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7 Dicas para dar aulas melhores
Júlio Clebsch
1 - Incite, não informe
Uma boa aula não termina em silêncio, ou com os alunos olhando para o
relógio. Ela termina com ação concreta. Antes de preparar cada aula,
pergunte-se o que você quer que seus alunos aprendam e façam e como
você os convence disso?
Olhe em volta, descubra o que pessoas, nas mais diferentes profissões,
fazem para conseguir a atenção dos outros. Por exemplo, ao fazer um
resumo de uma matéria, não coloque um "título"; imagine-se um repórter e
coloque uma manchete. Como aquela matéria seria colocada em um jornal
ou revista? Use o espírito das manchetes, não seja literal, nem tente ser um
professor do tipo:
Folha: Números Primos encontrados no congresso. 68% dos outros
algarismos são contra.
IstoÉ: Denúncia: A conta secreta de Maurício de Nassau. Fernando
Henrique poderia estar envolvido, se já fosse nascido.
Zero Hora: O Mar Morto não fica no Rio Grande do Sul. Apesar disso, você
precisa conhecê-lo.
Caras: Ferro diz que relacionamento com oxigênio está corroído: "Gás
Nobre coisa nenhuma".
2 - Conheça o ambiente
Você nunca vai conseguir a atenção de uma sala sem a conhecer. Onde
moram os alunos e como eles vivem - quem vem de um bairro humilde de
periferia não tem nada a ver com um morador de condomínio fechado,
apesar de, geograficamente, serem vizinhos. Quais informações eles
tiveram em classes anteriores, quais seus interesses. Mesmo nas primeiras
séries cada pessoa tem suas preferências e o grupo assume determinada
personalidade.
3 - No final das contas (e no começo também)
As partes mais importantes de uma aula são os primeiros 30 e os últimos
15 segundos. Todo o resto, infelizmente, pode ser esquecido se você
cometer um erro nesses momentos.
Os primeiros 30 segundos (principalmente das primeiras aulas do ano ou
semestre) são um festival de conceituação e de cálculo dos discentes.
Mesmo inconscientemente, eles respondem às seguintes questões:
 Quem é esse professor? Qual seu estilo?
 O que posso esperar dessa aula hoje e durante todo o ano?
 Quanto da minha atenção eu vou dedicar?
E isso, muitas vezes, sem que você tenha aberto a boca.
4 - Simplifique
Você certamente já presenciou esse fenômeno em algumas palestras: elas
acabam meia hora antes do final. Ou seja, o apresentador fala o que tinha
que falar, e passa o resto do tempo enrolando. Ou então, pior, gasta
metade da apresentação com piadas, truques de mágica, histórias pessoais
que levam às lágrimas, "compre meu livro" e aparentados, e o assunto, em
si, é só apresentado no final - se isso.
Por isso, uma das regras de ouro de uma boa aula é - simplifique, tanto na
linguagem como na escrita. Caso real: reunião de condomínio na praia, uma
senhora reclamava que sua TV não funcionava direito.
Explicaram-lhe que era necessário sintonizar em UHF. Ela então perguntou
para quê a diferença entre UHF e VHF. Um vizinho prestativo passou a
discorrer sobre diferenças na recepção, como uma transmissão poderia
interferir na outra, nas características geográficas... Ela continuava com
aquela cara de quem não entendia nada. Até que um garoto resumiu a
questão em cinco letras:
"AM e FM."
"Ahhh, entendi."
Escrever e falar da maneira mais simples possível não significa suavizar a
matéria ou deixar de mencionar conceitos potencialmente "espinhosos". Use
e abuse de exemplos e analogias. Divida a informação em blocos curtos,
para que seja melhor assimilada.
5 - Ponha emoção
Certo, você tem PhD naquela área, pesquisou o assunto por meses a fio, foi
convidado para dar aulas em faculdades européias. Mesmo assim, seus
alunos podem não prestar atenção em você. Segundo estudos, o impacto
de uma aula é feito de:
 55% estímulos visuais - como você se apresenta, anda e gesticula;
 38% estímulos vocais - como você fala, sua entonação e timbre;
 e apenas 7% de conteúdo verbal - o assunto sobre o qual você fala.
Apoiar-se somente na matéria é uma forma garantida de falar para a
parede, já que grande parte dos alunos estará prestando atenção em outra
coisa. Treine seus gestos, conte histórias, movimente-se com naturalidade.
