O documento discute as incertezas do ano de 2017 no Brasil e no mundo, com a posse de Trump nos EUA, a saída do Reino Unido da UE e a crise política no Brasil. A economia brasileira deve ter uma ligeira recuperação em 2017, mas permanece incerto o cenário político com as reformas da Previdência e o andamento da Lava Jato. O documento também traz dicas para pais ajudarem filhos no retorno às aulas e detalha uma pesquisa sobre causas do estresse crônico em cri
1. Ano 4 - Edição 46
Mogi das Cruzes,
janeiro de 2017
Distribuição gratuita
SETEMI NEWS
DESTAQUE
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Em dezembro de 2015, poucos
esperavam que Donald Trump
seriaopresidenteeleitodos Esta-
dos Unidos. Ou que a presidente
Dilma Rousseff sofreria um
impeachment. Ou que os eleito-
res do Reino Unido escolheriam
sairdaUniãoEuropeia.
Com tantas mudanças e muitas
questões ainda em aberto, entra-
mos em 2017 em um cenário
bastanteincerto.
SAÚDE
Como maternidades brasileiras estão conseguindo
reduzir taxa de cesáreas
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As férias escolares estão termi-
nando. Muitos alunos retomam
as atividades depois de um
longo período de diversão e
mais liberdade em casa, com a
famíliaeamigos.
Retornar às aulas nem sempre
é desejado, prazeroso ou fácil.
No entanto, não são só os deve-
res escolares que ajudam os
alunos a retornarem à escola.
Confiraalgumasdicas.
EDUCAÇÃO
Retorno escolar:
10 dicas para ajudar
os filhos no retorno
Artes Gráficas
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2017 chegou. O que esperar?
Um grupo de pesquisadores do
Departamento de Psiquiatria
da Escola Paulista de Medicina
da Universidade Federal de
São Paulo (Unifesp), em par-
ceria com colegas da Texas
Tech University (TTU), dos
Estados Unidos, desenvolve
um estudo que pretende identi-
PÁGINA 4
GERAL
Pesquisadores de SP e Texas estudam causas do
estresse crônico em crianças
ficar, nos dois países, cau-
sas comuns do estresse
crônico, principalmente
emcrianças.
O estresse crônico normal-
mente está relacionado à
pobreza, abusos, conflitos
familiareseuso dedrogas.
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EDUCAÇÃO
Entender o significado da
infinidade de números e plani-
lhas dos contratos públicos
para construção de praças,
escolas e também de grandes
obras é uma tarefa para especi-
alista e uma missão pratica-
mente impossível para o cida-
dãocomum.
TECNOLOGIA
Aplicativo para telefone
celular facilita fiscalização
das contas públicas
Há anos o Brasil vinha tentan-
do implementar medidas para
lidar com a epidemia de cesá-
reas que atinge o país. Nos últi-
mos oito anos, as taxas desse
tipo de parto nos hospitais par-
ticulares - onde o problema é
mais grave - variaram apenas
um ou dois pontos percentuais
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e ficaram em torno dos
84%. O índice é considera-
do alarmante e alavanca o
Brasil para o posto de país
com mais cesáreas no mun-
do. Mas uma iniciativa cha-
mada Parto Adequado vem
conseguindo resultados
positivos.
COMBATE A DENGUE
Cuidado: 90% dos criadouros estão nas residências
Você sabia que o Aedes aegypti
gosta de água limpa? E é por isso que
as casas são os principais criadouros
demosquitos.
Dados da Vigilância Sanitária do
Estado de São Paulo mostram que
90% dos focos estão nas residên-
cias, mais precisamente nos
vasos de planta, vasos sanitários,
piscinas de crianças, potes vazios
eatétampinhasdegarrafas.
Aúnica ação efetiva capaz de evi-
tar a proliferação do mos-
quito transmissor da den-
gue, zika e chikungunya é
fazer uma varredura em
casa. Por isso, fique atento e
elimineos focos.
2. janeiro de 20172 SETEMI NEWS
2017 chegou. O que esperar?
