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81 - Março a Junho 2020 | ANO 14
w w w . s i n d i m e t a l r s . o r g . b r
2
Da teoria à prática em tempos de Covid-19
E
stamos passando por um momento
inusitado, certamente muito
diferente de outras crises que
já vivemos. Existem restrições de toda
ordem e a que mais me chama a atenção
é a do distanciamento. O mundo vai ser
diferente depois da pandemia? Como será
o comportamento das pessoas neste novo
cenário?
É necessário reaprender. Já não somos
mais os especialistas que achávamos
ser. Estamos aprendendo a trabalhar à
distância, no modelo ‘home office’, a vender
à distância. Para isso, temos que produzir
vídeos chamadas, vídeos de produtos, usar
as redes sociais, enfim, uma diversidade de
coisas novas, que estamos efetivamente
aprendendo a FAZER.
Percebo que na atual conjuntura a palavra-
chave é FAZER. Existe uma frase que diz
“Saber e não fazer é o mesmo que não
saber”. Mas, como de fato FAZER para pôr em
prática os conhecimentos que adquirimos,
quase todos os dias, nas mais diversas fontes
que temos acesso?
Quantas vezes você já se sentiu perdido
em meio às apostilas, livros, cursos, aulas,
textos, pesquisas? Quantos de vocês ainda
acreditam que precisam saber mais para
atuar com segurança e credibilidade nas suas
empresas? O nosso desafio diário é traduzir
o conhecimento no FAZER. É ordenar as
práticas e vivências adquiridas e colocar elas
em prática.
Um conhecimento para virar aprendizado
precisa ser levado à prática e essa prática,
para virar resultado, precisa se tornar rotina.
Vice-Presidente do SINDIMETAL RS
Valdir Luiz Huning
...existem aqueles que reclamam e não
querem mudar, porém existem muitos que
querem e não conseguem.
Somenteapráticaconstante,fazendoajustes,
adaptando à realidade de cada empresa irá
permitir que haja um aprendizado, trazendo
a segurança necessária para a busca de mais
conhecimento, criando assim um círculo
virtuoso de crescimento.
Nada acontece da noite para o dia, por
isso é necessário dar um tempo para que
haja a absorção e a sedimentação deste
conhecimento. É fundamental persistir nas
ideias, se na realidade estiver convencido de
que aquilo vai dar certo. Procure influenciar
as pessoas. Às vezes é necessário correr
alguns riscos.
Vejo que as empresas batalham diariamente
para fazer seus processos melhorarem.
Para isso buscam conhecimento e tentam
implantar diversas soluções, sistemas de
qualidadeedeproduçãoenxuta,ferramentas
de vendas e de todos os tipos, mas na grande
maioria dos casos esbarram nas dificuldades
do dia a dia, na carência de recursos e na falta
de capacidade de execução. Vejo que isto
ocorre com uma frequência muito maior do
que imaginamos, pelo menos nas empresas
de médio e pequeno porte.
Alguns vão pensar e dizer: não mudam
porque no fundo não querem! Sim, existem
aqueles que reclamam e não querem mudar,
porém existem muitos que querem e não
conseguem. Entendo que existe um ‘gap’
entre o conhecimento e a prática, que
precisa ser preenchido.
Aqui no SINDIMETAL RS trabalhamos muito
para trazer informação e conhecimento,
através dos diversos eventos já realizados.
PONTO DE VISTA
Recentemente, inclusive, promovemos
uma ação de inserção das empresas no
mundo do Marketing Digital. Este grupo
trabalhou questões teóricas e práticas para
se aperfeiçoar e também se desenvolver
nesta área. O próprio SINDIMETAL RS
integrou este projeto e implementou
ações de Marketing Digital e hoje possui
diversas formas de se comunicar com seu
associado.
Neste momento, cada vez mais o digital
e o on-line se tornam imprescindíveis
na divulgação, prospecção e vendas.
Precisamos nos adaptar a esta nova
realidade. O mundo voltará ao normal,
porém de uma forma diferente, temos que
estar preparados para este ‘novo normal’.
Em função da pandemia, as atividades da
entidade foram impactadas, porém, já
estamos articulando as primeiras ações
para retomarmos de forma gradativa e
segura. Estão previstas ações, nesta área,
para continuarmos apoiando as empresas,
rumo ao futuro.
É importante ressaltar que trabalhar de
forma associativa, colaborativa é, e sempre
será, cada vez mais relevante. Sabemos
que não é uma tarefa fácil. Acreditamos
que, com a colaboração dos empresários,
que estão se doando ao nosso Sindicato,
somada à ajuda dos parceiros, que sempre
apoiam nossas iniciativas, será possível
desenvolver grandes ideias e projetos,
soluções criativas e inovadoras, que
certamente irão auxiliar as empresas
a colocar em prática este FAZER com
assertividade e sucesso.
E
stamos buscando entender as limitações
do momento que vivemos, em virtude
do novo Coronavírus (Covid-19). Tudo é
muito desafiador, o tempo todo. O próprio Fundo
Monetário Internacional (FMI) prevê que o mundo
passará por sua pior recessão, contabilizada
desde a grande depressão de 1929. O órgão faz
projeções de encolhimento, que são até difíceis de
mensurar. Na verdade, tudo é muito incerto, uma
vez que trabalhamos sem uma data limite, que
determine o fim deste colapso. Estamos à mercê do
comportamento deste vírus, da eficácia das medidas
governamentais e da aderência da população a tudo
isso.
Inacreditável!Umvírus,comtodaasuainvisibilidade,
tomou conta do cenário mundial, desestabilizando
todos os campos de nossas vidas, começando
pelo mais essencial, que é a saúde, chegando na
economia, que nos mantêm em movimento.
A vida mostrou o seu lado mais frágil, nos impondo
novas regras, comportamentos inimagináveis,
capazes de paralisar o mundo. Em tempos de
Covid-19, precisamos não perder este olhar de
compaixão diante do outro. O pessimismo é inimigo
da esperança, da confiança e do entusiasmo. E
sabemos que uma vida marcada pela tristeza não
nos leva longe.
Talvez tenha chegado a hora de reinventar a
forma de trabalhar e aprender a lidar com mais
disposição, aceitando, que o novo também pode
ser aprendido e apreciado. Quem acredita que sairá
desta crise global da mesma forma que entrou, irá
se decepcionar, pois, “nada do que foi será, de novo
do jeito que já foi um dia”.
O SINDIMETAL RS, sensível a todo este momento,
também reavaliou práticas e precisou mudar
a rota, que estava preestabelecida. O próprio
informativo Espaço teve a sua circulação alterada,
interrompendo a tradicional bimestralidade e
retornando agora, com foco em orientações,
artigos esclarecedores e conteúdos relevantes,
além da divulgação de boas iniciativas, mesmo em
tempos de Coronavírus. A tradicional Vitrine, que
há 80 edições destacou as associadas, deu lugar às
orientações e cuidados, que devemos ter no nosso
dia a dia. A edição está repaginada, mas mantém o
objetivo de apresentar informações relevantes às
empresas, buscando ser um elo com o segmento.
Tenhamos serenidade para enfrentar o que tiver
que ser enfrentado. Que não percamos a essência
e não nos afastemos dos nossos propósitos de
vida. Podemos e merecemos sair mais fortalecidos
deste episódio desafiador. Não estamos livres de
viver novos desafios semelhantes, então, que tudo
isso nos transforme e nos torne melhores como
pessoas, como profissionais, como organizações.
O mundo está carente de mais empatia. Então,
façamos a nossa parte, lembrando, sempre, que
vai passar!
Acredite!
Boa leitura!
De frente para o
inimigo
editorial
SINDIMETAL RS
Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico de São Leopoldo
PRESERVE O MEIO AMBIENTE
Diretor Executivo: Valmir Pizzutti
Relacionamento Institucional: Andrea Maganha
Redação: Jornalista Neusa Medeiros (Mtb 5062)
Informativo bimestral
Tiragem: 300 exemplares
Circulação: gratuita e dirigida
Edição e Produção: Edição 3 Comunicação Empresarial Ltda.
Gráfica: Impressos Portão Ltda.
Fotos: divulgação
Trabalhos assinados são de responsabilidade de seus autores.
relacionamento@sindimetalrs.org.br
www.sindimetalrs.org.br
Í N D I C E
E X P E D I E N T E
PRESIDENTE
Sergio de Bortoli Galera
VICE-PRESIDENTES
Arno Tomasini
Jean Carlo Peluso
Sofia Copé Heller Michel
Valdir Luiz Huning
Vitor Fabiano Ledur
Volker Lübke
SECRETÁRIO
Roberto Petroll
TESOUREIRA
Caroline Capelão Vargas
CONSELHO FISCAL - TITULARES
Alexandre R. dos Santos
Luiz Antônio Gonçalves
Rubén Antônio Duarte
CONSELHO FISCAL - SUPLENTES
Andrea P. Gremes Pereira
Gustavo Geremia
Mauro Fernando Dutra
DELEGADOS REPRESENTANTES
JUNTO À FIERGS
TITULARES
Raul Heller
Sergio de Bortoli Galera
SUPLENTES
Volker Lübke
Arno Tomasini
DELEGADOS REPRESENTANTES
Estância Velha/ Dois Irmãos/
Ivoti:
Marcelino Leopoldo Barth
Esteio / Sapucaia do Sul:
Juliano Ilha
Morro Reuter:
Ronei Feltes
São Sebastião do Caí/
Montenegro:
Vitor Fabiano Ledur
Sapiranga:
Emilio Neuri Haag
Vale Real:
Roberto Petroll
DIRETORIA | GESTÃO 2019 - 2021
02 - PONTO DE VISTA 10 - JURÍDICO E TÉCNICO AMBIENTAL
08 e 09 - INSTITUCIONAL 16 - ASSOCIADAS / ORIENTAÇÕES
05 - ECONOMIA 13 -
JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO /
CONTABILIDADE E CONTROLADORIA
06 - INSTITUCIONAL / ASSESSORIA 14 - ASSOCIADAS
07 - AÇÃO / INSTITUCIONAL 15 - ASSOCIADAS
03 - EDITORIAL 11 - JURÍDICO TRABALHISTA
04 - INSTITUCIONAL 12 - JURÍDICO TRIBUTÁRIO
DIRETORES
AdilsoKlaus
ChristineLange
DanielCarlosPereira
DarlanGeremia
EmílioNeuriHaag
JulianoIlha
LeonardoPedrosoFilho
MarcelinoLeopoldoBarth
MarceloMariani
PedroPauloLamberty
RobertoAlexandreSchroer
RobertoDauber
RoneiFeltes
SandroMoraisNogueira
UdoWondracek
Rua José Bonifácio, nº 204 - 5º andar - Centro das Indústrias - São Leopoldo/RS - Fone (51) 3590.7700
w w w . s i n d i m e t a l r s . o r g . b r
4
institucionalinstitucional
Mudanças na rotina O
s reflexos da propagação do
Coronavírus, devastadores para a
saúde e também para a economia,
transformaram o dia a dia da população, das
empresas e das entidades em geral.
Aqui no SINDIMETAL RS, as atividades externas
foram suspensas no dia 16 de março. As
medidas preventivas visaram minimizar, dentro
do nosso âmbito, a expansão do Coronavírus
(Covid-19).Foramsuspensastodasasatividades
do sindicato, que envolvem aglomeração
de pessoas, como reuniões de diretoria e de
grupos de trabalho, cursos e palestras, assim
como as locações de espaços.
A parada na rotina teve como objetivo apoiar
as medidas recomendadas pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), considerando
também as orientações recebidas pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI) e
a Federação das Indústrias do Estado do Rio
Grande do Sul (FIERGS).
As reuniões de grupos, como Valemetalsinos e
RH São Leopoldo, têm ocorrido de forma on-
line, assim como a de diretoria. Outra medida
adotada foi a redução de jornada da equipe
administrativa, com ajustes de horários, sem
alterar o atendimento, que permanece das 8h
às 18h, com exceção da sexta-feira, em que o
expediente encerra às 17h24min.
Com o intuito de oferecer mais opções em prol da qualificação das
equipes e em benefício das empresas, listamos os convênios em
andamento, firmados com SENAI, IEHN, Grupo Uniftec, além de
parceria também com a Associação dos Dirigentes de Marketing e
Vendas do Brasil (ADVB/RS).
SENAI–INSTITUTODEINOVAÇÃOSOLUÇÕESINTEGRADASEMMETALMECÂNICA
– ISI SIM – SERVIÇOS METROLÓGICOS – Esta parceria prevê às empresas
associadas, adimplentes com o SINDIMETAL e com o SENAI,  15%
de desconto  sobre os preços vigentes dos serviços metrológicos,
disponibilizados pelo Instituto. A iniciativa não disponibiliza acúmulo
de quaisquer descontos e/ou subsídios concedidos, sempre valendo o
melhor benefício possível para as empresas.
O Laboratório de Metrologia é acreditado pelo Inmetro, desde 1983,
sendo o 13º laboratório a receber tal reconhecimento. Também é
validado pela Rede Brasileira de Calibração, sendo revalidado pela
Rede Metrológica do Rio Grande do Sul. Possui diversos equipamentos
de ensaios mecânicos e de calibração.
Contatos no ISI SIM: e-mail   isi.metalmecanica.metrologia@senairs.
org.br ou pelo fone (51) 3904-2691.
GRUPO UNIFTEC – CENTRO UNIVERSITÁRIO E FACULDADES - Convênio de
cooperação acadêmica para os funcionários das empresas associadas,
adimplentes. O mesmo incentiva o acesso ao ensino, com 50% de
desconto nas modalidades Presencial, EAD e Híbrida. 
O Grupo UNIFTEC, composto pelas instituições de ensino Centro
Superior de Tecnologia TecBrasil /UNIFTEC, em Novo Hamburgo; 
Sociedade Educacional Rio Grandense e IBGEN Educacional, em Porto
Alegre;  Centro Superior de Tecnologia TecBrasil, em Caxias do Sul e
Reunião on-line - Valemetalsinos
Bento Gonçalves, tem a missão de “oportunizar crescimento pessoal e
profissional,pormeiodaeducaçãoparaomundodotrabalho;promover
a atitude empreendedora e contribuir para o desenvolvimento humano
sustentável”.         
Conheça as opções de cursos: www.unifteconline.com.br. Contatos:
(51) 3014-9713 / What’s: 99506-2420 / E-mail: uilianssilva@acad.ftec.
com.br.
INSTITUIÇÃO EVANGÉLICA DE NOVO HAMBURGO – IENH  - O respectivo
convênio concede descontos no valor das mensalidades dos cursos
oferecidos, exceto nas matrículas, rematrículas e taxas. O valor será
de  30%, para os  empregados, que comprovarem vínculo com as
empresas associadas adimplentes ao SINDIMETAL RS. 
A IENH, Instituição Educacional, situada em Novo Hamburgo, é um
espaço de educação com valores e vivências cristãs, com ênfase na
liderança,noempreendedorismoenaresponsabilidadesocioambiental.
Traz consigo marcos históricos embasados nos princípios e na filosofia
da Rede Sinodal de Educação da Igreja Evangélica de Confissão
Luterana no Brasil. É uma instituição pioneira e inovadora, com visão
para o futuro.
Acesse: www.institucional.ienh.com.br/  e conheça os cursos. Contatos
NADE - Núcleo de Assessoria e Desenvolvimento Empresarial: (51)
3594-3022 l e-mail nade@ienh.com.br.
ADVB - Empresas vinculadas ao SINDIMETAL, têm 20% de desconto nos
cursos. www.advb.com.br
Solicitar código promocional para: desenvolvimento2@sindimetalrs.
org.br.
Convênios
s indimet a l@sindimetalrs.org.br
5
J
á virou lugar-comum dizer que vivemos uma crise sem
precedentes e diferente de outras. Quase 90% dos
países enfrentarão uma recessão no ano de 2020 e cerca
de 80% apresentarão retração no PIB per capita. Por exemplo,
recentemente a economia americana registrou uma retração
de 5% no PIB no primeiro trimestre e a França divulgou a
expectativa de queda de 11% do PIB nesse ano. Já o relatório
Focus, mostra uma perspectiva de contração de 6,25% para o
Brasil em 2020.
Parafraseando Paul Krugman, Prêmio Nobel em Economia, as
economias foram colocadas em coma induzido pelos governos
diante da opção de distanciamento social como resposta aos
surtos de contágio. Agora que as economias parecem tentar
acordar desse coma, nos resta tentar delinear o que será
daqui pra frente. Nesse caso, devemos pensar num cenário de
mais curto prazo, que diz respeito ao que pode acontecer nos
próximos três meses, e outro cenário de médio prazo, tratando
mais diretamente de 2021.
Paraospróximostrêsmeses,entreosdiversosdesdobramentos
possíveis, destacamos dois cenários que acreditamos serem os
mais prováveis e que abarcam a maioria das possibilidades. O
primeiro deles, mais otimista, e que parece ser o cenário base
da maioria dos analistas, está alicerçado na hipótese de que o
gradual processo de abertura e retomada da atividade iniciado
em maio terá continuidade sem que haja um significativo
impacto das segundas ondas de surto de Covid-19 sobre a
atividade. Assim, surtos localizados teriam como resposta
das autoridades públicas a retomada do distanciamento em
algumas cidades, mas nada comparável com a paralisação de
abril. Assim, a atividade retornaria com mais força já em junho
e continuamente a partir do terceiro trimestre.
O cenário alternativo, mais pessimista para o curto prazo,
trata de abarcar a possibilidade de novos surtos com ondas de
intenso fechamento da economia ao longo de todo o ano de
2020 até que se chegue a um elevado grau de imunização da
população ou a um tratamento/vacina para a doença. Nesse
caso, os impactos econômicos seriam ainda mais catastróficos,
tendo em vista que a cada tentativa frustrada de abertura, os
impactos econômicos se multiplicariam com pressões sobre as
autoridades públicas para agirem com ainda mais rigidez.
No cenário mais otimista conseguiríamos retornar ao patamar
de fevereiro de 2020 até o final do primeiro semestre de 2021.
No cenário alternativo teríamos um maior volume de perdas
permanentes na nossa capacidade produtiva e seria necessário
bem mais de um ano para reestabelecer o patamar anterior.
É importante lembrar que as medidas lançadas pelo Governo
Federal para amenizar os efeitos da pandemia na economia são
paliativas, não evitam uma queda forte da atividade e perdas
irrecuperáveis para as indústrias. As medidas mais agressivas
são sociais e ajudam pouco as indústrias de forma direta. Por
exemplo,apolíticadecréditomaiscontundente,aquelaemque
o Governo arca com 85% do risco, foi destinada, inicialmente,
apenas para as despesas com a folha de pagamentos, ou seja,
para que a empresa pague o salário de um funcionário que
muitas vezes está proibido de trabalhar. Veja que nesse caso o
Governo quer que o empresário se endivide para fazer política
social.
