uma sociedade perfeita, pois a maior
divisão de trabalho aumenta a especialização de
funções que aumenta a dependência, tendo maior
solidariedade.
Como explicar os problemas sociais, tais como favela,
criminalidade, suicídio, fome, miséria, poluição,
desemprego?
A crise da sociedade é moral. Ou as normas
estão falhando (fato patológico) ou há
ausência de normas (anomia)
A sociedade, como todo organismo, apresenta estados normais
e patológicos, saudáveis e doentios.
Fato
Social
Normal
quando se encontra generalizado na
sociedade ou desempenha alguma
função social importante.
Fato Social
Patolológico
aquele que se encontra fora dos limites
permitidos pela ordem social e pela
moral vigente
Para Durkheim, um fenômeno quando agride os preceitos
morais, pode ser considerado normal desde que
encontrado na sociedade de forma generalizada desde que
não coloque em risco a integração social..
Considerou o crime um
fato social normal
porque é encontrado em
todas as sociedades e
serve de parâmetro para
a sociedade. Se o crime
põe em risco a
integração social é
considerado patológico
ANOMIA
Carência de regulamentação social, ausência
de regras sociais. As crises econômicas e
conflitos capital-trabalho se devem a uma
situação de anomia..
Atribui essa crise moral às mudanças rápidas
ocorridas na sociedade no final do século XIX
e ao descompasso entre o avanço material e as
normas morais e jurídicas.
Ao estudar o suicidio, refere-se ao suicídio
anômico que acontece devido ao
enfraquecimento das regras morais.
Tal estado deanomia se deve à propria
sociedade que apresenta uma situação de
desregramento levando os indivíduos a
pedrderem a noção dos fins individuais e dos
limites
ANOMIA EM DURKHEIM
Aparece na análise que Durkheim faz do suicídio: as
causas do suicídio seriam sociais, dependendo do
maior ou menor grau de coesão social.
Três tipos de suicídio:
EGOÍSTA Falta de
integração
ALTRUÍST
A
Excesso de
integração
ANÔMICO Falta de limites e
regras
Direito e Anomia
a coesão é garantida
por um conjunto de
princípios, ou seja,
uma moral e um
conjunto de regras e
normas, ou seja ,o
direito, porque todos
se conhecem
A função do direito é
punir aquele que,
com suas
transgressão, ofende
todo o conjunto. É o
que conhecemos por
direito penal.
Sociedade
simples
Sociedade
complexa
Precisamos ser
solidários não porque
somos iguais mas
porque somos diferentes.
A falta, o rompimento da
regra não afeta o
coletivo e sim as pessoas
separadamente.
A punição será
dirigida para a
devolução, `aquele
que foi prejudicado,
daquilo que lhe foi
tirado. É o direito
restitutivo.
CONCLUSÃO
A Sociologia tem por finalidade não só explicar a sociedade
como também encontrar soluções para a vida social.
Trata-se apenas de conhecer os seus problemas e de buscar
uma solução científica para eles: curar as suas doenças.
Os problemas sociais não se resolveriam dentro de uma luta
política e sim através da ciência, ou seja, da Sociologia.
Foi com Durkheim que a Sociologia passou a ser
considerada propriamente uma ciência, dotada de um
objeto especifico, os fatos sociais, e de uma metodologia.

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  • 2. FATOS SOCIAIS Para Durkheim, os fatos sociais são o modo de pensar, sentir e agir de um grupo social. Embora os fatos sociais sejam exteriores, eles são introjetados pelo individuo e exercem sobre ele um poder coercitivo.
  • 3. FATOS SOCIAIS  CARACTERÍSTICAS:  GENERALIDADE; o fato social é comum a todos os membros do grupo.  EXTERIORIDADE; o fato social é externo ao individuo, existe independentemente de sua vontade.  COERCITIVIDADE; os indivíduos se sentem obrigados a seguir o comportamento estabelecido.
  • 4. CONSCIÊNCIA COLETIVA  Consciência coletiva: “conjunto de crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade que forma um sistema determinado com vida própria”. (a consciência coletiva é diferente da consciência particular dos indivíduos e não corresponde à soma destas. De uma certa forma, a consciência coletiva é a própria sociedade).  A “consciência coletiva” é adquirida mediante os processos de socialização aos quais somos submetidos ao longo da nossa vida na sociedade. (educação)
  • 5. CONSCIÊNCIA COLETIVA Trata-se da idéia do que seja o psíquico social. A consciência coletiva é objetiva (não vem de uma só pessoa), é exterior (é o que a sociedade pensa), age de uma forma coercitiva. A consciência coletiva manifesta-se nos sistemas jurídicos, nos códigos legais, na arte, na religião, nas crenças, nos modos de sentir, nas ações humanas. Existe difundida na sociedade e é interiorizada pelos indivíduos. É, de certo modo a moral vigente da sociedade. Para Durkheim, a sociedade è mais do que a soma dos indivíduos e o todo (a sociedade) prevalece sobre as partes(os indivíduos).
