O documento resume: 1) O mercado financeiro projeta uma queda de 3,73% na economia brasileira em 2016; 2) Os primeiros testes apontaram que a "pílula do câncer" não é eficaz e contém substâncias impuras; 3) Os dados do IBGE mostraram que a exploração do trabalho infantil cresceu 4,5% em 2014.
Mercado projeta queda de 3,73% no PIB e inflação sobe
1. Ano 4 - Edição 37
Mogi das Cruzes,
abril de 2016
Distribuição gratuita
SETEMI NEWS
DESTAQUE
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Mercado financeiro projeta queda
da economia em 3,73% este ano
publicação divulgada semanal-
mente pelo Banco Central (BC),
com base em projeções de institui-
ções financeiras para os principais
indicadores econômicos.As insti-
tuições financeiras alteraram a
projeção para a inflação, medida
pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), de
7,31%para7,28%,noquartoajus-
te seguido. Para 2017, a estimati-
va segue em 6% há oito semanas
consecutivas.
A projeção de instituições
financeiras para a queda da
economia este ano passou pelo
11º ajuste consecutivo. Agora,
a estimativa para a queda do
Produto Interno Bruto (PIB), a
soma de todos os bens e servi-
çosproduzidosnopaís,foialte-
radade3,66%para3,73%.
Para 2017, a expectativa de
crescimento foi reduzida de
0,35% para 0,30% no terceiro
ajuste seguido. As estimativas
fazem parte do boletim Focus,
DIREITOS HUMANOS
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A exploração da mão de obra infantil no
país cresceu 4,5% em 2014 em relação a
2013, de acordo com a Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (Pnad) do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-
tica(IBGE).
Dados do IBGE mostram que
exploração do trabalho infantil
cresceu 4,5% em 2014
ECONOMIA
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O Ministério da Educação e o Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC) foram
as áreas mais afetadas pelo corte adicional
de R$ 21,2 bilhões anunciado pelo gover-
no. O Diário Oficial da União publicou, em
edição extraordinária, o detalhamento do
novo contingenciamento (bloqueio de ver-
bas)porórgãopúblico.
Educação e PAC sofrem com
corte no orçamento
Primeiros testesapontam ineficáciada pílulado câncer
Os primeiros testes com a fosfoetanolamina
sintética,substânciautilizadanapíluladocân-
cer, mostraram que o conteúdo das cápsulas
não é puro e que ela não tem eficácia contra
célulascancerígenas.
A conclusão é de grupo de pesquisadores ins-
tituído pelo governo, em uma iniciativa coor-
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PESQUISA E INOVAÇÃO
denada pelo Ministério da Ciência,Tecnolo-
gia e Inovação e o Ministério da Saúde. Os
pesquisadores concluíram que a fosfoetano-
lamina apresentou quatro substâncias dife-
rentes. A eficácia da substância foi testada
apenas em culturas de células, os chamados
testesinvitro.
SAÚDE
Vírus da gripe influenza A circula
sempre e a prevenção deve ser
permanente, diz especialista
Casos de influenza A (H1N1), conhecida
como gripe A, voltaram a colocar autorida-
des sanitárias em estado de alerta. Em geral,
os surtos da doença ocorrem no país a partir
de junho, com a chegada do inverno. Mas,
nos três primeiros meses deste ano, o núme-
ro de infecções já ultrapassa o total de todo
oanopassado.
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2. abril de 20162 SETEMI NEWS
Mercado financeiro projeta queda
da economia em 3,73% este ano
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desta edição:
DESTAQUE
• agenciabrasil
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A projeção de instituições
financeiras para a queda da
economia este ano passou pelo
11º ajuste consecutivo.Agora, a
estimativa para a queda do Pro-
duto Interno Bruto (PIB), a
soma de todos os bens e servi-
ços produzidos no país, foi alte-
radade3,66%para3,73%.
Para2017,aexpectativadecres-
cimento foi reduzida de 0,35%
para 0,30% no terceiro ajuste
seguido. As estimativas fazem
parte do boletim Focus, publi-
cação divulgada semanalmente
pelo Banco Central (BC), com
base em projeções de institui-
ções financeiras para os princi-
paisindicadoreseconômicos.
