SAVASSI, LCM. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar. In: II Simpósio de Atenção Domiciliar e Estratégia Saúde da Família. Cascavel, PR. [24/04/2013] [Palestra][online] [disponível em https://sites.google.com/site/leosavassi/] [acesso em ##/##/20##]
Palestra sobre a Escala de Classificação da Vulnerabilidade Familiar de Coelho-Savassi com foco inicial nas adaptações para o e-SUS/ SIS-AB.
2015 - Escala de Risco Familiar de Coelho e Savassi e o e-SUS
1. Produção de cuidado na
ESF: Estratificação da
Vulnerabilidade familiar
Leonardo C M Savassi
Docente da Universidade Federal de Ouro Preto
Docente da Universidade Federal de Minas Gerais
Médico de Família e Comunidade
Doutor em Educação em Saúde
2. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
2
- A Legislação pertinente a respeito da Visita Domiciliar na APS;
- A Escala de Risco Familiar (ERF-CS) e suas sentinelas;
- A aplicabilidade da ERF-CS no cotidiano da ESF;
- Os novos desafios do e-SUS/ SIS-AB.
O Objetivo de hoje é apresentar:
3. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
3
Algumas definições: ANVISA e Portaria MS 2529/2006
A RDC nº 11, de 26/01/06, da ANVISA e a Portaria MS 2529/2006
definiam os seguintes conceitos em AD:
Atenção domiciliar: termo genérico que envolve ações de promoção à
saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação desenvolvidas
em domicílio.
Assistência domiciliar: conjunto de atividades ambulatoriais,
programadas e continuadas desenvolvidas em domicílio.
Internação Domiciliar: conjunto de atividades prestadas no domicílio,
caracterizadas pela atenção em tempo integral ao paciente com quadro
clínico mais complexo e com necessidade de tecnologia especializada.
Portaria MS 2.529/2006
RDC nº11, de 26 de janeiro de 2006
Assistência e Internação Domiciliar
4. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
4
• Processo de trabalho das eAB:
VI - Realizar atenção à saúde na UBS, no domicílio, ...
XII - Realizar atenção domiciliar a usuários que possuam
problemas de saúde controlados/ compensados e com
dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma
UBS, que necessitam de cuidados com menor frequência e
menor necessidade de recursos de saúde, e realizar o
cuidado compartilhado com as equipes de AD nos demais
casos.
Portaria MS/GM nº 2.488/2011
Assistência e Internação Domiciliar
Algumas definições: PNAB 2011
5. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
5
• A Atenção Domiciliar:
“nova modalidade de atenção à saúde, substitutiva ou
complementar às já existentes, caracterizada por um
conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e
tratamento de doenças e reabilitação prestadas em
domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e
integrada às redes de atenção à saúde.”
(BRASIL, 2013)
Portaria MS/GM nº 963/2013
Assistência e Internação Domiciliar
Algumas definições: Portaria MS 2527/2011 e 963/2013
6. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
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6
• A AD será organizada em três modalidades:
Portaria MS/GM nº 2.527/2011
Portaria MS/GM nº 963/2013
Assistência e Internação Domiciliar
Algumas definições: Portaria MS 2527/2011 e 963/2013
AD 1
A AD1 é de responsabilidade das equipes de Atenção Básica, por
meio de VD regulares, no mínimo, uma vez por mês.
As eAB que executarem AD1 serão apoiadas pelos NASF e
ambulatórios de especialidades e de reabilitação.
AD 2
usuários com problemas de saúde + dificuldade ou impossibilidade
física de locomoção até uma UBS com maior frequência de cuidado,
recursos de saúde e acompanhamento contínuo.
AD 3
usuários com problemas de saúde + dificuldade ou impossibilidade
física de locomoção até uma UBS com maior frequência de cuidado,
recursos de saúde e acompanhamento contínuo e uso de
equipamentos.
7. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
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7
Atenção Domiciliar 1 (AD1) destina-se aos usuários que:
I - possuam problemas de saúde controlados/compensados e com
dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de
saúde;
II - necessitem de cuidados de menor complexidade, incluídos os de
recuperação nutricional, de menor frequência, com menor necessidade de
recursos de saúde e dentro da capacidade de atendimento das Unidades
Básicas de Saúde (UBS); e
III - não se enquadrem nos critérios previstos para as modalidades AD2 e
AD3 descritos nesta Portaria.
Assistência e Internação Domiciliar
Algumas definições: Portaria MS 2527/2011
Portaria MS/GM nº 2.527/2011
Portaria MS/GM nº 963/2013
8. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
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8
Assistência e Internação Domiciliar
Algumas definições: Portaria MS 2527/2011
• Critérios de inclusão na AD2: ao menos, uma das seguintes:
I - demanda por procedimentos de maior complexidade no domicílio, tais como:
curativos complexos e drenagem de abscesso, entre outros;
II - dependência de monitoramento frequente de sinais vitais;
III - necessidade frequente de exames de laboratório de menor complexidade;
IV - adaptação do usuário e/ou cuidador ao uso do dispositivo de traqueostomia;
V - adaptação do usuário ao uso de órteses/próteses/ VI – sondas/ ostomias;
VII - acompanhamento domiciliar em pós-operatório;
VIII - reabilitação de pessoas com deficiência permanente ou transitória, que
necessitem de atendimento contínuo, até apresentarem condições de
frequentarem serviços de reabilitação;
IX - uso de aspirador de vias aéreas para higiene brônquica;
X - acompanhamento de ganho ponderal de RN baixo peso;
XI - Necessidade de atenção nutricional permanente ou transitória;
XII- necessidade de cuidados paliativos;
XIII - necessidade de medicação EV ou SC;
XIV- necessidade de fisioterapia semanal. Portaria MS/GM nº 963/2013
9. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
9
Portaria MS/GM nº 2.527/2011
Assistência e Internação Domiciliar
Algumas definições: Portaria MS 2527/2011
Critérios de inclusão na AD3:
I - existência de pelo menos uma das situações admitidas como critério
de inclusão para cuidados na modalidade AD2; e
II - necessidade do uso de, no mínimo, um dos seguintes
equipamentos/procedimentos:
a) Suporte Ventilatório não invasivo:
i. Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP);
ii. Pressão Aérea Positiva por dois Níveis (BIPAP);
b) diálise peritoneal; ou
c) paracentese.
10. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
10
A escala de classificação de risco
(vulnerabilidade) familiar
(Escala de Coelho-Savassi)
11. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
11
Propostas de sistematização de critérios
Escala Avaliação de Risco Familiar – Escala de Coelho-Savassi
• Escala de risco familiar baseada na ficha A do SIAB que utiliza
sentinelas de risco avaliadas na primeira VD pelo ACS.
• Instrumento simples de análise do risco familiar, não necessitando a
criação de nenhuma nova ficha ou escala burocrática.
• Criada como uma tentativa de Sistematização da VD na APS/ ESF
Coelho & Savassi (2004)
12. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
12
Risco ou Vulnerabilidade?
O conceito de vulnerabilidade “é aplicado
erroneamente no lugar de risco”
Enquanto risco, foi usado pelos epidemiologistas
em associação a grupos e populações, a
vulnerabilidade refere-se aos indivíduos [ou
famílias] e às suas suscetibilidades ou
predisposições a respostas ou consequências
negativas.
12
(Janczura, 2012)
13. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
13
Risco ou Vulnerabilidade?
(Yunes e Szymanski, 2001)
RISCO Coletivo
VULNERA
BILIDADE
Individual
Contextual
mutável através de políticas
públicas de largo espectro.
mutável pelo empoderamento
e enfrentamento de situações
que cercam casa/ família/
pessoa.
14. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
14
Coelho & Savassi (2004)
14
15. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
15
Justificativa
Sentinelas de Risco
Relevância
epidemiológica
Relevância
sanitária
Impacto na
dinâmica
familiar
Acamado x x
Deficiências física e mental x x
Baixas condições de
saneamento
x x
Desnutrição grave x x x
Drogadição x x
Desemprego x x x
Analfabetismo x x x
Menor de seis meses x x
Maior de 70 anos x x
Hipertensão arterial sistêmica x x
Diabetes mellitus x x
Relação morador/cômodo x x x
Savassi, Lage & Coelho (2011)
15
16. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
16
• Acamado (OMS): “toda pessoa restrita ao seu próprio domicílio, por
qualquer inabilidade e/ou incapacidade de locomover-se por si só a
qualquer centro de atenção à saúde".
