PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
4.-Emile-Durkheim-e-a-integracao-social.ppt
1. Sociedade Cultura e Educação.
Profa. Dra. Rosângela Maria Pereira
Émile Durkheim e a
integração social
2. Marco
2ª Revolução industrial.
Atmosfera marcada pelas transformações da
modernidade.
Perda de valores arraigados até então - valores
sendo destruídos por novos valores.
A sociedade européia estava em crise - crise
provocada pela substituição da moral tradicional
associada à religião.
4. Motivações
A necessidade do surgimento de
conceitos que dessem conta das
mudanças que estavam ocorrendo.
Vontade de fazer ciência.
Como fazer ciência dentro desse novo
quadro?
5. Influências
Foi influenciado por Augusto Comte - Influência
positivista: manutenção da ordem e do consenso.
Socialistas Utópicos - como, por exemplo, Saint-
Simon e a análise sobre as características da
industrialização.
Influência da publicação da teoria da evolução
biológica de Darwin. É-nos difícil compreender e
mensurar a enorme repercussão que as obras de
Darwin tiveram sobre o pensamento social das últimas
décadas do século XIX. É possível, no entanto,
observar a freqüente analogia a organismo vivo nas
análises de Durkheim.
Além destes, pensadores franceses de gerações
anteriores como Montesquieu e Rousseau. E
pensadores contemporâneos a Durkheim como
Renouvier e professores da Ècole Normale
(Boutroux e Fustel de Coulanges).
6. Durkheim: pensamento sociológico e sua
“relação” com outros pensadores sociais
No pensamento sociológico, ainda que de gerações distintas,
Émile Durkheim e Marx preocupam-se com o estudo da
sociedade como um todo. Concentram a explicação nas
estruturas sociais (Macro-sociologia).
A diferença entre Marx e Durkheim, no entanto, não é apenas a
que existe entre duas gerações diferentes de pensadores. Entre
um e outro medeia um abismo no que se refere ao contexto
institucional e tradição intelectual que informam o respectivo
pensamento. Durkheim sempre se conservou mais afastado, a
um nível pessoal, dos grandes acontecimentos políticos de seu
tempo: suas obras são quase todas de caráter acadêmico.
Com relação a Weber, Durkheim nunca o encontrou, apesar de
ser contemporâneo dele e ter estado na Alemanha.
No pensamento sociológico Durkheim e Weber se distinguem
bastante. Weber, contrariamente a Durkheim, dedica-se ao
estudo dos indivíduos na sociedade. Concentra a explicação na
ação dos atores individuais (Micro-Sociologia).
7. Objeto de Estudo da Sociologia
Fato social
Características principais do fato social são
externalidade, coerção social e generalidade.
Existem fora das consciências individuais, mas todos os
indivíduos recebem e interiorizam, atuam sobre os
indivíduos, modificando o seu modo de ser, induzindo os
indivíduos à aceitação das regras, tendo sobre eles um
poder de coerção, e ainda generalidade, em função de
os fatos sociais se repetirem pela imposição, em todos
os indivíduos, ou pelo menos na maioria dos membros
da sociedade.
8. Suas análises e contribuições
Estabeleceu os parâmetros para constituição da
Sociologia enquanto ciência independente. Assim,
podemos afirmar que a sociologia deriva da
complexidade da sociedade moderna e da
necessidade de uma ciência inteiramente disposta a
compreender está sociedade.
Estabeleceu relação entre sociologia e Psicologia
(O Suicídio).
Durkheim faz do suicídio também um assunto da
sociologia.
9. O Suicídio
O homem não se sente necessariamente mais
feliz com o progresso da sociedade moderna.
“ se a divisão do trabalho não produz a
solidariedade é que as relações dos órgãos não
são regulamentadas, é que elas estão num
estado de anomia.” (Durkheim, Émile,
Sociologia. Editora Ática, 1981. p. 84)”.
Para Durkheim a relação patológica leva ao
suicídio.
10. O Suicídio
Suicídio egoísta – falta de integração social (viúvo
sem filhos).
Suicídio altruísta – se mata pelos imperativos
sociais, excesso de integração social (homens
bomba).
Suicídio fatalista – se mata por excesso de
regulamentação social (escravos)
Suicídio anômico – crise da sociedade moderna,
desintegração social e debilidade dos laços de grupo
(jovens japoneses, queda da bolsa em 1929).
Anomia – Ausência de normas de lei, desintegração
da ordem social.
Conflito de interesses = desintegração da ordem
social.
11. Suas análises e contribuições
Analisa a questão do individualismo, ligado a ideais
morais. Durkheim coloca que os fenômenos
econômicos não podiam ser analisados, como se
fossem independentes das normas e crenças morais
que regem a vida dos indivíduos em sociedade, “um
contrato só por si não chega”. Se não existisse no
mundo econômico, normas sociais que permitissem
contrair contratos, reinaria “um caos incoerente”
(Giddens, 1998).
12. Suas análises e contribuições
Sociedade – Coletivo (moral, grupo) chave para
a ordem, para coesão que só pode ser
estabelecida por crenças absolutas.