Além disso, o Governo Federal tem poder de fogo limitado,
a dívida pública se aproxima de 100% do PIB, o que é muito
acima do que os demais países emergentes apresentam. O
Instituto Fiscal Independente, ligado ao Senado, aponta um
cenário de déficits fiscais durante toda a década de 2020, ou
seja, as receitas serão insuficientes para pagar as despesas
primárias levando ao crescimento da dívida pública. Não há
dúvidas de que o desafio fiscal brasileiro para os próximos anos
será gigantesco. Portanto, precisamos aprender a conviver
e produzir num ambiente com o vírus. A dicotomia entre
preservar vidas e a economia é falsa, inclusive no que se refere
à perda de vidas, na medida em que há um dano permanente
provocado pela depressão econômica.
O cenário que esperamos para 2021 coloca o Brasil diante de
um grande dilema. A necessidade das finanças públicas é de
ajuste, mas a pressão popular, das corporações e o próprio
legado da crise pressiona o Governo Federal para ampliar os
gastos. Dois pilares sustentam a estabilidade econômica nesse
períododecrise:oTetodosGastoseasReservasInternacionais.
Sem eles, a turbulência desse momento teria sido ainda
maior com efeitos mais permanentes sobre a estabilidade da
economia.
Deixando de lado o caso brasileiro também podemos pensar
do ponto de vista das macrotendências. Sabemos que sempre
depois de uma crise global, o mundo tende a apresentar
reações que não são tão diretas como imaginamos. Preciso
lembrar que ainda estamos no meio da pandemia e a sua
duração total e número de vítimas será crucial para intensificar
a forma como vamos significar esse momento.
Do ponto de vista econômico, o que essa crise fez foi acelerar
e ressaltar processos e comportamentos que já estavam
acontecendo,aindaquedemaneiramaiscomedida.Nessecaso,
não falo apenas da digitalização da economia, que acelerou
as mudanças na educação, turismo de negócios e formas de
consumo, mas também do comércio internacional. Nos últimos
anos, já se observa uma tendência de deixar as fronteiras entre
os países mais demarcadas por conta da intensificação nas
disputas comercias e sociais. Agora, os defensores de uma
economia mais fechada ganharam um palanque importante. A
disputa entre segurança, através da internalização das cadeias
produtivas, e eficiência, por meio da melhor exploração das
vantagens comparativas, pode pender mais para segurança. O
grande penalizado disso será o crescimento mundial de longo
prazo, que tende a ser menor a partir de agora.
economia
Pensamentos econômicos no mundo pós-pandemia
• Economista-chefe da FIERGS
Dr. André Nunes de Nunes
w w w . s i n d i m e t a l r s . o r g . b r
6
institucionalINSTITUCIONAL / ASSESSORIA
Banco de Alimentos Vale do Sinos
se reinventa em plena pandemia
Segurança e Higiene
do Trabalho
núcleo regional do Banco de
Alimentos Vale do Sinos, ativo na
região desde o dia 11 de setembro
de 2008, atende aproximadamente 70
instituições e entidades dos municípios de
São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Esteio e
Portão. A diretoria Executiva é presidida pelo
Pe. Idinei Augusto Zen, da Unisinos, sendo
que o empresário Sergio de Bortoli Galera é
o presidente do Conselho de Administração
do Banco de Alimentos Vale do Sinos,
representando o SINDIMETAL, cujo mandato
segue até 31 de dezembro de 2021.
Os Bancos de Alimentos, uma iniciativa do
sistema FIERGS, através da Fundação Gaúcha
dos Bancos Sociais, são organizações sem
fins lucrativos, que atuam minimizando a
fome nas localidades onde estão instalados.
Arrecadam, classificam, armazenam e doam
alimentos às instituições beneficentes
cadastradas (creches, asilos, lares de
excepcionais, entre outros).
O SINDIMETAL RS, juntamente com outras
entidades representativas e empresas, é um
de seus fundadores, além de mantenedor
deste núcleo, que objetiva combater a
desnutrição e a obesidade nas instituições,
que atendem às comunidades carentes da
região, elevando assim a saúde, o bem-estar,
o respeito, a dignidade e a inclusão social das
pessoas atendidas.
Com a chegada da pandemia pelo Covid-19
houve a suspensão de uma ação importante,
conhecida como Sábado Solidário,
responsável pela arrecadação de muitos
A indústria gaúcha necessita, mais do que nunca, de estímulo,
cooperação e apoio para seguir investindo e se desenvolvendo,
sempre em busca de novos mercados. Acompanhe as
iniciativas do SESI, SENAI, IEL e SEBRAE em suas respectivas
plataformas. Entre as opções, cursos EAD, rodada virtual de
oportunidades para negócios e outros materiais gratuitos.
Consulte também sobre o Programa de Recuperação
Empresarial do SEBRAE: (51) 3588-9300.
O
alimentos, que movimentava uma corrente
de voluntários. As doações tiveram uma
sensível redução, consequência do impacto
econômico e do isolamento social.
Segundo o coordenador do Banco de
Alimentos VS, Jair João Reginato, neste ano,
maisprecisamenteatémaio,ascaracterísticas
de doações e distribuição tem tido uma
conotação diferenciada dos anos anteriores.
“Nossa arrecadação decorreu de doações
financeiras (em torno de R$27.600,00), que
revertemos em compra de cestas básicas
e, também, de doações em cestas básicas
propriamente ditas”, afirma Jair.
DOAÇÕES - Até o momento, deram entrada
e foram distribuídas em torno de 1.310
cestas básicas. Essas cestas, distribuídas
às instituições (e delas para as famílias),
representam em média 29.213 kg/l e
atendem, também em média, a 3.900
pessoas.
Além das cestas básicas, algumas instituições
foram atendidas com alimentos a granel,
em torno de 5.600 kg proveniente de
doações. “Em resumo, distribuímos 27.900
kg, beneficiando mais de 5 mil pessoas,
somando o benefício/retorno social é
equivalente a R$69.750,00, sendo cada
quilo de alimento equivalente (em média)
a R$2,50. No valor correspondente em R$,
não estão considerados todos os benefícios
oferecidos às comunidades, relativos as
ações educativas em saúde e nutrição
voltadas a segurança alimentar e nutricional
das mesmas.
“Além dessas ações diretas, estamos
recebendo apoio (indireto) de diversas
empresas da região.
Mesmo com esta movimentação, o Banco de
Alimentos VS segue necessitando de doações.
Na 2ª quinzena de maio, houve uma sensível
redução, motivo que exige um permanente
monitoramento, para que as famílias possam
ser mantidas regularmente. Lembrando que
uma cesta básica, para uma família de quatro
pessoas, dura em torno de 15 até 20 dias.
É preciso mais do que nunca reforçar os
estoques e garantir a distribuição para as
famílias necessitadas. Para quem desejar
realizar doações pessoalmente, o horário
de atendimento (recepção e doação) é
das 8h às 11h, de segunda a sexta-feira.
As doações a granel podem ser feitas
diretamente na respectiva sede localizada na
Rua Dr. Hillebrand, nº 595 (esquina com Rua
Assembleia Provincial) – bairro Rio dos Sinos,
em São Leopoldo.
Já as doações financeiras podem ser
efetivadas diretamente na conta corrente,
preferencialmente identificando o nome do
depositante:
Banco de Alimentos Vale do Sinos
CNPJ. 10.416.700/0001-15
Banco do Brasil S/A
Agência 0185-6
Conta Corrente: 80000-7
Participe e seja um elo forte nesta corrente
do bem!
AGENDAS ON-LINE
Atendendo a determinação da Secretaria de
SaúdedoEstadodoRioGrandedoSul-Portaria
da SES Nº 283/2020, a Planin – Planejamento
Industrial, Segurança e Higiene do Trabalho,
sob a responsabilidade do engenheiro
de Segurança do Trabalho, Ivan Silveira,
apresentasugestãodePlanodeContingência.
O mesmo tem como objetivo descrever
as ações de Prevenção, Monitoramento
e Controle de Transmissão do Covid-19.
A Planin segue à disposição para consulta
e orientação, sem custo para as empresas.
O referido Plano está disponível para
download em https://bit.ly/2ATWLqe.
s indimet a l@sindimetalrs.org.br
7
AÇÃO / INSTITUCIONAL
Convenções Coletivas em tempos de Covid-19
F
oramconcluídas,comêxito,nodia08demaio,todasasnegociações
coletivas, especificamente com relação às cláusulas de conteúdo
não econômico, excetoacláusularelativaaoDescontoAssistencial
dos Sindicatos Profissionais. A iniciativa foi realizada com todo o
empenho, conhecimento e transparência pela entidade, em conjunto
com a Assessoria Jurídica Trabalhista, através do advogado Cláudio
Roberto de Morais Garcez.
AabrangênciaseestendeuàscincobasesrepresentadaspeloSINDIMETAL
RS: São Leopoldo, Novo Hamburgo, Sapiranga, São Sebastião do Caí e
Montenegro. Foram firmadas duas Convenções Coletivas para cada
base, a Extraordinária – Covid-19 e a Ordinária. Aspectos importantes
foram acordados, como forma de auxiliar as empresas nesse momento
difícil, que tem exigido tanto de todos. A base de São Leopoldo tem data
base em 1º de julho e as demais, no dia 1º de maio.
Considerando que os sindicatos devem atuar para fomentar a adoção de
medidas preventivas para minimizar a disseminação do vírus, preservar
a saúde dos trabalhadores e a manutenção de empregos e empresas, a
iniciativa da CCT Extraordinária, Covid-19 foi de suma importância para o
segmento.Numasituaçãotãoatípica,comoaqueestamosvivendo,deve
prevalecer o bom senso. Por essa razão, as partes convencionaram que,
no período da pandemia, em complemento e alternativa à convenção
coletiva de trabalho em vigor e à legislação emergencial até o momento
editada, para o enfrentamento da situação, estabeleceram os novos
regramentos. As convenções podem ser acessadas no site da entidade:
www.sindimetalrs.org.br/servicos/convencoes-coletivas/
Para ampliar os esclarecimentos foi realizada, no dia 12 de maio, uma
reunião on-line referente às respectivas Convenções Coletivas.
DEPOIMENTOS DAS ASSOCIADAS
Juliano Ilha – Diretor da Artestampo – É decisivo e impensável, em
momentos como este que estamos vivendo, não ter ao nosso lado
uma entidade, que representa nossas empresas com a humanidade e
sabedorianecessáriaparabuscaramelhoralternativafrenteaosdesafios
desaúdeeeconômicosparaosnossosprofissionaiseempresas.Ressalto
o empenho do nosso time executivo e assessoria jurídica do SINDIMETAL
quenãomedemesforçosparaarticularcommaestriaamelhoralternativa
de acordos coletivos, que possibilitam a garantia maciça de empregos e
de sobrevida às nossas empresas. Embora tudo que já tenha sido feito
com total pioneirismo e austeridade, as organizações e as pessoas
ainda precisam de mais segurança, desta forma sendo necessário que
os acordos, estabelecidos até o momento, sejam prorrogados até
que tenhamos a normalidade nos mercados, que consomem nossos
produtos/serviços.
Volker Lübke – Diretor da Ferramentas Gedore – Este ano a
negociação do SINDIMETAL com o sindicato laboral foi de extrema
importância para a Gedore, viabilizando ações de flexibilização
para nos adequarmos à situação de crise causada pela pandemia do
Covid-19. Primeiramente a convenção extraordinária de 20 de março
veio em tempo para a primeira ação urgente em que paralisamos
nossas atividades através de férias coletivas.
Em relação às negociações fechadas em início de maio, acredito
que elas dão segurança jurídica para a empresa no uso dos recursos
disponibilizados através da MP 936 e que estamos usando para nos
adequar a este cenário de total incerteza. A Gedore, em função de sua
necessidade específica, acabou antecipando uma negociação direta com
o sindicato laboral ainda em fim de abril. Por isto para nós o acordo geral
veio um pouco tarde demais, pois teríamos preferido estar alinhados
com o coletivo.
Na minha opinião este momento está mostrando a importância de
termos uma entidade forte para capitanear os interesses do setor
industrial, ajudando as empresas a sobreviverem a mais esta crise e,
como consequência, a salvar empregos no setor industrial.
Emílio Neuri Haag - Sócio-Administrador da Metalúrgica Loth –
Quero manifestar a minha satisfação por participar do SINDIMETAL, em
razão do suporte qualificado e diferenciado que o mesmo proporciona
aos seus associados.
As assessorias são de primeira qualidade e os responsáveis sempre
solícitos e prontos a solucionar os problemas e a esclarecer as dúvidas.
Quero parabenizar também a comissão de negociação dos Dissídios, que
se supera a cada ano, fechando acordos que atendem os interesses da
categoria.
Cláudio Guenther – Presidente da Stihl – As convenções coletivas
nos deram flexibilidade para enfrentar o Covid-19 e tempo hábil para
os protocolos de segurança. O banco de horas e a concessão de férias
possibilitaramaimplantaçãodemedidasnecessárias,evitandodemissões.
Com negociações individuais, perdemos força nas negociações coletivas.
Juntos somos mais fortes.
Diretor Executivo Valmir Pizzutti e advogado Cláudio Garcez
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8
INSTITUCIONAL
O
Sindicato das Indústrias Metalúrgicas,
Mecânicas e de Material Elétrico
e Eletrônico de São Leopoldo
(SINDIMETAL RS), formado por 35
municípios, abrange em sua base territorial,
aproximadamente mil empresas. A entidade,
com reconhecido destaque no Estado e no
País, tem movimentado todos os esforços
para minimizar o atual momento econômico,
juntoàs filiadaseassociadasdoseusegmento.
Com a saúde da população tão exposta e
em meio a tantos desafios, no tocante às
incertezas econômicas, vemos um ciclo, que
lentamente estava tentando se reinventar,
neste início de 2020, sofrer um forte abalo.
A produção industrial brasileira caiu
18,8% em abril, na comparação com o
mês anterior, refletindo os efeitos do
isolamento social, iniciado em meados
de março, para controle da pandemia de
Covid-19. Desde o início da série histórica,
em 2002, essa é a queda mais intensa da
indústria, e o segundo resultado negativo
seguido, com perda acumulada de 26,1%
no período. Os dados são da Pesquisa
Industrial Mensal (PIM), divulgada no dia
03 de junho, pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS),
indicador de atividade calculado e divulgado
pela Federação das Indústrias do Estado
do Rio Grande do Sul (FIERGS), divulgou
também na mesma data, a queda em abril de
13,2%, na comparação com março, quando
já havia recuado 10,3% ante o mês anterior.
As duas taxas são recordes negativos,
levando a atividade industrial em abril, pelo
segundo mês seguido, ao menor patamar da
série dessazonalizada (desde 2003). Como é
possível verificar, os reflexos da pandemia
na indústria gaúcha se intensificaram e os
indicadores industriais mostram um novo
quadro, no momento ainda com forte
declínio, mesmo considerando as políticas
de estímulo do governo.
Em tempos de pandemia do Coronavírus
(Covid-19) e no atual contexto econômico, o
presidente da entidade, empresário Sergio
Galera, analisa a situação e seus reflexos
especificamente no setor metalmecânico e
eletroeletrônico. Confira!
1 -  O avanço da pandemia pelo Covid-19
tem sido rápido. Desde março, o número
de municípios com casos confirmados
aumentou significativamente, assim
como o de pessoas atingidas. Como o
SINDIMETAL RS tem conduzido, junto
às  empresas associadas e filiadas, as
questões pertinentes ao assunto?
Desde o início da pandemia procuramos
manter um diálogo com as indústrias e
também mantê-las informadas, através
das nossas mídias sociais, das medidas
governamentais que estão sendo
implantadas, tanto na área da saúde,
trabalhista, fiscal e econômica.
O SINDIMETAL  também foi uma das
primeiras entidades associativas a fazer
uma convenção coletiva emergencial, para
as indústrias manterem suas atividades com
segurança jurídica e com a preservação da
saúde dos trabalhadores.
Orientamos as empresaseempregados,para
que atentem, dentro de suas possibilidades,
às medidas de saúde e segurança sugeridas,
no intuito de preservar e proteger a saúde de
todos e permitir que as empresas exerçam
suas atividades de forma segura, para toda
a sociedade.
2 – Que medidas estão sendo tomadas
pelas empresas para minimizar os efeitos,
causados pela pandemia, para que, na
medida do possível, sigam produzindo e
preservando os respectivos empregos?
O setor industrial sempre foi muito
cuidadoso com a saúde do trabalhador. O EPI
é um item obrigatório e já utilizado há muitos
anos no setor fabril (luvas, máscara, óculos
de proteção, sapatos de segurança).  Com
a pandemia do Covid-19 foi acrescentado o
álcool gel, o distanciamento e medição de
temperatura, também foi estendido para os
setores administrativos o uso de máscaras e
álcool gel, e a prática de lavar as mãos com
sabão mais vezes, além de higienização diária
das áreas comuns e não compartilhamento
de copos, pratos e talheres.
As empresas devem fazer um trabalho de
conscientização dos seus funcionários,
alertando que devem manter estes cuidados
também fora da mesma.
3 - As empresas vão ter que passar por uma
transformação para continuar atuando
no curto e no médio prazo. E o que temos
notado é que esse processo envolve não
Presidente analisa a
e do setor em tem
Presidente Sergio Galera
s indimet a l@sindimetalrs.org.br
9
INSTITUCIONAL
apenas acesso à tecnologia, mas também
uma gestão voltada para a mudança,
com a criação e a adaptação de produtos
que atendam às necessidades do novo
consumidor. Quais caminhos poderão ser
seguidos pelo setor?
No primeiro momento, as empresas vão
ter que sobreviver a esta pandemia. Já
passamos por várias crises, esta é diferente,
vai deixar sequelas, mas temos que nos
adaptar o mais rápido possível às mudanças.
Para a maioria, a retomada da economia vai
ser lenta.
A tecnologia sozinha não soluciona todos
os problemas. Precisamos de pessoas
qualificadas para fazer esta mudança.
A inovação exige conhecimento e
investimento.
O SINDIMETAL há anos vem falando
e trabalhando neste sentido que é a
qualificação do trabalhador. A palavra
educação está no nosso DNA, e neste
momento de mudanças e transformações,
ficou muito claro a fragilidade educacional.
O País precisa fazer investimentos para
mudar este cenário.
O e-commerce no varejo é muito rápido,
mas a implantação na indústria é um pouco
mais complexa, especialmente no nosso
setor metalmecânico e eletroeletrônico,
onde pequenas indústrias são fornecedoras
de componentes para grandes empresas,
trabalhando produtos com especificações
técnicas definidas pelo cliente.
O home office, nas áreas não fabris, parece
que vai ser muito utilizado a partir de agora,
reuniões virtuais também, menos custos
com deslocamentos e decisões mais rápidas.