As instituições financeiras
alteraram a projeção para a
inflação, medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consu-
midor Amplo (IPCA), de
7,31% para 7,28%, no quarto
ajuste seguido. Para 2017, a
estimativa segue em 6% há oito
semanas consecutivas. As pro-
jeções ultrapassam o centro da S
m e t a q u e é
4,5%. O teto da
meta é 6,5% este
ano, e de 6% em
2017. Em um
cenário de retra-
ção da econo-
mia, as institui-
ções financeiras
esperam que o
BC reduza a
taxa básica de juros, a Selic. A
expectativa para a taxa ao final
de 2016 passou dos atuais
14,25% para 13,75% ao ano.
Para 2017, a mediana das
expectativas (desconsiderando
os extremos nas projeções) é
que a Selic encerre o período
em 12,50% ao ano. Essa proje-
ção de redução da Selic é feita
mesmo com a afirmação do BC
de que não trabalha com a pos-
sibilidade de flexibilização de
política monetária. Em entre-
vista de apresentação do Rela-
tório de Inflação, o diretor de
Política Econômica do BC,
Altamir Lopes, reforçou que
não deve haver redução da
Selic. Ataxa é usada nas nego-
ciações de títulos públicos no
Sistema Especial de Liquida-
ção e Custódia (Selic) e serve
como referência para as dema-
is taxas de juros da economia.
Ao reajustá-la para cima, o BC
contém o excesso de demanda
que pressiona os preços, por-
que os juros mais altos encare-
cem o crédito e estimulam a
poupança. Quando reduz os
jurosbásicos,oComitêdePolí-
tica Monetária (Copom) bara-
teia o crédito e incentiva a pro-
dução e o consumo, mas alivia
ocontrolesobreainflação.
3. abril de 2016 3SETEMI NEWS
Primeiros testes apontam ineficácia da pílula do câncer
S
PESQUISA E INOVAÇÃO
Os primeiros testes com a fosfo-
etanolamina sintética, substân-
cia utilizada na pílula do câncer,
mostraram que o conteúdo das
cápsulas não é puro e que ela
não tem eficácia contra células
cancerígenas.
A conclusão é de grupo de pes-
quisadores instituído pelo
governo, em uma iniciativa
coordenada pelo Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação
e o Ministério da Saúde. Os pes-
quisadores concluíram que a
fosfoetanolamina apresentou
quatro substâncias diferentes.A
eficácia da substância foi testa-
da apenas em culturas de célu-
las,os chamadostestesinvitro.
“No início, acreditávamos que
havia apenas um componente
na cápsula, que era a fosfoeta-
nolamina pura, segundo o grupo
da [Universidade de São Paulo
do campus de São Carlos] afir-
mou. Quando realizamos as
análises dos componentes da
cápsula, percebemos que tem
cinco componentes lá dentro”,
disse Luiz Carlos Dias, profes-
sor do Instituto de Química da
Universidade Estadual de Cam-
pinas (Unicamp), que participou
da pesquisa na fase de caracteri-
zação e síntese dos componentes
dapílula.
Aquantidade encontrada de fos-
foetanolamina era de somente
32,2%, o restante incluía mono-
etanolamente, fosfobisetanola-
mente, fosfatos e pirofosfatos.
“Essa fosfoetanolamina é impu-
ra, esses outros quatro compo-
nentes não deveriam estar den-
tro da cápsula”, disse o profes-
sor. O grupo de Dias foi respon-
sável por isolar e caracterizar
cada um dos componentes para
que estes pudessem ser testados
separadamenteemcélulastumo-
rais. A partir daí, foram realiza-
dos os testes in vitro, no qual as
substâncias são testadas em cul-
turas de células. “Os resultados
dos testes in vitro não foram
muito animadores para a fosfoe-
tanolamina. Eles mostraram
nenhuma eficácia da fosfoetano-
lamina de matar células cance-
rígenas”,disse oprofessor.