• Deficiências Física e Mental: (manual do SIAB): “defeito ou condição física
ou mental de duração longa ou permanente que, de alguma forma,
dificulta ou impede uma pessoa da realização de determinadas atividades
cotidianas, escolares, de trabalho ou de lazer. Isto inclui desde situações
em que o indivíduo consegue realizar sozinho todas as atividades que
necessita, porém com dificuldade ou através de adaptações, até aquelas
em que o indivíduo sempre precisa de ajuda nos cuidados pessoais e
outras atividades”.
Propostas de sistematização de critérios
Savassi, Lage & Coelho (2011)
17. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
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17
• Baixas condições de saneamento: conceito de saneamento ambiental
(OMS): “controle de todos os fatores do meio físico do homem, que
exercem ou podem exercer efeitos deletérios sobre seu estado de bem
estar físico, mental ou social”.
– Como pontuar: itens relacionados: destino do lixo, tratamento da água no domicílio e
destino de fezes e urina
– Pontuar (3) se presentes ao menos uma das seguintes situações: lixo a céu aberto, água
sem tratamento e esgoto a céu aberto.
• Desnutrição Grave: percentil de Peso/Idade (SISVAN)
• Drogadição: Utilização compulsiva de drogas lícitas e /ou ilícitas, com
potencial dependência química.
– Incluir álcool, tabaco, benzodiazepínicos, barbitúricos e drogas ilícitas.
Propostas de sistematização de critérios
Savassi, Lage & Coelho (2011)
18. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
18
• Desemprego: (manual do SIAB) - item ocupação refere-se a: “tipo de
trabalho que exerce, independente da profissão de origem ou de
remuneração (...). A realização de tarefas domésticas caracteriza o
trabalho doméstico, ainda que este não seja remunerado. Se o indivíduo
referir mais de uma ocupação, deverá ser anotada aquela a que ele dedica
o maior número de horas na semana, no seu período de trabalho”.
– Define-se como desemprego qualquer situação que não se encaixe neste critério.
• Analfabetismo: (manual do SIAB) alfabetizado é “o indivíduo que sabe ler
e escrever no mínimo um bilhete. O indivíduo que apenas assina o nome
não é considerado alfabetizado”.
– Pontuar toda situação distinta a esta definição, a partir da idade escolar.
Propostas de sistematização de critérios
Savassi, Lage & Coelho (2011)
19. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
19
• Menor de seis meses
• Maior de 70 anos
• Hipertensão Arterial Sistêmica:
• Diabetes Mellitus:
– Pontuar por indivíduo, e não por presença
• Relação morador/cômodo: O número de cômodos é contado como “todos
os compartimentos integrantes do domicílio, inclusive banheiro e cozinha,
separados por paredes, e os existentes na parte externa do prédio, desde
que constituam parte integrante do domicílio, com exceção de corredores,
alpendres, varandas abertas e outros compartimentos utilizados para fins
não residenciais como garagens, depósitos etc.”(manual do SIAB)
Propostas de sistematização de critérios
Savassi, Lage & Coelho (2011)
20. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
20
• Exemplo:
“Uma família possui 2 acamados, sendo que um deles é
um idoso de 75 anos de idade e hipertenso. O outro
acamado é deficiente físico (amputação traumática
de membros inferiores). Ambos são analfabetos. Não
existem outras sentinelas de risco nesta família.”
Propostas de sistematização de critérios
Savassi, Lage & Coelho (2011)
21. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
21
Coelho & Savassi (2004)
21
22. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
22
• Exemplo:
“Uma família possui 2 acamados, sendo que um deles é
um idoso de 75 anos de idade e hipertenso. O outro
acamado é deficiente físico (amputação traumática
de membros inferiores). Ambos são analfabetos. Não
existem outras sentinelas de risco nesta família.”