  • 7. SOCIEDADE PRE- CAPITALISTA SOCIEDADE CAPITALISTA Tradicional Não diversificada Pré-industrial Semelhanças de funções: união Simples Pouca divisão do trabalho Solidariedade mecânica Moderna Diversificada Industrial Especialização de funções: dependência Complexa Muita divisão do trabalho Solidariedade orgânica Causa da coesão social : Solidariedade Causa da coesão social : Solidariedade
  • 8. Solidariedade Mecânica divisão do trabalho pouco desenvolvida Não havia um grande número de especializações As pessoas se uniam não porque dependiam do trabalho das outras Todos tinham a mesma religião, as mesmas tradições, os mesmos sentimentos, os mesmos valores A consciência coletiva era forte e pesava sobre o comportamento de todos. Predominava o Direito Repressivo (Penal) pois o crime feria os sentimentos coletivos.
  • 9. Solidariedade Orgânica Há divisão de trabalho porque há mais especialização de funções.. O que une as pessoas é a interdependência das funções sociais. A consciência coletiva é fraca pois é difusa, difundindo-se pelas diversas instituições Predomina o Direito Restitutivo (Civil) , pois a função do Direito mais do que punir o criminoso, é restabelecer a ordem que foi violada.
  • 10. FATO PATOLÓGICO E ANOMIA O crescente desenvolvimento da industria e da tecnologia faz com que Durkheim tivesse uma visão otimista sobre o futuro do capitalismo. O capitalismo é uma sociedade perfeita, pois a maior divisão de trabalho aumenta a especialização de funções que aumenta a dependência, tendo maior solidariedade. Como explicar os problemas sociais, tais como favela, criminalidade, suicídio, fome, miséria, poluição, desemprego? A crise da sociedade é moral. Ou as normas estão falhando (fato patológico) ou há ausência de normas (anomia)
  • 11. A sociedade, como todo organismo, apresenta estados normais e patológicos, saudáveis e doentios. Fato Social Normal quando se encontra generalizado na sociedade ou desempenha alguma função social importante. Fato Social Patolológico aquele que se encontra fora dos limites permitidos pela ordem social e pela moral vigente
  • 12. Para Durkheim, um fenômeno quando agride os preceitos morais, pode ser considerado normal desde que encontrado na sociedade de forma generalizada desde que não coloque em risco a integração social.. Considerou o crime um fato social normal porque é encontrado em todas as sociedades e serve de parâmetro para a sociedade. Se o crime põe em risco a integração social é considerado patológico
  • 13. ANOMIA Carência de regulamentação social, ausência de regras sociais. As crises econômicas e conflitos capital-trabalho se devem a uma situação de anomia.. Atribui essa crise moral às mudanças rápidas ocorridas na sociedade no final do século XIX e ao descompasso entre o avanço material e as normas morais e jurídicas. Ao estudar o suicidio, refere-se ao suicídio anômico que acontece devido ao enfraquecimento das regras morais. Tal estado deanomia se deve à propria sociedade que apresenta uma situação de desregramento levando os indivíduos a pedrderem a noção dos fins individuais e dos limites
  • 14. ANOMIA EM DURKHEIM Aparece na análise que Durkheim faz do suicídio: as causas do suicídio seriam sociais, dependendo do maior ou menor grau de coesão social.
  • 15. Três tipos de suicídio: EGOÍSTA Falta de integração ALTRUÍST A Excesso de integração ANÔMICO Falta de limites e regras
  • 16. Direito e Anomia a coesão é garantida por um conjunto de princípios, ou seja, uma moral e um conjunto de regras e normas, ou seja ,o direito, porque todos se conhecem A função do direito é punir aquele que, com suas transgressão, ofende todo o conjunto. É o que conhecemos por direito penal. Sociedade simples
  • 17. Sociedade complexa Precisamos ser solidários não porque somos iguais mas porque somos diferentes. A falta, o rompimento da regra não afeta o coletivo e sim as pessoas separadamente. A punição será dirigida para a devolução, `aquele que foi prejudicado, daquilo que lhe foi tirado. É o direito restitutivo.
  • 18. CONCLUSÃO A Sociologia tem por finalidade não só explicar a sociedade como também encontrar soluções para a vida social. Trata-se apenas de conhecer os seus problemas e de buscar uma solução científica para eles: curar as suas doenças. Os problemas sociais não se resolveriam dentro de uma luta política e sim através da ciência, ou seja, da Sociologia. Foi com Durkheim que a Sociologia passou a ser considerada propriamente uma ciência, dotada de um objeto especifico, os fatos sociais, e de uma metodologia.