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DETERMINISMO E LIBERDADE NA AÇÃO HUMANA
O PROBLEMA DO LIVRE - ARBÍTRIO
04/01/2014
Professora
Leonídia Marinho
Página 1 de 11

LIVRE –ARBÍTRIO

Possibilidade de, ao agirmos, escolhermos realmente o que fazemos.

PROBLEMA DO LIVRE - ARBÍTRIO

«Será que escolhemos realmente o que fazemos ou as nossas ações são
causadas por factores que não controlamos?»

RESPOSTAS AO PROBLEMA DO LIVRE - ARBÍTRIO

DETERMINISMO RADICAL
LIBERTISMO
L

[Escreva um trecho do documento ou o resumo
de um ponto interessante. Pode posicionar a caixa
de texto em qualquer ponto do documento.
Utilize o separador Ferramentas de Desenho para
alterar a formatação da caixa de texto do trecho
em destaque.]
4 de janeiro de 2014

COMPATIBILISMO
TESE DO DETERMINISMO RADICAL:

Página 2 de 11

Uma vez que o mundo é determinado, então o homem não tem livrearbítrio

ARGUMENTOS
Todas os acontecimentos do universo
são o resultado de uma série infinita de
causas e efeitos. As nossas ações são o
resultado necessário de acontecimentos
anteriores (são, por isso mesmo, efeitos
de causas necessárias).
Fazemos o que o nosso passado
determina que façamos e não aquilo
que queremos (o passado determina o
futuro).

O determinismo defende que o ser
humano, pelo facto de não ter livrearbítrio, não é responsável pelos seus
atos. As ações humanas são totalmente
determinadas pelas causas que as
antecedem pelo que a vontade humana
não tem qualquer intervenção na sua
ocorrência (o Determinismo Radical
coloca o problema da Responsabilidade
Moral).

4 de janeiro de 2014

Assim, como as nossas acções não
dependem de nós, mas de factores que
não podemos controlar, não somos
livres (o livre – arbítrio é uma ilusão e
resulta da nossa ignorância de quais são
as causas que determinam a vontade e a
ação).
Página 3 de 11

Argumento do Determinismo Radical:

As leis naturais regulam o funcionamento do mundo natural.
O ser humano faz parte do mundo natural.
O ser humano não tem livre arbítrio.

Texto

Nota: Esta tese é incompatibilista, pois nega a possibilidade de
compatibilizar a existência de causas externas ao agente, com a ideia de
que a vontade, em circunstâncias iguais, pode escolher um certo curso
da ação se esse for o seu querer.

4 de janeiro de 2014

«Os homens enganam-se quando se julgam livres, e esta opinião
consiste apenas em que eles têm consciência das sua acções e
são ignorantes das causas pelas quais são determinados. O que
constitui, portanto, a ideia da sua liberdade é que eles não
conhecem nenhuma causa das suas acções. Com efeito, quando
dizem que as ações humanas dependem da vontade, dizem
meras palavras, das quais não têm nenhuma ideia. Efetivamente,
todos ignoram o que seja a vontade e como é que ela move o
corpo.» Espinosa
Página 4 de 11

Objeções ao Determinismo Radical

Texto

Fernando Savater, Ética Para um Jovem
1. A experiência do livre-arbítrio é uma experiência permanente da
nossa vida quotidiana e da nossa ação. É uma evidência empírica
que quando agimos de uma forma podíamos ter agido de outra.
2. Não é possível demonstrar que os princípios que regem o
universo são os mesmos que regulam a ação humana.

4 de janeiro de 2014

«Quando alguém se esforçar por te negar que nós, seres
humanos, somos livres, aconselho-te a que lhe apliques a prova
do filósofo romano. Na Antiguidade, um filósofo romano estava a
discutir com um amigo que negava a liberdade humana e
garantia que, para todos os homens, não há maneira de evitar
fazer o que fazem. O filósofo pegou no seu bastão e começou a
dar-lhe pauladas com toda a força que tinha, 'já chega, não batas
mais!', dizia-lhe o outro. E o filósofo, sem deixar de surrá-lo,
continuou a argumentar: 'Não dizes que não sou livre e que
quando faço uma coisa não posso evitar fazê-la? Pois então não
gastes saliva a pedir-me que pare: sou automático'. Até que o
amigo reconheceu que o filósofo podia livremente deixar de
bater-lhe, e só então o filósofo deu descanso ao seu bastão. A
prova é boa, mas só deves administrá-la em casos extremos e
sempre com amigos que não saibam artes marciais...»
Página 5 de 11

