Aula sobre Visita Domiciliar na discussão das Linhas Guia da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais, durante o IV Congresso Mineiro de Medicina de Família e Comunidade
1. Linhas Guia SESMG Visita Domiciliar Leonardo Cançado Monteiro Savassi Diretor de Publicações da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade Coordenador do PRM-MFC/HPRB Médico do SAD/CSSI/FHEMIG
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7. A Atenção Domiciliar na APS mundial Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária: CHILE MinSal/ Chile
8. A Atenção Domiciliar na APS mundial Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária: CHILE Critérios de Visita Domiciliar – prioridades: - Pacientes terminais - Avaliação social de desnutrição ou risco de desnutrição. - Isolamento social ( idosos e enfermos mentais abandonados). - Casos de Violência intra-familiar. - Falta de assistência pré-natal - Investigação de morte perinatal - Abandono de tratamento de tuberculose - Famílias Complexas, polipatologia mental e somática. - Pobreza extrema e/ ou cond. sanitárias precárias e perigosas
9. A Atenção Domiciliar na APS mundial Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária: EEUU
10. A Atenção Domiciliar na APS mundial Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária: EEUU Entre 1989 e 1995, o número de pacientes recebendo cuidados domiciliares no Medicare quase dobrou, para 3.5 milhões, e o número de agências de home health care aumentou 50%. O número de VDs por médicos, anteriormente a linha guia do cuidado domiciliar, declinou dramaticamente no século passado. Houve uma queda expressiva após a II Guerra Mundial. VDs eram 40% de todos os contatos entre médicos e pacientes em 1930, 10% em 1950, e em 1980, VDs representaram apenas 0.6% destes contatos. AMA
16. A Atenção Domiciliar na APS mundial Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária: CANADÁ
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20. Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária: BRASIL Porcentagem de pacientes visitados por faixa etária Savassi, Sousa et al A Atenção Domiciliar na Saúde da Família
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22. A Atenção Domiciliar na Saúde da Família Atenção domiciliar só se configura como instrumento de intervenção quando planejada e sistematizada, de outra forma configura-se como mera atividade social. (LG SESMG/AMMFC)
23. A Atenção Domiciliar na Saúde da Família Algumas tentativas de Sistematização da VD no PSF: Escala Avaliação de Risco Familiar – Escala de Coelho RBMFC 2004 Escala de risco familiar baseada na ficha A do SIAB que utiliza sentinelas de risco avaliadas na primeira VD pelo ACS. Instrumento simples de análise do risco familiar, não necessitando a criação de nenhuma nova ficha ou escala burocrática.
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25. A Atenção Domiciliar na Saúde da Família Algumas tentativas de Sistematização da VD no PSF: Escala de Avaliação Individual – ABCDE Knupp – RMMFC do HMOB Esta escala tem uma abordagem individual, não familiar, para a definição de prioridades na visita domiciliar. Avaliação de 5 itens: A = autonomia D = doença x restrição de locomoção B = base/risco social E = especialidades, interconsultas C = cuidador
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27. A Atenção Domiciliar na Saúde da Família O papel da ESF na atenção domiciliar: uma conta a ser feita? IMPORTÂNCIA DA VD = Quadro individual + Risco Familiar + Risco Social + EFETIVIDADE DA VD População de cobertura + Condições de Acesso + tempo disponível
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30. Critérios da Linha Guia Resolutividade O problema apresentado é resolutivo no nível da atenção básica? A VD é uma solução possível? Razoabilidade No caso específico do usuário, a VD é A MELHOR solução, com os melhores resultados? Tem a melhor relação custo benefício? Aderência do usuário e sua família ao acompanhamento Se o propósito maior da visita é ofertar orientações que enriqueçam o processo de construção da saúde daquele núcleo familiar, não há motivo para realizá-la junto àqueles que não estão dispostos a se co-responsabilizar pelo seu bem-estar. Há disposição e engajamento da família e usuário para receber uma visita? (LG SESMG/AMMFC)
31. (LG SESMG/AMMFC) Autorização do usuário e da família É fundamental que o grupo familiar esteja ciente do objetivo da visita e consinta na realização da mesma, inclusive de forma escrita, cujo termo de consentimento deverá ser anexado ao prontuário. Em um primeiro momento, esta autorização deve ser negociada com o ACS. Os objetivos desta atividade e esta permissão para entrar na intimidade daquele lar estão claros para a equipe e usuário?
32. (LG SESMG/AMMFC) Infra-estrutura domiciliar Grande parte dos documentos consultados orienta a considerar a falta de infra-estrutura no domicílio como critério de exclusão para assistência domiciliar; contudo, cabe fazermos uma reflexão e pesar o fato de que um critério como esse exclui ainda mais aqueles que já são normalmente excluídos, e que, via de regra, são os que mais necessitam da intervenção. A falta de infra-estrutura, mais do que critério excludente, deve instigar a equipe à prática intersetorial, estimulando a busca por outros equipamentos sociais, ampliando a rede de apoio e promovendo a saúde ambiental. Portanto, para uma análise e propostas que levem em conta as necessidades dos usuários e famílias, é preciso responder: Com qual infra-estrutura irei me deparar nesta visita? Quem mais poderia ajudar no cuidado com esta família? Existe estrutura para o cuidado que pretendo promover ou precisarei planejar primeiro uma estrutura para tal?
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38. Finalmente... A excelência do atendimento “ As visitas devem ser realizadas inicialmente em equipe, o que possibilita um agendamento de tarefas multiprofissionais em conformidade com um debate prévio. Neste momento o ACS deve sempre encabeçar o grupo, procurando-se legitimar a sua representatividade. Agendar a VD por vezes representa um dilema na equipe. Em alguns casos, há a necessidade de conhecer a família na sua espontaneidade cotidiana, o que pode entretanto gerar problemas quanto a invasão da privacidade desta. (continua...)
39. Finalmente... A excelência do atendimento A espontaneidade deve ser uma marca na visita domiciliar, compreendendo-se que é um momento impregnado de imaginários trazidos a partir do reconhecimento do papel do antigo médico da família. Os problemas devem ser atraídos de forma progressiva, um verdadeiro exercício de hermenêutica aprofundado na leitura dos objetos e dos silêncios, com uma semiologia repleta de interfaces e sujeitos. Ao final, deve-se sempre proporcionar encaminhamentos e atribuições bem claros.” COELHO, FLG, SAVASSI, LCM – RBMFC, 2004
41. Obrigado. Leonardo C M Savassi [email_address] Grupo de Estudos em Saúde da Família (GESF) Módulo Visita Domiciliar: groups.google.com/group/visita-domiciliar www.smmfc.org.br/gesf