Escore familiar final: 13 (3+3+1+1+3+1+1)
Propostas de sistematização de critérios
Savassi, Lage & Coelho (2011)
23. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
23
O que é a ECRCS?
24. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
24
• Não é uma escala de classificação de riscos
individuais
• Não é uma escala que classifica todos os riscos da
presentes na família.
• Não é uma classificação estática da família.
• Não é uma escala para fins de abordagem da
dinâmica familiar, embora possa contribuir para tal.
O que não é a ERCS?
25. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
25
• Um instrumento que auxilia na avaliação da
vulnerabilidade (principalmente social) da família
• Um instrumento de grande importância no
planejamento da equipe, e por isto mesmo,
dinâmico
• Um índice que auxilia a equipe no processo de
entendimento e identificação dos elementos
importantes que cercam o contexto familiar
O que é a ERCS?
26. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
26
ECR-CS: Revisão Integrativa
(dados parciais)
27. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
27
• Realizada RI a partir do artigo índice nas bases de
dados SciELO, LILACs e Google Acadêmico
• Unitermos “Escala de Risco de Coelho”, “Visita
Domiciliar”, “Atenção Domiciliar” e busca a partir
da citação do artigo índice.
• Contribuições importantes para redefinição do foco
da ECR-CS, com críticas pertinentes.
Revisão Integrativa: a ERCS?
28. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
28
• “identificar a necessidade de práticas educativas em
saúde (...), gerar conteúdos e ações coletivas voltadas
para aquisição de hábitos saudáveis.”
• Priorizar as VD pela ERFCS, pelas microáreas de maior
necessidade; direcionar investimento de RH e financeiro
pela necessidade das microregiões;
• Atender necessidades das famílias direcionando o
atendimento para problemáticas levantadas pela escala
• Favorece planejamento ações de saúde para população
Revisão Integrativa: a ERCS e o
planejamento
Santos SMR, Jesus MCP, Peyroton, et al. J. res.:fundam. care. 2014
Costa, ADI; Araújo, D; Melo, JAS; Rafael, MEPPB, . CBMFC 2008
Ferraz, TAC; Alves, KR; Cavalcanti, TPO et al . CBMFC 2008
29. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
29
•a partir de um conjunto de fatores, nem sempre
explícitos, ajuda a incluir componentes sociais,
ambientais e clínicos, a mobilizar a relação médico-
paciente-família/ equipe-paciente-família.
• noção de um risco ampliado, problematização sobre
“necessidades de saúde” na perspectiva da integralidade.
• exercício de desmanchar o raciocínio linear causa-efeito,
problema-solução (...) intervenção não se desenha de
maneira simplificada, tampouco depende somente da
ação e da tecnologia médica.
Revisão Integrativa: a ERCS e a Graduação
em Saúde
Pereira, JG; Martines, WRV; Campinas,
LLSL, Chueri, PS. O mundo da Saúde São
Paulo, 2009
30. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
30
Revisão Integrativa: a ERCS e a Graduação
em Saúde
•A escala, de forma objetiva e simples, pode ofertar um modo
de olhar as famílias do território e, nelas, as que demandam
um maior foco de atenção por parte da equipe, no sentido de
planejar e implementar ações relacionadas à assistência
clínica e à visita domiciliar do MFC.
• Ponto de partida para a construção de redes de
solidariedade dentro do próprio núcleo familiar, muitas vezes
inexistentes ou precárias.
Pereira, JG; Martines, WRV; Campinas,
LLSL, Chueri, PS. O mundo da Saúde São
Paulo, 2009
31. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
31
• Organiza programas implantados segundo necessidades
reais da população
• Descreve os indicadores necessários para sistematizar a
assistência de Enfermagem nas USF
• Enfermeiros fazem mais VD a famílias consideradas de
médio e alto risco, médicos a famílias de menor risco.
• Fatores que mais favorecem VD foram HAS e idoso.
Revisão Integrativa: a ERCS e o Processo de
Trabalho do Enfermeiro
Ferraz, TAC; Alves, KR; Cavalcanti, TPO
et al . CBMFC 2008
Costa, AF; Pedroso, C; de-Lucca, N; et al.