3. O Determinismo coloca o problema da Responsabilidade Moral.
Vejamos: o determinismo defende que não há ações livres; e, se
não há ações livres, ninguém é responsável pelas suas acções. Este
argumento pode ser formulado da seguinte forma:

1. As nossas ações são causadas por
acontecimentos anteriores e pelas leis da
natureza.
2. Se as nossas ações são causadas por
acontecimentos anteriores e pelas leis da
natureza, então não somos livres.

não
podemos agir de modo diferente),
como condenar ou ilibar alguém?

4 de janeiro de 2014

3. Se não somos livres, não somos
moralmente responsávéis pelas nossas
ações.
Página 6 de 11

TESE DO LIBERTISMO:
O homem é livre porque tem capacidade de se determinar a si próprio. As
ações do ser humano resultam das suas deliberações/decisões e não são
necessariamente causadas por de acontecimentos anteriores.

ARGUMENTOS
Existe
uma
diferença
entre
causalidade
necessária
e
causalidade livre. A primeira
caracteriza a relação de causaefeito na natureza física e conduz a
um único desfecho possível. A
segunda resulta da vontade do
agente e é aquela que caracteriza a
ação humana.
O agente é detentor de uma
vontade livre porque escolhe entre
as várias alternativas de ação.

A liberdade é possível porque “a
existência precede a essência”. Jean
Paul-Sartre (1905 - 1980)
Texto página 72 - O homem está
condenado a ser livre.

4 de janeiro de 2014

O ser humano, enquanto detentor
de uma vontade livre é responsável
pelas suas ações.
Página 7 de 11

ARGUMENTO DO LIBERTISMO:
O ser humano, quando age, tem consciência de que poderia ter
escolhido de outra forma.
A única coisa que o ser humano não pode escolher é deixar de ser
livre.
O ser humano tem livre arbítrio, pelo que é responsável pelas suas
escolhas.

Texto:

Nota: O libertismo é uma resposta incompatibilista ao problema do
livre-arbítrio, na medida em que nega que a tese do determinismo
causal possa ser compatível com o livre arbítrio.

4 de janeiro de 2014

"Perspectiva que procura proteger a realidade do livre arbítrio
humano através da assunção de que uma escolha livre não é
causalmente determinada, mas também não é aleatória; é antes
necessário conceber uma intervenção racional e responsável no
curso das coisas. (…) Postula-se uma categoria especial de
causalidade do agente, (…) um agente situado completamente fora
da esfera da natureza." Simon Blackburn
Página 8 de 11

OBJEÇÕES AO LIBERTISMO

1. Os defensores do Libertismo advogam que o agente é capaz de se
autodeterminar independentemente de fatores externos ou das leis
físicas, químicas e biológicas que regem o funcionamento do cérebro
humano. No entanto, não conseguem explicar como surge a
causalidade livre do agente. O agente decide com base em processos
mentais como as intenções…mas o que está na origem das
intenções?
2. Dizer que o ser humano tem consciência do seu livre arbítrio não é o
mesmo que dizer que é livre. A liberdade pode ser uma ilusão.

ESQUEMA (ver pág. 74)

LIBERTISMO

O ser humano
não pode
escolher agir de
outra forma, pois
é determinado
pela cadeia
causal de
acontecimentos.

O ser humano
pode sempre
escolher agir de
outra forma.
Decidir não fazer
uso da liberdade
representa já uma
escolha livre.

O livre arbítrio é
uma ilusão.

O ser humano é
livre e responsável
pelas suas ações.

4 de janeiro de 2014

DETERMINISMO
Página 9 de 11

TESE DO COMPATIBILISMO (DETERMINISMO MODERADO):
O facto de o ser humano estar sujeito à causalidade natural não
anula a sua possibilidade de escolha ( a sua liberdade).
O determinismo coexiste com a liberdade.