Uma das impurezas, a fosfobi-
sentanolamina, também não
apresentou eficácia para matar
células de câncer, mas, segun-
do Dias, “o interessante é que
nem uma nem outra são tóxi-
cas”. Avariação da quantidade
de substância contida em cada
cápsula também foi apontada
nos relatórios. Os pesos encon-
tradospelospesquisadoresvari-
ou de 233 miligramas (mg) até
368 mg, quando o rótulo indi-
cava “Fosfoetanolamina sinté-
tica 500mg”. Além disso, o
paciente tomaria a cápsula com
todas as impurezas identifica-
das pela Unicamp. “Olha só o
perigo que é isso, a responsabi-
lidade, porque você não sabe os
efeitos tóxicos que os outros
componentes têm”, disse Luiz
Carlos Dias. Os primeiros rela-
tórios da pesquisa foram divul-
gados no fim do mês passado. O
Senado aprovou o projeto de lei
que garante aos pacientes com
câncer o direito de usar a fosfoe-
tanolamina, mesmo antes de ela
ser registrada e regulamentada
pela Agência Nacional de Vigi-
lânciaSanitária(Anvisa).
4. abril de 20164 SETEMI NEWS
Dados do IBGE mostram que exploração do
trabalho infantil cresceu 4,5% em 2014
S
DIREITOS HUMANOS
A exploração da mão de obra
infantil no país cresceu 4,5%
em 2014 em relação a 2013, de
acordo com a Pesquisa Nacio-
nal por Amostra de Domicílios
(Pnad) do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2013, havia 3,188 milhões
de crianças e adolescentes na
faixa de 5 a 17 anos de idade
trabalhando e o contingente
subiu para 3,331 milhões em
2014. "As famílias estão, cada
vez mais, utilizando crianças no
trabalho infantil para comple-
mentação da renda", disse a
administradora da Fundação
Abrinq,HeloisaOliveira.
Os dados fazem parte de uma
publicação da Fundação Abrinq
que reúne os indicadores relaci-
onados à infância e adolescência
divulgados por órgãos oficiais
no Brasil. A ideia é, segundo a
administradora executiva da
fundação,HeloisaOliveira,mos-
trar como os problemas envol-
vendo os jovens estão ligados
entre si. “São coisas que vistas
isoladamente podem não dizer
nada, mas, de forma combinada,
você enxerga áreas que precisa-
vam receber atenção e desenvol-
vimento”,disse.
No caso da exploração da mão
de obra infantil, antes do aumen-
to registrado em 2014, o número
de crianças usadas como mão de
obravinhacaindo.“Omaispreo-
cupante é que esses dados ainda
não refletem a crise econômica
que a gente está vivenciando”,
disseHeloisa.
Para a administradora executi-
va, o dado do aumento do tra-
balho infantil é um indicativo
de problemas interligados. “As
famílias estão tendo mais difi-
culdade de se sustentar e estão,
cada vez mais, utilizando as
crianças no trabalho infantil
para complementação da ren-
da. É uma sinalização de vulne-
rabilidadesocialaumentando”.
A publicação da Fundação
Abrinq também traz estatísti-
cas compiladas no Cenário da
Infância eAdolescência – 2016
que mostra que, segundo o
Ministério da Educação, em
2014, 25,7% das crianças de
até 3 anos estavam matricula-
das em creches. “Esse é um
dado que é importante porque
poderá levar a outros dados
negativos. Uma família de vul-
nerabilidade social, em que a
mãe precisa trabalhar para pro-
ver o sustento da família. Se ela
não tiver um espaço protegido
para deixar a criança, essa crian-
ça estará muito mais vulnerável
a situações de violência”, disse
Heloisa.
Ainda segundo Heloisa, é espe-
cialmente importante dar aten-
ção a essas situações neste ano,
quando vão acontecer as elei-
ções para prefeitos e vereado-
res. “Nas eleições municipais a
gente escolhe o principal gestor
das políticas públicas para
infância”, diz. Segundo Heloi-
sa, cabe ao Executivo Munici-
pal viabiliza a maior parte das
políticas públicas ligadas a edu-
cação e a saúde da infância. “É
um ano importante da gente ter
essas informações para refletir
sobre isso e cobrar dos candida-
tos o que eles pensam em fazer a
respeitodessas questões”.