4 – Como empresário estás satisfeito
com as políticas de crédito disponíveis,
flexibilização trabalhista, além de
prorrogação da cobrança de impostos? 
Com relação ao crédito, o governo lançou
algumas linhas, a primeira para pagamento
de folha, mas com limitação para empresas
com faturamento de R$ 360.000,00 a
10.000.000,00, e para empresas que já
operavam a folha com o banco, exigindo
também garantias com relação ao crédito e
garantia de emprego, isso limitou o número
de empresas que conseguiram (36,9%).
Com relação a capital de giro, a dificuldade
foi muito grande. Neste momento de
incertezas, os bancos foram mais exigentes
para liberar o crédito. Está difícil de chegar
na ponta. O governo está lançando novos
planos (com fundos garantidores e menos
exigências de CND’s; ex: Pronampe)
que precisam ser regulamentados e
operacionalizados com os agentes
financeiros, para ver se o dinheiro chega na
ponta final.
A flexibilização trabalhista, através da MP
936, ajudou bastante, através da suspensão
e redução de jornada, mas a maioria
das empresas entende que tem que ser
prorrogado este prazo.
A prorrogação dos impostos ajuda muito
neste momento de queda na atividade
industrial, mas lembrar que foi prorrogado
e mais tarde teremos que pagar.
5 - Como a alta do dólar está afetando a
indústria? E as exportações?
A alta do dólar, como sempre, beneficia
alguns e prejudica outros, mas hoje, com a
globalização, a maioria das indústrias têm
componentes importados, isso impacta
diretamente nos custos.
Para quem exporta é um ganho, mas hoje o
mundo está parado, poucas indústrias estão
exportando, com exceção de empresas
ligadas ao agronegócio e higiene/saúde.
A alta é interessante para substituir
importações, mas no curto prazo isso
não acontece. As reformas precisam ser
implementadas pelo governo para reduzir o
custo Brasil, não é somente o aumento do
dólar, que vai resolver.
6 – As perdas econômicas no setor,
resultantes deste período de pandemia,
seguem desafiando os empresários? Qual
tem sido o patamar (índice) verificado?
O SINDIMETAL tem uma área de abrangência
de 35 municípios, alguns tiveram a proibição
total de suas atividades, outros de forma
parcial.
Em função disto, teremos perdas que
podem  variar de 10% a 70%. Também
outro fator, que impacta bastante, é o fato
do comércio estar fechado, (está sendo
flexibilizada a abertura) não tem consumo,
não tem reposição, os pedidos desaparecem.
          
Um dos setores mais atingidos na nossa base
é o setor de máquinas e fornecedores para
indústria automotiva (que está retomando
em 15 de junho suas atividades de forma
parcial).
Indústrias fechadas e outras trabalhando
de forma reduzida, não investem na compra
de máquinas, estes pedidos são postergados
para quando a economia retomar.
7 - O governo estadual implantou um plano
de distanciamento controlado, com base no
cruzamento de dados e indicadores, para
definir a política de distanciamento a ser
aplicada em cada uma das macrorregiões
gaúchas. A meta é priorizar a vida com a
retomada da atividade econômica sendo
monitorada. Qual a sua opinião sobre esta
iniciativa?
Sempre defendemos esta ideia, da
preservação da vida e da saúde dos
trabalhadores, sem a paralisação total das
atividades.
A atividade econômica  pode ser retomada
de forma gradual e controlada, pois grande
parte da população vai ser atingida pelo
desemprego e muitos negócios vão fechar e
não sabemos se terão condições de retornar.
8 - Existe uma data prevista para a retomada
das atividades presencias, como reuniões e
eventos, no SINDIMETAL RS? Quais medidas
e também cuidados serão adotados para
que isso aconteça com a máxima segurança?
Apesardeestarmossentindofaltadoconvívio
com os diretores e demais industriais, as
reuniões e demais atividades com público
externo, ainda vamos aguardar com mais
clareza os resultados da pandemia.
Uma coisa que aprendemos durante a
pandemia foi fazer reuniões de maneira não
presencial, através das mídias sociais, o que
provavelmente será aprimorado de agora em
diante.
situação econômica
mpos de pandemia
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institucionalJURÍDICO E TÉCNICO AMBIENTAL
As ações ambientais em tempos
de pandemia da Covid-19
E
mpreendedor: é importante destacar que os requisitos
ambientais devem ser continuamente atendidos, mesmo
com a problemática advinda da Covid-19. Algumas matérias
foram flexibilizadas, tais como datas de atendimento e outras.
Contudo, essas alterações são pontuais e não atingiram todas as
esferas sociais e obrigacionais.
Por oportuno, algumas legislações foram publicadas de modo a
adaptar a sociedade ao novo cenário nacional e regional, ante as
decretações de emergência e calamidade pública. Abaixo estão,
de forma resumida, algumas matérias que foram desenvolvidas
durante o período atual de pandemia da Covid-19.
Os agendamentos de reuniões entre os técnicos e empresas,
assessorias e demais interessados estão sendo viabilizados por
videoconferência, mediante acesso à página da FEPAM junto ao
sítio eletrônico: https://bit.ly/2YZ04ob.
Ainda, os processos administrativos estão sendo agilizados para
facilitar o atendimento dos requisitos legais de forma segura.
Já está disponível, no sítio eletrônico da Fundação Estadual de
Proteção Ambiental (FEPAM) uma nova ferramenta que possibilita
a juntada on-line de documentos físicos. Os processos físicos que
já tramitam na FEPAM poderão ter a juntada de documentos de
forma eletrônica, pelo link https://bit.ly/3hSPpnO.
Mesmo com a juntada on-line, verificou-se da necessidade de
suspensão dos prazos processuais aos pedidos de licenciamento
ambiental, durante o Estado de Calamidade Pública causado pela
Covid-19. Esta determinação administrativa foi regulamentada
pela Instrução Normativa nº 02/20 do Conselho de Administração
da FEPAM, com dispôs que ficam suspensos, pelo prazo de trinta
dias a contar da publicação (04 de maio de 2020) os prazos
para juntadas de documentos, relatórios e condicionantes dos
processos com licenciamento SOL, bem como processos físicos,
formulados junto à FEPAM, independente da fase e em que
se encontrarem, desde que não afetem à condição ou possam
prejudicar ao meio ambiente.
Também em relação aos prazos ambientais, no interesse público e
na preservação da vida, prevenção de riscos e do enfrentamento
à pandemia, foi publicada a Resolução n° 004/2020 do Conselho
de Administração da FEPAM, que dispõe sobre a prorrogação das
licenças ambientais por 30 (trinta) dias corridos, com vencimento
entre os dias 22 de abril e 19 de setembro de 2020 no âmbito
de competências da FEPAM. As prorrogações das licenças
ambientais ocorridas em consequência dos pedidos de renovação
com antecedência mínima de 120 dias, conforme estabelece
a Lei Complementar nº 140/2011, permanecem válidas até a
manifestação definitiva da FEPAM, destacando os seguintes casos:
I. Aqueles que já solicitaram a renovação da Licença Ambiental
conforme o prazo fixado na respectiva licença; II. Aqueles que
solicitarem a renovação da Licença Ambiental dentro do prazo de
120 (cento e vinte) dias durante o período de supramencionado;
III. Aqueles que solicitarem a renovação da Licença Ambiental
até 90 (noventa) dias corridos antes da expiração do prazo de
validade fixado na respectiva licença, extraordinariamente em
decorrência da prorrogação por 30 dias corridos conferida no art.
1° desta portaria. Porém, é importante destacar que mesmo com a
prorrogação da renovação da Licença Ambiental, o empreendedor
é responsável por atender às condicionantes ambientais da
licença prorrogada, bem como de manter os sistemas de controle
ambiental em funcionamento, garantindo-lhes a manutenção,
caso necessário, visando à prevenção da poluição.
Além do âmbito Estadual foram publicadas matérias no âmbito
Federal relacionadas com a competência do IBAMA. Foi publicada
a Portaria nº 826/2020, que determina a suspensão, por tempo
indeterminado, dos prazos processuais nos feitos físicos e
eletrônicos que tramitam desta autarquia, a partir de 16 de março
de 2020.
Considerando a emergência de saúde pública de importância
internacional decorrente da Covid-19, também foi publicada pelo
IBAMA a Instrução Normativa nº 12/2020 (de 25 de março de
2020), que prorroga o prazo regular para a entrega do Relatório
Anual de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras
de Recursos Ambientais - RAPP de 2020 (ano-base 2019), até 29
de junho de 2020. Vale lembrar que o RAAP é um instrumento
de coleta de informações com objetivo de colaborar com os
procedimentos de controle e fiscalização ambiental. E que o seu
preenchimento e entrega são obrigatórios para pessoas físicas e
jurídicas que exercem atividades sujeitas à cobrança de Taxa de
Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA).
Considerando o cenário complexo e incerto, decorrente das
implicações da pandemia, é possível que novas determinações
nos âmbitos federal, estadual e municipal sejam estabelecidas em
atualização aquelas já publicadas em enfrentamento da Covid-19.
Portanto, faz-se necessário a intensificação do acompanhamento
da legislação vigente ambiental.
Para saber mais informações específicas sobre o assunto faça sua
consulta via remota às áreas jurídicas e técnicas no SINDIMETAL
conforme necessidade.
Ana Curia
CREA 104376-D
Eduardo Gaelzer
OAB/RS 58.660
• Engenheira Química da Bee Assessoria e Consultoria
Ltda., Assessoria Técnica Ambiental da entidade.
• Advogado integrante da equipe de profissionais do
escritório Garcez Advogados Associados – Assessoria
Jurídica do SINDIMETAL RS, nas áreas Trabalhista,
Ambiental e de Representação Comercial.
s indimet a l@sindimetalrs.org.br
11
jurídico trabalhista
Aspectos sobre Contratos de Representante Comercial
Foro Competente para Ajuizamento de Ação Judicial
N
o Brasil a regulamentação da atividade de “Representação
Comercial” ocorreu com a edição da Lei 4.885 de 9 de dezembro
de 1965 – que organizou a profissão, retratando na época um
enorme avanço diante do então existente vazio institucional sobre
a matéria, sendo o texto original alterado posteriormente pelas Leis
8.420/1992 e 12.246/2010.
A questão do foro competente para o ajuizamento de ação judicial
pelo representante comercial foi regulada originalmente no art. 39 da
Lei 4.885/65, nos seguintes termos: “Para julgamento das controvérsias
que surgirem entre representante e representado, é competente a Justiça
Comum”.
Em razão do que dispunha a lei e até sua alteração (ocorrida em 1992,
pela Lei 8.420), aplicava-se a regra geral de competência de foro, ou
seja, a ação era proposta no foro de domicílio do réu (representada),
de acordo com os exatos termos dispostos no art. 94, do CPC (de 1973,
vigente à época): “A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em
direito real sobre bens móveis serão propostas, em regra, no domicílio do
foro do réu”.
Contudo, com a edição da Lei 8.420/1992, o art. 39 da Lei 4.885/65 teve
sua redação drasticamente modificada, passando a ser competente
para o julgamento das ações o foro de domicílio do representante:
“Para julgamento das controvérsias que surgirem entre representante
e representado é competente a Justiça Comum e o Foro do domicílio do
representante, aplicando-se o procedimento sumaríssimo previsto no art.
275 do Código de Processo Civil, ressalvada a competência do Juizado de
Pequenas Causas”.
Emboraaalteraçãolegislativavigorante,oscontratantespermaneceram
estabelecendo a cláusula contratual de “eleição de foro” – prevista no
art. 111 do CPC/1973 (então vigente), ou seja, aquela através da qual
as partes escolhem, já na assinatura do pacto, o local onde poderão ser
ajuizadas ações em caso de futura inconformidade de uma das partes.
Contudo, em razão do quanto previsto na lei específica (art. 39 da Lei
4.886/65, alterada pela Lei 8.420/92), muitas decisões judiciais foram
proferidas no sentido de afastar o ajuste contratual (eleição de foro) e
fazer valer a regra legal – em que pese a natureza interempresarial da
relação em debate.
Em 2015, foi editada a Lei 13.105 – Novo Código de Processo Civil,
estabelecendooseuart.63que:“Aspartespodemmodificaracompetência
em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta a
ação oriunda de direitos e obrigações. § 1º - A eleição de foro só produz
efeitos quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a
determinado negócio jurídico. § 2º - O foro contratual obriga os herdeiros e
sucessores das partes. § 3º - Antes da citação, a cláusula de eleição de foro,
se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a
remessadosautosaojuízodoforodedomicíliodoréu.§4º-Citado,incumbe
ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação,
sob pena de preclusão”.
A redação da lei processual civil passou a ser mais abrangente sobre a
possibilidade das partes estabelecerem a alteração do foro quanto ao
território (eleição de foro); contudo, ainda poderão haver discussões
sobre o tema, levando a decisões no sentido de que deva prevalecer
a regra da legislação especial e específica (Lei 4.886/65), pois
interpretada doutrinária e jurisprudencialmente como mais benéfica ao
representante.
Outro argumento enfrentado nas decisões judiciais para afastar o foro
de eleição consiste em que o estabelecido contratualmente poderia
dificultar de sobremodo o acesso do representante comercial ao Poder
Judiciário.
No entanto, o aludido argumento de dificuldade de acesso ao Poder
Judiciário, não pode ser analisado tão somente sob a ótica do
representante comercial (especialmente quando tratar-se de uma
pessoa jurídica), já que a aplicação da letra fria da lei, pode ensejar
comportamentos abusivos por parte do representante comercial
(ajuizando ação em local de muito difícil acesso, apenas por estar
localizado dentro da sua zona de atuação), ensejando assim dificuldades
processuais para a parte adversa, como por exemplo, a produção de
uma prova pericial, em face da natureza das mercadorias negociadas, já
que estas, via de regra, são localizadas na sede da representada.
Inclusive, na hipótese de ação ajuizada perante a Justiça Cível – na qual
figuram na relação processual duas pessoas jurídicas, já se verificam
decisões proferidas em sentido favorável a manter o foro eleito pelas
partes como sendo o competente para o ajuizamento da ação. Neste
sentido as seguintes decisões:
“REPRESENTAÇÃO COMERCIAL. EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA. CLÁUSULA DE
ELEIÇÃODEFORO.ABUSIVIDADE.NÃOCONFIGURADA.NASCIRCUNSTÂNCIAS.
Consoante a jurisprudência do STJ, cuja função constitucional precípua é a
uniformização da interpretação da legislação infraconstitucional (Constituição
da República, art. 105, inc. III), e o art. 39 da Lei 4.886/1965, que fixa o foro
do representante para dirimir as controvérsias oriundas do contrato de
representação comercial, estabelece hipótese de competência relativa, podendo
o foro nela previsto, por conseguinte, ser livremente alterado pelas partes
contratantes. Verificando-se que a cláusula contratual de eleição de foro não
dificulta sobremodo o acesso da parte representante comercial ao Judiciário, é
de ser observado o foro contratual. AGRAVO PROVIDO. (Agravo de Instrumento
nº 70064959778, Décima Sexta Câmara Cível, TJ/RS, Relator Paulo Sérgio
Scarparo. Julgado em 16/07/2015).”
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO.
EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA. O egrégio Superior Tribunal já se pronunciou
acerca da viabilidade da inclusão de cláusula de eleição de foro, mesmo
nos contratos de representação comercial. (Agravo de Instrumento nº
70065863730, Vigésima Câmara Cível, TJ/RS, Relatora Walda Maria Melo
Pierro. Julgado em 16/08/2015).”
E, ainda, como mais um argumento pode-se respaldar a validade da
eleiçãodeforocombaseementendimentodoSupremoTribunalFederal,
consubstanciado na Súmula 335: “É válida a cláusula de eleição de foro
para os processos oriundos do contrato”.
Assim, em face da natureza interempresarial do contrato deve ser
defendida a prevalência da cláusula de eleição de foro, acertada no
instrumento contratual de representação comercial, considerando-se
que a vulnerabilidade, prevista na legislação de 1992, não se mostra
absoluta em matéria de eleição de foro, embora a matéria ainda enfrente
controvérsia nos Tribunais.
Alexandra Noss Pacheco
OAB/RS 46.802
• Advogada integrante da equipe de profissionais do
escritório Garcez Advogados Associados – Assessoria
Jurídica do SINDIMETAL RS, nas áreas Trabalhista,
Ambiental e de Representação Comercial.
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12
institucionaljurídico tributário
A economia do conhecimento:
o ser humano será dispensável?
insuficiente, isso se mostra devidamente estimulante aos
seus múltiplos autores, em face à possibilidade de imaginá-
la e livremente erigi-la. Eis o grande desafio!
Justamente por se referir a algo em construção, há de se
levar em consideração a ressalva de Mangabeira Unger,
segundo o qual a economia do conhecimento ainda se
apresenta, hoje, “sob forma limitada de ilhas e franjas que
ocupa nos distintos setores da economia”. Em vista disso,
“somos tentados a identificá-la com sua expressão mais
familiar: a indústria de alta tecnologia” e isso estaria restrito
a “um pequeno grupo de megaempresas globais e por um
segmento adjacente de empresas emergentes.”
O trabalhador típico do Século XX, remanescente ainda,
principalmente nas economias não desenvolvidas, foi
“posto a trabalhar como se fosse mais uma de suas
máquinas mimetizando seus movimentos repetitivos
ou suplementando-os com atividades diferentes, mas
analogamente formulaicas” (UNGER, 2018, p. 47).
Em vista disso, o desafio que se apresenta é que a economia
do conhecimento possa romper com as amarras que até o
momento fizeram-na se moldar-se em franjas insulares,
beneficiando apenas aos grandes conglomerados e algumas
pessoas que foram exitosas na tarefa de usufruírem – quase
exclusivamente para si – os benefícios da nova organização
da economia.
Se este caminho for buscado, o ser humano continuará
a ocupar o espaço central neste processo. É certo, que
máquinas podem ser melhores que os homens para a
execução de tarefas repetitivas, porém jamais poderão
substituí-los em relação à capacidade de imaginar, de
descobrir, ou seja, na criatividade transgressiva e visionária,
que são imprescindíveis à denominada Economia do
Conhecimento. Para comprovar isso, basta fazer o seguinte
exercício mental distópico: suponhamos que o ser humano
deixe de existir e a Terra seja dominada, exclusivamente, por
máquinas. Como seria o planeta azul daqui a duzentos anos?
Provavelmente, igual ao que é hoje, pois a máquina (por mais
sofisticada que seja) consegue apenas reproduzir, mas não
imaginar, transgredir. Enfim, tudo indica que nesta nova era,
não obstante a reconhecida importância da tecnologia, o ser
humano continuará a desempenhar o papel principal e as
máquinas continuarão na condição de coadjuvantes, dentro
do extraordinariamente enredo que vem sendo construído
por múltiplos autores. Este, pois, é o espaço da esperança!