Passe sua mensagem de forma intererssante.
Para o bem e para o mal, você dá aula para a geração videoclipe. Pessoas
que foram criadas em frente aos mais criativos comerciais, em que
videogames mostram realidades fantásticas. Entretanto, a tecnologia deve
ser encarada como aliada, e não inimiga - apresentações multimídia,
aparelhos de som, videocassetes - tudo isso pode ser usado como apoio à
sua aula.
6 - A pedra no sapato
Pode ser a bagunça da turma do fundão. No ensino médio e superior, pode
ser aquele aluno que duvida de tudo o que você diz pelo simples prazer de
duvidar. Ou pode até ser um livro esquecido, ou computador que resolve
não funcionar.
De qualquer maneira, grande parte do sucesso de sua aula depende de
como você lida com esses inesperados. Responda a uma pergunta de
maneira rude ou desinteressada, e você perderá qualquer simpatia que a
classe poderia ter por você. Seja educado e solícito - a pior coisa que pode
acontecer a um professor é perder a calma.
A razão é cultural e muito simples: tendemos sempre a torcer pelo mais
fraco. Neste caso, seu aluno. A classe inteira tomará partido dele, não
importa quem tenha a razão.
Se um discípulo fizer um comentário rude, repita o que ele disse e fique em
silêncio por alguns instantes - são grandes as chances de ele se arrepender
e pedir desculpas. Se for preciso, diga algo como "Estou pensando no que
você disse. Podemos falar sobre isso após a aula?" Outra forma de se lidar
com a situação é responder a questão na hora, ponderadamente - e para
toda a classe, não apenas para quem perguntou. Termine sua exposição
fazendo contato visual com outro aluno qualquer, por duas razões - a
expressão dele vai lhe dizer o que a turma inteira achou do que você disse,
ao mesmo tempo que desistimula outras participações inoportunas do aluno
que o interrogou.
Não transforme sua aula em um debate entre você e um aluno - há pelo
menos mais 20 e tantas pessoas presentes que merecem sua atenção.
7 - Pratique
Sua aula, como qualquer outra ação, melhora com o treino. Muitos
professores se inteiram da matéria, e só treinam a aula uma vez -
exatamente quando ela é dada, na frente dos alunos. Não é de se admirar
que aconteçam tantos problemas com o ritmo - alguns tópicos são
apresentados de maneira arrastada, outras vezes o professor termina o que
tem a dizer 20 minutos antes do final da aula. Sem falar nos finais de
semestre em que se "corre" com a matéria.
Só há uma maneira de evitar tais desastres. Treine antes. Dê uma aula em
casa para seu cônjuge/filhos ou, na falta desses, para o espelho. Não use
animais de estimação, são péssimos alunos - seu cachorro gosta de tudo o
que você faz e os gatos têm suas próprias prioridades, indecifráveis para as
outras espécies. E o que se busca com o treino é,principalmente, uma
crítica construtiva.
A mente divaga, os olhos ficam pesados, e lá se vai o conteúdo. Todo
universitário já cochilou em sala de aula, ou pelo menos quase chegou
a isso. A culpa pela sonolência, entretanto, nem sempre é do aluno.
Algumas práticas dos professores contribuem muito para tornar uma
aula desinteressante, e manter-se atento torna-se uma tarefa árdua.
Buscando descobrir as ações que levam à chatice em sala, o Vida na
Universidade ouviu quem está no tablado e quem está na carteira.
Sabe aquele professor que quando fala parece cantar "nana nenê”?
Pois deixe esta edição do VU na mesa dele, no mural da sala ou
"esquecido" na sala dos professores, se as dicas forem colocadas em
prática, a turma toda vai sair ganhando.
Fugir do assuntoÉ compreensível o esforço de muitos professores em
contextualizar suas disciplinas e praticar um pouco de
interdisciplinaridade, mas quando a linha do bom senso é
atravessada, os alunos logo notam e são afetados pela angustiante
espera pelo retorno ao conteúdo da aula. Docentes que se perdem
nos temas dos quais tratam acabam passando a impressão de que
não prepararam a aula e estão apenas improvisando. Alunos
dedicados não suportam a sensação de serem “enrolados”.
