Capítulo 7 – Orgulho e humildade!
Série de Estudos do Projeto Quartas com Evangelho do Grupo Espírita Lamartine Palhano Jr, Em Vitória no ES
Por Leonardo Pereira
8. Humildade – Virtude que
conduz o indivíduo à
consciência das suas
limitações. O humilde não
se deixa lisonjear pelos
elogios ou pela situação de
destaque em que se
encontre.
9. O orgulho é o terrível adversário
da humildade. Se o Cristo
prometeu o Reino dos Céus aos
mais pobres, foi porque os
grandes da Terra imaginavam
que os títulos e as riquezas eram
a recompensa de seus méritos, e
que a sua essência era mais pura
que a do pobre.
12. — Deus criou todos os
Espíritos simples e ignorantes,
ou seja, sem conhecimento.
Deu a cada um deles uma
missão, com o fim de os
esclarecer e progressivamente
conduzir à perfeição, pelo
conhecimento da verdade
e para os aproximar dele.
13. Oh, irrisão e cegueira! Deus, acaso,
estabeleceu entre vós alguma
distinção pelos corpos? O invólucro
do pobre não é o mesmo do rico? O
Criador fez duas espécies de
homens? Tudo quanto Deus fez é
grande e sábio. Não lhe atribuais as
ideias concebidas por vossos
cérebros orgulhosos.
15. Sempre que alguém quer saber
algo a nosso respeito, não nos
pergunta o que somos, mas o
que temos, ou seja, profissão,
bens, propriedades, religião etc.
16. O homem precisa possuir
alguma coisa; o nada lhe
amargura a vida.
O Ter, porém, pode gerar o
orgulho e a soberba.
São poucas as pessoas que sabem
administrar a vida, permanecendo
os mesmos, tendo ou não tendo
coisas!
17. Por que tendes em tão grande estima
o que brilha e encanta os vossos olhos,
em lugar do que vos toca o coração?
Por que o vício que se desenvolve na
opulência é o objeto da vossa
reverência, enquanto só tendes um
olhar de desdém para o verdadeiro
mérito, que se oculta na obscuridade?
18. O uso dos bens da Terra é um
direito de todos os homens?
711.
19. - Esse direito é a
consequência da
necessidade de viver.
Deus não pode impor um
dever sem conceder os
meios de ser cumprido.
20. Com que fim Deus fez
atrativos os gozos dos bens
materiais? 712
21. - Para instigar o homem
ao cumprimento da sua
missão e também para o
provar na tentação.
24. Que um rico libertino, perdido
de corpo e alma, se apresente
em qualquer lugar, e todas as
portas lhe são abertas, todas as
honras lhe são dispensadas,
enquanto dificilmente se
concede um gesto de proteção
ao homem de bem que vive do
seu trabalho.
25. Quando a consideração que se
dispensa às pessoas é medida
pelo peso do ouro que elas
possuem, ou pelo nome que
trazem, que interesse podem ter
elas em se corrigem de seu
defeito?
27. 0 homem poderia sempre
vencer as suas más tendências
pelos seus próprios esforços?
909.
28. — Sim, e às vezes com
pouco esforço; o que lhe
falta é a vontade. Ah!,
como são poucos os que se
esforçam!
29. Não existem paixões de tal
maneira vivas e irresistíveis que
a vontade seja impotente para
as superar? 911.
30. — Há muitas pessoas que
dizem: “Eu quero!”, mas a
vontade está apenas nos
seus lábios. Elas querem
mas estão muito satisfeitas
de que assim não seja...
31. Bem diferente seria, entretanto,
se o vício doirado fosse fustigado
pela opinião pública, como o é o
vício andrajoso. Mas o orgulho é
indulgente para tudo quanto o
agrada. Século de concupiscência
e de dinheiro, dizeis vós.
32. Sem dúvida; mas por que
deixastes as necessidades
materiais se sobreporem ao
bom-senso e à razão? Por que
cada qual deseja se elevar
sobre o seu irmão? Agora, a
sociedade sofre as
consequências.
34. Observe o viciado em drogas:
começa com pequenas doses;
depois, tem que aumentá-las, pois
o pouco já não satisfaz as suas
necessidades.
O desejo descontrolado acaba
torturando a maioria dos seres
viventes.
35. O maior causador de frustações
nesse século é a falta de poder de
compra.
Seguida do medo.
Medo de dividir, de que seremos
roubados, de que não teremos o
que comer etc.
36. Medo de mudanças
De sair do estado de inércia
De ser bom
Medo de não conseguir!
38. Não esqueçais que um tal estado
de coisa é sempre o sinal da
decadência moral. Quando o
orgulho atinge o seu extremo, é
indício de uma próxima queda,
pois Deus pune sempre os
soberbos.
39. Se às vezes os deixa subir, é para
lhes dar tempo de refletir e de
emendar-se, sob os golpes que,
de tempos a tempos, desfere no
seu orgulho como advertência.
40. Entretanto, em vez de se
humilharem, eles se revoltam.
Então, quando a medida está
cheia. Ele a vira de repente, e a
queda é tanto mais terrível,
quanto mais alto tiverem se
elevado.
43. ...Dirão deste mundo; que
nesta, será maior o que foi
menor entre os pequenos
deste mundo; que o que mais
amou os seus irmãos será o
mais amado no céu; que os
poderosos da Terra,
44. ...se abusaram da autoridade,
serão obrigados a obedecer aos
seus servos; que a caridade e a
humildade, enfim, essas duas
irmãs que se dão às mãos, são
os títulos mais eficazes para
obter-se a graça diante do
Eterno.
45. “Seja meus seguidores e
aprendam comigo por
que sou bondoso e tenho
um coração humilde.”
Mateus 11:29.
46. "Bem aventurados os
humildes de espírito,
porque deles é o reino
dos céus"
(Mateus 5:3).
47. "Em verdade vos digo que, se não
vos converterdes e não vos
tornardes como crianças, de modo
algum entrareis no reino dos céus.
Portanto, aquele que se humilhar
como esta criança, esse é o maior
no reino dos céus" (Mateus 18:3-4)
48. "Compreendeis o que vos fiz? Vós
me chamais o Mestre e o Senhor e
dizeis bem; porque eu o sou. Ora,
se eu, sendo o Senhor e o Mestre,
vos lavei os pés, também vós
deveis lavar os pés uns dos outros.
Porque eu vos dei o exemplo, para
que, como eu vos fiz, façais vós
também).
49.
50. Em verdade, em verdade vos digo
que o servo não é maior do que seu
senhor, nem o enviado, maior do
que aquele que o enviou. Ora, se
sabeis estas cousas, bem-aventurados
sois se as
praticardes"
(João 13:12-17).
51. Bibliografia:
ÁVILA, F. B. de S.J. Pequena Enciclopédia de Moral e
Civismo. Rio de Janeiro: M.E.C., 1967.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed.
São Paulo: IDE, 1984.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed. São Paulo:
Feesp, 1995.
Texto em HTML:
http://www.sergiobiagigregorio.com.br/palestra/orgulh
o-humildade.htm
Adaptação, imagens e remontagem: Leonardo Pereira -
Leonardo@gelpalhano.org
Comentário de Kardec: Se o homem não fosse instigado ao uso dos bens da Terra senão em vista de sua utilidade, sua indiferença poderia ter comprometido a harmonia do Universo. Deus lhe dá o atrativo do prazer que o solicita a realização dos desígnios da Providência. Mas, por meio desse mesmo atrativo, Deus quis prova-lo também pela tentação, que o arrasta ao abuso, do qual a sua razão deve livrá-lo