5. abril de 2016 5SETEMI NEWS
Educação e PAC sofrem com corte no orçamento
S
ECONOMIA
O Ministério da Educação e o
Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) foram as
áreas mais afetadas pelo corte
adicional de R$ 21,2 bilhões
anunciado pelo governo. O Diá-
rio Oficial da União publicou,
emediçãoextraordinária,odeta-
lhamento do novo contingenci-
amento (bloqueio de verbas)
porórgãopúblico.
Segundo o novo decreto de pro-
gramação orçamentária, o
Ministério da Educação perdeu
R$ 4,27 bilhões. O limite de
despesas discricionárias (não
obrigatórias) foi reduzido de R$
34,43 bilhões para R$ 30,16
bilhões. Em fevereiro, a pasta
tinha sofrido contingenciamen-
todeR$2,216bilhões.
Em segundo lugar estão as des-
pesas do PAC, que tiveram corte
de R$ 3,21 bilhões, passando de
R$ 26,49 bilhões para R$ 23,28
bilhões. Em fevereiro, os gastos
com as obras do programa havi-
am sido reduzidos em R$ 4,23
bilhões.
Completam a lista dos cortes os
ministérios da Defesa, que teve
o limite de gastos não obrigató-
rios reduzido em R$ 2,83
bilhões, da Saúde (R$ 2,37
bilhões), de Minas e Energia
(2,15 bilhões), da Ciência e Tec-
nologia (R$ 1 bilhão), do Desen-
volvimento Social e Combate à
Fome (R$ 852 milhões) e da
Fazenda(R$847milhões).
Anunciado no final do mês
passado, o contingenciamento
adicional foi necessário para
fazer o governo cumprir a meta
de superávit primário – econo-
miapara pagar os juros da dívida
pública – de R$ 24 bilhões para
o Governo Central (Tesouro
Nacional, Previdência Social e
Banco Central) estipulada no
Orçamentodesteano.
Somado ao corte de R$ 23,4
bilhões anunciados em feverei-
ro, o bloqueio total de verbas
chega a R$ 44,6 bilhões. Por
causa da dificuldade em cum-
prir a meta fiscal mesmo com
os novos cortes,ogovernoenvi-
ou ao Congresso projeto para
alterar a Lei de Diretrizes Orça-
mentárias e permitir um déficit
primário de R$ 96,7 bilhões em
2016. O resultado negativo
poderá chegar a R$ 102,7
bilhões com a renegociação da
dívida dos estados e do Distrito
FederalcomaUnião.
6. abril de 20166 SETEMI NEWS
Vírus da gripe influenza A circula sempre e a
prevenção deve ser permanente, diz especialista
S
SAÚDE
Casos de influenza A (H1N1),
conhecida como gripe A, volta-
ram a colocar autoridades sani-
tárias em estado de alerta. Em
geral, os surtos da doença ocor-
rem no país a partir de junho,
com a chegada do inverno. Mas,
nos três primeiros meses deste
ano, o número de infecções já
ultrapassa o total de todo o ano
passado. Neste mês já foram
confirmadas mortes em decor-
rência do vírus em Brusque
(SC), Cuiabá, Dourados (MS),
GoiâniaeRiodeJaneiro.O esta-
do de São Paulo já contabiliza
38 óbitos por complicações atri-
buídas ao H1N1, de pelo menos
42mortesemtodoopaís.
Em função do cenário atual,
governos estaduais e municipa-
is estudam antecipar o início da
imunização contra a gripe - cujo
público-alvo é composto de
profissionais de saúde, crianças
maiores de 6 meses e menores
de 5 anos, gestantes e idosos. A
campanha nacional de vacina-
ção está prevista para ocorrer
entre os dias 30 de abril e 20 de
maio, mas o Ministério da Saúde
informou que já começou a
fazer o envio dos lotes aos esta-
dos. A previsão é que, até o final
deste mês, sejam enviadas 25,6
milhões de doses, o que corres-
ponde a 48% do total de doses a
serem enviados para toda a cam-
panha deste ano. Já o envio da
vacina aos municípios, segundo
a pasta, é de responsabilidade
dos governosestaduais.