ARGUMENTOS
“

Como pode um acto ser livre e
estar determinado ao mesmo
tempo?
Segundo
o
Compatibilismo,
algumas
das
ações
são
obviamente livres e algumas são
obviamente não livres. O que

4 de janeiro de 2014

“O Compatibilismo é a ideia de
que
um
ato
pode
ser
simultaneamente
livre
e
determinado. Isto pode parecer
uma contradição, mas, segundo
esta teoria, isso não é verdade.
Contrariamente ao que possamos
pensar, é possível aceitar que o
comportamento humano está
causalmente determinado e
pensar corretamente em nós
próprios como agentes livres.”
Página 10 de 11

interessa é encontrar a diferença entre elas.
Ações livres.
Ex: Um homem deixa de comer como forma de protesto
contra a política de austeridade.
As ações livres são as ações determinadas por factores ou
causas internas – as crenças, desejos e pensamentos - do
agente.
Ações não livres.
Ex: Um homem deixa de comer porque no deserto onde se
perdeu não há comida.
As ações não livres são determinadas por factores externos.
Sendo livre, o agente é responsável, se as suas ações forem
causadas por estados internos – crenças, desejos e
pensamentos – do agente.
Não há incompatibilidade entre
determinismo (compatibilismo).

livre

arbítrio

e

O determinismo é verdadeiro.

Existe o livre-arbítrio.
Logo, o determinismo e o livre-arbítrio são compatíveis.

4 de janeiro de 2014

Argumento:
Página 11 de 11

Texto:

"Contribuímos com dinheiro para uma organização de
beneficência porque decidimos que essa organização merece
o nosso apoio. (…) Alistamo-nos no exército porque a
perspectiva de ser soldado nos atrai. (…)
Estas acções são livres porque a nossa escolha se baseia nos
nossos próprios desejos, sem que ninguém nos diga o que
temos de fazer. É isto que significa fazer algo, “de livre
vontade”. Mas repare-se que isto é perfeitamente compatível
com as nossas acções estarem causalmente determinadas
pelo nosso passado, pelos acontecimentos que ocorrem no
nosso cérebro e assim por diante (…). Deste modo, o livrearbítrio e o Determinismo são compatíveis.
Podemos resumir a ideia básica do Compatibilismo dizendo
que “livre” não significa “não causado” – significa antes algo
como “isento de coerção”. Assim, o facto de o nosso
comportamento ser ou não ser livre não depende de se é ou
não causado, depende apenas do modo como é causado."
James Rachels, Problemas da Filosofia

1. Não distingue claramente ações livres de ações não
livres.
2. Não salvaguarda a ideia de liberdade.
FIM

4 de janeiro de 2014

Objeções ao Compatibilismo (Determinismo Moderado)

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Determinismo e Liberdade na Ação Humana