Cura Ajuda adotar esquemas para as aulas, sejam escritas num papel,
nos slides ou mesmo mentais. Ter clara a sequência de assuntos a
serem tratados, e ser fiel a ela, dá segurança à turma e ao professor.
Prender-se em discussões com alunos específicos
Ninguém gosta de ser ignorado numa conversa, e é assim que muitos
estudantes se sentem quando o professor se deixa envolver em
intermináveis diálogos com um único aluno ou com pequenos grupos,
reduzindo os demais a meros espectadores. CuraProfessores devem
procurar ser breves em respostas que não interessam à turma toda,
ou dizer ao aluno interessado que a conversa pode continuar ao fim
da aula.
Ler durante a aula toda
Artifícios úteis como o projetor de slides ou textos impressos podem
se converter em verdadeiras tentações do comodismo. Quando o
professor se apega exclusivamente ao que está escrito, passando
aulas inteiras apenas lendo, é inevitável que o aluno se pergunte: “Se
eu apenas lesse um livro será que não aprenderia a mesma coisa ou
mais?”. É inevitável a onda de bocejos quando o docente ainda deixa
de usar slides e de distribuir textos para que os alunos acompanhem,
exigindo que eles somente ouçam o que é lido.
CuraNas apresentações, o melhor é limitar-se a citar tópicos escritos
nas telas e desenvolvê-los oralmente. No caso de textos impressos,
interrupções a cada dois ou três parágrafos com comentários ou
contextualizações ajudam a tornar a leitura mais dinâmica.
Passar atividades irrelevantes
Que universitário não percebe quando uma atividade contribui para
sua formação e quando uma tarefa é dada apenas para mantê-lo
ocupado? Algumas vezes essa prática chega a ser ofensiva, pois os
estudantes sentem-se infantilizados, como se eles precisassem de um
passatempo enquanto o professor faz algo mais importante do que dar
aquela aula.
Cura Uma atividade não deve ser pedida sem que os alunos
compreendam (e acreditem) no motivo de estarem fazendo aquilo.
Quando fica claro para a turma que determinada tarefa contribui para
o aprendizado, todos participam muito mais motivados.
Exigir que todos falem num debate
Pecado típico do professor bem-intencionado que quer estimular a
participação da turma, mas, por exagerar na medida, acaba deixando
muito tempo de aula para opiniões. O professor que faz isso consegue
aborrecer dois tipos bem diferentes de estudante. Os debatedores
natos, que não veem a hora de partirem para uma discussão mais
produtiva, e os desinteressados pelo tema, que se sentem oprimidos
com a obrigação de falar e podem dar declarações pouco
fundamentadas.
CuraEm debates, o importante é ter todos convidados a falar,
especialmente se alguém tiver uma opinião diferente, mas sem que a
turma inteira tenha de dizer algo. A iniciativa de falar tem de ser
incentivada, não imposta.
Excesso de linguagem técnica
Padecem desse mal, principalmente, os professores de áreas cuja
literatura é carregada de termos específicos, como Direito e os cursos
ligados às Ciências Biológicas. Alunos precisam dominar alguma
linguagem técnica para a produção acadêmica, entretanto o uso
excessivo dessa linguagem nas aulas os afasta do conteúdo e do
aprendizado. Fora isso, a frequência com que o professor fala
palavras difíceis pode ganhar aparência de ostentação. Tem como
deixar algo mais desinteressante?
CuraClareza é uma qualidade a ser buscada com determinação por
todo professor, portanto, na hora de planejar a aula, é preciso tirar um
tempo procurando palavras mais simples, mesmo para explicar
realidades complexas. Não é preciso abrir mão da linguagem técnica,
mas, oralmente, ela pode conviver muito bem com o linguajar do dia a
dia.
Ignorar a bagunça
Fingir que nada demais está acontecendo enquanto alguns alunos não
param de conversar faz a turma concluir que nem o professor leva a
própria aula muito a sério. Além disso, a turma fica com a expectativa
de que o professor vai reclamar a qualquer momento, aí a
concentração é que sai perdendo.
CuraÉ esperado que às vezes o professor interrompa a aula para
chamar a atenção e isso pode torná-la mais produtiva. Os bons alunos
agradecem.