J
á não é mais nenhuma novidade dizer que o trabalho
mudou. Também, nenhum ineditismo de se reconhecer
que as relações de trabalho mudam paralelamente
ao próprio capitalismo. Ora como causa, ora como efeito,
o fato é que capital e trabalho convivem, em desarmonia
(ou harmonicamente às vezes) desde um tempo que
não é possível claramente precisar. Esse imbricamento
tendencialmente conflituoso está em constante mutação,
de tal sorte que, não se consegue pensar no amanhã a partir
de critérios presentes, tampouco consegue-se pensar em
uma sociedade, cuja forma de trabalhar permaneça estática.
Basta lembrar como se deu a Revolução Industrial, o período
das duas grandes guerras, bem como o pós-guerra, para se
perceber como a velocidade desta mudança foi acelerada.
Se, no decorrer do Século XX, o processo ocorrido nas
relações laborais foi muito rápido, o que há de se dizer
com o início do Século que o sucedeu? Em que pese seja
difícil definir seu início, a Revolução Tecnológica (ou agora
denominada de digital) tem provocado alterações em todas
as searas da vida humana. Obviamente, isso produz natural
angústia, uma vez que não se consegue acompanhá-la,
sequer denominá-la adequadamente e, muito menos,
imaginar para aonde levarão os caminhos ora trilhados,
mesmo que alguns visionários assim o façam, com todos os
riscos lhes são inerentes.
Em tempos recentes, criou-se relativa convicção que se
está a viver no campo econômico - com reflexos em todos
os aspectos da vida humana - o surgimento da denominada
economia do conhecimento, aquela que está a mudar
tudo que até o momento foi construído pelo homem,
sem quaisquer limitações de possibilidades futuras. Uma
economia baseada no conhecimento, afirmam David e
Foray, é aquela que investe no capital humano e no capital
social. Relaciona-se, pois, a uma economia que estimula
a capacidade de inventar e inovar para gerar novos
conhecimentos e promover ideias que se transformam em
produtos, processos e organizações capazes de promover
o desenvolvimento, a fim de criar bem-estar e resolver as
dificuldades econômicas na sociedade (2002, p. 472). Ou
pelo menos deveria ser.
Na nova economia, a tradicional dicotomia “capital e trabalho”
é superada e não constitui o problema central da geração
de riqueza. Certamente, capital e trabalho são necessários
para a produção de bens, mas o conhecimento é a base ou
essência da economia. Se fosse necessário encontrar uma
palavra-chave para economia do conhecimento, entre as
mais merecedoras desta escolha, provavelmente o termo
“inovação” despontaria com natural proeminência, indicando
os rumos a serem perseguidos.
Quando se diz que se está a rumar, significa reconhecer a
grandiosidade do que ainda está por vir, pois entre a tantas
“coisas”, em relação as quais não é possível saber, estão os
contornos definitivos dessa verdadeira “obra sem autor” (ou
com múltiplos autores), nem quando será possível dizer que
estará acabada, muitíssimo menos quando haverá de ser
superada. Vive-se, pois, uma transição e como tal, se está a
viver algo, essencialmente, inacabado. Ao invés de parecer
Marciano Buffon
OAB/RS 34.668
• Advogado da equipe Buffon, Furlan & Bassani
Advogados Associados – Assessoria Jurídica do
SINDIMETAL RS, na área Tributária.
s indimet a l@sindimetalrs.org.br
13
• Advogada da Toffoli Assessoria e
Consultoria - Assessoria Jurídica do
SINDIMETAL RS, na área Previdenciária.
Jucemara Toffoli
OAB/RS 8.345
Planejamento Previdenciário
PROCEDIMENTOS EMPRESARIAIS (Covid-19)
C
om as grandes alterações trazidas pelas mudanças na
Legislação Previdenciária, um planejamento previdenciário se
torna cada vez mais necessário, seja no âmbito pessoal, seja
no âmbito empresarial. O patrimônio previdenciário dos funcionários
dentro de uma empresa necessita ser analisado para que ela possa
até mesmo, desligar um funcionário com tranquilidade, evitando
prejuízos para o funcionário e principalmente para a empresa.
Um planejamento de aposentadoria resolve-se, por vezes, apenas
com um olhar no passado, mudando o presente. De fato, há casos
em que uma simples atuação na vida pregressa do funcionário,
consertando seu histórico contributivo, já é suficiente para alteração
da realidade presente.
Para a empresa é muito importante ter o conhecimento de
efetivamente quanto tempo o funcionário tem de tempo de serviço,
quanto deste tempo poderá ser utilizado como atividade especial
e possivelmente utilizado na conversão do tempo, levando em
consideração a garantia de emprego pré-aposentadoria estabelecida
na convenção coletiva das categorias, através de seus sindicatos de
representação.
Outras vezes, no entanto, esse ajuste do passado não é suficiente
para gerar um benefício imediato, mas acaba por antecipar o futuro.
E há situações em que resta apenas projetar o futuro de modo a
trazer ao cliente o melhor custo benefício, isto é, a aposentadoria
mais vantajosa dentro de um investimento condizente com suas
possibilidades financeiras.
O trabalho que é desenvolvido pelo nosso escritório visa fazer
esse levantamento, essa análise do patrimônio previdenciário do
funcionário, oportunizando a ele a decisão de optar ou não pela
aposentadoria.
Para o empresário contribuinte individual, que está prestes a se
aposentar, fazer esta análise é de fundamental importância, tendo
um impacto significativo na Renda Mensal Inicial, e principalmente
O
ano de 2020, em seu primeiro bimestre, estava projetando-
se como promissor, principalmente pela política econômica
LIBERAL, implantada no Brasil pela primeira vez na história.
Tudo levava a crer que as empresas superariam seus desafios, inclusive
aqueles causados pelo Poder Legislativo e pelo Poder Judiciário,
inconformados com a perda de favores, regalias, dentre outros.
Então, eis, porém que surge o Coronavírus, o chamado “vírus-chinês”.
A consequência imediata foi a atribuição de poderes autocráticos a
governadores e prefeitos, com o objetivo de amenizar os efeitos da
pandemia. Assistimos o surgimento de procedimentos absurdos, e
consequentemente a atividade econômica sendo posta à margem no
dia a dia.
Agora precisamos pensar em como salvar nossas empresas, como
recomeçar e qual será o cenário em nossas empresas daqui para frente.
As sugestões emergenciais que a Colombo Consultoria sugere são as
seguintes:
• Elaboração de uma previsão de vendas para os próximos meses,
preferencialmente 12 meses ou, pelo menos, até dezembro de 2020.
• Determinação da margem de lucro operacional desejada. Esta margem
de lucro é a registrada antes das Despesas Financeiras e do I.R. + C.S.S.L.
Adelino Colombo
• Sócio-Consultor - Colombo Consultoria Empresarial,
Assessoria do SINDIMETAL RS, na área de
Controladoria e Contabilidade.
no retorno de investimento realizado, ou que necessita realizar
ainda.
As regras previdenciárias, quando aplicadas a um caso concreto,
modificam-se em cada caso, pois as variáveis, tais como idade,
tempo contributivo, valor contributivo, especialidade da atividade
no tempo, acabam tornando única a análise de cada caso.
Um recente exemplo de uma análise previdenciária realizada:
Na análise deve ser levado sempre em consideração, se existe ou
não possibilidade de indenização de períodos não adimplidos no
passado, se existe a necessidade de indenizar todo o período ou
não, o valor que será investido no momento, o valor da renda na
data em que o benefício será concedido, a projeção de recebimento
durante a expectativa de vida e então pode-se analisar o melhor
custo-benefício e escolher qual o retorno do Investimento
realizado.
Data da aposentadoria
Passado/futuro
Indenização
Salário de contribuição a adimplir
Investimento total
Renda Mensal Inicial Projetada
Projeção de renda até 83 anos
Retorno do Investimento
16/05/2020
Passado
R$ 109.457,40
R$ 5.700,90
R$ 109,457,40
R$ 5.684,92
R$ 1.699.791,08
R$ 1.590.333,68
16/05/2025
Futuro
não
R$ 6.101,06
R$ 73.212,60
R$ 5.189,50
R$ 1.214.343,00
R$ 1.141.130,40
• Racionalização dos custos e das despesas, para atender o preço do
mercado e a margem desejada.
•Combasenestasprevisões,elaborarumaDemonstraçãodeResultados
do Exercício (DRE), planejada e mensal.
• No fechamento do mês, comparar o planejamento previsto com
o planejamento realizado, para verificar os desvios em relação
ao planejamento previsto e a adoção de medidas de curto prazo
absolutamente necessárias nesse momento.
A sugestão apresentada pode parecer simples, porém já presenciamos
vários projetos desta natureza, sempre coroados de êxito. Em outras
palavras, estamos propondo uma REESTRUTURAÇÃO das empresas,
baseados numa filosofia japonesa: A FORÇA DE TRABALHO É
DETERMINADA PELO MERCADO.
jurídico previdenciário | contabilidade e controladoria
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14
ASSOCIADAS
15 anos na prestação de serviços de usinagem
Tempo de Mudanças
N
os últimos anos, a  Lamaço  Artefatos
de Aço tem promovido mudanças
importantes em sua estrutura, para
oferecer soluções cada vez melhores aos seus
clientes.
A
Umtec Usinagem Metalúrgica e
Tecnologia Ltda., com sede em São
Leopoldo, atua há 15 anos na prestação
de serviços de usinagem, fornecendo
produtos de acordo com as necessidades
dos clientes, com qualidade, rapidez, preços
competitivos e com atendimento técnico
personalizado.
A empresa está comprometida a atender
as expectativas dos clientes, firmando
uma parceria aliada à confiança e à
responsabilidade, entregando o produto final
de qualidade e funcionalidade.
S
onhos e projetos em andamento, desde 2019, ganharam vida
recentemente na empresa. A Mariani Metais - originalmente
Metalúrgica Mariani - chega à sua maturidade e lança a nova marca
- Mariani Home & Store. Acompanhando este novo momento, a direção,
a cargo de Jacqueline Mariani e Marcelo Mariani, informa também
que estão em novo endereço, localizado na Av. Feitoria, 3122, em São
Leopoldo.
Ao se aproximar de 25 anos de forte atuação no mercado, a empresa
se reposiciona focando em dois segmentos importantes: Home (linha
voltada à decoração) e Store (expositores para lojas). Para tanto, traz
uma nova assinatura, mais afinada com o momento atual e com os
planos futuros, que também destacam o desenvolvimento de peças
exclusivas, assim como a mescla com outros materiais além do metal.
Home é voltada ao exigente segmento de arquitetura e decoração e
o carro-chefe são as já consagradas Lareiras Ecológicas. A proposta é
ampliar o portfólio de luminárias, móveis e peças para mobiliário.
 
O entendimento de que uma adequada exposição desperta o desejo de
compra e agrega valor ao produto, levou a produzir expositores para
lojas e showrooms, a linha Store.
Segundo os diretores, os valores seguem os mesmos desde o princípio:
eficiência e qualidade, que proporcionam beleza, praticidade e conforto
para os clientes, e processos continuamente melhorados, que geram
resultados sustentáveis para a empresa.
Em busca de suprir a demanda dos clientes
está revendo todos os processos, estrutura
interna e layout da empresa, através de
consultoria no Sistema Lean, o que irá
contribuir para aperfeiçoar os serviços e
poder buscar mais volume de trabalho.
“Hoje temos um principal cliente do qual
já conquistamos credibilidade e buscamos
manter essa relação de confiança, mantendo
o processo de acordo com as exigências e
conforme suas especificações. ”
Devido aos acontecimentos mundiais
relacionados à pandemia do Covid-19,
e ao impacto de tal
enfermidade em nosso
dia a dia, estamos
adotando algumas ações
para travarmos o avanço
desta doença. Baseado
nas recomendações das
autoridades, adaptamos
as rotinas e realidade como
higienizações, o uso de máscaras e
distanciamento; definimos um Protocolo de
Saúde e Segurança, que está sendo adotado
na empresa para garantir o nosso bem-estar
e dos familiares. O acompanhamento é
feito diariamente. Também os funcionários
estão sendo orientados sobre os possíveis
sintomas e, caso haja necessidade, têm sido
encaminhados para testagem.
N
os últimos anos, a Lamaço Artefatos de Aço tem promovido
mudanças importantes em sua estrutura, para oferecer soluções
cada vez melhores aos seus clientes.
Os tempos são duros, mas em meio a tantos desafios, muitas empresas estão realizando boas iniciativas.
Parabenizamos as associadas, que seguem investindo na sua marca, confiando em dias melhores.
Novo site e logomarca
www.lamacors.com.br
Showroom Mariani Home & Store
FONTE:UMTECFONTE:MARIANI
FONTE:LAMAÇO
A nova logomarca, com uma proposta mais moderna e inovadora, é fruto
de uma redefinição visual que objetiva apresentar o novo momento
da empresa, sendo este de mudanças decorrentes do movimento de
transformação – cultural, digital, de processos e de gestão.
Para o diretor da empresa, Pedro Paulo Lamberty, a criação de uma
nova identidade expressa e reforça a transformação que já acontece
dentro da empresa. “O processo todo foi muito além de criar a
identidade, entramos de forma profunda nos objetivos da empresa
sendo compartilhado, colaborativo e integrado, que motiva os
colaboradores a trabalhar em prol do propósito da organização”,
ressalta o profissional.
Além da identidade visual, o site também foi reformulado. Os últimos
posts do Blog também recebem atenção especial para que o público
não perca as atualizações e novidades.
A empresa é especializada na fabricação de estruturas metálicas e
soluções em caldeiraria. Mantém um portfólio abrangente de soluções
industriais, que são utilizadas nos mais diversos segmentos de mercado.
Assim, a Lamaço visa fortalecer cada vez mais o relacionamento com
seus clientes e colaboradores e, com esse objetivo, comunica que
está ainda mais competitiva e pronta para atender sua empresa com
agilidade e qualidade.
s indimet a l@sindimetalrs.org.br
15
Uma obra marcante
em prol da saúde
U
m feito que ficará marcado na história deste período turbulento.
A entrega da obra hospitalar mais rápida da história do Brasil. O
novo Centro de Tratamento de Combate à Covid-19, construído
anexo ao Hospital Independência, em Porto Alegre (RS), terá 60 leitos
para atendimento exclusivo pelo SUS, que ficarão de legado para a
população gaúcha, após este momento de pandemia.
Esse marco só foi possível pela união e colaboração da Gerdau com a
Ipiranga, Hospital Moinhos de Vento, Zaffari, Prefeitura de Porto Alegre
e a Rede de Saúde Divina Providência, que será responsável pela gestão
da Unidade. O empreendimento foi estruturado a partir da tecnologia
de construção modular criada pela Construtech Brasil ao Cubo. Uma
parceria que irá impactar na vida de tantas pessoas, merece muitos
aplausos. A união em favor da vida faz a diferença!
Proteção e orientação
N
a Higra, segundo a direção, a saúde e
a segurança das pessoas são valores
inegociáveis. Diariamente tem sido
acompanhada a evolução do cenário de
pandemia e os impactos que essa situação
traz para as rotinas dos profissionais, suas
famílias e, também para a empresa.
Por esta razão, desde o dia 17 de março, foram
adotadas algumas medidas para combater
a disseminação do Covid-19. Entre elas, a
recomendação de  home office para todos
os profissionais dos setores administrativo e
comercial, bem como os que estão no grupo
de risco de diferentes setores. A implantação
de dois turnos de trabalho, com redução da
carga horária para seis horas; cancelamento
de viagens, cursos, eventos externos e
treinamentos; bem como o fornecimento  de
uma cesta básica extra para todos os
profissionais, além de restringir a entrada
de pessoas externas à empresa. Estas ações
possibilitam um ritmo seguro de trabalho para
que a Higra possa atender à demanda, que
neste momento tem um propósito maior: evitar
a suspensão do abastecimento de água no que
compete seus equipamentos e serviços.
Toda a equipe recebe álcool gel individual e
utilizam máscaras personalizadas. Também
estão sendo compartilhados, nas redes
sociais, os vídeos elaborados para auxiliar
os profissionais em período de home office,
com dicas de alimentação e exercícios, além
de orientações para combater momentos de
ansiedade.
A Higra segue firme em seus propósitos,
com foco total no crescimento da empresa e
buscando novos profissionais para somar ao
time. Recentemente foram abertas vagas para
Assistente Financeiro e Auxiliar Contábil. Que
siga investindo e superando as metas!
V
iver atualizado é uma questão de sobrevivência e uma maneira de
visualizar melhor o futuro, já que novos tempos exigem uma nova
postura de pensamento. E é com este pensamento, que a CCV
Industrial foi em busca de novos desafios e se orgulha de informar que
está em novo endereço, na Estrada Morro do Paula, no Distrito Industrial
Málaga, em São Leopoldo.
Assim como a mudança pressupõe uma transformação, a CCV Industrial
repôs suas energias em um local amplo, bem estruturado e com total
capacidade para atender o setor metalmecânico em geral. Atendendo
diversos segmentos, possui experiência de mercado e diversidade de
produtos, que faz com que mantenha clientes de grande porte e por
longa data.
Perceber a dinâmica da mudança foi uma necessidade. Além disso, a
direção da empresa entende que parcerias com empresas engajadas na
transformação de um novo ‘amanhã’ são necessárias. Isso faz com que
estejam participando de um projeto muito importante: a Fabricação do
Dispositivo de Proteção para Intubação de Pacientes.
Desenvolvido pelo engenheiro Bill Paiva, do Instituto SENAI de Inovação
e Engenharia de Polímeros, fabricado pela CCV Industrial, em parceria
com a Acrishop Ind e Com de Acrílicos Ltda., empresa que abraçou o
projeto junto à CCV e doou a matéria prima utilizada.
Após a fabricação, o dispositivo foi doado ao Hospital Centenário de
São Leopoldo no início de abril deste ano, para auxiliar no atendimento
emergencial ao Covid-19. Com isso, afirmamos que oferecer soluções
criativas e sustentáveis para o segmento industrial, através de processos
versáteiseinovadores,promoveummundomelhoredemonstraaseriedade
da CCV Industrial, que foca sempre no fortalecimento e transparência nas
relações. Parabéns à direção e equipe! Sucesso redobrado!
ASSOCIADAS
Nova sede
e parceria com o SENAI
FONTE:HIGRA
FONTE:CCV
FONTE: GERDAU
w w w . s i n d i m e t a l r s . o r g . b r
16
ASSOCIADAS / ORIENTAÇÕES
250 mil testeiras para montagem de proteções faciais
U
ma bela iniciativa conjunta uniu as
associadas Stihl, Taurus e Aço Peças
Oliveira, de São Leopoldo, em prol
de uma importante causa. A Stihl abraçou
um projeto solidário, que uniu universidade,
empresas, sociedade e forças armadas para
doação de proteções faciais. A iniciativa é
do projeto GRU, formado por um grupo de
professores, alunos e servidores técnico-
administrativos voluntários da Escola de
Engenharia e da Faculdade de Arquitetura da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS) e parceiros.