  • 1. DETERMINISMO E LIBERDADE NA AÇÃO HUMANA O PROBLEMA DO LIVRE - ARBÍTRIO 04/01/2014 Professora Leonídia Marinho
  • 2. Página 1 de 11 LIVRE –ARBÍTRIO Possibilidade de, ao agirmos, escolhermos realmente o que fazemos. PROBLEMA DO LIVRE - ARBÍTRIO «Será que escolhemos realmente o que fazemos ou as nossas ações são causadas por factores que não controlamos?» RESPOSTAS AO PROBLEMA DO LIVRE - ARBÍTRIO DETERMINISMO RADICAL LIBERTISMO L [Escreva um trecho do documento ou o resumo de um ponto interessante. Pode posicionar a caixa de texto em qualquer ponto do documento. Utilize o separador Ferramentas de Desenho para alterar a formatação da caixa de texto do trecho em destaque.] 4 de janeiro de 2014 COMPATIBILISMO
  • 3. TESE DO DETERMINISMO RADICAL: Página 2 de 11 Uma vez que o mundo é determinado, então o homem não tem livrearbítrio ARGUMENTOS Todas os acontecimentos do universo são o resultado de uma série infinita de causas e efeitos. As nossas ações são o resultado necessário de acontecimentos anteriores (são, por isso mesmo, efeitos de causas necessárias). Fazemos o que o nosso passado determina que façamos e não aquilo que queremos (o passado determina o futuro). O determinismo defende que o ser humano, pelo facto de não ter livrearbítrio, não é responsável pelos seus atos. As ações humanas são totalmente determinadas pelas causas que as antecedem pelo que a vontade humana não tem qualquer intervenção na sua ocorrência (o Determinismo Radical coloca o problema da Responsabilidade Moral). 4 de janeiro de 2014 Assim, como as nossas acções não dependem de nós, mas de factores que não podemos controlar, não somos livres (o livre – arbítrio é uma ilusão e resulta da nossa ignorância de quais são as causas que determinam a vontade e a ação).
  • 4. Página 3 de 11 Argumento do Determinismo Radical: As leis naturais regulam o funcionamento do mundo natural. O ser humano faz parte do mundo natural. O ser humano não tem livre arbítrio. Texto Nota: Esta tese é incompatibilista, pois nega a possibilidade de compatibilizar a existência de causas externas ao agente, com a ideia de que a vontade, em circunstâncias iguais, pode escolher um certo curso da ação se esse for o seu querer. 4 de janeiro de 2014 «Os homens enganam-se quando se julgam livres, e esta opinião consiste apenas em que eles têm consciência das sua acções e são ignorantes das causas pelas quais são determinados. O que constitui, portanto, a ideia da sua liberdade é que eles não conhecem nenhuma causa das suas acções. Com efeito, quando dizem que as ações humanas dependem da vontade, dizem meras palavras, das quais não têm nenhuma ideia. Efetivamente, todos ignoram o que seja a vontade e como é que ela move o corpo.» Espinosa
  • 5. Página 4 de 11 Objeções ao Determinismo Radical Texto Fernando Savater, Ética Para um Jovem 1. A experiência do livre-arbítrio é uma experiência permanente da nossa vida quotidiana e da nossa ação. É uma evidência empírica que quando agimos de uma forma podíamos ter agido de outra. 2. Não é possível demonstrar que os princípios que regem o universo são os mesmos que regulam a ação humana. 4 de janeiro de 2014 «Quando alguém se esforçar por te negar que nós, seres humanos, somos livres, aconselho-te a que lhe apliques a prova do filósofo romano. Na Antiguidade, um filósofo romano estava a discutir com um amigo que negava a liberdade humana e garantia que, para todos os homens, não há maneira de evitar fazer o que fazem. O filósofo pegou no seu bastão e começou a dar-lhe pauladas com toda a força que tinha, 'já chega, não batas mais!', dizia-lhe o outro. E o filósofo, sem deixar de surrá-lo, continuou a argumentar: 'Não dizes que não sou livre e que quando faço uma coisa não posso evitar fazê-la? Pois então não gastes saliva a pedir-me que pare: sou automático'. Até que o amigo reconheceu que o filósofo podia livremente deixar de bater-lhe, e só então o filósofo deu descanso ao seu bastão. A prova é boa, mas só deves administrá-la em casos extremos e sempre com amigos que não saibam artes marciais...»
  • 6. Página 5 de 11 3. O Determinismo coloca o problema da Responsabilidade Moral. Vejamos: o determinismo defende que não há ações livres; e, se não há ações livres, ninguém é responsável pelas suas acções. Este argumento pode ser formulado da seguinte forma: 1. As nossas ações são causadas por acontecimentos anteriores e pelas leis da natureza. 2. Se as nossas ações são causadas por acontecimentos anteriores e pelas leis da natureza, então não somos livres. não podemos agir de modo diferente), como condenar ou ilibar alguém? 4 de janeiro de 2014 3. Se não somos livres, não somos moralmente responsávéis pelas nossas ações.