Fontes: Inge Suhr, coordenadora pedagógica do Grupo Educacional Uninter,
e Janete Joucowski, dos cursos de Marketing e Publicidade e Propaganda do
Centro Universitário Curitiba.
Interatividade
Qual seu método para não cair no sono durante uma aula nada
empolgante?

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7 dicas para dar aulas melhores

  • 1. 7 Dicas para dar aulas melhores Júlio Clebsch 1 - Incite, não informe Uma boa aula não termina em silêncio, ou com os alunos olhando para o relógio. Ela termina com ação concreta. Antes de preparar cada aula, pergunte-se o que você quer que seus alunos aprendam e façam e como você os convence disso? Olhe em volta, descubra o que pessoas, nas mais diferentes profissões, fazem para conseguir a atenção dos outros. Por exemplo, ao fazer um resumo de uma matéria, não coloque um "título"; imagine-se um repórter e coloque uma manchete. Como aquela matéria seria colocada em um jornal ou revista? Use o espírito das manchetes, não seja literal, nem tente ser um professor do tipo: Folha: Números Primos encontrados no congresso. 68% dos outros algarismos são contra. IstoÉ: Denúncia: A conta secreta de Maurício de Nassau. Fernando Henrique poderia estar envolvido, se já fosse nascido. Zero Hora: O Mar Morto não fica no Rio Grande do Sul. Apesar disso, você precisa conhecê-lo. Caras: Ferro diz que relacionamento com oxigênio está corroído: "Gás Nobre coisa nenhuma". 2 - Conheça o ambiente Você nunca vai conseguir a atenção de uma sala sem a conhecer. Onde moram os alunos e como eles vivem - quem vem de um bairro humilde de periferia não tem nada a ver com um morador de condomínio fechado, apesar de, geograficamente, serem vizinhos. Quais informações eles tiveram em classes anteriores, quais seus interesses. Mesmo nas primeiras séries cada pessoa tem suas preferências e o grupo assume determinada personalidade. 3 - No final das contas (e no começo também) As partes mais importantes de uma aula são os primeiros 30 e os últimos 15 segundos. Todo o resto, infelizmente, pode ser esquecido se você cometer um erro nesses momentos.
  • 2. Os primeiros 30 segundos (principalmente das primeiras aulas do ano ou semestre) são um festival de conceituação e de cálculo dos discentes. Mesmo inconscientemente, eles respondem às seguintes questões:  Quem é esse professor? Qual seu estilo?  O que posso esperar dessa aula hoje e durante todo o ano?  Quanto da minha atenção eu vou dedicar? E isso, muitas vezes, sem que você tenha aberto a boca. 4 - Simplifique Você certamente já presenciou esse fenômeno em algumas palestras: elas acabam meia hora antes do final. Ou seja, o apresentador fala o que tinha que falar, e passa o resto do tempo enrolando. Ou então, pior, gasta metade da apresentação com piadas, truques de mágica, histórias pessoais que levam às lágrimas, "compre meu livro" e aparentados, e o assunto, em si, é só apresentado no final - se isso. Por isso, uma das regras de ouro de uma boa aula é - simplifique, tanto na linguagem como na escrita. Caso real: reunião de condomínio na praia, uma senhora reclamava que sua TV não funcionava direito. Explicaram-lhe que era necessário sintonizar em UHF. Ela então perguntou para quê a diferença entre UHF e VHF. Um vizinho prestativo passou a discorrer sobre diferenças na recepção, como uma transmissão poderia interferir na outra, nas características geográficas... Ela continuava com aquela cara de quem não entendia nada. Até que um garoto resumiu a questão em cinco letras: "AM e FM." "Ahhh, entendi." Escrever e falar da maneira mais simples possível não significa suavizar a matéria ou deixar de mencionar conceitos potencialmente "espinhosos". Use e abuse de exemplos e analogias. Divida a informação em blocos curtos, para que seja melhor assimilada. 5 - Ponha emoção Certo, você tem PhD naquela área, pesquisou o assunto por meses a fio, foi convidado para dar aulas em faculdades européias. Mesmo assim, seus alunos podem não prestar atenção em você. Segundo estudos, o impacto de uma aula é feito de:
  • 3.  55% estímulos visuais - como você se apresenta, anda e gesticula;  38% estímulos vocais - como você fala, sua entonação e timbre;  e apenas 7% de conteúdo verbal - o assunto sobre o qual você fala. Apoiar-se somente na matéria é uma forma garantida de falar para a parede, já que grande parte dos alunos estará prestando atenção em outra coisa. Treine seus gestos, conte histórias, movimente-se com naturalidade. Passe sua mensagem de forma intererssante. Para o bem e para o mal, você dá aula para a geração videoclipe. Pessoas que foram criadas em frente aos mais criativos comerciais, em que videogames mostram realidades fantásticas. Entretanto, a tecnologia deve ser encarada como aliada, e não inimiga - apresentações multimídia, aparelhos de som, videocassetes - tudo isso pode ser usado como apoio à sua aula. 6 - A pedra no sapato Pode ser a bagunça da turma do fundão. No ensino médio e superior, pode ser aquele aluno que duvida de tudo o que você diz pelo simples prazer de duvidar. Ou pode até ser um livro esquecido, ou computador que resolve não funcionar. De qualquer maneira, grande parte do sucesso de sua aula depende de como você lida com esses inesperados. Responda a uma pergunta de maneira rude ou desinteressada, e você perderá qualquer simpatia que a classe poderia ter por você. Seja educado e solícito - a pior coisa que pode acontecer a um professor é perder a calma. A razão é cultural e muito simples: tendemos sempre a torcer pelo mais fraco. Neste caso, seu aluno. A classe inteira tomará partido dele, não importa quem tenha a razão. Se um discípulo fizer um comentário rude, repita o que ele disse e fique em silêncio por alguns instantes - são grandes as chances de ele se arrepender e pedir desculpas. Se for preciso, diga algo como "Estou pensando no que você disse. Podemos falar sobre isso após a aula?" Outra forma de se lidar com a situação é responder a questão na hora, ponderadamente - e para toda a classe, não apenas para quem perguntou. Termine sua exposição fazendo contato visual com outro aluno qualquer, por duas razões - a expressão dele vai lhe dizer o que a turma inteira achou do que você disse,
  • 4. ao mesmo tempo que desistimula outras participações inoportunas do aluno que o interrogou. Não transforme sua aula em um debate entre você e um aluno - há pelo menos mais 20 e tantas pessoas presentes que merecem sua atenção. 7 - Pratique Sua aula, como qualquer outra ação, melhora com o treino. Muitos professores se inteiram da matéria, e só treinam a aula uma vez - exatamente quando ela é dada, na frente dos alunos. Não é de se admirar que aconteçam tantos problemas com o ritmo - alguns tópicos são apresentados de maneira arrastada, outras vezes o professor termina o que tem a dizer 20 minutos antes do final da aula. Sem falar nos finais de semestre em que se "corre" com a matéria. Só há uma maneira de evitar tais desastres. Treine antes. Dê uma aula em casa para seu cônjuge/filhos ou, na falta desses, para o espelho. Não use animais de estimação, são péssimos alunos - seu cachorro gosta de tudo o que você faz e os gatos têm suas próprias prioridades, indecifráveis para as outras espécies. E o que se busca com o treino é,principalmente, uma crítica construtiva. A mente divaga, os olhos ficam pesados, e lá se vai o conteúdo. Todo universitário já cochilou em sala de aula, ou pelo menos quase chegou a isso. A culpa pela sonolência, entretanto, nem sempre é do aluno. Algumas práticas dos professores contribuem muito para tornar uma aula desinteressante, e manter-se atento torna-se uma tarefa árdua. Buscando descobrir as ações que levam à chatice em sala, o Vida na Universidade ouviu quem está no tablado e quem está na carteira. Sabe aquele professor que quando fala parece cantar "nana nenê”? Pois deixe esta edição do VU na mesa dele, no mural da sala ou "esquecido" na sala dos professores, se as dicas forem colocadas em prática, a turma toda vai sair ganhando. Fugir do assuntoÉ compreensível o esforço de muitos professores em contextualizar suas disciplinas e praticar um pouco de interdisciplinaridade, mas quando a linha do bom senso é