DESTAQUE
S
Em dezembro de 2015, poucos
esperavam que Donald Trump
seria o presidente eleito dos
Estados Unidos. Ou que a pre-
sidente Dilma Rousseff sofre-
ria um impeachment. Ou que os
eleitores do Reino Unido esco-
lheriam sair da União Europe-
ia.Comtantasmudançasemui-
tas questões ainda em aberto,
entramos em 2017 em um cená-
riobastanteincerto.
“Com certeza entramos em
2017 com mais incertezas. Os
grandes problemas de 2016
ainda estão em aberto e vão
continuar neste ano”, afirma o
cientistapolíticoMaurícioSan-
toro, professor de Relações
Internacionais da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro
(UERJ). “Ainda não sabemos o
que Trump vai fazer ao assumir
a presidência dos Estados Uni-
dos. Também temos que espe-
rar para ver como o Reino
Unido vai processar sua saída
da União Europeia, e ainda
temos uma crise política e a
recessão econômica no Brasil.
Tudoisso nãoestáresolvido”.
No Brasil, o cenário econômico
deve melhorar, mas a recupera-
ção ainda é tímida. Segundo o
mais recente boletim Focus,
divulgado pelo Banco Central
em 26 de dezembro, a expecta-
tiva para o PIB em 2017 é de
crescimento moderado de
0,50% — foi a décima semana
em que a revisão foi ajustada
para baixo. A produção indus-
trial do país deve ter uma leve
altade0,88%.
Já no campo da política as
expectativas ainda são de tur-
bulência. O governo de Michel
Temer, que ocupa a presidência
desde maio, conseguiu aprovar
no Congresso a proposta de
limitar os gastos públicos por
20 anos. No entanto, para
garantir que será possível cum-
prir a regra estipulada, é neces-
sário aprovar a reforma da Pre-
vidência. Os gastos com o
setor crescem a cada ano, e
especialistas afirmam que, se
nada for feito, o orçamento
com a aposentadoria tomaria
uma fatia cada vez maior do
total de gastos — obrigando
um corte quase impossível em
outras áreas. No entanto, a
reforma da Previdência pode
ser ainda mais polêmica que o
limitedegastos,porqueapopu-
lação percebe mais concreta-
mente os efeitos que as mudan-
ças trarão em suas vidas.
Segundo a proposta do gover-
no, os trabalhadores precisarão
contribuir por 49 anos para ter
direito ao valor integral da apo-
sentadoria.
Além disso, no fim do ano, o
governo do presidente Michel
Temer sofreu uma derrota no
Congresso ao ver a Câmara
aprovar o projeto de renegocia-
ção de dívida com estados, mas
sem as contrapartidas espera-
das. No campo político, o pre-
sidente enfrenta ainda o pro-
Queridos leitores! Desejo pri-
meiramente que 2017 seja um
ano de muitas alegrias a você
que sempre nos acompanha.
Que tenhamos muita paz e amor
em nosso lar e em nossa socie-
dade tão massacrada pela falta
deamoreunião.
É claro que sempre desejamos o
melhor, mas infelizmente sabe-
mos que a humanidade precisa,
com urgência, tomar um novo
rumo. Parece que caminha sem
direção, sem sentido algum. É
uma pena que tenhamos que
sofrer pela falta de respeito e
descaso de nossos administra-
dores que pouco fazem por
nosso país. Desejo que os novos
administradores que tomaram
posse neste mês tenham mais
compaixão do povo brasileiro e
amem o seu próximo como a
elesmesmos.Ficaadica!
Tudo isso e muito mais você
encontra aqui no Jornal
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cesso de cassação da chapa
Dilma-Temer, que corre no
Tribunal Superior Eleitoral
(TSE). No Congresso, a opo-
sição fala também em propor
uma PEC para a convocação
de eleições presidenciais
antesde2018.
Há ainda preocupações sobre
o que a operação Lava Jato
trará de informações sobre o
Temer, seus ministros e os
parlamentares.
O cenário também não é nada
calmo na América Latina. “A
Venezuela não está mais
vivendoumacrise.