Preocupado com a dimensão de mudança por
isso usa o método comparativo (Sociedade
tradicional X Sociedade Moderna).
13. Divisão do Trabalho Social
Durkheim percebe que o declínio da significação
das crenças morais tradicionais conduziram à
desintegração social. Como explicar isso?
Relação entre indivíduo e coletividade.
Como pode uma porção de indivíduos
constituir uma sociedade?
Como forma uma moral comum?
Como se chega a uma condição de existência
social que é o consenso? Tenta explicar
coesão.
15. Divisão do Trabalho Social
Busca as causas da formação da coletividade. Por isso
analisa as formas de Solidariedade.
A Solidariedade Mecânica e Solidariedade Orgânica são
as duas faces de uma mesma sociedade.
A solidariedade Mecânica só pode ser forte na
medida em que as idéias e as tendências comuns a
todos os membros da sociedade ultrapassem em
número e intensidade aquelas que pertencem
pessoalmente a cada um deles. Ela se intensifica na
razão inversa da personalidade.
A Solidariedade Orgânica supõe que os indivíduos
se diferem uns dos outros, ou seja, se cada um tiver
uma esfera própria de ação e, conseqüentemente,
uma personalidade.
16. Suas análises e contribuições
Vai analisar duas formas de
Solidariedade: Solidariedade Mecânica e
Solidariedade Orgânica. Conceito de
solidariedade é fundamental em
Durkheim.
17. Solidariedade Mecânica
Na sociedade Tradicional a Solidariedade é
Mecânica, por semelhança. Os indivíduos
diferem minimamente uns dos outros, os valores
são iguais, tradição, costumes, etc. têm
coerência porque os indivíduos não se
diferenciam. Valores morais e religiosos muito
fortes. Normas dadas mecanicamente,
naturalmente.
“...existe uma solidariedade social decorrente de
um certo número de estados de consciência
comuns a todos os membros da mesma
sociedade. (Durkheim, Émile, Sociologia.
Editora Ática, 1981. p. 84)”.
19. Porque é chamada Solidariedade
Mecânica?
Não significa que ela seja produzida por meios
mecânicos e artificialmente, Durkheim denomina
assim por analogia com a coesão que une os
elementos dos corpos brutos (as moléculas
dos corpos inorgânicos), em oposição àquela
que faz a unidade dos corpos vivos.
“A consciência individual, considerada sob esse
aspecto, é uma simples dependência do tipo
coletivo e dele decorrem todos os movimentos,
como o objeto possuído segue os movimentos
que lhe imprime seu proprietário (DURKHEIM,
Émile. Sociologia. Editora Ática, 1981. pág. 83).
20. Porque é chamada Solidariedade
Mecânica?
Durkheim trabalha a noção de crime para explicar
em que consiste a solidariedade mecânica.
Crimes: Não apenas estão inscritos em todas as
consciências, mas são fortemente gravados.
Diferença entre crime e ação imoral - incesto.
Crime => pena = função social de manter intacta a
coesão social, ou manter a consciência comum em
toda a sua vitalidade. A pena é para atingir a
sociedade como um todo – L’Etranger/ Albert
Camus - e não o indivíduo. O castigo protege e
afirma a consciência coletiva.
21. Porque é chamada Solidariedade
Mecânica?
Comer determinados tipos de carne (humana, por
exemplo):
“...não há razão para que uma sociedade proíba a
ingestão de tal ou qual tipo de carne que em si é
inofensiva. Mas desde que a repulsa por esse alimento
se tornou parte integrante da consciência comum, ela
não pode desaparecer sem que o laço social se afrouxe
e que as consciências sadias sejam obscurecidas.
(Durkheim, Émile, Sociologia. Editora Ática, 1981. p.
77)”.
22. Solidariedade Orgânica
A solidariedade Orgânica é característica da
sociedade moderna. O consenso resulta da
diferenciação. Os indivíduos não se assemelham,
mas formam grupos, corporações. Consenso
construído. As normas vêm de preceitos legais.
Porque chamada solidariedade Orgânica?
Comparação ao organismo vivo. Constituída de
relações positivas (ou de cooperação).
“Cada órgão, com efeito, tem sua fisionomia
especial, sua autonomia e, por conseguinte, a
unidade do organismo é tanto maior quanto a
individualização das partes seja mais acentuada.
Em razão dessa analogia, propomos chamar
orgânica a solidariedade devida à divisão do
trabalho. (Durkheim, Émile, Sociologia. Editora
Ática, 1981. p. 84)”.
23.
24. Solidariedade Orgânica
Durkheim trabalha a noção de direito
cooperativo para explicar a Solidariedade
Orgânica.
Solidariedade Orgânica = característica das
sociedades complexas = oriunda da divisão do
trabalho social = diferenciação
Os indivíduos nascem da sociedade e não a
Sociedade nasce dos indivíduos.
Primado da sociedade sobre o indivíduo.
Indivíduo é um sujeito ativo, mas ao mesmo
tempo passivo das influências da sociedade.
Não consegue separar indivíduo e sociedade.