A Stihl produzirá 250 mil testeiras de plástico
para a montagem dos Equipamentos de
Proteção Individual. Deste número, mais de 100
mil já estão prontas. As testeiras, juntamente
com o fixador e com a viseira, compõem o
protetor facial (Faceshields), que serão doados
para utilização pelos profissionais da área de
segurança e saúde, que estão na linha de frente
no combate à Covid-19.
O projeto iniciou no Rio Grande do Sul e ganhou
escala, contribuindo também com outros
estados, expandindo a relevância da iniciativa
nacionalmente. Estão reunidos voluntários
de diversos setores e áreas de atuação, com
o propósito único de salvar vidas. Diversas
empresas privadas estão ligadas ao projeto,
que atuam também em colaboração com
instituições de pesquisa como a UFRGS, para
desenvolver e validar soluções adequadas à
aplicação do acessório. Dentre as organizações
gaúchas estão, além da Stihl, a Making.All,
Taurus Armas, Aço Peças Oliveira, Sildre
Indústria de Matrizes, Randon Implementos e
Participações, BoxPrint, Bauer Express e Grupo
Radici, com o apoio fundamental das Forças
Armadas.
Além da produção dos componentes e doação
de matéria prima, o projeto do molde das
testeiras foi desenvolvido internamente na
fábrica da Stihl pela área de Ferramentaria. O
objetivo é finalizar a produção até junho. O
destino das testeiras produzidas pela Stihl é
a Taurus Armas, onde está sendo realizada a
montagem dos Equipamentos de Proteção
Individual, operacionalizada pelas Forças
Armadas.
O compromisso da Stihl amplia-se, também, ao
envio de unidades para estruturação em São
Paulo (SP), apoiando o Projeto Gama (Grupo
de Apoio aos Médicos e Agentes de Saúde),
que por sua vez é responsável pela distribuição
naquela região. Já no Rio Grande do Sul, as
entregas serão realizadas pela Defesa Civil,
conforme avaliação e definição do Gabinete de
Crise do Governo do Estado.
FONTE:STIHL

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  • 1. 81 - Março a Junho 2020 | ANO 14
  • 2. w w w . s i n d i m e t a l r s . o r g . b r 2 Da teoria à prática em tempos de Covid-19 E stamos passando por um momento inusitado, certamente muito diferente de outras crises que já vivemos. Existem restrições de toda ordem e a que mais me chama a atenção é a do distanciamento. O mundo vai ser diferente depois da pandemia? Como será o comportamento das pessoas neste novo cenário? É necessário reaprender. Já não somos mais os especialistas que achávamos ser. Estamos aprendendo a trabalhar à distância, no modelo ‘home office’, a vender à distância. Para isso, temos que produzir vídeos chamadas, vídeos de produtos, usar as redes sociais, enfim, uma diversidade de coisas novas, que estamos efetivamente aprendendo a FAZER. Percebo que na atual conjuntura a palavra- chave é FAZER. Existe uma frase que diz “Saber e não fazer é o mesmo que não saber”. Mas, como de fato FAZER para pôr em prática os conhecimentos que adquirimos, quase todos os dias, nas mais diversas fontes que temos acesso? Quantas vezes você já se sentiu perdido em meio às apostilas, livros, cursos, aulas, textos, pesquisas? Quantos de vocês ainda acreditam que precisam saber mais para atuar com segurança e credibilidade nas suas empresas? O nosso desafio diário é traduzir o conhecimento no FAZER. É ordenar as práticas e vivências adquiridas e colocar elas em prática. Um conhecimento para virar aprendizado precisa ser levado à prática e essa prática, para virar resultado, precisa se tornar rotina. Vice-Presidente do SINDIMETAL RS Valdir Luiz Huning ...existem aqueles que reclamam e não querem mudar, porém existem muitos que querem e não conseguem. Somenteapráticaconstante,fazendoajustes, adaptando à realidade de cada empresa irá permitir que haja um aprendizado, trazendo a segurança necessária para a busca de mais conhecimento, criando assim um círculo virtuoso de crescimento. Nada acontece da noite para o dia, por isso é necessário dar um tempo para que haja a absorção e a sedimentação deste conhecimento. É fundamental persistir nas ideias, se na realidade estiver convencido de que aquilo vai dar certo. Procure influenciar as pessoas. Às vezes é necessário correr alguns riscos. Vejo que as empresas batalham diariamente para fazer seus processos melhorarem. Para isso buscam conhecimento e tentam implantar diversas soluções, sistemas de qualidadeedeproduçãoenxuta,ferramentas de vendas e de todos os tipos, mas na grande maioria dos casos esbarram nas dificuldades do dia a dia, na carência de recursos e na falta de capacidade de execução. Vejo que isto ocorre com uma frequência muito maior do que imaginamos, pelo menos nas empresas de médio e pequeno porte. Alguns vão pensar e dizer: não mudam porque no fundo não querem! Sim, existem aqueles que reclamam e não querem mudar, porém existem muitos que querem e não conseguem. Entendo que existe um ‘gap’ entre o conhecimento e a prática, que precisa ser preenchido. Aqui no SINDIMETAL RS trabalhamos muito para trazer informação e conhecimento, através dos diversos eventos já realizados. PONTO DE VISTA Recentemente, inclusive, promovemos uma ação de inserção das empresas no mundo do Marketing Digital. Este grupo trabalhou questões teóricas e práticas para se aperfeiçoar e também se desenvolver nesta área. O próprio SINDIMETAL RS integrou este projeto e implementou ações de Marketing Digital e hoje possui diversas formas de se comunicar com seu associado. Neste momento, cada vez mais o digital e o on-line se tornam imprescindíveis na divulgação, prospecção e vendas. Precisamos nos adaptar a esta nova realidade. O mundo voltará ao normal, porém de uma forma diferente, temos que estar preparados para este ‘novo normal’. Em função da pandemia, as atividades da entidade foram impactadas, porém, já estamos articulando as primeiras ações para retomarmos de forma gradativa e segura. Estão previstas ações, nesta área, para continuarmos apoiando as empresas, rumo ao futuro. É importante ressaltar que trabalhar de forma associativa, colaborativa é, e sempre será, cada vez mais relevante. Sabemos que não é uma tarefa fácil. Acreditamos que, com a colaboração dos empresários, que estão se doando ao nosso Sindicato, somada à ajuda dos parceiros, que sempre apoiam nossas iniciativas, será possível desenvolver grandes ideias e projetos, soluções criativas e inovadoras, que certamente irão auxiliar as empresas a colocar em prática este FAZER com assertividade e sucesso.
  • 3. E stamos buscando entender as limitações do momento que vivemos, em virtude do novo Coronavírus (Covid-19). Tudo é muito desafiador, o tempo todo. O próprio Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o mundo passará por sua pior recessão, contabilizada desde a grande depressão de 1929. O órgão faz projeções de encolhimento, que são até difíceis de mensurar. Na verdade, tudo é muito incerto, uma vez que trabalhamos sem uma data limite, que determine o fim deste colapso. Estamos à mercê do comportamento deste vírus, da eficácia das medidas governamentais e da aderência da população a tudo isso. Inacreditável!Umvírus,comtodaasuainvisibilidade, tomou conta do cenário mundial, desestabilizando todos os campos de nossas vidas, começando pelo mais essencial, que é a saúde, chegando na economia, que nos mantêm em movimento. A vida mostrou o seu lado mais frágil, nos impondo novas regras, comportamentos inimagináveis, capazes de paralisar o mundo. Em tempos de Covid-19, precisamos não perder este olhar de compaixão diante do outro. O pessimismo é inimigo da esperança, da confiança e do entusiasmo. E sabemos que uma vida marcada pela tristeza não nos leva longe. Talvez tenha chegado a hora de reinventar a forma de trabalhar e aprender a lidar com mais disposição, aceitando, que o novo também pode ser aprendido e apreciado. Quem acredita que sairá desta crise global da mesma forma que entrou, irá se decepcionar, pois, “nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia”. O SINDIMETAL RS, sensível a todo este momento, também reavaliou práticas e precisou mudar a rota, que estava preestabelecida. O próprio informativo Espaço teve a sua circulação alterada, interrompendo a tradicional bimestralidade e retornando agora, com foco em orientações, artigos esclarecedores e conteúdos relevantes, além da divulgação de boas iniciativas, mesmo em tempos de Coronavírus. A tradicional Vitrine, que há 80 edições destacou as associadas, deu lugar às orientações e cuidados, que devemos ter no nosso dia a dia. A edição está repaginada, mas mantém o objetivo de apresentar informações relevantes às empresas, buscando ser um elo com o segmento. Tenhamos serenidade para enfrentar o que tiver que ser enfrentado. Que não percamos a essência e não nos afastemos dos nossos propósitos de vida. Podemos e merecemos sair mais fortalecidos deste episódio desafiador. Não estamos livres de viver novos desafios semelhantes, então, que tudo isso nos transforme e nos torne melhores como pessoas, como profissionais, como organizações. O mundo está carente de mais empatia. Então, façamos a nossa parte, lembrando, sempre, que vai passar! Acredite! Boa leitura! De frente para o inimigo editorial SINDIMETAL RS Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico de São Leopoldo PRESERVE O MEIO AMBIENTE Diretor Executivo: Valmir Pizzutti Relacionamento Institucional: Andrea Maganha Redação: Jornalista Neusa Medeiros (Mtb 5062) Informativo bimestral Tiragem: 300 exemplares Circulação: gratuita e dirigida Edição e Produção: Edição 3 Comunicação Empresarial Ltda. Gráfica: Impressos Portão Ltda. Fotos: divulgação Trabalhos assinados são de responsabilidade de seus autores. relacionamento@sindimetalrs.org.br www.sindimetalrs.org.br Í N D I C E E X P E D I E N T E PRESIDENTE Sergio de Bortoli Galera VICE-PRESIDENTES Arno Tomasini Jean Carlo Peluso Sofia Copé Heller Michel Valdir Luiz Huning Vitor Fabiano Ledur Volker Lübke SECRETÁRIO Roberto Petroll TESOUREIRA Caroline Capelão Vargas CONSELHO FISCAL - TITULARES Alexandre R. dos Santos Luiz Antônio Gonçalves Rubén Antônio Duarte CONSELHO FISCAL - SUPLENTES Andrea P. Gremes Pereira Gustavo Geremia Mauro Fernando Dutra DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À FIERGS TITULARES Raul Heller Sergio de Bortoli Galera SUPLENTES Volker Lübke Arno Tomasini DELEGADOS REPRESENTANTES Estância Velha/ Dois Irmãos/ Ivoti: Marcelino Leopoldo Barth Esteio / Sapucaia do Sul: Juliano Ilha Morro Reuter: Ronei Feltes São Sebastião do Caí/ Montenegro: Vitor Fabiano Ledur Sapiranga: Emilio Neuri Haag Vale Real: Roberto Petroll DIRETORIA | GESTÃO 2019 - 2021 02 - PONTO DE VISTA 10 - JURÍDICO E TÉCNICO AMBIENTAL 08 e 09 - INSTITUCIONAL 16 - ASSOCIADAS / ORIENTAÇÕES 05 - ECONOMIA 13 - JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO / CONTABILIDADE E CONTROLADORIA 06 - INSTITUCIONAL / ASSESSORIA 14 - ASSOCIADAS 07 - AÇÃO / INSTITUCIONAL 15 - ASSOCIADAS 03 - EDITORIAL 11 - JURÍDICO TRABALHISTA 04 - INSTITUCIONAL 12 - JURÍDICO TRIBUTÁRIO DIRETORES AdilsoKlaus ChristineLange DanielCarlosPereira DarlanGeremia EmílioNeuriHaag JulianoIlha LeonardoPedrosoFilho MarcelinoLeopoldoBarth MarceloMariani PedroPauloLamberty RobertoAlexandreSchroer RobertoDauber RoneiFeltes SandroMoraisNogueira UdoWondracek Rua José Bonifácio, nº 204 - 5º andar - Centro das Indústrias - São Leopoldo/RS - Fone (51) 3590.7700
  • 4. w w w . s i n d i m e t a l r s . o r g . b r 4 institucionalinstitucional Mudanças na rotina O s reflexos da propagação do Coronavírus, devastadores para a saúde e também para a economia, transformaram o dia a dia da população, das empresas e das entidades em geral. Aqui no SINDIMETAL RS, as atividades externas foram suspensas no dia 16 de março. As medidas preventivas visaram minimizar, dentro do nosso âmbito, a expansão do Coronavírus (Covid-19).Foramsuspensastodasasatividades do sindicato, que envolvem aglomeração de pessoas, como reuniões de diretoria e de grupos de trabalho, cursos e palestras, assim como as locações de espaços. A parada na rotina teve como objetivo apoiar as medidas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), considerando também as orientações recebidas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS). As reuniões de grupos, como Valemetalsinos e RH São Leopoldo, têm ocorrido de forma on- line, assim como a de diretoria. Outra medida adotada foi a redução de jornada da equipe administrativa, com ajustes de horários, sem alterar o atendimento, que permanece das 8h às 18h, com exceção da sexta-feira, em que o expediente encerra às 17h24min. Com o intuito de oferecer mais opções em prol da qualificação das equipes e em benefício das empresas, listamos os convênios em andamento, firmados com SENAI, IEHN, Grupo Uniftec, além de parceria também com a Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (ADVB/RS). SENAI–INSTITUTODEINOVAÇÃOSOLUÇÕESINTEGRADASEMMETALMECÂNICA – ISI SIM – SERVIÇOS METROLÓGICOS – Esta parceria prevê às empresas associadas, adimplentes com o SINDIMETAL e com o SENAI,  15% de desconto  sobre os preços vigentes dos serviços metrológicos, disponibilizados pelo Instituto. A iniciativa não disponibiliza acúmulo de quaisquer descontos e/ou subsídios concedidos, sempre valendo o melhor benefício possível para as empresas. O Laboratório de Metrologia é acreditado pelo Inmetro, desde 1983, sendo o 13º laboratório a receber tal reconhecimento. Também é validado pela Rede Brasileira de Calibração, sendo revalidado pela Rede Metrológica do Rio Grande do Sul. Possui diversos equipamentos de ensaios mecânicos e de calibração. Contatos no ISI SIM: e-mail   isi.metalmecanica.metrologia@senairs. org.br ou pelo fone (51) 3904-2691. GRUPO UNIFTEC – CENTRO UNIVERSITÁRIO E FACULDADES - Convênio de cooperação acadêmica para os funcionários das empresas associadas, adimplentes. O mesmo incentiva o acesso ao ensino, com 50% de desconto nas modalidades Presencial, EAD e Híbrida.  O Grupo UNIFTEC, composto pelas instituições de ensino Centro Superior de Tecnologia TecBrasil /UNIFTEC, em Novo Hamburgo;  Sociedade Educacional Rio Grandense e IBGEN Educacional, em Porto Alegre;  Centro Superior de Tecnologia TecBrasil, em Caxias do Sul e Reunião on-line - Valemetalsinos Bento Gonçalves, tem a missão de “oportunizar crescimento pessoal e profissional,pormeiodaeducaçãoparaomundodotrabalho;promover a atitude empreendedora e contribuir para o desenvolvimento humano sustentável”.          Conheça as opções de cursos: www.unifteconline.com.br. Contatos: (51) 3014-9713 / What’s: 99506-2420 / E-mail: uilianssilva@acad.ftec. com.br. INSTITUIÇÃO EVANGÉLICA DE NOVO HAMBURGO – IENH  - O respectivo convênio concede descontos no valor das mensalidades dos cursos oferecidos, exceto nas matrículas, rematrículas e taxas. O valor será de  30%, para os  empregados, que comprovarem vínculo com as empresas associadas adimplentes ao SINDIMETAL RS.  A IENH, Instituição Educacional, situada em Novo Hamburgo, é um espaço de educação com valores e vivências cristãs, com ênfase na liderança,noempreendedorismoenaresponsabilidadesocioambiental. Traz consigo marcos históricos embasados nos princípios e na filosofia da Rede Sinodal de Educação da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. É uma instituição pioneira e inovadora, com visão para o futuro. Acesse: www.institucional.ienh.com.br/  e conheça os cursos. Contatos NADE - Núcleo de Assessoria e Desenvolvimento Empresarial: (51) 3594-3022 l e-mail nade@ienh.com.br. ADVB - Empresas vinculadas ao SINDIMETAL, têm 20% de desconto nos cursos. www.advb.com.br Solicitar código promocional para: desenvolvimento2@sindimetalrs. org.br. Convênios
  • 5. s indimet a l@sindimetalrs.org.br 5 J á virou lugar-comum dizer que vivemos uma crise sem precedentes e diferente de outras. Quase 90% dos países enfrentarão uma recessão no ano de 2020 e cerca de 80% apresentarão retração no PIB per capita. Por exemplo, recentemente a economia americana registrou uma retração de 5% no PIB no primeiro trimestre e a França divulgou a expectativa de queda de 11% do PIB nesse ano. Já o relatório Focus, mostra uma perspectiva de contração de 6,25% para o Brasil em 2020. Parafraseando Paul Krugman, Prêmio Nobel em Economia, as economias foram colocadas em coma induzido pelos governos diante da opção de distanciamento social como resposta aos surtos de contágio. Agora que as economias parecem tentar acordar desse coma, nos resta tentar delinear o que será daqui pra frente. Nesse caso, devemos pensar num cenário de mais curto prazo, que diz respeito ao que pode acontecer nos próximos três meses, e outro cenário de médio prazo, tratando mais diretamente de 2021. Paraospróximostrêsmeses,entreosdiversosdesdobramentos possíveis, destacamos dois cenários que acreditamos serem os mais prováveis e que abarcam a maioria das possibilidades. O primeiro deles, mais otimista, e que parece ser o cenário base da maioria dos analistas, está alicerçado na hipótese de que o gradual processo de abertura e retomada da atividade iniciado em maio terá continuidade sem que haja um significativo impacto das segundas ondas de surto de Covid-19 sobre a atividade. Assim, surtos localizados teriam como resposta das autoridades públicas a retomada do distanciamento em algumas cidades, mas nada comparável com a paralisação de abril. Assim, a atividade retornaria com mais força já em junho e continuamente a partir do terceiro trimestre. O cenário alternativo, mais pessimista para o curto prazo, trata de abarcar a possibilidade de novos surtos com ondas de intenso fechamento da economia ao longo de todo o ano de 2020 até que se chegue a um elevado grau de imunização da população ou a um tratamento/vacina para a doença. Nesse caso, os impactos econômicos seriam ainda mais catastróficos, tendo em vista que a cada tentativa frustrada de abertura, os impactos econômicos se multiplicariam com pressões sobre as autoridades públicas para agirem com ainda mais rigidez. No cenário mais otimista conseguiríamos retornar ao patamar de fevereiro de 2020 até o final do primeiro semestre de 2021. No cenário alternativo teríamos um maior volume de perdas permanentes na nossa capacidade produtiva e seria necessário bem mais de um ano para reestabelecer o patamar anterior. É importante lembrar que as medidas lançadas pelo Governo Federal para amenizar os efeitos da pandemia na economia são paliativas, não evitam uma queda forte da atividade e perdas irrecuperáveis para as indústrias. As medidas mais agressivas são sociais e ajudam pouco as indústrias de forma direta. Por exemplo,apolíticadecréditomaiscontundente,aquelaemque o Governo arca com 85% do risco, foi destinada, inicialmente, apenas para as despesas com a folha de pagamentos, ou seja, para que a empresa pague o salário de um funcionário que muitas vezes está proibido de trabalhar. Veja que nesse caso o Governo quer que o empresário se endivide para fazer política social. Além disso, o Governo Federal tem poder de fogo limitado, a dívida pública se aproxima de 100% do PIB, o que é muito acima do que os demais países emergentes apresentam. O Instituto Fiscal Independente, ligado ao Senado, aponta um cenário de déficits fiscais durante toda a década de 2020, ou seja, as receitas serão insuficientes para pagar as despesas primárias levando ao crescimento da dívida pública. Não há dúvidas de que o desafio fiscal brasileiro para os próximos anos será gigantesco. Portanto, precisamos aprender a conviver e produzir num ambiente com o vírus. A dicotomia entre preservar vidas e a economia é falsa, inclusive no que se refere à perda de vidas, na medida em que há um dano permanente provocado pela depressão econômica. O cenário que esperamos para 2021 coloca o Brasil diante de um grande dilema. A necessidade das finanças públicas é de ajuste, mas a pressão popular, das corporações e o próprio legado da crise pressiona o Governo Federal para ampliar os gastos. Dois pilares sustentam a estabilidade econômica nesse períododecrise:oTetodosGastoseasReservasInternacionais. Sem eles, a turbulência desse momento teria sido ainda maior com efeitos mais permanentes sobre a estabilidade da economia. Deixando de lado o caso brasileiro também podemos pensar do ponto de vista das macrotendências. Sabemos que sempre depois de uma crise global, o mundo tende a apresentar reações que não são tão diretas como imaginamos. Preciso lembrar que ainda estamos no meio da pandemia e a sua duração total e número de vítimas será crucial para intensificar a forma como vamos significar esse momento. Do ponto de vista econômico, o que essa crise fez foi acelerar e ressaltar processos e comportamentos que já estavam acontecendo,aindaquedemaneiramaiscomedida.Nessecaso, não falo apenas da digitalização da economia, que acelerou as mudanças na educação, turismo de negócios e formas de consumo, mas também do comércio internacional. Nos últimos anos, já se observa uma tendência de deixar as fronteiras entre os países mais demarcadas por conta da intensificação nas disputas comercias e sociais. Agora, os defensores de uma economia mais fechada ganharam um palanque importante. A disputa entre segurança, através da internalização das cadeias produtivas, e eficiência, por meio da melhor exploração das vantagens comparativas, pode pender mais para segurança. O grande penalizado disso será o crescimento mundial de longo prazo, que tende a ser menor a partir de agora. economia Pensamentos econômicos no mundo pós-pandemia • Economista-chefe da FIERGS Dr. André Nunes de Nunes