Chegamos a um ponto de
catástrofe humanitária. Há
impacto para o Brasil e para a
Colômbia por causa da quan-
tidade de venezuelanos que-
rendo sair do país”, afirma
Santoro. “Não existe solução
simples para o caos que está a
Venezuelaatualmente.
E agora?
3. janeiro de 2017 3SETEMI NEWS
Retorno escolar: 10 boas dicas para ajudar os filhos
S
EDUCAÇÃO
As férias escolares estão termi-
nando. Muitos alunos retomam
as atividades depois de um
longo período de diversão e
mais liberdade em casa, com a
famíliaeamigos.
Retornar às aulas nem sempre é
desejado, prazeroso ou fácil. No
entanto, não são só os deveres
escolares de férias que ajudam
os alunosaretornaremàescola.
Segue abaixo 10 dicas de como
os pais podem ajudar os filhos
para enfrentar a retomada das
atividadesescolares:
1 – Reorganize a rotina do
sono: alguns dias antes do início
das aulas, os alunos precisam
dormir e acordar cedo para se
adaptar ao horário de descanso.
Reorganizar o horário para dor-
mir alguns dias antes facilita a
adaptação.
2 – Avise, com antecedência, os
filhos que as aulas vão recome-
çar: se a criança for pequena,
uma boa ideia é circular a data
num calendário e ir riscando os
dias atuais, de forma com que
ela perceba que está chegando
odiada“bolinha”.
3 – Envolva os filhos no proces-
so de volta às aulas: isto signifi-
ca envolvê-los na compra de
novos materiais, uniformes,
nos preparativos da mochila,
materialdehigiene,etiquetas.
4 – “Desgrude”: se você passou
as férias com as crianças em
casa, é interessante começar
um processo de “desgrudar”
devagar e sutilmente. Assim,
aos poucos elas começam a
notar que vocês podem fazer
atividades diferentes e depois
voltaremaficarjuntinhosnova-
mente.
5 – Retome os horários de refei-
ções: refeições saudáveis, com
horários, alguns dias antes da
volta as aulas, ajudam a reorga-
nizararotinaparaadaptação.
6 – Faça um quadro com os
horários das atividades sema-
nais: isto ajuda a relembrar os
alunos dos seus compromissos
e atividades diárias que costu-
mam fazer quando retomam as
aulas.
7 – Promova um
encontro com os
colegas no fim
das férias: se
possível, ajude
os filhos a reen-
contrarem os
melhores ami-
gos da escola
antes de come-
çar as aulas.
Assim, os reen-
contros iniciam lentamente e a
lembrança da rotina escolar
vemàtona,demodoagradável.
8 – Informe à escola sobre pos-
síveis mudanças que ocorreram
nas férias na vida das crianças,
como uma doença, separação,
desemprego ou até a chegada de
um irmãozinho: isso poderá
interferir no comportamento e
norendimentodacriança.
9 – Seja firme e carinhoso se o
filho não quiser retornar à esco-
la: diga a ele que é muito natural
sentir preguiça ou medo, mas
que o encontro com os amigos e
as aprendizagens serão tão
bons, que logo a preguiça ou o
medodevempassar logo.
10 – Garanta que o responsá-
vel por buscar a criança não se
atrase nos primeiros dias de
aula: dica especial para as cri-
anças pequenas. Garanta segu-
rança de que ela não está aban-
donada na escola, evitando
deixar marcas negativas nos
processos escolares.
Faltam ainda alguns dias para
reiniciar as aulas. Portanto, há
tempo para começar os prepa-
rativos!
4. janeiro de 20174 SETEMI NEWS
Pesquisadores de SP e Texas estudam causas do
estresse crônico em crianças
S
GERAL
Um grupo de pesquisadores do
Departamento de Psiquiatria da
Escola Paulista de Medicina da
Universidade Federal de São
Paulo (Unifesp), em parceria
com colegas daTexasTech Uni-
versity (TTU), dos Estados Uni-
dos, desenvolve um estudo que
pretende identificar, nos dois
países, causas comuns do
estresse crônico, principalmen-
teemcrianças.