CBMFC, 2010.
32. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
32
• Potencializar a equidade e aumentar a efetividade das
ações de prevenção e controle da cárie, além de ajudar
na organização da demanda aos serviços de saúde bucal
• Indivíduos com maior risco familiar apresentaram pior
autopercepção da saúde bucal.
• Associação significativa ERFCS e doença carie com
necessidade de tratamento (RR: 2,08) e relevancia na
organização da demanda em SB.
Revisão Integrativa: a ERCS e a SB
Michelon; Raddatz; Fantinelle, LS; Ely, HCE. I Encontro Sul Brasil SB, 2008
Nova FAV, Ambrosano GMB, Pereira SM, et al. RBMFC. 2015;
KOBAYASHI, PEREIRA, MENEGHIM, et al. Rev Odontol UNESP. 2015
33. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
33
Revisão Integrativa: a nova ERCS?
• Incluir outras doenças crônicas não transmissíveis como câncer, cirrose, etc.,
não sendo consideradas de risco pela escala.
• no escore “Baixas Condições de Saneamento”, substituir por “Baixas
Condições de Higiene”. [incluir condições intradomicílio]
• patologias que (...) causam algum tipo de isolamento, poderiam ser
adicionadas ao escore “Deficiência Mental”, substituído por “Isolamento Social/
Deficiência Mental”.
•“Drogadição”, por “Uso de Drogas Lícitas e Ilícitas”
• substituição do escore “deficiência física” por “Dificuldade de Locomoção”
• considerada a idade estipulada de 60 anos
• necessidade de um escore relacionado à “Violência Familiar”
Costa, CM (2009). PPG Saúde da Família FES.
34. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
34
NASCIMENTO, FG et al. Ciênc. saúde coletiva. 2010.
35. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
35
A ECRCS e o SISAB/ e-SUS
36. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
36
O que muda com o SIS-AB?
1. Cisão das fichas de cadastro domiciliar x individual
dificulta identificar sentinelas de risco individuais
(antes no verso da folha de rosto)
37. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
37
O que muda com o SIS-AB?
1. Cisão das fichas de cadastro domiciliar x individual
dificulta identificar sentinelas de risco individuais
(antes no verso da folha de rosto)
38. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
38
O que muda com o SIS-AB?
2. Inclusão de maiores informações sobre o domicílio:
não modifica as sentinelas pré-existentes,
mas aumenta a possibilidade de novas sentinelas.
39. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
39
O que muda com o SIS-AB?
2. Inclusão de maiores informações sobre o domicílio:
não modifica as sentinelas pré-existentes,
mas aumenta a possibilidade de novas sentinelas.
40. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
40
O que muda com o SIS-AB?
2. Inclusão de maiores informações sobre o domicílio:
não modifica as sentinelas pré-existentes,
mas aumenta a possibilidade de novas sentinelas.
41. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
41
O que muda com o SIS-AB?
3. Registro do número de famílias que moram no domicílio
(nos parece uma boa nova sentinela de vulnerabilidade)
Processo de “Aglomerização” vigente.
E presença de animais no domicílio
42. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
42
O que muda com o SIS-AB?
4. Fim do código específico de algumas doenças
(na ficha agora individual).
Manual instrutivo do SIAB, 2003
43. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
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Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
43
O que muda com o SIS-AB?
4. Fim do código específico de algumas doenças
(na ficha agora individual).
44. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
44
Considerações finais sobre a ERF-CS
• Registrar “todos” os riscos da família vs. uso de sentinelas
exclusivamente da Ficha A/ SIAB?
• O SIAB é uma boa fonte de sentinelas? O SIS-AB será?
• ERF-CS como instrumento de avaliação da vulnerabilidade
familiar.
• ERF-CS como instrumento de Educação Formal,
demonstrando a interrelação entre sentinelas de
vulnerabilidade.
• Necessidade de validação e padronização de critérios de
pontuação. Pontos de corte?
45. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Minas Gerais
45
Obrigado!
Leonardo C M Savassi
leosavassi@gmail.com
http://sites.google.com/site/leosavassi