  • 7. Página 6 de 11 TESE DO LIBERTISMO: O homem é livre porque tem capacidade de se determinar a si próprio. As ações do ser humano resultam das suas deliberações/decisões e não são necessariamente causadas por de acontecimentos anteriores. ARGUMENTOS Existe uma diferença entre causalidade necessária e causalidade livre. A primeira caracteriza a relação de causaefeito na natureza física e conduz a um único desfecho possível. A segunda resulta da vontade do agente e é aquela que caracteriza a ação humana. O agente é detentor de uma vontade livre porque escolhe entre as várias alternativas de ação. A liberdade é possível porque “a existência precede a essência”. Jean Paul-Sartre (1905 - 1980) Texto página 72 - O homem está condenado a ser livre. 4 de janeiro de 2014 O ser humano, enquanto detentor de uma vontade livre é responsável pelas suas ações.
  • 8. Página 7 de 11 ARGUMENTO DO LIBERTISMO: O ser humano, quando age, tem consciência de que poderia ter escolhido de outra forma. A única coisa que o ser humano não pode escolher é deixar de ser livre. O ser humano tem livre arbítrio, pelo que é responsável pelas suas escolhas. Texto: Nota: O libertismo é uma resposta incompatibilista ao problema do livre-arbítrio, na medida em que nega que a tese do determinismo causal possa ser compatível com o livre arbítrio. 4 de janeiro de 2014 "Perspectiva que procura proteger a realidade do livre arbítrio humano através da assunção de que uma escolha livre não é causalmente determinada, mas também não é aleatória; é antes necessário conceber uma intervenção racional e responsável no curso das coisas. (…) Postula-se uma categoria especial de causalidade do agente, (…) um agente situado completamente fora da esfera da natureza." Simon Blackburn
  • 9. Página 8 de 11 OBJEÇÕES AO LIBERTISMO 1. Os defensores do Libertismo advogam que o agente é capaz de se autodeterminar independentemente de fatores externos ou das leis físicas, químicas e biológicas que regem o funcionamento do cérebro humano. No entanto, não conseguem explicar como surge a causalidade livre do agente. O agente decide com base em processos mentais como as intenções…mas o que está na origem das intenções? 2. Dizer que o ser humano tem consciência do seu livre arbítrio não é o mesmo que dizer que é livre. A liberdade pode ser uma ilusão. ESQUEMA (ver pág. 74) LIBERTISMO O ser humano não pode escolher agir de outra forma, pois é determinado pela cadeia causal de acontecimentos. O ser humano pode sempre escolher agir de outra forma. Decidir não fazer uso da liberdade representa já uma escolha livre. O livre arbítrio é uma ilusão. O ser humano é livre e responsável pelas suas ações. 4 de janeiro de 2014 DETERMINISMO
  • 10. Página 9 de 11 TESE DO COMPATIBILISMO (DETERMINISMO MODERADO): O facto de o ser humano estar sujeito à causalidade natural não anula a sua possibilidade de escolha ( a sua liberdade). O determinismo coexiste com a liberdade. ARGUMENTOS “ Como pode um acto ser livre e estar determinado ao mesmo tempo? Segundo o Compatibilismo, algumas das ações são obviamente livres e algumas são obviamente não livres. O que 4 de janeiro de 2014 “O Compatibilismo é a ideia de que um ato pode ser simultaneamente livre e determinado. Isto pode parecer uma contradição, mas, segundo esta teoria, isso não é verdade. Contrariamente ao que possamos pensar, é possível aceitar que o comportamento humano está causalmente determinado e pensar corretamente em nós próprios como agentes livres.”
  • 11. Página 10 de 11 interessa é encontrar a diferença entre elas. Ações livres. Ex: Um homem deixa de comer como forma de protesto contra a política de austeridade. As ações livres são as ações determinadas por factores ou causas internas – as crenças, desejos e pensamentos - do agente. Ações não livres. Ex: Um homem deixa de comer porque no deserto onde se perdeu não há comida. As ações não livres são determinadas por factores externos. Sendo livre, o agente é responsável, se as suas ações forem causadas por estados internos – crenças, desejos e pensamentos – do agente. Não há incompatibilidade entre determinismo (compatibilismo). livre arbítrio e O determinismo é verdadeiro. Existe o livre-arbítrio. Logo, o determinismo e o livre-arbítrio são compatíveis. 4 de janeiro de 2014 Argumento:
  • 12. Página 11 de 11 Texto: "Contribuímos com dinheiro para uma organização de beneficência porque decidimos que essa organização merece o nosso apoio. (…) Alistamo-nos no exército porque a perspectiva de ser soldado nos atrai. (…) Estas acções são livres porque a nossa escolha se baseia nos nossos próprios desejos, sem que ninguém nos diga o que temos de fazer. É isto que significa fazer algo, “de livre vontade”. Mas repare-se que isto é perfeitamente compatível com as nossas acções estarem causalmente determinadas pelo nosso passado, pelos acontecimentos que ocorrem no nosso cérebro e assim por diante (…). Deste modo, o livrearbítrio e o Determinismo são compatíveis. Podemos resumir a ideia básica do Compatibilismo dizendo que “livre” não significa “não causado” – significa antes algo como “isento de coerção”. Assim, o facto de o nosso comportamento ser ou não ser livre não depende de se é ou não causado, depende apenas do modo como é causado." James Rachels, Problemas da Filosofia 1. Não distingue claramente ações livres de ações não livres. 2. Não salvaguarda a ideia de liberdade. FIM 4 de janeiro de 2014 Objeções ao Compatibilismo (Determinismo Moderado)