O estresse crônico normalmen-
te está relacionado à pobreza,
abusos, conflitos familiares e
uso de drogas. “Já
detectamos que é
comum, nas duas
regiões, a alta pre-
valência de abuso
infantil”, destacou
a pesquisadora
Andrea Parolin
Jackowski, profes-
sora da Unifesp e
coordenadora do
projetodoladobrasileiro.
Informações preliminares do
estudo indicam que, apesar das
diferenças culturais, há seme-
lhanças significantes nas rea-
ções das crianças dos dois paí-
ses ao estresse tóxico: crianças
que vivem em extrema pobre-
za em East Lubbock, no Texas,
ou no centro-sul de Los Ange-
les, por exemplo, apresentam
efeitos cognitivos e comporta-
mentais semelhantes aos das
que moram em favelas no Bra-
sil.
“O que a gente percebe é que,
independentemente do país que
você resida, seja em um país
como os Estados Unidos, que é
um país desenvolvido, ou um
país como o Brasil, que é um país
em desenvolvimento, o estresse
afeta da mesma forma o desen-
volvimento da criança. Claro que
existem diferenças culturais, que
têm um papel importante, mas é
uma forma de a gente poder fazer
uma comparação entre as popu-
lações”,disse Parolin.
Em outubro, os pesquisadores do
Texas vieram a São Paulo para
conhecer os lugares pesquisados
– como a região da cracolândia,
no centro da capital paulista – e
verificar in loco a realidade em
que vivem as crianças que estão
sendo estudadas pela coordena-
dora do projeto brasileiro. Neste
ano será a vez de os pesquisado-
resbrasileirosiremaosEUA.
“A gente quer entender qual é o
papel da cultura, das questões
culturais no próprio desen-
volvimento da criança, se são
fatores protetores, aquilo que
pode deixar o ambiente mais
saudável e impedir que essa
criança tenha uma doença no
futuro.
E entender também um pouco
mais quais são os fatores de
risco, porque existem ques-
tões que são muito peculiares
decadacultura”,ressaltou.
A pesquisa brasileira está
sendo financiada pela Funda-
ção de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo (Fa-
pesp).
O intercâmbio entre os pes-
quisadores recebe apoio do
programa São Paulo Resear-
chers in International Colla-
boration (Sprint - em portu-
guês, Pesquisadores de São
Paulo em Colaboração Inter-
nacional).
5. janeiro de 2017 5SETEMI NEWS
Aplicativo para telefone celular facilita fiscalização
das contas públicas
S
TECNOLOGIA
Entender o significado da infini-
dade de números e planilhas dos
contratos públicos para constru-
ção de praças, escolas e também
de grandes obras é uma tarefa
para especialista e uma missão
praticamente impossível para o
cidadão comum. Mas a parceria
entre o Poder Público e um
grupo de programadores resul-
tou em um aplicativo para celu-
lar que pode revolucionar a
maneira como a sociedade
acompanha e fiscaliza a aplica-
çãodos recursospúblicos.
Vencedor de um concurso
público promovido pelos minis-
térios da Justiça, do Planeja-
mento e pela Controladoria-
Geral da União (CGU) e lança-
do recentemente, o aplicativo
As Diferentonas permite que o
cidadão compare a aplicação
dos recursos destinados pelo
governo federal a sua cidade
com o montante repassado a
outro município de perfil socio-
econômicosemelhante.
“O mote todo do aplicativo é o
de ajudar o cidadão a comparar
o uso da verba do município
dele com a de outros parecidos.
A pessoa digita o município
que interessa e o aplicativo usa
dados socioeconômicos para
descobrir os mais parecidos e já
mostra os resultados com as
'diferentices'”, explicou o pro-
fessor da Universidade Federal
de Campina Grande Nazareno
Andrade, um dos responsáveis
peloaplicativo.
A ideia do aplicativo surgiu de
um meme que viralizou nas
redes sociais, a partir de uma
brincadeira com o termo 'dife-
rentona'.