O professor de infectologia da
Universidade Estadual Paulista
(Unesp) Alexandre Naime Bar-
bosa lembrou que, no final de
2015, a Organização Mundial da
Saúde (OMS) já havia feito um
alerta sobre o aumento da circu-
lação do H1N1 no mundo. O
tipo (cepa), segundo ele, é exa-
tamente o mesmo que provocou
a pandemia de gripeAem 2009
e que voltou a assustar em
2013. “O vírus influenza vai
sempre circular. Por isso, as
medidas preventivas têm que
ser tomadas sempre. É como
escovar os dentes – não vale
fazer só quando eles estão ruins
edepoisrelaxarouadorvolta”.
Febre acima de 38ºC, tosse e
dificuldade respiratória, acom-
panhada ou não de dor de gar-
ganta, ou de manifestações gas-
trointestinais, dor de cabeça,
dores musculares, nas articula-
ções e tosse. A febre é um dos
sintomas mais recorrentes, pre-
sente em 92% dos casos. No
surgimento de qualquer sinto-
ma, recomenda-se procurar o
médico de confiança ou a uni-
dadedesaúdemaispróxima.
9. abril de 2016 9SETEMI NEWS
Quase 40% dos professores no Brasil não
têm formação adequada
S
EDUCAÇÃO
Nas escolas públicas do Brasil,
200.816 professores dão aulas
em disciplinas nas quais não são
formados, isso equivale a
38,7% do total de 518.313 pro-
fessores na rede. Os dados estão
no Censo Escolar de 2015 e
foram divulgados pelo minis-
tro da Educação, Aloizio Mer-
cadante. Em alguns casos, um
mesmo professor dá aula em
mais de uma disciplina para a
qual não tem formação, com
isso, o número daqueles que dão
aula com formação inadequada
sobe para 374.829, o que equi-
vale a 52,8% do total de
709.546 posições ocupadas por
professores.
Na outra ponta, 334.717 mil
posições, 47,2%, são ocupadas
por docentes com a formação
ideal, ou seja, com licenciatura
ou bacharelado com comple-
mentação pedagógica na
mesma disciplina que lecionam.
Mais 90.204 (12,7%) posições
são ocupadas por professores
que não têm sequer formação
superior.
A maior lacuna está em física.
Do total de 27.886 professores
que lecionam física, 19.161 não
tem licenciatura na disciplina, o
que equivale a 68,7% do total.A
formação de novos professores,
de acordo com Mercadante, não
acompanha a demanda, de 1,8
mil por ano. Seriam necessários,
então, 11 anos para que todos
os professores de física tives-
sem a formação adequada. A
falta de formação adequada
atinge também duas disciplinas
chave para formação dos estu-
dantes, matemática e portu-
guês. Em matemática, 73.251
do total de 142.749 não tem a
formação específica para lecio-
nar a disciplina, ou seja, 51,3%.
Em língua portuguesa, do total
de161.568professores emexer-
cício, 67.886 não têm licencia-
tura em português, o equivalen-
te a 42%. Português e Matemá-
tica são as disciplinas cobradas
em avaliações nacionais como
a Prova Brasil e internacionais,
como o Programa Internacional
de Avaliação de Estudantes
(Pisa), e são usadas para medir
a qualidade da educação. "Ma-
temática e português são as
duas pernas para o estudante
caminhar na educação. Sem
essas duas ferramentas não tem
como prosseguir", diz Merca-
dante. Biologia tem os melho-
res índices, 78,4% dos profes-
sores têm a formação adequa-
da. Em química, são 53,7%; em
ciências, 40,1%; em história,
39,9%; e em geografia, 37,7%
professores são formados na
área em que atuam. Os demais
ou são formados em outras áre-
as, afins ou não, ou não têm
formaçãosuperior.
10. abril de 201610 SETEMI NEWS
ALIMENTAÇÃO
CLASSIFICADOS
MODA, BELEZA E ACESSÓRIOS
SETEMI NEWS
11. abril de 2016 11SETEMI NEWS
SERVIÇOS
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12. abril de 201612 SETEMI NEWS
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