  • 5. atravessada, os alunos logo notam e são afetados pela angustiante espera pelo retorno ao conteúdo da aula. Docentes que se perdem nos temas dos quais tratam acabam passando a impressão de que não prepararam a aula e estão apenas improvisando. Alunos dedicados não suportam a sensação de serem “enrolados”. Cura Ajuda adotar esquemas para as aulas, sejam escritas num papel, nos slides ou mesmo mentais. Ter clara a sequência de assuntos a serem tratados, e ser fiel a ela, dá segurança à turma e ao professor. Prender-se em discussões com alunos específicos Ninguém gosta de ser ignorado numa conversa, e é assim que muitos estudantes se sentem quando o professor se deixa envolver em intermináveis diálogos com um único aluno ou com pequenos grupos, reduzindo os demais a meros espectadores. CuraProfessores devem procurar ser breves em respostas que não interessam à turma toda, ou dizer ao aluno interessado que a conversa pode continuar ao fim da aula. Ler durante a aula toda Artifícios úteis como o projetor de slides ou textos impressos podem se converter em verdadeiras tentações do comodismo. Quando o professor se apega exclusivamente ao que está escrito, passando aulas inteiras apenas lendo, é inevitável que o aluno se pergunte: “Se eu apenas lesse um livro será que não aprenderia a mesma coisa ou mais?”. É inevitável a onda de bocejos quando o docente ainda deixa de usar slides e de distribuir textos para que os alunos acompanhem, exigindo que eles somente ouçam o que é lido. CuraNas apresentações, o melhor é limitar-se a citar tópicos escritos nas telas e desenvolvê-los oralmente. No caso de textos impressos, interrupções a cada dois ou três parágrafos com comentários ou contextualizações ajudam a tornar a leitura mais dinâmica. Passar atividades irrelevantes Que universitário não percebe quando uma atividade contribui para sua formação e quando uma tarefa é dada apenas para mantê-lo
  • 6. ocupado? Algumas vezes essa prática chega a ser ofensiva, pois os estudantes sentem-se infantilizados, como se eles precisassem de um passatempo enquanto o professor faz algo mais importante do que dar aquela aula. Cura Uma atividade não deve ser pedida sem que os alunos compreendam (e acreditem) no motivo de estarem fazendo aquilo. Quando fica claro para a turma que determinada tarefa contribui para o aprendizado, todos participam muito mais motivados. Exigir que todos falem num debate Pecado típico do professor bem-intencionado que quer estimular a participação da turma, mas, por exagerar na medida, acaba deixando muito tempo de aula para opiniões. O professor que faz isso consegue aborrecer dois tipos bem diferentes de estudante. Os debatedores natos, que não veem a hora de partirem para uma discussão mais produtiva, e os desinteressados pelo tema, que se sentem oprimidos com a obrigação de falar e podem dar declarações pouco fundamentadas. CuraEm debates, o importante é ter todos convidados a falar, especialmente se alguém tiver uma opinião diferente, mas sem que a turma inteira tenha de dizer algo. A iniciativa de falar tem de ser incentivada, não imposta. Excesso de linguagem técnica Padecem desse mal, principalmente, os professores de áreas cuja literatura é carregada de termos específicos, como Direito e os cursos ligados às Ciências Biológicas. Alunos precisam dominar alguma linguagem técnica para a produção acadêmica, entretanto o uso excessivo dessa linguagem nas aulas os afasta do conteúdo e do aprendizado. Fora isso, a frequência com que o professor fala palavras difíceis pode ganhar aparência de ostentação. Tem como deixar algo mais desinteressante?
  • 7. CuraClareza é uma qualidade a ser buscada com determinação por todo professor, portanto, na hora de planejar a aula, é preciso tirar um tempo procurando palavras mais simples, mesmo para explicar realidades complexas. Não é preciso abrir mão da linguagem técnica, mas, oralmente, ela pode conviver muito bem com o linguajar do dia a dia. Ignorar a bagunça Fingir que nada demais está acontecendo enquanto alguns alunos não param de conversar faz a turma concluir que nem o professor leva a própria aula muito a sério. Além disso, a turma fica com a expectativa de que o professor vai reclamar a qualquer momento, aí a concentração é que sai perdendo. CuraÉ esperado que às vezes o professor interrompa a aula para chamar a atenção e isso pode torná-la mais produtiva. Os bons alunos agradecem. Fontes: Inge Suhr, coordenadora pedagógica do Grupo Educacional Uninter, e Janete Joucowski, dos cursos de Marketing e Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Curitiba. Interatividade Qual seu método para não cair no sono durante uma aula nada empolgante?