  • 6. w w w . s i n d i m e t a l r s . o r g . b r 6 institucionalINSTITUCIONAL / ASSESSORIA Banco de Alimentos Vale do Sinos se reinventa em plena pandemia Segurança e Higiene do Trabalho núcleo regional do Banco de Alimentos Vale do Sinos, ativo na região desde o dia 11 de setembro de 2008, atende aproximadamente 70 instituições e entidades dos municípios de São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Esteio e Portão. A diretoria Executiva é presidida pelo Pe. Idinei Augusto Zen, da Unisinos, sendo que o empresário Sergio de Bortoli Galera é o presidente do Conselho de Administração do Banco de Alimentos Vale do Sinos, representando o SINDIMETAL, cujo mandato segue até 31 de dezembro de 2021. Os Bancos de Alimentos, uma iniciativa do sistema FIERGS, através da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais, são organizações sem fins lucrativos, que atuam minimizando a fome nas localidades onde estão instalados. Arrecadam, classificam, armazenam e doam alimentos às instituições beneficentes cadastradas (creches, asilos, lares de excepcionais, entre outros). O SINDIMETAL RS, juntamente com outras entidades representativas e empresas, é um de seus fundadores, além de mantenedor deste núcleo, que objetiva combater a desnutrição e a obesidade nas instituições, que atendem às comunidades carentes da região, elevando assim a saúde, o bem-estar, o respeito, a dignidade e a inclusão social das pessoas atendidas. Com a chegada da pandemia pelo Covid-19 houve a suspensão de uma ação importante, conhecida como Sábado Solidário, responsável pela arrecadação de muitos A indústria gaúcha necessita, mais do que nunca, de estímulo, cooperação e apoio para seguir investindo e se desenvolvendo, sempre em busca de novos mercados. Acompanhe as iniciativas do SESI, SENAI, IEL e SEBRAE em suas respectivas plataformas. Entre as opções, cursos EAD, rodada virtual de oportunidades para negócios e outros materiais gratuitos. Consulte também sobre o Programa de Recuperação Empresarial do SEBRAE: (51) 3588-9300. O alimentos, que movimentava uma corrente de voluntários. As doações tiveram uma sensível redução, consequência do impacto econômico e do isolamento social. Segundo o coordenador do Banco de Alimentos VS, Jair João Reginato, neste ano, maisprecisamenteatémaio,ascaracterísticas de doações e distribuição tem tido uma conotação diferenciada dos anos anteriores. “Nossa arrecadação decorreu de doações financeiras (em torno de R$27.600,00), que revertemos em compra de cestas básicas e, também, de doações em cestas básicas propriamente ditas”, afirma Jair. DOAÇÕES - Até o momento, deram entrada e foram distribuídas em torno de 1.310 cestas básicas. Essas cestas, distribuídas às instituições (e delas para as famílias), representam em média 29.213 kg/l e atendem, também em média, a 3.900 pessoas. Além das cestas básicas, algumas instituições foram atendidas com alimentos a granel, em torno de 5.600 kg proveniente de doações. “Em resumo, distribuímos 27.900 kg, beneficiando mais de 5 mil pessoas, somando o benefício/retorno social é equivalente a R$69.750,00, sendo cada quilo de alimento equivalente (em média) a R$2,50. No valor correspondente em R$, não estão considerados todos os benefícios oferecidos às comunidades, relativos as ações educativas em saúde e nutrição voltadas a segurança alimentar e nutricional das mesmas. “Além dessas ações diretas, estamos recebendo apoio (indireto) de diversas empresas da região. Mesmo com esta movimentação, o Banco de Alimentos VS segue necessitando de doações. Na 2ª quinzena de maio, houve uma sensível redução, motivo que exige um permanente monitoramento, para que as famílias possam ser mantidas regularmente. Lembrando que uma cesta básica, para uma família de quatro pessoas, dura em torno de 15 até 20 dias. É preciso mais do que nunca reforçar os estoques e garantir a distribuição para as famílias necessitadas. Para quem desejar realizar doações pessoalmente, o horário de atendimento (recepção e doação) é das 8h às 11h, de segunda a sexta-feira. As doações a granel podem ser feitas diretamente na respectiva sede localizada na Rua Dr. Hillebrand, nº 595 (esquina com Rua Assembleia Provincial) – bairro Rio dos Sinos, em São Leopoldo. Já as doações financeiras podem ser efetivadas diretamente na conta corrente, preferencialmente identificando o nome do depositante: Banco de Alimentos Vale do Sinos CNPJ. 10.416.700/0001-15 Banco do Brasil S/A Agência 0185-6 Conta Corrente: 80000-7 Participe e seja um elo forte nesta corrente do bem! AGENDAS ON-LINE Atendendo a determinação da Secretaria de SaúdedoEstadodoRioGrandedoSul-Portaria da SES Nº 283/2020, a Planin – Planejamento Industrial, Segurança e Higiene do Trabalho, sob a responsabilidade do engenheiro de Segurança do Trabalho, Ivan Silveira, apresentasugestãodePlanodeContingência. O mesmo tem como objetivo descrever as ações de Prevenção, Monitoramento e Controle de Transmissão do Covid-19. A Planin segue à disposição para consulta e orientação, sem custo para as empresas. O referido Plano está disponível para download em https://bit.ly/2ATWLqe.
  • 7. s indimet a l@sindimetalrs.org.br 7 AÇÃO / INSTITUCIONAL Convenções Coletivas em tempos de Covid-19 F oramconcluídas,comêxito,nodia08demaio,todasasnegociações coletivas, especificamente com relação às cláusulas de conteúdo não econômico, excetoacláusularelativaaoDescontoAssistencial dos Sindicatos Profissionais. A iniciativa foi realizada com todo o empenho, conhecimento e transparência pela entidade, em conjunto com a Assessoria Jurídica Trabalhista, através do advogado Cláudio Roberto de Morais Garcez. AabrangênciaseestendeuàscincobasesrepresentadaspeloSINDIMETAL RS: São Leopoldo, Novo Hamburgo, Sapiranga, São Sebastião do Caí e Montenegro. Foram firmadas duas Convenções Coletivas para cada base, a Extraordinária – Covid-19 e a Ordinária. Aspectos importantes foram acordados, como forma de auxiliar as empresas nesse momento difícil, que tem exigido tanto de todos. A base de São Leopoldo tem data base em 1º de julho e as demais, no dia 1º de maio. Considerando que os sindicatos devem atuar para fomentar a adoção de medidas preventivas para minimizar a disseminação do vírus, preservar a saúde dos trabalhadores e a manutenção de empregos e empresas, a iniciativa da CCT Extraordinária, Covid-19 foi de suma importância para o segmento.Numasituaçãotãoatípica,comoaqueestamosvivendo,deve prevalecer o bom senso. Por essa razão, as partes convencionaram que, no período da pandemia, em complemento e alternativa à convenção coletiva de trabalho em vigor e à legislação emergencial até o momento editada, para o enfrentamento da situação, estabeleceram os novos regramentos. As convenções podem ser acessadas no site da entidade: www.sindimetalrs.org.br/servicos/convencoes-coletivas/ Para ampliar os esclarecimentos foi realizada, no dia 12 de maio, uma reunião on-line referente às respectivas Convenções Coletivas. DEPOIMENTOS DAS ASSOCIADAS Juliano Ilha – Diretor da Artestampo – É decisivo e impensável, em momentos como este que estamos vivendo, não ter ao nosso lado uma entidade, que representa nossas empresas com a humanidade e sabedorianecessáriaparabuscaramelhoralternativafrenteaosdesafios desaúdeeeconômicosparaosnossosprofissionaiseempresas.Ressalto o empenho do nosso time executivo e assessoria jurídica do SINDIMETAL quenãomedemesforçosparaarticularcommaestriaamelhoralternativa de acordos coletivos, que possibilitam a garantia maciça de empregos e de sobrevida às nossas empresas. Embora tudo que já tenha sido feito com total pioneirismo e austeridade, as organizações e as pessoas ainda precisam de mais segurança, desta forma sendo necessário que os acordos, estabelecidos até o momento, sejam prorrogados até que tenhamos a normalidade nos mercados, que consomem nossos produtos/serviços. Volker Lübke – Diretor da Ferramentas Gedore – Este ano a negociação do SINDIMETAL com o sindicato laboral foi de extrema importância para a Gedore, viabilizando ações de flexibilização para nos adequarmos à situação de crise causada pela pandemia do Covid-19. Primeiramente a convenção extraordinária de 20 de março veio em tempo para a primeira ação urgente em que paralisamos nossas atividades através de férias coletivas. Em relação às negociações fechadas em início de maio, acredito que elas dão segurança jurídica para a empresa no uso dos recursos disponibilizados através da MP 936 e que estamos usando para nos adequar a este cenário de total incerteza. A Gedore, em função de sua necessidade específica, acabou antecipando uma negociação direta com o sindicato laboral ainda em fim de abril. Por isto para nós o acordo geral veio um pouco tarde demais, pois teríamos preferido estar alinhados com o coletivo. Na minha opinião este momento está mostrando a importância de termos uma entidade forte para capitanear os interesses do setor industrial, ajudando as empresas a sobreviverem a mais esta crise e, como consequência, a salvar empregos no setor industrial. Emílio Neuri Haag - Sócio-Administrador da Metalúrgica Loth – Quero manifestar a minha satisfação por participar do SINDIMETAL, em razão do suporte qualificado e diferenciado que o mesmo proporciona aos seus associados. As assessorias são de primeira qualidade e os responsáveis sempre solícitos e prontos a solucionar os problemas e a esclarecer as dúvidas. Quero parabenizar também a comissão de negociação dos Dissídios, que se supera a cada ano, fechando acordos que atendem os interesses da categoria. Cláudio Guenther – Presidente da Stihl – As convenções coletivas nos deram flexibilidade para enfrentar o Covid-19 e tempo hábil para os protocolos de segurança. O banco de horas e a concessão de férias possibilitaramaimplantaçãodemedidasnecessárias,evitandodemissões. Com negociações individuais, perdemos força nas negociações coletivas. Juntos somos mais fortes. Diretor Executivo Valmir Pizzutti e advogado Cláudio Garcez
  • 8. w w w . s i n d i m e t a l r s . o r g . b r 8 INSTITUCIONAL O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico de São Leopoldo (SINDIMETAL RS), formado por 35 municípios, abrange em sua base territorial, aproximadamente mil empresas. A entidade, com reconhecido destaque no Estado e no País, tem movimentado todos os esforços para minimizar o atual momento econômico, juntoàs filiadaseassociadasdoseusegmento. Com a saúde da população tão exposta e em meio a tantos desafios, no tocante às incertezas econômicas, vemos um ciclo, que lentamente estava tentando se reinventar, neste início de 2020, sofrer um forte abalo. A produção industrial brasileira caiu 18,8% em abril, na comparação com o mês anterior, refletindo os efeitos do isolamento social, iniciado em meados de março, para controle da pandemia de Covid-19. Desde o início da série histórica, em 2002, essa é a queda mais intensa da indústria, e o segundo resultado negativo seguido, com perda acumulada de 26,1% no período. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada no dia 03 de junho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), indicador de atividade calculado e divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), divulgou também na mesma data, a queda em abril de 13,2%, na comparação com março, quando já havia recuado 10,3% ante o mês anterior. As duas taxas são recordes negativos, levando a atividade industrial em abril, pelo segundo mês seguido, ao menor patamar da série dessazonalizada (desde 2003). Como é possível verificar, os reflexos da pandemia na indústria gaúcha se intensificaram e os indicadores industriais mostram um novo quadro, no momento ainda com forte declínio, mesmo considerando as políticas de estímulo do governo. Em tempos de pandemia do Coronavírus (Covid-19) e no atual contexto econômico, o presidente da entidade, empresário Sergio Galera, analisa a situação e seus reflexos especificamente no setor metalmecânico e eletroeletrônico. Confira! 1 -  O avanço da pandemia pelo Covid-19 tem sido rápido. Desde março, o número de municípios com casos confirmados aumentou significativamente, assim como o de pessoas atingidas. Como o SINDIMETAL RS tem conduzido, junto às  empresas associadas e filiadas, as questões pertinentes ao assunto? Desde o início da pandemia procuramos manter um diálogo com as indústrias e também mantê-las informadas, através das nossas mídias sociais, das medidas governamentais que estão sendo implantadas, tanto na área da saúde, trabalhista, fiscal e econômica. O SINDIMETAL  também foi uma das primeiras entidades associativas a fazer uma convenção coletiva emergencial, para as indústrias manterem suas atividades com segurança jurídica e com a preservação da saúde dos trabalhadores. Orientamos as empresaseempregados,para que atentem, dentro de suas possibilidades, às medidas de saúde e segurança sugeridas, no intuito de preservar e proteger a saúde de todos e permitir que as empresas exerçam suas atividades de forma segura, para toda a sociedade. 2 – Que medidas estão sendo tomadas pelas empresas para minimizar os efeitos, causados pela pandemia, para que, na medida do possível, sigam produzindo e preservando os respectivos empregos? O setor industrial sempre foi muito cuidadoso com a saúde do trabalhador. O EPI é um item obrigatório e já utilizado há muitos anos no setor fabril (luvas, máscara, óculos de proteção, sapatos de segurança).  Com a pandemia do Covid-19 foi acrescentado o álcool gel, o distanciamento e medição de temperatura, também foi estendido para os setores administrativos o uso de máscaras e álcool gel, e a prática de lavar as mãos com sabão mais vezes, além de higienização diária das áreas comuns e não compartilhamento de copos, pratos e talheres. As empresas devem fazer um trabalho de conscientização dos seus funcionários, alertando que devem manter estes cuidados também fora da mesma. 3 - As empresas vão ter que passar por uma transformação para continuar atuando no curto e no médio prazo. E o que temos notado é que esse processo envolve não Presidente analisa a e do setor em tem Presidente Sergio Galera
  • 9. s indimet a l@sindimetalrs.org.br 9 INSTITUCIONAL apenas acesso à tecnologia, mas também uma gestão voltada para a mudança, com a criação e a adaptação de produtos que atendam às necessidades do novo consumidor. Quais caminhos poderão ser seguidos pelo setor? No primeiro momento, as empresas vão ter que sobreviver a esta pandemia. Já passamos por várias crises, esta é diferente, vai deixar sequelas, mas temos que nos adaptar o mais rápido possível às mudanças. Para a maioria, a retomada da economia vai ser lenta. A tecnologia sozinha não soluciona todos os problemas. Precisamos de pessoas qualificadas para fazer esta mudança. A inovação exige conhecimento e investimento. O SINDIMETAL há anos vem falando e trabalhando neste sentido que é a qualificação do trabalhador. A palavra educação está no nosso DNA, e neste momento de mudanças e transformações, ficou muito claro a fragilidade educacional. O País precisa fazer investimentos para mudar este cenário. O e-commerce no varejo é muito rápido, mas a implantação na indústria é um pouco mais complexa, especialmente no nosso setor metalmecânico e eletroeletrônico, onde pequenas indústrias são fornecedoras de componentes para grandes empresas, trabalhando produtos com especificações técnicas definidas pelo cliente. O home office, nas áreas não fabris, parece que vai ser muito utilizado a partir de agora, reuniões virtuais também, menos custos com deslocamentos e decisões mais rápidas. 4 – Como empresário estás satisfeito com as políticas de crédito disponíveis, flexibilização trabalhista, além de prorrogação da cobrança de impostos?  Com relação ao crédito, o governo lançou algumas linhas, a primeira para pagamento de folha, mas com limitação para empresas com faturamento de R$ 360.000,00 a 10.000.000,00, e para empresas que já operavam a folha com o banco, exigindo também garantias com relação ao crédito e garantia de emprego, isso limitou o número de empresas que conseguiram (36,9%). Com relação a capital de giro, a dificuldade foi muito grande. Neste momento de incertezas, os bancos foram mais exigentes para liberar o crédito. Está difícil de chegar na ponta. O governo está lançando novos planos (com fundos garantidores e menos exigências de CND’s; ex: Pronampe) que precisam ser regulamentados e operacionalizados com os agentes financeiros, para ver se o dinheiro chega na ponta final. A flexibilização trabalhista, através da MP 936, ajudou bastante, através da suspensão e redução de jornada, mas a maioria das empresas entende que tem que ser prorrogado este prazo. A prorrogação dos impostos ajuda muito neste momento de queda na atividade industrial, mas lembrar que foi prorrogado e mais tarde teremos que pagar. 5 - Como a alta do dólar está afetando a indústria? E as exportações? A alta do dólar, como sempre, beneficia alguns e prejudica outros, mas hoje, com a globalização, a maioria das indústrias têm componentes importados, isso impacta diretamente nos custos. Para quem exporta é um ganho, mas hoje o mundo está parado, poucas indústrias estão exportando, com exceção de empresas ligadas ao agronegócio e higiene/saúde. A alta é interessante para substituir importações, mas no curto prazo isso não acontece. As reformas precisam ser implementadas pelo governo para reduzir o custo Brasil, não é somente o aumento do dólar, que vai resolver. 6 – As perdas econômicas no setor, resultantes deste período de pandemia, seguem desafiando os empresários? Qual tem sido o patamar (índice) verificado? O SINDIMETAL tem uma área de abrangência de 35 municípios, alguns tiveram a proibição total de suas atividades, outros de forma parcial. Em função disto, teremos perdas que podem  variar de 10% a 70%. Também outro fator, que impacta bastante, é o fato do comércio estar fechado, (está sendo flexibilizada a abertura) não tem consumo, não tem reposição, os pedidos desaparecem.            Um dos setores mais atingidos na nossa base é o setor de máquinas e fornecedores para indústria automotiva (que está retomando em 15 de junho suas atividades de forma parcial). Indústrias fechadas e outras trabalhando de forma reduzida, não investem na compra de máquinas, estes pedidos são postergados para quando a economia retomar. 7 - O governo estadual implantou um plano de distanciamento controlado, com base no cruzamento de dados e indicadores, para definir a política de distanciamento a ser aplicada em cada uma das macrorregiões gaúchas. A meta é priorizar a vida com a retomada da atividade econômica sendo monitorada. Qual a sua opinião sobre esta iniciativa? Sempre defendemos esta ideia, da preservação da vida e da saúde dos trabalhadores, sem a paralisação total das atividades. A atividade econômica  pode ser retomada de forma gradual e controlada, pois grande parte da população vai ser atingida pelo desemprego e muitos negócios vão fechar e não sabemos se terão condições de retornar. 8 - Existe uma data prevista para a retomada das atividades presencias, como reuniões e eventos, no SINDIMETAL RS? Quais medidas e também cuidados serão adotados para que isso aconteça com a máxima segurança? Apesardeestarmossentindofaltadoconvívio com os diretores e demais industriais, as reuniões e demais atividades com público externo, ainda vamos aguardar com mais clareza os resultados da pandemia. Uma coisa que aprendemos durante a pandemia foi fazer reuniões de maneira não presencial, através das mídias sociais, o que provavelmente será aprimorado de agora em diante. situação econômica mpos de pandemia