“Queríamos pegar essa ideia do
meme para quebrar a formali-
dade [dos dados] do governo
federal, aproximar das pessoas
e elas descobrirem se a cidade
delas é a 'diferentona' das
outras”. Uma das formas de
despertar o interesse das pesso-
as pelo aplicativo, e também
pelos dados públicos, é o
humor. Nazareno contou que
um dos desenvolvedores do
aplicativo nasceu na cidade de
Emas,municípiode13milhabi-
tantes do sertão da Paraíba. Em
meio ao processo de criação, a
equipe quis identificar em que a
cidadepoderiaser diferente.
“Descobrimos que Emas é a
'diferenona', porque ela recebeu
R$ 1 milhão para convênio de
esporte e lazer que nenhuma
outra cidade do tamanho dela
recebeu na Paraíba”, exemplifi-
couAndrade.
“O aplicativo tem esse aspecto
de não só fazer o cidadão se
envolver, mas ajudar ao Estado
na fiscalização, evitar e diminu-
ir a corrupção e cobrar do Poder
Público que providências sejam
tomadas se uma obra não for
concluída”,salientou.
6. janeiro de 20176 SETEMI NEWS
Como maternidades brasileiras estão conseguindo
reduzir taxa de cesáreas
S
SAÚDE
Há anos o Brasil vinha tentando
implementar medidas para lidar
com a epidemia de cesáreas que
atinge o país. Nos últimos oito
anos, as taxas desse tipo de
parto nos hospitais particulares
- onde o problema é mais grave -
variaram apenas um ou dois
pontos percentuais e ficaram em
torno dos 84%. O índice é con-
siderado alarmante e alavanca o
Brasil para o posto de país com
maiscesáreasnomundo.
Mas uma iniciativa chamada
Parto Adequado vem conse-
guindo resultados positivos. As
26 maternidades que integram o
projeto conseguiram derrubar a
taxa de cesárea em uma média
de 24% em pouco mais de um
ano. Ou seja, se antes a cada 100
partos 21 eram normais, hoje o
número saltou para 37 em
pouco mais de um ano. Alguns
dos hospitais conseguiram
inclusive bater a meta de 40%
de partos normais. É o caso do
Nipo-Brasileiro, em São Paulo,
que passou de apenas 15% de
partos normais para 50%. O
projeto inclui iniciativas em
várias frentes, mas uma das
principais mexe com um fator
que até então era quase intocá-
vel: o bolso dos planos de saú-
de, dos médicos e dos hospita-
is. A mudança na forma de
remuneração está ligada a
novas maneiras de organizar o
trabalho médico, e assim esti-
mular o parto normal. Isso por-
que o modelo brasileiro para
quemtemplanodesaúdeécon-
siderado insustentável, segun-
doespecialistas.
Nele, o médico do convênio
escolhidopelagestanteaacom-
panha no pré-natal e no parto -
mas o valor que ele recebe pela
cesárea (que exige cerca de três
horas de assistência médica) ou
pelo parto vaginal (que pode
chegar a 10-12
horas, dependen-
do do ritmo do
trabalho de parto)
ésemelhante.
Para reverter essa
lógica, a ideia do
Parto Adequado é
trabalharcomequi-
pes, e não com um
médico específico. Assim, o
médico não ganha por procedi-
mento (no caso, o parto) e sim
por turno, não importando se
ele vai ficar longas horas espe-
randoahoradeobebênascer.
O Parto Adequado é uma inici-
ativa que reúne governo, dire-
toria de hospitais privados, pla-
nos de saúde e consultores
internacionais.
O projeto reúne 26 hospitais
que participaram de todas as
estratégias adotadas, e outros
35, que aplicam apenas algu-
mas delas. Para o diretor supe-
rintendente do Hospital Israeli-
ta Albert Einstein (um dos inte-
grantes do projeto), Miguel
Cendoroglo Neto, o Parto Ade-
quado vem trazendo uma série
de mudanças na infraestrutura e
na operação das maternidades e
ajudando a provocar uma
mudança cultural em toda a
sociedade.
Ter mais enfermeiras partici-
pando e uma nova forma de
compreender a assistência ao
trabalho de parto possibilita
uma reorganização das equipes
epermitemaissegurança.
11. janeiro de 2017 11SETEMI NEWS
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