  • 10. w w w . s i n d i m e t a l r s . o r g . b r 10 institucionalJURÍDICO E TÉCNICO AMBIENTAL As ações ambientais em tempos de pandemia da Covid-19 E mpreendedor: é importante destacar que os requisitos ambientais devem ser continuamente atendidos, mesmo com a problemática advinda da Covid-19. Algumas matérias foram flexibilizadas, tais como datas de atendimento e outras. Contudo, essas alterações são pontuais e não atingiram todas as esferas sociais e obrigacionais. Por oportuno, algumas legislações foram publicadas de modo a adaptar a sociedade ao novo cenário nacional e regional, ante as decretações de emergência e calamidade pública. Abaixo estão, de forma resumida, algumas matérias que foram desenvolvidas durante o período atual de pandemia da Covid-19. Os agendamentos de reuniões entre os técnicos e empresas, assessorias e demais interessados estão sendo viabilizados por videoconferência, mediante acesso à página da FEPAM junto ao sítio eletrônico: https://bit.ly/2YZ04ob. Ainda, os processos administrativos estão sendo agilizados para facilitar o atendimento dos requisitos legais de forma segura. Já está disponível, no sítio eletrônico da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM) uma nova ferramenta que possibilita a juntada on-line de documentos físicos. Os processos físicos que já tramitam na FEPAM poderão ter a juntada de documentos de forma eletrônica, pelo link https://bit.ly/3hSPpnO. Mesmo com a juntada on-line, verificou-se da necessidade de suspensão dos prazos processuais aos pedidos de licenciamento ambiental, durante o Estado de Calamidade Pública causado pela Covid-19. Esta determinação administrativa foi regulamentada pela Instrução Normativa nº 02/20 do Conselho de Administração da FEPAM, com dispôs que ficam suspensos, pelo prazo de trinta dias a contar da publicação (04 de maio de 2020) os prazos para juntadas de documentos, relatórios e condicionantes dos processos com licenciamento SOL, bem como processos físicos, formulados junto à FEPAM, independente da fase e em que se encontrarem, desde que não afetem à condição ou possam prejudicar ao meio ambiente. Também em relação aos prazos ambientais, no interesse público e na preservação da vida, prevenção de riscos e do enfrentamento à pandemia, foi publicada a Resolução n° 004/2020 do Conselho de Administração da FEPAM, que dispõe sobre a prorrogação das licenças ambientais por 30 (trinta) dias corridos, com vencimento entre os dias 22 de abril e 19 de setembro de 2020 no âmbito de competências da FEPAM. As prorrogações das licenças ambientais ocorridas em consequência dos pedidos de renovação com antecedência mínima de 120 dias, conforme estabelece a Lei Complementar nº 140/2011, permanecem válidas até a manifestação definitiva da FEPAM, destacando os seguintes casos: I. Aqueles que já solicitaram a renovação da Licença Ambiental conforme o prazo fixado na respectiva licença; II. Aqueles que solicitarem a renovação da Licença Ambiental dentro do prazo de 120 (cento e vinte) dias durante o período de supramencionado; III. Aqueles que solicitarem a renovação da Licença Ambiental até 90 (noventa) dias corridos antes da expiração do prazo de validade fixado na respectiva licença, extraordinariamente em decorrência da prorrogação por 30 dias corridos conferida no art. 1° desta portaria. Porém, é importante destacar que mesmo com a prorrogação da renovação da Licença Ambiental, o empreendedor é responsável por atender às condicionantes ambientais da licença prorrogada, bem como de manter os sistemas de controle ambiental em funcionamento, garantindo-lhes a manutenção, caso necessário, visando à prevenção da poluição. Além do âmbito Estadual foram publicadas matérias no âmbito Federal relacionadas com a competência do IBAMA. Foi publicada a Portaria nº 826/2020, que determina a suspensão, por tempo indeterminado, dos prazos processuais nos feitos físicos e eletrônicos que tramitam desta autarquia, a partir de 16 de março de 2020. Considerando a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente da Covid-19, também foi publicada pelo IBAMA a Instrução Normativa nº 12/2020 (de 25 de março de 2020), que prorroga o prazo regular para a entrega do Relatório Anual de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais - RAPP de 2020 (ano-base 2019), até 29 de junho de 2020. Vale lembrar que o RAAP é um instrumento de coleta de informações com objetivo de colaborar com os procedimentos de controle e fiscalização ambiental. E que o seu preenchimento e entrega são obrigatórios para pessoas físicas e jurídicas que exercem atividades sujeitas à cobrança de Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA). Considerando o cenário complexo e incerto, decorrente das implicações da pandemia, é possível que novas determinações nos âmbitos federal, estadual e municipal sejam estabelecidas em atualização aquelas já publicadas em enfrentamento da Covid-19. Portanto, faz-se necessário a intensificação do acompanhamento da legislação vigente ambiental. Para saber mais informações específicas sobre o assunto faça sua consulta via remota às áreas jurídicas e técnicas no SINDIMETAL conforme necessidade. Ana Curia CREA 104376-D Eduardo Gaelzer OAB/RS 58.660 • Engenheira Química da Bee Assessoria e Consultoria Ltda., Assessoria Técnica Ambiental da entidade. • Advogado integrante da equipe de profissionais do escritório Garcez Advogados Associados – Assessoria Jurídica do SINDIMETAL RS, nas áreas Trabalhista, Ambiental e de Representação Comercial.
  • 11. s indimet a l@sindimetalrs.org.br 11 jurídico trabalhista Aspectos sobre Contratos de Representante Comercial Foro Competente para Ajuizamento de Ação Judicial N o Brasil a regulamentação da atividade de “Representação Comercial” ocorreu com a edição da Lei 4.885 de 9 de dezembro de 1965 – que organizou a profissão, retratando na época um enorme avanço diante do então existente vazio institucional sobre a matéria, sendo o texto original alterado posteriormente pelas Leis 8.420/1992 e 12.246/2010. A questão do foro competente para o ajuizamento de ação judicial pelo representante comercial foi regulada originalmente no art. 39 da Lei 4.885/65, nos seguintes termos: “Para julgamento das controvérsias que surgirem entre representante e representado, é competente a Justiça Comum”. Em razão do que dispunha a lei e até sua alteração (ocorrida em 1992, pela Lei 8.420), aplicava-se a regra geral de competência de foro, ou seja, a ação era proposta no foro de domicílio do réu (representada), de acordo com os exatos termos dispostos no art. 94, do CPC (de 1973, vigente à época): “A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens móveis serão propostas, em regra, no domicílio do foro do réu”. Contudo, com a edição da Lei 8.420/1992, o art. 39 da Lei 4.885/65 teve sua redação drasticamente modificada, passando a ser competente para o julgamento das ações o foro de domicílio do representante: “Para julgamento das controvérsias que surgirem entre representante e representado é competente a Justiça Comum e o Foro do domicílio do representante, aplicando-se o procedimento sumaríssimo previsto no art. 275 do Código de Processo Civil, ressalvada a competência do Juizado de Pequenas Causas”. Emboraaalteraçãolegislativavigorante,oscontratantespermaneceram estabelecendo a cláusula contratual de “eleição de foro” – prevista no art. 111 do CPC/1973 (então vigente), ou seja, aquela através da qual as partes escolhem, já na assinatura do pacto, o local onde poderão ser ajuizadas ações em caso de futura inconformidade de uma das partes. Contudo, em razão do quanto previsto na lei específica (art. 39 da Lei 4.886/65, alterada pela Lei 8.420/92), muitas decisões judiciais foram proferidas no sentido de afastar o ajuste contratual (eleição de foro) e fazer valer a regra legal – em que pese a natureza interempresarial da relação em debate. Em 2015, foi editada a Lei 13.105 – Novo Código de Processo Civil, estabelecendooseuart.63que:“Aspartespodemmodificaracompetência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta a ação oriunda de direitos e obrigações. § 1º - A eleição de foro só produz efeitos quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico. § 2º - O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes. § 3º - Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessadosautosaojuízodoforodedomicíliodoréu.§4º-Citado,incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão”. A redação da lei processual civil passou a ser mais abrangente sobre a possibilidade das partes estabelecerem a alteração do foro quanto ao território (eleição de foro); contudo, ainda poderão haver discussões sobre o tema, levando a decisões no sentido de que deva prevalecer a regra da legislação especial e específica (Lei 4.886/65), pois interpretada doutrinária e jurisprudencialmente como mais benéfica ao representante. Outro argumento enfrentado nas decisões judiciais para afastar o foro de eleição consiste em que o estabelecido contratualmente poderia dificultar de sobremodo o acesso do representante comercial ao Poder Judiciário. No entanto, o aludido argumento de dificuldade de acesso ao Poder Judiciário, não pode ser analisado tão somente sob a ótica do representante comercial (especialmente quando tratar-se de uma pessoa jurídica), já que a aplicação da letra fria da lei, pode ensejar comportamentos abusivos por parte do representante comercial (ajuizando ação em local de muito difícil acesso, apenas por estar localizado dentro da sua zona de atuação), ensejando assim dificuldades processuais para a parte adversa, como por exemplo, a produção de uma prova pericial, em face da natureza das mercadorias negociadas, já que estas, via de regra, são localizadas na sede da representada. Inclusive, na hipótese de ação ajuizada perante a Justiça Cível – na qual figuram na relação processual duas pessoas jurídicas, já se verificam decisões proferidas em sentido favorável a manter o foro eleito pelas partes como sendo o competente para o ajuizamento da ação. Neste sentido as seguintes decisões: “REPRESENTAÇÃO COMERCIAL. EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA. CLÁUSULA DE ELEIÇÃODEFORO.ABUSIVIDADE.NÃOCONFIGURADA.NASCIRCUNSTÂNCIAS. Consoante a jurisprudência do STJ, cuja função constitucional precípua é a uniformização da interpretação da legislação infraconstitucional (Constituição da República, art. 105, inc. III), e o art. 39 da Lei 4.886/1965, que fixa o foro do representante para dirimir as controvérsias oriundas do contrato de representação comercial, estabelece hipótese de competência relativa, podendo o foro nela previsto, por conseguinte, ser livremente alterado pelas partes contratantes. Verificando-se que a cláusula contratual de eleição de foro não dificulta sobremodo o acesso da parte representante comercial ao Judiciário, é de ser observado o foro contratual. AGRAVO PROVIDO. (Agravo de Instrumento nº 70064959778, Décima Sexta Câmara Cível, TJ/RS, Relator Paulo Sérgio Scarparo. Julgado em 16/07/2015).” “AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA. O egrégio Superior Tribunal já se pronunciou acerca da viabilidade da inclusão de cláusula de eleição de foro, mesmo nos contratos de representação comercial. (Agravo de Instrumento nº 70065863730, Vigésima Câmara Cível, TJ/RS, Relatora Walda Maria Melo Pierro. Julgado em 16/08/2015).” E, ainda, como mais um argumento pode-se respaldar a validade da eleiçãodeforocombaseementendimentodoSupremoTribunalFederal, consubstanciado na Súmula 335: “É válida a cláusula de eleição de foro para os processos oriundos do contrato”. Assim, em face da natureza interempresarial do contrato deve ser defendida a prevalência da cláusula de eleição de foro, acertada no instrumento contratual de representação comercial, considerando-se que a vulnerabilidade, prevista na legislação de 1992, não se mostra absoluta em matéria de eleição de foro, embora a matéria ainda enfrente controvérsia nos Tribunais. Alexandra Noss Pacheco OAB/RS 46.802 • Advogada integrante da equipe de profissionais do escritório Garcez Advogados Associados – Assessoria Jurídica do SINDIMETAL RS, nas áreas Trabalhista, Ambiental e de Representação Comercial.
  • 12. w w w . s i n d i m e t a l r s . o r g . b r 12 institucionaljurídico tributário A economia do conhecimento: o ser humano será dispensável? insuficiente, isso se mostra devidamente estimulante aos seus múltiplos autores, em face à possibilidade de imaginá- la e livremente erigi-la. Eis o grande desafio! Justamente por se referir a algo em construção, há de se levar em consideração a ressalva de Mangabeira Unger, segundo o qual a economia do conhecimento ainda se apresenta, hoje, “sob forma limitada de ilhas e franjas que ocupa nos distintos setores da economia”. Em vista disso, “somos tentados a identificá-la com sua expressão mais familiar: a indústria de alta tecnologia” e isso estaria restrito a “um pequeno grupo de megaempresas globais e por um segmento adjacente de empresas emergentes.” O trabalhador típico do Século XX, remanescente ainda, principalmente nas economias não desenvolvidas, foi “posto a trabalhar como se fosse mais uma de suas máquinas mimetizando seus movimentos repetitivos ou suplementando-os com atividades diferentes, mas analogamente formulaicas” (UNGER, 2018, p. 47). Em vista disso, o desafio que se apresenta é que a economia do conhecimento possa romper com as amarras que até o momento fizeram-na se moldar-se em franjas insulares, beneficiando apenas aos grandes conglomerados e algumas pessoas que foram exitosas na tarefa de usufruírem – quase exclusivamente para si – os benefícios da nova organização da economia. Se este caminho for buscado, o ser humano continuará a ocupar o espaço central neste processo. É certo, que máquinas podem ser melhores que os homens para a execução de tarefas repetitivas, porém jamais poderão substituí-los em relação à capacidade de imaginar, de descobrir, ou seja, na criatividade transgressiva e visionária, que são imprescindíveis à denominada Economia do Conhecimento. Para comprovar isso, basta fazer o seguinte exercício mental distópico: suponhamos que o ser humano deixe de existir e a Terra seja dominada, exclusivamente, por máquinas. Como seria o planeta azul daqui a duzentos anos? Provavelmente, igual ao que é hoje, pois a máquina (por mais sofisticada que seja) consegue apenas reproduzir, mas não imaginar, transgredir. Enfim, tudo indica que nesta nova era, não obstante a reconhecida importância da tecnologia, o ser humano continuará a desempenhar o papel principal e as máquinas continuarão na condição de coadjuvantes, dentro do extraordinariamente enredo que vem sendo construído por múltiplos autores. Este, pois, é o espaço da esperança! J á não é mais nenhuma novidade dizer que o trabalho mudou. Também, nenhum ineditismo de se reconhecer que as relações de trabalho mudam paralelamente ao próprio capitalismo. Ora como causa, ora como efeito, o fato é que capital e trabalho convivem, em desarmonia (ou harmonicamente às vezes) desde um tempo que não é possível claramente precisar. Esse imbricamento tendencialmente conflituoso está em constante mutação, de tal sorte que, não se consegue pensar no amanhã a partir de critérios presentes, tampouco consegue-se pensar em uma sociedade, cuja forma de trabalhar permaneça estática. Basta lembrar como se deu a Revolução Industrial, o período das duas grandes guerras, bem como o pós-guerra, para se perceber como a velocidade desta mudança foi acelerada. Se, no decorrer do Século XX, o processo ocorrido nas relações laborais foi muito rápido, o que há de se dizer com o início do Século que o sucedeu? Em que pese seja difícil definir seu início, a Revolução Tecnológica (ou agora denominada de digital) tem provocado alterações em todas as searas da vida humana. Obviamente, isso produz natural angústia, uma vez que não se consegue acompanhá-la, sequer denominá-la adequadamente e, muito menos, imaginar para aonde levarão os caminhos ora trilhados, mesmo que alguns visionários assim o façam, com todos os riscos lhes são inerentes. Em tempos recentes, criou-se relativa convicção que se está a viver no campo econômico - com reflexos em todos os aspectos da vida humana - o surgimento da denominada economia do conhecimento, aquela que está a mudar tudo que até o momento foi construído pelo homem, sem quaisquer limitações de possibilidades futuras. Uma economia baseada no conhecimento, afirmam David e Foray, é aquela que investe no capital humano e no capital social. Relaciona-se, pois, a uma economia que estimula a capacidade de inventar e inovar para gerar novos conhecimentos e promover ideias que se transformam em produtos, processos e organizações capazes de promover o desenvolvimento, a fim de criar bem-estar e resolver as dificuldades econômicas na sociedade (2002, p. 472). Ou pelo menos deveria ser. Na nova economia, a tradicional dicotomia “capital e trabalho” é superada e não constitui o problema central da geração de riqueza. Certamente, capital e trabalho são necessários para a produção de bens, mas o conhecimento é a base ou essência da economia. Se fosse necessário encontrar uma palavra-chave para economia do conhecimento, entre as mais merecedoras desta escolha, provavelmente o termo “inovação” despontaria com natural proeminência, indicando os rumos a serem perseguidos. Quando se diz que se está a rumar, significa reconhecer a grandiosidade do que ainda está por vir, pois entre a tantas “coisas”, em relação as quais não é possível saber, estão os contornos definitivos dessa verdadeira “obra sem autor” (ou com múltiplos autores), nem quando será possível dizer que estará acabada, muitíssimo menos quando haverá de ser superada. Vive-se, pois, uma transição e como tal, se está a viver algo, essencialmente, inacabado. Ao invés de parecer Marciano Buffon OAB/RS 34.668 • Advogado da equipe Buffon, Furlan & Bassani Advogados Associados – Assessoria Jurídica do SINDIMETAL RS, na área Tributária.
  • 13. s indimet a l@sindimetalrs.org.br 13 • Advogada da Toffoli Assessoria e Consultoria - Assessoria Jurídica do SINDIMETAL RS, na área Previdenciária. Jucemara Toffoli OAB/RS 8.345 Planejamento Previdenciário PROCEDIMENTOS EMPRESARIAIS (Covid-19) C om as grandes alterações trazidas pelas mudanças na Legislação Previdenciária, um planejamento previdenciário se torna cada vez mais necessário, seja no âmbito pessoal, seja no âmbito empresarial. O patrimônio previdenciário dos funcionários dentro de uma empresa necessita ser analisado para que ela possa até mesmo, desligar um funcionário com tranquilidade, evitando prejuízos para o funcionário e principalmente para a empresa. Um planejamento de aposentadoria resolve-se, por vezes, apenas com um olhar no passado, mudando o presente. De fato, há casos em que uma simples atuação na vida pregressa do funcionário, consertando seu histórico contributivo, já é suficiente para alteração da realidade presente. Para a empresa é muito importante ter o conhecimento de efetivamente quanto tempo o funcionário tem de tempo de serviço, quanto deste tempo poderá ser utilizado como atividade especial e possivelmente utilizado na conversão do tempo, levando em consideração a garantia de emprego pré-aposentadoria estabelecida na convenção coletiva das categorias, através de seus sindicatos de representação. Outras vezes, no entanto, esse ajuste do passado não é suficiente para gerar um benefício imediato, mas acaba por antecipar o futuro. E há situações em que resta apenas projetar o futuro de modo a trazer ao cliente o melhor custo benefício, isto é, a aposentadoria mais vantajosa dentro de um investimento condizente com suas possibilidades financeiras. O trabalho que é desenvolvido pelo nosso escritório visa fazer esse levantamento, essa análise do patrimônio previdenciário do funcionário, oportunizando a ele a decisão de optar ou não pela aposentadoria. Para o empresário contribuinte individual, que está prestes a se aposentar, fazer esta análise é de fundamental importância, tendo um impacto significativo na Renda Mensal Inicial, e principalmente O ano de 2020, em seu primeiro bimestre, estava projetando- se como promissor, principalmente pela política econômica LIBERAL, implantada no Brasil pela primeira vez na história. Tudo levava a crer que as empresas superariam seus desafios, inclusive aqueles causados pelo Poder Legislativo e pelo Poder Judiciário, inconformados com a perda de favores, regalias, dentre outros. Então, eis, porém que surge o Coronavírus, o chamado “vírus-chinês”. A consequência imediata foi a atribuição de poderes autocráticos a governadores e prefeitos, com o objetivo de amenizar os efeitos da pandemia. Assistimos o surgimento de procedimentos absurdos, e consequentemente a atividade econômica sendo posta à margem no dia a dia. Agora precisamos pensar em como salvar nossas empresas, como recomeçar e qual será o cenário em nossas empresas daqui para frente. As sugestões emergenciais que a Colombo Consultoria sugere são as seguintes: • Elaboração de uma previsão de vendas para os próximos meses, preferencialmente 12 meses ou, pelo menos, até dezembro de 2020. • Determinação da margem de lucro operacional desejada. Esta margem de lucro é a registrada antes das Despesas Financeiras e do I.R. + C.S.S.L. Adelino Colombo • Sócio-Consultor - Colombo Consultoria Empresarial, Assessoria do SINDIMETAL RS, na área de Controladoria e Contabilidade. no retorno de investimento realizado, ou que necessita realizar ainda. As regras previdenciárias, quando aplicadas a um caso concreto, modificam-se em cada caso, pois as variáveis, tais como idade, tempo contributivo, valor contributivo, especialidade da atividade no tempo, acabam tornando única a análise de cada caso. Um recente exemplo de uma análise previdenciária realizada: Na análise deve ser levado sempre em consideração, se existe ou não possibilidade de indenização de períodos não adimplidos no passado, se existe a necessidade de indenizar todo o período ou não, o valor que será investido no momento, o valor da renda na data em que o benefício será concedido, a projeção de recebimento durante a expectativa de vida e então pode-se analisar o melhor custo-benefício e escolher qual o retorno do Investimento realizado. Data da aposentadoria Passado/futuro Indenização Salário de contribuição a adimplir Investimento total Renda Mensal Inicial Projetada Projeção de renda até 83 anos Retorno do Investimento 16/05/2020 Passado R$ 109.457,40 R$ 5.700,90 R$ 109,457,40 R$ 5.684,92 R$ 1.699.791,08 R$ 1.590.333,68 16/05/2025 Futuro não R$ 6.101,06 R$ 73.212,60 R$ 5.189,50 R$ 1.214.343,00 R$ 1.141.130,40 • Racionalização dos custos e das despesas, para atender o preço do mercado e a margem desejada. •Combasenestasprevisões,elaborarumaDemonstraçãodeResultados do Exercício (DRE), planejada e mensal. • No fechamento do mês, comparar o planejamento previsto com o planejamento realizado, para verificar os desvios em relação ao planejamento previsto e a adoção de medidas de curto prazo absolutamente necessárias nesse momento. A sugestão apresentada pode parecer simples, porém já presenciamos vários projetos desta natureza, sempre coroados de êxito. Em outras palavras, estamos propondo uma REESTRUTURAÇÃO das empresas, baseados numa filosofia japonesa: A FORÇA DE TRABALHO É DETERMINADA PELO MERCADO. jurídico previdenciário | contabilidade e controladoria
  • 14. w w w . s i n d i m e t a l r s . o r g . b r 14 ASSOCIADAS 15 anos na prestação de serviços de usinagem Tempo de Mudanças N os últimos anos, a  Lamaço  Artefatos de Aço tem promovido mudanças importantes em sua estrutura, para oferecer soluções cada vez melhores aos seus clientes. A Umtec Usinagem Metalúrgica e Tecnologia Ltda., com sede em São Leopoldo, atua há 15 anos na prestação de serviços de usinagem, fornecendo produtos de acordo com as necessidades dos clientes, com qualidade, rapidez, preços competitivos e com atendimento técnico personalizado. A empresa está comprometida a atender as expectativas dos clientes, firmando uma parceria aliada à confiança e à responsabilidade, entregando o produto final de qualidade e funcionalidade. S onhos e projetos em andamento, desde 2019, ganharam vida recentemente na empresa. A Mariani Metais - originalmente Metalúrgica Mariani - chega à sua maturidade e lança a nova marca - Mariani Home & Store. Acompanhando este novo momento, a direção, a cargo de Jacqueline Mariani e Marcelo Mariani, informa também que estão em novo endereço, localizado na Av. Feitoria, 3122, em São Leopoldo. Ao se aproximar de 25 anos de forte atuação no mercado, a empresa se reposiciona focando em dois segmentos importantes: Home (linha voltada à decoração) e Store (expositores para lojas). Para tanto, traz uma nova assinatura, mais afinada com o momento atual e com os planos futuros, que também destacam o desenvolvimento de peças exclusivas, assim como a mescla com outros materiais além do metal. Home é voltada ao exigente segmento de arquitetura e decoração e o carro-chefe são as já consagradas Lareiras Ecológicas. A proposta é ampliar o portfólio de luminárias, móveis e peças para mobiliário.   O entendimento de que uma adequada exposição desperta o desejo de compra e agrega valor ao produto, levou a produzir expositores para lojas e showrooms, a linha Store. Segundo os diretores, os valores seguem os mesmos desde o princípio: eficiência e qualidade, que proporcionam beleza, praticidade e conforto para os clientes, e processos continuamente melhorados, que geram resultados sustentáveis para a empresa. Em busca de suprir a demanda dos clientes está revendo todos os processos, estrutura interna e layout da empresa, através de consultoria no Sistema Lean, o que irá contribuir para aperfeiçoar os serviços e poder buscar mais volume de trabalho. “Hoje temos um principal cliente do qual já conquistamos credibilidade e buscamos manter essa relação de confiança, mantendo o processo de acordo com as exigências e conforme suas especificações. ” Devido aos acontecimentos mundiais relacionados à pandemia do Covid-19, e ao impacto de tal enfermidade em nosso dia a dia, estamos adotando algumas ações para travarmos o avanço desta doença. Baseado nas recomendações das autoridades, adaptamos as rotinas e realidade como higienizações, o uso de máscaras e distanciamento; definimos um Protocolo de Saúde e Segurança, que está sendo adotado na empresa para garantir o nosso bem-estar e dos familiares. O acompanhamento é feito diariamente. Também os funcionários estão sendo orientados sobre os possíveis sintomas e, caso haja necessidade, têm sido encaminhados para testagem. N os últimos anos, a Lamaço Artefatos de Aço tem promovido mudanças importantes em sua estrutura, para oferecer soluções cada vez melhores aos seus clientes. Os tempos são duros, mas em meio a tantos desafios, muitas empresas estão realizando boas iniciativas. Parabenizamos as associadas, que seguem investindo na sua marca, confiando em dias melhores. Novo site e logomarca www.lamacors.com.br Showroom Mariani Home & Store FONTE:UMTECFONTE:MARIANI FONTE:LAMAÇO A nova logomarca, com uma proposta mais moderna e inovadora, é fruto de uma redefinição visual que objetiva apresentar o novo momento da empresa, sendo este de mudanças decorrentes do movimento de transformação – cultural, digital, de processos e de gestão. Para o diretor da empresa, Pedro Paulo Lamberty, a criação de uma nova identidade expressa e reforça a transformação que já acontece dentro da empresa. “O processo todo foi muito além de criar a identidade, entramos de forma profunda nos objetivos da empresa sendo compartilhado, colaborativo e integrado, que motiva os colaboradores a trabalhar em prol do propósito da organização”, ressalta o profissional. Além da identidade visual, o site também foi reformulado. Os últimos posts do Blog também recebem atenção especial para que o público não perca as atualizações e novidades. A empresa é especializada na fabricação de estruturas metálicas e soluções em caldeiraria. Mantém um portfólio abrangente de soluções industriais, que são utilizadas nos mais diversos segmentos de mercado. Assim, a Lamaço visa fortalecer cada vez mais o relacionamento com seus clientes e colaboradores e, com esse objetivo, comunica que está ainda mais competitiva e pronta para atender sua empresa com agilidade e qualidade.
  • 15. s indimet a l@sindimetalrs.org.br 15 Uma obra marcante em prol da saúde U m feito que ficará marcado na história deste período turbulento. A entrega da obra hospitalar mais rápida da história do Brasil. O novo Centro de Tratamento de Combate à Covid-19, construído anexo ao Hospital Independência, em Porto Alegre (RS), terá 60 leitos para atendimento exclusivo pelo SUS, que ficarão de legado para a população gaúcha, após este momento de pandemia. Esse marco só foi possível pela união e colaboração da Gerdau com a Ipiranga, Hospital Moinhos de Vento, Zaffari, Prefeitura de Porto Alegre e a Rede de Saúde Divina Providência, que será responsável pela gestão da Unidade. O empreendimento foi estruturado a partir da tecnologia de construção modular criada pela Construtech Brasil ao Cubo. Uma parceria que irá impactar na vida de tantas pessoas, merece muitos aplausos. A união em favor da vida faz a diferença! Proteção e orientação N a Higra, segundo a direção, a saúde e a segurança das pessoas são valores inegociáveis. Diariamente tem sido acompanhada a evolução do cenário de pandemia e os impactos que essa situação traz para as rotinas dos profissionais, suas famílias e, também para a empresa. Por esta razão, desde o dia 17 de março, foram adotadas algumas medidas para combater a disseminação do Covid-19. Entre elas, a recomendação de  home office para todos os profissionais dos setores administrativo e comercial, bem como os que estão no grupo de risco de diferentes setores. A implantação de dois turnos de trabalho, com redução da carga horária para seis horas; cancelamento de viagens, cursos, eventos externos e treinamentos; bem como o fornecimento  de uma cesta básica extra para todos os profissionais, além de restringir a entrada de pessoas externas à empresa. Estas ações possibilitam um ritmo seguro de trabalho para que a Higra possa atender à demanda, que neste momento tem um propósito maior: evitar a suspensão do abastecimento de água no que compete seus equipamentos e serviços. Toda a equipe recebe álcool gel individual e utilizam máscaras personalizadas. Também estão sendo compartilhados, nas redes sociais, os vídeos elaborados para auxiliar os profissionais em período de home office, com dicas de alimentação e exercícios, além de orientações para combater momentos de ansiedade. A Higra segue firme em seus propósitos, com foco total no crescimento da empresa e buscando novos profissionais para somar ao time. Recentemente foram abertas vagas para Assistente Financeiro e Auxiliar Contábil. Que siga investindo e superando as metas! V iver atualizado é uma questão de sobrevivência e uma maneira de visualizar melhor o futuro, já que novos tempos exigem uma nova postura de pensamento. E é com este pensamento, que a CCV Industrial foi em busca de novos desafios e se orgulha de informar que está em novo endereço, na Estrada Morro do Paula, no Distrito Industrial Málaga, em São Leopoldo. Assim como a mudança pressupõe uma transformação, a CCV Industrial repôs suas energias em um local amplo, bem estruturado e com total capacidade para atender o setor metalmecânico em geral. Atendendo diversos segmentos, possui experiência de mercado e diversidade de produtos, que faz com que mantenha clientes de grande porte e por longa data. Perceber a dinâmica da mudança foi uma necessidade. Além disso, a direção da empresa entende que parcerias com empresas engajadas na transformação de um novo ‘amanhã’ são necessárias. Isso faz com que estejam participando de um projeto muito importante: a Fabricação do Dispositivo de Proteção para Intubação de Pacientes. Desenvolvido pelo engenheiro Bill Paiva, do Instituto SENAI de Inovação e Engenharia de Polímeros, fabricado pela CCV Industrial, em parceria com a Acrishop Ind e Com de Acrílicos Ltda., empresa que abraçou o projeto junto à CCV e doou a matéria prima utilizada. Após a fabricação, o dispositivo foi doado ao Hospital Centenário de São Leopoldo no início de abril deste ano, para auxiliar no atendimento emergencial ao Covid-19. Com isso, afirmamos que oferecer soluções criativas e sustentáveis para o segmento industrial, através de processos versáteiseinovadores,promoveummundomelhoredemonstraaseriedade da CCV Industrial, que foca sempre no fortalecimento e transparência nas relações. Parabéns à direção e equipe! Sucesso redobrado! ASSOCIADAS Nova sede e parceria com o SENAI FONTE:HIGRA FONTE:CCV FONTE: GERDAU
  • 16. w w w . s i n d i m e t a l r s . o r g . b r 16 ASSOCIADAS / ORIENTAÇÕES 250 mil testeiras para montagem de proteções faciais U ma bela iniciativa conjunta uniu as associadas Stihl, Taurus e Aço Peças Oliveira, de São Leopoldo, em prol de uma importante causa. A Stihl abraçou um projeto solidário, que uniu universidade, empresas, sociedade e forças armadas para doação de proteções faciais. A iniciativa é do projeto GRU, formado por um grupo de professores, alunos e servidores técnico- administrativos voluntários da Escola de Engenharia e da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e parceiros. A Stihl produzirá 250 mil testeiras de plástico para a montagem dos Equipamentos de Proteção Individual. Deste número, mais de 100 mil já estão prontas. As testeiras, juntamente com o fixador e com a viseira, compõem o protetor facial (Faceshields), que serão doados para utilização pelos profissionais da área de segurança e saúde, que estão na linha de frente no combate à Covid-19. O projeto iniciou no Rio Grande do Sul e ganhou escala, contribuindo também com outros estados, expandindo a relevância da iniciativa nacionalmente. Estão reunidos voluntários de diversos setores e áreas de atuação, com o propósito único de salvar vidas. Diversas empresas privadas estão ligadas ao projeto, que atuam também em colaboração com instituições de pesquisa como a UFRGS, para desenvolver e validar soluções adequadas à aplicação do acessório. Dentre as organizações gaúchas estão, além da Stihl, a Making.All, Taurus Armas, Aço Peças Oliveira, Sildre Indústria de Matrizes, Randon Implementos e Participações, BoxPrint, Bauer Express e Grupo Radici, com o apoio fundamental das Forças Armadas. Além da produção dos componentes e doação de matéria prima, o projeto do molde das testeiras foi desenvolvido internamente na fábrica da Stihl pela área de Ferramentaria. O objetivo é finalizar a produção até junho. O destino das testeiras produzidas pela Stihl é a Taurus Armas, onde está sendo realizada a montagem dos Equipamentos de Proteção Individual, operacionalizada pelas Forças Armadas. O compromisso da Stihl amplia-se, também, ao envio de unidades para estruturação em São Paulo (SP), apoiando o Projeto Gama (Grupo de Apoio aos Médicos e Agentes de Saúde), que por sua vez é responsável pela distribuição naquela região. Já no Rio Grande do Sul, as entregas serão realizadas pela Defesa Civil, conforme avaliação e definição do Gabinete de Crise do Governo do Estado. FONTE:STIHL